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CONTROLANDO PRAGAS E DOENÇAS COM HOMEOPATIA, NA AGRICULTURA ORGÂNICA

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Academic year: 2021

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FRANCISCO LUIZ ARAÚJO CÂMARA

1. Eng. Agrônomo formado em Viçosa, há 34 anos;

2. Professor da FCA – Unesp, Campus de Botucatu, há 24 anos; 3. Ensino, pesquisa e extensão em Agroecologia e Olericultura;

4. Membro da Ceporg-SP, representante das instituições de ensino superior; Diretor do IBD – Certificações Ltda.

CONTROLANDO PRAGAS E DOENÇAS COM HOMEOPATIA, NA AGRICULTURA ORGÂNICA

Eng. Agr. Francisco Luiz Araújo Câmara

Professor da FCA, Unesp, Campus de Botucatu, Fone (14) 9141-0354, e-mail: chicocamara@fca.unesp.br

A ciência da Homeopatia foi criada pelo médico alemão Christian Friedrich Samuel Hahnemann (1755-1843), sendo a primeira publicação sobre o assunto de 1810, com o título “Organon da arte de curar”. Nela, Hahnemann apresentou sua linha de pensamento que inclui os princípios da experimentação dos medicamentos homeopáticos em humanos, o vitalismo e o conceito de semelhança. Este último remete aos pensamentos de Hipócrates (460-370 a.C.), no qual uma substância capaz de causar certo sintoma ou efeito, é também capaz de curá-lo.

No Brasil, a Homeopatia chegou na década de 40 do século XIX, trazida por um discípulo de Hahnemann, e desde então só tem crescido (Universiabrasil, 2004).

O uso da homeopatia na Agricultura significa qualidade ambiental e segurança aos trabalhadores rurais e aos consumidores, porque uma de suas características é a utilização de concentrações infinitesimais da matéria (Teixeira, 1998; Kent, 1996).

Pode-se dizer que há dois caminhos quanto ao uso da homeopatia em Agricultura: a) o primeiro ocorre pela aplicação de produtos à base de planas medicinais e de outros materiais, como minerais, por exemplo, com o objetivo de revitalizar as plantas cultivadas, reequilibrá-las, e torná-las suficientemente estruturadas, não só para desempenhar e exteriorizar todo o seu potencial genético, mas também para que estejam em condições de superar os antagonismos ambientais, sejam climáticos, fitopatogênicos, nutricionais, fisiológicos, ou qualquer outro; b) o segundo é utilizado quando há ocorrência de problemas fitossanitários, por exemplo a incidência de insetos e doenças (tanto bacterianas quanto fúngicas), e se utiliza o próprio organismo para controlá-lo. Neste caso, o produto homeopático é denominado “nosódio”, e atua segundo o princípio, ou conceito da semelhança, de Hahnemann.

MACERANDO FORMIGAS...

Os procedimentos usuais para controle de formigas cortadeiras com homeopatia, foram inicialmente executados nos anos 97; todavia, o primeiro trabalho formal fez parte de um projeto de Cooperação Técnico-Científica entre o Brasil e a Guiana, no qual objetivava-se o

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controle ecológico de formigas (lá, denominadas “acoushi ants”), que estavam em total desequilíbrio com o ambiente onde se cultivava mandioca e outras espécies de exploração econômica.

Havia uma demanda do Ministério da Agricultura daquele país para que o controle fosse não-químico, e de preferência que não exterminasse as formigas, mas apenas as controlasse, dentro do princípio de que todas as “pragas” são, na verdade, sinais de que o ambiente está desequilibrado. As fotos a seguir mostram alguns momentos de 2001 na Guiana, e são um documento histórico do primeiro trabalho efetivo de controle de formigas, usando a homeopatia. Até hoje (2010), são enviadas mensagens dos técnicos extensionistas do Ministério da Agricultura da Guiana atestando que, onde foram aplicados os nosódios, não houve reinfestação.

Outra experiência que se pode mencionar, com êxito significativo, foi efetuada no Sítio A Boa Terra, em Itobi-SP, neste ano, e a partir da qual o nosso amigo Joop Stoltemberg (administrador da fazenda) fez o seguinte comentário: “mais ou menos 20 dias depois da última aplicação do CH24 as formigas sumiram completamente e não voltaram mais. Impressionante!”.

Apesar de muitas vozes contrárias ao uso destes produtos, principalmente vindas daqueles que, de uma forma ou de outra estão envolvidos com outros interesses, da nossa parte temos a declarar que: cada agricultor que use este método e obtenha bons resultados, significa: 1. O não uso de produtos químicos tóxicos; 2. A não dependência de empresas multinacionais por parte dos produtores; 3. O uso de um produto de baixo custo; 4. Inócuo para quaisquer outros organismos; 5. Passível de ser elaborado na propriedade; 6. Não extermina o organismo, mas o induz ao equilíbrio ambiental; entre outras vantagens.

Portanto, aproveitamos este espaço para difundir o uso da homeopatia, não apenas para controle de formigas, mas de qualquer outro organismo que seja necessário controlar. Entretanto, alertamos o leitor para o fato de que esta é uma técnica curativa, emergencial, e que só deverá ser utilizada após esgotadas todas aquelas práticas agroecológicas preventivas, preconizadas pelos princípios agroecológicos, como biodiversidade, rotação de cultivos, consórcio de plantas, fertilizantes orgânicos, cobertura de solo, adubação verde, etc.

Elaboração do nosódio para formigas cortadeiras

1. Usar, em partes iguais (mais ou menos 2mL), água (não tratada) + álcool 70% + glicerina, para macerar 10-15 formigas, em almofariz de cerâmica (ou outro recipiente não metálico).

2. Deixar em infusão por 48 horas, agitando de vez em quando.

3. Colocar 3 gotas deste macerado em 10mL de álcool 70% (em vidro âmbar). 4. Dinamizar, fazendo 100 sucções sucessivas, daí obtendo-se o CH 1.

5. Colocar 3 gotas do CH 1 em 10mL de álcool 70%, dinamizar 100 vezes, obtendo-se o CH 2.

6. E assim, sucessivamente, até obter-se o CH 12.

7. Usar 10 gotas do CH 12 por litro de água (não tratada), para pulverizar as formigas em olheiros, trilhos e plantas, duas vezes por dia, 5 dias consecutivos.

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8. Para cada dia de aplicação, refazer o CH 12 a partir do CH 11 que ficou armazenado em local escuro, longe de radiações de qualquer espécie.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. KENT, J.T. Filosofia homeopática. São Paulo:Robe Ed., 1996.302 p.

2. TEIXEIRA, M.Z. Semelhante cura semelhante: o princípio de cura homeopática

fundamentado pela racionalidade médica e científica. São Paulo:Ed. Petrus,1998.463 p.

3. w.universiabrasil.net/materia_imp.jsp?id=4664

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Continua

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