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TONS DA TERRA: INOVANDO O ENSINO DE QUIMICA ATRAVÉS DO COTIDIANO NA SALA DE AULA

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Academic year: 2021

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ISSN 2176-1396

DO COTIDIANO NA SALA DE AULA

Kesiane Oliveira Biase Adegas1 - IFAM Everlin Pereira Fernandes2 - IFAM Grupo de Trabalho - Didática: Teorias, Metodologias e Práticas. Agência Financiadora: não contou com financiamento Resumo

O presente trabalho denominado Tons da Terra - Inovando o Ensino de Química através do Cotidiano na Sala de Aula é um relato de experiência do projeto “Tons da Terra” desenvolvido, inicialmente no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas, IFAM, e posteriormente aplicado em uma Escola Pública de Manaus, no qual teve como objetivo apresentar alternativas metodológicas para professores do Ensino Médio, para o ensino de química a partir da utilização de materiais do cotidiano do aluno. para fundamentação teórica do mesmo utilizamos diferentes autores que abordam a referida temática, tais como: Souza e Oliveira (2005); Silva ( 2007); Trevisan e Martins, (2006); Lobato (2007); Bizzo (2002), dentre outros. Este trabalho ressalta a importância do Ensino da Química no ensino regular, correlacionando assim à ciência e o cotidiano na vida dos alunos de forma simples e lúdica, mostrando sua importância na sociedade a partir de fatores existentes no contexto educacional, e o que pode influenciar no processo de ensino aprendizagem. Desperta o interesse no processo de construção do conhecimento, faz com que o mesmo tenha uma busca investigativa no processo de compreensão dos conteúdos químicos. Isso pode ser conseguido por meio de experimentos simples do dia-a-dia. O projeto seguiu as seguintes etapas: aprofundamento teórico da temática; apresentação dos solos como fonte principal, o passo a passo da produção da tinta e por fim a aplicação das tintas em sala de aula. Foi feita também o uso das tintas em telas e tecidos utilizados em pinturas de bolsas de tecidos, posteriormente posto para revenda a fim de obter retorno financeiro para o projeto. A partir da aplicabilidade do projeto observamos que, além do grande interesse pelo projeto, os alunos foram receptivos, houve uma interação entre outros mostrando os bons resultados alcançados.

Palavras-chave: Ensino de Química. Tons da terra. Aprendizagem.

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Discentes do Curso de Licenciatura em Química: Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Amazonas (IFAM). Email: kesy_biase@hotmail.com

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Discentes do Curso de Licenciatura em Química: Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Amazonas (IFAM). Email: everlinpereira@live.com.

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Introdução

O presente trabalho teve inicio, a partir de um projeto de extensão realizado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas, IFAM, em que tem como objetivo ensinar aos alunos do Curso de Química uma fórmula divertida e lúdica para aprender a disciplina, levando os mesmos produzir tinta ecológica com tecnologia social simples e de baixo custo.

Após a realização do mesmo em sala de aula, decidiu-se socializar o conhecimento com alunos da educação básica levando assim o projeto para uma Escola Pública de Manaus, no qual teve como objetivo apresentar alternativas metodológicas para professores do Ensino Médio na disciplina de Química.

A proposta de Educação dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs procura valorizar a realidade social e a vivência prática do estudante com a finalidade de utilizar conhecimentos do dia-a-dia em conhecimentos sistematicamente elaborados.

Assim sendo o conhecimento se refaz na medida em que é transmitido, assimilado e transformado na interação entre os sujeitos que dele fazem parte. (SOUZA e OLIVEIRA; 2005).

Nesse sentido o ensino de química não poderia ser diferente, pois muitas vezes fica-se exposto aos conteúdos teóricos que pouco tem a ver com a realidade do aluno, apesar de termos à nossa disposição meios que poderiam facilitar a compreensão e contribuir nas atividades cotidianas.

Como se sabe, a escola é lugar que tem como função social a transmissão do saber historicamente acumulado e, dessa forma, deve ser o lugar onde os alunos possam sanar suas dúvidas e assimilar aquilo que não sabem, pois é para isso que vão até ela.

Dessa forma, a educação escolar, ocorrida nesse espaço, também chamada de educação formal, deve subsidiar o aluno em seu pleno desenvolvimento, conforme estabelece a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, - LDB 9394/96 em seu artigo Art. 2º. “A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. (BRASIL, 1996. p.25).

Entende-se que a Escola sofre alterações quando são incluídas ações que envolvem o cotidiano do aluno que resulta de procedimentos e condições dos envolvidos, uma vez que a

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“escola prepara, instrumentaliza e proporciona condições para construção da cidadania para a formação do cidadão crítico, sujeito de sua própria história”. (SILVA, 2007, p.13).

A partir do contexto acima apresentado, verifica-se a necessidade de falar em educação química, priorizando o processo ensino-aprendizagem de forma contextualizada, ligando o ensino formal aos acontecimentos do cotidiano do aluno, para que estes possam perceber a importância socioeconômica da química, numa sociedade avançada em sentido tecnológico. (TREVISAN e MARTINS, 2006).

Porém, entendemos nem sempre o professor está preparado para atuar de forma interdisciplinar, relacionando o conteúdo com a realidade dos alunos. Os livros didáticos podem ser, e são na maioria das vezes, utilizados como único instrumento educacional que auxiliam os educadores a organizarem suas ideias, assimilar os conteúdos e proceder à exposição aos alunos tornando dessa forma, as aulas que são um processo único de troca de experiência e aprendizagem mútua de professor e aluno, em momentos estafantes e desmotivadores. (LOBATO, 2007.pg 05).

Partindo-se de uma concepção de que a química é um conhecimento dinâmico e tem uma intensa relação com o cotidiano, o ensino da disciplina química no ambiente escolar reflete a necessidade de propostas para o Ensino Médio que dimensionem a renovação pela qual passa essa área do conhecimento.

Nesse sentido, Silva (2007. p.32) afirma que:

É preciso transformar a vida de sala de aula e da escola, de modo que possam vivenciar-se práticas sociais e intercâmbios acadêmicos que induzam à solidariedade, à colaboração, à experimentação compartilhada, assim como o outro tipo de relações com o conhecimento e a cultura que estimulem a busca, o contraste, a crítica, a iniciativa e a criação.

A química no processo de ensino e aprendizagem deve ser apresentada sempre valorizando seu caráter experimental, aonde através de suas aulas práticas representaram suas teorias e leis, trazendo assim significado para o aprendizado dos alunos.

Quando não há a articulação dessas atividades, os mesmos se tornam irrelevantes e pouco contribuirão para o desenvolvimento cientifico dos educandos.

O domínio dos fundamentos científicos hoje em dia é indispensável para que se possa realizar tarefas tão triviais como ler um jornal ou assistir à televisão. Da mesma forma, decisões a respeito de questões ambientais, por exemplo, não podem prescindir da informação científica, que deve estar ao alcance de todos. (BIZZO, 2002, p.4).

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A química está presente em todas as atividades que exercemos no dia a dia, desde a hora em que acordamos até a hora em que vamos voltar para o sono.

Para Lefebvre (2000, p. 112): “os espaços sociais consistem em pensar nos espaços vivido, percebido e concebido, pois é neles que praticamente acontece a vida cotidiana. O espaço vivido caracteriza-se por momentos do dia a dia do indivíduo, sendo esse também marcado pela prática social”.

O ensino de química por muito tempo vem sendo repassado somente como transmissão de conceitos, no entanto, muitas teorias vêm sendo construídas subsidiando profissionais da educação com novos métodos e metodologias a fim de proporcionar aos estudantes um ensino mais dinâmico, por meio de diferentes recursos didáticos como, jogos, textos geradores contextualizados e também objetos do dia-a-dia que o meio nos oferece.

Quando o estudo da Química faculta aos alunos o desenvolvimento paulatino de uma visão crítica do mundo que os cerca, seu interesse pelo assunto aumenta, pois lhes são dadas condições de perceber e discutir situações relacionadas a problemas sociais e ambientais do meio em que estão inseridos, contribuindo para a possível intervenção e resolução dos mesmos. (SILVA, 2007, p.23).

Com base na afirmação de Silva, o ensino de química dialogado a partir de objetos do cotidiano do estudante, proporciona um novo conhecimento mais critico e contextualizado da realidade do mesmo, contribuindo para seu desenvolvimento integral, pois dessa forma se faz necessário uma proposta que possa contribuir para uma mudança no Ensino Tradicional, e um bom exemplo, é usar atividades lúdicas de acordo com o que o cotidiano oferece, de preferência com materiais de baixo custo.

O presente trabalho está dividido em três partes sendo na primeira uma breve fundação teórica sobre a temática apresentando a importância da produção de tintas a partir de diferentes tipos e cores de solos.

Em seguida, apresentamos como ocorreu a metodologia do projeto e, posteriormente apresentamos os resultados do projeto.

Entendendo os Tons da Terra

A história nos mostra que nossos ancestrais utilizavam plantas, sangue, argila, entre outros pigmentos naturais para representar seu dia-a-dia através das pinturas.

Em mesmo com a evolução da humanidade e das tecnologias, a sociedade ainda utiliza algumas dessas técnicas para pinturas no corpo, em telas, vasos e outros objetos. Como

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exemplos: os índios, que utilizam até hoje urucum, argilas e carvão para pinturas em seus utensílios e corpos.

Para Carvalho (2009, p.03):

Tinta é uma mistura de pigmentos, líquidos e adesivos ou colas. Os pigmentos dão cor, enquanto os líquidos e adesivos servem para dar fluidez e a viscosidade necessárias para transportar e fixar os pigmentos nas superfícies. Há vários tipos de pigmentos, líquidos e adesivos que podem ser utilizados na produção de tintas. Os pigmentos e adesivos podem ser de origem mineral, animal, vegetal ou sintética, enquanto os líquidos podem ser água, óleos ou solventes.

A terra, como pigmento natural, vem sendo utilizada para a fabricação de tintas desde os primórdios. A diversidade de cores que encontramos no solo é o resultado de um complexo e demorado processo, a pedogênese, ou seja, os fatores de formação e os processos de adição, perda, transporte e transformação do solo.

Segundo Lima (2007, p. 18)

As cores formadas a partir dos solos podem ser consideradas como uma propriedade muito importante. Podem apresentar várias cores, tais como: preto, vermelho, amarelo, acinzentado, etc. Dependem não só da origem, mas também da paisagem em que se está o solo no momento, do conteúdo de matéria orgânica e outros fatores.

Segundo Cruz (s/d. p 03), diante a gama de cores encontradas em diferentes tipos de solo, as tintas feitas com esses pigmentos naturais são obtidas, principalmente, através da terra verde e dos ocres. Segundo Cruz (s/d):

A terra verde é a designação aplicada a um conjunto de pigmentos que devem a sua cor a minerais argilosos de cor verde como a celadonite, a glauconite e a clorite. [...] Provavelmente teve na época Romana a sua maior utilização, pois é um pigmento especialmente adequado a pintura mural, devido a sua grande estabilidade química e tonalidade.

Partindo desse princípio, foi pensando na elaboração das tintas de solo, que teve início com um projeto de extensão universitário do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas, IFAM, apresentado em uma Escola Pública de Manaus, na qual utilizava o solo como fonte de fabricação de tintas.

O Projeto teve como título “Tons da Terra” e foi desenvolvido com o objetivo a produção de tintas a partir de diferentes solos, retirados de pontos diferentes de Manaus, com a participação de vários alunos.

Várias foram às etapas seguidas para a realização do projeto como: a pesquisa bibliográfica, a busca dos solos específicos, a produção e aplicação na Escola.

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Metodologia

Tendo em vista os resultados adquiridos com a realização do Projeto realizado no IFAM, decidiu-se aplicar o referido projeto em uma Escola Estadual da Cidade de Manaus, atendendo alunos e professores da referida instituição escolar, onde de forma lúdica, foi possível informar aos estudantes e professor uma nova maneira de aprender Química, levando-os a produzir tinta ecológica com tecnologia social simples e de baixo custo, com diferentes tipos de solos, e outros materiais de fácil acesso, e que posteriormente foi ensinado onde e como aplicar.

De acordo com Lutfi (1988, p. 25):

Uma prática pedagógica baseada na utilização de fatos do dia-a-dia para ensinar conteúdos científicos pode caracterizar o cotidiano em um papel secundário, ou seja, o cotidiano serve como exemplificação ou ilustração para ensinar conhecimentos químicos.

Para a realização deste trabalho, partimos de uma pesquisa bibliográfica, baseada em autores com Lutfi (1988), Bizzo (2002), dentre outros.

Posteriormente realizamos a aplicação do projeto na Escola e em seguida a análise dos resultados do projeto exposto.

As tintas produzidas surgiram de amostras de solos com diferentes cores, oriundas de diferentes camadas; utilizam-se potes plásticos com tampa (que podem ser reaproveitados, como potes de requeijão, maionese, entre outros, ou copos medidores); cola branca (PVC); peneiras de uso caseiro; colher e água.

A mistura é feita a olho nu, porém, é preciso dosar aos poucos para garantir uma boa consistência.

A aplicação do Projeto na escola foi dividida em etapas, sendo assim:

Explanação do conteúdo falando da importância do solo, suas substâncias e seu uso; Exposição dos materiais usados, a apresentação dos solos como fonte principal;

Instruções para a aplicação das diferentes tintas apresentadas em telas, tecidos, papel e madeira entre outros, deixando claro como as cores são visíveis nos solos apresentados;

E por final, a culminância do projeto que se deu a partir da customização de pinturas em bolsas pelos alunos da escola, utilizando as tintas produzidas e posteriormente colocadas à venda fomentando dessa forma a continuidade do projeto.

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Figura 1: Explanação de como era produzido as tintas.

Fonte: Os autores.

Etapa 2:

Figura 2: Produção das tintas pelos alunos.

Fonte: Os autores.

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Figura 3: Realização de pinturas.

Fonte:Os autores.

Etapa final:

Figura 4: Bolsas produzidas com as tintas e pinturas realizadas pelos alunos.

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Resultados e Discussões

A partir da realização do projeto percebemos, por meio da observação em sala de aula na atividade da professora e em conversa com os alunos, que o projeto Tons da Terra despertou um grande interesse por parte de toda parte docente e discente que participaram do projeto. Os mesmos foram participativos e entenderam a química do solo por meio do método lúdico aplicado durante o projeto. Entenderam que, além do baixo custo, os produtos adquiridos através dos solos não são tóxicos, tem uma alta durabilidade, boa fixação e pode ser aplicadas em superfícies lisas, madeiras, bem como em tecidos e, dessa forma, podem produzir a tinta em casa e utilizar em suas casas.

De acordo com Cruz (s/d. p 12), atualmente são oito as cores básicas de solo que quando misturada podem gerar várias outras cores. Há ainda uma diferença entre pigmentos naturais e pigmentos artificiais. Para o autor:

Os pigmentos utilizados em pintura podem ser classificados de várias formas uma das quais corresponde à sua divisão entre pigmentos naturais e pigmentos artificiais. Um pigmento é natural se é obtido diretamente da natureza, sendo apenas sujeito a processos de purificação de natureza física que permitem separar o material de que se aproveita a cor dos outros materiais a que surge associado. Atendendo à composição inorgânica dos pigmentos, é um material com origem mineral. Evidentemente, um pigmento artificial é obtido através de reações químicas, quer a partir de materiais mais simples (pigmento sintético) quer por decomposição de materiais mais complexos.

A partir da afirmação do autor, entendemos a importância dos pigmentos naturais para produção de tinta, tornando dessa forma, a produção de tinta mais acessível às comunidades sociais de baixo poder aquisitivo.

Segundo Carvalho (2009, p.05):

A atividade relacionada com os solos, desde a elaboração até sua aplicação na arte, desenvolvem o papel de um recurso didático excelente para apreensão dos conteúdos e permitem estabelecer conexões entre o uso do solo, como podemos conservá-lo ou então, como podemos fazer uso desse recurso natural, entendendo suas fragilidades e potencialidades.

Das pinturas prontas em tecidos, foi possível trabalhar na obtenção de bolsas artesanais, a fim de haver retorno financeiro para o projeto, para compras de mais materiais para futuras aplicações do projeto.

Durante as aulas, foi possível observar que é de fundamental importância que a teoria esteja correlacionada com a prática, para que os alunos tenham maior rendimento. A partir

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desta pesquisa, a química passou a ser vista de forma diferente, principalmente pelos professores que ali já ministravam e não observam o lado dificultoso de entender o conteúdo dos alunos, tornando assim as aulas, mas contextualizada com a realidade do aluno.

O presente projeto despertou a visão de que o Ensino de Química pode ser estimulado à criatividade, a autonomia e o gosto pela Ciência. A partir da entrevista realizada com os alunos, muitos foram os depoimentos apontando para o resultado positivo do projeto que mostram a importância e utilização dos conhecimentos adquiridos durante a realização do mesmo, tais como:

“iremos transmitir o conhecimento adquirido” (ALUNO 1)

“vamos pintar por conta própria nossas residências” (ALUNO 2) “ é um material como fonte de renda” (ALUNO 3)

“vamos sugerir ideias para pintores afim de evitar mortes por excesso do contato com o produto químico”. (ALUNO 4)

Os depoimentos acima comprovam os resultados positivos do projeto tanto em relação ao processo de aprendizagem de química, como também como no aspecto social, e relevância do conhecimento formal adquirido no interior da escola, uma vez que o estudante leva para sua vida esses conhecimentos adquiridos na escola.

Considerações Finais

O projeto Tons da Terra foi de grande relevância social e acadêmica para os participantes do mesmo. Em sentido acadêmico, nos proporcionou um grande conhecimento sobre novos métodos e recursos para o ensino de Química quando da nossa atuação na prática pedagógica, uma vez que, como futuros docentes, entendemos que os diferentes recursos didáticos são ferramentas fundamentais para o melhor desenvolvimento do processo de ensino.

Em sentido social, subsidiou a comunidade escolar um novo jeito de trabalhar e entender os conhecimentos químicos a partir de recursos do dia-a-dia, pois a Química tem se tornado um papel essencial na sociedade, uma vez que se constitui em uma ciência que apoia sua teoria em experimentações científicas, tendo em vista que a maioria das aulas hoje se

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constitui de práticas experimentais, mesmo que nem sempre utilizadas com recursos do dia-a-dia do estudante.

A contextualização no ensino de química deve, além de aumentar o interesse do educando pela temática, fazer com que observem como a química está presente em sua vida, sendo, assim, capaz de formar pessoas que participem ativamente de uma sociedade em constante evolução que saiba utilizar desses recursos em busca de novos conhecimentos, uma vez que com o agravamento dos problemas ambientais ora existentes na sociedade contemporânea é cada vez mais urgente a formação de uma sociedade que se preocupe e atue para a manutenção da espécie humana por meio da conservação e preservação do meio ambiente.

Contudo, todo conhecimento ao ser construído, precisa inicialmente ser entendido e ter significado na vida do aprendiz, por isso se torna importante que os professores apresentem de forma significativa à importância que a Química representa para os seres vivos, e como estes estão inseridos no nosso cotidiano das mais diversas maneiras.

Uma maneira de promover esta contextualização entre a disciplina e o cotidiano dos alunos é associar o conteúdo destes com o que é visto em sala de aula, pois as mesmas se tornarão mais atrativas, com possibilidade de absorção dos conteúdos com facilidade.

Vale ressaltar a investigação como forma básica de ensino, onde é visualizado o processo de ensino-aprendizagem do aluno, visando verificar a evolução do mesmo identificando as dificuldades e procurando solucionar sempre em busca de inovação no ensino e contextualizando com o cotidiano do mesmo.

O projeto Tons da Terra facilitou maior esclarecimento quanto ao conhecimento de Química para os que ali participavam. Foi possível aproximar a Química do cotidiano dos educandos, que passaram a entender que o aprendizado de química vai além do conhecimento dos elementos químicos, mas identificar os elementos químicos que compõe o solo.

REFERÊNCIAS BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação - Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

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CRUZ, A. J. Os pigmentos naturais utilizados em pintura. Departamento de Arte,

Arqueologia e Restauro, Instituto Politécnico de Tomar, Quinta do Contador, Estrada da Serra – Portugal. Disponível em:< http://ciarte.no.sapo.pt/textos/html/pnaturais.html>. Acesso em: 05 agosto. 2015.

LEFEBVRE, H. La produción de l’espace. 4. ed. Paris: Anthropos, 2000.

LIMA, M. R. Noções de morfologia do solo. In: O solo no meio ambiente: abordagem para professores do ensino fundamental e médio e alunos do ensino médio. UFPR – Departamento de Solos e Engenharia Agrícola. Curitiba, 2007.

LOBATO, A., C., A abordagem do efeito estufa nos livros de química: uma análise crítica. Monografia de especialização. Belo Horizonte, 2007, CECIERJ.

LUTFI, M. Cotidiano e educação em química: os aditivos em alimentos como proposta para o ensino de química no 2º grau. Ijuí: Unijuí, 1988.

SILVA, E.L.da. Contextualização no Ensino De Química: Ideias e Proposições De um Grupo de Professores. São Paulo: 2007.

SOUZA C. M.; OLIVERA, H. Interdisciplinaridade para além da filosofia do sujeito. São Paulo: Vozes, 2005.

TREVISAN, T. S. e MARTINS, P. L. O. A prática pedagógica do professor de química: possibilidades e limites. UNIrevista. Vol. 1, n° 2 : abril, 2006.

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