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Contrato de franquia: traçando um paralelo entre franqueado e franqueador

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Academic year: 2021

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GABRIEL MACHADO

CONTRATO DE FRANQUIA: TRAÇANDO UM PARALELO ENTRE FRANQUEADO E FRANQUEADOR

Três Passos (RS)

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GABRIEL MACHADO

CONTRATO DE FRANQUIA: TRAÇANDO UM PARALELO ENTRE FRANQUEADO E FRANQUEADOR

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do curso de Direito, da UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. DECJS – Departamento de Ciências Jurídicas e Sociais

Orientador: Carlos Guilherme Probst

Três Passos (RS)

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho, com muito carinho, a todos que das mais diversas formas me auxiliaram, confortaram e motivaram nesta caminhada acadêmica. Em especial, ao meu grande exemplo na vida: meus pais, Américo e Luci.

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AGRADECIMENTOS

Entendo ser de grande importância e de enorme valia poder tecer agradecimentos em um trabalho tão especial, pois marca o término de uma grande etapa, e de um período muito especial e de muito estudo em minha vida.

Primeiramente agradeço a Deus pela vida e por ter me permitido poder chegar até aqui.

Agradeço ao professor Carlos Guilherme Probst, pela orientação, dedicação e auxílio para a produção deste trabalho.

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“O sistema de franchising destina-se a toda e qualquer pessoa que esteja interessada em utilizá-lo como consagração do espírito empreendedor, com o objetivo de criar uma alternativa de novos negócios.” Roberto Leite

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RESUMO

Este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) tem a finalidade de explorar teoricamente a temática que envolve a franquia e o contrato de franquia. Inicialmente, o estudo apresenta a sua contextualização e metodologia. Em seguida, são tratados os elementos dos contratos de franquia, legislação aplicável, fases contratuais e características. Também são vistos as questões pertinentes ao franqueado e ao franqueador. São analisados elementos que contemplam obrigações, vantagens, direitos e deveres de franqueado e franqueador. E, para finalizar, as considerações finais e referências bibliográficas. A metodologia adotada para esse trabalho quanto aos objetivos propostos, a pesquisa será do tipo exploratória. Utiliza no seu delineamento a coleta de dados em fontes bibliográficas disponíveis em meios físicos e na rede de computadores. Na sua realização será utilizado o método de abordagem hipotético-dedutivo.

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ABSTRACT

This Working End of Course (CBT) aims to explore theoretically the issue involving the franchise and the franchise agreement. Initially, the study presents the methodology and its contextualization. They are then treated the elements of the franchise agreements, legislation, contractual stages and characteristics. Also seen are the issues relevant to the franchisee and the franchisor. Elements that are analyzed include obligations, benefits, rights and obligations of the franchisor and franchisee. And finally, the concluding remarks and references. The methodology adopted for this work as the proposed objectives, the research is exploratory type. Uses in its delineation data collection in bibliographic sources available on physical media and computer network. In its realization will use the method of hypothetical-deductive approach.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...09

1 OS ELEMENTOS DO CONTRATO DE FRANQUIA...11

1.1 Contratos... ... ...11

1.2 Legislação aplicável aos contratos de franquia ... ...12

1.3 As fases contratuais de franchising...13

1.3.1 Circular de oferta de franquia...13

1.3.2 O pré-contrato de franchising...16 1.3.3 Contrato de franquia...16 1.4 Cláusulas contratuais...17 1.4.1 Prazo...18 1.4.2 Preço...19 1.4.3 Pagamento...19

1.4.4 Coesão de direitos imateriais...20

1.4.5 Exclusividade territorial e localização...20

2 FRANQUEADOR X FRANQUEADO ... ...22 2.1 Franqueador ... ...22 2.1.1 Vantagens do franqueador ... ...23 2.1.2 Obrigações do franqueador ... ...24 2.2 Franqueado...25 2.2.1 Vantagens do franqueado...26 2.2.2 Obrigações do franqueado...27

2.3 Direitos e deveres do franqueado e do franqueador...28

2.3.1 Os deveres...28

2.3.2 Os direitos...30

2.4 Extinção dos contratos de franquia...30

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... ...33

REFERÊNCIAS ... ...35

ANEXOS...37

Anexo I – Modelo de Contrato de Franchising...38

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INTRODUÇÃO

A palavra franchising tem sua origem na Idade Média, onde o dinheiro e o poder estavam ligados à posse de terras, época de servos, cavaleiros e príncipes. Origina-se do francês Franc, que significava transferência de um privilégio.

Porém, o Franchising nasceu nos Estados Unidos no ano de 1850, através da indústria de máquinas de costura Singer Sewing Machine que, pretendendo aumentar seus negócios e investindo pouco capital, passou a estabelecer novos pontos de venda de seus produtos em todo território americano. Para isto, utilizou-se da marca de seus produtos, de sua publicidade e de sua técnica de venda no varejo, estabelecendo, para isso, alguns padrões: o nome passaria a se chamar apenas Singer. Quanto às novas lojas, seriam implantadas e operadas pelos próprios comerciantes, com seu próprio capital e, finalmente, seriam ali comercializados apenas produtos Singer. Essa foi a primeira experiência de franquia em 1850.

De lá, para cá, buscando novos negócios ou a melhoria dos já existentes, as empresas se deparam com situações concretas de oportunidades, as quais muitas vezes se perdem por falta de informações ou dados de referência. Um exemplo disso são as franquias que existem em várias áreas e atividades.

Baseado nessas informações, o presente Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), do curso de Direitos da UNIJUI – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - tem como principal objetivo estudar o sistema de franquia em geral, legislação aplicável, elementos, fases contratuais, características e extinção do contrato de franquia, bem como traçar um paralelo entre franqueador e franqueado.

Importante mencionar que o sistema de franquia traz um grande atrativo para pessoas que pretendem iniciar na atividade empresarial, pois o franqueador concede ao franqueado os direitos de uso e comercialização da marca já reconhecida e, dependendo do caso, de tecnologias de administração e implantação do negócio, conforme condições estabelecidas, durante certo período. Contudo, para ser franqueado é preciso pagar taxa de franquia, royalties e taxa de publicidade e o controle sobre o franqueado é constante e permanente.

Salienta-se que a principal justificativa para o tema proposto é devido a sua relevância na atualidade, com a pretensão de dar enfoque ao grande desenvolvimento do sistema de franquia nos últimos anos no Brasil. O número elevado de franquias no Brasil mostra a

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aplicação prática dos conceitos do sistema de franquia como uma alternativa para as pessoas com espírito empreendedor.

O trabalho apresentado está dividido em dois capítulos. O primeiro capítulo mostra os elementos dos contratos de franquia. Nesse capítulo é mostrada a legislação aplicável nos modelos de contrato de franquia.

Já, o segundo capítulo refere-se, basicamente à informações sobre o franqueado e o franqueador. São analisados elementos que contemplam obrigações, vantagens, direitas e deveres de franqueado e franqueador, como forma de identificar as vantagens e desvantagens de ser um franqueado.

A metodologia aplicada para a realização do trabalho apresentado é do tipo exploratória. Utiliza em seu delineamento a coleta de dados em fontes bibliográficas disponíveis em meios físicos e na rede de computadores. Na sua realização será utilizado o método de abordagem hipotético-dedutivo, observando procedimentos como seleção de bibliografia e documentos; leitura e fichamento do material selecionado; reflexão crítica sobre o material selecionado; exposição dos resultados obtidos.

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1 OS ELEMENTOS DOS CONTRATOS DE FRANQUIA

O primeiro capítulo foi destinado a tratar dos elementos dos contratos de franquia, legislação aplicável, fases contratuais e características.

1.1 Contratos

Contrato é um acordo de vontades entre duas ou mais pessoas, com a finalidade de produzir efeitos jurídicos, tais como a aquisição, modificação ou a extinção de um ou vários direitos.

Diniz (2003, p. 31) define contrato, ao afirmar que:

Contrato é o acordo de duas ou mais vontades, na conformidade da ordem jurídica, destinado a estabelecer uma regulamentação de interesses entre as partes, como o escopo de adquirir, modificar ou extinguir relações jurídicas de natureza patrimonial.

Complementa Alves (1997, p. 6) sobre contratos:

O contrato é um negócio jurídico por meio do qual se cria, modifica, resguarda, transfere ou extingue obrigação. É a mais comum das fontes de obrigação. Através do contrato, em que duas ou mais pessoas manifestam sua vontade sobre determinado objeto, o homem cuida de seus interesses, satisfaz suas necessidades, no constante movimento de atos que é a vida social.

Contrato, assim, é negócio jurídico bilateral ou plurilateral que sujeita as partes à observância de conduta idônea e satisfação dos interesses que regularam a edição deste mesmo contrato. Portanto, é uma ação humana de efeitos voluntários praticada por duas ou mais partes, da qual o ordenamento jurídico faz derivar um vínculo.

Contrato, por outra óptica, é pressuposto de fato do nascimento das relações jurídicas, é uma das principais, senão a mais importante fonte ou causa geradora das obrigações, a título de criação de uma nova realidade jurídica constituída por direitos, faculdades, pretensões, deveres e obrigações, ônus e encargos (MARTINS, 1993, p. 75-76).

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1.2 Legislação aplicável aos contratos de franquia

Os contratos de franquia empresarial são disciplinados pela Lei 8.955 de 15 de dezembro de 1994 que define franquia como um sistema de distribuição, no qual um fornecedor concede à outra parte interessada o direito de comercializar seus serviços ou produtos, conforme condições e termos pré-estabelecidos em comum acordo, durante certo período, e numa região ou área específica.

A franquia também reger-se-á por normas estipuladas em cláusulas contratuais de tipos variados, de acordo com a natureza, a importância dos produtos e os interesses das partes (DINIZ, 2003, p.658).

Segue Mauro (1994, p. 109) sobre a Lei nº 8.955/94:

A primeira legislação especifica sobre franchising surgiu no Brasil no final de 1994. Trata-se da lei n° 8.955, de 15 de dezembro de 1994, que além de definir o instituto no Brasil, determina a elaboração de uma Circular de Oferta de Franquia e estabelece outras providências. Por essa lei, o franchising passa a ser identificado como Franquia Empresarial e, apesar de seu conteúdo não ser muito taxativo no que tange as implicações do uso deste instituto, a lei explica de forma concisa as medidas a serem tomadas pelos franqueadores brasileiros. A providência mais importante trazida por essa lei foi sem dúvida, a Circular de oferta de Franquia.

O que a legislação estabeleceu, com esse diploma, foi à regra de absoluta transparência nas negociações que antecedem a adesão do franqueado à franquia. Nos termos da disciplina legal, o franqueador deve fornecer uma Circular de oferta de Franquia, que presta as informações essências da operação (artigo 3°). Já os artigos 4° e 7° dispõem que a Circular deve ser entregue aos interessados com antecedência mínima de dez dias e não pode conter informações falsas sob pena de anulabilidade do contrato. (COELHO, 1997, p.428).

O artigo 6° da referida Lei dispõe que o contrato de franquia deve ser sempre escrito e assinado na presença de duas testemunhas e terá validade independentemente de ser levado a registro perante cartório ou órgão público, O disposto nesta Lei, é aplicado a todos os sistemas de franquia instalados e operados no território nacional, conforme o artigo 8°.

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1.3 As fases contratuais de franchising

Os documentos básicos de vínculo entre franqueador e franqueado são: A Circular de Oferta de Franquia, pré-contrato e o contrato de franquia.

A primeira etapa é representada pela Circular de Oferta de Franquia, por ela, franqueador e o candidato a franqueado começam a estabelecer um contrato, a se conhecer. É uma fase pouco sólida, sem muitas intimidades, onde há a verificação de afinidades básicas entre ambos.

Relacionado à Circular de Oferta de Franquia, Simão Filho (1998, p. 97) assim preleciona:

[...] dá a transparência necessária ao negócio, reduzindo a possibilidade de o franqueado/consumidor do pacote ser eventualmente lesado em seus direitos, por ausência de informações claras e precisas a respeito do negócio e por disparidade entre o negócio adquirido e o efetivamente operado, quer porque delineia o sistema de franquia empresarial, de forma que o intérprete possa melhor averiguar o caso concreto, investigando a natureza jurídica da relação entabulada.

O pré-contrato de franquia é aplicado na fase que o franqueador e franqueado almejam um relacionamento mais duradouro, já se conhecem o suficiente. Suas afinidades já foram identificadas, porém ainda não é uma decisão definitiva. Este documento serve de base para o relacionamento comercial entre franqueador e franqueado e vigora durante as operações de teste da unidade franqueada. Decorrido o prazo estipulado e testada a unidade franqueada, as partes formalizarão o instrumento de contrato definitivo (LEITE, 1991, p. 109). E o contrato de franquia, representa o momento em que a relação é efetivada e legalizada.

1.3.1 Circular de oferta de franquia

Para implantação de uma franquia, o franqueador deve fornecer ao interessado em tornar-se franqueado uma Circular de Oferta de Franquia, contendo os requisitos exigidos pela Lei n°8.955/94 nos seus artigos 3°, 4°, e 7°. Esta Circular de Oferta de Franquia é documento obrigatório pela Lei, e contém todas as informações necessárias para o candidato a franqueado poder analisar a oportunidade de investimento da franquia.

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A Circular de Oferta de Franquia é uma declaração de intenções, a formalização do interesse mútuo que existe entre o franqueador e o candidato a franqueado. Tendo o franqueador a obrigação de oferecer ao candidato a franqueado esse documento, em linguagem clara e acessível, fornecendo as principais informações sobre o negócio (SCHWARTZ, 1994, p. 51).

Mauro (1994, p. 109) analisa o importante avanço que a Lei n° 8.955/94 trouxe para o sistema de franchising com a imposição da Circular de Oferta de Franquia:

A imposição legal de criação da Circular de Oferta de Franquia representou um importante avanço para o aprimoramento do instituto no país. A Circular deverá descrever o tipo de relação existente entre o franqueador e o franqueado dentro do sistema de franchising, mostrando o papel de ambos na implantação e gestão do negócio, suas responsabilidades, direitos e limitações. Esse instrumento mostra também como os franqueadores brasileiros deverão se estruturar para utilizarem o

franchising como canal de distribuição de seus produtos ou serviços.

Portanto, sempre que houver interesse na implantação de uma franquia, o franqueador deverá fornecer ao futuro franqueado, uma circular de oferta de franquia, contendo obrigatoriamente uma série de informações importantes para o sistema, usando uma linguagem de fácil entendimento (BARROSO, 1997, p. 57).

Conforme Schwartz (1994, p. 64): “A Circular de Oferta de Franquia deverá conter obrigatoriamente as informações contidas em seu artigo 3° incisos I ao XV”. Segundo o artigo 3° da Lei, a Circular de Oferta de Franquia deverá ser escrito em linguagem clara e acessível, contendo obrigatoriamente as informações: histórico resumido, balanços e demonstrações financeiras de empresa da franqueadora, perfil do franqueado, requisitos quanto ao envolvimento direto do franqueado na operação e na administração; especificações quanto aos valores, investimento inicial, taxas, instalações equipamentos e estoque, disposições referentes ao território, relação de fornecedores, indicação do que realmente é oferecido ao franqueado pelo franqueador, situação perante o Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI, situação do franqueado após expiração do contrato e, relação ao Know-how e implantação de atividade concorrente, e modelo de contrato padrão e, se for o caso também do pré-contrato padrão de franquia, com texto completo, inclusive prazo de validade.

A Circular de Oferta de Franquia deverá ser entregue ao candidato em no mínimo 10 dias antes da assinatura do pré-contrato, contrato ou pagamento de alguma taxa ao franqueador. O não cumprimento poderá resultar na anulabilidade do contrato. Também ser

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argüida a anulabilidade se o franqueador veicular informações falsas na circular de oferta de franquia.

Assim, dispõem o artigo 4° e artigos 7° da Lei 8.955/94, sobre a entrega da Circular de Oferta de Franquia e seu não cumprimento:

Art. 4°. A Circular de Oferta de Franquia deverá ser entregue ao candidato a franqueado no mínimo 10 (dez) dias antes da assinatura do contrato ou pré-contrato de franquia ou ainda do pagamento de qualquer tipo de taxa pelo franqueado ao franqueador ou a empresa ou pessoa ligada a este. Parágrafo único. Na hipótese do não cumprimento do disposto no caput deste artigo, o franqueado poderá argüir a anulabilidade do contrato exigir devolução de todas as quantias que já houver pega ao franqueador ou a terceiros por ele indicados, a título de taxa de filiação e “royalties”, devidamente corrigidos, pela variação da remuneração básica dos depósitos de poupança mais perdas e danos.

Art. 7°. A sanção prevista no parágrafo único do art. 4° desta Lei aplica-se, também ao franqueador que vincular informações falsas na sua Circular de Oferta de Franquia, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.

Assim, a circular de oferta de franquia deverá ser entregue no prazo mínimo de 10 dias antes da assinatura do pré-contrato ou contrato de franquia ou pagamento de qualquer taxa. Com inadimplemento do disposto, poderá o franqueado suscitar a anulabilidade do contrato, com a devolução de qualquer quantia já paga, devidamente corrigida mais perdas e danos. Sendo estas sanções também aplicadas se o franqueador veicular falsas informações na circular (FAZZIO JÚNIOR, 2002, p. 585).

Schwartz (1994, p. 64) explica o assunto:

A importância dada a Circular de Oferta de Franquia é de tal monta [...] prevê uma sanção, caso a entrega da mesma mão se cumpra no prazo previsto (10 dias), bem como de pagamento de taxa pelo franqueado ao franqueador, antes da assinatura do contrato. Além da previsão da anulabilidade do ajuste, fica o franqueado autorizado a obter do franqueador a devolução de qualquer quantia que por acaso já houver pago ou depositado por força de tal ajuste, devidamente corrigidas pela variação do depósito de poupança mais perdas e danos.

Portanto, a Circular de Oferta de Franquia é um documento muito importante, caso sua entrega não se cumpra no prazo previsto, prevê uma sanção, como também no caso de veiculação de informações falsas.

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1.3.2 O pré-contrato de franquia

O pré-contrato de franquia como já mencionado, é aplicado na fase em que franqueador e franqueado, já se conhecem e vislumbram um relacionamento mais duradouro. É um período de adequação ao sistema operacional para o franqueado.

Simão Filho (1998, p. 59-60) sobre o Pré-franchise:

Este se consubstancia em um instrumento firmado inicialmente, com validade limitada no tempo, que possibilita aquilatar a capacitação potencial do interessado para com o sistema operacional, possibilitando a este, por sua vez, a avaliação dos aspectos operacionais do pacote de franchise que está adquirido. Isto reduz a possibilidade de insatisfação das partes para com o negócio empreendido. Após passado o período de testes abrangidos pelo pré-franchise, o instrumento definitivo será assinado.

Portanto, franqueador e franqueado optam pela elaboração deste contrato preliminar, também denominado Pré-franchise, com o objetivo de reduzir a insatisfação que poderá vir a ocorrer entre as partes, passando esta fase, o instrumento de contrato definitivo será assinado.

1.3.3 Contrato de franquia

Contrato de franquia é uma forma de negócio ou operação acordado entre uma empresa, o franqueador e a outra, o franqueado, que autoriza a parte presente, o direto de usar, comercializar e distribuir produtos ou serviços de marca ou propriedade da empresa que, por sua vez, fica obrigada a fornecer a assistência técnica e comercial necessária durante o período contratado, inclusive no que se refere à publicidade e propaganda.

É um contrato de prestações recíprocas e sucessivas, porque resulta da combinação de várias outras modalidades de pacto. Envolve cessão de direitos, prestação de serviços, licença de marca, compra e venda e distribuição, sendo que seu objetivo final é otimizar a comercialização de determinados produtos ou serviços (FAZZIO JUNIOR, 2002, p. 581). Segundo Schwartz (1994, p. 65): “é instrumento indispensável e o elemento imprescindível à circulação de bens. Através dele é que o franqueador e franqueado ajustam suas obrigações e seus deveres”.

Franquia é o contrato qual uma das partes (franqueador) concede, por certo tempo, a outra (franqueado) o direito de comercializar, com exclusividade, em determinada área geográfica, serviços, nome comercial, título do estabelecimento, marca de indústria ou

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produto que lhe pertence, com assistência técnica permanente, recebendo, em troca, certa remuneração (DINIZ, 2003, p. 660).

Schwartz (1994, p. 65), conceitua contrato de franquia:

Contrato de franquia é o instrumento através do qual o franqueador que é titular de uma marca ou patente de indústria, comércio ou serviço, concede seu uso a outro empresário que é franqueado, assim como o direito de distribuição, prestando-lhe assistência técnica e administrativa para viabilização de negócio ou sistema operacional detidos ou desenvolvidos pelo franqueador, mediante o pagamento de uma taxa inicial e/ou porcentual sobre o volume dos negócios realizados pelo franqueado.

Através do contrato de franquia, o franqueado se estabelece comercialmente, sem a necessidade de realizar um estudo sobre a viabilidade do empreendimento, relacionado à estrutura administrativa, treinamento de funcionários e marketing. Isto, porque estes aspectos já foram equacionados pelo franqueador que fornece os subsídios imprescindíveis à estruturação do sistema (COELHO, 1997, p. 426).

Assim, o contrato de franquia une franqueado e franqueador, que concede o direito de comercializar marcas ou produtos de sua propriedade, sem vínculo de subordinação (MARTINS, 2000, p. 486). E o franqueado recebe do franqueador toda a assistência técnica, comercial e publicitária necessária.

1.4 Cláusulas contratuais

O sistema de franchising é regido pela Lei nº 8.955/94 e por normas estipuladas em cláusulas contratuais de tipos variados, de acordo com a natureza, a importância dos produtos e os interesses das partes.

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Cada contrato de franquia tem sua individualidade, que refletirá a operação e a relação específica de determinada empresa. Apesar dessa multiplicidade de opções, algumas cláusulas são sempre necessárias e obrigatórias para caracterizar o contrato de franquia, tais como as que determinam: concessão de franquia e uso da marca; prazo e condições de renovação contratual; delimitação do território; direitos e obrigações do franqueado; programas de treinamento; serviços prestados pelo franqueador; fornecimento de produtos e equipamentos; publicidade e marketing; controle de qualidade; taxas a serem pagas pelo franqueado; instrumento de fiscalização e controle; cessão de direitos e sua transferência; modificações no sistema; cancelamento ou rescisão contratual, entre outras.

Assim, algumas cláusulas são imprescindíveis para caracterização do contrato de franchising, como a que se refere ao prazo, território, às taxas de franquia, ao direito de o franqueado vender a franquia, ao preço das mercadorias franqueadas, entre outras.

1.4.1 Prazo

Nos contratos de franquia, o acordo é feito por tempo determinado, indicando a sua data de expedição, isto é, fixando o prazo de validade desse acordo (LEITE, 1991, p. 108).

O franqueado deve agir com cautela em relação ao prazo estipulado, pois, investiu seu patrimônio e o prazo deve lhe garantir um retorno do investimento conferido ao empreendimento, assim como lucros.

Simão Filho (1998, p. 68), assim dispõe sobre o prazo:

A questão do prazo de duração das avenças pactuadas deve ser encarada pelo franqueado de maneira assaz técnica e decisiva na efetivação do contrato, porque este investiu e investirá grande capital na operação e, portanto, deverá estudar um prazo que não só garanta o retorno do capital investido, como também o lucro previsto. No Brasil, os prazos contratuais usuais no sistema são os mais diversos e são assinados em função única da vontade das partes contratantes – em especial do franqueador.

Os prazos são estipulados em função da vontade das partes. Via de regra, o prazo dos contratos de franquia variam de um a cinco anos, podendo as partes convencionar uma prorrogação, assim como rescindir o contrato antes da data aprazada. Martins (2000, p. 493) salienta que: “o prazo do contrato é em regra, determinado, comumente variando de 1 a 5 anos. Podem contudo, as partes convencionar sua prorrogação tática, findo o prazo.”

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1.4.2 Preço

Os contratos de franchising devem possuir cláusula referente ao seu valor econômico, com preço para aquisição do pacote. Para que seja determinado o valor, vários são os fatores levados em conta, tais como: objeto da franquia; tecnologia desenvolvida, nível de formação; qualidade de assistência técnica a ser prestada; força da marca no mercado.

Simão Filho (1998, p. 68) assim se manifesta sobre o preço:

Todos os contratos de franchise devem possuir cláusulas concernentes a seu valor econômico consubstanciado no preço de aquisição do pacote. Para tal, diversos parâmetros são seguidos pelos franqueadores, iniciando-se pela força mercadológica da marca que ostenta, nível de formatação, seguido pela qualidade de assistência técnica a ser prestada, gastos com o desenvolvimento dos produtos ou serviços, objeto do franchise, tecnologia desenvolvida etc.

A cláusula referente ao preço deve ser elaborada cuidadosamente, pois se refere ao preço das mercadorias comercializadas ou serviços prestados, e é comumente fixada pelo franqueador (MARTINS, 2000, p. 493-494).

1.4.3 Pagamento

Nos contratos de franquia, o franqueado tem a obrigação de pagar ao franqueador os valores estipulados quando da assinatura do contrato.

Cumpre transcrever, por oportuno, os dizeres de Simão Filho (1998, p. 69) em relação ao pagamento:

Praticamente todos os contratos de franchise fazem previsão de cobrança de uma prestação referente a uma porcentagem sobre as vendas de produto ou serviços celebradas pela franqueada. Essa taxa é flexível e seu valor varia de acordo com a vontade do franqueador que deverá explicar ao franqueado os parâmetros utilizados para sua fixação, [...] pode o contrato prever a obrigação de ser paga determinada importância a título de taxa de publicidade relacionada a marca e seus produtos ou serviços.

Devendo ser acordada entre as partes de forma de pagamento da taxa inicial, pagamento sobre vendas e de outros pagamentos a título diverso como o pagamento da taxa de publicidade e propaganda.

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1.4.4 Cessão de direitos imateriais

No contrato de franquia haverá a transferência da propriedade imaterial do franqueador, que consiste em marcas, patentes, Know-how, insígnias, etc., obrigando o franqueado dela utilizar-se nos estritos moldes do que foi acordado.

Simão Filho (1998, p. 70) leciona que:

O contrato disporá também da matéria referente ao licenciamento de marcas, insígnias e sinais distintivos de interesse do franqueador, devidamente registrados no órgão próprio dentro das classes usuais ao tipo de negócio entabulado. Com a licença concedida, o franqueado se obrigará a bem utilizar a mesma (...) pode o contrato de franchise prever a cláusula de autorização para a exploração de patente devidamente registrada no INPI. Neste caso, todo o procedimento para a correta exploração da propriedade imaterial deverá estar previsto, com detalhes, inclusive no campo obrigacional pela conservação doa dos direitos cedidos inerentes a ela. Assim, no contrato de franquia será cedido ao franqueado um conjunto de direitos de propriedade incorpórea, isto é a marca, logotipo e o sistema total, compreendendo os manuais de operação e comercialização do sistema (LEITE, 1991, p. 108).

1.4.5 Exclusividade territorial e localização

A cláusula de exclusividade territorial é de grande importância para o franqueado, pois delimita o campo de sua ação e limita o acesso de outros integrantes da rede em sua área de atuação. Desta forma, protege-se a possibilidade de uma concorrência danosa contra o franqueado evitando até a saturação dos pontos de mercado. Também importante que se discuta a localização do negócio que é feita depois de um meticuloso estudo.

Normalmente, o franqueador aprova a localização após a realização de estudos, para análise do melhor ponto de estabelecimento, levando em conta, a facilidade de estacionamento, proximidade de bancos, transportes, vizinhança, público, horário de movimento, entre outros aspectos (MARTINS, 2000, p. 493).

A exclusividade poderá abranger um país, uma região, um bairro. Desta forma, o que importa é traçar seus limites e tê-los como claros para abranger a atuação do franqueado.

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A exclusividade é de profundo interesse do franqueado porque delimitará o campo de sua ação e limitará o acesso de outros integrantes da rede à zona concedida. Protege-se, desta forma, a possibilidade de uma concorrência danosa sobre o franqueado e racionaliza-se o processo distributivo, evitando até a saturação de pontos de mercado, quando bem aplicada.

Nesta mesma linha segue o citado autor:

A exclusividade pode ser concedida aos franqueados para vendas em um país, uma grande região do país, um estado, uma cidade, uma ou várias partes geográficas da cidade, um bairro ou até uma pequena área, como ocorre corriqueiramente em pontos de distribuição localizados em shopping centers.

Portanto, a cláusula referente ao território é essencial para que se saiba onde o franqueado pode atuar (MARTINS, 2000, p. 493). Podendo o território abranger um só Estado, vários Estados, uma parte da cidade, ou toda a cidade, ficando o franqueado com a exclusividade de usar a marca do franqueador no determinado território.

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2 FRANQUEADOR X FRANQUEADO

2.1 O Franqueador

Franqueador é a pessoa jurídica ou física que autoriza os franqueados a fazerem uso de uma marca cujos direitos lhe são próprios, sendo transmitidos também conhecimentos e padrões necessários para a operação do negócio. Assim, Leite (1991, p. 26) conceitua franqueador como “aquele que outorga, ou que concede o direito de uso de sua marca a outrem”.

Schwartz (1994, p. 66) pontua franqueador como:

É a pessoa física ou jurídica que concede e vende a franquia. É aquele que detém a marca e o know-how (experiência, técnica) de comercialização de um bem ou serviço e que concede através de um contrato os direitos de uso e/ou de revenda dando assistência técnica-operacional e administrativa na organização e gerenciamento do negócio para o franqueado.

Cherto (1998. p. 46) assim o define:

Franchisor ou franqueador, é aquele que, sendo o titular de uma marca e detentor da tecnologia de instalação e operação de um determinado tipo de negócio e/ou titular ou fabricante de um segredo, processo, produto ou equipamento, outorga a alguém, dele jurídica e economicamente independente (o franchisee, também chamado franqueado), licença para explorar essa marca, sempre em conexão com a exploração, utilização ou comercialização da idéia, método ou processo, equipamento ou produto de que é titular, detentor ou fabricante ele, franchisor (franqueador) e de acordo com os padrões e normas estabelecidos por ele.

Para se tornar franqueador, há alguns requisitos, como: haver desenvolvido uma unidade piloto para, somente depois, lançar a rede com todas as características operacionais, financeiras e funcionais do estabelecimento padrão; ser titular dos direitos identificadores do seu conceito perante o mercado consumidor, através de marcas, logotipos, comunicação visual, direitos autorais e outras insígnias; treinar seus franqueados, ofertando assistência técnica e ou comercial enquanto perdurar o contrato; aperfeiçoamento e desenvolver o seu conceito junto as necessidades do mercado consumidor.

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2.1.1 Vantagens do Franqueador

As principais vantagens do sistema de franquia para o franqueador são: a rapidez de expansão da rede de novos mercados; notoriedade da marca; grande volume de compras; ausência de relação empregatícia; redução de custos; aumento da rentabilidade e maior cobertura geográfica.

Através do projeto de expansão de seus canais de distribuição, o franqueador pode atingir os mais diversos pontos de venda do país e no exterior, com um mínimo custo, pois, a princípio, cada unidade arca as despesas de instalação e de pessoal.

Define Cherto (1998. p. 47) a rapidez de expansão da rede:

Rapidez na expansão: graças a possibilidade que oferece ao franchisor (franqueador) de contar com o capital e a força de trabalho de cada franchisee (franqueado), na instalação e operação do respectivo ponto de venda (franchise), o

franchising permite ao primeiro ampliar sua rede de pontos de varejo em ritmo

muitíssimo mais veloz do que o que lhe seria possível alcançar se dependesse apenas de recursos (financeiros e humanos) próprios.

Com a expansão da rede e conseqüente abertura de novos mercados, a marca passa a atingir um número maior de pessoas, tornando-se conhecida e popular, fazendo que, com isso, aumentar o consumo.

Aumentando os canais de distribuição de produtos, mercadorias ou serviços, o franqueador necessitará efetuar mais compras para seus franqueados, sendo que, com o aumento do volume de compras, o seu poder de transação será maior, fazendo que isso se reflita diretamente sobre o seu franqueado, que obterá maiores vantagens para a negociação final.

Em relação à ausência de relação empregatícia, explana Cherto (1988, p.49):

Menos problema na natureza trabalhista: dado que cada franchisee (franqueado) é juridicamente independente do franshisor (franqueador), a responsabilidade com relação aos empregados que trabalham em cada ponto de varejo cabe, integralmente, em princípio, ao franchisee (franqueado) que opere esse ponto.

Como existe uma distinção entre as pessoas jurídicas do franqueador e a do franqueado, autônomos que são, o franqueador não se responsabiliza por nenhum empregado do franqueado que for contratado para trabalhar em seu ponto de venda, ficando a obrigação

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apenas e exclusiva ao franqueado das despesas trabalhistas, impostos, folha de pagamento, respondendo civil e penalmente por sinistro, já que em nenhum momento poderá argüir uma solidariedade entre as pessoas envoltas na relação de franchising.

Relacionado à redução de custos, ao passo que o franqueador se torna dono de seu próprio negócio, ele começa a investigar cuidadosamente as formas de economia a empregar, objetivando a redução doas custos operacionais da rede, aumentando assim, seu êxito econômico.

Neste sentido, Leite (1991, p.45) diz:

[...] À medida que o franqueado é proprietário do seu ponto de fabricação ou venda, ele passa automaticamente a buscar novas formas economia, que vão auxiliar os programas de redução de custos da rede. Objetivando aumentar a sua rentabilidade, o franqueado busca não só atender às recomendações do franqueador, como também auxiliar no controle das despesas. São também evidentes as economias de escala na Central de Compras e de Distribuição do franqueador à medida que gozará dos benefícios de compra de grande quantidades, reduzindo os seus custos, inclusive na distribuição dos produtos à rede franqueada, se aplicada competente logística de transporte e localização de suas centrais.

O aumento da rentabilidade se dá devido à utilização do capital dos franqueados, que irão custeara instalação das unidades por sua conta, através de seus investimentos, o franqueador só tende a aumentar a sua renda de industrialização ou distribuição. Desta forma, fica evidenciado que o incremento de vendas causado pela expansão da rede franqueada amortizará mais rapidamente o custo do investimento inicial.

A expansão da rede de franqueados aumentará o volume de fabricação e vendas de produtos e, em conseqüência, a participação no mercado será maior, evidentemente, pois à medida que os territórios forem sendo conquistados pela rede franqueada, sua fatia de mercado aumentará.

2.1.2 Obrigações do Franqueador

Lobo (1997, p. 80-81) elenca uma série de obrigações que o franqueador deve ter. No entanto, podem ser citadas algumas como as mais importantes. São elas:

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• Representar o seu sistema de negócios junto ao mercado, associações de classe, poderes públicos e demais órgãos ou entidades, com o objetivo de manter a unidade corporativa da franquia;

• Conceder os direitos de uso da sua marca e dos sistemas sempre através de contrato escrito;

• Prestar assistência inicial e contínua ao franqueado e ao pessoal por ele contrato (...);

• Promover a marca, o produto ou o serviço sem custo ao franqueado, ou em conjunto com este, rateando os custos em bases previamente acordadas.

É importante destacar sobre as obrigações do franqueador, justamente, que é o contrato formal, a peça jurídica mais importante nesse caso. Devendo ser visto como um regulador de relações de longo prazo, com as obrigações previamente definidas. Ou seja, precisa ter amplitude e abrangência em relação a obrigações e responsabilidades.

Pode-se dizer, ainda, que o interesse pelo crescimento e fortalecimento da marca é, sem dúvida alguma, a maior obrigação que o franqueador deve ter. Na verdade, essa obrigação primeira, é que vai possibilitar a condição de atuar e se estabelecer de forma positiva e bem sucedida, o cumprimento das obrigações.

2.2 Franqueado (franchisee)

Franqueado é a pessoa jurídica ou física que adquire a franquia (SCHWARTZ, 1994, p.67). Segundo Fazzio Júnior (2002, p. 582). “é o licenciado que, adquire a franquia, operacionaliza a distribuição dos respectivos produtos e serviços.”

Cherto (1988, p. 59) complementa este conceito ao afirmar que:

Franchisee (franqueado) é aquele que adquire do franchisor (franqueador) o direito

de instalar e explorar uma ou mais unidades com a marca deste, operando esta unidade, ou unidades, de acordo com a orientação e sob a supervisão dele,

franchisor (franqueador), que lhe fornece treinamento e a assistência necessários.

Para se tornar franqueado existem alguns requisitos, tais como: empenhar-se ao máximo para o desenvolvimento de sua franquia, assim como conservação e reputação da rede; fornecer aos franqueados dados referentes ao funcionamento da franquia, que possibilita um controle eficaz, permitindo o acesso por parte do franqueador ao seu estabelecimento; não divulgar a terceiros o Know-how e seus segredos de negócios, nem após a cessação do contrato e, principalmente, ser leal às relações mútuas.

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2.2.1 Vantagens do Franqueado

Dentre as principais vantagens para o franqueado, encontram-se: prestígio da rede franqueadora; sistema já testado; assistência permanente; plano de negócio; menores custos de instalação; economia em escala; maior crédito; maior lucratividade do seu negócio; dentre outras.

O franqueado tem a vantagem de adentrar a um negócio cuja reputação já foi comprovada, com sucesso, através do reconhecimento popular dos produtos industrializados ou serviços prestados, a qual fortalece a sua marca. Trata-se de uma rede própria de distribuição, cujo sucesso da marca está consagrada no mercado. Quase sempre, a marca do franqueador é bastante conhecida do público consumidor e seu uso pelo franqueado transfere para seu estabelecimento a boa reputação e o conhecimento que o franqueador goza junto a esse público (CHERTO, 1988, p. 60).

O sistema de franchising traz uma maior garantia de mercado ao franqueado, visto já haver testado seus produtos e marcas, o franqueador planejou sua expansão de tal forma, que é conhecedor do perfil dos clientes de seus produtos. Conhece o processo de melhor produzir, vender, assim como detém informações sobre seus concorrentes, possuído, por conseguinte, um melhor plano de markenting.

Conforme Leite (1991, p.55) as vantagens do franqueado são:

O franqueado gozará da vantagem competitiva de seu franqueador, pois este, além de já ter testado seus produtos e marcas no marcado, também planejou sua expansão de tal forma que é conhecedor do perfil dos clientes de seus produtos. Conhece também todos os pormenores do processo de melhor produzir e/ou vender, tem informações sobre as estratégias de seus concorrentes, elaborou um bom plano de marketing e vem obtendo sucesso no seu mercado cativo. O consumidor rapidamente se acostumará a adquirir os mesmos produtos e/ou serviços da rede franqueada, além da possibilidade de negociar a exclusividade de vendas em seu território devidamente delimitado, o que dará maior garantia na exploração de um mercado cativo no local de sua unidade.

A pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos dependem de recurso do franqueador, pois este é quem irá manter equipes de profissionais para realizarem pesquisas de mercado para, posteriormente, desenvolver novos produtos ou até aperfeiçoar os já existentes.

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Desenvolvimento constante de novos produtos e técnicas: um bom franchisor (franqueador) estará sempre investindo no desenvolvimento de novas produtos e técnicas de marketing, bem como no aprimoramento dos antigos, repassando os benefícios daí advindo para seus franchisees (franqueados). Dificilmente um pequeno empresário, agindo isoladamente, disporia de condições, recursos (financeiros e humanos) e informações suficientes para tanto.

Em relação à maior lucratividade, o franqueado possui um maior índice de lucro, pois ele se beneficia das economias de escalas, maiores créditos, prazos dilatados para pagamento, menores custos para suas instalações, assim como despesas reduzidas pelo rateio da verba de propaganda da marca.

No sistema de franquia, há a independência do seu negócio por parte do franqueado, que será independente financeira e juridicamente em relação ao franqueador. Em outras palavras (LEITE, 1991, p.58), a sua razão social estará desvinculada da razão social do franqueador. O vínculo existirá somente com relação ai nome fantasia, isto é, com a denominação da marca e logotipo que giram na praça.

2.2.2 Obrigações do Franqueado

De acordo com Bittencourt (2010) o franqueado é um empresário e, assim, deve atuar como tal. Ou seja, deve cuidar do seu negócio, da gestão dos recursos humanos, dos recursos financeiros e das vendas. O sucesso da franquia vai depender do quanto ele é eficiente e o quanto ele se empenha para obter excelência na operação e no atendimento ao seu cliente. O franqueado é responsável pela gestão e pelos resultados da franquia sob seu comando.

Miranda (2008), necessariamente a pessoa que adquire a outorga de uma franquia irá obedecer às regras dos ditames estabelecidos no contrato, que é um contrato de franquia empresarial, geralmente um contrato de adesão onde estas regras seguem pré-estabelecidas. Uma das principais cláusulas estabelecidas é da exclusividade ou semi-exclusividade.

Conforme Abrão (1984, p. 17-18) o franqueado possui algumas obrigações que devem ser observadas. Primeiramente é necessário, entre outros pontos, os a seguir citados.

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I – Usar da marca, título de estabelecimento e insígnias, cores, fórmulas, métodos de fabricação, publicidade e comercialização, nos termos e condições fixados pelo franqueador;

II – Construir, ou reformar, o prédio onde pretende explorar a franquia, conforme planos e especificações gerais do franqueador;

III – Não introduzir no projeto alterações sem o consentimento escrito desse último; IV – Efetuar a instalação de elementos mobiliários, maquinaria e equipamento; contratar a pessoa, de acordo cm as especificações do franqueador;

V – Instalar e utilizar no estabelecimento apenas os elementos, móveis, cores, maquinaria, instalações e acessórios que se ajustarem às especificações designadas ou aprovadas por escrito pelo franqueador;

VI – Usar do local unicamente para o desenvolvimento da atividade prevista no contrato;

VII – Participar por si, ou por se representante, do curso de capacitação e formação gerencial, proporcionado pelo franqueador, e de qualquer adestramento ou formação que esse haja por bem propiciar;

(...).

Abrão (1984) considera ainda que, verifica-se uma séria de obrigações do franqueado; preço esse que ele paga a fim de poder desfrutar do monopólio de venda do produto e da exploração da marca do franqueador, numa determinada zona.

É importante destacar que, cabe ao cumprimento dessas obrigações para que o franschising represente o sucesso esperado. Pensando nisso, Cherto (1988, p. 68) assegura que “acima de tudo, a aquisição de um franchise deve ser vista e estudada, pelo candidato a franchisse (franqueado) com a maior serenidade possível, pesando muito bem todos os prós e contras sempre com base no maior número de informações possível”.

Assegura, o referido autor, que antes de investir seu dinheiro e seu esforço na compra, instalação e operação de uma franquia. A situação deve ser bem avaliada, principalmente as obrigações que o franqueado deve ter para com o franqueador.

2.3 Direitos e deveres do Franqueador e do Franqueando

2.3.1 Os deveres

O franqueador quando interessado em implantar um sistema de franquia empresarial, tem o dever de apresentar ao interessado em se tornar franqueado a Circular de Oferta de Franquia, com os requisitos deste documento previstos no artigo 3º da Lei 8.955/94.

O contrato de franquia, por ser um contrato bilateral, gera obrigações para ambas as partes, franqueador e franqueado. O franqueado é responsável pelos resultados da franquia,

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devendo assegurar uma gestão qualificada; deverá pagar as taxas pelo uso do sistema; preservar as regras do sistema; manter segredo quanto ao know-how, entre outros. Já o franqueador transfere o know-how, autoriza o direito de uso da marca, conforme regras pré-estabelecidas; deverá garantir suporte e apoio para operação das unidades franqueadas; monitorar os padrões de qualidade, entre outros.

Coelho (1997, p. 427) dispõe das obrigações atribuídas aos franqueados:

No entanto, costuma-se atribuir aos franqueados o seguinte conjunto de encargos: a) o pagamento de uma taxa de adesão e de um percentual em seu faturamento; b) pagamento pelos serviços de organização empresarial fornecidos pelo franqueador; c) a obrigação de oferecer aos consumidores apenas os produtos ou serviços da marca do franqueador Por ele fabricados, aprovados ou simplesmente indicados; d) observar, estritamente, as instruções e o preço de venda ao consumidor estabelecidos pelo franqueador.

Segue o tratadista acima citado (1997, p. 427) sobre as obrigações do franqueador: “por seu turno, o franqueador tem, normalmente as seguintes obrigações: a) permitir ao franqueado o uso de sua marca; b) prestar os serviços de organização empresarial”.

O franqueador tem a obrigação de melhorar continuamente a sua imagem de marca; transmitir seu Know-how, fornecendo assistência aos franqueados; respeitar a concessão de exclusividade dos franqueados. Já o franqueado tem a obrigação de contribuir para a manutenção e a melhoria da imagem da marca; respeitar as regras comerciais, pagar os royalties e respeitar a obrigação de não concorrência (BERBARD, 1992, p.74).

Pinto (2010) comenta também que um dos deveres principais do franqueador é, sem dúvida alguma, escolher bem seus franqueados, buscando pessoas honestas, que tenham plena identidade com o negócio, perfil empreendedor e capacidade de operar uma unidade de acordo com os procedimentos determinados para a franquia.

De acordo com o autor citado, o franqueador tem seus deveres estabelecidos no contrato de franquia, mas a questão de selecionar franqueados que possuam o perfil para a franquia é de uma ordem subjetiva, ou seja, o franqueador tem o dever de ter a sensibilidade nessa escolha.

Outro ponto destacada por Pinto (2010), refere-se ao fato de que o franqueador também tem o dever de supervisionar a administração e operação de cada unidade e cobrar o

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bom desempenho das unidades franqueadas, como forma de fazer a franquia sempre se desenvolver, gerando lucros, tanto para o franqueador, quanto para o franqueado.

2.3.2 Os direitos

Tão importantes quanto os deveres do franqueador e do franqueado, são os seus direitos, também, importantes para que a franquia possa ter sucesso.

A franquia empresarial é o sistema pelo qual uma empresa (franqueador) cede a outro empreendedor (franqueado) o direito de:

a) uso da marca ou patente;

b) distribuição de produtos ou serviços;

c) e uso de tecnologia de implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou detidos pelo franqueador.

Em outras palavras, pode-se dizer que os franqueados compram conhecimentos e pagam para usar os métodos e a marca do franqueador. Assumem a operação de um negócio já testado e de sucesso comprovado.

2.4 Extinção dos contratos de franquia

O contrato de franquia extingue-se pela expiração do prazo acordado, pelo distrato, pela resilição unilateral, pela anulação, pela Cláusula que permita sua extinção por ato unilateral.

Martins (2000, p.494), leciona que:

O contrato de franquia se extingue, normalmente pela expiração do prazo convencionado entre as partes. Extingue-se igualmente, a qualquer momento, pela mútua vontade dos contratantes, como acontece com os contratos em geral. Pode entretanto, o contrato ser extinto durante sua vigência, quando uma das partes deixa de cumprir as obrigações que expressamente assumiu, de acordo com as cláusulas contratuais. A extinção é requerida pela parte prejudicada, sendo necessária a prova da infração contratual. É comum o contrato ser resilido por ato que não diga respeito diretamente à comercialização doas produtos, mas que, indiretamente venha em prejuízo de uma das partes.

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Segue o tratadista acima citado (2000, p.295):

Em geral, apesar de ser o contrato por tempo determinado, costumam as partes estabelecer cláusulas que dêem lugar à sua extinção por ato unilateral [...] Se, por qualquer motivo, não interessa mais ao franqueado a continuação da franquia, basta o mesmo comunicar ao franqueador a sua intenção do desfazimento do contrato, sem necessidade de explicar os motivos por que assim o faz.

Assim, o contrato de franquia pode terminar por seu cumprimento integral ou decurso de prazo, pelo acordo das partes, ou seja, rescisão amigável, ou judicialmente quando uma das partes deixar de cumprir as obrigações contratuais, sendo ressalvados os casos fortuitos e motivos de força maior (CHERTO, 1998, p. 85).

Sobre a extinção dos contratos de franquia dispõe Simão Filho (1998, p.78) que:

O contrato de franchise, como todo de natureza obrigacional, termina ou se extingue nas formas previstas na lei ou em seu bojo. Normalmente, haverá previsão temporal para que cessem os efeitos obrigacionais do instrumento, bem como cláusula de renovação das avenças em consonância com a vontade das partes contratantes.

Poderá ser extinto pelo distrato, que é a resilição bilateral, promovida por mútuo dissenso das partes (SIDOU, 1994, p.279). Sobre o distrato: “O distrato na definição de Beviláqua, é o acordo entre as partes contratantes, a fim de extinguir o vínculo obrigacional estabelecido pelo contrato” (RODRIGUES apud BEVILÁQUA, 2003, p.91).

Sidou (1994, p. 678), afirma que poderá também ser extinto por resilição unilateral, ou seja, modo de extinção do contrato por vontade de um dos contraentes, decorrente de inadimplemento da obrigação contratual por parte do franqueador ou franqueado, ou por ato que prejudique o produto.

Como preleciona Diniz (2003, p.660) extinguir-se-á o contrato de franquia:

Pela resilição unilateral, em razão de inadimplemento de obrigação contratual por qualquer dos contraentes. A extinção será requerida pelo prejudicado, provando-se a infração do contrato. Poderá, ainda, resilir-se o contrato por ato que prejudique indiretamente o prestígio do produto; logo, o franqueador poderá pôr fim ao contrato se o franqueado é ébrio contumaz ou pratica atos escandalosos etc.

Anulação é outro modo pelo qual poderá ser extinto o contrato de franquia. Pela anulabilidade tem-se uma circunstância comissiva ou omissão que torna sem efeito o contrato.

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Um exemplo é se o franqueador veicular informações falsas em sua Circular de Oferta de Franquia, tornar-se-á nulo o contrato de franquia.

Outra forma é a extinção do contrato de franquia por ato unilateral. Assim Diniz (2003, p.660):

Pela existência de cláusula que dêem lugar à sua extinção por ato unilateral, mesmo sem justa causa. Assim, se por qualquer motivo o franqueado não mais tiver interesse em continuar o franchising, comunicará ao franqueador sua intenção de desfazer o negócio, sem ter necessidade de justificar porque assim o faz.

Portanto, poderá existir uma cláusula que permite a extinção por ato unilateral, mesmo sem justa causa. Esta cláusula dá a possibilidade ao franqueado de não mais tendo interesse em continuar com a franquia desfazer o negócio, comunicando o franqueador, sem a necessidade de uma justificativa.

Por fim, após analisar os Elementos dos Contratos de Franquia, dando prosseguimento ao presente trabalho, será examinado no seguinte capítulo, o Sistema de Franquia Formatada, com seu conceito, características, os manuais para sua implantação, cessão de direitos e as taxas cobradas neste sistema.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através da realização do trabalho apresentado procurou-se demonstrar a viabilidade econômica, financeira, bem como as vantagens e desvantagens de uma franquia. Nesse trabalho procurou-se, também, mostrar a importância da avaliação de um projeto de investimento, considerando o contrato, o tipo de contrato, valores de investimentos, mercados de atuação. Isso porque, a opção de investir ocorre com a análise de viabilidade econômica do empreendimento. Se houver essa análise, com certeza a chance do negócio dar certo é muito maior. O fracasso ou sucesso do empreendimento está ligado diretamente a esta análise, a qual deve ser embasada em dados concretos.

Na revisão teórica procurou-se citar as diversas formas de análise, composição, legislação, principalmente, sobre os contratos de franquia; e para seu desenvolvimento lógico, o trabalho foi dividido em dois capítulos: O primeiro, tratou de abordar os elementos do contrato de franquia e o segundo capítulo foi destinado a tratar das figuras do franqueador e do franqueado no contrato de franquia.

Evidenciou-se, no trabalho apresentado, que o mercado de franquias no Brasil está em aquecimento contínuo, uma vez que as oportunidades estão aparecendo no mercado econômico. Através das leituras e pesquisas realizadas comprovou-se que as franquias são negócios rentáveis, mas que precisam ser levados a sério para que dêem o lucro esperado, tanto para o franqueado, como para o franqueador.

O sistema de franquias é, hoje, sem sombra de dúvidas, um dos negócios em maior ascensão, oferecendo uma gama de oportunidades pois já possui uma infra-estrutura montada, testada e funcionando.

Este sistema tem-se demonstrado uma opção viável para as empresas modernas expandirem suas atividades e fixarem sua marca. Por outro lado, favorece a oferta de produtos e/ou serviços de qualidade a consumidores de localidades longínquas e cria oportunidade para a iniciação empreendedora de milhares de pessoas, vinculadas a uma rede.

(34)

Em uma análise em especial na figura do franqueado, concluiu-se que suas principais vantagens do sistema de franquia são a assistência permanente por parte do franqueador, sistema testado, plano de negócio, menores custos de instalação da empresa, economia em escala e o mais importante, o cliente.

Esses aspectos representam uma contribuição social e econômica bastante interessante para o desenvolvimento do país. Apesar da importância econômica e social do sistema de franquia, este apresenta, além de vantagens, algumas desvantagens e limitações tanto para os franqueadores quanto para os franqueados, as quais devem ser devidamente resolvidas e gerenciadas para não comprometerem o desempenho da rede.

Sobre o tema muito bem conclui a Professora Ana Cláudia Redecker em seu livro Franquia Empresarial: “Ao longo de toda dissertação verificou-se que um dos maiores desafios das empresas, neste final de século, é criar, desenvolver e aperfeiçoar um conceito de credibilidade. A competição acirrada, a profusão de produtos e serviços, a dispersão das linguagens e canais de comunicação contribuem para ofuscar a imprescindível visibilidade das empresas. Este desafio é, antes de tudo, uma questão de relacionamento. Estas são as principais metas do sistema de franquia, ou seja, tornar uma empresa visível na complexidade dos seus sinais, símbolos e imagens, transformando a visibilidade de uma identidade forte, homogênea, indivisível, garantindo uma imagem de coerência, respeito, solidez e segurança e buscando aglutinar empresas em torno de um mesmo objeto.”

Enfim, a formação de uma rede de empresas, através de franquias, corresponde a uma interessante possibilidade de estratégia empresarial que deve ser considerada pelas empresas inteligentes para manterem-se ou tornarem-se competitivas no mercado econômico.

Com este trabalho foi possível utilizar os conhecimentos adquiridos ao longo do curso, bem como aprofundá-los. Na busca por informações depare-se com outra realidade, a necessidade de constante atualização e de leitura sobre o assunto proposto. A bibliografia existente é ampla e variada, mas também não se pode deixar de citar a Internet como uma importante ferramenta de pesquisa. Sobre o assunto tratado neste trabalho existem vários sites disponíveis, com informações atuais e de qualidade, basta que se faça a seleção dos melhores.

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REFERÊNCIAS

ABRÃO, Nelson. Da franquia comercial (Franchising). São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 1984.

ACQUAVIVA. Marcos Cláudio. Dicionário básico de direito acquaviva. 2.ed. São Paulo:

Editora Jurídica Brasileira, 1997.

ALVES. Geraldo Magela; MILHOMES, Jônatas. Manual Prático dos Contratos. 2.ed. Rio de Janeiro: Forense, 1997.

DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: Teoria das Obrigações contratuais e extracontratuais. V. 3. 18. Ed. São Paulo: 2003.

ANDRADE, Jorge Pereira. Contratos de franquia e leasing. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1995.

BARROSO, Luiz Felizardo. Franchising e direito. São Paulo: Atlas, 1997.

BULGARELLI, Waldírio. Contratos mercantis. São Paulo: Atlas, 1999.

BRASIL. Decreto-lei n. 8955, de 15 de dezembro de 1994. Dispõe sobre o contrato de franquia empresarial (franchising) e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 16 de dezembro de 1994.

______. Lei nº. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Código Civil brasileiro. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm>. Acesso em: 20.abr.2012.

CHERTO, Marcelo Raposo. Franchising: Revolução no Marketing. 3.ed. São Paulo: McGraw-Hill, 1988.

COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial. 14.ed. São Paulo: Saraiva, 2003.

LEITE, Roberto Cintra. Franchising: na criação de novos negócios. São Paulo: Editora Atlas, 1990.

LOBO, Jorge. Contrato de franchising. Rio de Janeiro: Forense, 1997.

MARTINS, Fran. Contratos e obrigações comerciais. 15.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2000.

MAURO, Paulo César. Guia do franqueado: Leitura obrigatória para quem quer comprar uma franquia. São Paulo: Nobel, 1994.

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MIRANDA, Fábio. As obrigações do franqueado para com o franqueador. Disponível em:

<http://180graus.com/geral/veja-as-obrigacoes-do-franqueado-para-com-o-franqueador-40014.html> . Acesso em Nov./2012.

REDECKER, Ana Cláudia. Franquia empresarial. São Paulo: Memória jurídica editora, 2002.

RODRIGUES, Sílvio. Direito Civil, v.3: Dos contratos e das declarações unilaterais de vontade. 29.ed. São Paulo: Saraiva, 2003.

SCHWARTZ, José Castro. Franchising: o que é, como funciona. Brasília: SEBRAE, 1994.

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Anexo I – Modelo de Contrato de Franchising

DENTIFICAÇÃO DAS PARTES CONTRATANTES

FRANQUEADORA: CABANHA DO 38 AGROPECUÁRIA LTDA., empresa de direito privado com sede no município de XXX, devidamente representada neste ato por seu sócio XXX, brasileiro, empresário, casado, inscrito no CPF sob nº XXXXXXXXXXX;

FRANQUEADA: XXXXXXXXXX, com sede na Rua XXXXX, n.º XXXXX, bairro XXXXX,cidade XXXXX, Cep. XXXXX, no Estado XXXXXXXXXX, inscrita no CNPJ sob nº XXXXX, com Inscrição Estadual nº XXXXX, devidamente representada neste ato por XXXXXXXXXX, (Cargo ou função que exerce na empresa franqueada), (Nacionalidade), (Profissão), (Estado Civil), (Documentos de Identificação – Carteira de Identidade e C.P.F.).

CONSIDERANDO QUE

I. A FRANQUEADORA é a única detentora do afixo “XXX”, do nome comercial “CABANHA DO 38” e do logotipo, cujo modelo integra o presente contrato conforme documentação própria registrada na XXX;

II. A FRANQUEADORA possui uma grande experiência na comercialização, de XXX III. A FRANQUEADORA, em virtude destes fatores, frui de grande aceitabilidade e credibilidade perante aos consumidores,

IV.A FRANQUEDORA, tem o interesse em expandir a sua atuação no mercado, e a FRANQUEADA interessada em utilizar a marca, logotipo e toda sistemática de comercialização da FRANQUEADORA, têm entre si, certo e ajustado, o presente Contrato deFranquia que se regerá pelas cláusulas abaixo:

DO OBJETO DO CONTRATO

Cláusula 1ª. O presente, tem como OBJETO, a concessão feita pela FRANQUEADORA a FRANQUEADA do direito de uso do logotipo e da marca e do afixo do “XXX” (em número e não letras), durante a vigência do presente contrato.

Cláusula 2ª. Faz parte da franquia a marca e seu logotipo. Devendo ser utilizado pela FRANQUEADA os sinais distintivos em relação as mesmas.

§ 1 O direito de propriedade da marca, logotipo e sinais visuais é exclusivo da empresa FRANQUEADORA, proibida sua utilização em faturas, notas fiscais e impressos fiscais de qualquer tipo ou natureza, salvo com autorização prévia por escrito da FRANQUEADORA.

§ 2 A marca e logotipo poderão ser usufruídos pela FRANQUEADA em caráter de licença temporária, podendo ser rescindido o presente contrato caso a FRANQUEADORA se sinta prejudicada em relação ao mau uso de seu nome, fazendo com que os consumidores deixem de reconhecê-la como fonte dos produtos/serviços lícitos e de boa qualidade.

DAS OBRIGAÇÕES DA FRANQUEADA

Cláusula 3ª. É dever da FRANQUEADA seguir o padrão de controle ditado pela FRANQUEADORA tendo em vista que seu perfeito funcionamento tem trazido para a empresa uma grande aceitabilidade e credibilidade perante os consumidores.

Parágrafo único A FRANQUEADORA poderá, se considerar necessário, vistoriar as instalações da empresa FRANQUEADA para assegurar-se de que suas instruções estão sendo seguidas corretamente, de forma a manter seu sistema em condições que lhe permitam evitar falhas no atendimento a seus clientes, efetivos e potenciais, bem como exame e auditoria de seus livros e controles, de modo a verificar se o mesmo cumpre, integral e

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