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CIA. DE FIAÇÃO E TECIDOS CEDRO E CACHOEIRA COMPANHIA ABERTA CNPJ/MF Nº / NIRE

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CIA. DE FIAÇÃO E TECIDOS CEDRO E CACHOEIRA

COMPANHIA ABERTA

CNPJ/MF Nº 17.245.234/0001-00 NIRE 31.300.044.254

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANUAIS COMPLETAS - 2020

• Relatório da administração;

• Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações

Financeiras;

• Demonstrações Financeiras – individuais e consolidadas;

• Proposta de orçamento de capital;

• Declaração dos diretores que reviram, discutiram e concordam

com as opiniões expressas no parecer dos auditores

independentes;

• Declaração dos diretores de que reviram, discutiram e concordam

com as demonstrações financeiras.

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Prezados acionistas, clientes, fornecedores e parceiros da Cedro Têxtil.

Em conformidade com as disposições legais e estatutárias apresentamos o Relatório Anual da Administração e as Demonstrações Financeiras relativas ao ano de 2020.

O Exercício de 2020 pode ser classificado como um dos mais – se não o mais – desafiador da longa história da Companhia. Se por um lado exigiu esforços nunca vistos para a superação dos obstáculos que se sucederam, por outro proporcionou a demonstração de resiliência da Companhia.

Iniciando com um primeiro bimestre dando continuidade à tendência de recuperação iniciada no segundo semestre do ano anterior, 2020 parecia confirmar as expectativas nele depositadas, com as metas estabelecidas no orçamento sendo superadas já nos dois primeiros meses.

Entretanto, logo após a decretação da pandemia da Covid-19, os efeitos de desaceleração começaram a ser percebidos. A partir daí, notadamente após o fechamento do varejo de vestuário, uma sucessão de eventos adversos foram se sucedendo: clientes cancelavam pedidos, devolviam produtos entregues, não conseguiam pagar os tecidos entregues, o crédito sumiu da praça. Enfim, caótica situação que demandou medidas enérgicas, focadas primordialmente na segurança dos trabalhadores e na preservação do caixa. Foi criado um Comitê de Crise para discutir as medidas e coordenar sua implementação.

Após os meses de abril e maio, em que a queda da receita em relação ao esperado se aproximou de 70%, obrigando à paralisação total da produção de uma das fábricas e redução das demais, o mercado esboçou reação. Inicialmente tímida, foi se acelerando e possibilitou a gradual retomada da produção, culminando em setembro com o atingimento da utilização plena da capacidade produtiva.

O ano encerrou de forma surpreendentemente positivo – dada a magnitude da recessão – de tal forma que o último trimestre foi o melhor quarto trimestre da história da Companhia. Isso não foi suficiente, entretanto, para a recuperação total das vendas não realizadas durante o período mais agudo: a Receita Bruta de Vendas em 2020 foi cerca de 8% inferior à do ano anterior. Mesmo assim, o lucro bruto avançou 36% e o endividamento líquido total (incluindo as operações de cessão de recebíveis) foi reduzido em 13,2%.

Com tantas adversidades enfrentadas, pode-se afirmar que a Companhia saiu vitoriosa. Pelo apoio e confiança depositados, agradecemos aos colaboradores, clientes, acionistas, fornecedores e demais stakeholders.

Fabiano Soares Nogueira

Presidente do Conselho de Administração Marco Antônio Branquinho Junior Diretor-presidente

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3 Tabela 1: Principais indicadores do quarto trimestre de 2020 – Consolidado

4T20 4T19 Evolução

R$ mil AV R$ mil AV 19 – 20

Receita bruta de vendas (RBV) 245.363 207.092 18,5% Receita líquida de vendas (RLV) 210.632 100,0% 177.651 100,0% 18,6% Lucro bruto (LB) 35.176 16,7% 24.152 13,6% 45,6% Lucro da atividade (EBIT) 13.134 6,2% (787) -0,4% -1.768,9% Resultado líquido (LL) 3.737 1,8% (13.398) -7,5% -127,9%

EBITDA 17.579 8,3% 3.976 2,2% 342,1%

Tabela 2: Principais indicadores acumulados em 2020 – Consolidado

2020 2019 Evolução

R$ mil AV R$ mil AV 19 - 20

Rec. bruta de vendas (RBV) 728.655 792.962 -8,1% Rec. líq. de vendas (RLV) 618.625 100,0% 677.334 100,0% -8,7% Lucro bruto (LB) 103.689 16,8% 76.134 11,2% 36,2% Lucro da atividade (EBIT) 1.139 0,2% 15.708 2,3% -92,7% Resultado líquido (LL) (45.920) -7,4% (13.885) -2,0% 230,7%

EBITDA 18.984 3,1% 36.051 5,3% -47,3%

O ano de 2020 ficará marcado, como não poderia deixar de ser, como mais um ano de imensos desafios enfrentados pela Companhia, que pôde, também, reforçar demonstração de sua capacidade de resiliência. O enfrentamento da pandemia da Covid-19 demandou esforços inéditos de superação de desafios igualmente sem precedentes.

Os indicadores tradicionalmente utilizados para medir a expectativa da atividade econômica indicavam, no início de 2020, um ano de recuperação. O Boletim Focus apontava para crescimento de 2,3% do PIB. Já o Índice de Confiança Empresarial, calculado pela Fundação Getúlio Vargas, encerrava 2019 em seu mais elevado patamar, de 97,1 pontos. Tais expectativas se confirmaram na Companhia: as receitas no primeiro bimestre foram recorde para esse período e as fábricas retomaram a produção à sua capacidade total.

Entretanto, com a decretação da pandemia, a restrição à mobilidade e o fechamento do varejo de vestuário reduziram drasticamente as vendas, levando a Administração a tomar duras medidas para contrapor ao quadro, tais como paralisação ou redução das atividades fabris, decretação de home office para as atividades administrativas, negociação de prazos junto a fornecedores, bancos e fundos de investimentos. Houve a formação de um Comitê de Combate à Crise, formado pela Diretoria e com representantes das áreas industrial, de recursos humanos e jurídica. A Companhia lançou mão no período dos permissivismo estabelecidos pela MP 936, com suspensão de contratos de trabalho e redução proporcional de jornada e salários, o que evitou fazer ajustes no quadro de pessoal. Do ponto de vista dos clientes, houve expressiva alta na inadimplência.

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progressivamente se acelerando, ao ponto de finalizar o trimestre novamente muito próxima da capacidade plena. Nesse primeiro momento, em que a retomada estava mais forte que a capacidade de produção, o atendimento às vendas foi complementado com os estoques já formados, não demandando capital de giro extra.

No último trimestre, a maior utilização da capacidade, aliada ao aquecimento de mercado, que possibilitou realinhamento de preços adequado à elevação dos custos, permitiram combinação de aumento de receita (foi 18,5% maior) e recuperação de margem bruta (3,1 p.p.). Como consequência, houve maior formação de lucro bruto, que foi 45,6% superior ao do 4T19, reversão de perda para ganho no Lucro da Atividade e no Lucro Líquido e expansão superior a 300% na geração de caixa medida pelo Ebitda. Ao final do período, as fábricas rodavam à plenitude, as vendas se mantinham aquecidas (foi o melhor 4º trimestre da história da Companhia), a inadimplência dos clientes havia retornado a patamares normais. Entretanto, o impacto contábil produzido pela menor produção, principalmente no segundo trimestre, não pôde ser revertido ainda durante o exercício e a despesa com paralisação de fábricas foi a principal responsável pelo prejuízo na última linha.

Receitas Bruta e Líquida de Vendas (RBV e RLV)

Com uma adequada combinação de preço e produto, foi possível vender toda a produção e ainda recompor preços, aliviando a elevação de custos produzida pela alta de insumos. Esta, por sua vez, ocorreu preponderantemente em função da desvalorização da moeda e de um certo gap na cadeia de suprimentos. Assim, a Companhia apresentou RBV de R$245,4 milhões, o que representou alta de 18,5% em relação ao mesmo trimestre de 2019 e de 27,6% quando comparada ao 4T18. A grosso modo, pode-se dizer que a origem do crescimento da RBV foi igualmente dividida por aumento do volume vendido e pelo crescimento dos preços de venda.

A RBV do quarto trimestre foi a maior não só da série de 9 trimestres exibida no Gráfico 1, a seguir, como também foi a maior RBV em qualquer trimestre da Companhia. Demonstra consistência na trajetória da recuperação iniciada no terceiro trimestre.

O Gráfico 1, abaixo, apresenta a evolução da RBV, trimestral (nas barras) e em quatro trimestres (nas linhas), desde o último trimestre de 2018.

A participação das exportações na RBV foi mantida a mesma de 2020, de 4,5% (4,6% em 2019).

A Receita Líquida de Vendas teve variação semelhante à RBV e as razões para as variações desta também se aplicam a ela.

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5 Rentabilidade bruta

A maior utilização da capacidade de produção proporcionou melhor diluição dos custos fixos.

Além disso, o ambiente do mercado. O lucro bruto resultante foi de R$103,7 milhões, 36,2% superior ao de 2019 (quando foi de R$76,1 milhões). A margem bruta de 16,8%, foi 5,6 pontos percentuais superior à do mesmo período de 2019 (11,2%). Vale lembrar que os efeitos da redução da produção não são lançados no CPV, e sim em linha específica dentro de “Outras Despesas Operacionais”, comentado adiante.

Vale chamar a atenção para sua trajetória de ascensão com o passar dos meses. Resultado da Atividade e Resultado Líquido

Na análise trimestral, o Ebit (sigla em inglês para o Lucro da Atividade) voltou ao terreno positivo (R$13,1 milhões ante a R$0,8 milhão negativos no 4T19), visto que não houve despesas extraordinárias significativas, o lucro bruto foi maior e não houve alterações nas despesas ordinárias, relativamente à RLV.

199, 4 158, 9 209, 8 217, 2 207, 1 18 9, 0 98, 9 195, 4 245, 4 768,3 757,4 772,4 785,3 793,0 823,0 712,1 690,3 728,6 4T18 1T19 2T19 3T19 4T19 1T20 2T20 3T20 4T20

Trimestre Acum. 4 trimestres

18,4% 12,0% 11,2% 16,8% 2017 2018 2019 2020

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mesmo com avanço da margem bruta. A expansão de 36,2% no Lucro Bruto não foi suficiente para suportar o lançamento contábil da ociosidade da produção em função da pandemia (R$26,6 milhões). Desta forma, houve retração de 92,7% no Ebit.

Ressalte-se que a comparação do Ebit dos exercícios de 2019 e 2020 é prejudicada pelo fato de cada um deles apresentar um valor significativo, mas não recorrente: em 2020, a já mencionada despesa com ociosidade e em 2019 há R$27,2 milhões de outras receitas operacionais, decorrentes do trânsito em julgado da ação de exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins da controlada Cia. Santo Antônio. Se fosse possível abstrair os efeitos extraordinários de ambos os exercícios, o Ebit de 2019 teria sido negativo em R$11,5 milhões e o de 2020, positivo em R$27,7 milhões.

A composição das despesas está descrita na Tabela 3.

Tabela 3: Despesas com vendas, despesas administrativas, outras receitas e despesas operacionais (em R$ milhões):

2020 2019 Diferença

R$ milhões %

Despesas com vendas (42,2) (44,8) 2,6 -5,8%

Despesas administrativas (33,6) (31,2) (2,4) 7,7%

Outras receitas (despesas) operacionais (26,8) 15,6 (42,4) -271,8%

Total (102,6) (60,4) (42,2) 69,9%

Tabela 4: Despesas financeiras líquidas

2020 2019 Diferença R$ % Receitas financeiras 4,7 39,9 (35,2) -88,2% Despesas financeiras (47,3) (59,4) 12,1 -20,4% Variações cambiais (3,9) (0,7) (3,2) 457,1 %

Despesas financeiras líquidas (46,5) (20,2) (26,3) 130,2%

Assim como no Ebit, também as receitas financeiras de 2019 receberam impacto positivo da vitória na ação para a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins. Dos R$39,9 milhões apresentados, R$34,0 milhões são em função da atualização do valor nominal da ação judicial. Portanto, para comparação correta das despesas financeiras líquidas de 2020, de R$46,5 milhões, é com R$54,2 milhões, o que representa uma redução de 14,2%.

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7 Depois de cinco trimestres no negativo, o 4T20 marca o retorno à lucratividade na última linha do Demonstrativo de Resultados. Não tendo havido no período efeitos extraordinários que impactassem positiva ou negativamente, pode-se deduzir que se trata do elemento que faltava na consolidação da recuperação dos números da Companhia.

Pelas razões já expostas, o mesmo não ocorreu com valor acumulado durante todo o ano de 2020, o que não invalidada a afirmação de que a Companhia demonstrou sua capacidade de resiliência ao enfrentar um dos anos mais desafiadores de sua longa existência.

Geração de caixa (EBITDA)

Da mesma forma que o Ebit, o Ebitda precisa ser ajustado, retirando os efeitos não recorrentes. No caso do valor de 2019, o efeito do ganho da ação judicial do ICMS e no de 2020, as despesas com ociosidade. Os valores do Ebitda recorrente, que são comparáveis entre si, são:

2020: R$45,6 milhões 2019: R$8,9 milhões 36, 5 -20, 5 30, 0 -10, 0 -13, 4 -12, 1 -29, 9 -7, 6 3, 7 27,6 6,9 36,5 36,1 -13,9 -5,6 -65,5 -63,1 -45,9 4T18 1T19 2T19 3T19 4T19 1T20 2T20 3T20 4T20

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A conciliação com o resultado líquido, ajustada pelos valores não recorrentes, evidencia o crescimento do Ebitda em 2020 (vide Tabela 5).

Tabela 5: Reconciliação do EBITDA com o resultado líquido – consolidado (R$ mil):

31/12/2020 31/12/2019

R$ mil R$ mil

Resultado líquido do exercício (45.920) (13.885)

(-) Resultado financeiro 46.496 20.216 (-) Imposto de renda e contribuição social 563 9.377 (-) Depreciação e amortização 17.845 20.343

EBITDA 18.984 36.051

(+ -) Despesas e receitas operacionais não recorrentes 26.647 (27.199)

EBITDA RECORRENTE 45.631 8.852

O EBITDA é uma medida não contábil utilizada para análise da geração de caixa operacional

31, 8 -1, 2 24,2 9, 1 4, 0 6,9 -13, 3 7,8 17 ,6 62,3 47,2 57,4 63,9 36,1 44,2 6,7 5,4 19,0 4T18 1T19 2T19 3T19 4T19 1T20 2T20 3T20 4T20

Trimestre Acum. 4 trimestres

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Fax (55 31) 3261 7273 - Savassi - Belo Horizonte - MG www.bdo.com.br 30130-141

‘’BDO RCS Auditores Independentes, uma empresa brasileira da sociedade simples, é membro da BDO Internacional Limited, uma companhia limitada por garantia do Reino Unido, e faz parte da rede internacional BDO de firmas-membro independentes. BDO é nome comercial para a rede BDO e cada uma das firmas da BDO.

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RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS INDIVIDUAIS E CONSOLIDADAS

Aos

Administradores e Acionistas

Cia. de Fiação e Tecidos Cedro e Cachoeira Belo Horizonte - MG

Opinião sobre as demonstrações financeiras individuais e consolidadas

Examinamos as demonstrações financeiras da Cia. de Fiação e Tecidos Cedro e Cachoeira (“Companhia”), identificadas como controladora e consolidado, respectivamente, que compreendem os balanços patrimoniais em 31 de dezembro de 2020 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis.

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e contábil, individual e consolidada, da Cia. de Fiação e Tecidos Cedro e Cachoeira em 31 de dezembro de 2020, o desempenho individual e consolidado de suas operações e os seus respectivos fluxos de caixa individuais e consolidados para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB).

Base para opinião sobre as demonstrações financeiras individuais e consolidadas

Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras, individuais e consolidadas”. Somos independentes em relação à Companhia, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

Principais assuntos de auditoria

Principais assuntos de auditoria são aqueles que, em nosso julgamento profissional, foram os mais significativos em nossa auditoria do exercício corrente. Esses assuntos foram tratados no contexto de nossa auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas como um todo e na formação de nossa opinião sobre essas demonstrações financeiras individuais e consolidadas e, portanto, não expressamos uma opinião separada sobre esses assuntos. Determinamos que os assuntos descritos abaixo são os principais assuntos de auditoria a serem comunicados em nosso relatório.

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Reconhecimento de receita

As receitas da Companhia oriundas das vendas de produtos de seu portfólio são reconhecidas na extensão em que for provável que benefícios econômicos serão gerados para a Companhia e quando possa ser mensurada de forma confiável e os riscos e benefícios significativos da propriedade dos produtos forem transferidos ao comprador, o que geralmente ocorre na sua entrega.

Em função de ser uma área de extrema sensibilidade de manipulação do resultado, bem como, possui risco de reconhecimento em competência incorreta em decorrência do não atendimento de todos os critérios da norma contábil e da relevância dos valores e do julgamento envolvido na determinação do momento em que os riscos e benefícios dos produtos vendidos são transferidos para a contraparte, os quais podem impactar o valor reconhecido nas demonstrações contábeis, individuais e consolidadas, e o valor do investimento registrado pelo método da equivalência patrimonial nas demonstrações financeiras individuais, consideramos esse assunto significativo para a nossa auditoria.

Resposta da auditoria ao assunto

Nossos procedimentos de auditoria incluíram as seguintes avaliações:

i. Realização de testes documentais, em base amostral, sobre a existência e a contabilização das receitas no período adequado, avaliando o momento do reconhecimento da receita de vendas pela transferência da propriedade do

produto da Companhia ao cliente,

considerando a documentação fiscal e entrega dos produtos vendidos;

ii. Análise dos indicadores internos e externos da Companhia, tais como volumes de produtos vendidos e variações nos preços, para identificar tendências não usuais que

poderiam indicar erros materiais no

reconhecimento da receita;

iii. A avaliação e teste sobre os sistemas relevantes de Tecnologia da Informação; e iv. Avaliação se as demonstrações financeiras

individuais e consolidadas e as respectivas notas explicativas seguiram as premissas mínimas de divulgações requeridas pela norma.

Por meio de nossos exames, consideramos que o reconhecimento de receitas e as divulgações realizadas estão adequadas no contexto das demonstrações contábeis tomadas em conjunto, em todos os aspectos relevantes, bem como as

divulgações efetuadas nas demonstrações

contábeis individuais e consolidadas referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2020.

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11 Avaliação de perda por impairment

Em 31 de dezembro de 2020, a Companhia apresenta imobilizado nos montantes de R$ 160.397 mil na controladora e R$ 304.985 mil no consolidado, conforme divulgação na Nota Explicativa nº 15. De acordo com o CPC 01(R1) – Valor Recuperável de Ativos, correspondente ao IAS 36, a Companhia deve avaliar ao fim de cada período de reporte se há alguma indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização. Se houver alguma indicação, a Companhia deve estimar o valor recuperável do ativo.

A Administração elabora anualmente teste para avaliar a necessidade ou não de redução de seus ativos ao seu valor recuperável (teste de impairment). Para esse teste, considera cada uma das Companhias (“Cia. de Fiação e Tecidos Cedro e Cachoeira - CCC” e “Cia. de Fiação e Tecidos Santo Antônio - CSA”) como Unidades Geradoras de Caixa (“UGC”) separadas.

A metodologia utilizada para os cálculos de impairment foi a de fluxo de caixa descontado. Na elaboração dos testes do valor recuperável dos ativos da Companhia e de sua controlada, Cia. de Fiação e Tecidos Santo Antônio, são consideradas premissas de crescimento de receita específicas por empresas de acordo com a realidade de demanda dos seus mercados. Essas premissas de crescimento de receita de 2020 foram projetadas para os anos de 2020 a 2025 na Companhia e em sua controlada, Cia. de Fiação e Tecidos Santo Antônio, embasadas nas iniciativas presentes no plano de negócios, considerando: i) atualização constante do seu mix de produtos ii) aumento do volume de produção, principalmente no segmento de tecidos profissionais. As expectativas de crescimento das receitas foram bastantes conservadoras, considerando que para o período da projeção colocamos estimativas de produções anuais abaixo da capacidade total instalada. Desta forma, a Companhia entende que ela e sua controlada terão melhoria de sua rentabilidade para os próximos anos, combinando as ações de aumento de receita e diluição de custos, não havendo necessidade de constituição de perda por impairment.

Em função dos aspectos mencionados acima, consideramos esse tema como um foco em nossa auditoria.

Resposta da auditoria ao assunto

O referido teste de avaliação de perda por impairment foi considerado como um dos principais assuntos em nossa auditoria devido à

complexidade envolvendo estimativas e

julgamentos, especificamente com relação a projeções da receita, custo e taxa de desconto, os quais são afetados pelas condições futuras de mercado e da economia.

Avaliamos e questionamos as previsões de fluxo de caixa futuro das UGCs preparadas pela Administração e o processo usado na sua elaboração, inclusive a comparação com os seus planos mais recentes de negócios e realizamos o teste do valor em uso. Questionamos as principais premissas da Administração para as taxas de crescimento de longo prazo nas previsões, por meio da comparação com previsões econômicas e setoriais, e a taxa de desconto, avaliando o custo de capital para a Companhia, bem como a adequação das divulgações realizadas na Nota Explicativa nº 15 às demonstrações financeiras. Como resultado dos procedimentos descritos acima, consideramos que os julgamentos e premissas utilizados pela Administração para a avaliação do valor recuperável das UGCs são razoáveis e as divulgações são consistentes com dados e informações obtidos.

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Outros assuntos

Demonstrações do valor adicionado

As demonstrações individual e consolidada do valor adicionado (DVA) referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2020, elaboradas sob a responsabilidade da Administração da Companhia, e apresentadas como informação suplementar para fins de IFRS, foram submetidas a procedimentos de auditoria executados em conjunto com a auditoria das demonstrações financeiras da Companhia. Para a formação de nossa opinião, avaliamos se essas demonstrações estão conciliadas com as demonstrações financeiras e registros contábeis, conforme aplicável, e se a sua forma e conteúdo estão de acordo com os critérios definidos no Pronunciamento Técnico CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado. Em nossa opinião, essas demonstrações do valor adicionado foram adequadamente elaboradas, em todos os aspectos relevantes, segundo os critérios definidos nesse Pronunciamento Técnico e são consistentes em relação às demonstrações financeiras individuais e consolidadas tomadas em conjunto.

Outras informações que acompanham as demonstrações financeiras individuais e consolidadas e o relatório dos auditores

A Administração da Companhia é responsável por essas outras informações que compreendem o Relatório da Administração.

Nossa opinião sobre as demonstrações financeiras, individuais e consolidadas, não abrange o Relatório da Administração e não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre esse relatório. Em conexão com a auditoria das demonstrações financeiras, individuais e consolidadas, nossa responsabilidade é a de ler o Relatório da Administração e, ao fazê-lo, considerar se esse relatório está, de forma relevante, inconsistente com as demonstrações financeiras ou com nosso conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma relevante. Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante no Relatório da Administração, somos requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a este respeito.

Responsabilidades da Administração e da governança pelas demonstrações financeiras individuais e consolidadas

A Administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras, individuais e consolidadas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accouting Standards Board (IASB) e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Na elaboração das demonstrações financeiras, individuais e consolidadas, a Administração é responsável pela avaliação da capacidade da Companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações financeiras, a não ser que a Administração pretenda liquidar a Companhia e suas controladas ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações.

Os responsáveis pela governança da Companhia e suas controladas são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras.

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Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas

Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras, individuais e consolidadas, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras. Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso:

▪ Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, individuais e consolidadas, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais;

▪ Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas não com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia e suas controladas; ▪ Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas

contábeis e respectivas divulgações feitas pela Administração;

▪ Concluímos sobre a adequação do uso, pela Administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Companhia e suas controladas. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras, individuais e consolidadas, ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Companhia e sua controlada a não mais se manter em continuidade operacional;

▪ Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras, inclusive as divulgações e se as demonstrações financeiras, individuais e consolidadas, representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada;

▪ Obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente referente às informações contábeis das entidades ou atividades de negócio do grupo para expressar uma opinião sobre as demonstrações financeiras consolidadas. Somos responsáveis pela direção, supervisão e desempenho da auditoria do grupo e, consequentemente, pela opinião de auditoria.

Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos.

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Fornecemos também aos responsáveis pela governança declaração de que cumprimos com as exigências éticas relevantes, incluindo os requisitos aplicáveis de independência, e comunicamos todos os eventuais relacionamentos ou assuntos que poderiam afetar, consideravelmente, nossa independência, incluindo, quando aplicável, as respectivas salvaguardas.

Dos assuntos que foram objeto de comunicação com os responsáveis pela governança, determinamos aqueles que foram considerados como mais significativos na auditoria das demonstrações financeiras do exercício corrente e que, dessa maneira, constituem os principais assuntos de auditoria. Descrevemos esses assuntos em nosso relatório de auditoria, a menos que lei ou regulamento tenha proibido divulgação pública do assunto, ou quando, em circunstâncias extremamente raras, determinarmos que o assunto não deve ser comunicado em nosso relatório porque as consequências adversas de tal comunicação podem, dentro de uma perspectiva razoável, superar os benefícios da comunicação para o interesse público.

Belo Horizonte, 22 de março de 2021.

BDO RCS Auditores IndependentesSS CRC2MG009485/F-0

Francisco de Paula dos Reis Júnior Contador CRC 1 SP 139268/O-6 - S - MG

(15)

BALANÇOS PATRIMONIAIS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2020 E 2019 Valores expressos em milhares de reais

Controladora Consolidado

ATIVO Notas 2020 2019 2020 2019

Ativo circulante

Caixa e equivalentes de caixa 6 9.959 3.897 13.307 17.288

Aplicações financeiras 7 14.308 1.603 19.730 3.235

Contas a receber 8 85.477 84.946 115.240 139.817

Dividendos a receber 238 238 - -

Estoques 9 64.860 66.110 103.743 106.991

Impostos e contribuições a recuperar 10 20.027 14.543 37.944 28.186 Imposto de renda e contribuição social antecipados - 36 1.163 1.056

Bens destinados a venda - 15.284 - 15.284

Despesas antecipadas 1.075 1.180 1.868 1.723

Outros ativos 1.440 1.104 2.753 1.669

Total do ativo circulante 197.384 188.941 295.748 315.249

Ativo não circulante

Realizável a longo prazo

Contas a receber 606 995 1.066 1.058

Impostos e contribuições a recuperar 10 27.880 41.055 63.866 84.008

Bens destinados a venda 9.528 - 9.738 -

Depósitos judiciais 240 237 240 237

Títulos e certificados - 8.218 - 8.218

Outros ativos 233 527 233 738

Total do realizável a longo prazo 38.487 51.032 75.143 94.259

Propriedades para investimentos 13 2.926 2.926 2.926 2.926 Investimentos em controladas 14 104.732 130.161 - -

Imobilizado 15 160.397 159.635 304.985 308.445

Direito de uso em arrendamento 16 6.296 8.175 8.341 9.185

Intangível 17 915 1.397 1.888 2.407

275.266 302.294 318.140 322.963

Total do ativo não circulante 313.753 353.326 393.283 417.222

Total do ativo 511.137 542.267 689.031 732.471

(16)

BALANÇOS PATRIMONIAIS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2020 E 2019

Valores expressos em milhares de reais (continuação)

Controladora Consolidado

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Notas 2020 2019 2020 2019

Passivo circulante

Fornecedores 64.604 59.962 106.572 88.566

Mútuo com controlada 11 28.621 609 - -

Empréstimos e financiamentos 18 56.577 76.599 76.664 85.845

Cessão de recebíveis 8 50.698 59.133 79.529 102.279

Salários e obrigações sociais 17.801 10.079 29.469 18.204

Impostos e contribuições 2.380 10.178 3.807 15.915

Imposto de renda e contribuição social a pagar 844 - 808 359 Arrendamento por direito de uso 16 3.120 4.051 3.686 4.656

Dividendos propostos - - 41 41

Outras contas a pagar 4.840 3.855 7.477 9.803

Total do passivo circulante 229.485 224.466 308.053 325.668

Passivo não circulante

Fornecedores 1.538 3.065 5.963 8.603

Empréstimos e financiamentos 18 100.418 104.250 150.137 147.297

Provisão para riscos 19 251 288 1.361 1.691

Imposto de renda e contribuição social

diferidos 26(b) 18.238 18.579 24.193 24.562

Impostos e contribuições 25.593 12.196 45.244 20.700

Arrendamento por direito de uso 16 2.337 5.237 2.591 5.825

Outras contas 2.129 1.552 2.634 3.350

Total do passivo não circulante 150.504 145.167 232.123 212.028

Patrimônio líquido 20

Capital social 150.000 150.000 150.000 150.000

Ajuste de avaliação patrimonial 57.007 57.803 57.007 57.803 Prejuízos acumulados (75.859) (35.169) (75.859) (35.169)

Atribuível aos acionistas da controladora 131.148 172.634 131.148 172.634

Participação dos acionistas não

controladores - - 17.707 22.141

Total do patrimônio líquido 131.148 172.634 148.855 194.775

Total do passivo e patrimônio líquido 511.137 542.267 689.031 732.471

(17)

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2020 E 2019 Valores expressos em milhares de reais, exceto prejuízo por ação

Controladora Consolidado

Notas 2020 2019 2020 2019

Receita líquida de vendas 22 379.807 399.841 618.625 677.334

Custo dos produtos vendidos 23 (305.991) (349.740) (514.936) (601.200)

Lucro bruto 73.816 50.101 103.689 76.134

Receitas (despesas) operacionais

Comerciais 23 (23.900) (24.398) (42.188) (44.836)

Gerais e administrativas 23 (19.979) (16.727) (30.196) (27.560) Remuneração dos administradores 12 (1.666) (1.803) (3.369) (3.646) Outras receitas (despesas) líquidas 24 (9.793) (8.128) (26.797) 15.616

Equivalência patrimonial 14 (26.016) 21.452 - - Resultado operacional (7.538) 20.497 1.139 15.708 Resultado financeiro 25 Despesas financeiras (33.065) (43.687) (47.284) (59.433) Receitas financeiras 2.501 7.704 4.650 39.896

Variações cambiais líquidas (2.715) (333) (3.862) (679)

(33.279) (36.316) (46.496) (20.216)

Resultado antes do imposto de renda e da

contribuição social (40.817) (15.819) (45.357) (4.508)

Imposto de renda e contribuição social

Corrente 26(a) (1.009) (1.385) (931) (9.005)

Diferido 26(a) 340 (349) 368 (372)

Prejuízo líquido do exercício (41.486) (17.553) (45.920) (13.885)

Atribuível aos

Acionistas da controladora (41.486) (17.553)

Participação dos não controladores (4.434) 3.668

(45.920) (13.885)

Resultado básico e diluído por ação 27 (R$ 4,15) (R$ 1,76)

(18)

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS ABRANGENTES EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2020 E 2019 Valores expressos em milhares de reais

Controladora Consolidado

2020 2019 2020 2019

Prejuízo líquido do exercício (41.486) (17.553) (45.920) (13.885)

Outros resultados abrangentes: - - - -

Total do resultado abrangente do exercício (41.486) (17.553) (45.920) (13.885)

Resultado abrangente atribuível a:

Acionistas da controladora - - (41.486) (17.553)

Participação dos não controladores - - (4.434) 3.668

Resultado abrangente do exercício (41.486) (17.553) (45.920) (13.885)

(19)

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Valores expressos em milhares de reais

Atribuível aos acionistas da controladora

Reserva de lucros Capital social Ajustes de avaliação patrimonial Prejuízos acumulados Total Participação dos acionistas não controladores Total do patrimônio líquido Em 31 de dezembro de 2018 150.000 59.014 (18.827) 190.187 18.514 208.701 Dividendo mínimo obrigatório - - - - (41) (41) Prejuízo líquido do exercício - - (17.553) (17.553) 3.668 (13.885) Realização do ajuste do custo atribuído - (1.260) 1.260 - - - Realização do ajuste do custo atribuído em controladas - 49 (49) - - - Em 31 de dezembro de 2019 150.000 57.803 (35.169) 172.634 22.141 194.775 Prejuízo líquido do exercício - - (41.486) (41.486) (4.434) (45.920) Realização do ajuste do custo atribuído - (827) 827 - - - Realização do ajuste do custo atribuído em controladas - 31 (31) - - - Em 31 de dezembro de 2020 150.000 57.007 (75.859) 131.148 17.707 148.855

(20)

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2020 E 2019 Valores expressos em milhares de reais

Controladora Consolidado

Fluxos de caixa das atividades operacionais 2020 2019 2020 2019

Prejuízo líquido antes do imposto de renda e da contribuição

social (40.817) (15.819) (45.357) (4.508)

Ajustes

Depreciação e amortização 11.503 13.602 17.839 20.343

Resultado na venda de bens do imobilizado (8.044) 112 (8.351) (288)

Equivalência patrimonial 26.016 (21.452) - -

Perdas estimadas em crédito de liquidação duvidosa - PECLD 2.441 1.195 5.348 2.321

Lucros não realizados em operações descendentes (downstream) (587) 34 - -

Realização de ajuste a valor justo de imobilizado (3.097) - (3.097) -

Juros, variações cambiais e monetárias sobre empréstimos, provisão

para riscos 33.279 36.316 46.496 20.216

Provisão para contingência (27) 89 (371) 339

Ajuste de estoque a valor de mercado (631) 201 (638) (146)

Variação nos ativos e passivos

Ativos Financeiros (12.614) - (12.604) - Contas a receber (933) 3.667 23.836 16.211 Estoques 1.881 (3.829) 3.811 (3.773) Tributos a receber (810) 1.226 (1.043) (34.902) Partes relacionadas 27.419 (13.941) - - Outros ativos 5.869 1.433 4.822 2.681 Fornecedores (5.038) 8.402 630 19.777

Salários e encargos sociais 9.368 627 26.938 1.694

Tributos a pagar 9.073 13.141 2.761 23.443

Títulos e certificados 8.413 4.630 8.413 4.630

Depósitos judiciais (1.091) (2.890) (6.993) 855

Outros passivos (2) 29 58 141

Caixa gerado pelas operações 61.571 26.773 62.498 69.034

Juros pagos (19.802) (23.506) (26.130) (33.674)

Caixa líquido gerado pelas (aplicado nas) atividades

operacionais 41.769 3.267 36.368 35.360

Fluxos de caixa das atividades de investimentos

Aquisição de bens do imobilizado e intangível (6.204) (5.454) (7.089) (12.878)

Aquisição de investimento - (225) - (216)

Fundo de Investimentos - - (3.754) -

Recebimento por venda de ativos imobilizados 8.699 71 8.688 33

Caixa líquido gerado pelas (aplicado nas) atividades de

investimentos 2.495 (5.608) (2.155) (13.061)

Fluxos de caixa das atividades de financiamentos

Empréstimos captados 62.155 129.540 82.238 129.038

Pagamentos de empréstimos (91.872) (143.862) (97.682) (160.352)

Cessão de recebíveis (8.435) 11.679 (22.750) 12.553

Empréstimos (concedido a) controlada (50) (38) - -

Caixa líquido gerado pelas (aplicado nas) atividades de

financiamentos (38.202) (2.681) (38.194) (18.761)

Aumento (redução) líquido de caixa e equivalentes de caixa 6.062 (5.022) (3.981) 3.538

Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 3.897 8.919 17.288 13.750

Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 9.959 3.897 13.307 17.288

(21)

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2020 E 2019 Valores expressos em milhares de reais

Controladora Consolidado

2020 2019 2020 2019

Receitas

Vendas de mercadorias, produtos e serviços 438.871 462.874 716.428 785.039

Outras receitas 3.596 837 4.397 1.983

Provisão para créditos de liquidação duvidosa (2.441) (1.195) (5.348) (2.321)

440.026 462.516 715.477 784.701

Insumos adquiridos de terceiros

(218.959) (247.579) (401.112) (458.489) Custo dos produtos vendidos, das mercadorias e serviços prestados

Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (91.371) (111.163) (140.414) (125.253)

Perdas/ Recuperação de valores ativos (3.860) (3.618) (4.932) (3.711)

Variação dos estoques de produtos acabados e em elaboração (6.215) 5.992 (2.493) 3.769

(320.405) (356.368) (548.951) (583.684)

Valor adicionado bruto 119.621 106.148 166.526 201.017

Depreciação e amortização (11.503) (13.602) (17.839) (20.343)

Valor adicionado líquido produzido pela entidade 108.118 92.546 148.687 180.674

Valor adicionado recebido em transferência

Resultado de equivalência patrimonial (26.016) 21.452 - -

Receitas financeiras 9.229 12.106 18.508 47.914

Valor adicionado total a distribuir 91.331 126.104 167.195 228.588

Distribuição do valor adicionado

Pessoal e encargos

Remuneração direta 46.888 51.915 76.969 90.995

Benefícios 18.748 17.448 32.717 31.130

FGTS 3.549 3.839 5.781 6.648

69.185 73.202 115.467 128.773

Impostos, taxas e contribuições

Federais 16.102 17.904 25.621 39.142

Estaduais 2.642 2.632 3.620 3.803

Municipais 1.491 838 1.890 1.087

20.235 21.374 31.131 44.032

Remuneração de capital de terceiros

Juros 42.631 48.513 65.512 68.723

Aluguéis 766 568 1.005 945

43.397 49.081 66.517 69.668

Remuneração de capitais próprios

Dividendos - - 41 41

Lucros absorvidos (41.486) (17.553) (41.486) (17.553)

Participação dos não controladores nos lucros (prejuízos) absorvidos - - (4.475) 3.627

(41.486) (17.553) (45.920) (13.885)

Valor adicionado distribuído 91.331 126.104 167.195 228.588

(22)

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2020 E 2019

Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

1. CONTEXTO OPERACIONAL

A Companhia de Fiação e Tecidos Cedro e Cachoeira (doravante “Cedro” ou “Companhia”), com sede em Belo Horizonte, Minas Gerais, foi constituída em 2 de abril de 1883, resultado da fusão das empresas Mascarenhas & Irmãos (Fábrica do Cedro), em funcionamento desde 1872 e Mascarenhas & Barbosa (Fábrica da Cachoeira), é uma Companhia de capital aberto que tem como objetivo social a indústria têxtil e atividades afins; confecções e comercialização de produtos do vestuário, inclusive uniformes profissionais; acessórios e equipamentos de proteção individual - EPIs, destinados a segurança do trabalho; a exportação e importação de produtos ligados à sua finalidade, e o exercício de atividades agrícolas, pecuárias e de silvicultura, bem como a geração, distribuição e transmissão de energia elétrica para consumo próprio, podendo, entretanto, comercializar o excedente de energia elétrica não utilizado.

Atualmente, a Companhia exerce sua principal atividade através da operação de três fábricas instaladas no Estado de Minas Gerais e através de sua controlada Companhia de Fiação e Tecidos Santo Antônio (doravante “Santo Antônio”), indústria têxtil instalada em Minas Gerais, na área da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, SUDENE.

A Administração considera que a concretização de operação estratégica resultou na recuperação da estrutura de capital como também na consolidação da rentabilidade em patamares sustentáveis, capazes de garantir liquidez suficiente para a operação bem como a continuidade operacional prolongada da Companhia.

A venda de ativos que não afetam diretamente a operação principal da Companhia, permanecem em entendimentos.

Na análise da geração de caixa medida pelo Ebitda, os valores positivos apresentados são R$ 18.984 em 2020 e R$ 36.051 em 2019 consolidado.

Avançam os trabalhos de alongamento da dívida de curto prazo, cujo resultado já é percebido no ano de 2020 e 2019.

A Administração considera que a concretização de operações estratégicas no decorrer de 2020 e 2019 resultaram não só em recuperação da estrutura de capital como também na consolidação da rentabilidade em patamares sustentáveis, capazes de garantir liquidez suficiente para a operação bem como a continuidade operacional prolongada da Companhia.

(23)

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2020 E 2019

Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

1.1 Pandemia Coronavírus (COVID-19)

Medidas de combate aos efeitos da pandemia foram tomadas no decorrer do tempo e incluíram, dentre outras, o aumento de prazo de pagamento junto aos fornecedores, intensificação de busca por operações de crédito visando à liquidez de caixa; negociação com instituições financeiras para prorrogação de vencimentos de amortizações; redução temporária da produção, com consequente redução de compras de insumos e não formação de estoques de produtos, suspensão de contratos de trabalho e redução proporcional de jornada e salários; criação de um comitê de crise.

Para preservação da saúde dos colaboradores da Companhia foram intensificadas ações higienização e protocolos de segurança e saúde em todas as instalações. O trabalho na modalidade “home office” foi implementado para as atividades administrativas e todos os empregados inclusos no grupo de risco, tiveram suas ocupações avaliadas.

O segundo trimestre foi o mais crítico da pandemia, afetando negativamente na demanda de tecidos, a produção das fábricas que chegaram a rodar a menos de 50% da capacidade total, durante o período da pandemia, gerou um custo de ociosidade no montante na Controladora de R$11.908 (Consolidado R$26.596) registrado em outras despesas operacionais. Em função da inadimplência de clientes, advinda da crise, foi constituída perda de R$1.112 na Controladora e R$2.916 no Consolidado.

2. BASES DE ELABORAÇÃO, APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS E RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS

2.1. Declaração de conformidade

As demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Companhia foram elaboradas tomando como base as práticas contábeis adotadas no Brasil, que compreendem as disposições da legislação societária, previstas na Lei nº 6.404/76 e alterações posteriores e os padrões internacionais de contabilidade (“IFRS”) emitidos pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) e interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (“IFRIC”), implantados no Brasil por meio do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (“CPC”) e suas interpretações técnicas (“ICPC”) e orientações (“OCPC”), aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”).

Todas as informações relevantes próprias das demonstrações financeiras, e somente elas, estão sendo evidenciadas, e correspondem às utilizadas pela Administração em sua gestão.

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2020 E 2019

Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

2.2. Base de elaboração

As demonstrações financeiras da Companhia foram elaboradas com base no custo histórico como base de valor, ajustadas para refletir o “custo atribuído” de edificações, benfeitorias, máquinas, equipamentos e instalações na data de transição para os CPCs, e determinados instrumentos financeiros mensurados pelos seus valores justos, conforme descrito nas práticas contábeis a seguir. O custo histórico geralmente é baseado no valor justo das contraprestações pagas em troca de ativos na data da transação.

A publicação dessas demonstrações financeiras foi aprovada pelo Conselho de Administração da Companhia em 22 de março de 2021.

2.3. Bases de consolidação e investimentos em controladas

As demonstrações financeiras consolidadas são compostas pelas demonstrações financeiras da Companhia de Fiação e Tecidos Cedro e Cachoeira e suas controladas em 31 de dezembro de 2020 e em 31 de dezembro de 2019.

Participação (%)

Razão social País sede Total Votante

Companhia de Fiação e Tecidos Santo Antônio Brasil 85,44 99,99 Incorporação, Compra e Venda de Imóveis

Cedro Ltda Brasil 99,00 99,00

AGC – Armazéns Gerais Cedro Ltda Brasil 98,00 98,00

As controladas são integralmente consolidadas a partir da data de aquisição, sendo esta a data na qual a Companhia obtém controle, e continuam a ser consolidadas até a data em que esse controle deixe de existir. As demonstrações financeiras das controladas são elaboradas para o mesmo período de divulgação que o da controladora, utilizando políticas contábeis consistentes. Todos os saldos entre a Companhia e suas controladas, receitas e despesas e ganhos e perdas não realizados, oriundos de transações entre as companhias, são eliminados por completo.

Uma mudança na participação sobre uma controlada que não resulta em perda de controle é contabilizada como uma transação entre acionistas, no patrimônio líquido. O saldo dos resultados abrangentes é atribuído aos proprietários da Companhia e às participações não controladoras mesmo se resultar em saldo negativo dessas

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2020 E 2019

Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

2.4. Moeda funcional e moeda de apresentação

Os itens incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma das empresas são mensurados usando a moeda do principal ambiente econômico em que a empresa atua (“moeda funcional”). As demonstrações financeiras individuais e consolidadas estão apresentadas em Reais, que é a moeda funcional da Companhia e, também, das duas principais controladas.

2.5. Caixa e equivalentes de caixa

São representadas por disponibilidades em moeda nacional e aplicações financeiras em títulos de renda fixa e depósitos interfinanceiros acrescidos dos rendimentos auferidos até as datas dos balanços, cujo risco de mudança de valor justo é insignificante, sendo utilizadas pela Companhia no gerenciamento de seus compromissos de curto prazo.

2.6. Instrumentos financeiros

Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos quando a Companhia for parte das disposições contratuais dos instrumentos.

2.7. Ativos financeiros

2.7.1. Classificação

No reconhecimento inicial, um ativo financeiro é classificado como mensurado ao: (i) custo amortizado; (ii) valor justo por meio de outros resultados abrangentes (“FVOCI”); ou (iii) valor justo por meio do resultado (“FVTPL”).

Um ativo financeiro é mensurado ao custo amortizado se satisfizer ambas as condições a seguir: (i) o ativo é mantido dentro de um modelo de negócios com o objetivo de coletar fluxos de caixa contratuais; e (ii) os termos contratuais do ativo financeiro dão origem, em datas específicas, aos fluxos de caixa que são apenas pagamentos de principal e de juros sobre o valor principal em aberto.

Um ativo financeiro é mensurado no FVOCI somente se satisfizer ambas as condições a seguir: (i) o ativo é mantido dentro de um modelo de negócios cujo objetivo é alcançado tanto pela coleta de fluxos de caixa contratuais como pela venda de ativos financeiros; e (ii) os termos contratuais do ativo financeiro dão origem, em datas específicas, a fluxos de caixa que representam pagamentos de principal e de juros sobre o valor principal em aberto.

Todos os outros ativos financeiros são classificados como mensurados ao valor justo por meio do resultado.

Adicionalmente, no reconhecimento inicial, a Companhia pode, irrevogavelmente, designar um ativo financeiro, que satisfaça os requisitos para ser mensurado ao custo amortizado, ao FVOCI ou mesmo ao FVTPL. Essa designação possui o objetivo de

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eliminar ou reduzir significativamente um possível descasamento contábil decorrente do resultado produzido pelo respectivo ativo.

2.7.2. Reconhecimento e mensuração

As compras e as vendas regulares de ativos financeiros são reconhecidas na data de negociação - data na qual a Companhia se compromete a comprar ou vender o ativo. Os investimentos são, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, acrescidos dos custos da transação para todos os ativos financeiros não classificados como ao valor justo por meio do resultado. Os ativos financeiros ao valor justo por meio de resultado são, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, e os custos da transação são debitados à demonstração do resultado. Os ativos financeiros são baixados quando os direitos de receber fluxos de caixa dos investimentos tenham vencido ou tenham sido transferidos; neste último caso, desde que a Companhia tenha transferido, significativamente, todos os riscos e os benefícios da propriedade. Os ativos e passivos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado são, subsequentemente, contabilizados pelo valor justo. Os empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da taxa efetiva de juros. O método de juros efetivos é utilizado para calcular o custo amortizado de um instrumento da dívida e alocar sua receita de juros ao longo do período correspondente. A taxa de juros efetiva é a taxa que desconta exatamente os recebimentos de caixa futuros estimados (incluindo todos os honorários e pontos pagos ou recebidos que sejam parte integrante da taxa de juros efetiva, os custos da transação e outros prêmios ou deduções) durante a vida estimada do instrumento da dívida ou, quando apropriado, durante um período menor, para o valor contábil líquido na data do reconhecimento inicial.

A receita é reconhecida com base nos juros efetivos para os instrumentos de dívida não caracterizados como ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado. Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor justo de ativos financeiros mensurados ao valor justo através do resultado são apresentados na demonstração do resultado no período em que ocorrem.

2.7.3. Redução ao valor recuperável de ativos financeiros

Ativos financeiros, exceto aqueles designados pelo valor justo por meio do resultado, são avaliados por indicadores de redução ao valor recuperável no final de cada período de relatório. As perdas por redução ao valor recuperável são reconhecidas se, e apenas se, houver evidência objetiva da redução ao valor recuperável do ativo financeiro como resultado de um ou mais eventos que tenham ocorrido após seu reconhecimento inicial, com impacto nos fluxos de caixa futuros estimados desse ativo.

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Evidências objetivas de redução ao valor recuperável para uma carteira de créditos podem incluir a experiência passada da Companhia e suas controladas na cobrança de pagamentos e o aumento no número de pagamentos em atraso após o período médio de 90 dias, além de mudanças observáveis nas condições econômicas nacionais ou locais relacionadas à inadimplência dos recebíveis.

Para os ativos financeiros registrados ao valor de custo amortizado, o valor da redução ao valor recuperável registrado corresponde à diferença entre o valor contábil do ativo e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados, descontada pela taxa de juros efetiva original do ativo financeiro.

O valor contábil do ativo financeiro é reduzido diretamente pela perda por redução ao valor recuperável para todos os ativos financeiros, com exceção das contas a receber, em que o valor contábil é reduzido pelo uso de uma provisão. Recuperações subsequentes de valores anteriormente baixados são creditadas à provisão. Mudanças no valor contábil da provisão são reconhecidas no resultado.

Para ativos financeiros registrados ao custo amortizado, se em um período subsequente o valor da perda da redução ao valor recuperável diminuir e a diminuição puder ser relacionada objetivamente a um evento ocorrido após a redução ao valor recuperável ter sido reconhecida, a perda anteriormente reconhecida é revertida por meio do resultado, desde que o valor contábil do investimento na data dessa reversão não exceda o eventual custo amortizado se a redução ao valor recuperável não tivesse sido reconhecida.

2.8. Passivos financeiros

Os passivos financeiros da Companhia estão classificados como “Outros passivos financeiros”.

Contas a pagar aos fornecedores

As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos no curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivos circulantes se o pagamento for devido no período de até um ano. Caso contrário, as contas a pagar são apresentadas como passivo não circulante. Elas são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método de taxa efetiva de juros.

Empréstimos

Os empréstimos tomados são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, líquidos dos custos incorridos na transação. Em seguida, os empréstimos tomados são apresentados pelo custo amortizado, isto é, acrescidos de encargos e juros proporcionais ao período incorrido (pro rata temporis). Qualquer diferença entre os

Referências

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