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PRAIA DE ATAM! - PARANÁ - BRASIL. Andréa Ricetti Cochôa

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SETOR DE CIÊNCIAS DA TERRA CENTRO DE ESTUDOS DO MAR

INFLUÊNCIA DA PASSAGEM DE UMA FRENTE METEOROLÓGICA NA DISTRIBUiÇÃO DA MACROFAUNA BENTÔNICA DO MESOliTORAL DA

PRAIA DE ATAM! - PARANÁ - BRASIL

Andréa Ricetti Cochôa

Monografia apresentada ao curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Ciências Biológicas.

Orientador: Prof. Or. Carlos A. Borzone

Pontal do Sul 2000

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Mar, como parte dos requisitos necessários a obtenção do título de Bacharel em Ciências Biológicas.

Avaliada por:

Prof. Dr. Paulo da Cunha Lana Profl D~ Terezinha M. Absher

Trabalho desenvolvido no Laboratório de Ecologia de' Praias Arenosas do Centro de Estudos do Mar (Pontal do Sul, PR).

Orientador: Prof. Dr. Carlos A. Borzone

Pontal do Sul

2000

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Ao CEM pela infra estrutura ofere~ida para a conclusão desta monografia,

Ao Borzone pela paciência, dedicação, profissionalismo e por tudo que me ensinou ao longo deste trabalho,

Ao Paulo Lana pela credibilidade, amizade e ajuda na identificação do material coletado,

Ao Luciano Lorenzi pelo grande auxílio no trabalho em campo e na triagem do material, à Patrícia pelos momentos de descontração no laboratório. À Guisi pela

orientação na análise do sedimento, à Lalá e à Vilma pelo carinho e apoio

administrativo,

Aos pesquisadores do Laboratório de Física Marinha pelos dados de registros dos ventos,

Às minhas grandes amigas Paula e Fabiani que tornaram esse período de trabalho mais divertido, seja conversando durante horas no alojamento ou na cozinha ... à minha querida amiga Cassiana pela ajuda e apoio em todos os

momentos, pelos papos, pelas valiosas dicas e conselhos,

À minha mãe, irmão e avós pelo amor e incentivo, em especial à minha avó pelos

seus ensinamentos. Ao Léo pela amizade, carinho e companheirismo de sempre, A todos que, diretê!. ou indiretamente, contribuíram para a conclusão desse trabalho, muito obrigada!

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SUMÁRIO Agradecimentos ... i Sumário ... ii L· t d f' IS a e Iguras ... } ... ... 111 Lista de tabelas ...

v

Resumo ... vi 1. Introdução ... 1 2. Material e Métodos ... 9 2.1. Amostragem e identificação ... 9

2.2. Processamento dos dados ... 9

3. Resultados ... 11

3.1. Parâmetros abióticos ... 11

3.2. Parâmetros bióticos ... 13

4. Discussão ... 15

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Praia de Atami, área de estudo, localizada no Litoral do Estado do

Paraná ... 8

Figura 2 - Passagem de uma frente fria pelo Estado do Paraná no dia 02/05/2000 às 21 :00 h ... 20 Figura 3 a - Intensidade dos ventos durante o período de 17 de Abril a 07 de Maio de 2000 ... 21 Figura 3 b - Intensidade dos ventos ocorridos durante a passagem da frente

meteorológica (dias 01 a 04/04/2000) ... 21 Figura 4 - Orientação dos ventos ocorridos durante a frente fria (01 a

04/05/2000) ... 22

Figura 5 - Variação do perfil topográfico da praia de Atami antes e após a

passagem da frente fria ... .22

Figura 6 a - Média dos tamanhos dos grãos (0) do sedimento da praia de Atami

antes da passagem da frente fria ... 23

Figura 6 b - Média dos tamanhos dos grãos (0) do sedimento da praia de Atami

após a passagem da frente fria. ... 23

Figura 7 a - Seleção dos tamanhos dos grãos (0) do sedimento da praia de Atami

antes da passagem da frente fria. ... 24 Figura 7 b - Seleção dos tamanhos dos grãos (0) do sedimento da praia de Atami

após a passagem da frente fria ... .24

Figura 8 a - Curtose do sedimento (0) da praia de Atami antes da passagem da

frente fria ... 25 Figura 8 b - Curtose do sedimento (0) da praia de Atami após a passagem da

frente fria ... 25 Figura 9 a - Assimetria dos grãos (0) do sedimento da praia de Atami antes da

passagem da frente fria ... 26

Figura 9 b - Assimetria do,s Qrãos (0) do sedimento da praia de Atami após a

(6)

Figura 10 a - Abundância (indivíduos/m2) e distribuição de Callichirus major na praia de Atami antes da frente fria ... 27

Figura 10 b - Abundância (indivíduos/m2 ) e distribuição de Callichirus major na praia de Atam i após a passagem da frente fria ... 27

Figura 11 a - Abundâneia (indivíduos/m2) e distribuição de Euzonus furcirerus na praia de Atami antes da frente fria ... 28

Figura 11 b - Abundância (indivíduos/m2) e distribuição de Euzonus furcirerus na praia de Atami após a passagem da frente fria ... 28

Figura 12 a _ Abundância (indivíduos/m2 ) e distribuição de Puelche sp. na praia de Atami antes da frente fria ... 29

Figura 12 b - Abundância (indivíduos/m2 ) e distribuição de Puelche sp. na praia de Atami após a passagem da frente fria ... .29

Figura 13 a - Abundância (indivíduos/m2) e distribuição de Tholozodíum rhombofrontalís na praia de Atami após a passagem da frente fria ... 30

Figura 13 b - Abundância (indivíduos/m2) e distribuição de Tholozodíum rhombofrontalis na praia de Atami após a passagem da frente fria ... 30

Figura 14 a - Abundância (indivíduos/m2 ) e distribuição de Excirolana armata na praia de Atami após a passagem da frente fria ... 31

Figura 14 b - Abundância (indivíduos/m2) e distribuição de Excirolana arma ta na praia de Atami após a passagem da frente fria ... 31

Figura 15 a - Abundância (indivíduos/m2) e distribuição de Scolelepis squamata na praia de Atami após a passagem da frente fria ... 32

Figura 15 b - Abundância (indivíduos/m2) e distribuição de Scolelepis squamata na praia de Atami após a passagem da frente fria ... 32

Figura 16 a - Abundância (indivíduos/m2 ) e distribuição de Bathyporeíapus ruffoi na praia de Atami após a passagem da frente fria ... 33

Figura 16 b - Abundância (indivíduos/m2 ) e distribuição de Bathyporeiapus ruffoí na praia de Atami após a passagem da frente fria ... 33

Figura 17 a _ Abundância (indivíduos/m2 ) e distribuição de Hemípodus olívierí na praia de Atami após a passagem da frente fria ... 34

Figura 17 b - Abundância (indivíduos/m2 ) e distribuição de Hemipodus olivierí na praia de Atami após a passagem da frente fria ... 34

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LISTA DE TABELAS

Tabela I - Variação da temperatura e salinidade da água do mar antes e após a passagem da frente fria na praia de Atami. ... 35

(8)

RESUMO

A influência da passagem de uma frente meteorológica sobre a macrofauna bentônica da praia de Atami foi estudada no período de abril a maio de 2000. As estações foram distribuídas ao longo de quatro transversais desde a parte superior da praia, na região de depósito de detritos, até à linha d'água. Em cada uma das estações foram obtidas amostras biológicas e de sedimento. A topografia da praia mostra que antes da passagem da frente meteorológica havia a formação de cavas na região do mesolitoral, próximas à linha d'água, que desapareceram após o fenômeno. A granulometria do sedimento indica que antes do evento, a praia era constituída principalmente por grãos de areia grosseiros e heterogêneos e posteriormente houve um retrabalhamento e transporte da areia, predominando grãos mais finos. De acordo com os valores da média, as estações de coleta mais próximas da vegetação apresentaram sedimentos maiores e aquelas mais próximas da água grãos menores. Os dados de assimetria obtidos na coleta pré frente fria mostram que o ambiente praial estava em sua fase construtiva, com maior abundância de grãos grossos. Após a tormenta, houve uma reordenação do sedimentos, predominando grãos mais finos, o que caracteriza a fase destrutiva da praia. As espécies da macrofauna bentônica analisadas apresentaram diferentes padrões de abundância e distribuição em resposta à passagem da frente meteorológica na praia de Atami. O número de galerias de Callichirus major sofreu uma considerável diminuição após o evento, em razão da grande quantidade de sedimento depositado na região. A distribuição do poliqueta Euzonus furciferus não foi alterada, porém a abundância aumentou devido à migração dos indivíduos para uma área da praia com grãos mais selecionados na região entremarés. A alta mobilidade da espécie Puelche sp. promoveu o seu deslocamento ativo do mesolitoral inferior para regiões superiores, possivelmente em resposta ao retrabalhamento e alteração do sedimento. A redução do número de indivíduos de Puelche sp. e Tholozodium rhombofrontalis indica que estas espécies são sensíveis às frentes frias. Excirolana armata manteve praticamente inalterados os seus padrões de abundância e distribuição. Scolelepis squamata foi a espécie menos impactada pelo fenômeno devido ao seu hábito tubícola que o impede de migrar ativamente. Bathyporeiapus ruffoi e Hemipodus olivieri apresentam comportamentos de abundância e distribuição semelhantes, aumentando a abundância e migração até próximo a linha d'água após a frente fria, possivelmente pela afinidade com sedimentos mais finos. A zonação das espécies em praias arenosas encontra-se diretamente associada à estabilidade temporal das características sedimentológicas. A presença do fenômeno La Nina neste ano diminuiu a intensidade e duração das frentes meteorológicas características da primavera e outono e, por esse motivo, observa-se a necessidade de estudos mais aprofundados a respeito dos efeitos das tormentas típicas desta estação sobre a macrofauna bentônica.

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A macrofauna bentônica é um dos componentes mais importantes da biota de praias arenosas. Organismos com alta mobilidade são característicos de zonas entre marés e zonas de arrebentação de praias arenosas, estando os poliquetas, moluscos e crustáceos entre os mais abundantes (Brown & McLachlan, 1990). Praias arenosas abertas são caracterizadas pela constante ação das ondas, cuja energia é gasta transportando água e sedimento, sendo dissipada ao longo do gradiente de profundidade. Os padrões de distribuição dos organismos em praias são influenciados pelo grau de emersão e interação entre as espécies e pela energia das ondas, com conseqüente mobilidade do substrato (Souza,1998). Esta mobilidade permite um ajuste do perfil praial de acordo com as condições das ondas, marés e correntes, resultando em padrões morfodinâmicos característicos de cada ambiente praial (Short, 1991).

Riedl & McMaham (1974) afirmam que a distribuição desses organismos é determinada por padrões primários causados por fatores ambientais e secundários que ocorrem devido às interações entre as espécies. Fatores ambientais tais como marés astronômicas e meteorológicas interferem diretamente na macrofauna bentônica. As variações físicas sazonais são importantes agentes seletivos para o bentos em habitats entre marés temperados e em águas rasas (Posey et aI., 1996). Distúrbios naturais ou antrópicos, como os provocados por tempestades, dragagem ou poluição podem provocar defaunação total ou parcial dos

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sedimentos (Haal & Frid, 1998). Tempestades severas provocam mortalidade dos organismos bênticos, influenciando fortemente a composição das comunidades (Posey et ai., 1996) devido à sua considerável influência no fluxo de água e no

transporte de sedimento em ambientes marinhos (Bock & Miller, 1995).

Os parâmetros críticos que controlam a magnitude das mudanças físicas em uma praia após uma tempestade, sempre que as condições de onda e a direção da tempestade sejam similares, são o nível do mar e a duração da própria tempestade. A freqüência das tempestades e a recuperação ou não da praia desde a última tormenta são também fatores importantes (Taylor et ai., 1997). Hou et aI. (1998) afirmam que muitas estruturas costeiras, como muros e quebra-ondas, são prejudicadas ou destruídas por ondas formadas por tufões associadas ao avanço de tempestades.

O final do mês de março usualmente marca o declínio da ocorrência de . ciclones extra-tropicais no Hemisfério Norte e o aumento dos mesmos no Hemisfério Sul. Tais ciclones estão acompanhados de frentes frias que se deslocam de oeste para leste geralmente abaixo da linha de latitude de 30 graus. Ao se deslocarem sobre os oceanos, formam extensas regiões com ventos uniformes e acima de 10 m/s com condições favoráveis à formação de ondas de

superfície do mar. O setor do ciclone em que se desenvolve a pista é bastante variável e determina a direção da propagação da agitação marítima gerada por estes ventos. Predominantemente, tais pistas de vento formam-se na direção leste, sendo as costas oeste dos continentes, entre eles a América do Sul, as mais

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atingidas pela agitação marítima proveniente dos ciclones (INPE, Sistema de Previsão de Ondas - http://WNW.atlasul.inpe.br).

No Estado do Paraná, os avanços das frentes frias acompanhadas de fortes ventos do quadrante sul causam erosão pronunciada nas praias e nos períodos intermediários entre tais avanços, a praia é reconstruída. Quando a ocorrência desse fenômeno coincide com um dia de maré de sizígia, os efeitos erosivos são ainda mais notáveis devido ao acontecimento da maré meteorológica (Bigarella

et

aI., 1978). De acordo com Marone & Camargo (1994), tal maré é responsável pelo

aumento ou diminuição do nível do mar em relação às marés astronômicas observadas em um dado local, podendo acarretar a formação de ondas de superfície com grande poder destrutivo, evento conhecido por ressaca.

De acordo com Soares

et

aI. (1997), a presença de frentes meteorológicas predominantemente nos períodos de baixa temperatura, fazem com que, na praia do Balneário Atami, os períodos destrutivos ocorram com maior freqüência no outono e inverno e os perfis construtivos ocorram fundamentalmente na primavera e no início do verão. Isso indica que a dinâmica praial na costa sul brasileira é regulada principalmente pelos fenômenos associados à passagem de frentes meteorológicas, como sugerido por Calliari & Klein (1993).

As praias arenosas do Paraná encontram-se relativamente b~m estudadas

quanto ao seu morfodinamismo e a distribuição da macrofauna bentônica (Alves

et

aI., 1998; Barros et aI., no prelo; Borzone & Souza, 1997; Borzone et aI., 1996;

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distribuição e abundância da macrofauna bentônica da praia do Balneário de Atami foi estudada ao longo de um ciclo anual (Borzone & Souza, 1997). A distribuição das espécies ao longo de um único perfil evidenciou um claro padrão de zonação. O coleóptero Bledius bonaerensis dominou no nível superior da praia ou supralitoral. Os isópodes Excirolana armata e Tholozodium rhombofrontalis caracterizaram a zona de retenção do mesolitoral. O poliqueta Scolelepis squamata e o anfípode Puelche sp., caracterizaram a zona de ressurgência do mesolitoral, onde a água do lençol se aproxima da superfície da praia. O poliqueta Euzonus furciferus ocorreu também nesta zona em menores abundâncias. Por último, uma zona de saturação, caracterizada por espécies como o anfípode Bathyporeiapus ruffoi, o poliqueta Hemipodus olivieri e o bivalve Donax gemmula, representou uma extensão da distribuição de espécies que são particularmente abundantes no infralitoral. Também resultou particularmente abundante nesta praia o crustáceo thalasinídeo Callichirus major, organismo cavador comum em fundos litorais inconsolidados. Este crustáceo, conhecido popularmente como "corrupto", constrói galerias permanentes e a sua presença é evidenciável pelos orifícios característicos na superfície do sedimento. Ele ocorreu em altas densidades desde o mesolitoral até o i nfral itoral por baixo da arrebentação das ondas (Souza & Borzone, 1996, Borzone & Souza, 1996).

Esta distribuição parece ser bastante estável ao longo de um ciclo anual, embora as variações do perfil praial possam ser drásticas após a passagem de eventos meteorológicos violentos, como as frentes frias, na região. No entanto, pouco se conhece sobre os efeitos a curto prazo que teria a passagem destes

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eventos meteorológicos na distribuição da macrofauna bentônica. Desta forma, este trabalho visa iniciar estudos tendendo ao conhecimento da influência da passagem de uma frente meteorológica sobre a comunidade bêntica em uma praia arenosa do litoral paranaense.

OBJETIVOS ESPECíFICOS

• Determinar as principais mudanças dos parâmetros físico-químicos que ocorrem na praia de Atami (granulometria do sedimento, salinidade e temperatura da água na arrebentação e perfil topográfico da praia) antes e após a passagem de uma frente meteorológica .

• Comparar a distribuição e abundância dos organismos no mesolitoral antes e após a passagem de tal fenômeno, a fim de indicar os grupos de animais diretamente afetados e as alterações que ocorrem na distribuição espacial destes indivíduos.

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ÁREA DE ESTUDO

A costa oceânica do Estado do Paraná (25° 20' - 25° 55'S; 48° 10'- 48° 35' W), estende-se por aproximadamente 100 km na direção NE-SW. A planície costeira paranaense caracteriza-se por terraços arenosos formados durante regressões marinhas quaternárias (Angulo, 1992). As praias têm constituição arenosa com sua dinâmica dominada por ondas e correntes de deriva litorânea (Souza, 1998). A costa oceânica é dividida em três setores em função da

ocorrência das baías de Paranaguá e Guaratuba em seus limites.

Ao norte da baía de Paranaguá encontra-se a planície de Superagüi ou planície norte. Entre Pontal do Sul e Caiobá encontra-se a planície da Praia de Leste e ao sul da baía de Guaratuba localiza-se a planície sul ou Brejatuba.

Angulo & Araújo (1996) afirmam que a configuração geomorfológica e as características da dinâmica costeira permitem identificar no Paraná três tipos principais de costas: estuarinas ou protegidas (1316,8 km), oceânicas ou de mar aberto (61,1 km) e de desembocaduras (105.1 km).

O Balneário Atami, local de amostragem do presente estudo, situa-se ao sul do complexo estuarino de Paranaguá, na Planície Costeira de Leste com uma praia de 30 Km de extensão (Fig. 1) e caracteriza-se pelo seu suave gradiente topográfico.

(15)

o

clima do litoral paranaense é subtropical úmido mesotérmico, de acordo com a classificação de Kõeppen, com verão quente e pluviosidade média anual elevada (>2000 mm). Não há uma estação seca típica, mas o verão é mais chuvoso que o inverno (Angulo, 1992).

Predominam, próximos à orla ventos leste e sul, sendo o último dominante. Os ventos leste apresentam considerável freqüência e intensidade na primavera e no verão. No outono e no inverno aumenta significativamente a freqüência dos ventos de norte e oeste (Portobrás, 1988).

A maré oceânica na costa paranaense é do tipo semi-diurna, com altura média de sizígia em torno de 1,8 m e a onda de maré se propagando de sul para norte (Harari & Camargo, 1994). Também são comuns alterações não lineares do nível médio do mar, principalmente durante o inverno, atribuídas à passagem de

frentes frias oceânicas e a ventos fortes, que geram grandes ondas e causam o empilhamento da água na costa (Marone & Camargo, 1994).

(16)

25,70

i

25,80 i i ( i 48,60 48,50 48,40 Longitude 48,30 48,20

(17)

MATERIAL E MÉTODOS

A partir de um ponto pré-determinado na parte superior da praia, foram estabelecidos 4 transectos (A, 8, C e O) dispostos perpendicularmente à linha da

costa que abrange desde a linha de deposição de detritos até a linha d'água durante uma maré baixa de sizígia. Para a coleta realizada antes da passagem da frente meteorológica, os transectos distaram 50 m uns dos outros. Esta distância foi diminuída para 25 metros na coleta posterior, devido ao grande esforço realizado para deslocar-se rapidamente entre as estações de coleta. Em cada transecto foram distribuídas 10 estações de coleta a cada 10m.

Em cada estação de coleta foi obtida uma amostra biológica com um cilindro de 25 cm de diâmetro e uma profundidade de penetração de 20 cm. A abundância de Callichirus major foi estimada pelo número de orifícios em um quadrado de um metro de lado. As amostras de sedimento foram obtidas com o auxílio de um testemunhador manual de 5 cm de diâmetro para posterior análise granulométrica. Para traçar o perfil topográfico da praia foram utilizados nível e régua metrada e os registros de temperatura e salinidade da água foram obtidos com o auxílio de um termosalinômetro indutivo que foi fundeado durante a realização da coleta na zona de arrebentação.

Para a análise granulométrica dos sedimentos foram utilizadas as técnicas rotineiras de peneiramento. Obteve-se os parâmetros estatísticos utilizando o

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método dos momentos (Tanner, 1995) e os resultados foram expressos como valores

cp (cp

=

-LOg2 diâmetro em mm).

As amostras biológicas foram peneiradas em malha de 0,5 mm e fixadas em formalina 10%. Os organismos foram identificados ao menor nível taxonômico possível e contados. Para monitorar as condições meteorológicas da área de estudo, foram utilizadas imagens de satélite obtidas na web site do SIMEPAR e do INPE. Estas imagens permitiram o acompanhamento da entrada de uma frente fria oceânica na região estudada. Dados horários da velocidade e direção dos ventos foram coletados por uma estação meteorológica automática (Campbell - CM10) instalada no Centro de Estudos do Mar e cedidos pelo laboratório de Física marinha (LFM/CEM/UFPR).

Uma primeira coleta (pré evento) foi feita durante a maré de sizígia do dia 19/04/2000. A segunda coleta (pós evento) foi realizada no dia 05/05/2000, após a passagem de uma frente meteorológica que ocorreu entre os dias 01 e 04/05/2000. A variação pré e pós evento nas características granulométricas do sedimento assim como na abundância dos principais componentes da macrofauna bentônica foi analisada utilizando mapas de isolinhas elaborados a partir da técnica de krigagem (Cressie, 1990). Tal técnica consiste em reproduzir graficamente os tran.s~~os e os pontos de coleta e, a partir deles, comparar a

distribuiç50 e abundância dos organismos bentônicos antes e após a frente fria assim como a variação granulométrica que possa ter ocorrido em razão da passagem deste fenômeno.

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RESULTADOS

1) Parâmetros abióticos

Na coleta realizada anteriormente ao evento estudado (19/04/2000), as condições meteorológicas foram estáveis e ventos suaves caracterizavam um período de calmaria na região. A Fig. 2 mostra a passagem da frente fria oceânica (01 a 04/05/2000), onde os ventos chegaram a um pico de velocidade de 8 m/s, diminuindo a sua intensidade nos dias seguintes, época em que foi realizada a segunda coleta (05/05/2000) (Fig. 3a e 3b).

Durante a passagem da frente meteorológica, observou-se a predominância de ventos do quadrante sul, o que amplificou a intensidade do evento, especialmente no dia 02/05/2000 (Fig. 4). A topografia da praia de Atami indica que no período de calmaria havia a presença de cavas a partir da estação 6 até a linha d'água. Os ventos soprados durante a frente fria provocaram uma redistribuição do sedimento, cobrindo a cava e a maior parte da área com grãos de areia mais finos, suavizando o perfil topográfico da praia. Não foram registradas grandes mudanças na região de deposição de detritos (pontos 1 a 5), permanecendo estável após a passagem do fenômeno. (Fig. 5). A temperatura e a salinidade da água do mar mantiveram-se constantes antes e após a passagem do evento, permanecendo em torno de 25°C e 37 respectivamente (Tab. I).

Os valores das médias indicam que o tamanho dos grãos nas estações 1 a 5 tende a ser maior, diminuindo a partir da estação 6 até a linha d'água (Fig. 6 a).

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Após a tormenta, o sedimento foi intensamente retrabalhado, havendo transporte e deposição dos grãos mais finos para praticamente toda a região, com ocorrência apenas de algumas faixas de grãos grossos nas estações 5 a 8 (Fig. 6b). Os valores de seleção mostraram que na coleta pré evento os sedimentos foram pouco selecionados, com alta heterogeneidade e com predominância de grãos maiores principalmente a partir .da estação 6, onde o desvio sofre considerável aumento (Fig. 7a). Na coleta após o evento a diminuição do desvio indica que houve uma redistribuição dos grãos e uma melhor seleção do. sedimento, principalmente nas estações 1 a 6, ficando na praia apenas grãos de tamanhos semelhantes (Fig. 7b). Os valores de curtose evidenciam a distribuição heterogênea do sedimento antes da passagem da frente fria, onde os grãos mais grosseiros foram depositados nas estações 4 a 8, próximos à área de formação de

cavas (Fig. 8a). Após a passagem da frente, a predominância foi de grãos mais finos na região, havendo apenas uma estreita faixa de sedimento grosso nos pontos 4 a 7 (Fig. 8 b). A análise da assimetria mostra que o ambiente praial estava em sua fase construtiva, com maior abundância de grãos grosseiros (Fig. 9a). Fenômenos como as tormentas provocam uma reordenação dos sedimentos devido ao fácil transporte e retrabalhamento dos grãos de areia tornando mais abundante a presença de grãos mais finos, caracterizando a fase destrutiva da praia (Fig. 9b).

(21)

2. Parâmetros Bíótícos

2. 1. A macrofauna bentónica

Antes da passagem da frente meteorológica, as galerias de Callíchírus major apresentaram valores de abundância de até 9 indivíduos/m2 a partir da linha

d'água da praia de Atami (estaçã07) (Fig. 10 a). Após a tormenta, este padrão de

abundância sofreu um decréscimo considerável, restringindo a área das galerias a partir da estação 6 (Fig. 10 b). Não foi verificada diferença na área de distribuição

de Euzonus furciferus antes e após a frente meteorológica, permanecendo no

nível superior da praia (Fig. 11 a). Observou-se, no entanto, um aumento do

número de indivíduos da espécie após a frente fria (Fig. 11 b). Na coleta pré

evento, a espécie Puelche sp. apresentou-se concentrada mais próxima da linha

d'água, na zona de ressurgência do mesolitoral e com um alto número de indivíduos nas estações 7, 8 e 9 (Fig. 12 a). Após a tormenta, a abundância caiu, porém a distribuição foi ampliada ao longo da praia, aparecendo nas estações 1 a 4 e 7 a 10 (Fig. 12 b). A população de Tholozodium rhombofrontalis, antes da

frente fria, apresentou alta concentração de indivíduos na área de deposição de detrito até a estação 5 e em menor quantidade nos transectos C e O (estações 8 a 10) (Fig. 13 a). Na segunda coleta, seu padrão de distribuição ficou limitado à região supralitoral nas estações 1 a 6, além da abundância cair consideravelmente (Fig. 13 b). Antes do fenômeno, a população de Excírolana armata era mais

abundante e ocupava a região supralitoral até a zona de retenção do mesolitoral (Fig. 14 a). A Fig. 14 b indica que esta espécie foi pouco afetada pela tormenta,

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uma vez que a abundância e a área de distribuição dos organismos sofreram uma pequena redução. A passagem da frente fria na região não provocou grandes perturbações na abundância e distribuição da população de Scolelepis squamata, que apareceu em quase toda a região, principalmente nas estações 2 a 6, em ambas as coletas (Fig. 15 a e b). Antes da ocorrência do fenômeno, Bathyporeiapus ruffoi estava distribuído em duas faixas na praia (estações 2 a 4 e 6 a 9), porém com abundância menor (Fig. 16 a). Após a tormenta, foi observado um acréscimo no número de indivíduos desta espécie e a distribuição ficou concentrada mais próxima da linha d'água (Fig. 16 b). A população de Hemipodus olivieri teve um padrão de distribuição e abundância semelhante à Bathyporeiapus

ruffoi onde, após a frente fria, houve um aumento no número de indivíduos e migração para a linha d'água (Fig. 17

a

e b).

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DISCUSSÃO

A passagem de uma frente meteorológica na praia de Atami mostrou que estes eventos promoveu um intenso retrabalhamento e transporte do sedimento, provocando grandes alterações no perfil praia!. A topografia indica que a presença de cavas desde o início do mesolitoral até à linha d'água, antes da passagem do fenômeno, caracteriza uma fase construtiva, típica de períodos de calmaria. A tormenta provoca a suavização desse perfil em razão da destruição das cavas, caracterizando uma fase destrutiva, normalmente observada no invemo. Forbes et ai. (1997) afirmam que o rápido aumento do nível do mar combinado com o aumento da atividade das tempestades pode aumentar a erosão da área costeira. Na praia estudada não foram verificadas grandes alterações topográficas na região supralitoral, permanecendo estável após a frente. No entanto, foi evidenciada uma grande erosão em locais próximos a Pontal do Sul, conhecidos como "beach cut" ou corte da praia, onde as dunas ou restingas da região superior da praia são violentamente erodidas. Nos últimos anos, esta região vem sofrendo um processo de recuo da linha da costa, que acontece durante a passagens de frentes meteorológicas associadas com marés de sizígia, como foi observado na realização do presente trabalho.

Os sedimentos da praia de Atami têm uma constituição tipicamente quartzosa, com predomínio de areias finas e muito finas (Souza, 1998). Os valores de média indicam que no período de calmaria, a praia apresenta grande

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heterogeneidade ambiental, uma vez que as estações mais próximas da zona de deposição de detrito (supralitoral) tenderam à granocrescência e as próximas da

linha d'água (mesolitoral) à granodecrescência. Valores de curtose confirmam

essa heterogeneidade antes do evento por conseqüência da deposição de grãos mais grosseiros nas estações mais próximas à área de formação de cavas. Após o

evento, houve a predominância de grãos mais finos em toda a área estudada. O grau de seleção do sedimento indica que antes da tormenta, os grãos eram pouco selecionados, com predominância de grãos maiores (altos valores de desvio), havendo, após o fenômeno, uma redistribuição da areia e melhor seleção do sedimento. com maior abundância de grãos de tamanhos semelhantes. Os dados de assimetria mostram que antes da frente fria o ambiente praial estava em uma fase construtiva em virtude da grande quantidade de grãos grosseiros (valores negativos). Após a tormenta, a reordenação dos sedimentos provocou o aumento da quantidade de grãos mais finos (valores positivos) que caracterizam a fase destrutiva da praia.

Não houve, não entanto, alterações na temperatura e salinidade da coluna d'água na zona de arrebentação após a passagem do evento. Deve-se ressaltar que este evento, assim como os outros acontecidos durante o presente ano, não foram acompanhados por grandes precipitações, como usualmente ocorre, provocando uma grande alteração da salinidade na coluna d'água.

As espécies da macrofauna bentônica analisadas mostraram diferentes padrões de abundância e distribuição em resposta à passagem da frente

(25)

estar associada à instabilidade sedimentar decorrente da migração dos bancos de

areia submersos durante a passagem da frente fria, que promovem o aumento da heterogeneidade ambiental. O número de galerias do thalasinídeo Callíchirus major sofreu uma considerável diminuição após o evento, em razão da grande quantidade de sedimento depositado na região, provocando o soterramento dos orifícios. Isso explica a queda nos valores de abundância e distribuição desta espécie na região entremarés. Grandes mudanças na área de distribuição do poliqueta Euzonus furciferus não foram verificadas, uma vez que este animal é encontrado em sedimentos com pouca variação do tamanho do grão (Dales apud

Souza, 1998), restringindo a sua faixa de ocorrência à parte superior do

mesolitoral de praias arenosas expostas (Souza, 1998). A abundância da espécie aumentou provavelmente devido à migração dos indivíduos para uma área da

praia com grãos mais selecionados na região entremarés. A distribuição do anfípoda Puelche sp. antes do evento estava concentrada próxima à linha d'água.

A alta mobilidade da espécie promoveu o seu deslocamento ativo do mesolitoral inferior para locais superiores, possivelmente em resposta ao retrabalhamento e conseqüente alteração do sedimento. Poucas mudanças foram registradas na abundância e distribuição de Excirolana armata, havendo apenas uma migração ativa destes indivíduos para a região inferior do mesolitoral. A distribuição do isópode Tholozodium rhombofrontalis manteve-se constante, porém a abundância também sofreu uma considerável diminuição. Scolelepis squamata foi também pouco afetado, pois devido ao seu hábito tubícola, este poliqueta não tem capacidade de migrar: ativamente, sendo pouco transportado para outras áreas viáveis para a sua sobrevivência, uma vez que ocorre em sedimentos bem

(26)

selecionados de zona de varrido e arrebentação em praias de alta energia (Crocker apud Souza, 1998). Bathyporeiapus ruffoi e Hemipodus olivieri apresentaram comportamentos de abundância e distribuição semelhantes em relação às tormentas: houve um aumento do número de indivíduos após a frente fria e migração até próximo a linha d'água, possivelmente pela afinidade com sedimentos mais finos.

A amostragem na praia de Atami mostrou que os diferentes padrões de zonação dos organismos não foram afetados como resposta às mudanças no ambiente provocadas por fenômenos naturais, mantendo-se no geral, a mesma distribuição antes e depois da passagem de uma frente meteorológica. A zonação das espécies em praias arenosas parece então não estar associada à estabilidade temporal das características sedimentológicas. Graham et ai. (1997) acompanharam um evento meteorológico e concluíram que alta mortalidade de indivíduos adultos da população de Macrocystis pyrifera durante um período de tormentas está negativamente correlacionada com a densidade da espécie. Neste caso, a tempestade tem como papel promover o controle da comunidade (Foster et aI. apud Graham et aI. (1997). Underwood (1999) observou que, durante um evento extremo de tempestades, os efeitos das ondas, rápido transporte de sedimento e erosão provocam grande destruição d,e uma comunidade de costão rochoso, seja por afetá-Ia diretamente ou por provocar consideráveis mudanças na área costeira.

No entanto, é importante ressaltar que o fenômeno meteorológico estudado foi de fraca intensidade, sendo possível que as respostas da macrofauna sejam

(27)

diferentes com fenômenos mais intensos e de maior duração. Até a elaboração deste trabalho não foram registrados eventos meteorológicos de maior intensidade, que são característicos do outono e da primaveira na região (Soares

I

et aI, 1997). Esta estação atípica é explicada pela presença do fenômeno La Nina no ano 2000. Durante tal fenômeno, condições mais secas que o normal são observadas ao longo da costa oeste tropical da América do Sul sendo o impacto mais importante, a médio prazo, sobre o Brasil a irregularidade nas chuvas da Região Sul, como ocorreu nos eventos La Nina de 1988/89 e 1995/96 (CPTEC -http://www.cptec.br).

(28)

Fig~ 2 - Passagem de uma frente fria pelo Estado do Paraná no dia 02/05/2000 às 21 :00 h.

(29)

9

Ô

8 ~ 7

-ITl---

E 6

-

cu 5 "O (ti 4 "O "iii 3 c cu 2

-..:: 1 O Dias

Fig.3

a -

Intensidade dos ventos durante o período de 17 de Abril a 07 de Maio de 2000 [Seta 1: data da realização da coleta pré frente fria (19/04/2000); seta 2: ocorrência da frente meteorológica (01 a 04/04/2000); seta 3: data da

9 ~---~ íi)8 Ê 7 - 6 ~ 5 ~ 4 "v; 3 ~ 2 ~ 1

o

+-~~~~~~~~ __ ~ __ ~~~~~L-~~~~~ 1 2 3 Dias

realização da coleta após a frente fria (05/05/2000)].

4

Fig.3 b - Intensidade dos ventos ocorridos durante a passagem da frente meteorológica (dias 01 a 04/04/2000)"

(30)

360 270 li) ~. 180 .... C> 90 O 1 2 3 4 Dias

Fig. 4 - Orientação dos ventos ocorridos durante a frente fria (01 a 04/05/2000).

-0,2 -0,6 -1,0

g

-1,4 ãi .~ <: -1,8 '" CI> o -2,2 -2,6 -3,0 2

Perfil Topográfico da praia de Atami

3 4 5 6 7

Estações de coleta

8 9 10

... Coleta pré frente

-O Coleta pós frente

Fig. 5 - Variação do perfil topográfico da praia de Atami antes e após a passagem da frente fria.

(31)

o

c

B

Fig. 6- Média dos tamanhos (0) dos grãos do sedimento da praia de Atami antes da passagem da frente fria (a) e após a frente fria (b).

(32)

D C 1.2 B 1.1 A 0.9 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Fig. A 0.8 0.7 0.6 0.5 D 0.4 0.3 '" C o 0.2 Õ Q) I/l 0.1 c !li .... ~ B 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Estações de coleta Fig. B

Fig. 7- Seleção dos tamanhos (0) dos grãos do sedimento da praia de Atami

(33)

o c B A 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Rg.A o C I/J o Õ CII I/J C 2 !!! t- B A 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Estações de coleta Fig. B

Fig. 8- Curtose do sedimento (0) da praia de Atami antes da passagem da frente

(34)

o c B 3 2.5 A 2 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Fig.A 1.5 0.5 O O -0.5 UI C -1 o U Q) UI C lU

.=

B -2.5 A 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Estações de coleta Fig. B

Fig. 9- Assimetria dos grãos (0) do sedimento da praia de Atami antes da

(35)

D C 9 B 8 A 2 3 4 5 6 7 8 9 10 7 Fig.A 6 5 D 4 li) C o U Q) li) c: cu .... B

....

A 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Estações de coleta Fig. B

Fig. 10 - Abundância (indivíduos/m2) e distribuição de Callichirus major na praia de Atami antes da frente fria (a) e após a frente fria (b).

(36)

c B A -1-'----" ~ C Õ Q) '" c tU I-B A 2 3 4 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Fig.A 20 5 6 7 8 9 10 Fig.S Estações de coleta

Fig. 11 - Abundância (indivíduos/m2) e distribuição de Euzonus furcirerus na praia

(37)

D+---~--~----~----~----~--~----_+~ C 500 470 B 440 410 380 A 350 2 3 4 5 6 7 8 9 10 320 Fig. A 290 260 230 O 200 170 140 (/) ~ o C 110 13 Q) 80 (/) c ~ ~ 50 I- B A 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Fig. B Estações de coleta

Fig. 12 - Abundância (indivíduos/m2) e distribuição de Puelche sp.na praia de Atami antes da frente fria (a) e após a frente fria (b).

(38)

IJ) C o t) Q) IJ) c: ~ B I-2 2 3 4 5 3 4 6 7 8 5 6 7 Estações de coleta 9 10 Figo A 8 9 10 FigoB 170 120 70 20

Fig. 13 - Abundância (indivíduos/m2) e distribuição de Tholozodium rhombofrontalis na praia de Atami antes da frente fria (a) e após a frente fria (b)o

(39)

Fig. 14 - Abundância (indivíduos/m2) e distribuição de Excirolana armata na praia de Atami antes da frente fria (a) e após a frente fria (b).

(40)

<li O Õ Q) <li C CO

.=

C...J II (' I B~

c-

, B A 2 2 3 4 5 6 7 3 4 5 6 Estações de coleta 8 7 8 9 F· Ig. A 10 i

\

\ \

/

9 Fig. B 520 20 10

Fig. 15 - Abundância (indivíduos/m2) e distribuição de Scolelepis squamata na praia de Atami antes da frente fria (a) e após a frente fria (b).

(41)

2 3 4 5 6 D,·---L----~----L---~----~ I/) c~ o Õ Q) I/) c: !'li B-i ~ A~----,_---~----~ 2 3 4 5 6 7 7 Estações de coleta 8 9 10 Fig.A 20 8 9 10 Fig. B

Fig. 16 - Abundância (indivíduos/m2) e distribuição de Bathyporeiapus ruffoi na praia de Atami antes da frente fria (a) e após a frente fria (b).

(42)

D+---~--~---~----~~ C 39 37 B 35 33 31 29 A 27 2 3 4 5 6 7 8 9 10 25 Fig.A 23 21 19 17 15 O 13 11 I/) 9 O Õ 7 Q) C 5 I/) c:: 3 ~ I- 1 B A+---~--_,---~ 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Estações de coleta Fig. B

Fig. 17 - Abundância (indivíduos/m2 ) e distribuição de Hemipodus olivieri na praia

(43)

Tab. I - Variação da temperatura e salinidade da água do mar antes e após a passagem da frente fria na praia de Atami.

Salinidade Temperatura

rC)

Coleta pré evento 37,55 24,97

(44)

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