FSO PARGO E NOVO DUTO DE
EXPORTAÇÃO DE 8” PPG-1A - FSO PARGO
CAMPO DE PARGO - POLO PARGO, BACIA DE CAMPOS
Fevereiro, 2021 - Revisão 00
Estudo de Impacto Ambiental | EIA
Processo nº: 02001.020836/2020-06
FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐
1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos
Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA
II.7 – Medidas Mitigadoras e Compensatórias
Nº do Processo: 02001.020836/2020‐06
Elaborado por
Elaborado para
BMP Ambiental Ltda. Av. Almirante Barroso, 81, sala 33B108 Centro ‐ Rio de Janeiro ‐ RJ CEP 20031‐0004 Tel: (21) 2151‐1653 bmpambiental.com.br Perenco Petróleo e Gás do Brasil Ltda. Av. Atlântica, 1.130, entrada 01, sala 701 Copacabana ‐ Rio de Janeiro ‐ RJ CEP 22010‐000 Tel.: (21) 2128‐6101 perenco.com Fevereiro | 2021 Revisão 00BMP Ambiental Ltda. Nº do Processo: 02001.020836/2020‐06 FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA Fevereiro | 2021 Revisão 00 Página 1/1 Índice ÍNDICE II.7 ‐ Medidas Mitigadoras e Compensatórias ... 1/5 II.7.1 - Apresentação ... 1/5
II.7.2 - Objetivos e Status dos Projetos Ambientais do Polo Pargo ... 2/5
ANEXOS
Anexo II.7-1 - Projeto de Comunicação Social – Componente D
Anexo II.7-2 - Projeto de Monitoramento de Impactos de Plataformas e Embarcações sobre a Avifauna – PMAVE
BMP Ambiental Ltda. Nº do Processo: 02001.020836/2020‐06 FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA Fevereiro | 2021 Revisão 00 Página 1/5 II.7 – Medidas Mitigadoras e Compensatórias
II.7 ‐ MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS
II.7.1 ‐ Apresentação
A identificação e avaliação de impactos ambientais referentes à instalação e operação do FSO Pargo e do novo duto de exportação de 8” PPG-1A - FSO Pargo não indicou a necessidade de elaboração de novos projetos ambientais além dos que já fazem parte do conjunto de projetos ambientais do sistema de produção de petróleo e gás natural do Polo Pargo e que integram as condições específicas da LO nº 1535/2019, referente ao processo nº 02022.001461/2019-95, apresentados no Quadro II.7‐1, a seguir:
Quadro II.7‐1 – Lista de Projetos Ambientais que fazem parte da LO nº 1535/2019. Condição Específica
LO nº 1535/2019 Projeto Ambiental
2.6 Projeto de Comunicação Social - PCS
2.7 Projeto de Monitoramento Ambiental - PMA
2.8 Projeto de Controle da Poluição - PCP
2.9 Projeto de Educação Ambiental - PEA
2.10 Projeto de Educação Ambiental dos Trabalhadores - PEAT
2.11 Projeto de Monitoramento do Tráfego de Embarcações - PMTE
2.12 Projeto de Monitoramento da Utilização Viária - PMUV
2.13 Projeto de Monitoramento de Impactos de Plataformas e Embarcações sobre a Avifauna - PMAVE
2.14 Projeto de Prevenção e Controle de Espécies Exóticas – PPCEX-Perenco
2.18 Projeto de Desativação de Instalações Descomissionadas – PDID da área 18
2.19 Projeto de Desativação de Instalações - PDI
Entretanto, foi identificada a necessidade de ajuste no escopo de três projetos ambientais: PCS, PMAVE e PPCEX.
No caso do PCS, por se tratar de uma atividade que vai ocupar o espaço marítimo por cerca de quatro meses durante a fase de instalação, e que, após concluída, implicará na presença de uma nova unidade marítima (FSO), com previsão de operar por 20 anos, avaliou-se como pertinente comunicar às partes interessadas sobre as atividades previstas, de forma a se evitar ou mitigar conflitos pelo uso do espaço marítimo, especialmente com a pesca artesanal. Para tanto, se propõem uma nova Ação Complementar de Comunicação (Componente D da Nota Técnica nº 5/2018/COPROD/CGMAC/DILIC).
FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA BMP Ambiental Ltda. Nº do Processo: 02001.020836/2020‐06 Página 2/5 II.7 – Medidas Mitigadoras e Compensatórias Fevereiro | 2021 Revisão 00
Da mesma forma, o PMAVE do Polo Pargo foi readequado pela empresa CTA – Serviços em Meio Ambiente Ltda. (CTA), principalmente para contemplar a inclusão do FSO como nova área amostral, em adição às oito plataformas que já operam no polo.
O PPCEX-Perenco, que é acompanhado no âmbito do processo nº 02001.027954/2019-01, foi atualizado de forma a atender à solicitação de adequações que constam do Parecer Técnico nº 384/2019-COPROD/CGMAC/DILIC (SEI nº 6043696) e também para se ajustar às mais recentes orientações da Estratégia Nacional para Espécies Exóticas Invasoras e do Plano Coral-Sol (Portaria nº 3.642/2018).
Os projetos ambientais PCS (Anexo II.7‐1) e a Revisão 01 do PPCEX (Anexo II.7‐3), que são de responsabilidade da BMP Ambiental, encontram-se disponíveis ao final deste Capítulo. Uma apresentação da Revisão 01 do PMAVE do Polo Pargo encontra-se no Anexo II.7‐2 e o projeto propriamente dito, elaborado pelo CTA Meio Ambiente, está integralmente apresentado no Capítulo II.15 – Apêndices.
Os projetos ambientais ora reapresentados estão numerados conforme originalmente dispostos no processo nº 02022.001461/2019-95.
II.7.2 ‐ Objetivos e Status dos Projetos Ambientais do Polo Pargo
Em atendimento ao TR SEI/IBAMA nº 8793122, apresenta-se, a seguir, os objetivos de cada projeto ambiental do Polo Pargo e o status de implementação até o momento (Quadro II.7‐2). Destaca-se que a operação do Polo Pargo pela PERENCO foi iniciada em 09.10.2019 e que, de acordo com as orientações desta COPROD, a empresa tem até 90 dias, após o término do ano civil em referência, para apresentar os resultados consolidados e os respectivos comprovantes da implementação dos projetos ambientais do ano base a que se referem.
Devido ao fato de a PERENCO ter iniciado as operações no Polo Pargo no último trimestre de 2019 e da subsequente paralisação das atividades, por cerca de 70 dias, devido à operação Ouro Negro, a empresa apresentará conjuntamente, em 31.03.2021, os relatórios de andamento dos projetos ambientais do Polo Pargo referentes ao ano base 2020 e do último trimestre de 2019.
BMP Ambiental Ltda. Nº do Processo: 02001.020836/2020‐06 FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA Fevereiro | 2021 Revisão 00 Página 3/5 II.7 – Medidas Mitigadoras e Compensatórias Quadro II.7‐2 – Objetivo geral e status de implementação dos Projetos Ambientais do Polo Pargo. Projeto
Ambiental Objetivo Geral Status de Implementação
PCS
O PCS do Polo Pargo está inserido no PCS-BC Programa de Comunicação Social da Bacia de Campos (PCS-BC), cujas diretrizes são estabelecidas na Nota Técnica Nº
5/2018/COPROD/CGMAC/DILIC. O PCS-BC é constituído por um conjunto de ações de comunicação social que está sob a responsabilidade de todas as empresas com
empreendimentos licenciados de produção e escoamento de petróleo e de gás natural na Bacia de Campos. A PERENCO aderiu ao PCS-BC, conforme orientado na Nota Técnica supracitada, por meio da assinatura do Compromisso de Adesão. Devido à especificidade do processo de transferência da titularidade da Licença de Operação – LO da PETROBRAS para a PERENCO e, também por este ser o primeiro
empreendimento operado pela empresa na Bacia de Campos, o PCS do Polo Pargo também compreende uma Ação
Complementar de Comunicação (Componente D da Nota Técnica nº 5/2018/COPROD/CGMAC/DILIC), para fins de apresentar a empresa como nova operadora do Polo Pargo, disponibilizar seu canal de comunicação e minimizar possíveis expectativas quanto ao ingresso da empresa na Bacia de Campos.
A PERENCO está atualizando o material informativo (folder) e atualizando a Lista de Partes Interessadas (LPI) para envio do
folder em março de 2021.
O Relatório consolidado das ações complementares de comunicação implementadas pela empresa será protocolado em 31.03.2021.
PMA
Dar continuidade ao PMPR, implementado pela Petrobras desde 2011, por meio do monitoramento de parâmetros químicos e ecotoxicológicos da água do mar e físico-químicos e biológicos dos sedimentos na Área de Influência da PPG-1A (círculo de raio de 500 m no entorno da plataforma), e, ainda, de áreas-controle, visando a avaliação de possíveis alterações na qualidade ambiental desses compartimentos. Monitora-se também, a cada seis meses, os parâmetros físico-químicos e ecotoxicológicos da água produzida.
A PERENCO encaminhou o Ofício Nº 59/2021-BRHSE, em 19.02.2021, solicitando anuência para a
realização da primeira campanha do PMA, ano base 2020, no 1º semestre de 2021, e, a segunda, referente ao ano base 2021, no 2º semestre do mesmo ano.
PCP
Estabelecer o gerenciamento dos resíduos sólidos, líquidos e atmosféricos do Polo Pargo, estimulando o uso de tecnologias mais limpas, diminuição no consumo de materiais e energia, reciclagem e destinação correta dos resíduos. Têm suas diretrizes estabelecidas pela Nota Técnica
CGPEG/DILIC/IBAMA Nº 01/11.
O Relatório Consolidado do PCP dos anos base 2019 (complemento de outubro a dezembro) e 2020 será protocolado em 31.03.2021.
PEA
O PEA do Polo Pargo é uma extensão, para os municípios de Campos dos Goytacazes e Macaé, do Projeto de Educação Ambiental Fortalecimento da Organização Comunitária – PEA-FOCO, parte integrante do PEA-BC. O PEA-FOCO tem como público-alvo as mulheres que estão relacionadas à cadeia produtiva da pesca artesanal e vem sendo implementado, desde 2011, nos municípios de São Francisco de Itabapoana, São João da Barra, Arraial do Cabo, Cabo Frio e Armação dos Búzios, no RJ.
O Plano de Trabalho da Fase1 do PEA-FOCO PERENCO foi aprovado pelo IBAMA em 30.12.2020, por meio do Parecer Técnico nº 594/2020-COPROD/CGMAC/DILIC. A PERENCO e a consultoria
contratada para apoio na execução do PEA-FOCO estão na fase final de solução das demandas
administrativas e contratuais para início da execução do Plano de Trabalho no mês de março de 2021.
FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA BMP Ambiental Ltda. Nº do Processo: 02001.020836/2020‐06 Página 4/5 II.7 – Medidas Mitigadoras e Compensatórias Fevereiro | 2021 Revisão 00 Projeto
Ambiental Objetivo Geral Status de Implementação
PEAT
Ampliar, desenvolver e estimular habilidades, atitudes e conhecimentos, por meio das informações passadas, de forma continuada, para que os trabalhadores avaliem tanto as implicações dos danos e riscos socioambientais, assim como as ações de prevenção e mitigação, ligadas a operação.
Em função da publicação da Nota Técnica nº
5/2020/COPROD/CGMAC/DILIC, que apresenta novas diretrizes para a execução do PEAT, as empresas operadoras de empreendimentos licenciados pela COPROD foram dispensadas da exigência de execução do PEAT no segundo semestre de 2020, bem como da entrega do Relatório Anual, para fins de adaptação dos seus PEATs conforme a referida Nota Técnica, conforme Ofício-Circular nº 11/2020/COPROD/CGMAC/DILIC, de 30.06.2020.
PMTE
Compreender a dinâmica das embarcações de apoio que operam para a PERENCO no Polo Pargo, na Bacia de Campos, por meio da instalação de um sistema de restreamento que permita identificar as áreas por elas utilizadas.
O PMTE-BC está sendo
implementado pela Petrobras e o 5º Relatório Anual, referente aos resultados obtidos no ano de 2019, foi protocolado pela Petrobras (Processo nº 02001.030801/2019-33), no dia 02.12.2020 (SEI 8883596), e também pela PERENCO através do Ofício Nº 20/2021-BRHSE, de 14.01.2021 (SEI 9131703 e SEI 9131730).
PMUV
Compreender a dinâmica a respeito do transporte de carga via terrestre, de insumos, equipamentos e resíduos para
atendimento aos empreendimentos localizados no Polo Pargo, na Bacia de Campos.
O PMUV-BC está sendo
implementado pela Petrobras e o 3º Relatório Anual, referente aos dados de 2019, foi protocolado pela Petrobras (Processo nº 02022.00352/2016-16), no dia 08.09.2020 (SEI 8327599) e também pela PERENCO através do Ofício Nº 20/2021-BRHSE, de 14.01.2021 (SEI 9131703 e SEI 9131730).
PMAVE
Descrever os procedimentos a serem adotados pela PERENCO a partir da constatação da presença de uma ave, viva ou morta, nas plataformas fixas e/ou barcos de apoio da atividade. Têm suas diretrizes estabelecidas pela Nota Técnica nº
02022.000089/2015-76 CGPEGE/IBAMA – Guia para a elaboração do PMAVE, de 04.12.2015.
O PMAVE vem sendo executado desde 09.10.2019, data de início das operações da PERENCO no Polo Pargo, pela empresa CTA. O Relatório Consolidado do PMAVE dos anos base 2019 (complemento de outubro a dezembro) e 2020 será protocolado em 31.03.2021.
PPCEX-Perenco
Realizar ações de prevenção à introdução (barcos de apoio) e de detecção precoce e erradicação em áreas não afetadas (dutos submarinos) e de contenção e controle em áreas afetadas (plataformas fixas e instalações conexas) por espécies exóticas invasoras, com ênfase no coral-sol, antes, durante e após a operação de produção da PERENCO no Polo Pargo.
Foi realizada a inspeção das estruturas submarinas e das plataformas em 2020. As filmagens obtidas estão sendo analisadas por biólogos especialistas. Os resultados serão protocolados nesta COPROD até 31.03.2021.
BMP Ambiental Ltda. Nº do Processo: 02001.020836/2020‐06 FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA Fevereiro | 2021 Revisão 00 Página 5/5 II.7 – Medidas Mitigadoras e Compensatórias Projeto
Ambiental Objetivo Geral Status de Implementação
PDID da Área 18
Estabelecer os procedimentos executivos para a destinação final das estruturas descomissionadas na Área 18, constituídas de trechos de dutos rígidos, trechos de dutos flexíveis, âncoras abandonadas e sucatas.
A ser protocolado nesta COPROD, conforme previsto na LO nº 1535/2019, em 31.03.2021.
PDI
Projeto a ser apresentado conforme às diretrizes da Resolução ANP nº 817/2020, atualmente em voga, cinco anos antes do término da operação, para anuência da ANP, IBAMA e Marinha do Brasil. Deve contemplar a caracterização das instalações a serem descomissionadas e dos materiais depositados no leito marinho; a caracterização ambiental das áreas afetadas; a avaliação comparativa para a tomada de decisão pela remoção completa ou remoção parcial ou a não remoção, tendo sempre por premissa, a remoção completa; e propor um projeto de monitoramento pós-descomissionamento.
A ser implementado cinco anos antes do término da produção, ou seja, 2035.
BMP Ambiental Ltda. Nº do Processo: 02001.020836/2020‐06 FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA Fevereiro | 2021 Revisão 00 Anexo II.7 – Medidas Mitigadoras e Compensatórias
ANEXOS
BMP Ambiental Ltda. Nº do Processo: 02001.020836/2020‐06 FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA Fevereiro | 2021 Revisão 00 Anexo II.7 – Medidas Mitigadoras e Compensatórias
ANEXO II.7‐1 ‐
PROJETO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL –
COMPONENTE D
FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐
1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos
Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA
II.7.3 ‐ Projeto de Comunicação Social ‐ Componente D
Nº do Processo: 02001.020836/2020‐06
Elaborado por
Elaborado para
BMP Ambiental Ltda. Av. Almirante Barroso, 81, sala 33B108 Centro ‐ Rio de Janeiro ‐ RJ CEP 20031‐0004 Tel: (21) 2151‐1653 bmpambiental.com.br Perenco Petróleo e Gás do Brasil Ltda. Av. Atlântica, 1.130, entrada 01, sala 701 Copacabana ‐ Rio de Janeiro ‐ RJ CEP 22010‐000 Tel.: (21) 2128‐6101 perenco.com Fevereiro | 2021 Revisão 00BMP Ambiental Ltda. Nº do Processo: 02001.020836/2020‐06 FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA Fevereiro | 2021 Revisão 00 Página 1/1 Índice ÍNDICE
II.7.3 - Projeto de Comunicação Social – Componente D ... 1/6
II.7.3.1 - Justificativa ... 1/6 II.7.3.2 - Objetivos ... 2/6 II.7.3.3 - Metas ... 3/6 II.7.3.4 - Indicadores ... 3/6 II.7.3.5 - Público-alvo ... 4/6 II.7.3.6 - Metodologia ... 4/6
II.7.3.7 - Inter-relação com outros Planos e Projetos ... 5/6
II.7.3.8 - Atendimento a Requisitos Legais e/ ou outros Requisitos ... 5/6
II.7.3.9 - Etapas de Execução ... 5/6
II.7.3.10 - Recursos Necessários ... 5/6
II.7.3.11 - Cronograma Físico ... 6/6
II.7.3.12 - Acompanhamento e Avaliação ... 6/6
II.7.3.13 - Responsável pela Implementação do Projeto... 6/6
II.7.3.14 - Responsável Técnico ... 6/6
BMP Ambiental Ltda. Nº do Processo: 02001.020836/2020‐06 FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA Fevereiro | 2021 Revisão 00 Página 1/6 II.7.3 ‐ Projeto de Comunicação Social ‐ Componente D
II.7.3 ‐ Projeto de Comunicação Social – Componente D
II.7.3.1 ‐ Justificativa
Na avaliação de impactos observou-se que potenciais efeitos negativos, relacionados com a instalação, operação e descomissionamento do duto e do FSO, têm como medida mitigatória a divulgação de informações por intermédio de um Projeto de Comunicação Social. Todos esses impactos são apresentados sob a mesma designação, que é a interferência com a atividade pesqueira (artesanal ou industrial), e ocorrem em toda as etapas (a exceção da operação do duto). Os potenciais efeitos negativos associados a esses impactos derivam do fluxo de embarcações de apoio para atender as diferentes etapas, bem como a instituição de áreas de restrição à atividade pesqueira para a instalação, operação e desinstalação de estruturas. As ações de comunicação, que operam como mitigação nesses casos, correspondem a divulgação de informações sobre o período, quantidade e tipo de embarcações de apoio que irão atuar e os locais onde serão instaladas (e posteriormente desinstaladas) as estruturas do empreendimento.
Nesse sentido, o público-alvo das ações informativas são as embarcações pesqueiras atuantes na área do Campo de Pargo e nas imediações da rota entre o campo e a base de apoio. No entanto, as modalidades de pesca com ocorrência na região apresentam características próprias: enquanto as embarcações de pesca industrial possuem equipamentos sofisticados de comunicação e localização, as embarcações da pesca artesanal são bem mais simples. Entende-se que as embarcações de pesca industrial apresentam uma capacidade superior para ouvir alertas e notificações, bem como localizar as áreas as quais os alertas se referem. Isto não quer dizer efetivamente que não seja possível contatar as embarcações artesanais no mar, mas que o contato com as embarcações industriais é mais fácil dado os equipamentos de radiocomunicação disponíveis.
Outro fator que diferencia as modalidades de pesca são as dimensões das áreas de atuação. Enquanto a pesca artesanal se mantém nos limites da Bacia de Campos, a industrial se expande para bem além desta. Na avaliação de impactos a sensibilidade do fator ambiental buscou expressar essa diferença.
A proposição de medidas de comunicação para a mitigação dos impactos de interferência na atividade pesqueira considerou tanto as diferenças na sensibilidade ambiental, como a capacidade de comunicação e localização. Assim, projetou-se que a comunicação com a pesca industrial pode se dar no contexto dos Avisos-Rádio Náuticos e Aviso aos Navegantes, serviços usuais de segurança marítima da Marinha do Brasil. Por outro lado, para a pesca artesanal, percebe-se a necessidade de informar as instituições representativas do grupo.
FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA BMP Ambiental Ltda. Nº do Processo: 02001.020836/2020‐06 Página 2/6 II.7.3 ‐ Projeto de Comunicação Social ‐ Componente D Fevereiro | 2021 Revisão 00
Este Projeto, portanto, pretende realizar uma Ação Complementar de Comunicação (Componente D da Nota Técnica nº 5/2018/COPROD/CGMAC/DILIC), para fins de divulgar as atividades da PERENCO antes do início da instalação do novo duto e do FSO. Para a fase de operação, prevista para durar 20 anos, e a subsequente fase de descomissionamento, o Projeto de Comunicação Social da PERENCO se dará nas bases de PCS-BC, ao qual a operadora aderiu na época do processo de transferência da Licença de Operação do Polo Pargo.
Observa-se que as ações complementares de comunicação aqui previstas serão restritas aos grupos diretamente relacionados com os impactos citados. Cabe ainda a comunicação para o poder público dos municípios cuja pesca artesanal pode sofrer alguma interferência durante a instalação dos empreendimentos e aos gestores dos projetos de educação ambiental que fazem parte do PEA-BC. São eles:
Instituições representativas da pesca artesanal nos municípios de São Francisco do Itabapuana, São João da Barra, Campos dos Goytacazes, Macaé e Cabo Frio, no Rio de Janeiro;
Poder público dos municípios de São Francisco do Itabapuana, São João da Barra, Campos dos Goytacazes, Macaé e Cabo Frio, no Rio de Janeiro;
Gestores dos Projetos de Educação Ambiental – PEAs que fazem parte do PEA-BC.
II.7.3.2 ‐ Objetivos
II.7.3.2.1 ‐ Objetivo Geral
Informar o público-alvo que pode ser impactado pelo empreendimento (instituições representativas da pesca artesanal e poder público municipal), dos municípios de São Francisco do Itabapoana, São João da Barra, Campos dos Goytacazes, Macaé e Cabo Frio, no estado do Rio de Janeiro, sobre a atividade de instalação do FSO Pargo e do novo duto, assim como aos gestores dos PEAs que fazem parte do PEA-BC, partes interessadas deste projeto.
BMP Ambiental Ltda. Nº do Processo: 02001.020836/2020‐06 FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA Fevereiro | 2021 Revisão 00 Página 3/6 II.7.3 ‐ Projeto de Comunicação Social ‐ Componente D II.7.3.2.2 ‐ Objetivos Específicos
Para atender ao objetivo geral, foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos:
Entregar ao público-alvo pelos Correios, com Aviso de Recebimento – AR, informativo impresso sobre o empreendimento, ou por e-mail ou WhatsApp, o mesmo material informativo adaptado para formato digital;
Estabelecer um canal de comunicação com o público-alvo, apresentando o contato da PERENCO (ouvidoria).
Notificar a ocorrência do empreendimento à Superintendência de Segurança da Navegação, do Centro de Hidrografia da Marinha – CHM/ Diretoria de Hidrografia e Navegação – DHN, para divulgação via Serviços de Avisos-Rádio Náuticos (SEGNAV), para notificação expedita, e no Aviso aos Navegantes - Área Marítima e Hidrovias em Geral, publicação com atualização das cartas e publicações náuticas com periodicidade quinquenal.
O material informativo será elaborado e encaminhado para aprovação desta COPROD no âmbito do processo de licenciamento da fase de instalação do FSO e do novo duto.
II.7.3.3 ‐ Metas
Contatar 100% do público-alvo selecionado, antes do início da atividade de instalação do duto e do FSO, por meio do envio de material informativo impresso pelos Correios com AR, ou do mesmo material informativo, em formato digital, por e‐mail e WhatsApp;
Responder a 100% dos contatos realizados via ouvidoria;
Informar à Superintendência de Segurança da Navegação/ CHM, da Marinha do Brasil, com antecedência razoável, sobre o início e término das atividades de instalação (duto e FSO), as embarcações envolvidas, e as respectivas áreas de trabalho.
II.7.3.4 ‐ Indicadores
Número de entidades que receberam o material impresso, por Correios, e‐mail ou WhatsApp, versus número de entidades levantadas como público-alvo;
Número de reclamações e dúvidas respondidas versus número de reclamações e dúvidas recebidas pelo canal de ouvidoria.
FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA BMP Ambiental Ltda. Nº do Processo: 02001.020836/2020‐06 Página 4/6 II.7.3 ‐ Projeto de Comunicação Social ‐ Componente D Fevereiro | 2021 Revisão 00
Comprovante de envio, pela PERENCO, do informe da atividade de instalação à Superintendência de Segurança da Navegação/ CHM e registro dos anúncios realizados via SEGNAV e Aviso aos Navegantes.
II.7.3.5 ‐ Público‐alvo
Instituições de representativas da pesca artesanal nos municípios de São Francisco do Itabapuana, São João da Barra, Campos dos Goytacazes, Macaé e Cabo Frio;
Poder público dos municípios de São Francisco do Itabapoana, São João da Barra, Campos dos Goytacazes, Macaé e Cabo Frio; e
Gestores dos PEAs que fazem parte do PEA-BC.
A lista de partes interessadas (LPI) será atualizada e encaminhada para aprovação desta COPROD no âmbito do processo de licenciamento da fase de instalação do FSO e do novo duto.
II.7.3.6 ‐ Metodologia
II.7.3.6.1 ‐ Distribuição de Material Informativo
A ação complementar de comunicação ao PCS-BC pela PERENCO se dará apenas uma única vez, e consistirá no envio ao público-alvo que poderá sofrer interferência em suas atividades durante à instalação do duto e do FSO e aos gestores dos PEAs que fazem parte do PEA-BC, de material informativo sobre o empreendimento (impresso e/ou digital). Essa distribuição poderá se dar pela entrega do material impresso por Correios, com AR, por e‐mail e/ou por WhatsApp.
A distribuição do material informativo deverá ocorrer com, no mínimo, 15 dias de antecedência do início das atividades de instalação.
II.7.3.6.2 ‐ Ouvidoria
A ouvidoria consiste de um canal permanente, direto e gratuito para a comunicação entre o público-alvo e a PERENCO, visando permitir, principalmente, o esclarecimento de dúvidas e o atendimento a eventuais reclamações. Os contatos para atendimento ao público-alvo serão divulgados no material informativo. Todos os questionamentos, solicitações e reclamações recebidas pela ouvidoria deverão ser tabulados e respondidos em até três dias úteis após o seu registro.
BMP Ambiental Ltda. Nº do Processo: 02001.020836/2020‐06 FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA Fevereiro | 2021 Revisão 00 Página 5/6 II.7.3 ‐ Projeto de Comunicação Social ‐ Componente D
II.7.3.7 ‐ Inter‐relação com outros Planos e Projetos
Esta Ação Complementar de Comunicação se relaciona com todos os demais projetos ambientais do Polo Pargo.
II.7.3.8 ‐ Atendimento a Requisitos Legais e/ ou outros Requisitos
Constituição 1988, Art. 225, parágrafo 1º; Resolução CONAMA nº 237/97;
Nota Técnica Nº 5/2018/COPROD/CGMAC/DILIC.
II.7.3.9 ‐ Etapas de Execução
A seguir, são apresentadas as etapas para a execução desta Ação Complementar de Comunicação proposta pela PERENCO:
Atualizar os nomes, telefones e endereços dos representantes do público-alvo (na fase de licenciamento para obtenção da Licença de Instalação);
Enviar, ao público-alvo, o material informativo impresso via Correios com AR, ou o mesmo material informativo, em formato digital, por e-mail e/ou WhatsApp, com, no mínimo, 15 dias de antecedência ao início da atividade de instalação;
Informar à Superintendência de Segurança da Navegação/ CHM, da Marinha do Brasil, com no mínimo 15 dias de antecedência do início da atividade de instalação, as informações pertinentes para divulgação no SEGNAV e Aviso aos Navegantes; e
Disponibilizar o canal de ouvidoria para atendimento às solicitações do público-alvo.
II.7.3.10 ‐ Recursos Necessários
A PERENCO irá fornecer toda a estrutura e suporte necessário para a execução desta Ação Complementar de Comunicação.
FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA BMP Ambiental Ltda. Nº do Processo: 02001.020836/2020‐06 Página 6/6 II.7.3 ‐ Projeto de Comunicação Social ‐ Componente D Fevereiro | 2021 Revisão 00
II.7.3.11 ‐ Cronograma Físico
A presente Ação Complementar de Comunicação está prevista para iniciar até 15 dias antes do início da atividade de instalação, com o envio do material informativo ao público-alvo. O canal de ouvidoria deverá estar disponível com a mesma antecedência e assim permanecer durante toda a atividade. Ações de comunicação para a fase de operação do empreendimento, previsto para durar 20 anos, deverão ocorrer no âmbito do PCS-BC.
II.7.3.12 ‐ Acompanhamento e Avaliação
A execução dessa Ação Complementar de Comunicação será acompanhada por meio de:
Aviso de Recebimento - AR dos Correios para o material impresso enviado por postagem; Aviso de recebimento do material enviado via correio eletrônico ou WhatsApp;
Registro diário dos Aviso-Rádio Náuticos (disponível em
https://www.marinha.mil.br/chm/dados-do-segnav-avradio-script/costa-sul); Registro quinquenal publicações dos Aviso aos Navegantes (disponível em
https://www.marinha.mil.br/chm/dados-do-segnav/folhetos).
II.7.3.13 ‐ Responsável pela Implementação do Projeto
Nome Perenco Petróleo e Gás do Brasil Ltda.
Endereço Avenida Atlântica, 1130, Entrada 01, Sala 701. Copacabana.
Rio de Janeiro, RJ. 22021-000
Telefone (21) 2128-6101
II.7.3.14 ‐ Responsável Técnico
Nome Eduardo de Almeida Menezes
Profissão | CPF Cientista Social | 028.724.271-47
BMP Ambiental Ltda. Nº do Processo: 02001.020836/2020‐06 FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA Fevereiro | 2021 Revisão 00 Anexo II.7 – Medidas Mitigadoras e Compensatórias
ANEXO II.7‐2 ‐
PROJETO DE MONITORAMENTO DE IMPACTOS DE
PLATAFORMAS E EMBARCAÇÕES SOBRE A AVIFAUNA – PMAVE
FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐
1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos
Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA
II.7.6 ‐ Projeto de Monitoramento de Impactos de Plataforma e
Embarcações sobre a Avifauna ‐ PMAVE
Nº do Processo: 02001.020836/2020‐06
Elaborado por
Elaborado para
BMP Ambiental Ltda. Av. Almirante Barroso, 81, sala 33B108 Centro ‐ Rio de Janeiro ‐ RJ CEP 20031‐0004 Tel: (21) 2151‐1653 bmpambiental.com.br Perenco Petróleo e Gás do Brasil Ltda. Av. Atlântica, 1.130, entrada 01, sala 701 Copacabana ‐ Rio de Janeiro ‐ RJ CEP 22010‐000 Tel.: (21) 2128‐6101 perenco.com Fevereiro | 2021 Revisão 00BMP Ambiental Ltda. Nº do Processo: 02001.020836/2020‐06 FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA Fevereiro | 2021 Revisão 00 Página 1/1 Índice ÍNDICE
II.7.6 - Projeto de Monitoramento de Impactos de Plataformas e Embarcações sobre a
Avifauna – PMAVE ... 1/1
BMP Ambiental Ltda. Nº do Processo: 02001.020836/2020‐06 FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA Fevereiro | 2021 Revisão 00 Página 1/1 II.7.6 ‐ Projeto de Monitoramento de Impactos dePlataforma e Embarcações sobre a Avifauna ‐ PMAVE
II.7.6 ‐ Projeto de Monitoramento de Impactos de Plataformas e
Embarcações sobre a Avifauna – PMAVE
II.7.6.1 ‐ Apresentação
O CTA – Serviços em Meio Ambiente Ltda. (CTA Meio Ambiente) foi a empresa responsável pela elaboração do Projeto de Monitoramento de Impactos de Plataformas e Embarcações sobre a Avifauna – PMAVE para o Sistema de Produção de Petróleo e Gás Natural do Polo Pargo, Bacia de Campos (Processo nº 02022.001461/2019-95) e é a responsável por sua implementação desde o início das operações do polo pela PERENCO, em 09.10.2019.
O PMAVE-Polo Pargo descreve os procedimentos a serem adotados pela PERENCO a partir da constatação de ocorrências incidentais envolvendo aves debilitadas, feridas ou mortas, encontradas nas plataformas fixas e/ou barcos de apoio da atividade, bem como aglomerações de avifauna nas estruturas.
A Revisão 01 do PMAVE – Polo Pargo inclui o FSO Pargo como nova área amostral do projeto, no âmbito do Processo nº 02001.020836/2020-06, ora em análise, e apresenta, para apreciação desta COPROD, os documentos atualizados do pedido de retificação da Abio N°1190/2019, ainda não assinados em função da fase de licenciamento.
Ressalta-se que por meio do Ofício nº 65/2021-BRHSE, protocolado em 22.02.2021, foi solicitada a retificação da Abio N°1190/2019 do Processo nº 02022.001461/2019-95, devido à:
Alteração do responsável técnico pela PERENCO;
Alteração do Coordenador Geral do projeto pelo CTA Meio Ambiente; e Atualização geral da equipe.
O PMAVE-Polo Pargo, Revisão 01, elaborado conforme as diretrizes da Nota Técnica nº 02022.000089/2015-76 CGPEG/IBAMA – Guia para a elaboração do PMAVE, de 04.12.2015, encontra-se no Apêndice II.15‐3 deste EIA.
BMP Ambiental Ltda. Nº do Processo: 02001.020836/2020‐06 FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA Fevereiro | 2021 Revisão 00 Anexo II.7 – Medidas Mitigadoras e Compensatórias
ANEXO II.7‐3 –
PROJETO DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE
ESPÉCIES EXÓTICAS ‐ PPCEX
FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐
1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos
Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA
II.7.7 ‐ Projeto de Prevenção e Controle de Espécies Exóticas ‐ PPCEX
Nº do Processo: 02001.027954/2019‐01
Elaborado por
Elaborado para
BMP Ambiental Ltda. Av. Almirante Barroso, 81, sala 33B108 Centro ‐ Rio de Janeiro ‐ RJ CEP 20031‐0004 Tel: (21) 2151‐1653 bmpambiental.com.br Perenco Petróleo e Gás do Brasil Ltda. Av. Atlântica, 1.130, entrada 01, sala 701 Copacabana ‐ Rio de Janeiro ‐ RJ CEP 22010‐000 Tel.: (21) 2128‐6101 perenco.com Fevereiro | 2021 Revisão 01BMP Ambiental Ltda. Nº do Processo: 02001.027954/2019‐01 FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA Fevereiro | 2021 Revisão 01 Página 1/1 Índice ÍNDICE II.7.7 ‐ Projeto de Prevenção e Controle de Espécies Exóticas ‐ PPCEX ... 1/20 II.7.7.1 ‐ Justificativa ... 1/20 II.7.7.2 ‐ Premissas ... 2/20 II.7.7.3 ‐ Objetivos ... 3/20 II.7.7.4 ‐ Metas ... 4/20 II.7.7.5 ‐ Indicadores ... 4/20 II.7.7.6 ‐ Público‐alvo ... 5/20 II.7.7.7 ‐ Metodologia ... 5/20 II.7.7.8 ‐ Inter‐relação com outros Planos e Projetos ... 16/20 II.7.7.9 ‐ Atendimento a Requisitos Legais e/ ou outros Requisitos ... 16/20 II.7.7.10 ‐ Etapas de Execução ... 17/20 II.7.7.11 ‐ Recursos Necessários ... 17/20 II.7.7.12 ‐ Cronograma Físico ... 18/20 II.7.7.13 ‐ Acompanhamento e Avaliação ... 18/20 II.7.7.14 ‐ Responsável pela Implementação do Projeto... 19/20 II.7.7.15 ‐ Responsável Técnico ... 19/20 II.7.7.16 ‐ Referências Bibliográficas ... 19/20 ÍNDICE DE QUADROS Quadro II.7.7‐1 ‐ Avaliação de Risco ‐ Critérios e Classificação. ... 8/20 ÍNDICE DE FIGURAS Figura II.7.7‐1 ‐ Fluxograma para avaliação de necessidade de inspeção. ... 10/20 Figura II.7.7‐2 ‐ Tipos de rede e aro que poderão ser utilizados. ... 15/20 Figura II.7.7‐3 ‐ Exemplo das medições, pesagem e armazenamento de amostras. ... 16/20
BMP Ambiental Ltda. Nº do Processo: 02001.027954/2019‐01 FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA Fevereiro | 2021 Revisão 01 Página 1/20 II.7.7 ‐ Projeto de Prevenção e Controle de Espécies Exóticas ‐ PPCEX
II.7.7 ‐ Projeto de Prevenção e Controle de Espécies Exóticas ‐ PPCEX
II.7.7.1 ‐ Justificativa
Em 1992, na cidade do Rio de Janeiro (ECO‐92), foi realizada a Convenção sobre a Diversidade Biológica – CDB, durante a Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, ratificada pelo Governo Brasileiro. A CDB entrou em vigor internacional em 1993 e, no Brasil, seu texto foi aprovado pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legislativo nº 2, de fevereiro de 1994. Posteriormente, a CDB foi promulgada pelo Decreto Federal nº 2.519, de março de 1998.A CDB é o arcabouço legal e político de diversas outras convenções, diretrizes e acordos, entre eles, as Diretrizes para a Prevenção, Controle e Erradicação das Espécies Exóticas Invasoras (EEIs). A CDB define espécie exótica invasora (EEI) como “toda espécie que se encontra fora de
sua área de distribuição natural, ameaçam ecossistemas, habitats ou outras espécies, possuem elevado potencial de dispersão, de colonização e de dominação dos ambientes invadidos, criando, em consequência desse processo, pressão sobre as espécies nativas e, por vezes, a sua própria exclusão”. Com a promulgação da CDB, e mais fortemente a partir de 2001, o Brasil, por meio do Ministério do Meio Ambiente – MMA e em associação com outros setores da sociedade (governo, empresas e ONGs), vem realizando uma série de ações multilaterais voltadas à prevenção de introduções; detecção precoce; erradicação; controle/manejo; e monitoramento de EEIs. Nesse sentido, a Estratégia Nacional para Espécies Exóticas Invasoras (Resolução CONABIO nº 5, de outubro de 2009) foi o primeiro documento aprovado pelo Governo Federal para orientar as diferentes esferas do governo no trato das questões relativas às EEIs. Em seguida, deu‐se a aprovação das Metas Nacionais de Biodiversidade para 2020, por meio da Resolução CONABIO nº 6, de setembro de 2013. Atualmente, Estratégia Nacional para Espécies Exóticas Invasoras encontra‐se regulamentada pela Resolução CONABIO nº 7, de maio de 2018, que revogou a Resolução CONABIO nº 5/2009. Soma‐se a esse arcabouço, o Plano de Implementação da Estratégia Nacional para Espécies Exóticas Invasoras, instituído pela Portaria SBio/MMA nº 3, de agosto de 2018.
Em 2016, foi criado o Grupo de Trabalho – GT encarregado de coordenar a elaboração do Plano Nacional de Prevenção, Controle e Monitoramento do Coral‐Sol (Tubastraea coccínea e
Tubastraea tagusensis) no Brasil – Plano Coral‐Sol, formado por representantes do MMA, IBAMA
e ICMBio. Esse Plano, aprovado pela Portaria IBAMA nº 3.642, de dezembro de 2018, estabelece ações de prevenção, controle e monitoramento do coral‐sol.
FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA BMP Ambiental Ltda. Nº do Processo: 02001.027954/2019‐01 Página 2/20 II.7.7 ‐ Projeto de Prevenção e Controle de Espécies Exóticas ‐ PPCEX Fevereiro | 2021 Revisão 01
Dentre as muitas espécies invasoras que ocorrem no Brasil, o coral‐sol é uma das mais preocupantes para biodiversidade marinha, pois se reproduz de forma descontrolada, apresenta baixas taxas de mortalidade e reduz a abundância de espécies nativas, produzindo substâncias químicas nocivas que excluem a fauna e flora nativas (BrBio, 2018).
O termo coral‐sol refere‐se a um gênero (Tubastrea Lesson 1829) originário de ambientes de águas rasas dos oceanos Pacífico e Índico. Este gênero apresenta sete espécies, incluindo
Tubastraea coccinea e Tubastraea tagusensis, consideradas, portanto, como EEIs em
ecossistemas costeiros brasileiros. Essas espécies podem ocorrer, verticalmente, desde águas rasas (1‐2 metros) até 78 metros, em substratos de variadas inclinações (PSRM, 2017).
A presença do coral‐sol no Brasil foi observada, pela primeira vez, na década de 80, em plataformas de petróleo atuando na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. Atualmente, já existem registros em mais de sete estados brasileiros e 20 Unidades de Conservação (ICMBio, 2019). As principais vias de introdução e disseminação do coral‐sol foram associadas ao trânsito internacional de unidades marítimas de perfuração e produção de óleo e gás, bem como das embarcações que apoiam essas atividades. Unidades marítimas e embarcações são consideradas, portanto, como vetores potenciais de EEIs, que atravessam oceanos incrustadas em seus cascos e ferros.
No Rio de Janeiro, o coral‐sol está registrado nos seguintes locais: Baía de Ilha Grande, Baía de Sepetiba, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Armação dos Búzios e no Arquipélago das Cagarras, já tendo sido também identificado em oito Unidades de Conservação do estado (PSRM, 2017). Segundo a Lei Complementar nº 140, de dezembro de 2011, em seu art. 7º, item XVII, cabe à União, “controlar a introdução no País de espécies exóticas potencialmente invasoras que possam
ameaçar os ecossistemas, habitats e espécies nativas”. Nesse sentido, e aliado ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 15, Meta 15.8, que é o de, “até 2020, implementar medidas para evitar a introdução e reduzir significativamente o impacto de espécies exóticas invasoras em ecossistemas terrestres e aquáticos, e controlar ou erradicar as espécies prioritárias”, em
processos de licenciamento ambiental de atividades offshore, as quais possuem potencial para a disseminação de coral‐sol, justifica‐se a necessidade de planejamento e execução de ações de prevenção e detecção precoce à introdução dessas espécies em áreas não contaminadas.
II.7.7.2 ‐ Premissas
O Polo Pargo, constituído por oito plataformas fixas (PPG‐1A/B, PVM‐1, PVM‐2, PVM‐3, PCP‐1/3, PCP‐2) e estruturas submarinas (dutos rígidos e flexíveis), é operado desde 1988 pela PETROBRAS. Em resposta ao Parecer Técnico nº 75/2019‐COPROD/CGMAC/DILIC, a PETROBRAS protocolou, em 30.04.2019, a resposta à Condicionantes Específica 2.25 (Projeto
BMP Ambiental Ltda. Nº do Processo: 02001.027954/2019‐01 FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA Fevereiro | 2021 Revisão 01 Página 3/20 II.7.7 ‐ Projeto de Prevenção e Controle de Espécies Exóticas ‐ PPCEX Executivo da Área 18 do PDID‐BC). Nesse documento, a empresa afirma que, “ainda não foram
encontradas colônias de coral‐sol (Tubastraea spp.) incrustadas nos dutos (rígidos e flexíveis – todos trechos de fundo, ou seja, apoiados no leito marinho)”. Por outro lado, nos laudos de
avaliação de ocorrência de EEIs das unidades PPG‐1A/B, PCP‐1/3, PCP‐2, PVM‐1, PVM‐2 e PVM‐ 3, encaminhados pela Carta UO‐BM 0593/2019, protocolada no IBAMA em 06.06.2019, a PETROBRAS confirma a existência de coral‐sol em todas as plataformas fixas do Polo Pargo. Tendo em conta que para o Polo Pargo são válidas as orientações e diretrizes determinadas pelo IBAMA para o PPCEX‐Petrobras (Processo nº 02001.0233332/2018‐15), e que, no Parecer Técnico nº 11/2019‐COPROD/CGMAC/DILIC, esta Coordenação concorda com a premissa da PETROBRAS de que a presença de EEIs em uma UEP é indicativo da presença também nas linhas, riseres e amarras conexas, de forma análoga, estas premissas serão adotadas pela PERENCO como background até que a empresa realize a sua própria inspeção submarina e o imageamento das estruturas, quando será atualizado o diagnóstico quanto à presença/ausência de coral‐sol em todo o sistema de produção do Polo Pargo.
II.7.7.3 ‐ Objetivos
II.7.7.3.1 ‐ Geral
Este Projeto tem por objetivo geral realizar ações de: (i) prevenção à introdução (embarcações de apoio dedicadas); (ii) detecção precoce e erradicação em áreas não afetadas (dutos submarinos); e (iii) contenção e controle em áreas afetadas (plataformas fixas e instalações conexas) por EEIs, com ênfase no coral‐sol, antes, durante e após a operação de produção da PERENCO no Polo Pargo.
II.7.7.3.2 ‐ Específico
Os objetivos específicos deste projeto são:
Realizar ações de prevenção de introdução, detecção precoce e erradicação de EEIs nos potenciais “vetores” da atividade (embarcações de apoio dedicadas);
Realizar ações de prevenção de introdução e detecção precoce e erradicação (em manchas isoladas de bioincrustação e em áreas de fácil acesso) de EEIs nos dutos rígidos e flexíveis e no FSO Pargo (não contaminados);
FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA BMP Ambiental Ltda. Nº do Processo: 02001.027954/2019‐01 Página 4/20 II.7.7 ‐ Projeto de Prevenção e Controle de Espécies Exóticas ‐ PPCEX Fevereiro | 2021 Revisão 01 Realizar ações de contenção e controle de EEIs nas plataformas fixas e instalações conexas (linhas, riseres e amarras) do Polo Pargo (contaminadas).
II.7.7.4 ‐ Metas
Embarcações de apoio ou outras estruturas flutuantes vindas do exterior, devem apresentar laudo de casco limpo e data de última pintura com tinta anti‐incrustante antes de entrar em Águas Jurisdicionais Brasileiras ‐ AJB.
Embarcações de apoio dedicadas, que estejam atuando no Brasil, devem apresentar laudo técnico de casco limpo e data de última pintura com tinta anti‐incrustante antes do início dos serviços;
Realizar inspeções visuais periódicas e de manutenção do casco de acordo com a sociedade classificadora;
Realizar, a cada cinco anos e até o término da vida útil do empreendimento, a partir de 2020: (i) inspeções periódicas de manutenção do casco das embarcações (apoio e FSO), de acordo com a sociedade classificadora; (ii) o mapeamento do tamanho das colônias e acompanhamento da densidade das populações de coral‐sol instaladas nas plataformas fixas e (iii) a inspeção da presença ou ausência de EEIs, com ênfase no coral‐sol, nos sistemas submarinos do Polo Pargo.
II.7.7.5 ‐ Indicadores
Para embarcações estrangeiras, caso aplicável: relatório de inspeção/limpeza do casco, antes da entrada da embarcação em AJB, com documentação comprobatória, como vídeos e/ou fotografias, que demonstre a ausência de quaisquer bioincrustações e o tratamento recente com tinta anti‐incrustante. Durante as atividades, comprovantes de realização de inspeções visuais, conforme avaliação de risco, e de manutenções periódicas de acordo com a avaliação de risco e/ou com a periodicidade exigível pela Autoridade Marítima Brasileira e a Sociedade Classificadora.
Para embarcações de apoio dedicadas que atuam no Brasil: Laudo técnico de que a embarcação está livre de incrustações de EEIs e que o casco possui tratamento com tinta anti‐incrustante, antes de iniciar as atividades no Polo Pargo. Durante as atividades, comprovantes de realização de inspeções visuais, conforme avaliação de risco, e de manutenções periódicas, de acordo com a avaliação de risco e/ou periodicidade exigível pela Autoridade Marítima Brasileira e a Sociedade Classificadora.
BMP Ambiental Ltda. Nº do Processo: 02001.027954/2019‐01 FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA Fevereiro | 2021 Revisão 01 Página 5/20 II.7.7 ‐ Projeto de Prevenção e Controle de Espécies Exóticas ‐ PPCEX Para as plataformas fixas: laudos quinquenais de mapeamento do tamanho das colônias e acompanhamento da densidade populacional do coral‐sol já instalado, sendo previstos quatro laudos.
Para os sistemas submarinos: laudos quinquenais de inspeção da presença/ausência de EEIs, com ênfase no coral‐sol, sendo previstos quatro laudos.
II.7.7.6 ‐ Público‐alvo
Este Projeto tem como público‐alvo os órgãos de fiscalização e de licenciamento ambiental e a sociedade em geral.II.7.7.7 ‐ Metodologia
As ações a serem implementadas para as embarcações de apoio dedicadas são: Para embarcações estrangeiras: será solicitada a apresentação de relatório de inspeção prévia à entrada da embarcação em AJB, que comprove que as mesmas estão livres de incrustações de EEIs, e que o casco possui tratamento recente com tinta anti‐incrustante. Para as embarcações que atuam no Brasil: será solicitada a apresentação de declaração de
que a embarcação está livre de bioincrustações de EEIs e que o casco possui tratamento recente com tinta anti‐incrustante antes do início da operação.
Durante as operações: não será permitido o trajeto por e nem o fundeio em áreas já conhecidamente infestadas por coral‐sol. Ressalta‐se que as embarcações usarão o Porto do Açu como base de apoio portuário, a B‐PORT, localizado no município de São João da Barra, RJ, e considerado, até o momento, área não contaminada por Tubastraea spp. As embarcações deverão passar por inspeções visuais periódicas e manutenção do casco (limpeza, pintura com tinta‐antincrustante), de acordo com a avaliação de risco e/ou periodicidade exigível pela Autoridade Marítima Brasileira e a Sociedade Classificadora. Ao término do contrato de afretamento, deverá ser realizado inspeção e gerado laudo do diagnóstico do casco das embarcações envolvidas quanto à presença/ausência de EEIs. Caso o casco esteja contaminado, a PERENCO deverá providenciar a limpeza e remoção completa do material biológico, em local apropriado (preferencialmente em dique seco), antes da liberação dos barcos para nova atividade. Os resíduos biológicos devem ser encaminhados, após anuência desta COPROD, para correta destinação, preferencialmente para locais que propiciem o aproveitamento do material carbonático.
FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA BMP Ambiental Ltda. Nº do Processo: 02001.027954/2019‐01 Página 6/20 II.7.7 ‐ Projeto de Prevenção e Controle de Espécies Exóticas ‐ PPCEX Fevereiro | 2021 Revisão 01 As ações a serem implementadas para as plataformas e sistemas submarinos são:
Inspeções periódicas: serão realizadas inspeções, a cada cinco anos, nas estruturas submersas das plataformas fixas e do FSO, assim como nos sistemas submarinos (dutos, linhas flexíveis), para verificação da presença/ausência e contenção/controle de EEIs, com ênfase no coral‐sol. A certeza da presença/ausência e identificação da EEI deverá ser atestada por um especialista. Cabe a ressalva que, caso sejam realizadas inspeções de integridade de trechos de dutos ou das plataformas antes dos intervalos previstos, deverá ser obrigatoriamente incluída a verificação da presença/ausência de EEIs, com ênfase no coral‐sol. Ações de remoção de coral‐sol nas estruturas submarinas, mesmo que em manchas isoladas e em áreas de fácil acesso, deverão ser analisadas quanto aos riscos de biossegurança, integridade das estruturas, viabilidade operacional e custos associados, dentre outros, e submetidas ao IBAMA para anuência antes de sua realização.
Descomissionamento: o descomissionamento das plataformas, do FSO e das estruturas submarinas dos Polo Pargo, sob responsabilidade da PERENCO, está previsto para 2040. Até lá, com base no Art. 2º da Portaria Nº 3.642/2018, o Plano Coral Sol terá estabelecido ações mais completas e abrangentes, tendo em vista o avanço esperado do conhecimento técnico‐científico e atualização da legislação ambiental brasileira. De qualquer forma, com base nas diretrizes atuais de prevenção, controle e monitoramento de EEIs, as unidades marítimas (plataformas fixas, FSO), dutos rígidos, flexíveis e demais equipamentos submarinos que fazem parte do sistema de produção do polo, caso venham a ser retirados, após avaliação dos riscos associados, deverão passar por inspeção antes do descomissionamento. Estruturas contaminadas, após anuência desta COPROD, deverão passar por dessecamento e o material biológico encaminhado para correta destinação, preferencialmente para locais que propiciem o aproveitamento do material biológico carbonático disponível.
Apresenta‐se, a seguir, o detalhamento da metodologia a ser seguida para cada uma das estruturas flutuantes e submarinas que atuam ou estão previstas no Polo Pargo. II.7.7.7.1 ‐ Gerenciamento de Risco das Embarcações de Apoio quanto a Presença de Organismos Exóticos, com Foco em Coral‐Sol Essa primeira avaliação deverá identificar a suscetibilidade das obras vivas das embarcações ao assentamento e desenvolvimento de EEIs (ênfase no gênero Tubastraea). Uma vez que as embarcações transitem por locais de reconhecida ocorrência de coral‐sol, esse fator deverá ser considerado para a análise de risco. Os protocolos e inspeções periódicas devem
BMP Ambiental Ltda. Nº do Processo: 02001.027954/2019‐01 FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA Fevereiro | 2021 Revisão 01 Página 7/20 II.7.7 ‐ Projeto de Prevenção e Controle de Espécies Exóticas ‐ PPCEX conter informações quanto ao histórico de atracação e fundeio, local e tempo de permanência no fundeio e ausência de registro de EEIs. Estes dados irão possibilitar a diminuição da probabilidade de infestação por espécies invasoras ou, ao menos, adiarão as ações de intervenção nos cascos das embarcações cuja probabilidade de incrustação por EEIs seja considerada baixa ou ausente.
Baseado nos conceitos supracitados quanto à avaliação do risco das obras vivas das embarcações envolvidas nas atividades do Polo Pargo, é apresentada uma proposta de metodologia de classificação de risco quanto à presença de organismos exóticos, com especial foco no coral‐sol. Esta metodologia foi inicialmente proposta para avaliações de embarcações envolvidas em operações na Bacia de Santos.
Parte dos critérios utilizados por CALDEIRON et al. (2018) e TRIDENT/BMP AMBIENTAL (2020), serão adotados no presente documento, como apoio à tomada de decisão quanto a periodicidade e aprofundamento das medidas de monitoramento. Para esta classificação, são considerados os seguintes fatores: 1) Histórico de navegação, fundeio e atracação da embarcação: a) Velocidade e duração da navegação nos últimos trajetos; b) Histórico de local, data e duração de fundeio nos últimos 12 meses; c) Histórico de portos visitados e duração de estadia nos últimos 12 meses. 2) Histórico de reparo e/ou manutenção realizada nos sistemas anti‐incrustantes das obras vivas da embarcação:
a) Data da última docagem (em dique seco, flutuante, ou de plataforma) e reparo ou manutenção realizada;
b) Tipo(s) de produtos (ou métodos) anti‐incrustantes utilizados, data da última aplicação e descrição detalhada das áreas onde foi aplicado;
c) Histórico das atividades de Remoção de incrustações limpeza de casco.
3) Para embarcações de origem estrangeira, documento de comprovação de casco limpo antes de sua entrada em AJB.
O gerenciamento de riscos irá categorizar a probabilidade de uma embarcação estar incrustada por coral‐sol. O resultado dessa categorização irá influenciar na periodicidade da inspeção visual ou mesmo excluir a necessidade da primeira inspeção visual da obra viva para verificação da presença de organismos exóticos.
FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA BMP Ambiental Ltda. Nº do Processo: 02001.027954/2019‐01 Página 8/20 II.7.7 ‐ Projeto de Prevenção e Controle de Espécies Exóticas ‐ PPCEX Fevereiro | 2021 Revisão 01
A avaliação de risco será obrigatória para as embarcações de apoio dedicadas, que venham a participar das atividades no Polo Pargo, sendo atualizada anualmente, e atuará como ferramenta complementar ao monitoramento. Fundamentada por referências bibliográficas aplicáveis (SAMMARCO et al., 2004; CREED et al., 2017), esta avaliação de risco deve utilizar a documentação apresentada por cada embarcação dedicada antes e durante sua participação nas atividades do Polo Pargo. A partir da apresentação de documentação comprobatória, relacionada aos critérios supracitados, para cada embarcação envolvida nas atividades dos Polo Pargo, poderá ser avaliada a classificação de risco quanto a presença de EEIs, em especial, o coral‐sol (Tubastraea spp.). A proposta de classificação é composta de três níveis de risco: 1) Baixo; 2) Moderado; e 3) Considerável. A classificação de risco irá determinar as seguintes ações: Exigência de inspeção e comprovação de ausência de organismos exóticos invasores; Periodicidade da próxima inspeção. Quadro II.7.7‐1 ‐ Avaliação de Risco ‐ Critérios e Classificação.
Critérios de risco Tempo entre as inspeções (meses) Risco – Ocorrência de Tubastraea spp. Parâmetros de Influência
Última docagem e/ou inspeção realizada < 6 Baixo Presença/Ausência de exóticos e possibilidade de visualização >6; <12 Moderado >12 Considerável
Resultado da última inspeção Ausência de Exóticos Moderada Ausência/Presença de organismos exóticos
Presença de Exóticos Considerável Docagem em dique seco com limpeza e aplicação de anti‐ incrustante <12 Baixo Presença/Ausência de organismos e tempo de reassentamento >12 Considerável Histórico de local, data e duração de fundeio em locais com ocorrência de coral‐sol Antes da última docagem e aplicação de anti‐incrustante Baixo Ausência/Presença de organismos exóticos Após docagem em dique seco com limpeza e aplicação de anti‐incrustante Moderado Antes da última docagem em dique seco com limpeza e aplicação de anti‐incrustante Baixo Após a última limpeza na água Considerável Antes da última limpeza na água Moderado <6 meses antes da última inspeção Considerável
BMP Ambiental Ltda. Nº do Processo: 02001.027954/2019‐01 FSO Pargo e Novo Duto de Exportação de 8" PPG‐1A ‐ FSO Pargo, Polo Pargo, Bacia de Campos Estudo de Impacto Ambiental ‐ EIA Fevereiro | 2021 Revisão 01 Página 9/20 II.7.7 ‐ Projeto de Prevenção e Controle de Espécies Exóticas ‐ PPCEX
Critérios de risco Tempo entre as inspeções (meses) Risco – Ocorrência de Tubastraea spp. Parâmetros de Influência
Manejo de áreas e espaços alagáveis ‐ condutas estabelecidas pela IMO foram aplicadas. (IMO ‐ Resolução MEPC.207 Anexo 26) SIM Baixo Presença/ausência de organismos exóticos na água NÃO Considerável >6 e <12 meses antes da última inspeção visual Moderado >12 meses antes da última inspeção visual Baixo Fonte: Adaptado de CALDERON et al 2018. A limpeza em dique seco assegura uma mortalidade de 100% dos organismos incrustados, uma vez que a exposição ao ar por três dias ou mais, necessários para a limpeza, causa a mortalidade dos organismos mesmo que estes estejam em locais que por ventura não possam ser alcançados pelos procedimentos de remoção. A partir da data de realização da limpeza, uma embarcação passará, em seguida, pela aplicação de tinta anti‐incrustante, o que irá retardar a probabilidade de incrustações quando comparado a embarcações que tenham apenas realizado remoção de incrustações de forma mecânica, mesmo com a utilização (em estágio final de limpeza) de escovas rotativas hidráulicas.
II.7.7.7.2 ‐ Determinação do Tempo Necessário para Realização das Inspeções Visuais de Monitoramento quanto a Presença de Espécies Exóticas, com Foco em Coral‐Sol
Para cada nova embarcação prevista para atuar nas atividades dos Polo Pargo, a respectiva classificação do risco definirá o procedimento que será adotado:
1. BAIXO ‐ não obrigatoriedade de inspeção (sem que o intervalo entre inspeções ultrapasse os 18 meses);
2. MODERADO ‐ inspeção obrigatória para as áreas nicho, específicas (Caixas de mar, thrusters e propulsores);
3. CONSIDERAVEL ‐ inspeção obrigatória de todas as obras vivas, com especial atenção às áreas nicho.
O fluxograma abaixo (Figura II.7.7‐1) ilustra a avaliação da necessidade de inspeção das embarcações. Cabe ressaltar que o fluxograma consiste em uma ferramenta de auxílio para a tomada de decisão para cada embarcação. Porém, cada caso terá uma avaliação específica, conforme previsto na primeira fase do projeto. A avaliação será repetida periodicamente e apresentará os prazos específicos e suas justificativas pertinentes.