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-Comentário de Desempenho
Relatório dos Auditores Independentes
Balanço Patrimonial
Demonstração do Resultado do Exercício
Demonstração do Resultado Abrangente
Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido
Demonstração dos Fluxos de Caixa
Demonstração do Valor Adicionado
Notas Explicativas
COMENTÁRIO DE DESEMPENHO
(Valores expressos em milhares de reais, exceto os mencionados em contrário)
O resultado da ELETROPAR é composto, dada sua condição de empresa de participações, por rendimentos auferidos dos investimentos em participações societárias mantidas em sua carteira e das aplicações no Fundo Extramercado do Banco do Brasil (aplicação obrigatória definida em lei).
A ELETROPAR apresentou no período findo, em 31 de março de 2012, lucro líquido no valor de R$ 9.463 superior em 702,8% ao apresentado no mesmo período do ano anterior, quando a empresa atingiu o valor de R$ 1.179.
As Receitas Totais no período findo, em 31 de março de 2012, atingiram o montante de R$ 10.765, resultantes das Participações Societárias mantidas pela Companhia e das aplicações no Fundo Extramercado, e foram 285,06% superiores àquelas auferidas no mesmo período de 2011, estas no montante de R$ 2.796. No primeiro trimestre de 2012, o rendimento decorrente das participações societárias é composto pelo resultado de equivalência patrimonial (das investidas CTEEP e EMAE) e pelos dividendos distribuídos pela investida Eletropaulo, avaliada ao valor justo por meio do patrimônio líquido.
O Resultado Financeiro no período findo, em 31 de março de 2012, no montante de R$ 1.948, que reflete, principalmente, os rendimentos das aplicações no Fundo Extramercado do Banco do Brasil, apresentou crescimento de 27,52% quando comparado ao apurado no mesmo período de 2011, cujo valor foi de R$ 1.527. O crescimento verificado deve-se ao aumento dos investimentos na aplicação financeira, no fundo extramercado do Banco do Brasil, a partir do recebimento de dividendos e juros sobre capital próprio decorrente das participações societárias mantidas pela Companhia.
Em relação às Despesas Operacionais, que alcançaram o montante de R$ 948, no período findo, em 31 de março de 2012, observa-se uma diminuição da ordem de 30,7%, em relação ao mesmo período de 2011, quando seu valor foi de R$ 1.368. Tal redução ocorreu em virtude da diminuição dos gastos com publicidade legal e pela não constituição de provisão para perdas sobre os créditos tributários em 2012.
Relatório sobre a revisão de informações trimestrais
Aos Administradores e Acionistas Eletrobras Participações S.A. - Eletropar
Introdução
Revisamos as informações contábeis intermediárias da Eletrobras Participações S.A. – Eletropar (“ a Companhia”), contidas no Formulário de Informações Trimestrais - ITR referentes ao trimestre findo em 31 de março de 2012, que compreendem o balanço patrimonial e as
respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o trimestre findo nessa data, incluindo o resumo das
principais políticas contábeis e as demais notas explicativas.
A administração é responsável pela elaboração das informações contábeis intermediárias de acordo com o pronunciamento técnico CPC 21 – Demonstração Intermediária, assim como pela apresentação dessas informações de forma condizente com as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, aplicáveis à elaboração das Informações Trimestrais - ITR. Nossa responsabilidade é a de expressar uma conclusão sobre essas informações contábeis intermediárias com base em nossa revisão.
Alcance da revisão
Conduzimos nossa revisão de acordo com as normas brasileiras e internacionais de revisão de informações intermediárias (NBC TR 2410 – Revisão de Informações Intermediárias Executada pelo Auditor da Entidade). Uma revisão de informações intermediárias consiste na realização de indagações, principalmente às pessoas responsáveis pelos assuntos financeiros e contábeis e na aplicação de procedimentos analíticos e de outros procedimentos de revisão. O alcance de uma revisão é significativamente menor do que o de uma auditoria conduzida de acordo com as normas de auditoria e, consequentemente, não nos permitiu obter segurança de que tomamos conhecimento de todos os assuntos significativos que poderiam ser identificados em uma auditoria. Portanto, não expressamos uma opinião de auditoria.
Conclusão sobre as informações intermediárias
Com base em nossa revisão, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que as informações contábeis intermediárias incluídas nas informações trimestrais acima referidas não foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com o CPC 21 aplicáveis à elaboração das Informações Trimestrais - ITR, e apresentadas de forma condizente com as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.
Outros assuntos
Valores correspondentes ao balanço patrimonial em31 de dezembro de 2011
O exame das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2011, cujo balanço patrimonial e as respectivas notas explicativas são apresentadas para fins de
comparação, foi conduzido sob a nossa responsabilidade e emitimos relatório de auditoria com data de 30 de março de 2012, com ressalva quanto falta de evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação ao investimento na empresa coligada Empresa EMAE – Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A.
Demonstração intermediária do valor adicionado
Revisamos, também, a demonstração intermediária do valor adicionado (DVA), referente ao trimestre findo em 31 de março de 2012, cuja apresentação nas informações intermediárias é requerida de acordo com as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários aplicáveis à elaboração de Informações Trimestrais – ITR . Essa demonstração foi submetida aos mesmos procedimentos de revisão descritos anteriormente e, com base em nossa revisão, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que não foi adequadamente elaborada, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às informações contábeis intermediárias tomadas em conjunto.
Rio de Janeiro, 15 de maio de 2012.
PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5 "F" RJ
Guilherme Naves Valle Patricio Marques Roche
ATIVO 31/03/2012 31/12/2011 CIRCULANTE Nota
Caixa e equivalentes de caixa 5 74.154 71.695
Remuneração dos investimentos 6 8.948 2.624
Ativos fiscais a compensar 8 811 811
Depósitos Judiciais 1.695 1.672 85.608 76.802 NÃO CIRCULANTE REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Ativos fiscais a compensar 2.318 2.376 2.318 2.376 INVESTIMENTOS 9 171.538 163.992 IMOBILIZADO Móveis e utensílios 223 223 (-) Depreciação Acumulada (180) (177) 43 47 INTANGÍVEL 7 7 173.906 166.422 TOTAL DO ATIVO 259.514 243.224 PASSIVO CIRCULANTE Remuneração aos acionistas 5.618 5.618 Contas a pagar - Eletrobras 208 204
Tributos e contribuições sociais 422 226
Obrigações estimadas 29 29
Outros 22 24
6.299
6.101 NÃO CIRCULANTE
Provisões para riscos fiscais e administrativos 10 1.631 1.608 Imposto de Renda e Contrib. Social diferidos 11 35.712 33.466
37.343
35.074 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 12
Capital social 118.054 118.054
Reserva de Lucros 2.325 2.325
Dividendo Adicional Proposto 16.854 16.854
Ajustes de Avaliação Patrimonial 69.176 64.816
Lucros acumulados 9.463
-215.872
202.049 TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 259.514 243.224
BALANÇOS PATRIMONIAIS
(em milhares de Reais)
01/01/12 a 31/03/12 01/01/11 a 31/03/11 RECEITAS OPERACIONAIS Dividendos 7.108 Participação societária 1.687 1.266 8.795 1.266 DESPESAS OPERACIONAIS Pessoal/Honorários 661 497 Materiais e Produtos 17 22
Viagens, Condução e Treinamento 14 15
Serviços de Terceiros 135 120
Propaganda e Publicidade 9 212
Tributos e Contribuições 39 40
Aluguel, Condomínio e IPTU 23 17
(Reversão) Provisões Operacionais - 398
Outras 51 45
948 1.368 RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO 7.847 (102)
9 RECEITAS (DESPESAS) FINANCEIRAS 7.856 Receitas financeiras 1.971 1.530 Despesas financeiras (23) (3)
RESULTADO FINANCEIRO 1.948 1.527 RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 9.795 1.425 Imposto de renda e Contribuição social (332) (246)
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 9.463 1.179
LUCRO POR AÇÃO
Básico e Diluído 0,80439 0,10866
(em milhares de Reais)
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO
01/01/12 a
31/03/12 01/01/11 a 31/03/11 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 9.463 1.179
Ganhos decorrentes da avaliação ao valor justo de investimentos disponíveis para venda em sociedades não controladas e sem
influência significativa 6.606 13.273
(-) IR/CS diferidos sobre avaliação ao valor justo (2.246) (4.513)
TOTAL DO RESULTADO ABRANGENTE DO EXERCÍCIO 13.823 9.939 DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO ABRANGENTE
(em milhares de Reais)
DIVIDENDO AJUSTE DE LUCROS TOTAL DO CAPITAL RESERVA ADICIONAL AVALIAÇÃO (PREJUÍZOS) PATRIMÔNIO
SOCIAL LEGAL PROPOSTO PATRIMONIAL ACUMULADOS LÍQUIDO Em 1° de janeiro de 2011 118.054 1.142 8.161 51.885 - 179.242
Lucro líquido do período 1.179 1.179
Avaliação ao valor justo de instrumentos financeiros 8.760 8.760
Em 31 de março de 2011 118.054 1.142 8.161 60.645 1.179 189.181 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
(em milhares de Reais)
DIVIDENDO AJUSTE DE TOTAL DO CAPITAL RESERVA ADICIONAL AVALIAÇÃO LUCROS PATRIMÔNIO
SOCIAL LEGAL PROPOSTO PATRIMONIAL ACUMULADOS LÍQUIDO Em 1° de janeiro de 2012 118.054 2.325 16.854 64.816 - 202.049
Lucro líquido do período - - - - 9.463 9.463 Avaliação ao valor justo de instrumentos financeiros - - - 4.360 - 4.360
Em 31 de março de 2012 118.054 2.325 16.854 69.176 9.463 215.872 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
(em milhares de Reais)
ATIVIDADES OPERACIONAIS
Lucro líquido do exercício 9.463 1.179 Ajustes para reconciliar o lucro líquido com o caixa
gerado pelas operações:
Depreciação e amortização 3 4 Resultado de participações societárias (1.687) (1.266) Provisões - 467 Sub total 7.779 384 (Acréscimos) decréscimos nos ativos operacionais
Remuneração dos investimentos (7.793) 63 Ativos fiscais a compensar 58 217 Outros créditos - 9
(7.735)
289 Acréscimos (decréscimos) nos passivos operacionais
Tributos e contribuições sociais 197 (33) Contas a pagar - Eletrobras 5 (197) Outros - (9)
202
(239)
Fluxos de caixa das atividades operacionais 246 434
ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS
Aquisição de ativo imobilizado - (4) Dividendos recebidos 2.213 1.092
Fluxos de caixa das atividades de investimentos 2.213 1.088
Aumento no caixa e equivalentes de caixa 2.459 1.522
Caixa e equivalentes de caixa no início do período 71.695 58.677
Caixa e equivalentes de caixa no fim do período 74.154 60.199
Aumento no caixa e equivalentes de caixa 2.459 1.522
01/01/12 a
31/03/12 01/01/11 a 31/03/11 DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA
(em milhares de reais)
01/01/12 a
31/03/12 01/01/11 a 31/03/11 1 - RECEITAS -
-2 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS
Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (222) (411)
Provisões operacionais - (398)
(222)
(809)
3 - VALOR ADICIONADO BRUTO (222) (809)
4 - RETENÇÕES
Depreciação, amortização e exaustão (3) (4) (3)
(4)
5 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA EMPRESA (225) (813)
6 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA
Receitas Financeiras 1.971 1.530
Participações societárias, dividendos e juros sobre o capital próprio 8.795 1.266 10.765
2.796
7 - VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR 10.540 1.983
8 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO
Remuneração direta 573 406
Impostos, Taxas e Contribuições 459 378
Remuneração do capital de terceiros 45 20
Remuneração do capital próprio 9.463 1.179
10.540
1.983
DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO
(em milhares de Reais)
ELETROBRÁS PARTICIPAÇÕES S.A. ELETROPAR
(COMPANHIA ABERTA)
CNPJ 01.104.937/0001-70
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INTERMEDIÁRIAS DO PERÍODO FINDO EM 31 DE MARÇO DE 2012
(Valores expressos em milhares de reais, exceto os mencionados em contrário)
NOTA 1 – INFORMAÇÕES GERAIS
A Eletrobrás Participações S.A. - ELETROPAR é uma sociedade por ações, controlada pela Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRÁS, foi criada em 29 de janeiro de 1996, pela Lei nº 9.163, de 15 de dezembro de 1995, em decorrência da cisão da LIGHT – Serviços de Eletricidade S.A., possui sua sede na cidade do Rio de Janeiro e tem por objeto social a participação societária em empresas de energia elétrica e em outras sociedades.
Nessa condição, participa no capital social da Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S.A. - ELETROPAULO, da Energias do Brasil S.A. – ENERGIAS DO BRASIL, da Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A. – EMAE, da CPFL Energia S.A. – CPFL Energia e da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista S.A. - CTEEP, todas concessionárias de serviços públicos de energia elétrica no Estado de São Paulo, e também, da Eletronet S.A. – ELETRONET, sendo esta Sociedade de Propósito Específico, com atividades de transporte de sinais de informações e prestação de serviços de telecomunicações.
Vale registrar que a ELETROPAR continua inscrita no Programa Nacional de Desestatização – PND, nos termos do Decreto nº 1.836, de 14 de março de 1996. A Administração da Companhia aprovou as Demonstrações Financeiras Intermediárias em 15 de maio de 2012.
NOTA 2 – PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTÁBEIS
As demonstrações financeiras intermediárias foram elaboradas de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 21 – Demonstração Intermediária.
As principais políticas contábeis aplicadas na preparação dessas demonstrações financeiras intermediárias não foram alteradas em relação às demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2011. Essas políticas vêm sendo aplicadas de modo consistente em todos os períodos apresentados, salvo disposição em contrário.
Essas demonstrações financeiras intermediárias devem ser lidas em conjunto com as demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2011.
NOTA 3 - GESTÃO DE RISCO FINANCEIRO
3.1. Fatores de Risco Financeiro
I – Risco de volatilidade no preço das ações
A Companhia possui em sua carteira de investimentos participações societárias com cotação em bolsa de valores e o risco surge das possíveis oscilações nos valores de mercado das ações dessas companhias investidas.
II – Risco de crédito das aplicações financeiras
As aplicações financeiras das Companhia são no fundo extramercado mantido do Banco Brasil. A instituição financeira é de primeira linha e que apresenta boas avaliações de rating.
III – Risco de taxa de juros dos rendimentos das aplicações financeiras
As aplicação financeira no fundo extramercado mantido no Banco Brasil são remuneradas pela taxa média da SELIC, e o risco surge das possíveis oscilações da referida taxa. Análise de sensibilidade Cenário base 2,75% Cenário Provável 2,0% Cenário Remoto 3,5% Cenário Possível 2,5% Rendimento das Aplicações Financeiras 1.971 1.433 2.509 1.792
3.2. Gestão de Capital
A ELETROBRAS, cuja participação no capital social da ELETROPAR é de 83,71%, é quem orienta as políticas de investimentos da Companhia. O capital na Companhia não é utilizado com fins especulativos, mas com o objetivo de remunerar seus acionistas. A Companhia não possui dívida com terceiros.
3.3. Estimativa do valor justo
A companhia adota a mensuração a valor justo de seus ativos e passivos financeiros. Valor justo é mensurado a valor de mercado com base em premissas em que os participantes do mercado possam mensurar um ativo ou passivo. Para aumentar a coerência e a comparabilidade, a hierarquia do valor justo prioriza os insumos utilizados na medição em três grandes níveis, como segue:
Nível 1. Mercado Ativo: Preço Cotado – Um instrumento financeiro é considerado
como cotado em mercado ativo se os preços cotados forem pronta e regularmente disponibilizados por bolsa ou mercado de balcão organizado, por operadores, por corretores, ou por associação de mercado, por entidades que tenham como objetivo divulgar preços por agências reguladoras, e se esses preços representarem transações de mercado que ocorrem regularmente entre partes independentes, sem favorecimento.
Nível 2. Sem Mercado Ativo: Técnica de Avaliação ‐ Para um instrumento que
não tenha mercado ativo o valor justo deve ser apurado utilizando‐se metodologia de avaliação/apreçamento. Podem ser utilizados critérios como dados do valor justo corrente de outro instrumento que seja substancialmente o mesmo, de análise de fluxo de caixa descontado e modelos de apreçamento de opções. O objetivo da técnica de avaliação é estabelecer qual seria o preço da transação na data de mensuração em uma troca com isenção de interesses motivada por considerações do negócio.
Nível 3. Sem Mercado Ativo: Título Patrimonial – Valor justo de investimentos
em títulos patrimoniais que não tenham preços de mercado cotados em mercado ativo e de derivativos que estejam a eles vinculados.
31/03/12
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Ativos financeiros disponíveis para venda:
Investimentos 147.977 - -
Ativos financeiros ao valor justo por meio do
resultado:
Aplicações financeiras 74.132 - -
222.109 - -
31/12/11
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Ativos financeiros disponíveis para venda:
Investimentos 141.370 - -
Ativos financeiros ao valor justo por meio do
resultado:
Aplicações financeiras 71.655 - -
NOTA 4 – INSTRUMENTOS FINANCEIROS POR CATEGORIA
Os principais instrumentos financeiros, classificados de acordo com as práticas contábeis adotadas pela Companhia são, como segue:
31/03/12 Ativos ao valor justo
por meio do resultado para venda Disponível Total
Ativos conforme Balanço Patrimonial:
Investimentos - 147.977 147.977
Aplicações financeiras 74.132 - 74.132
74.132 147.977 222.109 31/12/11
Ativos ao valor justo por meio do resultado
Disponível
para venda Total
Ativos conforme Balanço Patrimonial:
Investimentos - 141.370 141.370
Aplicações financeiras 71.655 - 71.655
71.655 141.370 213.025
NOTA 5 - CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
Os saldos de caixa e equivalentes de caixa são mantidos junto ao Banco do Brasil S.A., nos termos da legislação específica para as Sociedades de Economia Mista sob controle federal, emanada do Decreto Lei n.º 1.290, de 03 de dezembro de 1973, com as alterações decorrentes da Resolução n.º 3.284, de 25 de maio de 2005, do Banco Central do Brasil, que estabeleceu novos mecanismos para as aplicações das empresas integrantes da Administração Federal Indireta.
As aplicações financeiras, de liquidez imediata, encontram-se em fundos de investimento financeiro - extramercado, que têm como meta a rentabilidade em função da taxa média da SELIC.
O total de caixa e equivalentes de caixa encontra-se abaixo demonstrado:
31/03/2012 31/12/2011
Caixa e Bancos 22 40
Aplicações Financeiras 74.132 71.655
NOTA 6 – REMUNERAÇÃO DOS INVESTIMENTOS
31/03/2012 31/12/2011
EDP – Energias do Brasil 347 348
Eletropaulo 7.915 807
CTEEP 686 1.469
8.948 2.624
NOTA 7 – DIREITOS E OBRIGAÇÕES COM ELETRONET E EMPRESAS CEDENTES
Os créditos junto à ELETRONET derivados do aluguel da infraestrutura e cabos de fibras ópticas, atualização monetária e juros sobre receita de aluguel de infraestrutura, diferidos no período compreendido entre fevereiro e novembro de 2002, além de multa por atraso de pagamento dos meses subsequentes estão contemplados nessa rubrica. Além disso, os valores a receber das concessionárias, FURNAS, CHESF, ELETROSUL e ELETRONORTE relativos à taxa de administração e ressarcimento de despesas operacionais estão também classificados neste item.
31/03/2012 31/12/2011
Contas a receber – Cedentes 13.674 13.674
Contas a receber – Eletronet 59.145 59.145
Obrigação com as Empresas Cedentes (58.471) (58.471)
Adiantamentos (11.877) (11.877)
Outros créditos a pagar (1.121) (1.121)
Contas a receber líquido 1.350 1.350
Provisão para perdas (1.350) (1.350)
- -
A Assembleia Geral Extraordinária da ELETRONET, iniciada em 24 de abril de 2003, e encerrada em 25 do mesmo mês e ano, aprovou a confissão de falência da Companhia com continuação do negócio e autorizou os Administradores a tomarem as medidas judiciais cabíveis, tendo sido a sentença proferida, em 16 de maio de 2003, pela 5ª Vara Empresarial/RJ, a qual acolheu o pedido de confissão da falência com continuidade do negócio.
Examinadas todas as implicações, concluiu-se que a confissão da falência da ELETRONET vincula o crédito junto à ELETRONET ao pagamento do passivo substancialmente do mesmo valor a ser repassado às EMPRESAS CEDENTES, as quais em sua totalidade integram o Sistema ELETROBRAS.
Em 22 de dezembro de 2004, foi assinado o Termo Aditivo no 05 ao Contrato no
ECE 1166/99, relativo à cessão do direito de uso da infraestrutura de transmissão
de energia elétrica e de fibras ópticas pelas EMPRESAS CEDENTES: CHESF, ELETRONORTE, ELETROSUL e FURNAS.
O objeto do Termo Aditivo foi determinar que as citadas EMPRESAS CEDENTES efetuassem adiantamentos à ELETROPAR correspondentes às despesas operacionais desta última incorridas no período de agosto de 2002 a junho de 2004, no total de R$ 9.327, os quais serão atualizados pelo IGP-M, da Fundação Getúlio Vargas, caso a receita oriunda do Negócio ELETRONET ultrapassasse os custos operacionais. A CHESF optou em converter o adiantamento em pagamento de parte do seu saldo devedor com a ELETROPAR.
Ainda por intermédio do mesmo Termo Aditivo nº 05, foram efetuados, pelas Concessionárias, adiantamentos à ELETROPAR relativos às despesas operacionais realizadas de janeiro a dezembro de 2005.
Em Outubro de 2006, foi assinado o Termo Aditivo nº 06 ao Contrato nº ECE 1166/99, com o objetivo de as EMPRESAS CEDENTES repassarem, a título de adiantamento à ELETROPAR, o valor de R$ 2.010 relativos às despesas incorridas no período compreendido entre Julho e Dezembro de 2004, e o valor de até R$ 1.960 no ano de 2006, representando 50% das despesas operacionais, também a titulo de adiantamento por conta do Negócio ELETRONET.
O Contrato nº. ECE-1166/99 (e seus Termos Aditivos) celebrado entre a ELETROPAR e as Empresas Cedentes (CHESF, ELETRONORTE, ELETROSUL e FURNAS) foi rescindido unilateralmente pelas Cedentes, em 06/06/2007, via Notificação Extrajudicial. A rescisão não prejudicou o recebimento dos créditos correspondentes aos reembolsos devidos e cobrados até 31/12/2006.
Quanto ao andamento processual atual da falência da ELETRONET, a juíza da 5ª. Vara Empresarial do Rio de Janeiro, em 14/07/11, proferiu o seguinte despacho: “(...) a intimação da Eletronet para que informe quantos contratos mantêm vigentes, relacionando-os e juntando-os por cópia, bem como para que relate o volume de dados utilizados, de forma a garantir a continuidade de suas atividades”. Aguarda-se a manifestação do síndico da massa falida.
A ELETROPAR detém, em 31 de março de 2012, créditos da ordem de R$ 72.819, na qualidade de credora da ELETRONET em nome das empresas cedentes, e débitos de R$ 71.469 com as empresas cedentes, vinculados ao recebimento dos créditos. A diferença entre os saldos ativos e passivos, que reflete a taxa de comissionamento de R$ 1.350, foi integralmente provisionada.
NOTA 8 – ATIVOS FISCAIS A COMPENSAR
31/03/2012 31/12/2011
IRRF sobre juros sobre capital próprio 66 269
IRRF sobre aplicações financeiras 4 900
IRPJ – exercícios anteriores 3.059 2.018
3.129 3.187
Provisão para perdas - -
3.129 3.187
Circulante 811 811
Não Circulante 2.318 2.376
3.129 3.187
A Companhia vem utilizando os créditos tributários de forma consistente desde o exercício social de 2010, suportados por projeções de lucros tributáveis futuros preparadas pela Administração conforme orientação do Pronunciamento Técnico CPC 38 – Tributos sobre o Lucro.
A perspectiva de realização dos referidos créditos fiscais pela Companhia nos próximos exercícios é demonstrada a seguir:
2012 2013 2014 Total
Valor a ser utilizado 811 945 1.373 3.129
NOTA 9 - INVESTIMENTOS
A composição dos investimentos da ELETROPAR em 31 de março de 2012 está distribuída da seguinte forma:
I – Empresas avaliadas pelo valor justo
Valor de Mercado
(disponível para venda) Tipo Quantidade Participação (%)
Eletropaulo1 80.473 PNB 2.095.644 1,25
Energias do Brasil2 20.740 ON 495.227 0,31
CPFL Energia3 46.764 ON 1.703.600 0,18
147.977
1 Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S.A. – ELETROPAULO 2 EDP Energias do Brasil S.A. – ENERGIAS DO BRASIL
Em conformidade com o Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, dado que tais participações possuem cotação de mercado, a Companhia passou a avaliar os referidos títulos patrimoniais em outras sociedades pelo seu valor justo (valor de mercado). A contrapartida decorrente de tal avaliação é reconhecida como resultado abrangente, sendo registrada no Patrimônio Líquido, na rubrica de Ajuste de Avaliação Patrimonial, dado que a Companhia classifica esses instrumentos financeiros como disponíveis para venda.
II – Empresas avaliadas pelo método de equivalência patrimonial
A ELETROPAR detém participações societárias, além daquelas descritas anteriormente, nas companhias mencionadas abaixo, as quais são avaliadas pelo método da equivalência patrimonial pelo fato de a controladora da ELETROPAR, a ELETROBRÁS, possuir participação nas mesmas empresas o que as caracteriza como coligadas:
Tipo Quantidade Participação (%)
CTEEP PN 999.663 0,655
EMAE PN 523.911 1,420
Mutação dos Investimentos
CTEEP4 EMAE TOTAL
Saldo em 31/12/11 11.662 10.960 22.622
Ajuste de equivalência 1.450 237 1.687
(-) Dividendos/JCP (748) - (748)
Saldo em 31/03/12 12.364 11.197 23.561
III – Saldo total de investimentos em participações societárias
31/03/12 31/12/11
Avaliados ao valor justo 147.977 141.370 Avaliados por equivalência patrimonial 23.561 22.622
171.538 163.992 NOTA 10 - PROVISÃO PARA RISCOS FISCAIS
Em 13 de agosto de 2001, foi lavrado pela fiscalização do Município do Rio de Janeiro, Auto de Infração (AI) visando a cobrança do ISS incidente sobre as receitas decorrentes dos recebimentos de despesas a título de reembolso, como parte integrante do preço dos serviços, oriundas do contrato de administração de bens e negócios de terceiros, conforme contrato ECE-1166/99 (firmado entre a
então Lightpar, as empresas cedentes e a Eletronet), referente ao período de dezembro de 2000 a junho de 2001. Intimada a pagar ou oferecer Impugnação ao auto de infração, a ELETROPAR, tempestivamente, apresentou sua defesa alegando, em síntese: (i) a atividade da ELETROPAR não tem natureza jurídica de administração de bens e negócios de terceiros, de sublocação de bens imóveis, não configurando, portanto fato gerador do ISS; (ii) mesmo considerando que a atividade da ELETROPAR estivesse sujeita ao ISS, os valores recebidos a título de reembolso de despesas não integrariam a base de cálculo do imposto.
Após os trâmites formais, em 5 de novembro de 2010, sobreveio decisão de primeira instância administrativa reconhecendo a procedência do auto de infração pelos seguintes fundamentos: (i) a atividade realizada pela ELETROPAR é de administração de bens e negócios de terceiros, e não sublocação de bens imóveis, motivo pelo qual se caracteriza como fato gerador de ISS; (i) as despesas reembolsáveis integram a base de cálculo de ISS.
O recurso foi interposto no prazo legal com o efeito de suspender a exigibilidade do crédito tributário (exigido).
Considerando o Pronunciamento Técnico CPC 25, com base na opinião de nossos consultores jurídicos, o prognóstico de perda foi classificado como provável. Sendo assim, observando a prática contábil vigente sobre o tema, foi reconhecido, no exercício de 2010, o montante de R$ 1.531, que vem sendo atualizado monetariamente.
NOTA 11 - IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
I – Reconciliação do benefício (despesa) do imposto de renda e da contribuição social
A reconciliação entre a despesa de imposto de renda e de contribuição social pela alíquota nominal e pela efetiva está demonstrada a seguir:
2012 2011
Lucro antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social: 9.795 1.425
Imposto de Renda e Contribuição Social às alíquotas da
legislação (34%): 3.330 485
Efeitos de adições e (exclusões):
Equivalência patrimonial e dividendos (2.990) (336) Provisão para perdas de impostos recuperáveis sem
expectativa de realização - (213)
Outros (8) (114)
(2.998) (238)
Imposto de Renda e Contribuição Social no resultado 332 246 7.
9. II – Imposto de renda e contribuição social diferidos 10.
O imposto de renda e a contribuição social diferidos são calculados sobre os prejuízos fiscais do imposto de renda, a base negativa de contribuição social e as correspondentes diferenças temporárias entre as bases de cálculo do imposto sobre ativos e passivos e os valores contábeis das demonstrações financeiras. As alíquotas desses impostos, definidas atualmente para determinação dos tributos diferidos, são de 25% para o imposto de renda e de 9% para a contribuição social. A movimentação do passivo de imposto de renda diferido durante o exercício é a seguinte:
Ganhos de valor justo
Saldo em 31/12/11 33.466
Debitado aos outros resultados abrangentes 2.246
Saldo em 31/03/12 35.712
11. 12.
13. NOTA 12 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO
I – Capital Social
O Capital Social de R$ 118.054 é composto de 11.764.889 (onze milhões, setecentos e sessenta e quatro mil, oitocentos e oitenta e nove) ações ordinárias nominativas, escriturais e sem valor nominal.
A composição acionária em 31 de maço de 2012 está assim representada: QUANTIDADE DE ACIONISTAS AÇÕES Quantidade Participação (%) ELETROBRÁS 1 9.848.901 83,7144 Minoritários 28.857 1.915.988 16,2856 28.858 11.764.889 100,00
O valor patrimonial das ações representativas do Capital Social, em 31 de março de 2012, é de R$ 18,35 por ação (R$ 17,40 por ação, em 31 de dezembro de 2011).
NOTA 13 – LUCRO POR AÇÃO
Com isso apresentamos a seguir o lucro por ação básico e diluído conforme os parâmetros definidos no Pronunciamento Técnico CPC 41 – Lucro por ação:
31/03/12 31/03/11
Lucro atribuível aos acionistas da sociedade 9.463 1.179 Média ponderada do número de ações ordinárias
NOTA 14 - PARTES RELACIONADAS
De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 5 – Divulgação sobre Partes Relacionadas enquadram-se nesse conceito a transferência de recursos, serviços ou obrigações entre partes relacionadas, independente de haver ou não um valor alocado à transação.
As transações com partes relacionadas são realizadas pela Companhia em condições estritamente comutativas, observando‐se preços e condições usuais de mercado e, portanto, não geram qualquer benefício indevido às suas contrapartes ou prejuízos à Companhia.
Conforme os conceitos definidos no referido pronunciamento do CPC, a Eletropar possui como partes relacionadas: sua controladora, coligadas e o pessoal-chave da administração. As transações mantidas com partes relacionadas são detalhadas nos itens a seguir:
I – Controladora
Os saldos decorrentes de transações mantidas com a Eletrobras são apresentados a seguir: 31/03/12 31/12/11 PASSIVO Contas a pagar5 208 204 Dividendos a pagar 4.703 4.703 4.911 4.907 RESULTADO
Gastos com pessoal requisitado 410 1.994
410 1.994
II – Coligadas
CTEEP 31/03/12 31/12/11
ATIVO
Remuneração dos investimentos 686 1.469
Participação Societária 12.364 11.622
13.050 13.131
5Os saldos dessa rubrica são decorrentes de valores a serem reembolsados à
Eletrobras em função dos seguintes itens:
- Convênio firmado entre Eletrobras e Eletropar para utilização, pela Eletropar, da infra-estrutura administrativa da Eletrobras, contemplando os serviços de copa, segurança, limpeza e informática.
- Valores relacionados com o aluguel da sede administrativa da Eletropar, cujo espaço físico está sublocado pela Eletrobras à Eletropar, através de contrato firmado entre as partes.
- Saldos decorrentes de reembolso a ser efetuado à Eletrobras dos gastos com o pessoal requisitado pela Eletropar à Eletrobras.
RESULTADO
Resultado com participações societárias 1.450 1.761
1.450 1.761
EMAE 31/03/12 31/12/11
ATIVO
Remuneração dos investimentos - -
Participação Societária 11.197 10.960
11.197 10.960
RESULTADO
Resultado com participações societárias 237 (581)
237 (581)
III – Eletronet e empresas cedentes
O detalhamento do relacionamento da Companhia com a Eletronet e as empresas cedentes é apresentado na nota explicativa nº 7.
IV – Remuneração do pessoal-chave da administração
O pessoal-chave da administração inclui os conselheiros de administração e fiscal, e diretores.
31/03/12 31/03/11
Remuneração dos Diretores e dos Conselheiros 199 159
Encargos Sociais 80 64
Benefícios 5 11
284 234
Marcelo Lobo de Oliveira Figueiredo Jorge José Teles Rodrigues
Diretor Presidente Diretor Superintendente e de Relações
com Investidores
Eduardo da Costa Ramos
Contador CRC-RJ 091.422/O-9