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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL (UFMS) ANDRESSA APARECIDA MOURA BEATRIZ APARECIDA FERREIRA SEGÓVIA

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL (UFMS)

ANDRESSA APARECIDA MOURA BEATRIZ APARECIDA FERREIRA SEGÓVIA

A SATISFAÇÃO DE IDOSOS EM SUAS RELAÇÕES SOCIAIS

COXIM-MS 2018

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ANDRESSA APARECIDA MOURA BEATRIZ APARECIDA FERREIRA SEGÓVIA

A SATISFAÇÃO DE IDOSOS EM SUAS RELAÇÕES SOCIAIS

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Curso de Enfermagem da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Câmpus de Coxim, como parte das exigências para a obtenção do título de bacharel em Enfermagem.

Orientador: Prof. Dr. Aires Garcia dos Santos Junior.

COXIM-MS 2018

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A SATISFAÇÃO DE IDOSOS EM SUAS RELAÇÕES SOCIAIS

THE SATISFACTION OF ELDERLY PEOPLE IN THEIR SOCIAL RELATIONS

LA SATISFACCIÓN DE LOS ANCIANOS EN SUS RELACIONES SOCIALES

Andressa Aparecida Moura1 Beatriz Aparecida Ferreira Segóvia2 Aires Garcia dos Santos Junior3 RESUMO

Objetivo: Relatar o grau de satisfação de idosos em suas relações sociais. Método: Estudo de natureza quantitativa, descritivo de corte transversal, realizado com idosos n=106 (100%) frequentadores registrados no Centro de Convivência de Idosos. Utilizou-se o questionário multidimensional traduzido e validado BOAS (Brazil Old Age Schedule). Resultados: Verificou-se que dos 106 (100%) que responderam o questionário 102 (96,22%) estão satisfeitos com o relacionamento com as pessoas com quem moram. Os dados quanto à assistência que a família oferece relacionado a Dinheiro (66,03%) e Moradia (67,92%) tiveram seguimento negativo. A família foi considerada como Companhia (60,37%) e entre Outras Assistências oferecidas pela mesma (74,52%). Tendo em vista assistência que o idoso oferece para a família, Companhia se destacou entre os Outros Auxílios (61,32%). Dinheiro (50%) e Moradia (57,54%) são os que menos são ofertados pelos idosos. Cuidar de Criança (66,03%) e Outros (73,58%) não são funções praticadas pelos idosos. Os amigos (93,39%) e vizinhos (93,39%) são uma fonte sólida para os idosos, onde possuem os melhores valores de relacionamento. Ao analisar as visitas que receberam uma semana antes da entrevista, foram elencados os Filhos (63,20%) e Vizinhos (60,37%) os que mais visitam o idoso, tendo outros familiares (67,92%) e Outros (81,13%) aqueles que não realizam visitas com frequência. Conclusão: Os amigos e vizinhos são uma fonte de relacionamento saudável para os idosos e a companhia é uma assistência prezada por eles. A Enfermagem é de suma importância para a estimulação dessa população para a participação das ações oferecidas na Comunidade e Grupos Sociais, proporcionando a satisfação de bem-estar e melhorias em sua saúde mental, psicológica e física.

Descritores: Idoso; Saúde do Idoso; Relações Familiares; Comunidade; Relacionamento.

1Acadêmica do curso de Enfermagem da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Câmpus de Coxim (CPCX). Coxim, MS, Brasil. E-mail: anndmoura@outlook.com.

2Acadêmica do curso de Enfermagem da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Câmpus de Coxim (CPCX). Coxim, MS, Brasil. E-mail: bia.segovia@hotmail.com.

3Enfermeiro, Professor Doutor do curso de Enfermagem da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Câmpus de Coxim (CPCX). Coxim, MS, Brasil. E-mail:

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INTRODUÇÃO

Verifica-se que o envelhecimento é um fenômeno mundial e que está progredindo rapidamente, inclusive nos países que apresentam uma grande população jovem. Estima-se que em 2040, haverá 153 idosos para cada 100 jovens (MIRANDA; MENDES; SILVA, 2016; UNFPA, 2012). Segundo relatório do Fundo de População das Nações Unidas (2012), melhoras na nutrição, nas condições sanitárias, nos avanços da medicina, nos cuidados com a saúde, no ensino e no bem-estar econômico, proporcionaram o aumento da longevidade.

Entretanto, a melhora na expectativa de vida em geral não indica necessariamente qualidade de vida desses indivíduos, onde o mesmo tem a redução e perda de processos psicológicos, motores, social e maior procura pelos serviços de saúde (BRITO et al., 2013; MIRANDA; MENDES; SILVA 2016). Mesmo com esses avanços, percebe-se ainda um grande impacto das doenças não-transmissíveis (DCNT), as quais podem desencadear incapacidades e sequelas que exigem do sistema de saúde uma organização contínua e multidisciplinar (MENEGUCI et al., 2015; UNFPA, 2012).

O processo de envelhecimento envolve aspectos multifacetados para o indivíduo e trazendo impactos relevantes para a sociedade.

O envelhecimento populacional é um dos maiores desafios da saúde pública contemporânea e traz à tona a velhice como uma questão social, relacionada à crise de identidade, mudança de papéis, aposentadoria, perdas diversas e mudanças nos contatos sociais (MENDES et al., 2005 apud NUNES; BARRETO; GONÇALVES, 2012, p. 416).

Algumas ações podem melhorar a qualidade de vida, a exemplo: diminuir a solidão, controle de doenças crônicas e melhorar a qualidade de serviços de saúde (ZHU et al., 2018). As relações sociais e o suporte emocional possuem um papel relevante na qualidade de vida de idosos, podendo inclusive estar associado com a prevenção da morbidade e mortalidade (RONDON GARCIA et al., 2017).

Desenvolver relações sociais positivas favorecem a melhoria da concepção de saúde, e auxilia no melhor desempenho na realização das atividades da vida diária, bem como a gestão de doenças. A aproximação emocional, a frequência dos vínculos e os estímulos das relações sociais, colaboram para acrescentar vida aos anos (RONDÓN GARCÍA; AGUIRRE ARIZALA; GARCIA GARCÍA, 2018).

A fragilidade das relações sociais pode desencadear a solidão, a qual pode ser compreendida por meio de duas dimensões as sociais e as emocionais:

A solidão social refere-se à ausência de uma rede social aceitável, isto é, um círculo mais amplo de amigos e conhecidos que possam proporcionar um

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sentimento de pertença, de companheirismo e de ser membro de uma comunidade; enquanto a solidão emocional refere-se à ausência de uma figura de apego na vida de alguém e a alguém a quem recorrer. Essa perspectiva sobre a solidão baseia-se na suposição de que diferentes tipos de relacionamentos servem funções diferentes, mais ou menos exclusivas, e são pouco intercambiáveis (DYKSTRA; FOKKEMA, 2007 apud DAHLBERGA; MCKEE, 2014, p. 504).

Na perspectiva de promover um envelhecimento saudável e ativo, se faz necessário compreender como são estabelecidas as relações sociais entre a população, vislumbrando reforçar as políticas voltadas para esse grupo, que devem seguir em consonância com o acolhimento das peculiaridades de cada indivíduo (ANDRADE et al 2013). Diante deste contexto, este estudo tem por objetivo descrever o grau de satisfação de idosos em suas relações sociais.

MÉTODO

Estudo de natureza quantitativa, descritivo e transversal. Característica definidora de transversal é uma reprodução da análise sobre a saúde de uma determinada população de forma individual com seus participantes (SIITA, et al 2010).

Idosos com mais de 60 anos, frequentadores registrados em um Centro de Convivência de Idosos de um município do estado de Mato Grosso do Sul, foram a população alvo para esta pesquisa. Nesse ambiente são concedidas as seguintes atividades de lazer: danças, exercícios físicos, oficina de artesanato, acompanhamento de equipe multiprofissional e possui vínculo com Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) (PREFEITURA MUNICIPAL DE COXIM, 2013).

Foram selecionados como critério de inclusão os idosos que estavam comparecendo no Centro de Convivência em 2016 no período de outubro dezembro, que aceitaram participar do estudo mediante a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, assim totalizando 146 participantes convidados para coleta de dados. Porém, obteve como exclusões os participantes que não atingiram a pontuação máxima (13 pontos) na avaliação cognitiva realizada por meio do mini exame do Estado Mental (MEEM) (LEBRAO; DUARTE, 2003; TESTON, 2012). Sendo a população final do estudo, de com n=106 (100%) idosos participantes, após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão.

O questionário multidimensional traduzido e validado BOAS (Brazil Old Age Schedule) utilizado para coletar as informações, foi escolhido por ser um importante instrumento na área do desenvolvimento humano, o qual realiza uma análise de fatores

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multidimensionais do envelhecimento. A finalidade desse estudo foi aprofundada na seção V do questionário BOAS, foi escolhida essa seção pelo fato de trazer as informações que descrevem o grau de satisfação de idosos em suas relações sociais (VERAS; DUTRA, 2008).

Para a análise dos dados, realizou-se a de dupla digitação em um banco de dados que trouxe uma codificação adequada, permitindo a elaboração de um dicionário de códigos na planilha do EXCEL.

Esse estudo está vinculado ao projeto de pesquisa intitulado: “Centro de Convivência de idosos: uma abordagem multidimensional e suas implicações para a saúde”, o qual foi aprovado pelo parecer número 1.703.454/2016, do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, CAAE 57140816.4.0000.0021.(Anexo 1) RESULTADOS

Conforme dados coletados mostrados na tabela 1 os idosos estão satisfeitos com o relacionamento com as pessoas com quem moram (96,22%). Entretanto a assistência que a família oferece relacionado a Dinheiro (66,03%) e Moradia (67,92%) é um ponto que se deve observar, sendo que eles possuem moradia e se sustentam financeiramente sem necessidade de terceiros. Quando questionado Outro tipo de Cuidado ou Assistência tivemos como resultado de Não Respondeu/Não Sabe (NR/sNS) de 12 (11,32%) do idosos . A família é vista como Companhia (60,37%) e entre outras assistências oferecidas pela mesma (74,52%).

Em vista da assistência que o idoso oferece para a família a Companhia é o destaque positivo entre os outros auxílios (61,32%), sendo (18,86%) não souberam responder ou não sabiam um Outro tipo de Cuidado. Os benefícios como Dinheiro (50%) e Moradia (57,54%) é os que não são ofertados. Cuidar de criança (66,03%) e outros (73,58%) não é funções realizadas por eles.

Foi observado que os idosos possuem um bom relacionamento com seus amigos (93,39%) e vizinhos (93,39). Ao analisar as visitas que receberam uma semana antes da entrevista, foram elencados os filhos (63,20%) e vizinhos (60,37%) os que mais visitam o idoso.

Tendo Outros Familiares (67,92%) e Outros (81,13%) aqueles que não realizam visitas com frequência, quando contestado os Outros (81,13%) não souberam responder ou não sabiam (15,09%).

Tabela 1. Aspectos e dimensões de satisfação do idoso nas suas relações. Coxim, MS, Brasil, 2018.

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N % N % N Satisfação dos idosos com o relacionamento que

tem com as pessoas que moram com ele 102 96,22 4 3,77 0 0

Ajuda ou assistência recebido da família:

Dinheiro 36 33,96 70 66,03 0 0

Moradia 34 32,07 72 67,92 0 0

Companhia / cuidado pessoal’ 64 60,37 41 38,67 1 0,94

Outro tipo de cuidado / assistência 79 74,52 15 14,15 12 11,32 Ajuda ou assistência oferecido para a família:

Dinheiro 50 47,16 53 50 3 2,83

Moradia 41 38,67 61 57,54 4 3,77

Companhia / cuidado pessoal 65 61,32 39 36,79 2 1,88

Cuidar de criança 32 30,18 70 66,03 4 3,77

Outro tipo de cuidado / assistência 8 7,54 78 73,58 20 18,86

Satisfação com o relacionamento entre amigos 99 93,39 5 4,71 2 1,88 Satisfação com o relacionamento com os vizinhos 99 93,39 6 5,66 1 0,94 Visitas recebidas na semana passada:

Vizinhos / amigos 64 60,37 41 38,67 1 0,94

Filhos(as) 67 63,20 37 34,90 2 1,88

Outros familiares 29 27,35 72 67,92 5 4,71

Outros (especifique) 4 3,77 86 81,13 16 15,09

Fonte: Autoria Própria. DISCUSSÃO

Em pesquisa realizada com idosos no estado de Minas Gerais, identificou que 89,6% dos idosos entrevistados referiram estar satisfeitos com os seus coabitantes (MEIRA et al. 2014). Corroborando ainda com esse cenário, em estudo realizado na região Sul do País com 250 idosos, concluiu que os idosos verificam a vida familiar e suas relações com os amigos de forma satisfatória (ARAÚJO et al., 2012). Esses dados são semelhantes ao encontrado na presente investigação que demostrou satisfação de 96,22% dos idosos quanto ao relacionamento com as pessoas que moram com ele.

Em estudo realizado com idosos espanhóis, com o objetivo de conhecer como o apoio, as redes e os contatos sociais impactam na saúde das pessoas idosas, identificou que 90% dos idosos possuem alguém que os ajudaria caso fosse necessário, e que o contato social pode ser uma estimativa de qualidade de vida (RONDÓN GARCÍA; AGUIRRE ARIZALA; GARCIA GARCÍA, 2018).

No que permeia a companhia que o idoso recebe de sua família (60,37%) e a companhia que o idoso oferece a sua família (61,32%), são de fundamental importância para a sua qualidade de vida. Idosos que não possuem apoio social possuem maior dificuldade em administrar situações de conflito e estresse, além do fato que a ausência de contato com parentes próximos pode levar a ocorrência de doenças (ARAÚJO et al., 2012).

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Essa parte da população está mais sujeita à solidão tanto, social quanto emocional, devido às mudanças que estão associados à idade, sendo relacionados com autoestima baixa, problemas de saúde, diminuição do contato social, recursos financeiros baixos, escolaridade enfraquecida, saída dos filhos do lar, incapacidade em conseguir realizar atividades diárias como antes e perda do cônjuge (DAHLBERG, MCKEE 2014).

No idoso o sentimento de solidão proporciona em si o afastamento da sua família e da sociedade pelo fato de se sentir menos importante por causa da idade e das suas limitações. Pelo fato não querer importunar os seus familiares acabam se afastando e sendo propícios se aproximar de pessoas da mesma faixa etária (CARMONA, COUTO, SCORSOLINI-COMIN 2014).

Em estudo transversal realizado com 521 idosos que vivem sozinhos na China, foi identificado que 53,9% solicitaram ajuda quando necessário e que 47,6% confiaram nas pessoas quando estavam com algum problema, porém 84,1% nunca ou raramente frequentavam atividades sociais, o que caracterizou um nível de solidão moderado, sendo as crianças a principal fonte de apoio (CHEN; HICKS; WHILE, 2014). Entretanto em nossa pesquisa, verificou-se que os vizinhos, amigos e filhos foram as principais visitas recebidas pelos idosos na última semana.

Na amostra do estudo observa-se que 66,03% dos idosos não recebem auxílio financeiro de familiares que vivem ou não com eles, e que 47,16% oferecem ajuda financeira a sua família. Dados semelhantes ao encontrado em estudo realizado em Viçosa-MG com idosas, no qual identificou que 40% das idosas relataram pessoas que tinham dependência de sua renda, ficando evidente que os idosos desempenham papel relevante no orçamento financeiro de suas famílias (ALMEIDA et al., 2015).

Em relação a visitas, 67,92% não receberam visitas de outros familiares. De acordo com Azeredo e Afonso (2016) os idosos podem sentir solidão se familiares se ausentarem ou vierem a óbito, acarretando problemas de saúde e social que se agravaram com o tempo.

Quanto a visita de vizinhos e filhos mais de 60% dos idosos referiram ter recebido visita na última semana. Em Estudo de Perseguino, Horta e Ribeiro (2017) foi observado que os amigos e, principalmente, a família tem uma maior preocupação de manter contato e cuidados com esse idosos, através de demonstração de afeto, comprometimento, ajuda com as despesas e saúde. Isso traz uma satisfação para esses idosos em saber que seus entes queridos se preocupam com eles.

Pessoas que cuidam de idosos precisam ficar atentas e sempre observar em suas atitudes e conversas se demostram sentimentos de solidão através de agressividade, depressão,

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mudanças de atitudes e tentativas de se suicidar. Quando não consegue superar esse sentimento pode rapidamente leva-lo a ficar frágil e até mesmo cometer suicídio (AZEREDO, AFONSO 2016).

O papel da família é importante no cuidado com o idoso ou até mesmo de pessoas informais quando ele começa a ficar dependente no suporte físico e cognitivo, são cuidados que passam a ser novos e desafiadores para quem não tem conhecimentos e nem prática do cuidar (LOUREIRO et al., 2014). A família passa a ser um apoio fundamental na vida de um idoso tanto no aspecto do cuidado quanto na afetividade trazendo um bem-estar e conforto (FALLER, MARCON 2013).

O percentual de satisfação dos idosos em relação com seus amigos e vizinhos foi significativo (93,39%). Segundo estudo realizado por de Joia e Ruiz (2013) foi verificado que para os idosos teria uma grande importância manter e acrescentar novos amigos, isso incluindo seus vizinhos, como parte do seu circulo de amizade, pois se sentem acolhidos, confiantes, seguros e satisfeitos com o convívio da vizinhança.

Conforme relatado por Wichmann et al. (2013) em seu estudo a maior parte dessas amizades são construídas e adquiridas nos grupos de convivência na qual fazem participação, isso lhes trazendo satisfação e bem-estar motivando esse idosos a continuarem a frequentar o grupo.

De acordo com Adamo et al. (2017) os idosos que participam da atividades que os envolve com a comunidade tendem a aumentar seus anos de vida, através de melhorias para sua saúde, sua qualidade de vida e satisfação no ambiente que frequenta, pois ali tem amigos e pessoas que lhe trazem sensação de bem estar. Podemos ver em nosso estudo que a satisfação em convívio com amigos e vizinhos tem um percentual considerável.

No Brasil têm sido apoiados os grupos de convivência por promover atividades ocupacionais, inclusão social, atividades físicas, aproximação com outras pessoas da mesma idade criando um ciclo de amizade, proporcionando bem-estar emocional, mental e físico. Com a elevação da autoestima, bom temperamento, independência e qualidade de vida, traz para o idoso a empolgação em continuar a frequentar o grupo de convivência (WICHMANN et al., 2013). Programas de envelhecimento saudável e redes de apoio sociais, que partem das esferas governamentais, vão trazer garantias para uma qualidade de vida melhor para os idosos (DOMINGUES et al., 2013).

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Esse estudo conclui que os idosos apresentaram satisfação nas relações com as pessoas que moram juntos, além das relações com amigos e vizinhos. Ficou evidenciado ainda, que a maioria dos idosos não recebe suporte financeiro da família. Os amigos e vizinhos se tornam uma fonte de relacionamento saudável para os idosos e a companhia é uma assistência prezada por eles.

Desta maneira os dados obtidos proporcionaram um ponto de vista para enfermagem de suma importância na estimulação dessa população para a participação das ações oferecidas na comunidade e em grupos de convivência, proporcionando a satisfação, o bem-estar e as melhorias para a saúde da população idosa.

A pesquisa apresenta como limitações não correlacionar os idosos não correlacionar os dados sócio demográficos e existência de morbidades com os níveis de níveis de interação social. Sugere-se novos estudo realizando essa correlação.

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ANEXO

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Referências

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