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A gestalt e as cores utilizadas como estímulo sensorial na moda

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CURSO SUPERIOR EM TECNOLOGIA EM DESIGN DE MODA

MONICA GOMES DE SOUZA SILVA

GESTALT E AS CORES UTILIZADAS COMO ESTÍMULO SENSORIAL

NA MODA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

APUCARANA 2017

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MONICA GOMES DE SOUZA SILVA

A GESTALT E AS CORES UTILIZADAS COMO ESTÍMULO

SENSORIAL NA MODA

Trabalho de Conclusão de Curso de graduação, apresentada à disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II, do Curso Superior de Tecnologia em Design de Moda da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR, como requisito parcial à obtenção do título de Tecnólogo.

Orientador: Prof. Dra. Lívia Marsari Pereira

APUCARANA 2017

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Ministério da Educação

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Câmpus Apucarana

CODEM – Coordenação do Curso Superior de Tecnologia em Design de Moda

TERMO DE APROVAÇÃO

Título do Trabalho de Conclusão de Curso Nº 257 Gestalt e as cores utilizadas como estímulo sensorial na moda

por

MONICA GOMES DE SOUZA SILVA

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi apresentado aos vinte e nove dias do mês de novembro do ano de dois mil e dezessete, às vinte e duas horas, como requisito parcial para a obtenção do título de Tecnólogo em Design de Moda, linha de pesquisa Processo de Desenvolvimento de Produto, do Curso Superior em Tecnologia em Design de Moda da UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná. O candidato foi arguido pela banca examinadora composta pelos professores abaixo assinados. Após deliberação, a banca examinadora considerou o trabalho aprovado.

_____________________________________________________________ PROFESSORA LIVIA MARSARI PEREIRA – ORIENTADORA

______________________________________________________________ PROFESSORA RAQUEL RABELO ANDRADE – EXAMINADORA

______________________________________________________________ PROFESSOR CELSO SUONO – EXAMINADOR

“A Folha de Aprovação assinada encontra-se na Coordenação do Curso”.

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AGRADECIMENTOS

Certamente estes parágrafos não irão atender a todas as pessoas que fizeram parte dessa importante etapa de minha vida. Portanto, desde já peço desculpas àqueles que não estão presentes entre essas palavras, mas tenham total certeza que fazem parte do meu pensamento e de minha gratidão.

Agradeço primeiramente a minha mãe, Josefa, ao meu pai, Nivaldo, e aos meus irmãos, Danilo e Vinicius, que estiveram sempre presentes, embora algumas vezes distantes, me apoiando, me dando formas e suporte emocional para que eu continuasse acreditando em minha capacidade e seguindo adiante para realizar esse sonho.

Especialmente agradeço a minha mãe que me deu todo suporte e recursos para conseguir me manter em outra cidade, e por sempre me encorajar a confiar em mim mesma e não desistir dos meus sonhos, mesmo quando por vezes estive desanimada ela sempre me inspirou e se demonstrou um exemplo de força, persistência, amor e coragem.

Aos meus amigos agradeço todo apoio, torcida e confiança. Principalmente aos meus grandes amigos Vitor, Danyllo, Rodrigo e minhas Harpias (Danilo, Isaque e Caroliny), por acompanharem toda minha saga, ouvirem minhas frustrações, crises e dramas acadêmicos, e sempre retribuírem com muita compreensão, motivação, positividade e carinho. Jamais desistiria de qualquer coisa com anjos como vocês por perto e serei eternamente grata.

Agradeço a minha orientadora Lívia Marsari por gentilmente ter me ajudado e me guiado no decorrer deste trabalho, me dando todo o suporte necessário.

Obrigada também as professoras Patrícia Bedin e Marília Sêga, que me orientaram incialmente nesse projeto, vocês me deram toda base para o desenrolar deste trabalho e sempre me ajudaram atenciosamente.

Obrigada aos entrevistados por dedicarem alguns minutos respondendo o questionário.

Agradeço aos professores da banca examinadora pela atenção e contribuição dedicadas a este estudo.

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RESUMO

SILVA, Monica Gomes de Souza. A Gesltalt e as cores utilizadas como estímulo sensorial na

moda. 2016. 101. Trabalho de Conclusão de Curso em Tecnologia em Design de Moda –

Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Apucarana, 2017.

O objetivo desse trabalho é buscar através da Gestalt e da Psicologia das Cores elementos visuais que despertem sensações de alegria e diversão aos usuários de moda que vivem em grandes centros urbanos. O trabalho aborda como a moda e essas outras áreas do conhecimento possuem uma grande relação e contribuem no estímulo de sensações, expressões individuais e sociais, através de uma comunicação não verbal. O trabalho procurou apresentar elementos que oferecessem para as roupas: alegria e ludicidade, trazendo para a vida dos indivíduos acostumados com grandes extensões de concreto, monotonia e regras, um escapismo. A partir do estudo da Gestalt, da Psicologia das Cores e pesquisa com esse público, buscou-se desenvolver uma coleção aplicando esses elementos visuais nas peças, a fim de trazer um estilo de vida mais colorido e divertido para os usuários de grandes cidades.

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ABSTRACT

SILVA, Monica Gomes de Souza. The Gestalt and colors used as stimulus sensory trendy. 2016. 101 f. Trabalho de Conclusão de Curso em Tecnologia em Design de Moda – Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Apucarana, 2017.

The objective of this study is to look through the Gestalt and of Psychology of Colors and visual elements that arouse feelings of joy and fun to fashion users who live in major urban centers. The paper discusses how fashion and these other areas of knowledge have a great relationship and contribute in stimulating sensations, individual and social expressions, through non-verbal communication. The study sought to introduce elements that would provide for the clothes: joy, playfulness and vivacity, bringing to life of people accustomed to large concrete extensions, monotony and rules, an escape. Starting from the study of Gestalt, psychology of colors and research with this audience, can develop a collection applying these visual elements in pieces, in order to bring a more colorful and fun lifestyle for users of large cities.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Exemplos de proximidade. ... 13

Figura 2 - Organograma da divisão das leis e categorias. ... 14

Figura 3 - Exemplo de forma. ... 15

Figura 4 - Continuidade ... 16

Figura 5 - Simetria e assimetria. ... 17

Figura 6 – Contraste e Contraste de Cor. ... 17

Figura 7 - Exemplo de Logo. ... 19

Figura 8 - Acordes cromáticos e emoções. ... 19

Figura 9 – Logo vermelha da Coca-Cola e o vermelho na moda. ... 20

Figura 10 – Sorria e Amarelo na moda. ... 21

Figura 11 - O verde da natureza/Verde na Moda. ... 22

Figura 12 - Logo da marca. ... 27

Figura 13 - Público-alvo. ... 29

Figura 14 - Macrotendência (Youth Tonic). ... 30

Figura 15 – Microtendência Babados (Tig) (2017). ... 31

Figura 16 – Microtendência Listra (Cotton Project, Ahlma e À La Garçonne). ... 31

Figura 17 – Microtendência Transparência (Giulianna Romanno, Vitorino Campos, PatBo e Lino Villaventura). ... 32

Figura 18 - Painel Semântico. ... 33

Figura 19 - Shapes. ... 34

Figura 20 - Cartela de cores. ... 35

Figura 21 - Cartela de materiais. ... 36

Figura 22 - Cartela de estampas. ... 37

Figura 23 – Look I. ... 38

Figura 24 – Look II. ... 39

Figura 25 – Look III. ... 40

Figura 26 – Look IV. ... 41

Figura 27 – Look V. ... 42

Figura 28 – Look VI. ... 43

Figura 29 – Look VII. ... 44

Figura 30 – Look VIII. ... 45

Figura 31 – Look IX. ... 46

Figura 32 – Look X. ... 47

Figura 33 – Look XI. ... 48

Figura 34 – Look XII. ... 49

Figura 35 – Look XIII. ... 50

Figura 36 – Look XIV. ... 51

Figura 37 – Look XV. ... 52

Figura 38 – Look XVI. ... 53

Figura 39 – Look XVI.I ... 54

Figura 40 – Look XVIII. ... 55

Figura 41 – Look XIX. ... 56

Figura 42 – Look XX. ... 57

Figura 43 – Ficha técnica vestido texturizado. ... 60

Figura 44 – Ficha técnica cropped gola V. ... 63

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Figura 46 – Ficha técnica camisetão... 69

Figura 47 – Ficha técnica bermuda com estampa geométrica. ... 72

Figura 48 – Ficha técnica camiseta recorte ondulado... 75

Figura 49 – Ficha técnica bermuda tactel mesh. ... 78

Figura 50 – Prancha Look I. ... 79

Figura 51 – Prancha Desenho Técnico: Look I. ... 80

Figura 52 – Prancha Look II. ... 81

Figura 53 – Prancha Desenho Técnico: Look II. ... 82

Figura 54 - Prancha look III. ... 83

Figura 55 – Prancha desenho técnico: Look III. ... 84

Figura 56 - Prancha look IV. ... 85

Figura 57 - Prancha desenho técnico: look IV. ... 86

Figura 58 – Look confeccionado I. ... 87

Figura 59 – Look confeccionado II. ... 87

Figura 60 – Look confeccionado III. ... 88

Figura 61 – Look confeccionado IV. ... 88

Figura 62 – Capa. ... 89

Figura 63 – Verso e Página 1. ... 90

Figura 64 – Página 2 e 3. ... 90

Figura 65 – Página 4 e 5. ... 91

Figura 66 – 6 e 7. ... 91

Figura 67 – Página 8 e 9. ... 92

Figura 68 – Página 10 e 11. ... 92

Figura 69 – Capa traseira. ... 93

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SUMÁRIO 3.1 OBJETIVO GERAL ... 11 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 11 6.1 CONCEITUAÇÃO DA FORMA ... 15 6.2 CONTINUIDADE ... 15 6.3 CATEGORIAS CONCEITUAIS ... 16 7.1 VERMELHO E LARANJA ... 20 7.2 AMARELO E ROSA ... 21 7.3 VERDE E AZUL ... 22 8.1 MÉTODO CIENTÍFICO ... 23 8.2 PESQUISA DE CAMPO ... 24

8.2.1 Instrumentos Para Coleta ... 24

8.2.2 Delimitação do Objeto de Estudo ... 24

10.1 NOME DA MARCA ... 27 10.2 SEGMENTO ... 27 10.3 CONCORRENTES ... 27 10.4 PÚBLICO-ALVO ... 28 10.4.1 Análise Mercadológica ... 29 10.5 PESQUISA DE TENDÊNCIAS ... 30 10.5.1 Macrotendência ... 30 10.5.2 Microtendências... 31 11.1 PAINEL SEMÂNTICO ... 33 11.2 ESPECIFICAÇÕES DO PROJETO ... 34 11.3 CARTELA DE CORES ... 35 11.4 CARTELA DE MATERIAIS ... 36 11.5 CARTELA DE ESTAMPAS ... 37 11.6 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS ... 38 11.7 FICHAS TÉCNICAS ... 58

11.8 PRANCHAS DOS LOOKS ... 79

11.9 LOOKS CONFECCIONADOS ... 87 11.10 CATÁLOGO IMPRESSO ... 89 11.11 DESFILE ... 94 1INTRODUÇÃO ... 10 2DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ... 11 3OBJETIVOS... 11 4JUSTIFICATIVA ... 11

5GESTALT: A TEORIA DA FORMA ... 13

6LEIS DA GESTALT ... 14

7A PSICOLOGIA DAS CORES... 18

8METODOLOGIA ... 23

9ANÁLISE DOS RESULTADOS ... 26

10DIRECIONAMENTO MERCADOLÓGICO ... 27

11DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ... 33

12CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 96

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1 INTRODUÇÃO

A moda é um dos meios mais importantes de comunicação, pois afinal, de acordo com Castilho (1995 apud OLIVEIRA, 2008, p. 31-32), as roupas compõem uma arquitetura em que cada linha tem um sentido: servindo para cobrir o corpo, para proteger, ou ainda, para embelezar, ornamentar e dar uma determinada característica. Elas codificam um gosto, uma história num determinado tempo e espaço, a posição socioeconômico-cultural, o psicológico de um indivíduo e seu humor. As roupas veiculam uma concepção ética e estética.

Tendo em vista atuar no campo psicológico e de humor do indivíduo, utilizou-se das preutilizou-sentes características estéticas da moda e também da Gestalt e Psicologia das Cores, para trazer sensações de alegria e ludicidade aos usuários por meio da vestimenta, proporcionando-os escapismo do cotidiano sério, monótono e monocromático das grandes metrópoles.

A Gestalt, ou Teoria da Forma, é um campo de estudo da psicologia que busca compreender a percepção visual, ou melhor, busca explicar como o cérebro age ao perceber determinada forma, além de contribuir para construção de elementos visuais, por meio de leis da Gestalt. Na Moda essas leis são muito utilizadas, mesmo que inconscientemente, como forma de se obter dinamismo e estimular sensações ao usuário, seja com formas assimétricas (provocando descontração), ou por meio do contraste (através das cores, estimulando emoções). A cor é o elemento responsável por despertar estímulos sensoriais e emocionais ao indivíduo. “As cores influenciam o ser humano e seus efeitos, tanto de caráter fisiológico como psicológico” (FARINA, 2006, p. 2), e por isso, deve ser estudada e usada, assim como a Gestalt, de modo que se alcance a satisfação do usuário e o objetivo desejado.

Dentro deste contexto, o propósito deste trabalho será aliar as características estéticas da moda, acompanhadas de elementos visuais da Gestalt e das cores para provocar sensações de alegria, ludicidade e bem-estar.

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2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

A problemática deste trabalho baseia-se em buscar através da Gestalt e da Psicologia das Cores, elementos sensoriais que transmitam ludicidade, bem-estar e alegria aos indivíduos que vivem em grandes centros urbanos.

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Desenvolver uma coleção de roupas baseadas nas leis da Gestalt e na psicologia das cores. O foco é explorar a Gestalt e a Psicologia das Cores para estimular os sentidos dos usuários, provocando sensações de alegria, bem-estar e ludicidade. Usar a moda como forma de trazer essas emoções para o cotidiano monótono desses indivíduos.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Compreender a Gestalt e a Psicologia das Cores, conhecendo as características e as ferramentas que são uteis para esse trabalho, e as exemplificando com a moda.

• Caracterizar como essas ferramentas influenciam nos estímulos de alegria, ludicidade e bem-estar.

• Desenvolver uma coleção que contenha referências da Gestalt e Psicologia das Cores, agregando-a com cores, formas, estampas e características que estimulem sensações alegres e lúdicas.

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Justifica-se pela importância das formas e das cores como meios de despertarem sentimentos de alegria, bem-estar e lúdicos no indivíduo. Tais elementos já são utilizados em outras áreas, como na Medicina.

De acordo com Bezerra (1997 apud LURIE, 2007, p. 3):

No século XX, quando a Medicina passou a ser considerada como ciência, os profissionais da área passaram a ser considerados como deuses. Daí a escolha da cor branca para representar a profissão. Contudo, a cor que deveria comunicar ao paciente que o seu portador era capaz de curá-lo, acabou por causar um distanciamento, pois, aliada à segurança transmitida pela crença dos humanos nos “deuses” tem-se a sua superioridade e o seu autoritarismo. (BEZERRA; 1997 apud LURIE, 2007, p. 3)

Portanto, o intuito de relacionar o branco com sinônimo de cura, provocou distanciamento na relação dos médicos com os pacientes, e isso era ainda maior quando se tratava de pediatras, então houve a necessidade de desenvolver roupas especiais para trazer proximidade e alegria.

Segundo Bezerra (1990 apud FARINA, 2007):

A cor torna-se um instrumento médico eficaz, estimulando tanto o lado físico quanto o psicológico das crianças, devendo ser usada pelos pediatras de modo a transmitir confiabilidade, proximidade e, assim auxiliar no relacionamento médico-paciente. As estampas, não menos importantes, auxiliam na criação de roupas com aspectos lúdicos, desde que estas sejam trabalhadas de maneira infantil, ou seja, visando agradar a criança. (BEZERRA; 1990 apud FARINA, 2007, p. 4)

Tendo como base os dados acima do vestuário pediátrico, a cor e a forma são elementos que despertam sensações nos indivíduos, assim como as crianças tendem a se afastar com a presença do médico todo de branco e o ambiente hospitalar branco, com pessoas que vivem em grandes centros urbanos não é diferente, o cinza das metrópoles tendem a tornar a vida monótona, cansativa e distanciar os indivíduos, com o propósito de explorar essas propriedades que são dadas pela Gestalt e a psicologia das cores, serão aplicadas tais ferramentas nos produtos de moda, a fim de trazer para vida de quem mora em metrópoles: diversão, alegria e bem-estar.

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5 GESTALT: A TEORIA DA FORMA

Gestalt é uma palavra de origem alemã, que traduzida para o português, corresponde a — forma, configuração, todo, estrutura e aparência — porém, nenhum dos significados corresponde com exatidão a palavra, mantendo-se o uso do termo original Gestalt.

Segundo Bock, Furtado e Teixeira (2001):

A Gestalt, que tem seu berço na Europa, surge como uma negação da fragmentação das ações e processos humanos, realizada pelas tendências da Psicologia científica do século 19, postulando a necessidade de se compreender o homem como uma totalidade. A Gestalt é a tendência teórica mais ligada à Filosofia. (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2001, p. 54)

Portanto, a Gestalt surge criticando os estudos isolados do homem e o ambiente, tendo como movimento principal o estudo da percepção, apoiando-se em como o sistema nervoso cria essa relação do sujeito-objeto

O que acontece no cérebro não é idêntico ao que acontece na retina. A excitação cerebral não se dá em pontos isolados, mas por extensão. Não existe, na percepção da forma, um processo posterior de associação das várias sensações. (GOMES, 2000, p. 19)

Assim sendo, o processo de percepção da forma não ocorre apenas em um hemisfério do cérebro, todo sistema nervoso será afetado de maneira imediata. “Não há dois estágios, um de percepção e outro de associação, mas de imediato a sensação já é de forma, já é global e unificada”, acontecendo de maneira espontânea essas percepções primárias “independentes de nossa vontade e de qualquer aprendizado”. (GUIMARÃES,1996, p. 1).

Observe a figura 1:

1a

1b

Figura 1 - Exemplos de proximidade.

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Na figura 1a, a proximidade e regularidade nas linhas paralelas, criarão um fechamento e percebe-se o nome “IBM”, a forma não será vista como linhas isoladas com espaçamento entre elas, mas como um todo. Já no look (figura 1b), nota-se a proximidade nos pequenos retângulos da blusa, devido estarem próximos são vistos como um todo e não cada retângulo individualmente.

Devido esses estímulos provocados no sistema nervoso pela percepção com a presença da forma, houve a necessidade de criar leis as quais orientassem com maior facilidade os meios de despertá-los no estudo visual.

6 LEIS DA GESTALT

As Leis da Gestalt, surgem com o intuito de facilitar a compreensão e a aplicação de forças que reagem no sistema da percepção humana das formas. De acordo com Gomes (2000, p. 27), “a partir destas leis, foi criado o suporte sensível e racional, espécie de abc da leitura visual”

O organograma apresentado na figura 2, representa de forma resumida esse manual de leitura visual, focando apenas nas que serão aplicadas ao presente trabalho.

Figura 2 - Organograma da divisão das leis e categorias. Fonte: A autora (2017).

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6.1 CONCEITUAÇÃO DA FORMA

Segundo Gomes (2000, p. 40), “a forma pode ser definida como a figura ou a imagem visível do conteúdo. De um modo mais prático, ela nos informa sobre a natureza externa de alguma coisa. Tudo que se vê possui forma”.

Portanto, ela é tudo aquilo que vemos, como observa-se na figura 3, a forma pode ser percebida no rosto, cabelo, braços, pernas, ou ainda, os contrates que definem essas formas, o cabelo contrastando com o a textura da parede de flores e assim por diante.

Figura 3 - Exemplo de forma. Fonte: Ctv digital (2016).

6.2 CONTINUIDADE

A continuidade, ou boa continuação, ocorrerá quando os elementos são harmoniosos entre si, possuindo uma organização e seguindo uma mesma trajetória. Ainda segundo Gomes (2000, p. 27) “É também a tendência dos elementos de acompanharem uns aos outros, de maneira tal que permitam a boa continuidade de elementos como: pontos, linhas, planos, volumes, cores, texturas.”

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4a

4b

Figura 4 - Continuidade

Fonte: Altacootura (2015) e Nucleo de Moda (2016).

Na figura 4a, a trajetória continua da estampa cria uma sequência e dinâmica ortogonal ao look, já na figura 4b, o degrade de sobre tons são responsáveis pela continuidade.

6.3 CATEGORIAS CONCEITUAIS

As categorias conceituais são uma classe que se originou com o intuito de complementar e aperfeiçoar o sistema de leitura visual já existente, extraindo definições de diversas áreas como campos de design, artes plásticas e psicologia da percepção. (GOMES, 2000, p. 49). Elas são divididas em categorias conceituais fundamentais e categorias conceituais aplicadas. Porém serão abordados os elementos de equilíbrio simétrico e assimétrico, contraste e contraste por cor, das categorias conceituais fundamentais.

A simetria é “um equilíbrio axial que pode acontecer em um, ou mais de um eixo, nas posições: horizontal, vertical, diagonal ou inclinada. É uma configuração que dá origem a formulações visuais iguais”, ou seja, quando possuem um equilíbrio pela semelhança. (GOMES, 2000, p.59).

Ainda segundo Gomes (2000, p.60): “A assimetria é a ausência de simetria”, ou seja, nenhum dos lados são iguais e não partem do mesmo eixo.

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Figura 5 - Simetria e assimetria.

Fonte: Les-styles ((2016) e Estamparia Primor (2016).

Na figura 5a, o look é igual de ambos lados, todos os detalhes de um lado são reproduzidos igualmente do outro diferentemente dos looks na figura 5b. No entanto, ambas transmitem descontração e dinamismo, mesmo que de forma sofisticada. Sendo assim dois elementos importantes para o presente trabalho.

“O contraste, como estratégia visual para aguçar o significado, não só excita e atrai a atenção do observador, como também é capaz de dramatizar esse significado para fazê-lo mais importante e mais dinâmico” (GOMES, 2000, p. 63). Portanto, o contraste é capaz de provocar inúmeras ações, desde deixar um objeto pequeno perto de um grande, ou colocando cores opostas (frio + quente), e/ou destacando um forma, como observa-se na figura 6a:

6a

6b

Figura 6 – Contraste e Contraste de Cor. Fonte: Vestoria (2016).

A cor é um elemento chave para estimular emoções no receptor. O contraste por cor “é uma força poderosa do ponto de vista sensorial”, por ser dotada de finalidades funcionais, mercadologias, psicológicas e terapêuticas. Gomes (2000, p. 65).

No trabalho essa propriedade será importante, afinal, a própria significação é um contraste: trazer cor aos grandes centros urbanos, e a vida das pessoas acostumadas com o cinza da cidade. Através da vestimenta esse contraste vai ocorrer, principalmente, por meio das cores, porque a ideia é brincar com elas e estimular essa diversão no consumidor.

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A figura 6b, exemplifica o contraste de cor, nesse caso: cores quentes versus cores frias. Foi escolhido esse elemento, justamente como forma de contrastar as cores de modo que os fatores psicológicos sejam despertados, estimulando a alegria e diversão no usuário.

7 A PSICOLOGIA DAS CORES

As cores são elementos que influenciam os seres humanos em todos aspectos. De acordo com Farina (2006):

As cores influenciam ser humano e seus efeitos, tanto de caráter fisiológico como psicológico, intervêm em nossa vida, criando alegria ou tristeza, exaltação ou depressão, atividade ou passividade, calor ou frio, equilíbrio ou desequilíbrio, ordem ou desordem, etc. (FARINA, 2006, p. 2)

Elas atuam nos sentidos sensoriais, provocando alguma reação em nosso sistema nervoso que será respondido pelas nossas emoções e sensações. Farina (2006, p. 2), afirma que as cores, através dos olhos, “fazem penetrar no corpo físico uma variedade de ondas com diferentes potências que atuam sobre os centros nervosos” e essas ondas são responsáveis por modificar “não somente o curso das funções orgânicas, mas também nossas atividades sensoriais, emocionais e afetivas”.

As ondas luminosas possuem diferentes comprimentos e com potências de excitação diferentes. Para Farina (2006, p. 46) “As ondas mais longas (o vermelho, por exemplo) é sentida mais rapidamente do que os comprimentos de ondas mais curtas (o roxo, por exemplo), que demoram mais a ser sentidas. ”. Portanto, uma cor será percebida antes, a outra depois, devido ao seu poder de excitação, sabendo-se que esse poder de excitação provoca sensações diferentes (agitação ou tranquilidade).

Por exemplo, o McDonald's. A cor vermelha estimula o paladar, por sua forte energia de excitação, fazendo também, que o cliente consuma e vá embora rapidamente. O amarelo da logo – composta pela letra M – trará a sensação de alegria, motivação e acolhimento. Tornando-o extremamente atrativo. (CARVALHO, 2013).

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Figura 7 - Exemplo de Logo. Fonte: Wikimedia (2015).

As cores, portanto, são aliados importantes não só da publicidade, mas de todas áreas que desejam trabalhar com estimulo sensorial, afirma Farina (2006, p. 3), que “a tendência dos mais sensíveis arquitetos e decoradores da atualidade é colorir um pouco o mundo para quebrar os frios e deprimentes espaços cinzentos das grandes cidades”.

As combinações de cores são fundamentais no estímulo de emoções. A união das cores que provocam efeitos semelhantes é chamada de acorde cromático, que segundo Eva Heller (2012, p. 22), “não é uma combinação aleatória de cores, mas um efeito conjunto imutável”, ou seja, são cores que por sua semelhança ou oposição causam juntas um efeito comum (alegria, tristeza, frieza, calor, etc), como pode ser observado na figura 8:

ALEGRIA CALOR

FRIEZA

O EXCITANTE

O TRANQUILIZADOR A DIVERSÃO

Figura 8 - Acordes cromáticos e emoções. Fonte: Heller, 2002, p. 26.

A partir da observação dos acordes cromáticos da figura 8, nota-se que algumas associações de cores funcionam de forma positiva e com as emoções relacionadas ao tema do trabalho, serão abordadas a seguir as cores que atuam com o que é proposto, ou que quando combinadas com cores secundárias transmitem os sentimentos de alegria e ludicidade.

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7.1 VERMELHO E LARANJA

O vermelho é uma cor poderosa e fácil de ser notada, chama mais a atenção que qualquer outra cor. Segundo Heller (2012, p. 103), “do amor ao ódio – o vermelho é a cor de todas as paixões, as boas e as más.”, portanto, é uma cor de extremos, se aliada a outras cores pode ir além do óbvio, “o amor é vermelho, em segundo lugar vem o gentil cor-de-rosa. O ódio é vermelho; em segundo lugar vem o preto, epítome do mal. Desse modo, o vermelho do amor se transforma, acompanhado do preto, em ódio”

Além disso pode ter significados simbólicos, que de acordo com Farina (2006, p. 99), pode ser visto como um signo de purificação (o Salvador, segundo o Cristianismo), como elemento de força, energia, paixão, sensualidade, dinamismo, calor, vigor, movimento e coragem. Mas pode ser visto também como símbolo de violência, pecado, perigo, vulgaridade, baixeza, etc.

Figura 9 – Logo vermelha da Coca-Cola e o vermelho na moda. Fonte: Osabicao (2016), Rosa brasileira (2016) e Vogue (2016).

Na China, a cor laranja é considerada a cor da transformação, isso devido à religião budista, que considera o laranja como signo de iluminação e perfeição suprema. Segundo Heller (2012, p. 339), o laranja é a “cor da diversão, da sociabilidade e do lúdico, esse é o lado mais forte do laranja”. Já para Farina (2006, p.100), simboliza como “desejo, excitação, dominação, sexualidade, força, luminosidade, dureza, euforia, energia, alegria, advertência, tentação, prazer, senso de humor”. Portanto, é a cor que sinaliza sociabilidade, euforia, excentricidade, dos que gostam de correr riscos, dos originais.

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7.2 AMARELO E ROSA

Amarelo tem origem do latim amarylis e simboliza a cor da luz irradiante. Além disso, na China é considerada a cor do Buda. Em superstições, é a cor que representa a riqueza.

Assim como o vermelho, o amarelo possui pós e contras, podendo transmitir alegria e otimismo, mas também afirma ciúmes, orgulho, egoísmo e inveja Farina (2006, p. 101), isso tudo dependendo da experiência e das cores que são combinadas. No entanto, a cor possui um efeito simbólico, que submete ao sol, que segundo Heller (2012, p. 153), “como cor do sol, o amarelo age de modo alegre e revigorante”, ou seja, submete a sentimentos que irradiam, que renovam os ânimos, a dias de verão e a felicidade. Ainda segundo Heller (2012, p. 153), “os otimistas têm uma disposição ensolarada, o amarelo é sua cor. O amarelo irradia, ri, é a principal cor da disposição amistosa (...). O amarelo é lúdico. O amarelo irradia como um sorriso. ”.

Figura 10 – Sorria e Amarelo na moda.

Fonte: Home Fire (2016), Vogue (2016), Bolos Casamento (2016) e As tagarelas (2016).

O rosa é derivado da mistura de vermelho e branco. Além disso, é também conhecido por ser o nome de uma flor. A cor simboliza o encanto, a amabilidade, feminilidade, inocência e frivolidade. É uma cor terna e suave. (FARINA, 2006, p. 105).

Por estar conexa a inocência, de acordo com Heller (2012, p. 404) “Um mundo cor-de-rosa é bonito demais para ser verdadeiro. Quem vive seguindo o ditado “think pink” (“pense cor-de-rosa”) se propõe a viver de maneira otimista o cotidiano cinzento”.

Portanto, a cor rosa está intimamente ligada ao romantismo, ao sonho, sentimentalismo, a cor da pele (nudez), ao doce, mas um doce suave, como um bolo com cobertura de chantilly, ao gentil e inocente, como um bebê.

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7.3 VERDE E AZUL

A cor verde, derivada da combinação de azul e amarelo, é uma cor que traz calma, equilíbrio e possui com conexão com a natureza. Heller (2012, p. 193) afirma que “a temperatura do verde é agradável”, é então um ponto de equilíbrio entre cores extremas, “o vermelho é ativo, o azul é passivo; o verde é tranquilizador”. Pode simbolizar também, segundo Farina (2006, p. 101), a adolescência, bem-estar, paz, saúde, ideal, abundância, esperança, juventude, liberdade, entre outros. Portanto, o verde se trata de uma cor neutra, o que pode alterar seu significado são as cores que estão combinadas com o mesmo.

Figura 11 - O verde da natureza/Verde na Moda.

Fonte: Hotel-r (2016), Atelie Made (2016) e Resuminho Básico (2016).

O azul lembra o céu, o mar, o infinito, o ar e o horizonte. Segundo Farina (2006, p. 102), “O céu é azul e por isso o azul é a cor do divino, a cor do eterno. A experiência continuada converteu a cor azul na cor de tudo que desejamos que permaneça, de tudo que deve durar eternamente.”. Transmite maior sobriedade e sofisticação, além de expressar a sensação de frio. De acordo com Heller (2012, p. 47), o azul transmite sentimentos com “base a reciprocidade”, pois é uma cor muito citada quando se trata de “simpatia, da harmonia, da amizade e da confiança”.

Portanto, o azul está associado a sentimentos duradouros, porque vemos cores em contextos muito mais amplos, o azul é o céu, o mar, o divino, a cor do infinito, o sentimento reciproco que deve durar para sempre.

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8 METODOLOGIA

8.1 MÉTODO CIENTÍFICO

A metodologia proposta baseou-se em levantamentos bibliográficos e qualitativos, com propósito de auxiliar com técnicas e instrumentos para resolução dos problemas pertinentes, levantando hipóteses como possíveis soluções. A pesquisa bibliográfica foi realizada por meio de livros, sites e artigos, impressos e virtuais, com intuito de aprofundar o conhecimento sobre o design, o design de moda e a influência da Gestalt e das cores nos elementos visuais como técnica de criar estímulos de alegria. De acordo com Marconi e Lakatos (2003):

A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc., até meios de comunicação orais: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais: filmes e televisão. (MARCONI – LAKATOS, 2003, p. 183)

O caráter dessa pesquisa é qualitativo, uma vez que a finalidade será obter respostas subjetivas dos entrevistados da cidade de São Paulo, fazendo-os pensar sobre o que sentem ao ver determinada imagem, porém se utilizando questionário com respostas abertas e fechadas, pois pode ocorrer de os entrevistados não saberem descrever o que sentem, ou ainda, a possibilidade de omissão das respostas, afinal, quando se trata de sentimentos as pessoas ainda sentem uma certa “recusa” em se expor. Devido a isso, o questionário qualitativo manterá as respostas mais próximas da veracidade subjetiva, que não pode ser quantificada e manterá o indivíduo “livre” para responder, sem possíveis omissões.

De acordo com Gerhardt e Silveira (2009, p. 32), “os métodos qualitativos buscam explicar o porquê das coisas, exprimindo o que convém ser feito, mas não quantificam os valores e as trocas simbólicas nem se submetem à prova de fatos, pois os dados analisados são não-métricos (suscitados e de interação) e se valem de diferentes abordagens”. Portanto, quando se fala de qualitativo, busca-se significados aos dados que é observado, não se tratando de dados numéricos e estatísticos, a fim de mostrar uma realidade de um grupo social, compreendendo, interpretando e analisando as respostas que são obtidas através da pesquisa.

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8.2 PESQUISA DE CAMPO 8.2.1 Instrumentos Para Coleta

São utilizadas algumas técnicas para o levantamento de informações na pesquisa de campo, e uma dessas técnicas é o questionário. Técnica a qual será executada no desenvolvimento do presente trabalho.

O questionário, segundo Gil (2008, p. 121), entende-se como “um conjunto de questões que são submetidas as pessoas com o propósito de obter informações sobre conhecimentos, crenças, sentimentos, valores, interesses, expectativas, aspirações, temores, comportamento presente ou passado etc.”. Além da possibilidade da coleta dos mais variados dados, o questionário é um método rápido e que garante o anonimato.

Com finalidade de levantar informações, definiu-se como instrumento para coleta de dados o questionário. Questionário foi aplicado de forma objetiva, ou seja, de múltipla escolha, sendo algumas perguntas abertas para respostas dissertativas. Para que se atenda os objetivos, serão aplicadas imagens com características da Gestalt e Psicologia das Cores por meio desse questionário, com 15 questões, realizadas virtualmente, para que se defina o vínculo entre as formas e cores, e os estímulos de alegria e bem-estar que elas podem causar no indivíduo, de maneira precisa e sem distorções.

8.2.2 Delimitação do Objeto de Estudo

O trabalho de campo foi executado com cento e quarenta e sete homens e mulheres da geração Y, delimitando a faixa etária de 20 a 25 anos. Sabendo-se que a Geração Y compreende jovens nascidos entre 1980 a 2000. Essa geração foi escolhida, pois buscam inovação e sentem necessidade de passar por novas emoções através do que consomem.

Segundo Torres (2009, p. 40), “é o consumo de indulgência, o consumo hedonista, que busca um prazer ou sensação emocional gerada pela aquisição daquele produto ou serviço”, ou seja, não consumirão apenas para obter privilégios aquisitivos, mas para passarem por novas experiências e adquirirem novas emoções e sentimentos. Público adequado

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a esse trabalho, em vista, que o objetivo é estimular alegria e introduzir o consumidor a uma experiência diferenciada.

Geograficamente, são homens e mulheres que vivem na cidade de São Paulo, já que se trata de uma grande metrópole e representa de forma clara a grande extensão de concreto, prédios e monotonia cotidiana.

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9 ANÁLISE DOS RESULTADOS

O questionário foi elaborado seguindo um roteiro, a fim de conhecer a rotina desse público e compreender o quanto as formas e as cores interferem no humor do público-alvo desse trabalho.

Com base nos dados levantados (p. 148) foi possível confirmar questões já abordadas no trabalho, como as cores e formas interferem nas emoções e o quanto podem ser benéficas ao dia a dia. Além disso, notou-se a existência desse público, que vivem em grandes cidades e exploram cores e formas por meio do vestuário para expressarem suas emoções, criatividade, individualidade e melhorarem seu cotidiano.

Em relação as cores, grande parte dos entrevistados demonstram que cores quentes (amarelo vermelho, laranja e rosa) os trazem maior sensação de alegria e diversão do que tons frios (azul e verde), no entanto, houve um maior interesse e influência das sensações propostas quando os tons quentes e frios são contrastados, proporcionando não só alegria e ludicidade, mas também bem-estar devido ao equilíbrio ocasionado pelo contrate.

Já as formas (orgânicas e geométricas) quando aplicadas em tons neutros as orgânicas prevalecem sobre as geométricas, entretanto, quando utilizadas juntamente com cores o público expressa maior proximidade as formas geométricas por remeterem a diversão e alegria de forma equilibrada.

Por fim, a aplicação do questionário foi de suma importância para detectar as características que realmente traduzem as sensações propostas de alegria, diversão e bem-estar, além do quão benéfico são as intervenções no cotidiano, seja por meio do grafite num muro e/ou nas roupas, as cores e formas revigoram o dia a dia desse público que através do questionário foi possível confirmar sua existência e interesse em explorar, se expressar e se divertir através da vestimenta, contribuindo diretamente a etapa do desenvolvimento de produto.

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10 DIRECIONAMENTO MERCADOLÓGICO

10.1 NOME DA MARCA

A diversão é o pilar da marca “Florescente”, buscando assim, despertar sentimentos de bem-estar, descontração e alegria que ficam esquecidos pelo cotidiano caótico e por todas responsabilidades impostas pela vida de adulto.

Figura 12 - Logo da marca. Fonte: A autora (2017).

10.2 SEGMENTO

O segmento da “Florescente” é o casual wear feminino e masculino, que segundo Padovan (2006) são “roupas informais e práticas”, se enquadrando com o estilo de vida do público-alvo, que vivem em grandes centros urbanos e lidam com diversas situações no cotidiano precisando assim de praticidade e conforto, sem abrir mão de demonstrarem sua personalidade e estilo.

10.3 CONCORRENTES

Diretos: Neon, Ronaldo Fraga e Gabriela Braga (GABRIELAB). Indiretos: Colcci e Coca-Cola.

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10.4 PÚBLICO-ALVO

Homens e mulheres que vivem em grandes metrópoles, com a faixa etária de 20 a 25 anos, profissionais de artes plásticas, design de moda, design de games, design gráfico e fotografia, que buscam escapismo e diversão através do vestuário, acrescentando em suas composições elementos lúdicos, cores vivas, contrastes, estampas e formas.

Gostam de arriscar, aventurando-se em novas experiências. Seja participando de intervenções na cidade, ou por meio de um visual excêntrico. Com o estilo de vida contemporâneo, dinâmico e criativo, buscam por meio da criatividade quebrar os padrões que consideram ultrapassados, contemplando um universo lúdico, que traz soluções de forma divertida.

Criativos e descontraídos, gostam de arte, leitura, música, fotografia, animes, cultura pop, museus, teatro, cinema, sair com os amigos para os lugares mais movimentados da cidade e fazer viagens afim de explorar novas culturas. Além disso, então sempre a par de tudo que acontece no mundo e assuntos que lhes contribua para o crescimento pessoal, lazer e bem-estar, por meio da internet e revistas.

Para o público alvo, as vestimentas, assim como as intervenções artísticas na cidade, influenciam em seu humor, considerando o visual algo importante, pois não apenas traduz sua personalidade criativa, mas lhes traz um estimulo positivo no cotidiano.

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Figura 13 - Público-alvo.

Fonte: Pinterest (2016) e Lookbook.nu (2016).

10.4.1 Análise Mercadológica

O nicho de mercado é o de vestuário para o grupo/tribo “Decora”, que buscam decorar a si mesmos com muitas cores, formas, estampas e sobreposições. Os seguidores dessa tribo definem o estilo como “moda da diversão", e se vestem de tal maneira para deixar seus dias mais divertidos e interessantes. O intuito não é ser clássico e elegante, mas sim permitir que cada um expresse o que sente vontade por meio do visual.

Embora seja uma tribo tradicional do bairro de Harajuku (Japão), é um estilo que cresce cada vez mais mundo afora, atraindo os olhares de estilistas e do público fã de cultura pop, animes, cosplay e entre outros, que se interessam pelo estilo, no entanto, consideram escasso marcas brasileiras que atendam suas necessidades.

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10.5 PESQUISA DE TENDÊNCIAS 10.5.1 Macrotendência

A juventude não será mais vista como uma faixa etária, mas sim como um estado de espírito. O senso de juventude influenciará o mercado em 2018 por sua rebeldia eclética, forte senso de individualidade, fim dos conceitos delimitados e criatividade, permitindo o sentimento de liberdade e aflorando a autonomia de pensamentos. Além disso, o crescimento dos dados e realidade virtual permitirá novos meios de expressão criativa e auto identidade. (WGSN, 2017).

Por ser uma macrotendência que visa quebrar paradigmas, essa foi a escolhida para o projeto, afinal, a marca Florescente visa reflorescer no cotidiano desses consumidores adultos, que vivem nesse caos e monotonia diária, sentimentos que foram deixados na juventude, explorando a criatividade e auto identidade, dando-lhes um “tônico da juventude”. Permitindo que brinquem, se libertem criativamente e se divirtam por meio das roupas, seja através de formas, cores, estampas e/ou texturas, mas possibilitando essa interação com elementos incomuns e quebrando as barreiras convencionais de conceitos delimitados.

Figura 14 - Macrotendência (Youth Tonic). Fonte: Habitus Brasil (2017).

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10.5.2 Microtendências

Como tendências estéticas, ou microtendências, foram escolhidas as tendências “Babados”, “Listra” e “Transparência”.

Segundo a Vogue (2017) “o verão 2018 será um babado”, aparecendo em diversas peças “tanto em looks casuais (pense a t-shirt com muito movimento nas mangas) quando em versões festa”, como pode ser observado na figura 15:

Figura 15 – Microtendência Babados (Tig) (2017). Fonte: Vogue (2017).

Já a listra, de acordo Pacce (2017) “vem de vários tipos, inclusive vertical; e um dos jeitos que mais chamou nossa atenção é na... camiseta!”, tendência vista na SPFW Verão 2018, nota-se na figura 16:

Figura 16 – Microtendência Listra (Cotton Project, Ahlma e À La Garçonne). Fonte: Lilian Pacce (2017).

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A transparência permanece sendo muito vista nas passarelas, seja em tulê, renda ou tecidos vazados. Segundo Sartori (2017) “o estilo, que era utilizado nos anos 2000, voltou com tudo e promete ser o hit da estação”, observa-se na figura 17 da SPFW Verão 2018:

Figura 17 – Microtendência Transparência (Giulianna Romanno, Vitorino Campos, PatBo e Lino Villaventura).

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11 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

11.1 PAINEL SEMÂNTICO

Figura 18 - Painel Semântico. Fonte: A autora (2017).

No painel tudo começa pelo olho, ele é o portal, a porta de entrada das cores, formas e emoções. Quando essas formas e cores são notadas pela percepção (representada pelo olho) e mensuradas pelo cérebro (representado pelas mãos) causam sensações. As sensações no painel refletem as emoções propostas pelo trabalho os dois opostos: “monotonia - edifícios cinzas” contra “diversão, alegria e descontração – grafites”. No momento em que os opostos se fundem, são transformados em algo totalmente divertido, alegre e benéfico para o cotidiano, que no painel é retratado pelo edifício grafitado com cores vibrantes, formas geométricas e assimétricas, e também pelo edifício listrado com formas continuas, próximas, regulares e uma arquitetura simétrica e divertida.

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11.2 ESPECIFICAÇÕES DO PROJETO

A coleção Primavera-Verão 2018 recebe o nome de “Contrastes” e tem como conceito a oposição entre a monotonia das grandes metrópoles e o mundo colorido, divertido e alegre que existe em cada indivíduo. Fazendo as cores e formas tomarem conta não só de prédios por meio dos grafites, mas também das roupas.

A partir desse raciocínio, a coleção conta com cores vibrantes (amarelo, vermelho, laranja e rosa) que invadem os tons frios (azul e verde), e materiais como malha de algodão, micro mesh, neoprene, sarja, suplex, tactel, tule e viscolycra, neoprene, causando um contraste tanto de cores, como de matérias (malha contra tecido plano/transparência). Os shapes (figura 19) variam entre as linhas A (estreito em cima e desce abrindo), H (corte reto e leve cinturado) e linha reta (silhueta sem marcações), visando conforto e praticidade para o cotidiano.

Figura 19 - Shapes.

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11.3 CARTELA DE CORES

Figura 20 - Cartela de cores. Fonte: A autora (2017).

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11.4 CARTELA DE MATERIAIS

Figura 21 - Cartela de materiais. Fonte: A autora (2017).

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11.5 CARTELA DE ESTAMPAS

Figura 22 - Cartela de estampas. Fonte: A autora (2017).

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11.6 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS

Figura 23 – Look I. Fonte: A autora (2017).

Look I – Vestido texturizado em sarja (figura 23), com o colete em recortes de listras verticais e saia com trançados que seguem uma sequência e trazem um efeito tridimensional.

Conceitos aplicados:

• Simetria: todo colete é simétrico, as mesmas cores que se repetem de um lado, se reproduzem do outro, além dos recortes serem exatamente iguais;

• Contraste de cor: azul claro e rosa choque de contrastando em todo look; • Assimetria: a parte da saia conta com uma textura assimétrica;

• Continuidade: as ordens das cores no colete seguem uma sequência, e a textura na saia o trançado também segue uma continuidade, não é colocado aleatoriamente; e • Proximidade: pelo fato dos trançados estarem juntos não são vistos isoladamente,

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Figura 24 – Look II. Fonte: A autora (2017).

Look II – O look apresentado na figura 24, trata-se de um coletão em sarja com recortes em listras verticais, possui gola v com abertura frontal, sem botões e entrelaçado da linha da cintura pra baixo. E uma bermuda em malha, elástico no cós e uma estampa sublimática de cubos tridimensionais.

Conceitos aplicados:

• Simetria: a parte superior do coletão é simétrica, as mesmas cores que se repetem de um lado, se reproduzem do outro, além dos recortes serem exatamente iguais. Assim como a estampa da bermuda que é igual de ambos lados;

• Contraste de cor: verde e rosa choque se contrastando em todo look; • Assimetria: a inferior do coletão conta com uma textura assimétrica;

• Continuidade: as ordens das cores no colete seguem uma sequência e o trançado também segue uma continuidade, não é colocado aleatoriamente; e

• Proximidade: pelo fato dos trançados estarem juntos não são vistos isoladamente, mas sim como um todo por estarem próximos.

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Figura 25 – Look III. Fonte: A autora (2017).

Look III – O look apresentado na figura 25, trata-se de uma regata, gola V e texturizada. E uma bermuda em malha, com elástico no cós e recortes laterais em forma de triângulo contendo a estampa de mosaico.

Conceitos aplicados:

• Assimetria: toda regata conta com uma textura assimétrica;

• Contraste de cor: azul claro e laranja se contrastando em toda regata;

• Proximidade: pelo fato dos trançados estarem juntos não são vistos isoladamente, mas sim como um todo por estarem próximos;

• Continuidade: na regata o trançado também segue uma continuidade, não é colocado aleatoriamente; e

• Simetria: em toda bermuda ela aparece, afinal tudo que é visto de um lado, se reproduz do outro, inclusive o recorte em forma de triângulo e a estampa.

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Figura 26 – Look IV. Fonte: A autora (2017).

Look IV– O look apresentado na figura 26, trata-se de um cropped regata em neoprene, gola careca e texturizada. E uma bermuda em malha, com elástico no cós e recorte de triângulo na parte frontal com a estampa abstrata fria, e recortes na parte traseira inferior com a estampa abstrata também.

Conceitos aplicados:

• Assimetria: rodo cropped conta com uma textura assimétrica, além disso, a estampa abstrata também é assimétrica por não seguir uma ordem e ser desigual; • Contraste de cor: azul escuro e amarelo se contrastando em todo cropped;

• Proximidade: pelo fato dos trançados estarem juntos não são vistos isoladamente, mas sim como um todo por estarem próximos;

• Continuidade: no cropped o trançado também segue uma continuidade, não é colocado aleatoriamente; e

• Simetria: em toda bermuda ela aparece, afinal tudo que é visto de um lado, se reproduz do outro, inclusive os recortes e a estampa.

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Figura 27 – Look V. Fonte: A autora (2017).

Look V – O look apresentado na figura 44, trata-se de uma jaquetinha em neoprene rosa claro, gola motoqueiro e zíper frontal, além de recortes em triângulo na cor rosa choque e verde, manga ¾ com punho. E uma saia em neoprene, com elástico no cós e estampa de cubos, com uma camada interna em tule verde ultrapassando a altura da saia superior, trazendo uma transparência.

Conceitos aplicados:

• Contraste de cor: rosa claro e rosa choque contrastando com o verde;

• Proximidade: pelos cubos na estampa estarem próximos são vistos como u todo, e não cada cubo isoladamente;

• Continuidade: na estampa os cubos seguem uma mesma sequência e direção; e • Simetria: tanto a jaquetinha quanto a saia são simétricas, por todos os elementos se

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Figura 28 – Look VI. Fonte: A autora (2017).

Look VI – O look apresentado na figura 28, trata-se de uma camiseta em malha de algodão, gola careca e com recortes de triângulo. E uma bermuda em malha com elástico no cós e estampa de mosaico.

Conceitos aplicados:

• Contraste de cor: rosa claro e vermelho contrastando com o azul claro, na camiseta; • Proximidade: na estampa de mosaico os triângulos não são vistos isolados, e sim

como uma unidade formando quadrados coloridos;

• Continuidade: as cores nos triângulos na camiseta seguem uma sequência de cores que se intercalam de forma continua;

• Assimetria: a estampa de mosaico não possui uma ordem, tornando cada lado singular e desigual; e

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Figura 29 – Look VII. Fonte: A autora (2017).

Look VII – O look apresentado na figura 29, trata-se de uma blusa de moletom de manga longa, gola careca, recortes nas mangas e transparência em tule na parte frente e costas. E uma bermuda em neoprene com elástico no cós e estampa abstrata.

Conceitos aplicados:

• Contraste de cor: verde contrastando rosa choque, no moletom;

• Continuidade: as cores dos recortes do moletom seguem uma sequência (verde, rosa e verde), tornando-os contínuos;

• Assimetria: a estampa abstrata não possui uma ordem, tornando cada lado singular e desigual; e

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Figura 30 – Look VIII. Fonte: A autora (2017).

Look VIII – O look apresentado na figura 30, trata-se de um camisetão de neoprene, gola careca, recorte de triângulo, listras, quadrados e transparência em tule. E uma bermuda em neoprene com elástico no cós, cordão com ponteira, estampa geométrica azul claro e azul escuro, e recortes laterais em forma de triângulo nas cores azul escuro e amarela.

Conceitos aplicados:

• Contraste de cor: amarelo contrastando azul escuro no camisetão, e amarelo contrastando azul claro e escuro na bermuda;

• Continuidade: as cores dos recortes do camisetão seguem uma sequência (amarelo, azul escuro, amarelo), tornando-os contínuos. A mesma coisa se aplica nos recortes no barrado; e

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Figura 31 – Look IX. Fonte: A autora (2017).

Look IX – O look apresentado na figura 31, trata-se de um camisetão em neoprene, gola careca, recortes de triângulo, listras e transparência em tule. E um short em malha com elástico no cós e estampa de mosaico.

Conceitos aplicados:

• Contraste de cor: laranja contrastando azul claro no camisetão;

• Continuidade: as cores dos recortes do camisetão seguem uma sequência (laranja, azul claro, laranja, sucessivamente), tornando-os contínuos;

• Proximidade: na estampa de mosaico os triângulos não são vistos isolados, e sim como uma unidade formando quadrados coloridos;

• Simetria: o camisetão possui lados iguais; e

• Assimetria: a estampa de mosaico no short não possui uma ordem, tornando cada lado singular e desigual.

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Figura 32 – Look X. Fonte: A autora (2017).

Look X – O look apresentado na figura 32, trata-se de uma camiseta em malha de algodão, gola careca, recorte orgânico e estampa de mosaico. E um short em neoprene com elástico no cós e recorte em triângulo, além da sobreposição, que é uma saia em tule azul com cós de elástico e comprimento midi.

Conceitos aplicados:

• Contraste de cor: rosa choque e rosa claro contrastando azul claro no look; • Proximidade: na estampa de mosaico os triângulos não são vistos isolados, e sim

como uma unidade formando quadrados coloridos; • Simetria: o short e a saia possuem lados iguais; e

• Assimetria: a estampa de mosaico na camiseta não possui uma ordem, tornando cada lado singular e desigual. Além disso, o recorte orgânico traz uma proporção assimétrica a camiseta.

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Figura 33 – Look XI. Fonte: A autora (2017).

Look XI – O look apresentado na figura 33, trata-se de um vestido, gola careca, recorte orgânico, além de um leve babadinho na lateral esquerda.

Conceitos aplicados:

• Contraste de cor: rosa claro contrastando azul escuro no vestido; e

• Assimetria: o recorte orgânico e o babadinho na lateral esquerda traz uma proporção assimétrica ao vestido.

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Figura 34 – Look XII. Fonte: A autora (2017).

Look XII – O look apresentado na figura 34, trata-se de um macacão, gola V, com gancho mais baixo e estampa abstrata na barra dobrada. Já a sobreposição, o colete, é aberto e com babadinhos em todo seu comprimento.

Conceitos aplicados:

• Contraste de cor: rosa claro contrastando azul claro no look;

• Continuidade: os babadinhos do colete seguem uma mesma sequência os tornando contínuos;

• Proximidade: na estampa de mosaico os triângulos não são vistos isolados, e sim como uma unidade formando quadrados coloridos; e

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Figura 35 – Look XIII. Fonte: A autora (2017).

Look XIII – O look apresentado na figura 35, trata-se de um regatão em tule, gola careca, e com babadinhos em todo seu comprimento. E um short de malha, com cós de elástico estampa abstrata quente.

Conceitos aplicados:

• Contraste de cor: azul claro contrastando com o colorido da estampa no look; • Continuidade: os babadinhos do regatão seguem uma mesma sequência os

tornando contínuos;

• Simetria: o regatão possui lados iguais; e

• Assimetria: a estampa abstrata não possui uma ordem, tornando cada lado singular e desigual.

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Figura 36 – Look XIV. Fonte: A autora (2018).

Look XIV – O look apresentado na figura 36, trata-se de um maquinho neoprene, com recorte frontal e estampa geométrica, alcinha, elástico na parte da frente na cintura e zíper invisível nas costas. Os babados descem e se unem a parte lateral do short do macaquinho com cós de elástico, cor azul escuro, e com recortes nas laterais superiores azul claro.

Conceitos aplicados:

• Contraste de cor: azul claro e escuro contrastando com vermelho no look; e • Simetria: todo look possui lados iguais, sendo simétrico desde o macaquinho à

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Figura 37 – Look XV. Fonte: A autora (2017).

Look XV – O look apresentado na figura 37, trata-se de um cropped de viscolycra, gola V, com recortes em listras na horizontal, tanto na manga quanto na frente/costas. E uma calça-saia-short de neoprene, com uma fenda na perna esquerda que abre formando uma saia que se fecha na lateral da calça.

Conceitos aplicados:

• Contraste de cor: vermelho contrastando azul claro no look;

• Continuidade: as cores dos recortes do cropped seguem uma sequência (vermelho, azul claro, vermelho, sucessivamente), tornando-os contínuos;

• Simetria: o cropped possui lados iguais; e

• Assimetria: o look conta com um contraste de formas, o cropped mais geométrico e a calça-short mais orgânica com sua leveza.

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Figura 38 – Look XVI. Fonte: A autora (2017).

Look XVI – O look apresentado na figura 38, trata-se de um macaquinho com decote transpassado, parte inferior do decote estampa abstrata quente e na parte superior listras. Elástico na cintura, e na parte inferior do macaquinho, um short vermelho com recorte em verde.

Conceitos aplicados:

• Contraste de cor: vermelho contrastando verde no macaquinho;

• Continuidade: as cores dos recortes da parte superior direita do macaquinho seguem uma sequência (vermelho, verde, vermelho, sucessivamente), tornando-os contínuos;

• Simetria: a parte inferior do macaquinho possui lados iguais; e

• Assimetria: a estampa abstrata e o recorte na parte superior do macaquinho não possuem uma ordem, tornando cada lado singular e desigual.

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Figura 39 – Look XVI.I Fonte: A autora (2017).

Look XVII – O look apresentado na figura 39, trata-se de uma camiseta lisa em malha de algodão, gola V em vermelho, com a sobreposição de um kimono em neoprene com recortes em listras horizontais verde e azul escuro. E uma bermuda em neoprene com cós de elástico e recortes em listras da mesma tonalidade do kimono.

Conceitos aplicados:

• Contraste de cor: vermelho contrastando verde no look;

• Continuidade: as cores dos recortes do kimono e bermuda seguem uma sequência (vermelho, verde, vermelho, sucessivamente), tornando-os contínuos; e

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Figura 40 – Look XVIII. Fonte: A autora (2017).

Look XVIII – O look apresentado na figura 40, trata-se de um vestido em sarja, de alça e recortes na parte do colete nas cores amarela, laranja e vermelha. Na parte inferior do vestido, a saia é sobreposta e com recortes em listras de azul escuro e azul claro.

Conceitos aplicados:

• Contraste de cor: vermelho, laranja e amarelo contrastando azul claro e escuro no

look;

• Continuidade: as cores dos recortes no vestido seguem uma sequência, tanto no colete, quanto na saia, tornando-os contínuos; e

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Figura 41 – Look XIX. Fonte: A autora (2017).

Look XIX – O look apresentado na figura 41, trata-se de uma camiseta de neoprene com recorte orgânico, sendo uma das partes lisa e a outra com recortes em listras. A bermuda possui recortes de listras em neoprene que intercalam entre azul e transparência da telinha, além de ter o cós de elástico, cordão com ponteira e vista falsa.

• Contraste de cor: rosa claro e rosa choque contrastando azul claro no look; • Continuidade: as cores dos recortes da parte superior esquerda da camiseta e os

recortes da bermuda seguem uma sequência, tornando-os contínuos; • Simetria: a bermuda possui lados iguais; e

• Assimetria: o recorte orgânico e os lados desiguais a torna assimétrica pela singularidade.

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Figura 42 – Look XX. Fonte: A autora (2017).

Look XX – O look apresentado na figura 42, trata-se de um cropped com a pala do decote trançada e estampa geométrica em amarelo. E uma saia transpassada, com plissados verticais que se intercalam entre os tons de azul.

• Contraste de cor: amarelo contrastando azul claro e escuro no look;

• Continuidade: as cores na saia seguem uma sequência (azul claro, azul escuro, azul claro, sucessivamente), tornando-a contínua;

• Simetria: o cropped e a estampa geométrica possuem lados iguais; e

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Figura 43 – Ficha técnica vestido texturizado. Fonte: A autora (2017).

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Figura 44 – Ficha técnica cropped gola V. Fonte: A autora (2017).

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Figura 45 – Ficha técnica calça-saia. Fonte: A autora (2017).

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Figura 46 – Ficha técnica camisetão. Fonte: A autora (2017).

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Figura 47 – Ficha técnica bermuda com estampa geométrica. Fonte: A autora (2017).

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Figura 48 – Ficha técnica camiseta recorte ondulado. Fonte: A autora (2017).

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Figura 49 – Ficha técnica bermuda tactel mesh. Fonte: A autora (2017).

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11.8 PRANCHAS DOS LOOKS

Figura 50 – Prancha Look I. Fonte: A autora (2017).

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Figura 51 – Prancha Desenho Técnico: Look I. Fonte: A autora (2017).

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Figura 52 – Prancha Look II. Fonte: A autora (2017).

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Figura 53 – Prancha Desenho Técnico: Look II. Fonte: A autora (2017).

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Figura 54 - Prancha look III. Fonte: A autora (2017).

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Figura 55 – Prancha desenho técnico: Look III. Fonte: A autora (2017).

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Figura 56 - Prancha look IV. Fonte: A autora (2017).

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Figura 57 - Prancha desenho técnico: look IV. Fonte: A autora (2017).

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11.9 LOOKS CONFECCIONADOS

Figura 58 – Look confeccionado I. Fonte: A autora (2017).

Figura 59 – Look confeccionado II. Fonte: A autora (2017).

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Figura 60 – Look confeccionado III. Fonte: A autora (2017).

Figura 61 – Look confeccionado IV. Fonte: A autora (2017).

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11.10 CATÁLOGO IMPRESSO

Figura 62 – Capa. Fonte: A autora (2017).

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Figura 63 – Verso e Página 1. Fonte: A autora (2017).

Figura 64 – Página 2 e 3. Fonte: A autora (2017).

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Figura 65 – Página 4 e 5. Fonte: A autora (2017).

Figura 66 – 6 e 7. Fonte: A autora (2017).

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Figura 67 – Página 8 e 9. Fonte: A autora (2017).

Figura 68 – Página 10 e 11. Fonte: A autora (2017).

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Figura 69 – Capa traseira. Fonte: A autora (2017).

Referências

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