O campo das mediações:
da teoria à prática
O campo das mediações:
da teoria à prática
• As teorias da mediação
– Mediação na psicologia sócio-histórica
– Campo das mediações nas Ciências Sociais
– Mediação na Ciência da Informação
• As práticas de mediação
– Mediação nos campos profissionais da
Arquivologia, Museologia, Biblioteconomia e
Sistemas de Informação
Teorias da mediação
• Mediação na psicologia sócio-histórica
– Vygotsky
• ação humana é mediada
– Pensamento mediado por signos (função generalizante da
linguagem)
– Trabalho mediado por instrumentos
– Interações sociais mediadas pela linguagem (função
comunicativa da linguagem)
Mediações
• Três perspectivas para a ação humana
mediada – ação do pensamento, uso de
ferramentas, interações sociais
– Mediação simbólica em quaisquer dessas
perspectivas (linguagem)
• as atividades de produção e organização da informação
e de documentos
– atividades são conceituadas de mediação implícita – trabalho
no “âmbito da identificação, seleção, classificação e
processamento informacional” da
“informação-ainda-não-latente” (FERREIRA; ALMEIDA JÚNIOR, 2013, p.163) ou
protoinformação.
Mediações
– Mediação simbólica em quaisquer dessas perspectivas
(linguagem)
• Duas estratégias de busca ou de localização da informação
são usadas pelos arquivistas: o método de indexação do
conteúdo (IC) ou o método de proveniência (P) (DUFF, 2016)
– dificuldades de tradução de demandas, comentam que a
arquivística buscou adotar procedimentos de descrição
documental (alguns discutidos em normas como a ISAD-G,
ISAAR-CPF, NOBRADE) para melhoria dos instrumentos de pesquisa. De
qualquer maneira, o treinamento do usuário/instrução do
usuário sobre os fundos do Arquivo seria essencial (DUFF, 2016),
em especial se se adota o método da proveniência. Algumas
atividades de mediação – como a construção de guias,
inventários, catálogos e índices (GAMA; FERNEDA, 2010; LINDEN;
VITAL, 2015) se destacam para auxiliar o usuário a traduzir suas
questões de busca ou pesquisa.
Mediações
– Mediação técnica
• As ferramentas não apenas são usadas por seres
pensantes, mas também ocupam o papel de atores
sociais, em certa medida (LATOUR, 2012).
• O meio é a mensagem
– O nosso pensamento e a nossa forma de ver o mundo são
moldados pelo meio técnico-científico-cultural
»
Leitura em papel-leitura silenciosa
»
Percepção de tempo e espaço
»
Os meios têm suas linguagens... Lembrando que a
linguagem dá forma ao pensamento
• Será que no caso das técnicas, há espaço para um
pensamento pré-linguístico?
Mediações
– Mediação técnica
• As ferramentas não apenas são usadas por seres pensantes,
mas também ocupam o papel de atores sociais, em certa
medida (LATOUR, 2012).
– um dos trabalhos em arquivos (SILVA; LOPES, 2016) realizou
estudo da usabilidade (adotando heurísticas de usabilidade de
Nielsen) para avaliar conteúdo/serviços presentes em websites
de instituições de arquivo
– Processos de descrição da informação orgânica em ambientes
digitais arquivísticos (como a descrição de padrões de
metadados) foram contemplados em outro trabalho (GAMA;
FERNEDA, 2010), sinalizando a importância da mediação implícita
(na descrição de documentos, na organização da arquitetura da
informação para contemplar elementos de usabilidade,
acessibilidade e encontrabilidade) nos ambientes digitais.
Mediações
– Mediação no âmbito das Ciências Sociais
• Almeida (2007, s.p.) problematiza que, nas ciências sociais, a
mediação está situada no âmbito das teorias da ação.
– Mediações são, nessa perspectiva, “as conexões que se
estabelecem entre as ações sociais e as motivações
(individuais/coletivas) (ALMEIDA, 2007, s.p.)”, destacando o
agente humano (mediador) dos processos sociais
– Movimentos coletivos – papeis dos mediadores e intermediários
»
Mediador x intermediário (Latour)
• situa-se o trabalho do intermediário (previsível e
calculado), que faria o trabalho de transporte de
mensagens ou significados sem fundamento em trocas
comunicativas (LATOUR, 2012)
• os coletivos humanos não são estáveis, eles precisam se
estabelecer com muito trabalho!
Mediações
• Mediação nas interações sociais
– a mediação está situada no âmbito das teorias da ação
• Mediações são, nessa perspectiva, “as conexões que se
estabelecem entre as ações sociais e as motivações
(individuais/coletivas) (ALMEIDA, 2007, s.p.)”, destacando o agente
humano (mediador) dos processos sociais
• a formação de grupos sociais e sua manutenção dependem do
trabalho de intermediários e mediadores, na visão de Latour
(2012)
• As perspectivas gramsciana e dos estudos culturais claramente
situam a mediação em projetos políticos de transformação social.
Os agentes mediadores seriam aqueles responsáveis por provocar
mudanças sociais. Vincula-se, na América Latina, aos Estudos
Culturais, “a possibilidade de emancipação cultural e política das
classes populares” (Almeida, 2007, s.p.)
Mediações
• Mediação nas interações sociais
– Para que aconteça a mediação, é necessário que haja
intencionalidade, reciprocidade, transcendência e
significado:
• Intencionalidade e reciprocidade: “ação consciente do mediador
partilhada com o mediado” (VARELA, 2007, p. 114);
• Transcendência: “ampliação do sistema de necessidades do
mediado, consiste em generalizar experiências, que ultrapassam o
momento imediato da aprendizagem e atingem situações de vida”
(VARELA, 2007, p. 114);
• Significado: “o mediador imprime nela suas crenças, valores e
elementos afetivo-motivacionais, procurando dar sentido à
aprendizagem mediada, despertando, no mediado, a vontade de
aprender” (VARELA, 2007, p. 114).
Mediações
– Mediação na CI
• Toda prática social é prática informacional
(MARTELETO, 1995)
• Mediação técnica
• Mediação cultural
Mediações
• Mediação cultural
– Mediatização da cultura
– Cibercultura
– Papel mediador de bibliotecas, arquivos e museus
• promoção de aproximação de indivíduos e coletividades de
acesso às manifestações culturais, em um sentido um pouco
restrito de cultura, ou de propiciar o protagonismo cultural –
“compreendendo-o como ação afirmativa nos processos
simbólicos, exercida pelos sujeitos de diferentes meios e
condições, consideradas as dimensões plurais e conflitantes
da visa social e pública, no mundo contemporâneo”
Mediações
• Mediação cultural
– Mediatização da cultura
– Cibercultura
– Papel mediador de bibliotecas, arquivos e museus
• promoção de aproximação de indivíduos e coletividades de acesso
às manifestações culturais, em um sentido um pouco restrito de
cultura, ou de propiciar o protagonismo cultural –
“compreendendo-o como ação afirmativa nos processos
simbólicos, exercida pelos sujeitos de diferentes meios e
condições, consideradas as dimensões plurais e conflitantes da
visa social e pública, no mundo contemporâneo” (PERROTTI;
PIERUCCINI, 2008, p. 77)
• Conservação cultural, difusão cultural (democratização da cultura
e animação cultural; ação educativa, fabricação cultural) e
Mediações
• Mediação cultural em Arquivos
– A perspectiva do dispositivo de conservação, para essa
função essencial, é a que mais se aplica para as
atividades de mediação cultural realizadas, e
enquadra-se na mediação custodial (LOUSADA, 2016;
ROCKEMBACH, 2015)
• paradigma custodial da Arquivística: “[a mediação custodial
é] vinculada à característica histórica de ser o intermediário
entre o acervo (arquivos e bibliotecas) e o usuário, contudo,
sem atentar para análises científicas dos perfis de quem
utiliza a informação, sua relação com os conteúdos e as
tecnologias disponíveis, com suas constantes atualizações e
inovações” (ROCKEMBACH, 2015, p. 111).
Mediações
• Mediação cultural em Arquivos
– arquivologia pós-custodial “engloba agora o contexto
sociocultural e ideológico da criação de documentos”, e
deve estar atento para as relações de poder nele
existentes.
– Nessa perspectiva, os arquivos podem atuar como
dispositivos de difusão cultural ou de apropriação cultural.
Na perspectiva difusionista, o arquivo pode realizar ações
educativas comprometidas [e conscientes] do seu papel no
contexto sociocultural e ideológico. Os arquivos são
colocados como instituições que tem importante papel na
construção da cidadania (pensamento também expresso
em MORIGI; VEIGA, 2007), de certa forma, eles mediam a
relação do cidadão com o Estado.
Mediações
• Mediação cultural em Arquivos
– arquivologia pós-custodial “engloba agora o contexto
sociocultural e ideológico da criação de documentos”, e deve
estar atento para as relações de poder nele existentes.
– Nessa perspectiva, os arquivos podem atuar como dispositivos
de difusão cultural ou de apropriação cultural. Na perspectiva
difusionista, o arquivo pode realizar ações educativas
comprometidas [e conscientes] do seu papel no contexto
sociocultural e ideológico. Os arquivos são colocados como
instituições que tem importante papel na construção da
cidadania (pensamento também expresso em MORIGI; VEIGA,
2007), de certa forma, eles mediam a relação do cidadão com o
Estado.
• Educação patrimonial
Mediações
• Mediação cultural em Arquivos
– arquivologia pós-custodial “engloba agora o contexto
sociocultural e ideológico da criação de documentos”,
e deve estar atento para as relações de poder nele
existentes.
• os tipos de mediação pós-custodial podem ser vistos como
institucional (mediadores especializados, os
bibliotecários/arquivistas, mas também os informáticos e
designers), distribuída e/ou partilhada (em alguns tipos de
mídias como blogs e websites, atuando neste caso os
designers, a fornecedora da aplicação e convidados a intervir
com conteúdos e comentários) e a cumulativa (onde vemos
a figura do produtor/usuário dos conteúdos - prosumer)
(ROCKEMBACH, 2015, p. 112).
Considerações finais
• Contribuições das reflexões sobre a mediação
para a adoção de uma perspectiva de atuação
profissional do arquivista centrada no usuário
– mediação inclui algumas perspectivas teóricas e
práticas já presentes nos arquivos.
• Ao se falar de educação patrimonial, é possível relacioná-la à
ação educativa e à difusão cultural, por exemplo. Também
facilmente é associada a descrição arquivística à mediação
implícita. A educação/treinamento de produtores
documentais para facilitação de tarefas do arquivista e dos
usuários dos arquivos permanentes também não é uma
novidade.
Considerações finais
• Contribuições das reflexões sobre a mediação para a adoção de
uma perspectiva de atuação profissional do arquivista centrada no
usuário
– Atenção à consciência e intencionalidade do ato mediador
• Usuário como sujeito vive em contextos socioculturais
• problematização acerca das mediações poderia ser considerada estéril, já que
algumas de suas dimensões – como a mediação cultural (na dimensão da ação
cultural com suas [in]consequências ou no sentido da discussão da
mediatização) e a mediação social tomadas de maneira ampliada – não são
facilmente operacionalizadas nas práticas profissionais em arquivos.
• No entanto, o papel da reflexão teórica não deve ser tomado somente pelo
viés pragmático. O que se pretende, no fundo, é provocar a reflexão do papel
potencial transformador do arquivista enquanto mediador – um agente com
intencionalidade, alteridade e consciência das implicações de seus atos
simbólicos, os quais podem ser significativos tanto para os usuários tomados
individualmente quanto para grupos e organizações, na cultura e na
sociedade.
Referências bilbiográficas
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• ALMEIDA, M. A. Mediação cultural e da informação: Considerações socioculturais e políticas em torno de um conceito. ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO (ENANCIB), 8., 2007, Salvador. Anais... Brasília: ANCIB, 2007.
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jul./dez. 2010.
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• LOUSADA, M. A mediação da informação e a arquivologia: aproximações teóricas. Pesq. Bras. em Ci. da Inf. e Bib., João Pessoa, v. 11, n. 1, p. 117-134, 2016.
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• PINTO, J. 1, 2, 3 da semiótica. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1995.
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• PRESSER, N. H. et al. Mediação da informação: uma análise das competências atitudinais requeridas do profissional de informação. Ágora, Florianópolis, v. 25, n. 50, p. 172-190, jan./jun. 2015.
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