Modelo e Simula¸c˜
ao de uma M´
aquina de Indu¸c˜
ao Trif´
asica
Angelo Hafner — Kleyton Hoffmann
angelo.hafner@gmail.com — kleytonhoffmann@gmail.com Professor Dr. Nelson Sadowski
Convers˜ao Eletromecˆanica de Energia Setembro de 2012
Sum´
ario
1 Introdu¸c˜ao 1
2 Equa¸c˜oes da m´aquina no sistema abc 2
3 Equa¸c˜oes da m´aquina no sistema qd0 3
4 Equa¸c˜oes de estado do sistema eletromecˆanico 3
5 An´alise dos resultados da simula¸c˜ao 5
5.1 Grandezas que independem do plano de referˆencia adotado . . . 5
5.1.1 Partida da m´aquina a vazio . . . 5
5.1.2 Transit´orios de carga . . . 8
5.2 Plano de referˆencia estacion´ario . . . 10
5.3 Plano de referˆencia a velocidade rot´orica . . . 11
5.4 Plano de referˆencia a velocidade s´ıncrona . . . 14
6 An´alises extras 15 6.1 An´alise com fonte de alimenta¸c˜ao com harmˆonicos . . . 15
6.1.1 Harmˆonicos de 5a ordem . . . 15
6.1.2 Harmˆonicos de 3a ordem . . . 17
6.2 An´alise com fonte de alimenta¸c˜ao desequilibrada . . . 20
7 Valida¸c˜ao do modelo 22
8 Rotina Matlab 27
1
Introdu¸
c˜
ao
Antes de iniciar a simula¸c˜ao ´e necess´aria uma r´apida compreens˜ao da teoria fundamental de aciona-mentos de motores de indu¸c˜ao trif´asicos.
Toda a an´alise ser´a feita com o aux´ılio da teoria dos eixos de referˆencia desenvolvida por [3] em 1929, que em suma, permite a obten¸c˜ao de um modelo de uma m´aquina polif´asica de forma muito semelhante ao modelo da m´aquina de corrente cont´ınua.
Para tal feito, ´e necess´ario aplicar a matriz de transforma¸c˜ao de Park. A matriz transforma grandezas el´etricas do sistema abc em outro sistema, denominado qd0. Ap´os aplicada a transformada,
simpli-fica¸c˜oes no modelo s˜ao obtidas, permitindo um modelo menos sujeito a erros bem como simula¸c˜oes com menor custo computacional.
2
Equa¸
c˜
oes da m´
aquina no sistema abc
O comportamento da m´aquina eletromecˆanica ´e modelado atrav´es de equa¸c˜oes de tens˜ao (1) e (2) e torque (3). As equa¸c˜oes de tens˜ao se dividem em equa¸c˜oes de estator e de rotor. As vari´aveis rot´oricas est˜ao referenciadas para o estator e denotadas com o ´ındice primo.
vabcs= rsiabcs+ d dt(Lsiabcs) + d dt(L 0 sri 0 abcr) (1) v0abcr = rri0abcr+ d dt(L 0 ri0abcr) + d dt(L 0 sriabcs) (2) Te= − P 2 iTabcs∂ ∂r (L0sri0abcr) (3)
As tens˜oes e correntes em negrito representam a matriz coluna no formato de (4).
fabc= fa fb fc (4)
J´a as resistˆencias e indutˆancias em negrito s˜ao matrizes apresentadas em (5),(6),(7),(8) e (9) .
rs = rs 0 0 0 rs 0 0 0 rs (5) rr= rr 0 0 0 rr 0 0 0 rr (6) Ls= Lls+ Lms −12Lms −12Lms −1 2Lms Lls+ Lms − 1 2Lms −12Lms −12Lms Lls+ Lms (7) L0r= L0lr+ Lms −12Lms −12Lms −1 2Lms L 0 lr+ Lms −12Lms −12Lms −12Lms L0lr+ Lms (8) L0sr= Lms
cos θr cos(θr+2π3 ) cos(θr−2π3 ) cos(θr−2π3 ) cos θr cos(θr+2π3 ) cos(θr+2π3 ) cos(θr−2π3 ) cos θr
(9)
Simular o comportamento da m´aquina de indu¸c˜ao, implica em resolver simultaneamente o sistema matricial de equa¸c˜oes diferenciais (1), (2) e (3). Todas elas dependem da matriz (9) que apresenta o inconveniente de retornar o valor de indutˆancia m´utua rotor-estator dependendo da posi¸c˜ao do rotor (devido ao escorregamento).
A transformada de Park, atrav´es de uma mudan¸ca de vari´aveis elimina esta dependˆencia da indutˆancia com o tempo.
3
Equa¸
c˜
oes da m´
aquina no sistema qd0
Utilizando a transforma¸c˜ao de Park, obt´em-se as Equa¸c˜oes (10), (11) e (12) que s˜ao as Equa¸c˜oes (1),(2) e (3) no sistema qd0. vqd0s= rsiqd0s+ d dtλqd0s+ ωλdqs (10) v0qd0r= r0ri0qd0r+ d dtλ 0 qd0r+ (ω − ωr)λ0dqr (11) Te= 3 2 P 2 LM(iqsi0dr− idsi0qr) (12) onde " λqd0s λ0qd0r # = " KsLsKs−1 KsL0srKr−1 KrL0srKs−1 KrL0rKr−1 # " iqd0s i0qd0r # (13)
Sabemos da transforma¸c˜ao das vari´aveis de circuito estacion´ario em vari´aveis do plano de referˆencia arbitr´ario que:
KsLsKs−1= Lls+ LM 0 0 0 Lls+ LM 0 0 0 Lls (14) KrL0rKr−1= L0lr+ LM 0 0 0 L0lr+ LM 0 0 0 L0lr (15) KsL0srKr−1 = Kr(L0sr)TKs−1= LM 0 0 0 LM 0 0 0 0 (16) onde LM = 32Lms.
4
Equa¸
c˜
oes de estado do sistema eletromecˆ
anico
As equa¸c˜oes (10), (11) e (12) podem ser escritas na forma:vqs = rsiqs+ ω(Llsids+ LM(ids+ i0dr)) + Lls d dt(iqs) + LM d dt(iqs+ i 0 qr) (17) vds = rsids− ω(Llsiqs+ LM(iqs+ i0qr)) + Lls d dt(ids) + LM d dt(ids+ i 0 dr) (18) v0s = rsi0s+ Lls d dt(i0s) (19) v0qr = rr0i0qr+ ω − ωr)(L0lri 0 dr+ LM(ids+ i0dr)) + L 0 lr d dt(i 0 qr) + LM d dt(iqs+ i 0 qr) (20) vdr0 = rr0i0dr− (ω − ωr)(Llr0 i0qr+ LM(iqs+ i0qr) + L0lr d dt(i 0 dr) + LM d dt(ids+ i 0 dr) (21)
v0r0 = rr0i00r+ L0lr d dt(i 0 0r) (22) Jdωr dt = 3 2 P 2 LM(iqsi0dr− idsi0qr) − TL (23)
De posse de todas as equa¸c˜oes diferenciais que descrevem o comportamento f´ısico do problema em quest˜ao, ´e poss´ıvel montar o sistema com o modelo de espa¸co de estados.
U = A X + B ˙X (24) onde U = vqs vds v0s vqr0 vdr0 v0r0 TL X = iqs ids i0s i0qr i0dr i00r ωr ˙ X = • iqs ids i0s i0qr i0dr i00r ωr A = rs ω (Lls+ LM) 0 0 ωLM 0 0 −ω (Lls+ LM) rs 0 −ωLM 0 0 0 0 0 rs 0 0 0 0 0 (ω − ωr) LM 0 r0r (ω − ωr) (L0lr+ LM) 0 0 − (ω − ωr) LM 0 0 − (ω − ωr) (L0lr+ LM) rr0 0 0 0 0 0 0 rs 0 0 3 2 P 2 LMi0dr − 3 2 P 2 LMi0qr 0 0 0 0 0 B = LM+ Lls 0 0 LM 0 0 0 0 LM+ Lls 0 0 LM 0 0 0 0 Lls 0 0 0 0 LM 0 0 LM + L0lr 0 0 0 0 LM 0 0 LM + L0lr 0 0 0 0 0 0 0 L0lr 0 0 0 0 0 0 0 −J
Para encontrar a solu¸c˜ao das vari´aveis de estado de (24), ´e necess´ario antes de mais nada rearranjar os termos para forma padr˜ao:
˙
X = B−1(U − A X) (25)
O sistema de equa¸c˜oes (25) n˜ao ´e linear, o que impossibilita uma resolu¸c˜ao anal´ıtica cl´assica. Recorre-se ent˜ao as t´ecnicas num´ericas tradicionais como o m´etodo de Runge-Kutta. No presente trabalho opta-se pela utiliza¸c˜ao do m´etodo de Runge-Kutta de quarta ordem, resolvendo o sistema de forma iterativa (discretizado no tempo).
5
An´
alise dos resultados da simula¸
c˜
ao
A Tabela 1, retirada de [2], mostra os parˆametros do motor utilizado para simula¸c˜ao. Este motor ser´a submetido a trˆes tipos de cargas: (i) partida livre em t = 0 s, (ii) s´ubita aplica¸c˜ao de carga nominal em t = 3 s e (iii) s´ubita aplica¸c˜ao de carga nominal negativa em t = 5 s.
Em todas as an´alises que seguem, considerar-se-´a a m´aquina ´e alimentada a quatro fios (3F + N). Parte da an´alise dos resultados ´e dividida em trˆes partes (vistas nas se¸c˜oes 5.2, 5.3 e 5.4):
• Plano de referˆencia estacion´ario.
• Plano de referˆencia a velocidade rot´orica. • Plano de referˆencia a velocidade s´ıncrona.
O intuito desta divis˜ao ´e verificar as vantagens da escolha de cada plano de referˆencia. Evidentemente as vantagens oriundas desta escolha dependem do tipo da m´aquina em estudo e da resposta que se deseja obter.
No entanto, parte da an´alise ´e comum a qualquer tipo de plano de referˆencia, e esta, evidentemente, ser´a tratada apenas uma vez na se¸c˜ao 5.1.
5.1 Grandezas que independem do plano de referˆencia adotado
As grandezas que independem do plano de referˆencia adotado s˜ao grandezas el´etricas no sistema abc, torque, velocidade e posi¸c˜ao. An´alises com rela¸c˜ao a estas grandezas (el´etricas e mecˆanicas) s˜ao feitas nas subse¸c˜oes 5.1.1 - (Partida da m´aquina a vazio) e 5.1.2 - (Transit´orios de carga).
5.1.1 Partida da m´aquina a vazio
A evolu¸c˜ao da corrente estat´orica e rot´orica para o per´ıodo considerado (0 − 4 s) ´e apresentada nas Fi-guras 1 e 2. Percebe-se na Figura 1 um pico inicial de corrente na ordem de 13 vezes a corrente nominal durante um per´ıodo de aproximadamente 9 ms, fato este, dificilmente comentado em literaturas. J´a durante o intervalo de 9 ms − 1, 25 s, a amplitude da corrente ´e praticamente constante valendo 8 vezes a corrente nominal do motor. Esta ´ultima ´e amplamente explorada na literatura referente a acionamentos el´etricos. No tempo de 1, 7 s o motor atinge o estado estacion´ario com 36 % da corrente nominal. Este valor ´e devido apenas a corrente de magnetiza¸c˜ao da m´aquina.
Observando a Figura 2, pode-se averiguar que, para t = 1, 7 s o motor est´a `a vazio , pois naquele intervalo a corrente rot´orica ´e nula. Ainda com rela¸c˜ao a corrente rot´orica, verifica-se que a medida que o escorregamento diminui, a frequˆencia da mesma cai, indicando consonˆancia com a teoria de m´aquinas el´etricas (fr = s fe).
A gera¸c˜ao de torque em uma m´aquina el´etrica ´e fruto da intera¸c˜ao entre os campos magn´eticos de estator e rotor. Uma forma simplificada de (3) pode ser expressa como (26).
Te= k(Br× Bs) (26)
Tabela 1: Parˆametros motor 500 hp
Pn Vn ωn Tn In(abc) rs Xls Xm Xlr0 r0r J
(hp) (Volts) (rpm) (N · m) (A) (Ω) (Ω) (Ω) (Ω) (Ω) (kg · m2)
0 0,5 1 1,5 2 -1500 -1000 -500 0 500 1000 Tempo (s) Corren te (A) i as i bs ics
Figura 1: Correntes do estator na partida.
0 0,5 1 1,5 2 -1500 -1000 -500 0 500 1000 Tempo (s) Corren te (A) iar i br i cr
Quanto maior o torque solicitado pela carga maior ser´a o ˆangulo entre estes dois vetores (veja Figura 3). Para uma situa¸c˜ao em regime estacion´ario este ˆangulo ´e constante. Isto ´e poss´ıvel porque a velocidade de rota¸c˜ao do fluxo do estator ´e dada pela soma da velocidade mecˆanica do rotor e a frequˆencia angular do campo no rotor.
Figura 3: Intera¸c˜ao entre indu¸c˜oes magn´eticas do rotor e estator.
Contudo, um alto grau de oscila¸c˜ao do torque eletromagn´etico ´e observado nas Figuras 4 e 5, durante um intervalo consider´avel no in´ıcio da acelera¸c˜ao.
0 0,5 1 1,5 2 -4000 -3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 Tempo (s) T orque (Nm)
Figura 4: Evolu¸c˜ao do torque dinˆamico × tempo durante a partida.
Estas oscila¸c˜oes s˜ao devido ao elevado transit´orio aplicado a m´aquina na partida. Nestes momentos, o ˆangulo de torque δ ultrapassa a casa dos 90◦. Em outras palavras, a velocidade de rota¸c˜ao do fluxo estat´orico ´e superior a soma da velocidade mecˆanica do rotor com a frequˆencia angular el´etrica do rotor. Quando isto ocorre, oscila¸c˜oes de torque, inclusive negativos, s˜ao percebidos pela m´aquina de indu¸c˜ao.
No final da acelera¸c˜ao observa-se que a rota¸c˜ao do motor ultrapassa a barreira da velocidade s´ıncrona momentaneamente. Isto deve-se principalmente a pequena in´ercia do motor simulado quando compa-rado ao torque que o mesmo pode produzir. Ao ultrapassar a velocidade s´ıncrona um torque contr´ario ´
0 500 1000 1500 2000 -4000 -3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000 4000 5000 Rotação (min-1) T orque (Nm)
Figura 5: Evolu¸c˜ao do torque dinˆamico × rota¸c˜ao durante a partida.
Para o caso do motor ideal sem carga, o torque eletromagn´etico em regime ´e zero, e o motor atinge a velocidade s´ıncrona.
5.1.2 Transit´orios de carga
0 1 2 3 4 5 6 7 -1500 -1000 -500 0 500 1000 1500 Tempo (s) Corren te (A) i as i bs i cs
Figura 6: Correntes do estator.
Afim de continuar a an´alise do modelo simulado, transit´orios de carga positivos e negativos foram aplicados nos instantes t = 5 s e t = 7 s. No primeiro transit´orio observa-se um aumento dos cor-rentes estat´oricas e rot´oricas bem como no torque (veja Figuras 6 , 7 e 8). A resposta do sistema ´
aproximadamente 0, 4 s. O grau de subamortecimento pode ser claramente visualizado nas Figuras 7 e 8. 0 1 2 3 4 5 6 7 -1500 -1000 -500 0 500 1000 Tempo (s) Corren te (A) i ar i br i cr
Figura 7: Correntes do rotor.
Em t = 7 s ´e aplicada uma carga negativa ao rotor, ou seja, a m´aquina passa a trabalhar como gerador. Observa-se aqui que o tempo de acomoda¸c˜ao para a nova posi¸c˜ao de equil´ıbrio foi de 0, 6 s. Enfatiza-se a coerˆencia do maior per´ıodo para atingir o estado estacion´ario em rela¸c˜ao ao primeiro transit´orio, uma vez que a varia¸c˜ao da carga foi o dobro.
0 1 2 3 4 5 6 7 -4000 -3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 Tempo (s) T orque (Nm)
Figura 8: Evolu¸c˜ao do torque dinˆamico × tempo.
Por fim, um detalhe das correntes rot´oricas ´e apresentado na Figura 9 no instante de invers˜ao de carga (t = 5 s). Verifica-se neste instante a ocorrˆencia de uma invers˜ao de fase na forma de onda das correntes, inicia-se o processo de defasamento de 180◦ das correntes, permitindo que a m´aquina
4,8 4,9 5 5,1 5,2 5,3 5,4 5,5 5,6 -250 -200 -150 -100 -50 0 50 100 150 200 Tempo (s) Corren te (A) i ar i br i cr
Figura 9: Detalhe corrente rotor na invers˜ao de carga.
trabalhe, ap´os este instante, como gerador. E na Figura 10 apresenta-se a evolu¸c˜ao do torque com a rota¸c˜ao, sendo vis´ıvel os trˆes pontos de opera¸c˜ao da m´aquina ap´os os transit´orios aplicados.
0 500 1000 1500 2000 -4000 -3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 Rotação (min-1) T orque (Nm)
Figura 10: Evolu¸c˜ao do torque dinˆamico × rota¸c˜ao.
5.2 Plano de referˆencia estacion´ario
Com o plano de referˆencia estacion´ario transforma-se um sistema trif´asico em um sistema bif´asico equivalente de mesma frequˆencia que o sistema original (veja Figura 11).
A vantagem em rela¸c˜ao as demais escolhas not´aveis de rota¸c˜ao do plano de referˆencia ´e a simplifica¸c˜ao que acontece nas equa¸c˜oes de estado. S˜ao elas:
0,56 0,58 0,6 0,62 0,64 0,66 0,68 -1500 -1000 -500 0 500 1000 1500 Tempo (s) T ensão (V) v qs v ds v 0s
Figura 11: Tens˜oes no estator (eixo de referˆencia estacion´ario).
• nas Equa¸c˜oes (17) e (18) o termo ω(Llsiqds+ LM(iqds+ i0qdr)) ´e anulado;
• nas Equa¸c˜oes (20) e (21) o termo (ω − ωr)(L0lri0dr+ LM(ids+ i0dr)) torna-se (−ωr)(L0lri0dr+ LM(ids+ i0dr)); 0 1 2 3 4 5 6 7 -1500 -1000 -500 0 500 1000 Tempo (s) Corren te (A) iqs i ds i 0s
Figura 12: Correntes do estator (eixo de referˆencia estacion´ario).
Por fim, observando as Figuras 12 e 13 e com base na teoria dos eixos de referˆencia em estado estacion´ario verifica-se, que Ieqs=Ieas= 147, 36 0◦A eIeds = jIeqs = 147, 36 90◦A.
5.3 Plano de referˆencia a velocidade rot´orica
A principal vantagem na utiliza¸c˜ao deste plano est´a na simplifica¸c˜ao dos termos (ω − ωr)L0lri0dr+ LM(ids+ i0dr) e (ω − ωr) (L0lri0dr+ LM(ids+ i0dr)) das Equa¸c˜oes 20 e 21 respectivamente (os dois termos
0 1 2 3 4 5 6 7 -1000 -500 0 500 1000 Tempo (s) Corren te (A) i qr i dr i 0r
Figura 13: Correntes do rotor (eixo de referˆencia estacion´ario).
tornam-se nulos). 0 1 2 3 4 5 6 7 -1500 -1000 -500 0 500 1000 Tempo (s) Corren te (A) iqs i ds i 0s
Figura 14: Correntes do estator (eixo de referˆencia a velocidade rot´orica).
Percebe-se nas Figuras 14, 15 e 16 que a frequˆencia das grandezas el´etricas no sistema qd0 adotado ´e a frequˆencia do escorregamento el´etrico. Por isso a varia¸c˜ao de frequˆencia destas grandezas no intervalo considerado.
Ainda com rela¸c˜ao `a frequˆencia destacam-se quatro regi˜oes: (i) partida do motor (0 − 1, 7 s), (ii)regime sem carga (1, 7 − 3 s), (iii) regime com carga operando como motor (3 − 5 s) e (iv) regime com carga operando como gerador (5 − 7 s).
escorre-0 1 2 3 4 5 6 7 -1000 -500 0 500 1000 1500 Tempo (s) Corren te (A) i qr i dr i 0r
Figura 15: Correntes do rotor (eixo de referˆencia a velocidade rot´orica).
gamento cai. Como a partida ´e livre (sem carga) e o motor ´e considerado ideal, a rota¸c˜ao s´ıncrona ´e atingida, o que justifica a tens˜oes e correntes cont´ınuas no sistema qd0 na regi˜ao (ii).
0 1 2 3 4 5 6 7 -2000 -1500 -1000 -500 0 500 1000 1500 2000 Tempo (s) T ensão (V) v qs v ds v 0s
Figura 16: Tens˜oes do estator (eixo de referˆencia a velocidade rot´orica).
J´a na regi˜ao (iii) o escorregamento deixa de ser zero e passa ser o nominal da m´aquina, fazendo com que as frequˆencias no eixo qd sejam exatamente a frequˆencia do escorregamento. Em t = 5 s a m´aquina passa a trabalhar como gerador, o que justifica a invers˜ao de fase das grandezas el´etricas neste instante (regi˜ao (iv)).
5.4 Plano de referˆencia a velocidade s´ıncrona
A vantagem de trabalhar desta forma ´e que as grandezas analisadas tornam-se cont´ınuas em regime estacion´ario (veja Figuras 17, 18 e 19).
0 1 2 3 4 5 6 7 -1000 -500 0 500 1000 1500 2000 X: 3,621 Y: 1626 Tempo (s) T ensão (V) X: 2,653 Y: -939 v qs v ds v 0s
Figura 17: Tens˜oes no estator (eixo de referˆencia s´ıncrono). A tens˜ao na fase a ´e va= 2300
√ 2 √
3cos(ωet + 30
◦) V, que fasioralmente ´e expressa por
e
Va= 13286 30◦V. ´
E poss´ıvel verificar com o aux´ılio da Figura 17 que√2Vea= Vqe− jVde, em outras palavras 18786 30◦=
1626 + j939. 0 1 2 3 4 5 6 7 -1000 -800 -600 -400 -200 0 200 Tempo (s) Corren te (A) i qr i dr i 0r
Figura 18: Correntes do rotor (eixo de referˆencia s´ıncrono).
Em regi˜oes onde ocorrem os transit´orios, como no caso das correntes apresentadas nas Figuras 18 e 19, verifica-se a oscila¸c˜ao do valor das proje¸c˜oes destas grandezas quando rebatidas nos eixos qd, o
0 1 2 3 4 5 6 7 -200 0 200 400 600 800 1000 1200 Tempo (s) Corren te (A) i qs i ds i 0s
Figura 19: Correntes do estator (eixo de referˆencia s´ıncrono).
que ratifica a vantagem supracitada no primeiro par´agrafo desta se¸c˜ao.
6
An´
alises extras
Nas an´alises at´e aqui desenvolvidas foi pressuposto que a m´aquina era alimentada com fontes de tens˜oes trif´asicas ideais. Contudo, em situa¸c˜oes reais, a fonte de alimenta¸c˜ao pode conter harmˆonicos e dese-quil´ıbrios. Objetivando uma an´alise para validar o modelo tamb´em para estas condi¸c˜oes desfavor´aveis de alimenta¸c˜ao, aborda-se na se¸c˜ao 6.1 os harmˆonicos e na se¸c˜ao 6.2 analisa-se os desequil´ıbrios. Ser´a notado inclusive que as grandezas de sequˆencia zero podem estar presentes neste tipo de situa¸c˜ao. Em todas as an´alises subsequentes trabalha-se utilizando somente o plano de referˆencia s´ıncrono, devido as vantagens supramencionadas com rela¸c˜ao a varia¸c˜ao das grandezas no sistema de eixos qd0.
6.1 An´alise com fonte de alimenta¸c˜ao com harmˆonicos
Alimentar motores com conversores de frequˆencia ja n˜ao ´e mais uma tendˆencia e sim uma pr´atica corriqueira no ambiente industrial. S˜ao as maiores vantagens desta pr´atica a automa¸c˜ao e a eficiˆencia energ´etica. No entanto, a forma de onda oriunda deste tipo de alimenta¸c˜ao (PWM) traz consigo harmˆonicos de diversas ordens, os quais trazem preju´ızos do ponto de vista t´ecnico tanto para rede como para a m´aquina, sendo o ´ultimo o objeto da nossa an´alise.
O estudo est´a divido em duas partes. Na primeira parte, subse¸c˜ao 6.1.1, analisa-se o efeito da presen¸ca do quinto harmˆonico isoladamente e, na segunda parte, subse¸c˜ao 6.1.2, o efeito da presen¸ca do terceiro harmˆonico tamb´em isoladamente.
6.1.1 Harmˆonicos de 5a ordem
vabcs= √
2Vn sin(ωet + θe) + 1
5sin(5(ωet + θe)) (27)
O sistema trif´asico com 5o harmˆonico rebatido nos eixos qd0 (referencial s´ıncrono) para a parte es-tat´orica ´e apresentado na Figura 20. Tanto na tens˜ao (Figura 20(a)) quanto na corrente (Figura 20(b)) percebe-se uma oscila¸c˜ao de 240 Hz. Fato este justifica-se devido as proje¸c˜oes nos eixos de referˆencia do sistema trif´asico, ou, mais especificadamente, assim como as proje¸c˜oes das grandezas abc de 60 Hz tornam-se constantes quando rebatidas no eixo qd, as proje¸c˜oes das grandezas abc de n × 60 Hz tornam-se vari´aveis com frequˆencia (n − 1) × 60 Hz.
1,9 1,905 1,91 1,915 1,92 -2500 -2000 -1500 -1000 -500 0 500 1000 1500 2000 2500 Tempo (s) T ensão (V) vqs vds v0s (a)Tens˜ao. 1,9 1,905 1,91 1,915 1,92 -60 -40 -20 0 20 40 60 tempo (s) corren te (a) iqs ids i0s (b)Corrente. Figura 20: Representa¸c˜ao nos eixos qd0 das tens˜oes e correntes de estator.
A curva mostrada na Figura 21 ´e a curva de torque × tempo de um motor alimentado por uma fonte trif´asica equilibrada de tens˜ao com presen¸ca adicional de uma componente harmˆonica (h5).
0 1 2 3 4 5 6 7 -4000 -3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 Tempo (s) T orque (Nm)
Figura 21: Torque × tempo com alimenta¸c˜ao possuindo harmˆonico de 5a ordem.
Percebe-se na Figura 21 uma resposta com muitas oscila¸c˜oes quando comparada a curva com ali-menta¸c˜ao isenta de harmˆonicos (Figura 8). Oscila¸c˜ao que n˜ao ´e apenas vis´ıvel em per´ıodos de
tran-sit´orios mecˆanicos aplicados ao eixo da m´aquina, mas tamb´em em per´ıodos de carga constante, inclu-sive com carga nula.
Estas oscila¸c˜oes tem uma varia¸c˜ao de 900 Nm aproximadamente, tendo assim uma varia¸c˜ao de 45% do torque nominal da m´aquina. Esta potˆencia adicional mecˆanica gerada pela m´aquina n˜ao se converte em potˆencia mecˆanica ´util. Sendo assim, pela lei de conserva¸c˜ao de energia, o excedente se traduzir´a em aquecimento e vibra¸c˜ao na m´aquina.
0 50 100 150 200 250 300 350 0 50 100 150 X: 300 Y: 31,47 Frequência (Hz) Corren te de Pico (A) X: 60 Y: 34,01 (a)Sem carga. 0 50 100 150 200 250 300 350 0 50 100 150 X: 60 Y: 147,4 Frequência (Hz) Corren te de Pico (A) X: 300 Y: 31,47 (b)Carga nominal. 0 50 100 150 200 250 300 350 0 50 100 150 X: 60 Y: 142,2 Frequência (Hz) Corren te de Pico (A) X: 300 Y: 31,47
(c)Carga nominal negativa.
1,9 1,905 1,91 1,915 1,92 -60 -40 -20 0 20 40 60 X: 1,908 Y: 0 Tempo (s) Corren te (A) ias i bs ics neutro (d)Corrente de neutro. Figura 22: FFT das correntes estat´oricas.
A Figura 22 apresenta o reflexo das correntes da m´aquina quando submetida as condi¸c˜oes supracitadas. Verifica-se que, assim como o harmˆonico fundamental, o 5o harmˆonico se cancela no centro da estrela. Desta forma, n˜ao h´a corrente de neutro, n˜ao existindo corrente no eixo 0 do sistema de referˆencias qd0.
6.1.2 Harmˆonicos de 3a ordem
Os componentes harmˆonicos s˜ao caracterizados por sua amplitude, frequˆencia e fase, proporcionais a ordem harmˆonica. A Tabela 2 evidencia os dois ´ultimos.
O 3o harmˆonico ´e do tipo de sequˆencia zero, ou seja, os harmˆonicos das trˆes fases tem o mesmo argumento. Para as correntes, na pr´atica significa dizer que a soma das correntes n˜ao se cancela no centro da estrela de uma carga ligada em Y, em outras palavras, a corrente de neutro de terceiro harmˆonico ´e igual a 3 vezes a corrente de fase de terceiro harmˆonico.
Tabela 2: Ordem harmˆonico, frequˆencia e defasagem Ordem f ( Hz) θabc(◦) Sequˆencia
θa= 0 1 60 θb = −120 Positiva θc= 120 θa= 0 2 120 θb = 120 Negativa θc= −120 θa= 0 3 180 θb = 0 Zero θc= 0 θa= 0 4 240 θb = −120 Positiva θc= 120 θa= 0 5 300 θb = 120 Negativa θc= −120 θa= 0 6 360 θb = 0 Zero θc= 0 1,9 1,905 1,91 1,915 1,92 -2000 -1500 -1000 -500 0 500 1000 1500 2000 Tempo (s) T ensão (V) vqs vds v0s (a)Tens˜ao. 1,9 1,905 1,91 1,915 1,92 -150 -100 -50 0 50 100 150 X: 1,905 Y: 103,4 Tempo (s) Corren te (A) iqs ids i0s (b)Corrente. Figura 23: Representa¸c˜ao nos eixos qd0 das tens˜oes e correntes de estator.
Um motor alimentado com uma tens˜ao que possui componente de terceiro harmˆonico drenar´a da rede uma corrente tamb´em com conte´udo de terceiro harmˆonico (veja Figura 23). Perceba que as componentes de sequˆencia zero n˜ao s˜ao rebatidas nos eixo qd, mas sim aparecem na sua totalidade no eixo zero. Observe a amplitude e frequˆencia desta onda.
Quando compara-se a Figura 24 com a Figura 21, verifica-se que na primeira n˜ao h´a oscila¸c˜ao do torque em regime permanente. Para compreender os motivos da n˜ao oscila¸c˜ao com o terceiro harmˆonico quando comparado com o quinto harmˆonico recorre-se mais uma vez a Tabela 2. Nela percebe-se que o harmˆonico de terceira ordem ´e de sequˆencia zero, ou seja, n˜ao produz campo girante na m´aquina, diferente do quinto harmˆonico (sequˆencia negativa) que produz um campo girante de 300 Hz na dire¸c˜ao oposta ao do campo da fundamental.
0 1 2 3 4 5 6 7 -4000 -3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 Tempo (s) T orque (Nm)
Figura 24: Torque × tempo com alimenta¸c˜ao possuindo harmˆonico de 3a ordem.
0 50 100 150 200 250 300 0 50 100 150 X: 60 Y: 34,02 Frequência (Hz) Corren te de Pico (A) X: 180 Y: 103,5 (a)Sem carga. 0 50 100 150 200 250 300 0 50 100 150 X: 60 Y: 147,4 Frequência (Hz) Corren te de Pico (A) X: 180 Y: 103,5 (b)Carga nominal. 0 50 100 150 200 250 300 0 50 100 150 X: 60 Y: 142,2 Frequência (Hz) Corren te de Pico (A) X: 180 Y: 103,5
(c)Carga nominal negativa.
Mais uma vez enfatiza-se a caracter´ıstica de sequˆencia zero do terceiro harmˆonico. Note que na Figura 26, onde ´e apresentado o espectro da corrente de neutro, tem-se presente apenas componentes de 180 Hz, que esta componente ´e o triplo das correntes de fase de mesma frequˆencia e ainda que o valor delas n˜ao muda com a varia¸c˜ao da carga (Figura 25). Fica evidenciado que o terceiro harmˆonico n˜ao gera torque ´util no eixo (n˜ao gera campo girante). Tamb´em fica evidenciado que o terceiro harmˆonico tamb´em n˜ao gera torque oscilat´orio no eixo.
0 50 100 150 200 250 300 0 50 100 150 200 250 300 X: 180 Y: 310,4 Frequência (Hz) Corren te de Pico (A) (a)Sem carga. 0 50 100 150 200 250 300 0 50 100 150 200 250 300 X: 180 Y: 310,4 Frequência (Hz) Corren te de Pico (A) (b)Carga nominal. 0 50 100 150 200 250 300 0 50 100 150 200 250 300 X: 180 Y: 310,4 Frequência (Hz) Corren te de Pico (A)
(c)Carga nominal negativa.
1,9 1,905 1,91 1,915 1,92 -400 -300 -200 -100 0 100 200 300 400 X: 1,905 Y: 310,3 Tempo (s) Corren te (A) ias ibs ics neutro (d)Corrente de neutro. Figura 26: An´alise da corrente de neutro.
Por fim, percebe-se que as grandezas de eixo 0 pulsam na mesma frequˆencia das grandezas do sistema abc do terceiro harmˆonico (180 Hz), e que o m´odulo da corrente de terceiro harmˆonico de fase (Figura 25) ´e o mesmo que o m´odulo da corrente de eixo 0 (veja Figura 23(b)).
6.2 An´alise com fonte de alimenta¸c˜ao desequilibrada
A Figura 27 apresenta o comportamento de um motor quando alimentado por tens˜oes desequilibradas. Para a presente simula¸c˜ao foram adotadas as tens˜oes:
vas = 0, 9 √ 2Vncos(ωet) vbs = 1, 1 √ 2Vncos ωet − 2π 3 (28) vcs = 1, 0 √ 2Vncos ωet + 2π 3
Percebe-se na Figura 27(a) que as tens˜oes de vq e de vd apresentam uma oscila¸c˜ao de 120 Hz somadas a componente cont´ınua (o mesmo ocorre com a corrente, Figura 27(b)).
1,9 1,905 1,91 1,915 1,92 -2000 -1500 -1000 -500 0 500 1000 1500 2000 Tempo (s) T ensão (V) vqs vds v0s (a)Tens˜ao. 1,9 1,905 1,91 1,915 1,92 -100 -80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80 100 X: 1,909 Y: 87,85 Tempo (s) Corren te (A) iqs ids i 0s (b)Corrente. Figura 27: Tens˜oes e correntes de estator para um sistema desequilibrado.
Esta oscila¸c˜ao ´e oriunda do componente sim´etrico de sequˆencia negativa presente em sistemas dese-quilibrados, uma vez que este componente pode ser interpretado como um sistema abc girando na velocidade contr´aria ao sistema de sequˆencia positiva.
0 1 2 3 4 5 6 7 -4000 -3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 Tempo (s) T orque (Nm)
Figura 28: Torque × tempo com alimenta¸c˜ao desequilibrada.
J´a com rela¸c˜ao ao componente do eixo 0, verifica-se que sua frequˆencia ´e independente da rota¸c˜ao do sistema de referˆencia. A frequˆencia deste componente ´e igual a frequˆencia el´etrica do sistema (60 Hz). Com rela¸c˜ao ao m´odulo, verifica-se a particularidade da corrente de neutro (veja Figura 29) ser igual a trˆes vezes a corrente de sequˆencia zero (veja Figura 27(b)) e ainda que, a corrente no eixo 0 ´e igual a corrente da componente sim´etrica de sequˆencia zero dado pelo teorema de Fortescue [1].
Finalmente, constata-se na Figura 28, a presen¸ca de oscila¸c˜oes de torque em regime, inclusive em momentos em que nenhuma carga ´e aplicada ao eixo. Estas oscila¸c˜oes s˜ao devido ao desequil´ıbrio na alimenta¸c˜ao ao qual a m´aquina foi submetida. Fato este ´e ratificado quando mede-se a frequˆencia do torque em regime permanente, que ´e de 120 Hz, evidenciando a presen¸ca de componentes sim´etricas de sequˆencia negativa.
0 20 40 60 80 100 120 0 50 100 150 200 250 X: 60 Y: 263,6 Frequência (Hz) Corren te de Pico (A) (a)Sem carga. 0 20 40 60 80 100 120 0 50 100 150 200 250 X: 60 Y: 263,6 Frequência (Hz) Corren te de Pico (A) (b)Carga nominal. 0 20 40 60 80 100 120 0 50 100 150 200 250 300 X: 60 Y: 182,1 Frequência (Hz) Corren te de Pico (A)
(c)Carga nominal negativa.
1,9 1,905 1,91 1,915 1,92 -250 -200 -150 -100 -50 0 50 100 150 200 250 X: 1,909 Y: 263,5 Tempo (s) Corren te (A) ias i bs ics neutro (d)Corrente de neutro. Figura 29: An´alise da corrente de neutro.
7
Valida¸
c˜
ao do modelo
Com o intuito de validar o modelo desenvolvido, comparou-se os resultados obtidos pelo uso, com os obtidos atrav´es do Simulink. A Figura 30 apresenta o diagrama esquem´atico utilizado.
Comparando a Figura 31 com a Figura 6, a Figura 32 com a Figura 7, a Figura 33 com a Figura 10, a Figura 34 com a Figura 8, a Figura 35 com a Figura 19, a Figura 36 com a Figura 18 e a Figura 37 com a Figura 17 percebe-se a igualdade nos resultados.
A principal diferen¸ca entre o modelo implementado e o modelo do Simulink ´e a ausˆencia do eixo 0, j´a que o simulink n˜ao permite a inser¸c˜ao do neutro na alimenta¸c˜ao da m´aquina. Foi considerado um motor sem neutro na simula¸c˜ao.
-K-w -> rpm Continuous powergui Vc Vb Va Transitório 2 Transitório 1 Torque eletromagnético Torque X Rotação Tensões (qd) Rotação (rpm) m A B C Tm MIT 500 hp Correntes rotor (qd)
Correntes rotor (abc) Correntes estator (qd) Correntes estator (abc) <Stator voltage vs_q (V)>
<Stator voltage vs_d (V)> <Rotor current iq (A)>
<Rotor current id (A)>
<Stator current is_a (A)>
<Stator current is_b (A)>
<Stator current is_c (A)>
<Stator current is_q (A)>
<Stator current is_d (A)> <Rotor speed (wm)> <Electromagnetic torque Te (N*m)>
<Rotor current ir_a (A)>
<Rotor current ir_b (A)>
<Rotor current ir_c (A)>
Figura 30: Diagrama esquem´atico da simula¸c˜ao.
0 1 2 3 4 5 6 7 -1500 -1000 -500 0 500 1000 1500 Tempo (s) Corren te (A) i as i bs i cs
0 1 2 3 4 5 6 7 -1500 -1000 -500 0 500 Tempo (s) Corren te (A) i ar i br icr
Figura 32: Correntes do rotor abc - Simulink.
0 500 1000 1500 2000 -4000 -3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 Rotação (min-1) T orque (Nm)
0 1 2 3 4 5 6 7 -4000 -3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 Tempo (s) T orque (Nm)
Figura 34: Torque × tempo - Simulink.
0 1 2 3 4 5 6 7 -200 0 200 400 600 800 1000 1200 Tempo (s) Corren te (A) iqs i ds
0 1 2 3 4 5 6 7 -1000 -800 -600 -400 -200 0 Tempo (s) Corren te (A) i qr idr
Figura 36: Corrente do rotor qd - Simulink.
0 1 2 3 4 5 6 7 -1000 -500 0 500 1000 1500 2000 Tempo (s) T ensão (V) vqs v ds
8
Rotina Matlab
1 %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
2 %%%%%%%% C´odigo Fonte de Simulac¸˜ao de Motor de Induc¸˜ao %%%%%%%%%%%%%%%%%%%
3 %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
4 clear all; close all; clc;
5 %% Inicializac¸˜ao
6 % N´umero de p´olos do motor
7 p = 4;
8 % Frequˆencia do sistema de referˆencia
9 f_qd0 = 60;
10 % Velocidade angular do sistema de referˆencia
11 w_qd0 = 2*pi*f_qd0;
12 % Frequˆencia do sistema abc
13 f_abc = 60;
14 % w com que os parˆametros foram determinados
15 w_abc = 2*pi*f_abc;
16 % Velocidade INICIAL de giro do rotor
17 w_r = 0;
18 % Resistˆencia el´etrica do estator
19 r_s = 0.262;
20 % Reatˆancia de dispers˜ao do estator
21 X_ls = 1.206;
22 % Indutˆancia de dispers˜ao do estator
23 L_ls = X_ls / w_abc;
24 % Reatˆancia de magnetizac¸˜ao
25 X_M = 54.02;
26 % Indutˆancia de magnetizac¸˜ao
27 L_M = X_M / w_abc;
28 % Reatˆancia de dispers˜ao do rotor
29 X_lr = 1.206;
30 % Indutˆancia de dispers˜ao do rotor
31 L_lr = X_lr / w_abc;
32 % Resistˆencia do rotor
33 r_r = 0.187;
34 % Momento de In´ercia (rotor + carga)
35 J = 11.06;
36 % Tens˜ao de pico da rede de alimentac¸˜ao
37 V = (2300/sqrt(3))*sqrt(2);
38 % Defasa mento angular da tens˜ao a
39 def = 30*pi/180;
40 % Constante de dissipac¸˜ao mecˆanica
41 B_s = 0; %8.8e-4;
42 % Per´ıodo da tens˜ao
43 T = 1 / f_abc;
44 % N´umero de pontos por ciclo
45 npc = 128;
46 % Passo de integrac¸˜ao em pontos por ciclo
47 dt = T / npc;
48 % Tempo de simulac¸˜ao
49 ts = 7;
50
51 % ˆAngulos para a transformada de park para Estator (theta) e Rotor (beta)
52 % ˆAngulo do estator em relac¸˜ao ao sistema de referˆencia theta inicia com
53 % zero e continua zero se o sistema de referˆencia em quest˜ao girar na
54 % mesma velocidade do campo girante.
55 % theta ´e o ˆangulo entre os eixos "a" e "q". Aqui estamos definindo o theta
56 % incial.
57 theta = 0;
58
59 % ˆAngulo do rotor em relac¸˜ao ao estator. Como o rotor ir´a girar em uma
60 % velocidade diferente da velocidade do estator, precisa-se calcular a todo
61 % o tempo o ˆangulo theta_r. Ele inicialmente ´e zero porque estamos
62 % forc¸ando o alinhamento inicial para zero.
65 % Inicia os vetores X, U, A e B da equac¸˜ao diferencial U = A * X + B * X’
66 % Matriz de estados do sistema
67 % Vari´aveis de estado X
68 % X = I = [[i_qs];[i_ds];[id0];[i_qr];[i_dr];[i_0r];[w_r]];
69 % Entradas U
70 % U = V = [[v_qs];[v_ds];[vd0];[v_qr];[v_dr];[v_0r];[T_L]];
71 % Contudo na equac¸˜ao U = A * X + B * X’ precisamos encontrar X’
72 % X’ = inv(B) * ( -A * X + U)
73 % ou ainda...
74 % I’ = inv(B) * ( -A * I + V)
75
76 % Condic¸˜oes iniciais das vari´aveis de estado e de entrada
77 % (correntes e velocidade do rotor)
78 X = [[0] ; [0] ; [0]; [0] ; [0] ; [0] ;[w_r]];
79 % I = [[i_qs];[i_ds];[id0];[i_qr];[i_dr];[i_0r];[w_r]];
80 % (tens˜oes e torque de carga)
81 U = [[0] ; [0] ; [0]; [0] ; [0] ; [0] ;[0] ];
82 % U = [[v_qs(ii)];[v_ds(ii)];[vd0];[v_qr];[v_dr];[v_0r];[T_L]];
83
84 % A matriz A ser´a calculada a cada iterac¸˜ao, pois depende da velocidade
85 % rot´orica w_r. Zeramos os elementos dela, pois isto agiliza a simulac¸˜ao.
86 % Al´em disto, grande parte dos elementos da matriz A s˜ao zeros.
87 A = zeros(7);
88
89 % A matriz B possui somente elmentos constantes, dependentes apenas das
90 % resistˆencias e indutˆancias do circuito. Inicialmente a calcularemos e
91 % depois a inverteremos. Grande parte dos elementos da matriz B s˜ao zeros,
92 % por isto a zeramos.
93 B = zeros(7); 94 B(1,1) = L_ls + L_M; 95 B(2,2) = L_ls + L_M; 96 B(3,3) = L_ls; 97 B(4,4) = L_lr + L_M; 98 B(5,5) = L_lr + L_M; 99 B(6,6) = L_lr; 100 B(7,7) = ( -2 * J ) / p; 101 B(4,1) = L_M; 102 B(1,4) = L_M; 103 B(5,2) = L_M; 104 B(2,5) = L_M; 105 inv_B = Bˆ(-1); 106
107 % Inicializac¸˜ao de vari´aveis para o lac¸o que est´a por vir
108 % N´umero de iterac¸˜oes
109 n = ts / dt;
110 % Matriz com a rotac¸˜ao rad/s
111 W_r = zeros(1,n);
112 % Matriz com a rotac¸˜ao rot/min
113 W_r_rpm = zeros(1,n);
114 % Matriz de tempo. Ser˜ao usados dois tempos (t e tt). Isto ´e necess´ario
115 % porque o m´etodo de Runge-Kutta, em alguns passos intermedi´arios,
116 % necessita de valores das fontes no instante de tempo entre duas
117 % iterac¸˜oes. Em outras palavras: max(t) = max(tt), pot´em a amostragem de t
118 % ´e o dobro da amostragem de tt.
119 tt = zeros(1,n);
120 t = zeros(1,(2*n+1));
121 % Torque Eletromagn´etico
122 T_e = zeros(1,n);
123 % Torque de Carga
124 T_L = zeros(1,(2*n+1));
125 % Tens˜oes de fase do estator = v_abcs
126 v_as = zeros(1,n);
127 v_bs = zeros(1,n);
128 v_cs = zeros(1,n);
130 v_qs = zeros(1,(2*n+1));
131 v_ds = zeros(1,(2*n+1));
132 v_0s = zeros(1,(2*n+1));
133 % Tens˜oes de fase do rotor = v_qd0r
134 v_qr = zeros(1,(2*n+1));
135 v_dr = zeros(1,(2*n+1));
136 v_0r = zeros(1,(2*n+1));
137 % Correntes no estator = i_abcs
138 i_as = zeros(1,n);
139 i_bs = zeros(1,n);
140 i_cs = zeros(1,n);
141 % Correntes no estator = i_qd0s
142 i_qs = zeros(1,n);
143 i_ds = zeros(1,n);
144 i_0s = zeros(1,n);
145 % Correntes no rotor = i_abcr
146 i_ar = zeros(1,n);
147 i_br = zeros(1,n);
148 i_cr = zeros(1,n);
149 % Correntes no rotor = i_qd0r
150 i_qr = zeros(1,n);
151 i_dr = zeros(1,n);
152 i_0r = zeros(1,n);
153
154 %% Vetores fonte com amostragem dobrada
155 % Para poder realizar os passos intermedi´arios do m´etodo de Ruge-Kutta.
156 for ii = 2 : (2*n+1)
157 % Cria o vetor tempo a cada iterac¸˜ao
158 % (note o per´ıodo de amostragem dt/2).
159 t(ii) = dt/2 * ii;
160 %%%%% Torque da carga %%%%%
161 T_L(ii) = 0;
162 % Para simulac¸˜ao da variac¸˜ao de carga
163 if(t(ii) > 3) 164 T_L(ii) = 1.98e3; 165 end 166 if (t(ii)>5) 167 T_L(ii) = -1.98e3; 168 end 169 %%%%% Torque da carga %%%%% 170
171 %%%%% Tens˜oes do rotor %%%%%
172 % As tens˜oes em um rotor em gaiola, seja no sistema abc ou qd0 sempre
173 % s˜ao nulas.
174 v_qr(ii) = 0;
175 v_dr(ii) = 0;
176 v_0r(ii) = 0;
177 %%%%% Tens˜oes do rotor %%%%%
178
179 %%%%% Tens˜oes do estator %%%%%
180 v_abcs = V * [[ cos( w_abc * t(ii) + def ) ];
181 [ cos( w_abc * t(ii) - 2*pi/3 + def ) ];
182 [ cos( w_abc * t(ii) + 2*pi/3 + def ) ]];
183
184 %%% Transformada de Park para as tens˜oes no estator %%%
185 % (v_abcs ==> v_qd0s)
186 theta = w_qd0 * t(ii);
187 K_s = (2/3)*...
188 [[ cos(theta), cos(theta-2*pi/3), cos(theta+2*pi/3) ];
189 [ sin(theta), sin(theta-2*pi/3), sin(theta+2*pi/3) ];
190 [ (1/2) , (1/2) , (1/2) ]]; 191 192 v_qd0s = K_s * v_abcs; 193 % Separando em trˆes vetores... 194 v_qs(ii) = v_qd0s(1); 195 v_ds(ii) = v_qd0s(2);
197 %%% Transformada de Park para as tens˜oes no estator %%%
198 end
199 %% Lac¸o para c´alculo das vari´aveis de estado em cada instante de tempo
200 % ii inicia em 2 no lac¸o, pois em ii = 1 temos as condic¸˜oes iniciais
201 for ii = 2 : (n)
202 tt(ii) = dt * ii;
203 %% Montagem da equac¸˜ao diferencial U = A * X + B * X’
204 % A equac¸˜ao acima ´e uma equac¸˜ao gen´erica
205 % No nosso caso X’ = inv_B * ( U - A * X );
206 % Para o c´alculo da equac¸˜ao diferencial ´e necess´ario realizar
207 % iterac¸˜oes, dentro deste lac¸o ´e que elas s˜ao feitas.
208 209 % Vetor U 210 U = [[v_qs(2*ii-1)];[v_ds(2*ii-1)];[v_0s(2*ii-1)];... 211 [v_qr(2*ii-1)];[v_dr(2*ii-1)];[v_0r(2*ii-1)];... 212 [T_L(2*ii-1)] ]; 213 % Vetor X
214 % J´a iniciado na inicializac¸˜ao das vari´aveis. S˜ao as condic¸˜oes
215 % iniciais necess´arias para a soluc¸˜ao de uma equac¸˜ao diferencial
216 % X = [[0]; [0]; [0]; [0]; [0]; [0]; [0] ];
217 % X = [[i_qs];[i_ds];[id0];[i_qr];[i_dr];[i_0r];[w_r]];
218 % Por facilidades de ´algebra, atualizaremos o valor de X. Contudo assim
219 % perderemos o seu valor original. Para n˜ao perder este valor ´e que
220 % fizemos X_i = X, ou seja X_inical = X. Utilizaremos novamente o X,
221 % ou melhor X_i mais a frente, por isto o salvaremos agora.
222 X_i = X;
223
224 % Montagem da matriz A
225 % A matriz A tem termos dependentes da velocidade do rotor, por isto
226 % ela deve ser atualizada a cada iterac¸˜ao.
227 A(1,1) = r_s; 228 A(2,2) = r_s; 229 A(3,3) = r_s; 230 A(4,4) = r_r; 231 A(5,5) = r_r; 232 A(6,6) = r_r; 233 A(1,2) = w_qd0 * ( L_ls + L_M ); 234 A(2,1) = -A(1,2); 235 A(1,5) = w_qd0 * L_M; 236 A(2,4) = -A(1,5); 237 A(4,2) = ( w_qd0 - w_r ) * L_M; 238 A(5,1) = -A(4,2); 239 A(4,5) = ( w_qd0 - w_r ) * ( L_lr + L_M ); 240 A(5,4) = -A(4,5); 241 A(7,1) = ( 3 * p * L_M * X(5) ) / 4; 242 A(7,2)= -( 3 * p * L_M * X(4) ) / 4;
243 % T_e = 3 * p * L_M * (i_qs(ii)*i_dr(ii) - i_ds(ii)*i_qr(ii)) / 4
244 % Fica claro na equac¸˜ao do torque eletromagn´etico a presenc¸a de duas
245 % partes da equac¸˜ao em A(7,1) e A(7,2).
246
247 %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
248 % C´alculo do vetor X pelo m´etodo Runge-Kutta de 4a ordem
249 % Para isto alguns c´alculos intermedi´arios s˜ao necess´arios,
250 % (c´alculo de k1, k2, k3 e k4).
251 % Para x’ = f(t,x), a soluc¸˜ao da EDO ´e:
252 % x(k+1) = x(k) + 1/6 * dt *( k1 + 2*k2 + 2*k3 + k4 ), onde: 253 % k1 = f( t(k) , x(k) ) 254 % k2 = f( t(k)+dt/2 , x(k) + dt/2*k1 ) 255 % k3 = f( t(k)+dt/2 , x(k) + dt/2*k2 ) 256 % k4 = f( t(k)+dt , x(k) + dt*k3 ) 257 258 % C´alculo de k1
259 % Note o n´ıvel de dificuldade em pensar matricialmente, e n˜ao apenas
260 % como uma equac¸˜ao!
262 K1 = inv_B * ( U - A * X );
263 % o vetor X abaixo ser´a usado na pr´oxima equac¸˜ao para o c´alculo de k2.
264 % novo_X = velho_X + dt/2 * k1 para calcular k2.
265 % Lembrar que que n˜ao temos tempos e a vari´avel tempo n˜ao est´a
266 % multiplicando nada nas equac¸˜oes, por isto n˜ao o somamos com dt/2 em
267 % nenhum momento em f( t(k)+dt/2 , x(k) + dt/2*k1).
268 X = X_i + dt/2 * K1; % a ser usado para o c´alculo de k2
269
270 % Como o vetor X muda, todos os elementos que dependem dele devem ser
271 % atualizados, no caso a matriz A. Tratam-se de passos absolutamente
272 % necess´arios para que o m´etodo de Runge-Kutta funcione.
273 % Caso ache dif´ıcil de compreender, sugere-se resolver pelo m´etodo de
274 % Euler.
275 % Como somente alguns termos da matriz A dependem da vari´avel de estado
276 % X, apenas estes ser˜ao atualizados. Da forma como montamos a matriz a,
277 % dependente apenas da rotac¸˜ao, somente os termos abaixo tem
278 % necessidade de serem atualizados.
279 w_r = X(7); 280 A(4,2) = ( w_qd0 - w_r ) * L_M; 281 A(5,1) = -A(4,2); 282 A(4,5) = ( w_qd0 - w_r ) * ( L_lr + L_M ); 283 A(5,4) = -A(4,5); 284 A(7,1) = 3 * p * L_M * X(5) / 4; 285 A(7,2) = -3 * p * L_M * X(4) / 4; 286
287 % Atualizac¸˜ao da matriz fonte U para o c´alculo de k2, pois k2 depende
288 % de U(t + dt/2). Lembre-se que as tens˜oes foram duplamente amostradas
289 % por este motivo!
290 U(1,1) = v_qs(2*ii); 291 U(2,1) = v_ds(2*ii); 292 U(3,1) = v_0s(2*ii); 293 U(4,1) = v_qr(2*ii); 294 U(5,1) = v_dr(2*ii); 295 U(6,1) = v_0r(2*ii); 296 U(7,1) = T_L(2*ii); 297 298 % C´alculo de k2 299 % K2 = x(t+dt/2,x+dt/2*k1) = x’ 300 K2 = inv_B * ( U - A * X );
301 % novo_X para calcular k3
302 X = X_i + dt/2 * K2; % a ser usado para o c´alculo de k3
303 % Atualizando novamente os valores da matriz A, pelo mesmo motivo que
304 % atualizamos anteriormente 305 w_r = X(7); 306 A(4,2) = ( w_qd0 - w_r ) * L_M; 307 A(5,1) = -A(4,2); 308 A(4,5) = ( w_qd0 - w_r ) * ( L_lr + L_M ); 309 A(5,4) = -A(4,5); 310 A(7,1) = 3 * p * L_M * X(5) / 4; 311 A(7,2) = -3 * p * L_M * X(4) / 4; 312 313 % C´alculo de K3 314 K3 = inv_B * ( U - A * X );
315 X = X_i + dt * K3; % a ser usado para o c´alculo de k4
316 317 % Atualizando a matriz A 318 w_r = X(7); 319 A(4,2) = ( w_qd0 - w_r ) * L_M; 320 A(5,1) = -A(4,2); 321 A(4,5) = ( w_qd0 - w_r ) * ( L_lr + L_M ); 322 A(5,4) = -A(4,5); 323 A(7,1) = 3 * p * L_M * X(5) / 4; 324 A(7,2) = -3 * p * L_M * X(4) / 4; 325 326 % Atualizando a matriz U 327 U(1,1) = v_qs(2*ii+1);
U(2,1) = v_ds(2*ii+1); 329 U(3,1) = v_0s(2*ii+1); 330 U(4,1) = v_qr(2*ii+1); 331 U(5,1) = v_dr(2*ii+1); 332 U(6,1) = v_0r(2*ii+1); 333 U(7,1) = T_L(2*ii+1); 334 335 % C´alculo de K4 336 K4 = inv_B * ( U - A * X ); 337
338 % C´alculo do vetor X, que ´e o valor final de X. Os valores
339 % supramencionados de X podem agora ser esquecidos, pois eram apenas
340 % para chegar nos valores de K1, K2, K3 e K4. Agora o valor de X que
341 % interessa ´e o valor antigo dele: "lembre-se da linha X = X_i acima".
342 X = X_i + dt/6 * ( K1 + 2*K2 + 2*K3 + K4 );
343 % o valor de X da linha acima ´e o valor final das vari´aveis de estado
344 % para esta iterac¸˜ao.
345
346 % Fim do c´alculo de X pelo m´etodo de Runge-Kutta de 4a ordem
347 %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
348 %% Transformac¸˜ao inversa de Park para correntes no estator
349 i_qd0s = [ [X(1)]; [X(2)]; [X(3)] ];
350 % Separando em trˆes vetores
351 i_qs(ii) = i_qd0s(1);
352 i_ds(ii) = i_qd0s(2);
353 i_0s(ii) = i_qd0s(3);
354 % i_qd0s = [ i_qs; i_ds; i_0s ];
355
356 % Rec´alculo da matriz de transformac¸˜ao para o tempo tt. N˜ao podemos
357 % utilizar a matriz do lac¸o anterior porque aquela foi calculada com o
358 % dobro da amostragem.
359 theta = w_qd0 * tt(ii);
360 K_s = (2/3)*...
361 [[ cos(theta), cos(theta-2*pi/3), cos(theta+2*pi/3) ];
362 [ sin(theta), sin(theta-2*pi/3), sin(theta+2*pi/3) ];
363 [ (1/2) , (1/2) , (1/2) ]];
364
365 i_abcs = K_s \ i_qd0s;
366 % Corrente do rotor na fase A
367 i_as(ii) = i_abcs(1);
368 % Corrente do rotor na fase B
369 i_bs(ii) = i_abcs(2);
370 % Corrente do rotor na fase C
371 i_cs(ii) = i_abcs(3);
372 % Cria o vetor de rotac¸˜ao, lembrando que esta ´e a rotac¸˜ao el´etrica, e
373 % n˜ao mecˆanica
374 W_r(ii) = X(7);
375 % Transforma para rotac¸˜ao mecˆanica e de radianos para rpm
376 W_r_rpm(ii) = X(7) * (2/p) * (30/pi);
377 % Torque eletromagn´etico
378 % T_e(ii) = 3/4 * p * L_M * ( i_qs(ii)*i_dr(ii) - i_ds(ii)*i_qr(ii) )
379 T_e(ii) = 3/4 * p * L_M * ( X(1) * X(5) - X(2) * X(4) );
380
381 %% Angulo do rotor (theta_r) e do escorregamento (beta)
382 % theta_r ´e o ˆangulo do rotor. O ˆangulo ´e a integral da rotac¸˜ao + uma
383 % constante de integrac¸˜ao. A constante de integrac¸ao ´e a velocidade
384 % anterior.
385 theta_r = theta_r + ( ( W_r(ii) + W_r(ii-1) ) / 2 ) * dt;
386 % beta ´e o ˆangulo do escorregamento, ou seja, ´e a diferenc¸a de ˆangulo
387 % entre o sistema de referˆencia do estator e do rotor.
388 beta = theta - theta_r;
389
390 %% Transformac¸˜ao inversa de Park para correntes no rotor
391 % Atualiza a matriz de Park para o rotor
392 K_r = (2/3) * ...
394 [ sin(beta), sin(beta-2*pi/3), sin(beta+2*pi/3) ]; 395 [ (1/2) , (1/2) , (1/2) ]]; 396 397 i_qd0r = [ [X(4)]; [X(5)]; [X(6)] ]; 398 i_qr(ii) = i_qd0r(1); 399 i_dr(ii) = i_qd0r(2); 400 i_0r(ii) = i_qd0r(3);
401 % i_qd0r = [ i_qr; i_dr; i_0r ];
402 % Transformada inversa de Park, a fim de sair do sistema qd0 e ir para
403 % o sistema abc. 404 i_abcr = K_r \ i_qd0r; 405 i_ar(ii) = i_abcr(1); 406 i_br(ii) = i_abcr(2); 407 i_cr(ii) = i_abcr(3); 408 409 end 410 411 %% Gr´aficos 412 figure(1) 413 set(0,’DefaultAxesColorOrder’,[0 0 0],... 414 ’DefaultAxesLineStyleOrder’,’-|-.|--|:’)
415 plot(tt,i_as, tt ,i_bs, tt,i_cs);
416 title(’Correntes do Estator’);
417 legend(’i_{as}’,’i_{bs}’,’i_{cs}’); grid on;
418 xlabel(’Tempo (s)’); ylabel(’Corrente (A)’);
419
420 figure(2)
421 plot(tt,i_ar, tt,i_br, tt,i_cr)
422 title(’Correntes do Rotor’);
423 legend(’i_{ar}’,’i_{br}’,’i_{cr}’); grid on;
424 xlabel(’Tempo (s)’); ylabel(’Corrente (A)’);
425
426 figure(3)
427 plot(W_r_rpm,T_e)
428 title(’Curva Torque x Rotac¸˜ao’);
429 grid on;
430 xlabel(’Rotac¸˜ao (minˆ{-1})’); ylabel(’Torque (Nm)’);
431
432 figure(4)
433 plot(tt,T_e)
434 title(’Torque Eletromagn´ettico’);
435 grid on;
436 xlabel(’Tempo (s)’); ylabel(’Torque (Nm)’);
437
438 figure(5)
439 plot(tt,i_qs, tt,i_ds, tt,i_0s);
440 title(’Correntes do Estator (qd0)’);
441 legend(’i_{qs}’,’i_{ds}’,’i_{0s}’); grid on;
442 xlabel(’Tempo (s)’); ylabel(’Corrente (A)’);
443
444 figure(6)
445 plot(tt,i_qr, tt,i_dr, tt,i_0r);
446 title(’Correntes do Rotor (qd0)’);
447 legend(’i_{qr}’,’i_{dr}’,’i_{0r}’); grid on;
448 xlabel(’Tempo (s)’); ylabel(’Corrente (A)’);
449
450 figure(7)
451 plot(t,v_qs, t,v_ds, t,v_0s);
452 title(’Tens˜oes no Estator (qd0)’);
453 legend(’v_{qs}’,’v_{ds}’,’v_{0s}’); grid on;
454 xlabel(’Tempo (s)’); ylabel(’Tens˜ao (V)’);
Referˆ
encias
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[2] P.C. Krause, O. Wasynczuk, and S.D. Sudhoff. ANALYSIS OF ELECTRIC MACHINERY AND DRIVE SYSTEMS, 2ND ED. Wiley Interscience, 2010.
[3] R. H. Park. Two-reaction theory of synchronous machines generalized method of analysis-part i. American Institute of Electrical Engineers, Transactions of the, 48(3):716 –727, july 1929.