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EMPRESA GLOBAL CONSIDERA RESPONSABILIDADE SOCIAL

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Academic year: 2021

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A CONCEPÇÃO DA OBRA

A elaboração de O Quebra-Nozes não foi simples. Marius Petipa,

coreógrafo, no decorrer do trabalho perdeu o interesse pelo balé, pois o considerou menor em razão do tema infantil, e repassou para seu assistente, Lev Ivanovitch Ivanov. Tchaikovsky escreveu a música em etapas, pois sofreu crises depressivas após a morte de seu mecenas, a srª Von Meck. A obra é considerada um perfeito casamento entre a música e o balé, marcando a entrada de um coreógrafo russo em uma área antes exclusiva dos franceses e italianos. Concluída dez meses antes da morte de Tchaikovsky, a obra é uma peça que coroa a maturidade do compositor. O Quebra-Nozes é encenado em todo o mundo como um balé natalino, razão de sua imortalidade, encantando crianças e adultos.

Pietr Ilyitch Tchaikovsky

(1840-1893)

Nascido em 7 de maio de 1840, em Votkinsk/Rússia, já na infância o compositor revelou dotes musicais. No teatro, apreciava a ópera italiana e os espetáculos de bailado. O trabalho quase o levou à loucura. Mesmo assim, concluiu a Sinfonia nº 1 e compôs a ópera Voievode. Os anos seguintes foram de crescente sucesso como compositor e como regente, quando fez algumas de suas mais conhecidas obras. Tchaikovsky inaugurou o Carnegie Hall de Nova Iorque e fez turnês por toda Europa. Em 1892 compôs o balé O Quebra-Nozes e Iolanda, suas últimas obras.

OS RESPONSÁVEIS

Marius Petipa

(1818 - 1910)

Nascido em Marselha, o dançarino, coreógrafo e mestre de balé francês, desenvolveu toda sua carreira em São Petersburgo, Rússia. Iniciador da chamada escola russa de balé criou alguns dos mais notáveis balés de todos os tempos, alguns em colaboração com Tchaikovsky como A Bela Adormecida do Bosque, O Quebra-Nozes e O Lago dos Cisnes. Com Riccardo Orijo produziu Os Milhões de Arlequim. Em 1906 publicou as suas Memórias.

BW News é uma publicação dirigida aos parceiros da Brasmetal Waelzholz - Janeiro/2004 Rua Goiás, 501 – Diadema – SP – 09941-690 – (11) 4070-9500 - www.brasmetal.com.br Criação: Le Pera – (11) 3345-2500 – www.lepera.com.br

As responsabilidades das empresas são muitas. Desde se manterem competitivas e atualizadas no seu ramo de negócio, passando pela responsabilidade por seus funcionários, pelos pagamentos dos impostos, pelo relacionamento com seus parceiros comerciais na compra e na venda, na gestão ambiental e também com relação à responsabilidade social. Essa pode ser definida de forma ampla, abrangendo tudo o que uma organização faz. Pode também se traduzir em pequenas ações visando um mundo melhor. Com esse espírito, a Brasmetal Waelzholz tem norteado suas ações sociais. Encontrar projetos que visem a formação para melhor exercício da cidadania. Nesta edição, uma amostra da participação da Brasmetal Waelzholz em um projeto altamente significativo na formação de jovens eno enriquecimento da arte e da cultura.

EMPRESA GLOBAL CONSIDERA

RESPONSABILIDADE SOCIAL

(2)

Os aplausos foram muitos, mas não foram somente para celebrar o belíssimo balé de repertório O Quebra-Nozes, de Tchaikovsky, executado por cinco noites consecutivas em dezembro do ano passado, no Teatro Castro Mendes, na cidade de Campinas, interior de São Paulo. As palmas dos quatro mil espectadores eram, na verdade, uma demonstração de alegria pela concretização de um sonho, um desafio.

Ao longo de quatro anos, cerca de 600 crianças, entre 8 e 13 anos de idade, passaram pelo projeto Dança e Cidadania, uma extensão dos antigos trabalhos chamados Dança para a Educação, iniciado em 1998, e oficina de dança Ame a Vida sem Drogas, entre os anos de 1999 e 2000. Atualmente, os 300 alunos do projeto fazem aulas duas vezes por semana de balé clássico e

sapateado americano. Porém, mais dos que ensaios, o objetivo do projeto, que tem o apoio da lei de incentivo à cultura Rouanet, é proporcionar igualdade de oportunidades, não só para os jovens e crianças, mas também para seus pais que trabalham nas oficinas de costura, para compor os figurinos, e marcenaria, para preparar os cenários. “Temos casos em que a mãe não sabia costurar e com o que aprendeu na oficina passou a trabalhar para outras pessoas e ganhar um dinheiro extra”, afirma Lucia Teixeira, 50, coordenadora do projeto.

Desde o início, o Dança e Cidadania recebeu cerca de cinco mil inscrições de crianças carentes da periferia da cidade para participar das seletivas. Depois de aprovadas, todas recebem o material necessário para as aulas como malha, sapatilhas e meias, além de transporte e lanche. Com todo este estímulo, segundo a coordenadora, foi observado pelos professores do projeto - todos profissionais de dança - uma melhor autoconfiança, aumento da capacidade de concentração, disciplina, respeito ao próximo e sociabilidade.

Para apreciar o espetáculo foi cobrado um ingresso simbólico de R$ 5,00 (e meia entrada para estudantes), sendo a renda total destinada para o Fundo de Assistência

à Cultura da prefeitura de Campinas. Com tanto sucesso, a coordenação afirma: “Com certeza o próximo espetáculo será um balé de repertório”.

O projeto Dança e Cidadania foi aprovado pelo Ministério da Cultura em 1998, com incentivo da Lei Rouanet, que permite à empresa patrocinadora abater 100% do valor doado no imposto de renda. Mas não é só pelos incentivos que empresas como a Brasmetal Waelzholz, União Brasileira de Vidros, Grupo Mahle e a CPFL apóiam o trabalho. No caso da Brasmetal Waelzholz, já existiam laços mais fortes entre as partes através do seu conselheiro Sr. Leeven. O casal Leeven já desenvolve um trabalho social junto ao grupo há um certo tempo. Quando chegaram à Campinas, perceberam uma carência muito grande na periferia da cidade e foram uns dos precursores de todas as obras sociais citadas ao longo desta matéria. “Hoje, é uma grande rede de solidariedade”,

conta Leeven. Ele relata que a guarda municipal, que faz o policiamento na região das obras assistenciais, informa que os índices de violência e consumo de drogas diminuíram bastante. Só isto já basta para o casal de amigos alemães continuarem no trabalho, juntamente com muitos voluntários, para levar estímulo e reabilitação cultural para tantas pessoas. Peter Pondorf, diretor da BW, diz que esse projeto é de uma imensa envergadura no que diz respeito à formação da cidadania de um bairro carente de Campinas, “É

um exemplo de dedicação a uma causa. E isso é significativo para nós”, complementa.

Os próprios funcionários da empresa já realizaram, por iniciativa própria, ações de responsabilidade social, um tema cada vez mais presente na vida do cidadão e das empresas. Além do patrocínio de eventos culturais, as ações de responsabilidade social se iniciam dentro das próprias empresas com atitudes bastante simples, como coleta seletiva de lixo, tratamento de águas e afluentes, preservação de áreas verdes, assistência às comunidades carentes, doação de sangue e muitas outras como cursos de aperfeiçoamento profissional, como o Telecurso 2000,

que a Brasmetal Waelzholz oferece gratuitamente

para os funcionários que não possuem o primeiro grau e ainda outros benefícios que se traduzem em segurança e melhoria de vida para os funcionários. Além disso, Pondorf garante que a empresa está de olho no que mais pode ser feito utilizando os incentivos governamentais para apoiar projetos que consideram de real valor. Para isto, já estão transferindo os aportes financeiros necessários para sua continuidade do patrocínio do Dança e Cidadania.

(3)

Os aplausos foram muitos, mas não foram somente para celebrar o belíssimo balé de repertório O Quebra-Nozes, de Tchaikovsky, executado por cinco noites consecutivas em dezembro do ano passado, no Teatro Castro Mendes, na cidade de Campinas, interior de São Paulo. As palmas dos quatro mil espectadores eram, na verdade, uma demonstração de alegria pela concretização de um sonho, um desafio.

Ao longo de quatro anos, cerca de 600 crianças, entre 8 e 13 anos de idade, passaram pelo projeto Dança e Cidadania, uma extensão dos antigos trabalhos chamados Dança para a Educação, iniciado em 1998, e oficina de dança Ame a Vida sem Drogas, entre os anos de 1999 e 2000. Atualmente, os 300 alunos do projeto fazem aulas duas vezes por semana de balé clássico e

sapateado americano. Porém, mais dos que ensaios, o objetivo do projeto, que tem o apoio da lei de incentivo à cultura Rouanet, é proporcionar igualdade de oportunidades, não só para os jovens e crianças, mas também para seus pais que trabalham nas oficinas de costura, para compor os figurinos, e marcenaria, para preparar os cenários. “Temos casos em que a mãe não sabia costurar e com o que aprendeu na oficina passou a trabalhar para outras pessoas e ganhar um dinheiro extra”, afirma Lucia Teixeira, 50, coordenadora do projeto.

Desde o início, o Dança e Cidadania recebeu cerca de cinco mil inscrições de crianças carentes da periferia da cidade para participar das seletivas. Depois de aprovadas, todas recebem o material necessário para as aulas como malha, sapatilhas e meias, além de transporte e lanche. Com todo este estímulo, segundo a coordenadora, foi observado pelos professores do projeto - todos profissionais de dança - uma melhor autoconfiança, aumento da capacidade de concentração, disciplina, respeito ao próximo e sociabilidade.

Para apreciar o espetáculo foi cobrado um ingresso simbólico de R$ 5,00 (e meia entrada para estudantes), sendo a renda total destinada para o Fundo de Assistência

à Cultura da prefeitura de Campinas. Com tanto sucesso, a coordenação afirma: “Com certeza o próximo espetáculo será um balé de repertório”.

O projeto Dança e Cidadania foi aprovado pelo Ministério da Cultura em 1998, com incentivo da Lei Rouanet, que permite à empresa patrocinadora abater 100% do valor doado no imposto de renda. Mas não é só pelos incentivos que empresas como a Brasmetal Waelzholz, União Brasileira de Vidros, Grupo Mahle e a CPFL apóiam o trabalho. No caso da Brasmetal Waelzholz, já existiam laços mais fortes entre as partes através do seu conselheiro Sr. Leeven. O casal Leeven já desenvolve um trabalho social junto ao grupo há um certo tempo. Quando chegaram à Campinas, perceberam uma carência muito grande na periferia da cidade e foram uns dos precursores de todas as obras sociais citadas ao longo desta matéria. “Hoje, é uma grande rede de solidariedade”,

conta Leeven. Ele relata que a guarda municipal, que faz o policiamento na região das obras assistenciais, informa que os índices de violência e consumo de drogas diminuíram bastante. Só isto já basta para o casal de amigos alemães continuarem no trabalho, juntamente com muitos voluntários, para levar estímulo e reabilitação cultural para tantas pessoas. Peter Pondorf, diretor da BW, diz que esse projeto é de uma imensa envergadura no que diz respeito à formação da cidadania de um bairro carente de Campinas, “É

um exemplo de dedicação a uma causa. E isso é significativo para nós”, complementa.

Os próprios funcionários da empresa já realizaram, por iniciativa própria, ações de responsabilidade social, um tema cada vez mais presente na vida do cidadão e das empresas. Além do patrocínio de eventos culturais, as ações de responsabilidade social se iniciam dentro das próprias empresas com atitudes bastante simples, como coleta seletiva de lixo, tratamento de águas e afluentes, preservação de áreas verdes, assistência às comunidades carentes, doação de sangue e muitas outras como cursos de aperfeiçoamento profissional, como o Telecurso 2000,

que a Brasmetal Waelzholz oferece gratuitamente

para os funcionários que não possuem o primeiro grau e ainda outros benefícios que se traduzem em segurança e melhoria de vida para os funcionários. Além disso, Pondorf garante que a empresa está de olho no que mais pode ser feito utilizando os incentivos governamentais para apoiar projetos que consideram de real valor. Para isto, já estão transferindo os aportes financeiros necessários para sua continuidade do patrocínio do Dança e Cidadania.

(4)

Sob a regência do maestro Cláudio Cruz, a Orquestra Sinfônica de Campinas (OSMC) foi brilhante. De tão brilhante, reluzia nos olhos e nos passos dos bailarinos mirins que ainda não haviam tido a oportunidade de fazer um espetáculo com música ao vivo e de tamanha competência. Desde 1997, a orquestra não se apresentava com um corpo de balé, além disso, esta é a primeira vez que um projeto social organiza uma apresentação deste porte. As partituras originais foram importadas da Alemanha e passarão a fazer parte do acervo da OSMC.

Na coordenação e direção do Dança e Cidadania, a conclusão é unânime: a oportunidade de dançar um balé de repertório com orquestra é única e, para as crianças e jovens, coroa um trabalho árduo, que exige muita disciplina e dedicação, mas que se traduz também na realização de um sonho. Para os demais profissionais envolvidos, por volta de 500, o projeto é um estimulante à criatividade e continuidade do trabalho.

Douglas Serrano, 15, está no projeto desde março. Ele conta que melhorou muito seu desempenho e conhecimento de balé, uma vez que já faz aulas de jazz há cinco anos em uma academia da cidade. “Antes eu ficava na rua o dia inteiro, jogando bola e soltando pipa. Agora não, até

melhorei na escola”, conta o jovem rapaz que acaba de passar para a 1ª série do ensino médio (antigo colegial). Ele comenta que agora faz ensaios praticamente todos os dias, somando as aulas de balé clássico e as de jazz. Douglas interpretou Fritz, irmão de Clara – personagem principal – e quebra o soldadinho Quebra-Nozes e dá inicio a toda a história.

Realidade e ficção se confundem na casa dos Serrano. Angélica, 12, irmã de Douglas, também foi irmã nos palcos interpretando Clara. Segundo Douglas, no dia-a-dia alguns

A ORQUESTRA

brinquedinhos da irmã também foram quebrados, conta rindo. Angélica diz que o balé não a ajudou na escola, ao contrário de Douglas, uma vez que ela sempre foi uma aluna dedicada e inicia a 2ª série do ensino básico (7ª série). Quer se tornar profissional de balé e futuramente

AS PRETENSÕES E REALIZAÇÕES

Participantes de O Quebra-Nozes comentam suas participações nos trabalhos

examinadora da Royal Academy of Dance, seguindo os passos de sua tutora Rosana Presente. A personagem Clara aparece em todo primeiro ato e encerra o segundo, pois é substituída por outra bailarina que interpreta Clara na fase adulta. “Para mim foi um sonho dançar num espetáculo desses”, finaliza.

Rosana Presente, 45, coreógrafa e diretora artística, diz que no princípio a pretensão era levar um pouco de arte para crianças com uma vida tão difícil. “Queríamos tirar as crianças das ruas, dar oportunidades. Nosso objetivo maior

(5)

Sob a regência do maestro Cláudio Cruz, a Orquestra Sinfônica de Campinas (OSMC) foi brilhante. De tão brilhante, reluzia nos olhos e nos passos dos bailarinos mirins que ainda não haviam tido a oportunidade de fazer um espetáculo com música ao vivo e de tamanha competência. Desde 1997, a orquestra não se apresentava com um corpo de balé, além disso, esta é a primeira vez que um projeto social organiza uma apresentação deste porte. As partituras originais foram importadas da Alemanha e passarão a fazer parte do acervo da OSMC.

Na coordenação e direção do Dança e Cidadania, a conclusão é unânime: a oportunidade de dançar um balé de repertório com orquestra é única e, para as crianças e jovens, coroa um trabalho árduo, que exige muita disciplina e dedicação, mas que se traduz também na realização de um sonho. Para os demais profissionais envolvidos, por volta de 500, o projeto é um estimulante à criatividade e continuidade do trabalho.

Douglas Serrano, 15, está no projeto desde março. Ele conta que melhorou muito seu desempenho e conhecimento de balé, uma vez que já faz aulas de jazz há cinco anos em uma academia da cidade. “Antes eu ficava na rua o dia inteiro, jogando bola e soltando pipa. Agora não, até

melhorei na escola”, conta o jovem rapaz que acaba de passar para a 1ª série do ensino médio (antigo colegial). Ele comenta que agora faz ensaios praticamente todos os dias, somando as aulas de balé clássico e as de jazz. Douglas interpretou Fritz, irmão de Clara – personagem principal – e quebra o soldadinho Quebra-Nozes e dá inicio a toda a história.

Realidade e ficção se confundem na casa dos Serrano. Angélica, 12, irmã de Douglas, também foi irmã nos palcos interpretando Clara. Segundo Douglas, no dia-a-dia alguns

A ORQUESTRA

brinquedinhos da irmã também foram quebrados, conta rindo. Angélica diz que o balé não a ajudou na escola, ao contrário de Douglas, uma vez que ela sempre foi uma aluna dedicada e inicia a 2ª série do ensino básico (7ª série). Quer se tornar profissional de balé e futuramente

AS PRETENSÕES E REALIZAÇÕES

Participantes de O Quebra-Nozes comentam suas participações nos trabalhos

examinadora da Royal Academy of Dance, seguindo os passos de sua tutora Rosana Presente. A personagem Clara aparece em todo primeiro ato e encerra o segundo, pois é substituída por outra bailarina que interpreta Clara na fase adulta. “Para mim foi um sonho dançar num espetáculo desses”, finaliza.

Rosana Presente, 45, coreógrafa e diretora artística, diz que no princípio a pretensão era levar um pouco de arte para crianças com uma vida tão difícil. “Queríamos tirar as crianças das ruas, dar oportunidades. Nosso objetivo maior

(6)

é transformar as comunidades”, e deu certo. “Ao longo dos trabalhos percebemos que havia crianças com talento e vontade, propensos a tornarem-se profissionais”, conta ela. Em 2003, 13 bailarinos-mirins foram selecionados para participar da academia, o Ballet Harmonia, com aulas todos os dias. Para este ano, a idéia ampliar para 60 o número de crianças. Rosana se surpreendeu com a musicalidade das crianças. Bastante elogiadas pelo maestro Cláudio Cruz, todas demonstraram ritmo mesmo diante de uma orquestra ao vivo.

Mas nada foi fácil, a primeiras reuniões começaram em abril. Antes das férias de julho, a coreografia estava pronta e, em meados de outubro, começaram os primeiros ensaios gerais. “Algumas adaptações foram feitas para se adequar ao limite das crianças, porém o balé de repertório ficou limpo, simples e bem executado”, complementa a diretora.

Mas nem sempre os ensaios tiveram presença de todos. Mesmo com transporte de ida e volta e lanche, às vezes as crianças faltavam por ter que ficar em casa cuidando de irmãos menores, ou porque os pais brigaram, porque

irmãos foram presos e outras tristes dificuldades da vida de cada uma. “Estar no balé é uma fuga gostosa da realidade”, diz. Três bailarinos adultos, de primeira categoria, foram convidados a participar do balé e mostraram às crianças a possibilidade real de se tornarem um profissional da dança, dando perspectivas de melhora de vida para elas.

Pais e mães contribuíram bastante para execução deste projeto. Alguns ajudaram na confecção do figurino e outras na construção e montagem dos cenários. É o caso de José Carlos dos Santos, 39, motorista. Pai de Daniele dos Santos, 12, uma das bailarinas, Santos conta que assistiu aos ensaios, ajudou no monitoramento das crianças e se sentiu ainda mais participante do projeto enquanto fazia a troca de cenários para o segundo ato. “Dentro de mim era uma bomba de alegria”, fala satisfeito. Ele completa que a vida de sua filha melhorou bastante, está mais responsável e teve um ótimo desenvolvimento físico e mental. “Durante a estréia ela sorria muito e não errou em nada”, comenta o pai coruja.

O Quebra-Nozes foi encenado pela primeira vez em dezembro de 1892, no Teatro Maryisnski, em São Petersburgo, Rússia. A coreografia original, devido a inúmeras versões, está praticamente perdida. No Brasil, a primeira versão completa da obra foi realizada em 1957, no Teatro Municipal de São Paulo. A versão de Campinas foi encenada em dois atos e contou, além dos bailarinos do projeto e dos solistas, com um coral de 40 crianças do Centro Promocional Tia Ileide, também de Campinas, que participaram da coreografia Flocos de Neve.

O ESPETÁCULO

NO BRASIL E

NO MUNDO

O conto natalino O Quebra-Nozes retrata uma festa da alta

burguesia na qual a pequena Clara, irmã de Fritz, ambos filhos do casal Stahlbaum, recebe do padrinho, Herr Drosselmeyer, um boneco quebra-nozes. Durante a festa, o velho Drosselmeyer entretém as crianças com mágicas e danças. Com o fim da festa, a casa dorme, e Clara adormece na sala junto à árvore de Natal. Com uma mágica de Drosselmeyer, Clara sonha que, já mais velha, um exército de ratos invade a sua casa. O Quebra-Nozes ataca os ratos, comandando um exército de soldadinhos de chumbo. O rei dos ratos fere o boneco que, desarmado, está prestes a perder a batalha. Clara o salva, atirando seu sapato no rato, quebrando o feitiço que havia sobre o boneco, o transformando em um belo príncipe. O príncipe conduz

Clara ao Reino das Neves a caminho do seu castelo. Chegando lá, súditos e convidados homenageiam a chegada do casal com uma grande festa. Acontece, então, uma sucessão de danças e, por fim, o Grand Pas de Deux quando Clara dança com o príncipe. Em seguida, Drosselmeyer acaba com o sonho de Clara e a conduz de volta a realidade de criança, deixando-a apenas com suas lembranças.

UMA ETERNA

HISTÓRIA DE

(7)

é transformar as comunidades”, e deu certo. “Ao longo dos trabalhos percebemos que havia crianças com talento e vontade, propensos a tornarem-se profissionais”, conta ela. Em 2003, 13 bailarinos-mirins foram selecionados para participar da academia, o Ballet Harmonia, com aulas todos os dias. Para este ano, a idéia ampliar para 60 o número de crianças. Rosana se surpreendeu com a musicalidade das crianças. Bastante elogiadas pelo maestro Cláudio Cruz, todas demonstraram ritmo mesmo diante de uma orquestra ao vivo.

Mas nada foi fácil, a primeiras reuniões começaram em abril. Antes das férias de julho, a coreografia estava pronta e, em meados de outubro, começaram os primeiros ensaios gerais. “Algumas adaptações foram feitas para se adequar ao limite das crianças, porém o balé de repertório ficou limpo, simples e bem executado”, complementa a diretora.

Mas nem sempre os ensaios tiveram presença de todos. Mesmo com transporte de ida e volta e lanche, às vezes as crianças faltavam por ter que ficar em casa cuidando de irmãos menores, ou porque os pais brigaram, porque

irmãos foram presos e outras tristes dificuldades da vida de cada uma. “Estar no balé é uma fuga gostosa da realidade”, diz. Três bailarinos adultos, de primeira categoria, foram convidados a participar do balé e mostraram às crianças a possibilidade real de se tornarem um profissional da dança, dando perspectivas de melhora de vida para elas.

Pais e mães contribuíram bastante para execução deste projeto. Alguns ajudaram na confecção do figurino e outras na construção e montagem dos cenários. É o caso de José Carlos dos Santos, 39, motorista. Pai de Daniele dos Santos, 12, uma das bailarinas, Santos conta que assistiu aos ensaios, ajudou no monitoramento das crianças e se sentiu ainda mais participante do projeto enquanto fazia a troca de cenários para o segundo ato. “Dentro de mim era uma bomba de alegria”, fala satisfeito. Ele completa que a vida de sua filha melhorou bastante, está mais responsável e teve um ótimo desenvolvimento físico e mental. “Durante a estréia ela sorria muito e não errou em nada”, comenta o pai coruja.

O Quebra-Nozes foi encenado pela primeira vez em dezembro de 1892, no Teatro Maryisnski, em São Petersburgo, Rússia. A coreografia original, devido a inúmeras versões, está praticamente perdida. No Brasil, a primeira versão completa da obra foi realizada em 1957, no Teatro Municipal de São Paulo. A versão de Campinas foi encenada em dois atos e contou, além dos bailarinos do projeto e dos solistas, com um coral de 40 crianças do Centro Promocional Tia Ileide, também de Campinas, que participaram da coreografia Flocos de Neve.

O ESPETÁCULO

NO BRASIL E

NO MUNDO

O conto natalino O Quebra-Nozes retrata uma festa da alta

burguesia na qual a pequena Clara, irmã de Fritz, ambos filhos do casal Stahlbaum, recebe do padrinho, Herr Drosselmeyer, um boneco quebra-nozes. Durante a festa, o velho Drosselmeyer entretém as crianças com mágicas e danças. Com o fim da festa, a casa dorme, e Clara adormece na sala junto à árvore de Natal. Com uma mágica de Drosselmeyer, Clara sonha que, já mais velha, um exército de ratos invade a sua casa. O Quebra-Nozes ataca os ratos, comandando um exército de soldadinhos de chumbo. O rei dos ratos fere o boneco que, desarmado, está prestes a perder a batalha. Clara o salva, atirando seu sapato no rato, quebrando o feitiço que havia sobre o boneco, o transformando em um belo príncipe. O príncipe conduz

Clara ao Reino das Neves a caminho do seu castelo. Chegando lá, súditos e convidados homenageiam a chegada do casal com uma grande festa. Acontece, então, uma sucessão de danças e, por fim, o Grand Pas de Deux quando Clara dança com o príncipe. Em seguida, Drosselmeyer acaba com o sonho de Clara e a conduz de volta a realidade de criança, deixando-a apenas com suas lembranças.

UMA ETERNA

HISTÓRIA DE

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A CONCEPÇÃO DA OBRA

A elaboração de O Quebra-Nozes não foi simples. Marius Petipa,

coreógrafo, no decorrer do trabalho perdeu o interesse pelo balé, pois o considerou menor em razão do tema infantil, e repassou para seu assistente, Lev Ivanovitch Ivanov. Tchaikovsky escreveu a música em etapas, pois sofreu crises depressivas após a morte de seu mecenas, a srª Von Meck. A obra é considerada um perfeito casamento entre a música e o balé, marcando a entrada de um coreógrafo russo em uma área antes exclusiva dos franceses e italianos. Concluída dez meses antes da morte de Tchaikovsky, a obra é uma peça que coroa a maturidade do compositor. O Quebra-Nozes é encenado em todo o mundo como um balé natalino, razão de sua imortalidade, encantando crianças e adultos.

Pietr Ilyitch Tchaikovsky

(1840-1893)

Nascido em 7 de maio de 1840, em Votkinsk/Rússia, já na infância o compositor revelou dotes musicais. No teatro, apreciava a ópera italiana e os espetáculos de bailado. O trabalho quase o levou à loucura. Mesmo assim, concluiu a Sinfonia nº 1 e compôs a ópera Voievode. Os anos seguintes foram de crescente sucesso como compositor e como regente, quando fez algumas de suas mais conhecidas obras. Tchaikovsky inaugurou o Carnegie Hall de Nova Iorque e fez turnês por toda Europa. Em 1892 compôs o balé O Quebra-Nozes e Iolanda, suas últimas obras.

OS RESPONSÁVEIS

Marius Petipa

(1818 - 1910)

Nascido em Marselha, o dançarino, coreógrafo e mestre de balé francês, desenvolveu toda sua carreira em São Petersburgo, Rússia. Iniciador da chamada escola russa de balé criou alguns dos mais notáveis balés de todos os tempos, alguns em colaboração com Tchaikovsky como A Bela Adormecida do Bosque, O Quebra-Nozes e O Lago dos Cisnes. Com Riccardo Orijo produziu Os Milhões de Arlequim. Em 1906 publicou as suas Memórias.

BW News é uma publicação dirigida aos parceiros da Brasmetal Waelzholz - Janeiro/2004 Rua Goiás, 501 – Diadema – SP – 09941-690 – (11) 4070-9500 - www.brasmetal.com.br Criação: Le Pera – (11) 3345-2500 – www.lepera.com.br

As responsabilidades das empresas são muitas. Desde se manterem competitivas e atualizadas no seu ramo de negócio, passando pela responsabilidade por seus funcionários, pelos pagamentos dos impostos, pelo relacionamento com seus parceiros comerciais na compra e na venda, na gestão ambiental e também com relação à responsabilidade social. Essa pode ser definida de forma ampla, abrangendo tudo o que uma organização faz. Pode também se traduzir em pequenas ações visando um mundo melhor. Com esse espírito, a Brasmetal Waelzholz tem norteado suas ações sociais. Encontrar projetos que visem a formação para melhor exercício da cidadania. Nesta edição, uma amostra da participação da Brasmetal Waelzholz em um projeto altamente significativo na formação de jovens eno enriquecimento da arte e da cultura.

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RESPONSABILIDADE SOCIAL

Referências

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