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VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO VIAJANTE

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Copa do Mundo de Futebol • África do Sul

11 de junho a 11 de julho de 2010

A África do Sul será o primeiro país africano a sediar uma Copa do Mundo, de 11 de junho a 11 de julho

de 2010, sendo palco de um dos maiores eventos do planeta. Os jogos serão distribuídos em oito províncias e nove cidades e espera-se mais de meio milhão de visitantes no país.

Além da grande quantidade de atletas, delegações e voluntários de dezenas de países de todos os conti-nentes do mundo, estarão acompanhando os jogos outros milhares de turistas e trabalhadores que, direta ou indiretamente, estarão atuando durante a copa (ex. da imprensa, promotores de produtos, equipes de serviços, comercio, saúde, segurança e outros setores). Neste cenário, onde se reúnem um grande número de pessoas, com intenso trânsito internacional, apresenta-se um aumento do risco potencial da disseminação de doenças, na sua maioria de natureza infecciosa, seja através de contato direto entre humanos, de ingestão de alimentos contaminados ou de outras exposições.

Este documento servirá de base para elaboração de outros materiais informativos (impressos e eletrônicos), com as principais orientações aos brasileiros que viajarão para os Jogos da Copa, visando prevenir a ocorrência de doenças infecciosas e outros agravos à saúde em saúde, além da introdução no país de agentes atualmente exóticos ou de potencial risco sanitário nacional/internacional.

Preparando a viagem para a África do Sul

Ao programar uma viagem para um país como a África do Sul, distante geograficamente, com grande diversi-dade cultural, hábitos e costumes diferentes do Brasil, o brasileiro tem que tomar alguns cuidados com a saúde para evitar contratempos desagradáveis como por exemplo, ter que trocar seu ingresso do jogo final da Copa do Mundo por uma estadia em algum hospital estrangeiro.

Para iniciar a preparação da sua viagem realize uma avaliação de saúde com profissionais habilitados. Reco-menda-se não viajar doente, pois assim aumentam as chances de apresentar complicações no exterior. As longas horas de vôo favorecem o surgimento de problemas circulatórios e o estresse da viagem pode diminuir a resis-tência do seu organismo abrindo o caminho para outras doenças.

Outro cuidado importante é avaliar a situação vacinal de acordo com sua idade. Para isso, procure uma uni-dade de saúde, de preferência da rede pública do Sistema Único de Saúde, portando o cartão de vacinação para verificar e atualizar, as vacinas necessárias para sua viagem. Todas as vacinas em atraso devem ser tomadas, com destaque para: Febre Amarela, Sarampo, Rubéola.

É importante que essa atualização seja realizada dez dias antes da data da viagem para que a vacina possa fazer efeito e a imunidade seja adquirida – Calendário de Vacinação:

http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=25806

Importante

Nunca viaje com vacinas pendentes ou atrasadas,

a VACINA é a medida mais eficaz e segura para a

preven-ção de várias doenças graves.

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Outra questão importante é que todo viajante com destino à África do Sul deve obrigatoriamente

apre-sentar o Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia comprovando a profilaxia contra a febre ama-rela sob o risco de ter sua entrada proibida no referido país. O Brasil não exige mais este documento seja para a

chegada de estrangeiros seja para o retorno de brasileiros.

Essas mediadas, além de evitarem intercorrências na sua viagem, previnem uma série de problemas que po-dem ocorrer em eventos de grande magnitude onde estão presentes pessoas de diferentes países e é comum a ocorrência de doenças já controladas no país, por exemplo, sarampo ou rubéola.

Confira abaixo as vacinas de rotina do calendário de vacinação da criança, adolescente e adulto/idoso:

Rotina

Vacina

Calendário de Vacinação

da Criança

BCG-ID Hepatite B

VOP – Vacina Oral contra Pólio

Contra Difteria, Tétano e Coqueluche e Haemophilus influenzae – Tetravalente – DTP + Hib

VORH-Vacina Oral de Rotavírus Humano Contra Febre Amarela (em área de risco)

Contra Sarampo, Caxumba e Rubéola – Tríplice Viral

Contra Difteria, Tétano e Coqueluche – DPT – Tríplice Bacteriana

Calendário de Vacinação

do Adolescente

Hepatite B

Contra Difteria e Tétano – dT – Dupla Bacteriana Contra Sarampo, Caxumba e Rubéola - Tríplice Viral Contra Febre Amarela – área de risco

Calendário de Vacinação

do Adulto/Idoso

Influenza – Gripe (idoso)

Contra Difteria e Tétano – dT – Dupla Bacteriana

Anti-Pneumocócica (somente para protadores de doenças cronicas)* Contra Febre Amarela: em área de risco

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ATENÇÃO

O Governo da África do Sul exige a apresentação do Certificado

Internacional de Vacinação ou Profilaxia contra a Febre Amarela para

entrada no país.

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) recomenda que os

países da região, adotem as seguintes medidas para impedir a

impor-tação do vírus do sarampo e da rubéola no continente:

1. Qualquer morador das Américas, incluindo as equipes

partici-pantes na Copa do Mundo e outros turistas que viajam para este

evento, devem ser imunizados ao sarampo e rubéola antes de sua

partida, pois há surtos destas doenças na África do Sul e outros

países do continente.

2. Alerta-se aos profissionais de saúde do setores público e privado

da possibilidade de aparecimento de sarampo e rubéola.

Durante a sua viagem a África do Sul

Os problemas de saúde podem ocorrer ainda dentro do avião, assim, não deixe de levar, tanto na mala como na maleta de mão, todos os medicamentos necessários à manutenção da sua saúde, como medicações contra dor de cabeça, alergias imprevistas ou aquelas de uso regular no controle de doenças pré existentes (hipertensão, diabetes, asma etc.) prescritas pelo médico. Siga sempre as regras para transporte de objetos e líquidos, exigi-dos pelas companhias de transporte aéreo internacional. Se ocorrer qualquer alteração no seu estado de saúde durante o vôo, comunique imediatamente ao comissário de bordo que acionará os serviços de controle sanitário nos pontos de entrada no país de destino.

A entrada de medicamentos de uso pessoal em outros países poderá sofrer fiscalização

sa-nitária, para tanto recomendamos procurar informações junto à embaixada ou consulado

do país de destino. Em geral, os países exigem prescrição médica, atestando a necessidade

e quantidade da medicação de uso contínuo ou controlado. É importante que o

medica-mento esteja acondicionado de acordo com as normas do fabricante e acompanhado da

caixa e bula original.

Recomenda-se que o viajante esteja sempre identificado por meio de documento, pulseira ou placa, de prefe-rência em inglês, com informações e contatos pessoais, incluindo tipo sanguíneo e alergias.

Frente a quaisquer situações inusitadas (acidentes, assaltos, perda de passaporte), bem como a problemas mais graves de saúde NÃO hesite em procurar ajuda/orientações junto à Embaixada do Brasil na África do Sul

http://www.brazil.org.cn

IMPORTANTE

Em viagem internacional o DOCUMENTO OFICIAL para identificação é

o PASSAPORTE. Por isso NÃO se esqueça de levá-lo consigo em todos

os momentos de sua viagem.

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Brasileiros não necessitam de visto até 90 dias (estudo, turismo e/ou negócios), basta apenas apresentar o passaporte com validade de até 1 (um) mês (da data de retorno ao Brasil), com pelo menos 2 (duas) páginas em branco e apresentar o CIV (Certificado Internacional da Vacina) contra febre amarela, que deve ser tomada pelo menos 10 dias antes do embarque.

EMBAIXADA DO BRASIL NA ÁFRICA DO SUL (PRETÓRIA)

Endereço: Hillcrest Office Park, Woodpecker Place,

First Floor, 177 Dyer Road, Hillcrest.

Cidade: Pretória

Telefone: (00xx27 12) 366 5200

Fax: (00xx27 12) 366 5299

Em caso de adoecimento durante a sua estadia na África do Sul, busque atendimento

mé-dico e não pratique a automedicação.

Doenças de Transmissão Hidrica-Alimentar

Um dos principais problemas que ocorrem em viagens nacionais ou internacionais é a diarréia do viajante, oca-sionada pelo consumo de água e alimentos contaminados ou pela ingestão de alimentos gordurosos ou com excesso de “tempero local”. Além da diarréia do viajante, podem ocorrer outras doenças de transmissão hídrica-alimentar com sinais e sintomas mais graves, levando a desidratação e choque. Outros sintomas alem das náu-seas, vômito e diarréia podem estar presentes: febre, fraqueza, dor no corpo, dor nas articulações, aumento de gânglios, e até paralisia, entre outros.

Para evitar a ocorrência dessas doenças é necessário estar sempre atento a segurança e qualidade do que você ingere ou oferece às crianças. Siga as seguintes sugestões, que são de aplicação geral:

• Lave as mãos com água e sabão antes de comer;

• De preferência, consuma água mineral engarrafada ou outras bebidas industrializadas. Caso contrário tente ferver ou tratar a água. Para isso, filtre a água e depois coloque 2 gotas de Hipoclorito de sódio a 2,5% em 1 litro de água e aguarde por 30 minutos antes de consumir. Em algumas farmácias e supermercados há outros produtos para tratamento da água, onde deve ser seguida a instrução do fabricante;

• Certifique-se que tanto o gelo quanto os sucos foram preparados com água mineral ou tratada;

• Prefira restaurantes e lanchonetes que tenham sido indicados por agências de viagens, guias, recepcionistas dos hotéis ou por alguém do local. Evite comer alimentos de ambulantes;

• Pratos quentes: devem estar bem cozidos e/ou bem passados e quentes no momento do consumo. Não coma alimentos que ficaram em temperatura ambiente por mais de 2 horas. Saladas e sobremesas: devem estar frias no momento do consumo;

• Evite consumir leite cru e seus derivados não industrializados, bem como carnes cruas e mal passadas (de animais exóticos ou não);

• Tenha cuidado antes de ingerir peixes e frutos do mar que podem causar alergias e em alguns casos, sinto-mas neurológicos;

• Não se esqueça de lavar ou descascar as frutas e verduras;

• É interessante levar nos passeios seu próprio alimento, de preferência alimentos prontos e industrializados e que podem ficar fora de refrigeração e não estragam com o calor;

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Doenças transmitidas por vetores e zoonoses

Normalmente estão associadas ao eco-turismo ou ao turismo rural. Antes de sair das áreas urbanas da África do Sul ou mesmo para explorar outras regiões do continente africano, mesmo que, outros centros urbanos, busque informações sobre a ocorrência na região de destino de doenças como Febre Amarela, Malária e outras exóticas ao Brasil como a Febre de Rift Valley.

No que se refere à malária, fique atento ao surgimento de alguns sintomas como dor no corpo, dor de cabeça e principalmente a febre. Em caso de manifestação desses sintomas, procure uma unidade de saúde imediatamente.

O Ministério da Saúde recomenda ainda que no caso específico da Malária, além da prevenção contra picadas de mosquitos, deve-se buscar diagnóstico e tratamento precoce, devendo o diagnóstico ser em até 24 horas após os primeiros sintomas. A malária é uma doença que pode evoluir para forma grave, especialmente quando o tratamento não é adequado e oportuno.

Tendo em vista que a África do Sul não é região endêmica de malária, não se recomenda o uso de quimioprofi-laxia para prevenção da doença, uma vez que, esta deve ser indicada em situações específicas, quando o risco de malária grave e/ou morte por malária P. falciparum for superior ao risco dos eventos adversos graves relacionados às drogas utilizadas na quimioprofilaxia. Para maiores informações, acesse o link do “Guia para profissionais de saúde sobre prevenção da malária em viajantes”.

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/guia_prof_saude_prev_malaria_viajantes_20_01.pdf

A Febre de Rift Valley é uma doença que afeta primariamente animais, mas ocasionalmente pode infectar o homem. Alguns casos foram notificados em áreas rurais de determinadas províncias sul-africanas, sendo trans-mitida através de picadas de mosquitos e insetos hematófagos ou pelo contato direto com material infectado e líquidos como o sangue dos animais durante o abate. O leite cru de animais infectados também podem represen-tar um risco. Mas, nenhum caso de transmissão de humano para humano foi relatado até o momento.

Viajantes procedentes de áreas de ocorrência da doença que apresentarem febre, dor de cabeça, artralgia ou mialgia até 12 dias após a chegada ao Brasil devem procurar seu profissional de saúde para avaliação.

A Febre Maculosa é uma doença infecciosa febril aguda transmitida pela picada de carrapatos contaminados com o agente causador da doença. Existem carrapatos no mundo todo, sendo, portanto, fundamental a adoção das medidas preventivas.

Na África do Sul há presença de vários vetores, como o Aedes aegypti, porém algumas doenças assim trans-mitidas, como dengue, febre amarela, leishmaniose, filariose e chinkunguia, entre outras, não há notificações recentes na África do Sul, em países vizinhos há casos destas doenças, o que requer atenção dos viajantes que forem se deslocar a outras regiões do continente africano.

O risco de infecção por doenças transmitidas por mosquitos ou carrapatos pode ser reduzido quando obser-vadas as seguintes recomendações:

• Priorize hospedar-se em locais que disponham de ar condicionado ou telas de proteção nas portas e janelas. Caso isso não seja possível, utilize mosquiteiros.

• Ao realizar turismo em regiões fora da área urbana, utilize roupas que protejam contra picadas de insetos (preferencialmente cores claras): como camisas de mangas compridas, calças compridas e sapatos fechados; • Aplique repelente à base de DEET (dietiltoluamida) nas áreas expostas da pele seguindo a orientação do

fabricante. Em crianças menores de 2 anos de idade não é recomendado o uso de repelente sem orientação médica. Para crianças entre 2 e 12 anos usar concentrações até 10% de DEET, no máximo três vezes por dia, evitando-se o uso prolongado.

• Evite local que possa ter carrapatos como matas e beira-rio (sentar ou deitar diretamente na grama etc.). • Examine seu corpo a cada 3 horas a fim de verificar a presença de carrapatos e caso os encontre, retire-os com

o auxílio de uma pinça (de sobrancelhas ou pinça cirúrgica auxiliar) tomando o cuidado para não esmagá-los com as unhas, pois os mesmos podem liberar os patógenos e contaminar partes do corpo já com lesões; Fique atento ao surgimento de alguns sintomas como febre, dor no corpo e dor de cabeça;

No caso da manifestação desses sintomas, procure uma unidade de saúde imediatamente e não se esqueça de informar ao seu médico seu itinerário de viagem e se teve contato com mosquitos e carrapatos.

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Na prevenção de outras zoonoses, também evite contato com aves vivas ou abatidas em granjas e mercados públicos.

Em caso de contato acidental, mordedura, lambedura ou arranhadura por mamíferos (ex. cão, gato, morcego, etc.), lave o local atingido com água corrente e sabão, e procure imediatamente assistência de saúde para avalia-ção e, se necessário, aplicaavalia-ção da vacina e soro anti-rábico.

Os acidentes com animais peçonhentos mais comuns são acidentes por escorpiões, serpentes, aranhas, abe-lhas, lagartas e arraias. Em caso de acidente não realize procedimentos caseiros, procure imediatamente o serviço de saúde local.

Para prevenir acidentes com animais procure seguir a seguintes recomendações: • Evite contato direto com animais vivos ou mortos;

• Evite caminhar descalço em áreas de matas ou plantações. Preferencialmente utilize calça e botas de cano longo ou bota com perneira (que protejam até o joelho);

• Não coloque a mão em buracos, cuidado ao sentar em pedras e, acima de tudo, não manipule esses animais, por mais inofensivos que eles pareçam;

• No caso específico de aranhas e escorpiões, vistorie roupas e calçados antes de vesti-los e toalhas ou capas antes de utilizá-las;

• Durante a realização de trilhas ou caminhadas ecológicas examine cuidadosamente os locais onde for apoiar-se (por exemplo, árvores, rochas, etc.).

Doenças de transmissão respiratória

A doença de transmissão respiratória mais comum é a gripe, que é uma doença infecciosa de natureza viral e de alta transmissibilidade. É responsável por elevada morbimortalidade, principalmente em grupos de maior vulnerabilidade.

Atualmente, entre as causas de gripe, considera-se a de maior importância epidemiológica em todo o mundo aquela causada pelo vírus Influenza Pandêmica (H1N1)2009, conhecida como Gripe A ou H1N1. No Brasil, a va-cina contra esta doença está disponível para grupos específicos, e deve ser tomada, no mínimo, 15 dias antes da viagem. Se você pertence a um dos grupos indicados para vacinação e ainda não foi vacinado, procure um serviço de saúde público para atualizar sua situação vacinal.

Outros eventos de transmissão respiratória que merecem atenção são:

• Sarampo, Rubéola e outras doenças virais de transmissão respiratória (varicela, caxumba): são de ocorrência comum em eventos que envolvem pessoas de diferentes países e preveníveis por vacina, a reco-mendação aos viajantes que se deslocam para países onde há evidências de risco de transmissão da doença, como a África do Sul, que há circulação do vírus e surtos comprovados da doença, é que sejam vacinados previamente para evitar o contágio. No Brasil a vacina contra o sarampo é obrigatória independente da ocorrência destas situações.

• Poliomielite, doença infecto-contagiosa viral aguda, caracterizada por quadro de paralisia flácida de início súbito, transmitida por gotículas de secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar), e por objetos, ali-mentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores. Apesar de não ter circulação de Polioví-rus selvagem nos países da África do Sul que sediarão a Copa do Mundo de 2010, é importante alertar aos viajantes brasileiros que haverá participação de pessoas e atletas de outros países. No Continente Africano, segundo a OMS, atualmente ocorrem surtos da poliomielite. Por isso a recomendação é que o viajante esteja atento aos principais sinais e sintomas da doença.

O vírus da poliomielite ainda circula em alguns países da África e da Ásia. Recomenda-se a vacina para pessoa em viagem para países onde a doença ainda é endêmica. Tem sido exigido para entrada para Arábia Saudita na peregrinação para Meca (Hajj e Umrah). Existem países sem interrupção de casos de poliomielite, como Afega-nistão, Índia, Nigéria, Paquistão e países com casos importados: Angola. Chad, Congo, Mianmar. Ainda existem países com casos de popilomielite importados ou de caso relacionado com um caso importado, como: Angola, Burkina Faso, República Centro Africano, Chade, República Democrática do Congo, Etiópia, Quênia, Uganda, Sudão, Togo, Nigéria. Para atualização acesse o site: http://www.polioeradication.org/casecount.as

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A recomendação do Programa Nacional de Imunizações é a seguinte: para os indivíduos que viajam ao

exte-rior, a países com circulação do poliovírus selvagem recomenda-se vacinar, a partir de dois meses de idade, em

qualquer idade, garantindo o recebimento do esquema básico completo; caso não haja tempo suficiente, que recebam pelo menos uma única dose, complementando o esquema logo ao chegar em seu destino, se necessário pelo tempo que deverá passar neste lugar. Para aqueles indivíduos que já tiveram recebido as três doses ou mais, garantir uma única dose de reforço. Recomenda-se usar a vacina inativada para pólio (VIP), preferencialmente, encontradas nos CRIEs para os indivíduos suscetíveis que se apresentam em situações especiais que contra-indi-cam o uso da vacina oral (com vírus vivos atenuados), a exemplo de imunodeprimidos e/ou seus contatos (ver In-dicações deste produto no Manual de Normas dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais – CRIEs. A vacina inativada é disponibilizada à rede pública nestes CRIEs, em nível estadual ou diretamente com as Coordenações Estaduais de Imunizações, em cada unidade federada.

Não é necessário administrar dose adicional para viagens subseqüentes

a países endêmicos.

Não é necessário reinício de esquema, caso tenha sido interrompido no

passado.

Aos menores de dois meses de idade, garantir pelo menos uma única

dose e antecipar, de acordo com as normas do Programa Nacional de

Imunizações (PNI), a administração do esquema básico.

• Doença Meningocócica, doença grave, cujos principais sinais e sintomas são: mal-estar súbito, febre, pros-tração, manifestações hemorrágicas na pele (petéquias e equimoses), cefaléia, náuseas, vômitos e rigidez de nuca. Caso o viajante apresente alguns desses sintomas deverá procurar imediatamente assistência médica. A vacina meningocócica A+C é indicada para os viajantes que se dirigem para países onde o sorogrupo A é en-dêmico. É obrigatória pelas autoridades sanitárias locais a comprovação da vacina para todos aqueles que se des-locam para a Arábia Saudita quando da peregrinação anual para o Hajj e Umrah em Meca e Medina. Por exemplo, o “Cinturão africano” – região ao norte da África – é freqüentemente acometido por epidemias causadas por este agente (Benin, Burkina Faso, Chade, Costa do Marfim, Eritréia, Etiópia, Gana, Mali, Níger, Nigéria, Sudão).

O esquema: a partir de dois (2) meses de idade, em dose única, um reforço é recomendável após o intervalo mínimo de três a cinco anos da primeira dose.

Em geral, além das vacinas, outras medidas de prevenção de doenças de transmissão respiratória devem ser adotadas:

• Higienize as mãos com água e sabonete antes das refeições, antes de tocar os olhos, boca e nariz e após tossir, espirrar ou usar o banheiro;

• Evite tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies contaminadas;

• Proteja com lenços (preferencialmente descartáveis) boca e nariz, ao tossir ou espirrar, para evitar dissemi-nação de aerossóis;

• Indivíduos doentes devem evitar contato com outras pessoas suscetíveis; • Indivíduos doentes devem evitar aglomerações e ambientes fechados; • Mantenha os ambientes ventilados;

• Indivíduos doentes devem ficar em repouso, utilizar alimentação balanceada e aumentar a ingestão de líquidos.

Esteja sempre atento ao apresentar sintomas respiratórios de maior gravidade e procure imediatamente as-sistência médica.

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Outras Recomendações

As mudanças físicas e ambientais decorrentes de uma viagem podem alterar o seu estado de saúde. Portanto, conheça as características da África do Sul: clima, altitude, diferença de fuso-horário, infra-estrutura urbana, ali-mentação, costumes, normas, cultura; doenças afetam a população local e susceptibilidade dos lugares visitados a desastres naturais (inundações, terremotos, furacões, etc);

Mantenha-se sempre atualizado, seja pela internet, televisão, jornais ou quaisquer outras formas de comuni-cação sobre o que ocorre no país de destino e no mundo. Há possibilidade de ocorrência de epidemias, calami-dades e eventos como ataques terroristas ou bio-terroristas.

Com relação a seguros de saúde, você poderá obter junto à embaixada, informações sobre possíveis conven-ções acerca de cuidados de saúde recíprocos entre país de origem e destino; além de obter um seguro que cubra eventuais cuidados de saúde no país de destino, incluindo cuidados médicos dispendiosos.

Para prevenir as doenças sexualmente transmissíveis – DST e AIDS, o uso de preservativos é recomendado em todas as relações sexuais. Além disso, é importante que as pessoas percebam que, quando consomem álcool e outras substâncias psicoativas, muitas vezes o preservativo não é lembrado. Ter preservativos consigo facilita sua utilização e a prevenção desses agravos.

Evite exposição excessiva ao sol. Lembre-se sempre de aplicar o protetor solar no mínimo 30 minutos antes da exposição (Fator de Proteção Solar: mínimo 15) nas áreas do corpo não protegidas por vestuário, reaplicando conforme orientação do fabricante. Utilize também óculos de sol com filtro ultravioleta e chapéu de aba larga.

Ao retornar da África do Sul

Após o retorno da viagem, caso apresente febre ou outros sintomas como diarréia, problemas de pele ou res-piratórios procure imediatamente o serviço médico e informe o trajeto de sua viagem. Se possível procure por serviços de referência para doenças infecto contagiosas em seu estado.

Por fim, não se esqueça de trazer os souvenires para seus parentes e amigos, mostrar as fotos de viagem e, no caso dos atletas, trazer a vitória do campeonato para o Brasil!

Referências

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