• Nenhum resultado encontrado

Uso de diferentes estratégias alimentares no Desempenho de larvas da Corydora Aeneus albina

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Uso de diferentes estratégias alimentares no Desempenho de larvas da Corydora Aeneus albina"

Copied!
39
0
0

Texto

(1)

USO DE DIFERENTES ESTRATÉGIAS ALIMENTARES NO DESEMPENHO DE LARVAS DA Corydora aeneus ALBINA

MARCOS FELIPE VENTURIERI

MONOGRAFIA APRESENTADA AO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA DO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, COMO PARTE DAS EXIGÊNCIAS PARA A OBTENÇÃO DO TÍTULO DE ENGENHEIRO DE PESCA.

FORTALEZA — CEARÁ - BRASIL JUNHO/2009

(2)

V58u Venturieri, Marcos Felipe.

Uso de diferentes estratégias alimentares no desempenho de larvas da Corydora aeneus albina / Marcos Felipe Venturieri. – 2009.

39 f. : il. color.

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Curso de Engenharia de Pesca, Fortaleza, 2009.

Orientação: Prof. Dr. José Renato de Oliveira César.

1. Peixe de aquário - Alimentação. 2. Peixe ornamental. 3. Peixe. 4. Aquarismo. 5. Engenharia de pesca. I. Título.

(3)

(Prof osé Renato de Oliveira César,

h.

Ricardo Lafaiete Moreira, M.Sc.

Sérgio Alberto Apolinário Almeida, M.Sc.

VISTO:

Prof. Moisés Almeida de Oliveira, D.Sc. Chefe do Departamento de Engenharia de Pesca

Prof. Raimundo Nonato de Lima Conceição, D.Sc. Coordenador do Curso de Engenharia de Pesca

(4)

DEDICATÓRIA:

(5)

Ao meu orientador Prof. José Renato César, pela paciência, oportunidade e dedicação durante todo o experimento.

Aos meus pais, Alcionêda Temes e José de Sousa, que me incentivam e não me deixam desistir nunca.

Aos colegas do GENAQUA, em especial a doutoranda Erivânia Gomes, pelos conselhos e apoio durante o curso.

A engenheira de pesca, Samara Carvalho, pela ajuda durante as biometrias e amizade durante o curso.

Aos amigos Carlos Manoel e Raimundo Nonato, pela amizade e incentivo durante o curso.

Ao funcionário da fazenda Tanganyica, Jorge Alan, que me auxiliou em todo o experimento.

Ao meu orientador de campo Blanchard Girão Ribeiro Filho, pela oportunidade e apoio.

Ao amigo Carlos Magno, pelas idéias e sugestões que tornaram possível a realização do projeto.

(6)

AGRADECIMENTOS ii LISTA DE FIGURAS

LISTA DE TABELAS vi

RESUMO vii

1.INTRODUÇÃO 1

1.1 INTRODUÇÃO SOBRE O MERCADO DE PEIXES

ORNAMENTAIS 01

1.3 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE "CATFISHES" 05

1.4 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE Cotydora aeneus 06

1.5 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS ALIMENTOS VIVOS UTILIZADOS 09

1.2 OBJETIVOS 10

1.2.1 GERAIS 10

1.2.2 ESPECÍFICOS 10

2. MATERIAL E MÉTODOS 11

2.2 PREPARAÇÃO DOS ALIMENTOS 11

2.2.1 MICROVERME 11

2.2.2 NÁUPLIO DE ARTÊMIA 11

2.2.3 FORNECIMENTO DOS ALIMENTOS VIVOS 11

2.2.4 RAÇÃO COMERCIAL 13

2.3 OBTENÇÃO DAS LARVAS 13

2.4 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL 16 2.5 ACOMPANHAMENTO DO EXPERIMENTO 16 2.6 PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS 18 2.7 ANÁLISES ESTATÍSTICAS 19 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES 20 3.1 PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS 20 3.2 PESO E COMPRIMENTO 20

(7)

3.3 SOBREVIVÊNCIA 23

4.CONCLUSÕES 26

(8)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Vista parcial de aquários ornamentais em loja especializada,

localizada no bairro Varjota, Fortaleza-CE 03

Figura 2. Vista parcial de aquários ornamentais em Pet-shop localizado no

centro de Fortaleza-CE 04

Figura 3. Detalhe do comércio informal de peixes ornamentais na feira de

Parangaba, Fortaleza-CE 04

Figura 4. Dimorfismo sexual de Corydora aeneus albina, 1 = fêmea e 2 =

macho 08

Figura 5. Variedades de Corydora aeneus, 1=véu, 2=comum e 3= albina. 09 Figura 6. Detalhe do nemátodo Anguilula silusiae em foto tirada com

auxilio de microscópio 12

Figura 7. Nemátodo Anguilula silusiae sendo coletado das paredes do

recipiente plástico contendo a cultura a base de aveia 12 Figura 8. Tanques de alvenaria de 2000 litros (2 m X 2 m X 0,5 m)

utilizados para desova de corydora aeneus 14

Figura 9. Processo de retirada dos substratos (canos de PVC) utilizados

para desova de Corydora aeneus albina 14

Figura 10. Detalhe dos ovos de Corydora aeneus aderidos ao substrato. 15 Figura 11. Vista parcial de aquários contendo substratos (canos de PVC)

contendo ovos de Corydora aeneus aderidos 15

Figura 12. Processo de contagem de larvas de corydora utilizando

peneira 16

Figura 13. Detalhe da larva de Corydora aeneus albina durante o processo

de biometria inicial 17

Figura 14. Detalhe das larvas de Corydora aeneus albina durante o

processo de biometria inicial. Notar que todas as larvas foram pesadas em

conjunto 18

Figura 15. Pesos médios dos indivíduos, por tratamento, durante a

biometria final 22

Figura 16. Comprimentos médios dos indivíduos, por tratamento, durante

a biometria final 23

Figura 17. Sobrevivência dos indivíduos, por tratamento durante todo o

(9)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1.Composição da ração comercial para camarão utilizada no

experimento 13

Tabela 2 Dados referentes aos pesos e comprimentos obtidos durante o

experimento 21

Tabela 3 Dados referentes de sobrevivência final média dos animais por

(10)

RESUMO

A espécie Corydora aeneus é um "catfish" amplamente distribuído pela América do sul que tem sido popularmente comercializado na aquariofilia como peixe ornamental, mas ainda é pouco estudado. Em decorrência desse fato, este trabalho teve como objetivo estudar os efeitos de diferentes estratégias alimentares sobre o desempenho de larvas de C.aeneus albina utilizando alimentos vivos, no caso náuplios de artêmia e o nemátodo Anguilula silusiae, populamente conhecido pelos criadores de peixes ornamentais como "microverme". No experimento foram utilizados 5000 exemplares distribuídos em 20 aquários com volume padronizado em 80L com aeração constante, filtro esponja e temperatura ambiente. Os aquários foram divididos em 4 tratamentos, tendo sido realizado 5 repetições para cada tratamento. O primeiro tratamento teve o fornecimento de náuplio de artêmia e microverme, o segundo unicamente de ração, o terceiro de ração e microverme e o último somente de náuplio. Os valores de pH, temperatura, amônia, nitrito dureza carbonatada e dureza total ficaram proximos aos padrões recomendados para a espécie, com médias de -6.02, 27,6°C, próximos a 0, 5_ 0.3 mg/I, 2 e 3 °dH, respectivamente. Não havendo variações dos valores obtidos entre os tratamentos. A análise de variância indicou que houve diferença significativa (a= 5%) entre oa. 4 tratamentos, e o teste t independente para médias mostrou que não houveram diferenças significativas entre os pesos dos tratamentos (I) náuplio de artêmia + microverme e (II) ração comercial, estes por sua vez apresentaram as menores médias e diferiram significativamente dos tratamentos (III) ração comercial + náuplio de artêmia e (IV) náuplio de artêmia, estes últimos apresentaram as maiores médias e não diferiram entre si, em relação ao comprimento todos os tratamentos diferiram entre si observando-se as maiores médias no tratamento que se utilizou de náuplio e ração juntos. Em relação à sobrevivência os maiores índices de mortalidade ocorreram no tratamento em que foi ofertado somente ração, este foi o único tratamento a diferir dos demais.

(11)

USO DE DIFERENTES ESTRATÉGIAS ALIMENTARES NO DESEMPENHO DE LARVAS DA Corydora aeneus ALBINA

MARCOS FELIPE VENTURIERI

1. INTRODUÇÃO

1.1 Sobre o mercado de peixes ornamentais

Aproximadamente 4000 espécies de peixes ornamentais dulcícolas e 1400 marinhas são comercializadas por ano (WHITTINGTON, 2007), consolidando o aquarismo como o segundo maior hobby do mundo, seguido apenas da filatelia, hobby de colecionar seios. No Japão, por exemplo, em 2001 existiam cerca de um milhão e duzentos mil aquariofilistas (LIMA et al, 2001), enquanto que nos EUA, em 1994, mais de 10 milhões de casas possuíam aquários (VIDAL-JUNIOR, 2007). Destacando-se assim o aquarismo como importante atividade econômica (VIDAL-JUNIOR, 2003), tendo 90% dos peixes ornamentais de água doce e somente 2% marinhos cultivados em cativeiro (FAO 2005).

Desde 1985 as exportações de peixes ornamentais vêm crescendo com valores de até 14% ao ano, sendo avaliado a indústria inteira, antes do produto ser destinado a exportação, considerando os salários, as vendas de varejo e os materiais associados, em torno de 15 US$ bilhões (FAO 2005). Os maiores mercados importadores internacionais de peixes ornamentais são os EUA, Reino Unido, Japão, Alemanha, França, Cingapura, Holanda, Itália, Hong Kong, Bélgica e Espanha. A Europa representa mais de 50% do total da demanda mundial de peixes ornamentais. (FAO 2006).

No Brasil, a atividade tomou impulso após a década de 1990 quando passou a participar do mercado externo e também a competir internamente

(12)

com peixes nativos extraídos da natureza. Estima-se que existam no Brasil, cerca de 4000 produtores concentrados principalmente na região Sudeste, mas este número vem crescendo rapidamente na região Nordeste, impulsionado pelo clima favorável para espécies tropicais (VIDAL-JUNIOR, 2003), sendo o Ceará o quinto maior estado do país na atividade (DA SILVA, 2007).

Apesar de o Brasil ser um celeiro natural de onde provêm várias espécies comercializadas em inúmeras partes do mundo, o cultivo de peixes ornamentais ainda é realizado de forma incipiente, o maior entrave ainda está na falta de conhecimento referente à biologia e às técnicas apropriadas de cultivo (CÂMARA, 2004)_. Em outros países a situação é bem diferente, a exemplo de Cingapura, que detém uma indústria milionária com as propriedades constituindo-se em verdadeiros parques agrotecnológicos, com cerca de 60 pisciculturas ocupando 127,4 hectares, produzindo principalmente guppys (Poecilia reticulata) e outros poecilídeos, discos, "gold fish", tetras e peixes-dragão. Cingapura é conhecida não apenas como a "capital mundial do peixe ornamentar, mas também como um "entreposto total integrado" para negócios globais em peixes ornamentais (SANCHES, 2004).

Em Fortaleza, o mercado de peixes ornamentais inclui desde lojas especializadas (Figura 1), exportadores ligados diretamente ao extrativismo, vários pet shops (Figura 2) bem como inúmeros produtores de "fundo de quintal", os quais geralmente, possuem criações em um espaço nas suas residências, caracterizados por baixo volume de produção, menores preços e qualidade inferior em relação aos demais produtores, muitos destes realizam suas vendas na feira de Parangaba (Figura 3), mercado popular bastante conhecido na cidade.

O fator alimentar apresenta grande importância na qualidade e crescimento de larvas produzidas em larga escala (HAYASHI et al, 2002).0 desenvolvimento de estratégias alimentares adequadas durante os primeiros dias de cultivo em peixes é de fundamental importância para o sucesso das atividades aquicolas como um todo, tanto em produções voltadas ao mercado alimentício como ornamental. A alimentação deve atender não só às

(13)

necessidades dos animais, mas também possuir custos compatíveis com a finalidade do cultivo e preço final do peixe (VIDAL-JUNIOR, 2007).

Apesar da importância econômica, ainda são escassas as informações sobre a exigência nutricional incluindo proteína e energia para a maioria das espécies de peixes ornamentais (SALES, 2003). Neste sentido, o presente trabalho pretende realizar uma comparação entre os efeitos de diferentes estratégias alimentares sobre o desempenho de larvas de Corydora aeneus albina produzida em cativeiro.

Figura 1. Vista parcial de aquários ornamentais em loja especializada, localizada no bairro Varjota, Fortaleza-CE.

(14)

Figura 2. Vista parcial de aquários ornamentais em Pet-shop localizado no centro de Fortaleza-CE.

Figura 3. Detalhe do comércio informal de peixes ornamentais na feira de Parangaba, Fortaleza-CE.

(15)

1.2 Considerações gerais sobre "catfishes"

Os "catfishes" são comumente encontrados em águas doces de praticamente todos os continentes, exceto a Antártica sendo abundantes nos trópicos do sul da América, África e Ásia (BRUTTON, 1996).

Esses animais pertencem à ordem dos Siluriformes e formam um conjunto de aproximadamente 3093 espécies distribuídos em 478 gêneros e 36 famílias (FERRARIS JR, 2007), destes cerca de 1680 em 14 famílias podem ser encontrados na América do sul. Os dentes são usualmente pequenos e viliformes presentes em fita, geralmente possuem espinhos afiados nas nadadeiras dorsais e peitorais, os ossos da cabeça são tipicamente fundidos ou fortemente ligados para formar uma caixa cranial ideal, isto esta relacionado ao modo de se alimentar apanhar alimento ou como proteção a possíveis predadores em águas pouco profundas, numerosas espécies possuem o corpo coberto por uma espécie de "armadura" (BRUTTON, 1996).

Alguns "catfishes" são noturnos e não desenvolveram bem seus órgãos visuais, os sentidos de contato são realizados principalmente através de barbilhões e órgãos de tato na nadadeira e boca. A produção de som é comum em ambos os sexos de alguns "catfishes" e geralmente envolvem a vibração da bexiga natatória, como resultado de uma stridulação dos espinhos peitorais, geralmente não são agressivos e abrigam-se em águas escuras e turbidas. Podem ter de 14mm a alguns metros como Scoplax dos neotrópicos com 14mm e o Silurus glanis da Europa ( 330Kg) (BRUTTON, 1996).

Muitos "cafishes" são apreciados pela aquariofilia, como o Synodontys, "catfish" africano que possui pigmentação bastante incomum e curioso hábito de nadar de cabeça para baixo (FRIEL, 2006), podemos citar ainda o Pangassius, originário da região asiática tido como importante recurso das fazendas de Bengal (CHATTOPADHYAY et al, 2002) e a Corydora, "catfish" encontrado na América do sul e bastante popular entre os aquariofilistas.

Os membros do gênero Corydora incluem aproximadamente 115 espécies, consideradas de fácil reprodução em cativeiro, especialmente C. aeneus e C. paleatus. Entre as espécies podem ser encontrados pequenos

(16)

peixes que possuem representantes variando entre 2.5 cm (C.hastatus, C.pygmaeus) e 12cm (C.barbatus) (BURGESS, 1992).São conhecidas pelo hábito de procurar alimento ao fundo sendo uma excelente limpadora em aquários (AXELROD, 1995)

1.3 Considerações gerais sobre Corydora aeneus

O "catfish" Corydora aeneus possui a seguinte classificação taxonômica segundo Fish base (2009):

Reino: ANIMALIA Filo: CHORDATA Classe: ACTINOPTERYGII Ordem: SILURIFORMES Família: CALLICHTHYIDAE Gênero: CORYDORA

Espécie: Corydora aeneus

A espécie está distribuída pelo sul da América (Kohda et aI, 2002),podendo ser encontrada em São Paulo, região Amazônica, Uruguai e Argentina, além da Colômbia, Trinidad, Rio La Plata e leste dos Andes (FISH BASE, 2009).

Pertencem à família Callichthyidae e são popularmente chamados "catfish de armadura" devido a característica de possuir o corpo completamente protegido por duas séries longitudinais de placas cutâneas (REIS, 1996). A subfamília Corydoradinae inclui cerca de 90% das espécies de "catfishes" neotropicais (Britto 2003), a família esta dividida em 8 gêneros e 194 espécies (FERRARIS JR, 2007), pertencem a esta família além das Corydoras, as Aspidoras e os Bronchis.

A Corydora aeneus vem sendo comercializada como ornamental, apresentando dimorfismo sexual (Figura 4), em que o macho apresenta menor

(17)

tamanho e corpo mais delgado, enquanto as fêmeas são maiores e mais largas.

Esta espécie pode alcançar o tamanho de até 7,5 cm, elas podem puxar ar através da boca que será absorvido pelo intestino, isso é possível devido o intestino posterior ser modificado como órgão acessório para respiração aérea, Persaud et al (2006) sugere que o sistema digestivo anterior facilita a passagem do ar embora seja preenchido com o material a ser digerido, a parte anterior do intestino empacota este material comprimindo e formando uma canaleta de ar que permite que o ar passe desimpedido.

As Corydoras também reproduzem som durante o hábito reprodutivo, Kaatz et al (1999) estudando o som produzido pelas Corydoras sugeriu que a atividade acústica era menor em peixes que não tinham sido submetidos a condições para reprodução comparados aqueles indivíduos submetidos a condições propicias a reprodução.

Segundo Kohda (2002), não há comportamento agressivo com outros machos durante a reprodução, estes não mantêm território ou monopolizam as fêmeas, também relatou que não há preferência das fêmeas por machos maiores.

Um método incomum de desova foi descrito por Kohda et al (1995 citado por BRUTTON, 1996), nessa espécie o macho corteja a fêmea oferecendo seu abdõmen, esta responde atacando o macho com a boca na abertura genital e ingerindo o esperma.O esperma passa rapidamente pelo seu intestino e é descarregado junto aos ovos no interior de uma bolsa formada pelas nadadeiras pélvicas da fêmea.Estes ovos são misturados com o esperma e inseminados.Este modo de inseminação não pode ser encontrado em nenhum outro animal, mas provavelmente ocorre em várias espécies de "catfish", é sabido que cerca de 20 espécies de Corydoras adotam a posição T.

A passagem pelo trato intestinal da fêmea é possível devido à existência da vesícula seminal presente nos machos desta espécie, as excreções produzidas por este órgão têm a função de proteger e suprimir a motilidade do sêmen. Para o sucesso reprodutivo, as fêmeas devem ingerir quantidades

(18)

2

moderadas de sêmen durante a posição T, para evitar a diluição pela água adicional bebida, isto permitiria uma densidade ótima de esperma no interior da bolsa, o hábito reprodutivo ocorre a cada 5 minutos durante 3 horas e os ovos terão cerca de 1.5mm. As desovas podem ocorrer 10 a 20 vezes durante 1-2 horas (VICENTINI, 2007).

A Corydora aeneus é caracterizada pelas placas de seu corpo possuírem coloração bronze esverdeada (AXELROD, 1995), mas as variedades modificadas em cativeiro com a cauda véu, ou albina (Figura 5), com o corpo de coloração esbranquiçada e olhos vermelhos, são facilmente encontradas nas lojas de aquarismo.

1

Figura 4. Dimorfismo sexual de Corydora aeneus albina, 1 = fêmea e 2 = macho.

(19)

Figura 5. Variedade de Corydora aeneus, 1=véu, 2=comum e 3= albina.

1.4. Considerações sobre os alimentos vivos utilizados

Vários organismos, entre os quais se encontram copépodos, nemátodos, rotíferos e a artêmia, tem sido empregados como alimento de larvas para inúmeras espécies, sendo a artêmia o microcrustáceo mais empregado na alimentação de organismos zooplanctófagos.

Apesar de constituírem uma importante fonte nutricional os alimentos vivos podem ser vetores para a entrada de patógenos, principalmente se os cuidados sanitários na produção e comercialização não forem tomados (REDONDO, 2008). Além de poder constituir, a exemplo da artêmia, grande parte dos gastos na produção de peixes e camarões.

A necessidade de se possuir uma maior gama de organismos vivos que sirvam de alimento é essencial à aquicultura, estes devem atender as necessidades nutricionais, ser de fácil aquisição e baixo custo (LARA, 2007).

(20)

O nemátodo Anguilula silusiae, popularmente conhecido por "micro verme", é amplamente recomendado pela literatura voltada ao aquarismo, apesar de não ser aconselhado como fonte nutricional isolada sendo sempre sugerido o uso em conjunto de outros alimentos (AXELROD, 1995). O cultivo de nemátodos é dificultado pela necessidade de produção em larga escala, sendo cultivado de diferentes formas, Lara et al (2007) comparando a produtividade em biomassa de culturas com aveia e aveia enriquecida com Spirulina sp, obteve melhores resultados nos tratamentos em que houve adição da micro alga.

A artêmia é um microcrustáceo que ocorre em ambientes hipersalinos, cistos (embriões em dipausa) e biomassa, indivíduos juvenis e adultos são coletados nestes ecossistemas, processados e utilizados como alimento para uma grande variedade de peixes e crustáceos (CÂMARA, 2004).

1.5 Objetivos 1.5.1 Gerai

Avaliar os efeitos de diferentes estratégias alimentares sobre o desempenho de larvas de Corydora aeneus albina.

1.5.2 Específicos

1. Comparar os efeitos de diferentes tipos de alimentos (ração comercial, náuplio de artêmia, microverme + náuplio de artêmia, ração comercial + náuplio de artêmia) sobre o ganho de peso e comprimento dos alevinos. 2. Observar os efeitos de diferentes estratégias alimentares sobre a qualidade da água de cultivo.

3. Correlacionar às estratégias alimentares testadas com as taxas de sobrevivência obtidas.

(21)

2. MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado na piscicultura Tanganyika situada no município de Aquiraz — CE. (UFC), durante os meses de março a abril de 2008. A administração dos diferentes tratamentos teve a duração de quinze dias. 2.2. Preparação dos alimentos

2.2.1. Microvermes

A cultura foi realizada segundo Faria et al. (2006), constando de 20 recipientes plásticos com capacidade para 2 litros cada um, contendo 1 cm de água acrescida de aveia até adquirir a consistência de mel. Nestes recipientes foram inoculadas as matrizes do nemátodo Anguilula silusiae. Após a inoculação, os potes foram hermeticamente fechados por dois dias, quando então a cultura começou a ser utilizada.

2.2.2.Náuplios de artêmia

Os cistos de artêmia foram descapsulados utilizando garrafas plásticas de polietileno com 2L de água, acrescida de 30g de NaCI e 0,5g de Na2CO3, para 5g de cistos. Após a descapsulação, os náuplios foram recolhidos cessando a aeração e permitindo que a solução com os náuplios fosse filtrada sobre urna tela de 60 micra.

2.2.3. Fornecimento dos alimentos vivos

Os náuplios foram coletados utilizando-se tela com abertura de malha de 60 micra e colocados em um pote plástico contendo 1L de água limpa. A solução foi cuidadosamente agitada procurando-se homogeneizá-la, logo depois foi ofertada aos alevinos. Os microvermes (Figura 6) foram retirados da cultura esfregando-se uma lâmina na parede do recipiente plástico (Figura 7). A lâmina foi lavada em um recipiente plástico contendo 1L de água limpa, de forma semelhante aos náuplios, foi homogeneizada em forma de solução e ofertada.

(22)

Figura 6. Detalhe do nemátodo Anguilula silusiae em foto tirada com auxilio de microscópio. Barra medindo aproximadamente lmm.

Figura 7. Nemátodo Anguilula silusiae sendo coletado das paredes do recipiente plástico contendo a cultura a base de aveia

(23)

2.2.4 Ração comercial

Foi utilizada a ração comercial em pó para camarões da empresa INVE AQUACULTURE, com a seguinte composição segundo a fabricante:

Tabela 1. Composição da ração comercial para

experimento. camarão utilizada no

COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL (%) Proteína Bruta (Mín.) 40.00 Umidade (Máx) 10.00 Fibra bruta (Máx) 6.00 Extrato etéreo (Mín) 5.00 Matéria mineral (Máx) 22.00 Cálcio (Máx) 1.00 Fósforo (Mín) 0.40

2.3. Obtenção das larvas

Para obtenção das larvas foram dispostos 60 casais de Corydora aenus albina, na proporção de um macho para cada fêmea, em dois tanques (30 casais/tanque) de alvenaria (2 mX2mX 0,5 m) de 2 mil litros (Figura 6). No interior de cada tanque foram colocados 5 canos de PVC (100 mm de diâmetro, e 20 cm de comprimento), para servir de substrato para as desovas. Os canos foram cuidadosamente retirados (Figura 8 e 9) após 24 horas e transferidos para aquários com 80L de capacidade (Figura 10), previamente preparados e equipados com aeração constante e filtro esponja.

Após o nascimento e completa absorção do vitelo, os animais foram alimentados com náuplio de artêmia durante 7 dias (uma semana), até possuírem tamanho hábil para serem contados.

Para o procedimento de contagem, os peixes foram sifonados para um recipiente de 20 litros e novamente sifonados para uma garrafa plástica de polietileno com capacidade para 2L. Os alevinos foram contados com auxilio de uma peneira (Figura 10) e divididos em 20 aquários de 80L, na densidade de 250 animais/aquário.

(24)

Figura 8. Tanques de alvenaria de 2000 litros (2 mX2 m X 0,5 m) utilizados para desova de Corydora aeneus albina.

Figura 9. Processo de retirada dos substratos (canos de PVC) utilizados para desova de Corydora aeneus albina.

(25)

Figura 10. Detalhe dos ovos de Corydora aeneus albina aderidos ao substrato.

Figura 11. Vista parcial de aquários contendo substratos (canos de PVC) com ovos de Corydora aeneus albina aderidos.

(26)

Figura 12. Processo de contagem de larvas de Corydora aeneus albina utilizando peneira.

2.4. Delineamento experimental

O delineamento experimental foi inteiramente casualizado e consistiu de quatro tratamentos, cada um com cinco repetições, na densidade de estocagem de 3,125 peixes/L. Os peixes foram alimentados com 4 diferentes combinações de alimentos: (I) náuplio de artêmia + microverme; (II) ração comercial; (III) náuplio de artêmia; (IV) ração comercial + náuplio de artêmia.Os peixes foram alimentos à vontade três vezes ao dia (7:00, 11:00 e 15:00h). 2.5. Acompanhamento do experimento

Para o início do experimento, foi retirada aleatoriamente dos aquários uma amostra de 100 peixes do conjunto de animais que seriam utilizados no experimento, nascidos aproximadamente no mesmo dia e visualmente uniformes, foi realizada então a primeira biometria (peso e comprimento), os alevinos foram medidos individualmente (Figura 11) e pesados todos juntos (Figura 12) devido ao reduzido peso.

(27)

Após a biometria os animais foram descartados para não interferirem nos resultados, uma vez que testes preliminares demonstraram que alguns indivíduos submetidos à biometria morriam após este processo. Os peixes foram estocados com o comprimento médio de 0.91±0.084 cm e peso de 0.016g

Durante a biometria realizada ao final do experimento, após 15 dias alimentados com as diferentes dietas, foram retiradas amostras de 4%( 10 peixes) de cada aquário, estes foram medidos individualmente e pesados em conjunto.

Todos os dias foram sifonados 8L (10%) da água de todos os aquários e, na ocasião, foram retirados os restos de ração e fezes do fundo dos aquários evitando assim o acúmulo de matéria orgânica.

Figura 13. Detalhe da larva de Corydora aeneus albina durante o processo de biometria inicial.

(28)

Figura 14. Detalhe das larvas de Corydora aeneus albina durante o processo de biometria inicial. Notar que todas as larvas foram pesadas em conjunto.

2.6. Parâmetros físicos — químicos da água de cultivo.

O pH e temperatura foram monitorados a cada três dias utilizando pH mêtro e termômetro digitais, na ocasião foram utilizados também testes com kites colorimétricos da marca Tetra® para monitorar amônia total (NH3/NH4+), nitrito (NO2), dureza total e dureza carbonatada.

(29)

2.7. Análise estatística

Os dados de peso, comprimento e mortalidade foram submetidos a uma análise de variância com fator único (ANOVA), utilizando a função estatística do programa BioEstat 5.0. No caso de diferença significativa, foi aplicado o teste t independente para médias. Nas análises foi utilizado o nível de 5% de significância estatística.

(30)

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

3.1 Parâmetros físico-químicos

Durante todo o experimento, a temperatura média observada foi de 27,6 ± 1.012 °C, o pH foi de 6.02 ± 0.20, a amônia geral (NH3/NH4±) manteve-se com valores próximos a 0 mg/I, os valores de nitrito (NO2-) foram sempre menores que 0.3 mg/I, em relação a dureza carbonatada e dureza geral, foram obtidos valores médios entre 2 e 3 °dH, respectivamente. Não houve variações dos valores obtidos entre os tratamentos.

Os parâmetros obtidos são considerados aceitáveis para a espécie (FISH BASE, 2009), uma vez que a Corydora aeneus tolera ampla variação de pH e temperatura, os níveis de amônia e nitrito mantiveram-se baixos não interferindo nos resultados e apesar do baixo grau de dureza na água de cultivo, os animais aparentaram estar totalmente adaptados, ocorrendo reprodução e crescimento da espécie com os citados valores segundo relatado na fazenda onde se realizou o experimento.

3.2 Peso e comprimento

Os comprimentos individuais e pesos médios dos 10 indivíduos amostrados por aquário obtidos ao final do experimento para os tratamentos (I) náuplio de artêmia + microverme; (II) ração comercial; (III) ração comercial + náuplio de artêmia; (IV) náuplio de artêmia foram 1.65 ±0.18 (cm) e 0.055 ± 0.007(g), 1.48 ± 0.18 (cm) e 0.047±0.01(g), 1.92 ± 0.26 (cm) e 0.082 ± 0.013 (g),1.8 ± 0.18 (cm) e 0.075 ± 0.153, respectivamente (Tabela 2).

(31)

Tabela 2. Dados referentes aos pesos e comprimentos obtidos durante o experimento. N+M = náuplio + microverme; R = ração; R+N = ração + náuplio; N = náuplio.

Tratamentos P.I C.I D.P P.F D.P C. F D.P

(g) (cm) (cm) (g) (g) (cm) (cm)

TI: N+M 0,016 0,915 0,084 0,055 0,007 1,65 0,18

T2: R 0,016 0,915 0,084 0,047 0,010 1,48 0,18

T3: R+N 0,016 0,915 0,084 0,082 0,001 1,92 0,26

T4: N 0,016 0,915 0,084 0,075 0,010 1,80 0,18

P.I = Peso inicial, C.I = Comprimento inicial, P.F = Peso final, C.F = Comprimento final, D.P = Desvio padrão A análise de variãncia com fator único (ANOVA), aplicada aos dados de peso e comprimento, indicou que houve diferenças significativas (a = 0,05) entre os três tratamentos, e o teste t independente para médias mostrou que não houve diferenças significativas entre os pesos dos tratamentos (I) náuplio de artêmia + microverme e (II) ração comercial, estes por sua vez apresentaram as menores médias e diferiram significativamente dos tratamentos (IV) náuplio de artêmia; (III) ração comercial + náuplio de artêmia, estes últimos apresentaram as maiores médias e não diferiram entre si (Figura 15).

Os dados referentes ao comprimento diferiram significativamente entre todos os tratamentos, apresentando as maiores médias também os tratamentos (IV) náuplio de artêmia e (III) ração comercial + náuplio de artêmia (Figura 16). As diferenças estatísticas entre os tratamentos (l1) ração e (III) ração + náuplio sugerem que a ração pode ser adicionada como complemento a estratégia alimentar para os alevinos de Corydora aeneus albina, porém a administração de somente ração não mostrou resultados satisfatórios quando comparados aos tratamentos com presença de náuplio. Provavelmente, o fato da espécie possuir o hábito de se alimentar próximo ao fundo do aquário interferiu nos tratamentos que utilizaram ração, pois os animais de maior porte foram favorecidos e nem todos alimentaram-se com a ração depositada ao fundo, o mesmo não acontece com o náuplio que se distribui uniformemente pelo aquário permitindo que todos os animais se alimentem.

(32)

0.8 1 ac T a T 0.558 0.472 0.826 0.6 1 1 o cl) 0.4 0.2 22

Os valores apresentados nos tratamentos (I) náuplio de artêmia + microverme e (IV) somente náuplio, mostram que provavelmente os animais se saciaram com o microverme que possui menor valor nutritivo, consumindo quantidades menores de náuplio interferindo negativamente no crescimento dos animais que se utilizaram do nemátodo.

Estudos realizados anteriormente com náuplios demonstraram sua eficiência na 'arvicultura de outras espécies, Luz (2002) considerou bem sucedida a 'arvicultura do trairão (Hoplias lacerdae) utilizando-se de náuplio de artêmia, Behr et aI (2000), observando a suplementação alimentar sobre a sobrevivência e crescimento de larvas de jundiá, obteve os maiores valores com o fornecimento de náuplios, se comparados com aos de cistos ou somente ração. Luz (2007) obteve-se melhores valores de peso e taxas de resistência ao estresse, quando alimentadas com Artemia sp. ou alimentação mista (Artemia sp. + dieta artificial).

T b

N+M R R+N

Tratamentos

Figura 15. Pesos médios dos indivíduos, por tratamento, durante a biometria final, letras iguais correspondem a ausência de diferença estatística (p=0,05). Detalhe das linhas de erro com os respectivos valores de erro padrão da média. N+M = náuplio + microverme; R = ração; R+N = ração + náuplio; N = náuplio.

(33)

c a b T 1 1._652. 1.487 N+M d 1.920 R+N 2.5 23 Tratamentos

Figura 16. Comprimentos médios dos indivíduos, por tratamento, durante a biometria final, letras diferentes correspondem à presença de diferença estatística (p=0,05). Detalhe das linhas de erro com os respectivos valores de erro padrão da média. N+M = náuplio + microverme; R = ração; R+N = ração + náuplio; N = náuplio.

3.2 Sobrevivência

Em relação aos dados de sobrevivência, somente houve diferenças estatísticas comprovadas no tratamento em que foi utilizada somente ração. Os demais tratamentos não apresentaram diferenças significativas (Figural7), com médias de 238.4 ± 5.98, 168 ± 32.2, 230 ± 9.721 e 215 ± 19.78, animais por aquário (Tabela 3), para os tratamentos (I) náuplio de artêmia + microverme; (II) ração comercial; (III) ração comercial náuplio de artêmia; (IV) náuplio de artêmia, respectivamente.

Os maiores índices de mortalidade foram evidenciados nos aquários que receberam somente ração, isto pode ter acontecido pelo fato de a ração ter favorecido os animais maiores, prejudicando a alimentação dos menores, ficando estes sem se alimentar.

(34)

As maiores médias foram adquiridas no tratamento (I) náuplio de artêmia + microverme seguido do tratamento (III) ração + náuplio (Tabela 3), no entanto não houveram diferenças estatísticas entre os valores para estes tratamentos.

TABELA 3: Dados referentes de sobrevivência final média dos animais por tratamento. N+M = náuplio + microverme; R = ração; R+N = ração + náuplio; N = náuplio.

Tratamentos Estocagem Inicial Sobrevivência Porcentagem (%) Desvio Padrão r1: N+M 250 238 95,20 5, 983 T2: R 250 168 67,20 32, 204 T3: R+N 250 230 92, 00 9, 721 T4: N 250 215 86,00 19, 781 250 200 -I .-u ou • 150 o 100 50 o a 238 N+M 1.68 a -r 230 a T R R+N Tratamentos

Figura 17. Sobrevivência dos indivíduos, por tratamento durante todo o experimento, letras iguais correspondem a ausência de diferença estatística (p=0,05). Detalhe das linhas de erro com os respectivos valores de erro padrão da média. N+M = náuplio + microverme; R = ração; R+N = ração + náuplio; N = náuplio.

(35)

Walford & Lam (1993 citado por Feiden 2006), afirmaram que o alimento inerte afeta a sobrevivência e o desenvolvimento pela incapacidade de digestão dos alimentos no início da alimentação exógena, pela composição e pelas características da ração.

Soares et ai. (2000) utilizaram cinco diferentes dietas na larvicultura do quinguio (Carassius auratus) e observaram um menor valor de biomassa e sobrevivência em indivíduos alimentados com plâncton e plâncton + ração, por outro lado, os indivíduos alimentados apenas com ração apresentaram 100% de mortalidade.

(36)

4. CONCLUSÃO

Os valores apresentados pelos tratamentos com a presença de náuplio de artêmia,mostraram que, para a espécie Corydora aeneus albina, este é o melhor recurso para a obtenção dos melhores resultados zootécnicos, quando comparado aos demais tratamentos, no entanto, pode-se fazer uso da ração como complemento quando necessário para redução dos custos, o presente estudo não mostrou resultados que indicassem diferenças com o uso do nemátodo Anguilula silusiai como alimento para a espécie.

Foram constatadas também, visualmente, melhores condições na aparência dos indivíduos que receberam náuplio e conseqüentemente pior aspecto nos animais dos aquários em que se utilizou somente de ração. Os dados de sobrevivência colaboraram com os aspectos citados, obtendo os maiores índices de mortalidade no tratamento em que o ganho em peso e comprimento foi menor e o aspecto dos peixes se mostrou inferior quando comparado aos demais tratamentos.

O sifonamento diário foi eficiente para manter a qualidade da água, os resultados físico-químicos mostraram que para as condições apresentadas não houve interferências na água de cultivo em virtude da administração dos diferentes tratamentos.

Ressalta-se a necessidade de maiores esforços na obtenção de dados que permitam a otimização do cultivo de inúmeras espécies ornamentais e, como se trata de uma variedade grande de animais distribuídos em diferentes famílias com diferentes requerimentos nutricionais, que as estratégias apresentadas neste trabalho sejam novamente testadas e discutidas em estudos posteriores.

(37)

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AXELROD, R.H.; WILLIAN, V. Encyclopedia of tropical fishes. T.F.H. Publications, Neptune City, 1995. p.174-179.

BEHR, E.R.; Tronco, A.P.; Neto, J.R. Ação do tempo e da forma de suplementação alimentar com artemia franciscana sobre a sobrevivência e o crescimento de larvas de jundiá. Ciência Rural, Santa Maria, v. 30, n. 3, p. 503-507, 2000.

BURGESS, W.E. Colored atlas of miniature catfishes: every species of corydoras, brochis e aspiridoras. Neptune City: T.F.H. Publications, 1992. 7-31, 66-72 p.

BRITTO, M.R. Phylogeny of the subfamily Corydoradinae Hoedeman, 1952 (Siluriformes: Callichthyidae), with a definition of its genera. Proceedings of the academy of natural sciences of Philadelphia, v. 153, p. 119-154, 2003. BRUTON, N.M. Alternative life-history strategies of catfishes. Aquat. Living Resour, v.9, p 35 — 41, 1996.

CAMARA, R.M. Biologia reprodutiva do ciclídeo neotropical ornamental Acará Disco, Symphysodon discus Heckel, 1940 (Osteichtyes: Peciloformes: Cichidae). 2004. 147f. Tese (Doutorado EM Ciências) — Centro de Ciências Biológica e da Saúde — Universidade Federal de São Carlos, São Paulo.

CAMARA, R.M. Biomassa de Artêmia na carcinicultura. Revista Panorama da Aquicultura, Rio de Janeiro, p.40-43, mar/abr 2004.

CHATTOPADHYAY, N.R.; MAZUMDER, B.; MAZUMDAR, B. Induced spawning of Pangasius sutchi with pituitary extract. Aquaculture Asia, v.7, n. 1, p 43-44, 2002.

DA SILVA, I.O.N. Sistema Super Intensivo de Criação de Peixes Ornamentais. Plano Supervisionado, Graduação, UFC, Ceará, 2007, 36p. FARIA, P.M.C. et al. Criação, manejo e reprodução do peixe Betta

splendens (Regan 1910). Revista Brasileira de Reprodução Animal, Belo

Horizonte, v.30, n.3/4, p.134-149, 2006.

FAO. The state of world fisheries and aquaculture. 2006. Disponível em: < http://www.fao.org/>. Acesso em: 02 dez 2008.

FAO. Ornamental fish. 2005. Disponível em: <http://www.fao.org/>. Acesso em: 01 dez 2006.

(38)

FERRARIS JR, C.J. Checklist of catfishes, recent and fossil (Osteichthyes: Siluriformes), and catalogue of siluriform primary types. Zootaxa, v. 1418, p. 4-11, 2007.

FISH BASE. Corydoras aeneus (gill, 1858) bronze corydoras.2009. Disponível em: <http: http://www.fishbase.org//>. Acesso em: 02 jan 2008. FRIEL, J.P.; VIGLIOTTA, T.R. Synodontis acanthoperca, a new species from the Ogiioué River system, Gabon with comments on spiny ornamentation and sexual dimorphism in mochokid catfishes (Siluriformes: Mochokidae). Zootaxa, v. 1125, p 4-11, 2006.

HAYASHI, C. et al. Uso de pláncton silvestre, fermento fresco e levedura desidratada na alimentação de larvas do cascudo chinelo, Loricariichthys platymetopon (Isbrüchen & Nijssen, 1979) (Osteichthyes, Loricariidae). Acta Scientiarum, Maringá, v. 24, n. 2, p. 541-546, 2002

LARA, R. et al. Cultivo del nematodo Panagrellus redivivus (Goodey, 1945) en um medio de avena enriquecida con Spirulina sp. Revista de Biologia Marina y Oceanografia, v.42, p. 29-36, 2007

LIMA, A.O. et al. Agronegócio de peixes ornamentais no Brasil e no mundo. Revista Panorama da Aquicultura, Rio de Janeiro, n.65, p.14-24, mai/jun 2001.

LUZ, R.K. Resistência ao estresse e crescimento de larvas de peixes neotropicais alimentadas com diferentes dietas. Pesquisa agropecuária brasileira, Brasília, v.42, n.1, p.65-72, jan. 2007

LUZ, R.K.; PORTELLA, M.C. Larvicultura de Trairão (Hoplias lacerdae) em Água Doce e Água Salinizada. Revista Brasileira. Zootecnia, v.31, n.2,

p.829-834, 2002

PERSAUD, D.I.; RAMNARINE, I.W.; AGARD, J.B.R. Trade-off between digestion and respiration in two airbreathing callichthyid catfishes Holposternum Iittorale (Hancock) and Corydoras aeneus (Gill). Environmental Biology of Fishes, v 76, p. 159-165, 2002.

KAATZ, I.M., LOBEL, P.S. Trade-off between digestion and respiration in two airbreathing callichthyid catfishes Holposternum littorale (Hancock) and Corydoras aeneus (Gill). Environment Biololy Fish, v.76: p.159-165, 2006.

KOHDA, M et al. Male reproductive success in a promiscuous armoured catfish Corydoras aeneus (Callichthyidae). Environmental Biology of Fishes, v 63, p. 281-287, 2002.

KOHDA, M et al. Sperm drinking by female catfishes: a novel mode of insemination. Environment Biololy Fish. v. 42, p.1-6, 1995.

(39)

REDONDO, P.N.; Dosta, C.M.; JARERO, J.R.; Evaluación de la calidad bacteriológica del alimento vivo (Artemia, Daphnia, Tenebrio y Tubifex)

para peces en los sítios de su recolección, producción y venta. Veterinaria México, v. 39, p. 255-268 (3) 2008.

REIS, R.E. Callichthyidae Armored Catfishes. Tolweb abr. 1996. Disponível em: < http://www.tolweb.org/Callichthyidae/15197> Acessado em: 3 mar 2009. SALES, J.; JANSSENS, G.P.J. Nutrient requirements of ornamental fish. Aquatic Living Resources, v.16, n.6, p. 533-540, 2003.

SANCHES, E.G. Instituto de Pesca estuda peixes ornamentais. INSTITUTO

DE PESCA jan. 2004. Disponível em:

<http://www.pesca.sp.gov.br/noticia.php?id_not=101>. Acessado em: 04 jan. 2009.

SOARES, C.M. et al. Plâncton, Artemia sp, dieta artificial e suas combinações no desenvolvimento e sobrevivência do quinguio

(Carassius auratus) durante a larvicultura. Acta Scientiarum, Maringá, v. 22,

n. 2, p. 383-388, 2000.

VICENTINI, I.B.F. et al. A Histological Study of the Seminal Vesicle of the Armoured Catfish Corydoras aeneus. Anat. Histol. Embryol, v. 36, p.111-115, 2007.

VIDAL-JUNIOR, M.V. Peixes ornamentais: Reprodução em Aquicultura. Revista Panorama da Aquicultura, Rio de Janeiro, n. 79, p. 21-27, set/out 2003. VIDAL-JUNIOR, M.V. A produção aqüicola de peixes ornamentais. In: VIII Ave Sui e III Sem. Aqui., Mari e Pesc. Aqui., 2007, Belo Horizonte, Minas Gerais: UFV, p. 62-74.

WALFORD, J.; LAM, T.J. Development of digestive tract and proteolytic enzyme activity in seabass (Lates calcifer) larvae and juveniles. Aquaculture, v.109, p.187-205, 1993.

WHITTINGTON, R.J.; CHONG, R. Global trade in ornamental fish from an Australian perspective: The case for revised import risk analysis and management strategies. Preventive Veterinary Medicine, v. 81, p. 92-116, 2007.

Referências

Documentos relacionados

Given the understanding observed on agile methods, practices that are being adopted by professionals and what they would like to adopt in their work routines, it was then asked

- Sampling site SS1 in Ave – a small lagoon located at the mouth of the river – showed a highly distinctive profile, with significantly higher levels of all trace elements.

As caixas de visita são um ponto fraco num sistema devido ao histórico do seu processo construtivo muito rudimentar e sem a existência de normas exigentes e pormenorizadas

Considera que é importante que os professores tenham experiência prática para poderem passar essa vivência aos alunos; os alunos também devem ter contacto com a prática durante

The company is responsible for training and raising the awareness of its employees from stores and warehouses about the concept of reverse logistics, about the entire associated

Technology, 2008. Yu, &#34;Problem-specific genetic algorithm for power transmission system planning,&#34; Electric Power Systems Research, vol. Gallego, et al., &#34;Transmission

E para opinar sobre a relação entre linguagem e cognição, Silva (2004) nos traz uma importante contribuição sobre o fenômeno, assegurando que a linguagem é parte constitutiva

Verificou-se ainda que: os adolescentes que recorreram por sua iniciativa ao tratamento têm maior probabilidade de ter sucesso; os adolescentes que tiveram sucesso comem porções