AUTO-HIPNOSE
LIDANDO COM O INCONSCIENTE
HISTÓRIA
DA HIPNOSE
RESUMO DA HISTÓRIA
496 D.C., alguns autores apresentam que o rei
Clovis da França dizia:
"Eu te toco e Deus te cura"
PARACELSUS
MESMER
ABADE FARIA
ELLIOTSON
JAMES ESDAILE JAMES
BRAID
LIÉBEAULT
BERNHEIM
CHARCOT
SIGMUND FREUD
PAVLOV
EMILE COUÉ
MILTON ERICKSON
TRATAMENTO PELO ÍMÃ PARACELSO - séc
16
Philippe
Bombast
von
Hohenheim
(Paracelso), médico e filósofo suíço (1493 a
1541), considerava que os
seres humanos
estavam
sobre
a
ação
do
influxo
sideromagnético
dos
astros
.
Para
ele,
considerado o pai da medicina hermética, o
corpo humano se comportava como verdadeiro
ímã.
Um dos precursores da teoria da relação
entre o indivíduo e o meio.
MAGNETISMO ANIMAL OU
MESMERISMO
(MESMER – 1776, 1779)
Franciscus Antonius Mesmer, médico em
Viena, escreveu em sua tese “Dissertatio
Physico-Medica de Planetarum Influxu”, a
qual considerava que um
‘fluido sutil’ unia
todos os corpos do universo
, fazendo com
que uns atuassem sobre os outros. Os
astros, principalmente o Sol e a Lua,
exerciam influência sobre os homens.
• Armand Chastenet (marquês de Puységur): discípulo de Mesmer, adotou o conceito do
Sonambilismo Artificial. Observou que ao invés de apresentar confusões os pacientes
dormiam tranquilamente e podiam falar, responder ordens, e após serem acordados não lembravamm de nada.
• Pe. José Custódio de Faria (abade Faria – 1819): discípulo de Puységur, olhava fixamente nos olhos e em torm firme exclamava “durma!”. Abandonou a linha do
magnestismo pois passou a considerar que a vontade da pessoa e o poder da sugestão conduzia ao que ele chamou de “Sono Lúcido”.
• John Elliotson (séc. 19): 1825-1893, médico presidente da Royal Medical and Surgical Society (UK), estudou com Du Petet (discípulo de Puységur). Fundou em 1846 o
Mesmeric Hospital, foi quem primeiro curou histéricos pela hipnose.
• James Esdaile: adepto do mesmerismo, aplicava em seus pacientes submetidos a
intervenções cirúrgicas sem dor, incluindo amputações. O éter e o clorofórmio ainda não eram conhecidos como agentes anestésicos. Como outros praticantes dos mesmerismo foi desacretidao pela sociedade de medicina da época.
HIPNOTISMO
James Braid (1795-1860)
Médico oftalmologista e cirurgião Inglês, considerado o pai do hipnotismo. Observou que o fenômeno do mesmerismo era puramente subjetivo e não dependia de qualquer poder mágico, de nenhuma influência astral, de qualquer fluido mineral ou animal, nem sequer de qualquer influência da pessoa do operador. Também que esses fenômenos deviam-se exclusivamente à natureza física, mecânica e funcional, produzindo alterações nos órgãos dos sentidos, especialmente na visão, levando a um esgotamento do centro visual pela estimulação continuada e monótona.
Em 1843, publicou “Neurypnology; or, The rationale of nervous sleep”,
certo de que o fenômeno era devido a um tipo de sono nervoso, batizando-o de sono neurohipnótico. Surgindo a palavra “HIPNOSE”.
Mais tarde, percebeu que a indução da hipnose dependia da contribuição pessoal do paciente, da sua concentração numa idéia ou numa vontade, ou seja, dependia do domínio de sua atenção. Introduziu o método de indução da fixação do olhar para induzir a hipnose e percebeu graus de suscetibilidade.
SUGESTIONABILIDADE AUMENTADA
Escola de Nancy – (1854 – 1890)
(Ambroise A. Liébeault e Hippolyte Bernheim)
O médico
Liébeault
utilizava a fixação do olhar
associada pela sugestão verbal, assim como o neurologista
e professor
Bernheim
, que escreveu o primeiro livro
científico sobre hipnose ‘De la sugestione et de ses
applications a la therapeutique (1886)’.
A sugestionabilidade seria
a aptidão do cérebro de
receber ou evocar idéias
e sua tendência a realizá-las ou
transformá-las em atos (Lei do Ideodinamismo). Bernheim
também afirmou que
qualquer fenômeno hipnótico
poderia ser produzido pela sugestão em vigília
.
HIPNOSE POR MEIOS FÍSICOS
Escola de Paris -
Charcot
Jean Martin Charcot (1825-1893), tratava pacientes
histéricos no hospital dela Salpêtrière em Paris,
deduzia que a hipnose era uma manifestação
histérica
. E, ainda, que a hipnose era
obtida por meios
físicos
, dando mínimo ou nenhum valor à sugestão.
Criou a teoria dos três estágios hipnóticos:
1.
Catalepsia,
produzida pela fixação do olhar ou súbita produção de um som;2.
Letargia,
obtida pelo fechamento dos olhos, havendo surdez, mudez e hiperexcitação neuromuscular;3.
Sonambulismo,
obtido pela simples pressão ou fricção no alto da cabeça.CONDICIONAMENTO APLICADO
Emile Coué
, farmacêutico, introduziu métodos de
psicoterapia, cura e auto-tratamento, baseados em
auto-sugestão ou auto-hipnose. Tornou-se célebre
com seu método de auto-sugestão consciente, o
método Coué:
“Todos os dias, sob todos os aspectos,
eu vou cada vez melhor”.
Para Coué, não é a sugestão que o hipnotizador faz
que realiza alguma coisa, é a sugestão que é aceita
pela mente da pessoa.
FREUD e a HIPNOSE
Sigmund Freud (1856 – 1939), discípulo de
Breuer, pai da psicanálise, criador do método
da associação livre,
fez uso da hipnose para
atingir o inconsciente
.
Abandonou o uso da hipnose por acreditar
que a sugestão atrapalhavaa livre associação.
“A hipnose encobre a resistência, deixando livre
e acessível um determinado setor psíquico, em cujas
fronteiras, porém, acumula as resistências, criando
para o resto uma barreira intransponível” (FREUD,
1996b, p. 27)
ESCOLA DA REFLEXOLOGIA
Ivan Petrovich
Pavlov
(1901, 1904)
Doutrina da inibição e excitação cortical, que rege a atividade nervosa superior dos animais e dos seres humanos. As teorias de Pavlov sobre o hipnotismo originaram-se de seus experimentos com cães “Sobre a fisiologia no estado hipnótico do cão”. Em 1904, Pavlov usou pela primeira vez os termos reflexos incondicionados e reflexos condicionados.
O sono fisiológico seria devido à inibição cortical, que se propaga para centros do sono localizados mais profundamente. O sono seria produzido pela soma dos estímulos débeis, monótonos, atuando durante um certo período de tempo, produzindo sobrecarga dos processos e vias inibitórias, levando ao espalhamento da inibição. Durante a hipnose, há um foco excitatório inicial no córtex cerebral com predominância dos estímulos auditivos, que eliciam o abrir e o fechar dos olhos para a produção de fadiga dos músculos.