EDIÇÃO DE HOJE:
12
PAGINAS
40 Centavos
________ __ pmn .dswetej. «aQuinta-feira
16 DE AGOSTO DE
19 45
Fundador t J. S. DE MACEDO SOARES
ANO X V 111 RIO DE JANEIRO
Diretor: HORACIO DE CARVALHO JÚNIOR
PRAÇA TIRÂDENTES N. TI N.» B.8M.;
ATENÇÃO!
J. E. DE MACEDO SOARES
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Em meio das
gravís-simas' desordens de
ordem moral e
poli-fica e da ruina
ti-nanceira e
econômi-ca que o sr. Getúlio
Vargas
semeou
no
Brasil, está nos
pas-sando
despercebido
um alarmante
proble-ma de ordem
inter-nacional, que ameaça positivamente
a soberania nacional. As agências de
informações norte-americanas
anun-ciaram em tempo que o nosso
minis-fro interino
das flefcrõès Exteriores
havia trocado em Wa
nqton notas
com o seu colega das Repúblicas
So-cialistas Soviéticas estabelecendo
re-lações diplomáticas entre os dois
pai-ses. O fato foi mesmo celebrado nos
meios comunistas brasileiros como um
grande serviço democrático do
dita-dor Getúlio Vargas.
O problema do estabelecimento —
hoje, aliás, inevitável — dessas
pe-culiares
e especialíssimas relações
diplomáticas deve ser
cuidádosamen-fe examinar'-) por suas diversas
fa-ces. cada v ^a das quais apresenta
interesses vitais para a tranqüilidade
e segurança da nação brasileira.
Em primeiro lugar, veriíica-se que,
de 1935 para cá, o agente comunista
no Brasil, capitão Luiz Carlos Prestes,
nada aprendeu nem esqueceu da
ter-rível experiência
aue
tantos males
acarretou ao país. A
"linha
justa" da
política que recebeu no cárcere é a
linha dos interesses internacionais da
Rússia,
que
procura prudentemente
terrenos de entendimento
com
as
grandes democracias anglo-saxônicas
vitoriosas, não desejando por
enqiiejn-fo criar atritosinpshemisférips,dgs,Tes-:
pectívas influências7 Contudo a
"linha
justa", na interpretação indígena,
ofe-rece um paradoxal apoio à ditadura
do sr. Getúlio Vargas,, prohnqando-a
o necessário par a,..com seu auxílio
di-refo, instalar o partido comunista em
posições-chave na nossa política
in-terna.
Logo que estabeleçamos relações
diplomáticas com a Rússia, as
institui-ções democráticas brasileiras estarão
duplamente ameaçadas por inimigos
internos e externos, os quais procura»
rão conjuntamente submeter-nos à
ser-vidão fcrcciosa e à dominação
econômi-ca, que é a fórmula moderna do
co-lonismo político. A Rússia continua
sendo a metrópole de um sistema de
países satélites qovernados por seus
agentes, orientados por seus
inferes-ses de exDcmsão comercial, cultural,
social e militar, o que agora mesmo
no Brasil não podem iqnorar os
lei-fores do órgão do partido comunista.
A face propriamente técnica da
re-presenfação diplomática, conseqüente
do estabelecimento das relações
en-tre a potência asiática e a república
sul-americana, também deve ser
ob-jeto de cuidadoso exame. Se
fomar-mos q exemplo do que se, passa com
outras\ países, que efffrarn relações
com a Rússia, veremos que as embai»
xadas deste
país
organizam-se em
moldes especiais, Inteiramente alheios
à tradição dmlomátlca. Numerosas •
complexas, as missões agem com um
sentido polífico-policlal, submetendo o
país ocupado a métodos de
penetra-ção Ideológica e de intervenpenetra-ção
eco-nômíca, que podem ser Inócuos em
potências da ordem dos Estados
Uni-dos e da Inglaterra, mas são
apsolu-fermente Irresistíveis nos
conglomera-do* sociais em formação Incerta como
o Brasil.
•
L
__.__. SO 3
Em primeiro lugar, observemos a
pluralidade de interesses manejados
pela fíússia no seu sistema de
doml-nação. Não se trata apenas de uma
legação moscovita. A Rússia pretende
que se façam
representar,
paralela-mente, a Ucrânia e aRússia Branca,
duas repúblicas
soviéticas
teórica-mente autônomas. Além desses
asso-ciados íntimos os russos intervém
di-retamente nos círculos diplomáticos
através das representações da
Lefô-nia, LituâLefô-nia,
Estônia, Polônia,
Fin-lândia, Tcheco-Slováquia e
lugoslá-via. Dentro em breve estarão
incorpo-xadas ao sistema a Rumania, a
Bul-gária, a Hungria, talvez a Grécia. A
rede de espionagem diplomática
e
consular de fodos esses países
cen-fralizados no interesse russo,
consti-fuirá, pois, um instrumento de
domi-nio sobre o nosso
país,
verdadeira-mente insuportável.
Enquanto isso, o partido
comunis-tq,
com
sua organização nacional,
sua imprensa, sua representação
par-lamentar significará um cavalo de
dridão que levaram essa gloriosa
na-França nos dias de corrupção e
po-dridão quê levaram essa gloriosa na
ção à derrota militar, à detecção
poli-tica, à invasão e à ocupação
estran-geira.
Por outro lado, sabemos que não
há contra-partida na nossa missão
dl-plornática em Moscou.
O nosso
mi-nistro plenipotenciário será na capital
soviética úm simples hóspede,
vigia-do
pela polícia. Nenhum
contada
com o país ser-lhe-á permitido. Seus
passos, rigorosamente acompanhados,
darão a medida
da tolerância com
qué será cuidado. Essa previsão
de-corre do tratamento
que
encontram
em Moscou todas
as missões
diplo-~ "m^cas. ^é.
^
associados.
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Contudo, não podemos obscurecei
a necessidade premente de criarmos
umá
compatibilidade
internacional
com um bloco de nações de real
sig-nlficação econômica e que, devido à
participação na guerra vitoriosa,
r«-presentam uma torça material e
po-íífica no mundo moderno.
A solução de tão graves
proble-mas depende, portanto, inicialmente,
da idoneidade, dò patriotismo, do
des-prendimenfo, da força moral, da
au-torldade dos governos nacionais. Se
o Brasil, com a ditadura associada a
conjuração comunista, fôr ao
encon-fro de seus algozes, estará perdido.
Mas se as forças permanentes e
tra-dicionais da sociedade brasileira, se
as classes armadas, se a
universida-de, se o trabalho, a igreja e a
famf-lia, o entusiasmo dos moços e a
sa-bedoría e experiência dos velhos •—
se as torças permanentes da
socieda-de brasileira, alertadas e ativas,
con-fíanfes e corajosas, se dispuserem a
lutar — então fodos esses problema»
serão resolvidos com- calma, porém,
com firmeza e decisão. O que
não
será possível é fecharmos os olhos,
submefermos-nos, enfregarmos-nos ao
Inimigo, na esperança de
salvarmos-nos por milagre. O Exército é o
pri-meiro responsável, a Marinha e a
Aeronáutica compartilham dessas
res-ponsabilidades definidas. A nação è
um estado de espírito, uma força
dis-persa, uma vocação de sacrifício. O
problema da servidão aí está
defini-do no frinômio: ditadura, conjuração
comunisfa,
servidão estrangeira.
O
povo. carece da articulação da força.
O instinto profundo do povo é a
li-berdade. Mas
a liberdade nacional
está nas mesmas mãos
que
empu-nham as armas da nação.
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Até cessar a resistência]AS INSTRUÇÕES DETERMINADAS
POR MAC ARTHUR AOS NIPÕES
os russos prosseguirão
Avança o exercito vermelho através da Coréia e
da Mandchuria — Conquistadas varias cidades
LONDRES, 15 (De WilHam Higginbotham, correspondente da United Press) — O Exército Vermelho continuou avr ncan-do hoje no interior da Mand-churia e. Coréia onde ocupou inúmeras cidades de acordo com as ordens do Estado Maior soviético de pro"seguimento das operações de ofensivas até ces-sar a resistência japonesa.
O Est- do Maior soviético eml-tiu um comunicado especial ex-plicando que as forças Japone-sas não haviam cessado a re-si .encia, apesar dT declaração de rendição do imperador nipo-nico. As forças soviéticas rece-berf.m ordens de continuar ata-cando até qüe, realmente, os janoneses deponham armas.
O comunicado sov ético iníor-ma que o Exército Vermelho realizou avarços em ambos os lados do rio Suneari, ocupando varias cidades e que penetrou de 20 a 30 quilômetros na zona da cordilheira de Khingan, na parte ocidental da Mandchu-ria.
A declaração soviética diz. "Em
vi^ta da situação
relaclo-nada com a cEpitulaç&o do J&-pão. o chefe do Estado Maior do Exército Vermelho general Alexei Antonov. dis que acerca da capito_.ção do Japão, é so-mente uma declaração geral sobre a rendição incondicio-nai." i .¦; -ti ;;.- .
"Ainda não foi dada — acres, centa a comuriça,çào.— as for-ças armadas a ordem de cessar as operações militares e as
tor-(Concluo 2.» pag.)
A senha será
"Bataan" — Transmitida a noticia
da rendição pára todas as forças armadas
WASHINGTON, 15 (De Lyle C. Wilson, correspondente da United Press) — O general Douglas Mac Arthur ordenou sumariamente aos japoneses que cessassem fogo e enviassem representantes a Manila sexta-feira vindoura para receber as condições ' de rendição aliadas, antecipando-se que serão após-tas as assinaturas preliminares poucas horas depois da chega-da dos delegados niponicos á capital filipina. Através da'ra-dlo-telegraüa,' Mãe Arthur
en-viou instruções especificas aos japoneses, determinando-lhes o emprego da senha "Bataan", ao se referirem aos acordos da capitulação. Espera-se que Mao Arthur, anuncie que o Japão assinará a rendição em seu próprio território ou em águas territoriais nipônicas, talvez na baía de Tóquio, para onde se dirige no momento, segundo se acredita, a 3." esquadra nor-te-amerleana. A rendição final
(Conclue ua 2* pag > na
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Suspenso o
racionamento
da gasolina
! WASHINGTON, 15 (United prêss) — O Escrltórlá de C/n-trôle de Preços anunciou aue terminou nos Estado3 Unidos o racionamento de gasolina • também de frutas enlatadas, vegetais,. óleo combustível « íogarelros a óleo. O raciona-mento de carnes, gordu-as, manteiga, açúcar, sapatos, pe-neus e outros artigos continua indefinidamente até que a reu-nião das necessidades militares e o aumento da produção equi-librem a demanda do abasteci-mento civil,A suspensão do racionamento de gasolina e óleo combustível ; sô foi possível pela redução em ; grande escala das compras ml- i Iltares
O diretor dos trabalhos da reconversão, John Snyder, re-velou também hoje, que as
fór-ças armadas precisarão 44 por LIMA, 15 — O presidente da | «ento menos de gasolina. A Republica, sr. _Bustamente Ri-Junta de Petróleo do Exercito e i vero, entrou em contacto com' os demais governos das Nações Unidas para romper relações com o governo do general Franco e ao mesmo tempo in-formou que o Peru restabele-cera relações com a União
So-_M TIMES SQUARE sentem-se ' todas as pulsações da cidade tentacular. Diante do ve-Iho edificio do "New York Times", na confluência da Sétima Avenida com a Broadway, todos os acontecimentos recebem a sua exata expressão popular. Assim íoi o Times Square ante-ontem: a multidão celebra a paz,' qué para os norte-americanos significa, no caso
japonês, muito mais do que para qualquer outro povo TELEFOTOS CIAA — DC)
Rompimento das Nações Unidas com Franco
0 MOVIMENTO É ENCABEÇADO PELO PERU — EXCLUÍDA DA
CONFERÊNCIA DE TANGER
da Marinha anunciou uma re-dução de óleo combusttvel a de gasolina de cerca de 565 ml-Ihões de galões" mensais.
Por outro lado, o Departa-(Conclue na 2.« pag.)
DE PRONTIDÃO A POLICIA
DE BUENOS AIRES
CONTINUAM AS MANIFESTAÇÕES — PERON
CONGRATULA-SE COM TRUMAN E ATTLEE
BUENOS AIRES, 15 (U.P.) delito nestes momentos espe-— Até ás 18 horas de hoje,
so-mente» pequenos grupos apare-ceram esporadicamente nas ruas, realizando breves mani-í estações. Os manifestantes guardaram um minuto de si-lencio em frente ao local onde ontem á noite tombaram mor-talmente. feridos dois manifes-.antes que marchavam pela Avenida de Mayo, perto da Sub-secretaria de Imprensa e Informações. Todavia, ignora-se ignora-se o numero de mortos nos choques de ontem tenha au-mentado.
A policia esta de prontidão, conforme anunciou ontem o ministro do Interior, sr. Qui-jano, ao declarar que "os des-mandos serão reprimidos com total energia. A liberdade è um direito e o desmando é um
ciais para o pais. Cabe & im-prensa dar a palavra de con-selho e de orientação ao po-vo."
O matutino "La Prensa", ante cujo edificio ontem se jrealizaram manifestações de
(Conclue na 2* pag )
vietica, de acordo com a reco-mendação feita pelo Parlamen-to em principios do corrente mês.
A decisão do presidente Bus-tam ente foi anunciada por meio de uma nota oficial que o ministro das Relações Exte-riores, Luis Fernan Cisneros, enviou ao Senado, informando que entrou em contacto com as Nações Unidas para a rup-tura de relações com. o gover-no íranquista porque deseja agir em harmonia cpm os acordos inter-americanos vi-gentes e com. a politica geral das Nações Unidas.
A noticia sobre o restahele-cimento de relações com a Rússia foi também divulgada através uma nota oficial en-vlada ao Senado, na qual a Chancelaria afirma que já de-terminou todas as disposições necessárias para o estabeleci-mento de relações diplomáticas e comerciais com a União So-vietica dentro das normas dl-plomaticas usuais.
O fato mais significativo é que na referida nota a
Chat.-Ricardo Lton
(Correspondente fís, V. P.)
«SAO PAVLO"
Companhia Nacional de Seguros de Vida
Sucursal no Rio de Janeiro : — AV. RIO BRANCO, 114 -DIRETORES
Or. José Maria Whltaker
Dr Erasmo Teixeira dè Assumpçl* Dr. J. O. de Macedo Soares
celaria responde a primeira r«-comendação de envergadura in-ternacionál que lhe fez o Con-gresso no dia sete do corrente, salientando ainda que o gover-no compartilha das idéias e propósitos expressados pelo Parlamento.
Os principais motivos apre-sentados pelo Parlamento em sua recomendação para o es-tabelecitnento de relações com a Rússia, são:
Que a Rússia é signatária do (Conclua na 2* pag.)
Terminou a
censura nos
Estados Unidos
WASHINGTON, 15 (U. P.í O presidente ordenou a liquida-ção do Escritório da Censura, que estava sob a direção de BJrron Pnce. A determinação estabelece que Byron Price de-clare:
PrR-ielro -- a liquidação d» censura' voluntária interna' da imprensa e radio;
Segundo. — a suspensão ime-diata da censura nas comum-cações internacionais, «
Terceiro — um aviso-prevlo de 30 dias para todos os funcio-narios, exceto o pequeno nume-ro necessário para os trabalhos de liquidação do escritório.
í. „fjrclrLT_BI_g____r__^ i'U ift L___lW_^j__h'l_____i>lil _ ^'M^ ill . f n 'iiy ii ii> > i m< ii - -:>-.- -£'./. • ¦-¦:»'^"^B__W^S^.;1lffi7^^
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2
Rio de Janeiro, Quinta-feira, 16 de Acosto de 1945
DIÁRIO CARIOCA
Suspenso o racionamento da gasolina Até
cessar a resistência
(OoncInsRo da 1.» pa?..) mento ria Guerra deu a eonhe-cer uma i-fdução dos suprlmen-tos do muniQfies e abasteclihen-tos de 23 blllfies (blliOes. pnra 500 milhões de dólares anuais.
Foi suspensa inteiramente a
manufatura dc equipamento e armas de guerra e a que conti-nuar será numa ba:<e limitada e em grande parte de pesqul-sas e aperfeiçoamento.
Numa. advertência de que
8.000.000 de pessoas podem ri-car desempregadas ate a
pro-xlma primavera, anunciou-fé
oficialmente um plano geral de
reconversão para a promover
a produção de artigos de con-sumo civil.
Snyder traçou as Unhas ge-rais pelas quais o governo en-pera evitar o caos econômico: — A compra de municí-es para o Exército está sendo ime-dlatatnente cortada de noventa e quatro e cem por cento. A* compras de gêneros allmnntí-cios do Exército serão rpduzl-das logo que permita a mobl-Uzação;
II — Serão suspensos
Ime-dlatamente muitos controles
sobre a produção e a
distribui-Cão que predominaram _m
tempo de guerra. Todavia,
continuará o racionamento de certos artigos escassos, ao meu-mo tempo que o controle tem-porário dos transportes:
III — Pelo menos note
ml-lhões serão desmobilizados das forças armadas dentro de um ai.o;
IV — A t<» r.ue tenham desti-parecido completamente os pe-rigos de Inflação, serão
manti-dos os preços máximos para
aluguéis de casas e o controle è estabilização dos salários;
— O Congresso pedirá a
nxecução de leis para eliminar o desemprego e também apro-vara um programa de
Impôs-tos destinados a estimular a
produção e manter os merca-flos.
John Snyder declarou: "NWo
podemos efetuar milhões de
transferências de empi-pco;.,
cortar biliões de contrato? dé
guerra e mudar radicalmente o caráter da nossa produção
na-clonal sem enfrentar muitas
SlMinções inesperadas".
Contudo, acrescentou. são
bons as perspectivas para a vi-trtrlà na paz, mas esta vHOria não serfi ira nha. com facilidade nem Imediatamente, e o govêr-no pretende em primeiro lugar conseguir empregos para todos os que queiram trabalhar, em
segundo, elevar firmemente o
padrão de vida, em tercpiro,
estabilizar a economia e evitar il Inflação e em quarto anmeti-tar as oportunidades dos agrl-cultores e comerciantes.
Snyder declarou que nm ml-ibão e cem mil pessoas já se
acham sem trabalho e prevê
que cinco milhões mais
fica-rão desempregados durante o
próximo trimestre, número esse
nue possivelmente totalizará
oito milhões antes da próxima primavera, e concluiu
aflrman-do que "muitos desocupados
encontrarão novos locais de
trabalho dentro de poucas
se-manas, enquanto o_tro«
en-frentarão períodos mais prolon-gados sem emprego".
Anunciar é aumentar
os negócios
COISAS DO GENRO...
Já se disse e provou que a ditadura soterrou moral e
eco-nomicamente o Brasil. Não
deixou pedra sobre pedra. An-tes do advento do Estado No-Vo, o pão de excelente
qÜiíli-dade, era saboroso e nutri
ti-vo, tornando-se, depois, em
bucha indigesta, intragável; a
água, então límpida, pura e
abundante, foi em seguida tur-vada pelas escóreas da
ditadu-ra; a moeda que foi mosda,
registou no "curto espaço" a soma de confusões que tradu-zem, fielmente, o espirito de-predador da ditadura. Em
su-ma: a ditadura reduziu-nos a
burgo podre, entregou-nos á ta-volagem, transformou o país cm casino, pôs a dignidade nacio-nal na roleta, jogou a socie-dade na campista, fez da go-vernança publica um baralho, e cimentou a autoridade no jo-go de bicho. Não satisfeita Com
a ruína econornicá e
firian-ceira da Nação, deixando
cer-ca de M% dn população na
carência de alimentação e de lar, anestesiou a opinião
pu-blica com mentiras dipianas,
fê-la acuar atemorizada com
policias especiais e brigadas de choque, e resoiveu. finalmente, intervir na liberdade de crenças, — apanágio da civilização e ala-¦ vença do proereeso.
* « A
Bomos um povo cristão, mais cristão do que Apostólico
Ro-mano. Nossas crenças
mergu-lham suas raizes nas fontes da historia, vieram com os desço-bridores, animaram as band-ei-ras do desbravamento, são a seiva luxuriante da vida social
brasileira. A moral e a
edu-cação, transmitidas dé país a filhos nelo rio das gerações, ,per-tencem, hoje, mais á evange-lização coletiva, pelo exemplo de tolerância mutua e pelo am-biente de respeito reciproco, do uue propriamente, á pregação doutrinaria do sacerdócio
cato-lico no exercício de seu
mi-nisterio. A grande maioria vai á Igreja, assiste á missa, con-fessa-se e comunga, faz enco-mondar a alma dos mortos que-ridos, porque seus antepassa-dos procederam de igual mo-do. Atua e orienta-Se segundo a tradição vinda de berço a berço e de sol a sol, repetin-do hábitos que raramente sig-nificam robustos de fé ou cren-ça raciocinada.
Admiramos a Igreja Católica no que encerra de majestoso e belo, e nossa admiração não bo regateia ao sacerdócio; mas daí a admitirmos a
subordl-nação do poder temporal ao
poder espiritual da Igreja,
re-presentado, este, pela Cúria
Romana, e, aquele, pela sobe-rania do povo brasileiro, há um abismo profundo que a boa von-tade, s crença, a tradição o a formação cristã nos impede de transpor.
Vivemos uma época desejosa da reimplanta ção do? princi-plog conturbados e esmagados pelo despotismo nazista e fas-cista de todas as cores, mas estamos certos de nada ha.er a reimplantar no terreno reli-gioso, como bem interpretou o brigadeiro Eduardo Gomes, que afirmando-se publicamente ca-tolico praticante, salientou, des-de logo, a liberdades-de des-de pensa-mento no que concerne ao res-peito pela crença particular do cidadão.
O candidato nacional, exter-nando-se de maneira tão clara como tão precisa, afirmou so-mente o esnirito democrático da sociedade brasileira e sua to-lerancia em matéria religiosa, afirmou o espirito republicano dos nossos maiores, e
sagrou-se alcandorado por liberdade
inexistente nos tempos ditato-riais.
Num país onde se hombreiam os homens de todas as cren-ças e de todas as racren-ças, em
que os espiritas, evangélicos,
católicos Independentes, prote»-tantes, maçona • livres pene»-dores formam enorme paroela d* nacionalidade. • fax» áo
ditador procura destruir a obra republicana de Daodoro, Ben-Jamin Constant, Rui Barbosa,
Floriano e outros brasileiros
msignes, objetivando,
certa-mente, na obscurldade de inten-ção malsã, preparar o even-to de novo consórcio entre a Igreja e o Estado I Faltava este passo para consumar a obra satânica da ditadura I
Se a Igreja alcançou o
apo-geu de sua gloria no Brasil,
deve-o, exclusivamente, á sua separação do Estado. Institui-ção buriladora de sentimentos, é confessionário de dores e la-mentos, altar de paz, harmonia e concórdia, púlpito dissemina-dor de verdades radicalmente opostas á colheita de baratos do jogo, á distribuição monopo-lisada do vidro plano, ao para-quedismo leiteiro e àçucarelro que explora o povo, e - outras coisi.os mais.
Lamentamos que o genro es-teja em má situação para o Julgamento das umas, e pre-cise de fazer FEIO policiando religiões, para angariar simpa-tias e merecer votos duma Ins-tituição eminentemente apolitl-ca. Assim não fora, a missa que a familia do falecido maçori Ja-nuario Caífaro mandou celebrar
em Niterói pelo ex-bispo de
Maura, devido á intolerância
religiosa que a ditadura aplaude
e patrocina coerentemente, o
genro do sogro teria sabido que não lhe era licito obstar a ceie-bração, como obstou, e em vez do FEIO emprego da força po-licial em diligencia aviltante da dignidade humana, teria man-dado empregá-la para assegurar o livre exercido do culto.
ff. & •:
Não morremos de amores pelo ex-bispo de Maura, mas se dei-xamos na praia a sua canoa furada, sem remos, leme nem velame, não podemos, contudo, deixar de defender a linha dl-visoria do direito natural do homem, especialmente, com re-lação & satisfação de anélos t aspirações religiosas, onde
jul-gar que seu ideal é melhor
correspondido.
Deploramos, com razões dal-ma, a intervenção ditatorial em
ato puramente religioso,
con-fiando em que não se repita,
a fim de cwititr o
dapulifca-mento da Republica e a mu-dança de regime, para o qual, por certo, precisaríamos de um
Imperador... E.peraáioa que
não se repita para que os
cen-tros espiritas possam laborai
pacificamente, os templos
evan-gelicos possam funcionar sem
restrições, as lojas maçonicas
não sejam obrigadas ao abati-mento de colunas, e os livres pensadores não se vejam
com-pelidos a pensar
ditatorial-mente...
Ignoramos os extremos a que chegará a dita/dura para pro-lungar seu reinado através do candidato oficial, mas bem cer-tos estamos da imperiosa neces-sidade de trabalhar sem tibiezas pela Democracia, de cerrar filei-ras em torno do candidato da Li-berdade, de sagrar o seu nome nas urnas fazendo-o vitorioso, para que possamos emergir das trevas ditatoriais e caminhar, de-pois, limpos e puros, sob a égl-de da harmonia social, da mo-raliáade publica, do direito sa-grado do homem. Eduardo Go-mes, católico praticante e
sin-cero, jamais abonará o
em-prego da policia em fatos >a-mentaveis, como o presente, e em especulações politiqueiras de candidatos sentenciados á der-rota, como já o foram no tri-bunal da opinião publica.
Revoltados com o
procedi-mento gestapiano, o povo, num •gesto de rebeldia admircuvel,/ ergueu-se agigantadamente so-bre o pedestal do direito inde-clinavel e rompendo barreiras e cordões de isolamento, mandou veemente protesto ao genro do sogro, para conte-lo, daqui em diante, nos juítos limites do
respeito devido ao cargo que
ocupa-_L VWXBJL
os russos prosseguirão
(Ooncluslo da Ia pag.) nas japonesas prosseguem resis. tindo como antes".
"Consequentemente não
exis-te tal capitulação verdadeira
de parte das forças armadas Ja-ponesas. A capitulação das for-ças armadas Japonesas somente pode ser considerada como fa-to real quando o imperador ja-ponés d(. ordem ás suas forças
armadas para que cessem as
operações militares p deponham
as armas e no momento em
que estas ordens sejam
real-mente cumpridas.
"Em vista do anteriormente
exposto as forças da União So-viética no Extremo Oriente con-timinrão as operações de ofen-riva contra o Japão".
O comunicado militar sovie-tico, por outra parte, informa que as forças do Exército Ver-melho, em avanços para Har-bin, ocuparam varias localida-des ao norlocalida-deste de Mutankiang,
a 256 quilômetros ao sudeste
de Harbin.
As forças do segundo Exerci-to no Extremo Oriente desce-ram pelas margens do rio Sun-gari. com apoio da flntilha do fio Amur. Estas forças
ocupa-ram Aldelnzen, Ladzklako e
Paotsin, no avanço sobre Har-bin, procedentes do nordeste.
O primeiro Exército, por ou-tra parte, ocupou Liadzanko, a 2RB quilômetros ao nordeste cie
Harbin. As tropas russas na
frente do Trans-Baikal, que e«-tão atacando Harbin. vindas do leste, avançaram entre 20 e 30 quilômetros ao oeste da
cordi-lheira do Grande Khinghan.
ocupando Huade, Shandbao e
(ConclusSo da. 1' pag.)
IRÃO A MANÍLHA TRATAR DA PAZ QUATRO LIBERDADES:
IGUAL A BRIGADEIRO
0 comicio de sábado da S. A. A. — Compressão
e violência em diversos Estados — A posição da
Igreja em face dos candidatos — A frase é do
sr. Prestes mesmo
POSTO DE ALISTAM EITO
DE NITERÓI, NO RIO — A
Legião Cívica 5 de Julho, em
seu escritório eleitoral & rua
da Assembléia 18, 1.° andar,,
está ã disposição de alistandos i residentes em Niterói, para pro-mover o respectivo processo de |
alistamento. I
possivelmente será firmada a bordo de um dos encouraçados dessa frota.
Os japoneses já transmitiram pelo radio a noticia da rendi-ção a teclas as forças armadas
niponicas, indicando-lhes que
estejam prontas para receber a ordem de cessar fogo.
Mac Arthur já estabeleceu
comunicação radio- telegrafica
com o imperador Hirohito e o
governo* Japonês, Entretanto,
todas as forças armadas alia-das no Pacifico e Extremo Ori-ente receberam ordem de ces-sar as hostilidades somente de-pois que o inimigo o faça. Nu-ma mensagem Irradiada para Tóquio, Mac Arthur disse que as forças aliadas já receberam ordem oficial de suspender as
operações de ofensiva, porem
que ainda não tiveram lnstrn-ções para cessar fogo.
Tóquio anunciou a renuncia do Gabinete de Guerra presi-dido pelo almirante Suzuki pou-co antes de ser recebida a or-dem de Mac Arthur. O minis-tro da Guerra nipônico,
gene-ral Anami, suicideu-se, "por
haver fracassado em seus es-forços para ganhar a guerra".
A radio de Tóquio expressou
que o Imperador aceitou a
r»»-nuncia coletiva do Gabinete,
tenao pedido a Suzuki que per-maneça em seu posto até a fl*-signação de outro primeiro ml-nistro.
Igualmente, a emissora nipo-nica, numa transmissão dirigi-da ás tropas japonesas a uma hora ca madrugada, hora do Japão, comunicou-lhes que seu pais navla aceito a imposição do rendição incondicional. Por outro lado, a radio de
Khaba-rovsk transmitiu uma oraem
do comandante em chefe das
forças soviéticas no Extremo
Oriente anurtciando-lhes que a guerra havia cessado,
lndublta-velmeme com o propósito de
pôr fim ás hostilidades n»
Mancichurla e na Coréia.
PRECISAM DE AUXILIO OS
JUDEUS DA EUROPA
CONFERÊNCIA DO RABINO JOSEPH
L00KS-TEIN ONTEM NO INSTITUTO DE MUSICA
A CONFERÊNCIA A apresentação do rabino
Jo-seph Lookstein foi feita pelo
rabino do Rio de Janeii*,
es-tando o auditório repleto. A
seguir o sr. Joseph Lookstein,
cujos recursos oratórios são
grandes, dirigiu um apelo a to-dos os israelitas, sejam
sionis-tas, revisionistas ou
comunis-tas para que esqueçam as suas pas .adas dissençôes e se uticm para apoiar as vitimas da
guer-ra A noite de ontem, disse, era
a primeira noite de pRB no
mundo, depois de muitos anos, não se podendo escolher me-lhor dnta para se firmar este pacto e*"tre as varias correntes de opinião em que se dividem os ...deus. Encerrando a confe-rencia os prementes entoaram o hino ria Palestina.
Chegando ontem ao Rio, o
rabino sr. Joseph H. Lookstein, enviado especial do "Joint
Dis-tribution Comitee". instituição
de ajuda aos israelitas vitimas da guerra, pronunciou uma pa-lestra no Instituto Nacional de Musica sebre a necessidade em que se encontram os Judeus da Europa de receber auxilio Ime-diato e eficaz.
O sr. Joseph H. Lookstein,
que percorreu todos os paises da costa do Pacifico, e. vindo de Buenos Aires para o Rio
es-teve tambem em S. Paulo, e
Sr. joseph Lookstein e
senhora ao
desembarca-rem no Aeroporto
professor de sociologia' do Ye-shlva College, de Nova York, presidente honorário do Con-selho Americano do Rabinos e diretor do Fundo de Auxilio á
Palestina, tendo representado
os israelitas na Conferência de São Francisco.
ROMPIMENTO DAS NAÇÕES UNIDAS
COM FRANCO
(ConolusRo da 1." pag.)
Pacto das Nações Unidas e o
Pcrú tambem; que a Rússia
contribuiu decisivamente parn
o triunfo das armas aliadas
sobre o nazismo; que as avan-çadas reformas políticas e so-ciais e o extraordinário desen-volvimento econômico russo
fa-rão com que os soviéticos
in-fluam poderosamente no mun •
do de apos-guerra; e que a
maioria das nações americanas
já estabeleceu relações com
Moscou.
O primeiro passo para a
ruptura de relações com o
go-verno espanhol foi dado pela
Câmara dos Deputados por
meio de uma recomendação
ex-pedida no dia 6 do corrente
mês, na qual salienta que o
governo peruano devia
proce-der assim com o general Fran-co enquanto não fossem restau-radas na Espanha as livres ins-tituições.
As moções
pró-estabeleci-mento de relações com a Rus-sla como pró-rompimento com
Franco foram apresentadas
pelo Partido Aprista e pelos
deputados da Frente Democra-ta Nacional, que íoi a força po-litica que levou Bustamente de
Rivero A presidência. Os
so-cialistas e comunistas tambem apresentaram moções similares, inclusive uma calorosa saúda-ção ao povo espanhol que lutou e luta pela democracia.
A ESPANHA EXCLUÍDA DA
CONFERÊNCIA DE TANGER
MADRID, 15 (De Ralph
For-te, da United Press) —
Indi-cou-se nos círculos
dpilomatl-cos que a Espanha protestou
contra a sua exclusão da
Con-ferencia de Tanger,
adlantan-do-se que o ministro do Exte-rior Martin AxtaJo e o
embai-xador britânico Mallet
entre-vist&ram-se em San Sebwrttan. a* ultima se«und__-í__ír_..
Os referidos círculos dfto
grande importância ao
encon-tro citado, embora as fontps
oficiais class'ficarem-no como
de somenos importância ao de-c1 ararem que no mesmo foram tratados assuntos de rotina.
Os círculos diplomáticos, to-davia, afirmam que o
mencio-nado entendimento foi da
maior significação e durou va-rias horas, bem como predizem
que poderá influir de maneira
decisiva na questão das futuras
relações da Espanha com as
Nações Unidas.
Informou-se ainda que. tão
logo terminou a reunião do
ministro Martin Artajo com o embaixador Mallet, foi enviado extenso relatório sobre a mes-ma ao generalissiiho Franco.
Informa-se tambem que o
ministro Artajo expôs ao ¦ em-baixador Mallet o grave ponto de vista do governo espanhol por ter sido excluido da Con-ferencia de Paris sobre a quês-tão do território de Tanger, e salientou que a Espanha se re-serva ao direito de nâo tomar em consideração quaisquer de-cisões tomadas em sua ausen-cia.
Por outro lado, se diz qiie o embaixador Mallet teria infor-mado ao ministro Artajo que deve ser acelerada a presente politica de evolução da Espa-nha, a fim de serem satisfeitas
as exigências da reabilitação
de apos-guerra.
Por fim, acrescentam as in-formações que o ministro
Ar-tajo teria exposto, durante a
entrevista com o embaixador
Mallet, que o reconhecimento
do governo Negrin pelas
Na-ções Unidas constituiria um
delicadíssimo problema, __ssun-to que teria sido discutido por
ee ter aludido ao
estabeleci-mento dum governo exilado,
chefiado pelo lider republica-no Negrin, ao Meodao.
Mao Arthur ordenou que, sk o tempo o permitir, os repre-senl antes Japoneses e seus ab-sessores militares, navais e de aviação se dirijam por via ae-rea ao exiremo meridional da ilha de Kyushu até o aerodro-mo aliado da ilha de Ic, ao oeste de Okinawa, entre as a e as 11 horas da manhã de
sex-ta-feira, hora japonesa
.qum-ta-feira nos EE. UU. entre 7 e 11 Horas, hora de guerra de
leste). O assessor das forças
aéreas niponicas que aconiDa-nhar os delegados que assina-rão a rendição deverá connecer
perfeitamente as instalações*
aéreas na zona de Tóquio, o
que indica que um representai!-te aliado acompanhará na voi-ta os delegados japoneses ate a capital niponica.
Essa ordem foi a segunda èx-pedida por Mac Arthur duran-te o dia de hoje. A primeira íoi dirigida a Hirohito e ao
quai-tel general Imperial japonês,
ordenando a cessação das hos-tilidades o mais cedo possível e pedindo aue a estação de ra,-dio da zona de Tóquio fosse de-signada para comunicar-se com sed quartel general. Vinte mi-nutos depois os japoneses
eu-municaram que estavam de
acordo. Menos de tres horas
após aquela ordem, sendo 17
horas, hora de Manila, Mac Ar-thur enviou uma segunda co-municação a Tóquio, a qual dl-zia:
"Conforme a aceitação dos
termos de renaição das poteu-cias aliadas pelo imperador do Japão, pelo governo japonês « quartel general Imperial Japo-nês, o supremo comandante aas potências aliadas ordena a ime-diata cessação das hostilidades por parte das forças japonesas. "O supremo comandante das potências aliadas deve ser no-tifiçado em seguida da da:a e da. hora. do tal cessarão de hbb-tilidades, depois do que as fôr-ças aliadas receberão ordens de cessar fogo. O supremo coman-dante das potências aliadas or-dena; ademais, ao governo ini-perlal japonês que envie ao seu quartel general em Manila re-preten tantes autorizados e
com-petentes para receber em
no-ine do imperador, do governo
imperial e do quartel gei,ei I imperial japonês os termos da
rendição. Üs referidos
repre-sen tan tes aprerepre-sentarão ao
su-I premo comandante das
poten-cias aliadas, à sua chegada, um
documento autenticado pelo
imperador tjue os autorize a
receber as determinações do
supremo comandante das
po-tencias aliadas. Tais
represen-í tantes serão acompanhados de
í assessores competentes
repre-I sentando a Armada, o Exército I e! a Aviação japonet.es. O
úlü-I mo dessem assessores devei á
ehtar inteíarmehte familiariza-dn etim as Instala ões dos
aero-dramas..na, zona de Tóquio. O
processo para o tranrporte do referido grupo, com salvo con-duto, será o seguinte:
"O grúpi viajará em
apare-lho japonês até um aeródromo da ilha de le. de onde será
le-vado até Manila, na; Filipinas,
em avião norte-americano.
Re-gréssará ao Japão da mesma
forma. O t upu usará um
avião na ida. tipo "0", modelo 23, sem armamento. O referido
avião será pinado totalmente
de branco e levar* a letra "F" nos costados e a letra "E" ná fuzelagem, e nas partes
surfe-rior e infeiior de cada asa
cruzes verdes facilmente
vist-veis da distância de 500 jardas.
O apare'ho deverá poder co-.
munioar-se em inglês durante o v*o com a freouencia de 6.970
quilociclos. O aeródromo a
ser usudo por êr.se a.ião na
ilha de le será identificado por duas cruzes brancas bem
des-tacadas m centr d. pista de
aterrissagem.
"A data e a hora exatas em que esse avião partirá de Satã Misaki, no extremo meridional da Ilha de Kyushu, rota e ai-tura do vflo, assim coma o tem-po calculad ¦ para cheear a le, serão transmitidos pela rádio-telefonia, com seis horas de
an-teclpaqão, de Tóquio, na
fre-quencia de 16.125 quilncí.los.
Antea dá partida do avião;
dever-se-á acusar pelo rádio a
recepção desta ord >m a. este
quartel general de tal
trans-missão.
Se o '«.mpc . permitir, o avião deverá sair de Satã IraUi en-tre S e 11 horas da manhã, hora de Tóquio, do dia 17 dç agosto de 1945".
Foi nesfe mês de agosto que, no ano passado, a policia
fe-chou a Sociedade Amigos ãa
America. O fechamento se deu
exatamente Quando ia tomar
posse nà vice-presidência ãa
mesma o sr. Osvaldo Aranha, enttio ministro do Exterior. O motivo alegado talvez lenha sido até o ãe comunismo, que est"-era o motivo para toãas as per-seguições ainda até há um ano
atrás. Talvez nem tenha sido
alegado nada. Nem noticiado
foi direito. O DIP estava então em toda a sua força, e a coisa só se divulgou através da im-prensa clandestina que, naquela época, circulava entre nós como entre os paises então tambem sob a ocupação nazista de Hi-tler.
O fato deu lugar então a uma crise gravíssima no governo: a saidn do chanceler Aranha, de tal importância que o pais teve âe fazer uma declaração inter-nacional âe que não alteraria sua politica externa.
Hoje, apenas um ano ãêpols,
enquanto os comunistas
pro-põem a continuação deste es-lado âe coisas para que se eleja
uma constituinte, a Sociedade
Amigos ãa America vem para a
rua comemorar o seu
fecha-mento com um comício que se denomina de "fioiniclo das 4 Liberdades", nome que é uvia definição de atitude. Sendo dasl quatro liberdades, que Roose-1 í velt formulou como a labua de' princípios dos povos fiemòctà- J
ticos, seria qv.ase pleonastico >
j acrescentar qiie è "pró-Eduaráo
| Gomes". i
Man assim está expliritamen-te anunciado em cartazes que ontem se espalharam por toda a cidnde e. terá como oradores o general Mnnoel Rabelo, pre-iiiãèhtc da Sociedade e vlhn batalhaáor que passou ãa luta' áo "underrjrmid" para a da pra-ça publica sem perder um nada de seu entusiasmo, o sr.
Os-valdo Aranha, vice-preridente
enfim èpíVQSsádo. o acadêmico Ernesto Báhdooinib, presidente
ãa U. N. ".., o coronel Fetlne
Moreira Lima. presidente da
, ler-ião Civie,, 5 dp Julho, o sr. 1 Od'lon Braga, pela U. D. N.• o a^nanad.o Evanaro Lins e Sil-va, pela Esquerda Democrática e o sr. Snlr>s Neto, petas filiais d't Sociedade Amigos da Ame-rica.
j Local; Largo da Carioca, uma
\ das "tribuna': livres" a que se
j rrferiu.a .entrevista do sr, João
Alberto ontem. Dia; vr sabá-i do. Hora: 16,30.
I AMBIENTE «ELEITORA!/ NÓ I CEARA* — O sr Plavio Coriein recebeu de Tnuá o seguinte tnle-cmmn: — "Nusim sltunc&n aqui'í ttflHiya, O sanrc-mto Arnn'do Sil-vino lifines e o prefeito estão pren-(lendo e acnltnndn eleitores '••osrhh. : Tnl nnnrento agrediu o dr. Georges
J T.->les no momento em
I va presos Beus
dos «ous sacerdotes, realiza nm trabalho minucioso de propaganda . esclarecimento, E quanto á su» posição, lia vai s doíiniçftes o« seus diguitarios mais categoriza-dos. Agora, a hV.O. do Há-ri iniciou suas atividades com a pubücnçlío na imprensa e no ra-dio da "circular numero .3** do ar-cebispo do Belím, d. Mario VI-lasboas.
Uíi a circular, entro outra» coisas: — "Chegamos a um rnn-monto gravíssimo di norsa historia' politica. CJuoremos um Urasll cana V37 mais brasileiro, Isto é, cua» ver, mais, lntensainonte. crlstfto. Para tanto, vamos, reMglosnmen-te. cumprir o dever do votu. sn«-lando-nos • votando. Saibam u>-dos quo a Liga Católica nSo 4 um partido. E' uma orientadora da ct.nsciencias. Esti fora e aci-ma de todos os partidos. Kor» porque a igreja á granda demais pa-ra caber dentro da um partido; • grande demais p a oaher dentro da uma naçdo. A organizaçRo, pois. i'xtra-pnrtldarla dn Liga Oatnlic» Eleitoral, oportunamente, cônsul-tnrft todos os candidatos n carirns eletivos e proclainari aa disposições em quo se encontram, relativa-mente i defesa dos princípios cru-Iflos o normas morais qua sSo pa-trimonio da nossa rivIlizaçRo. Tor-isso É que temos na mais subida conta a dei cracia c.ristB e re-podíamos de Iodas ns formas o e*-Iremisinn totalitário da esquorda <$ da direita**.
A FRASE 15* DO SR
PRESTES — No resumo do
d'scnrso do sr. Luiz
Car-los Prestes, ontem publica-do, onde está:
Depois, disse o oradoi
que "o povo não se
inte-ressa por nenhum dos dois
candidatos". A conclusão
a que chegamos, foi que
•ua frase, é que o povo
pre-fere ás candidaturas qu_
<*ii estão o próprio sr. Ge-túlio Vargas".
Leia-se:
Depois, disse o orador
que "o povo não se
inte-réésà por nenhum dos dois
•'candidatos". "A
conclu-são a que chegamos — foi sua frass — é que o povo ¦.refere &s candidaturas que ,ií pstão o próprio sr. Ge-túlio Vargas".
Esclarecemos, porque a'
as aspas deixaram de apa-acer. Elas são, no momen-to, essenciais: na verdade a frase é textual e perten-ce ao próprio sr. Prestes
não se tratando portahtc
dé nenhuma, conclusão
nos-sa". *¦',.., fine visita-Constituintes",
< De nrontidão a policia
de Buenos Aires
(Conclusão da 1" pag.) desagravo, declara em um edl-torial sob o titulo "Juventude Argentina" "Admirável afirmando, diz: o emocionante íoi o espetáculo oferecido nos dois últimos dias pela juventude ae nosso pais. suas manifestações de júbilo improvisadas ao lm-pulso de generosos sentimentosrevelam que a liberdade tem
um baluarte inexpugnável nu, alma juvenil".
O DITADOR E A PAZ BUENOS AIRES, 13 (U.P.)
O coronel Peron, presidente
interino da Republica, enviou
telegramas de felicitações ao
presidente Truman, primeiro
ministro Attlee e generalisslmo Chiang Kai Shek. expressando a "jubilosa satisfação do povo argentino pela vitoria das Na-çoes Unidas sobre os países to-taliiarlos".
REUNIDO O GABINETE BUENOS AIRES, 15 (U, P.)
Sob a presidência do coronel
Peron, presidente interino da
Republica, o gabinete se reuniu durante 2 • meia hora», Infor-mando-se aos Jornalistas qu« sa tratou de questões relacio-nalta com a reforma agraria.
AMBIENTE "ELE
110-RAL" NO PARANÁ - O sr. Artur Bernardes recebeu de Curitiba o seguinte telegra-ma do sr. Oliveira Franco
Sobrinho: "Comunico
emi-nente chefe que elementos
anti-democr£ticos
transfor-maram nosso comicio em
Londrina, realizado
domin-go, em verdadeiro conflito
sangrento. N Vários compa-nheiros nossos estão feridos. Lavro meu protesto perante
a opinião nacional diante
cias violências perpetradas
contra 0 digno povo para-naense"
AMBIENTE "EL
EIXO-RAL" EM MINAS - O sr. Tristão da Cunha recebeu de Teofilo Otoni o seguinte te-legrama: "Circulou domingo o primeiro numero do "De-mocrata Jornal" escrito em linguagem moderada porem
francamente favorável ao
brigadeiro e contrario &
di-tadura. Ontem, dia treze,
um dos seus redatores, Fran-cisco Aureliano de Souza, íoi dispensado e Jo.é Esteves da Meta solicitou demissão por estar assentada a sua tran__
ferencia. Ambos
trabalha-vam na Estrada liio-Bania. Pedimos catalogar os nomes das primeiras vitimas, aqui. da ditadura ou seus prepos-tos e levar ao cohhecimento da imprensa livre dó Rio, a fim de denunciii-ío & nação o autor de semelhante ato
anti-demoerrtico.
engenhei-ro Roberval Germano de
Medeiros".
O telegrama acima esta assinado pelo dr. Nerval de
Figueiredo, diretor de "O
Nordeste Mineiro", dr. Rui
Campos, Sebastião Moura,
Geraldo Landi e Onofre Es-tevês Otoni, advogados.drs. Darci de Almeida e Petronio Mendes, médicos.
HOMENAGEM A OSOTtIO BOB-BA — Rendendo uma homenagem a Osório Borba, o grande jorna-lista que agora vai retornar ao sen Estado natal, pira lâ continuar i» campanha democrática que vinha mantendo na imprensa desta capi-tal. a Rnciedüde Amigos da Atn£-rica apresontou suas dr-sporlidns i* um dos seus mais v"brr"sna diri-gentes. lím nome da 8 A. A. falou o dr. Rales Neto, oferecendo a homenagem, discursando em un-guida o homenageado. Além do. general Manuel Rabelo e vano» dl igentes dn S. A. A., nntnva-su a presença do dr. JoRo Ceof"», dr. Milton Costa Pinto, Br-rgio Buarque de Holanda, Carlos Cas-filhos Cnbral e Tito Tjivio RaMn-na. Foi servido na ocasião um cocktail.
Ultima hora esportiva
OS AHiilii>li.liiOi
viiNi.li-HA Al US ÜHUUuAiOS PUH
ti x 2
BUENOS AIHES, 15 (Uniud
Press) — O selecionado
;ir-genlino de futebol ventuu
facilmente, esta tarde, o
"sora-tch" uruguaio pela ('onlajíçi'!
ib 6x2. O encontro hoje re»-lizudo foi em disputa tíu "Lu-pa Newton".
Ei*se resultado foi o mais
elevado fie todos os encontros até hoje- efetuados, pela citaüa I Copa, desde Í.ÜU. A.tíeiititio» c
_ti'ui;u_a.íys0jjg se dd.Hoftlaraiii
í28 ' véí-bá.-tendo a Ài*rai_*t.|.à
vencido 12 partidos,
(.'llru-guai 7 c 4 empataram.
Os tentos argentinos foram conquistados por Lostau, Ferra-to, Mendes-, Perdeuera e Mar-tino 2. Ortiz e Pal.ero fizeram os "goals" uruguaios.
Os dois selecionados ei.tra-ram em campo assim constitui-dos:.
ÀROKNTINOS — Ogandò,
Salomou e Ilodrigues; 1-o'iu.a,
Strcinlicl e Uainos; Salvam',
Meiuioz. Ferraro, Alartino r
Loslau.
URUGUAIOS — Vaz.
Sala-.í zar e Arrascaeta; \oung,
Uu-raiid « Ca.jiga; Ortiz, ('om.., balero. Riepoph e Zapiraiu
em de u.Kros
aprecn-_.='ít?ÍS5BNTB "ELEITORAL NO
ESTADO DO EIO _ o DIÁRIO CARIOCA recebeu o seguinte tele-grama- assinado polo sr. Olegarlo Uernardes, secretario da UDN Tcresopolis: «o sub-delegadft policia, o jovem Muniz e. funcionários da Prefeitura
deram os exemplares da «f.a-r.i . , de Teresopolia",
que fa. „ „,opa-ganda da candidatura do brigatíél.-io Eduardo Gomes, ameaçando de prisfi. a espancamento, os
vende-fr,°r,8, /J0V?1. ? Rt0- a0
conheci--monto do juiz. de Direito da co-mT:,\,«c,T,.0. Trib>-'*al Eleitoral". A P03IÇAO DA IGREJA Z i Igreja está desempenhando
um
pa-» ltl__.' 1. _*"t?' "° »°m_tttò
•««•T4. doa Umjloa, a*. pr»tíe___i
Assumirá hoje o sr.
Georgino Avelino
NATAL 15 (A. N.) _ Che-Rou a esta Capital, por via
ae-rea. o novo interventor do
f.statlo. sr. Georgino Avelino,
qne foi recebido no aeroporto
dr Pa rua mi rim p0r
_.rnnm-numero de autoridades e
nos-soas amigns. Em Seguiria, o
novo interventor diriglu-rc de
nutomovel at_ a
Vila
Poli-Zly, °n.lc l'e!cht'u cumprir
mentos das comissões dn.s
Di-re torta Municipais dos Sindi.
««tos e dc varias Asso. i;«-_,rs.
A transmissão do governo
ve-* .v?'""Se"á' a,nanbâ "o P»»àrá