CAPÍT ULO
EUROPA
MEDIEVAL E
CIVILIZAÇÃO
ISLÂMICA
8
Idade Média (476-1453)
Alta Idade Média(séculos V-X)
Baixa Idade Média
(séculos XI-XV) Fragmentação do poder na Europa Os povos germânicos integraram-se ao Império Romano como federados e foram convertidos ao cristianismo. Iniciou-se o processo de formação dos reinos germânicos.
O avanço dos povos germânicos na
Europa (séculos IV a VI)
FERNANDO JOSÉ FERREIRA
50º N 0º Roma OCEANO ATLÂNTICO MAR NEGRO MAR CÁSPIO MAR BÁLTICO MAR DO NORTE BRITÂNIA GÁLIA HISPÂNIA ÁFRICA Constantinopla Milão Ravena lombardos MAR MEDITERRÂNEO Londres Lutécia (Paris) Aquileia Toulouse Marselha Córdoba Cartagena Cartago Léptis Magna Toledo ITÁLIA GERMÂNIA DÁCIA Reims Niceia Éfeso Narbona Sevilha Antioquia Siracusa Alexandria visigodos vândalos ost rogodos francos visigo dos anglos saxões Rio Tigre Rio Eufr ates R io N ilo Rio Diniester Rio Danúbio
Rio Reno
MACEDÔNIA
Rio
D
on
Império Romano do Ocidente Império Romano do Oriente
Povos germânicos Fonte: HILGEMANN, Werner; KINDER, Hermann. Atlas historique: de l’apparition de l’homme sur la terre à
Alta Idade Média: reino dos francos
Dinastia Merovíngia (a partir do século V) Clóvis converteu-se ao cristianismo e expandiu oReino Franco pela Gália; distribuiu terras ao clero
e à aristocracia de
guerreiros. Foi coroado rei do
Sacro Império Romano-Germânico, em 800, pelo papa Leão III. Dinastia Carolíngia (a partir do século VIII) Pepino,
o Breve MagnoCarlos o PiedosoLuís,
Carlos Martel
Consolidou-se a aliança entre a Igreja Católica e o Reino Franco.
Feudalismo
Desagregação do Império Romano Feudalismo Enfraquecimento do poder central Servidão Ruralização Reinos germânicos Cristianismo Feudalismo Economia de subsistência Sociedade estamental Vassalagem Comércio reduzido Colonato VassalagemSociedade feudal
Vilões: trabalhadores livres que vagavam pelos senhorios em busca de trabalho.
Clero
Nobreza
Campesinato
Trabalho servil nas diferentes áreas do senhorio
Manso comum
• Os recursos podiam ser retirados por todos os moradores do senhorio. Manso servil • Parte da produção era entregue ao senhor (talha). Manso senhorial • Toda a produção pertencia ao senhor (corveia). Poder econômico e religioso
Poder econômico, político e militar
Relação de vassalagem Suserano Cedia um benefício (feudo) em troca de fidelidade. Vassalo
Prestava homenagem e fazia um juramento de fidelidade. Em troca,
Origem do islã
n
No século VII, a Península Arábica era:
• ocupada por integrantes de tribos nômades e seminômades (beduínos);
• marcada por fluxo comercial intenso;
• habitada por praticantes de religião politeísta.
570 Nasceu Maomé, em Meca. 610 Segundo a tradição muçulmana, Maomé recebeu as revelações do arcanjo Gabriel e deu início às pregações. 622 Perseguidos, Maomé e seus seguidores retiraram-se de Meca e foram para
Yatrib (episódio conhecido como Hégira). Esse episódio marcou o início do calendário muçulmano. 623-632 Maomé unificou as tribos árabes em torno da crença em Allah e do esforço em expandir a fé islâmica. Maomé entrou em contato com o cristianismo e o judaísmo.
Islã: doutrina religiosa
Livros
n
Alcorão: para os muçulmanos, contém a palavra de Deus revelada
a Maomé pelo arcanjo Gabriel. Suas normas foram utilizadas para a
organização de um Estado teocrático muçulmano.
n
Suna: reúne textos sobre a vida de Maomé e seus ensinamentos. Serve
como manual de conduta para os muçulmanos.
n
Os cinco pilares (deveres do fiel):
Crença em um único Deus (Allah) e em Maomé, seu último profeta. Caridade a todos que estiverem necessitados. Oração cinco vezes ao dia com o corpo voltado para Meca. Jejum durante o mês do Ramadã. Peregrinação a Meca pelo menos uma vez na vida se tiver condições físicas e financeiras.
Sucessão do profeta e expansão do islã
Fundação do islamismo por Maomé (século VII) Domínio omíada (séculos VII-VIII) Domínio abássida (séculos VIII-XIII) Domínio otomano (séculos XIII-XIX) Divisão entre muçulmanos xiitas e sunitas logo após a morte de Maomé. Continuidade da expansão muçulmana iniciada pelos primeiros califas; bloqueio na Europa Ocidental pelos francos. Prosperidade e paz interna; enfraquecimento após os ataques do Império Mongol. Tolerância religiosa, prosperidade comercial e forte poder bélico.A expansão do Império Islâmico
FERNANDO JOSÉ FERREIRA
MERIDIANO DE GREENWICH 0º 40º N OCEANO ATLÂNTICO OCEANO ÍNDICO MAR CÁSPIO MAR DE ARAL MAR NEGRO MAR VERMELHO ARMÊNIA PÉRSIA Poitiers Alexandria EGITO LÍBIA Córdoba Damasco Medina (Yatrib) Meca PENÍNSULA ARÁBICA TRIPOLIT ÂNIA MAGREB PENÍNSULA IBÉRICA Jerusalém Antioquia Bagdá Constantinopla Atenas Creta Trípoli Chipre CARTAGO Roma Barcelona Sevilha Tânger
Arábia na época de Maomé (622-632)
Expansão sob os quatro primeiros califas (632-661) Expansão sob os califas omíadas (661-750) Domínio abássida (750-1258) Império Bizantino MAR ME DITERRÂNEO G olfo Pérsico Rio Tigre Rio N ilo R io Ind o
Rio Eufrates
Fonte: DUBY, Georges. Atlas historique. Paris: Larousse, 1987. p. 196-197, 209.
Baixa Idade Média:
transformações do feudalismo
Crescimento demográfico Cidades Aumento da produção agrícola. CampoFim das guerras contra os “bárbaros”. Abolição de obrigações servis. Ausência de epidemias. Desenvolvimento do trabalho assalariado. Abandono dos campos. Desenvolvimento das corporações de ofício. Desenvolvimento do comércio e dos bancos. Novas formas de trabalho
Retomada do comércio de longa distância. Realização de atividades comerciais e manufatureiras.
Formação das feiras e das caravanas de
comerciantes.
Feiras medievais: locais de grandes negócios
(séculos XI a XIII)
FERNANDO JOSÉ FERREIRA
45º N 0º Medina do Campo Lagny Flandres Novgorod Moscou Bar-Sur-AubeAugsburgo Ceuta Cádiz Barcelona Damasco Alexandria Constantinopla Porto Nápoles Túnis Gênova Milão Veneza Riga Frankfurt Leipzig Florença Pisa York Bruges Troyes Bordeaux Lyon ToulouseMarselha Cracóvia MERIDIANO DE GREENWICH Londres Paris Estocolmo Lisboa Roma Praga Viena Budapeste Belgrado Cairo Bagdá Kiev OCEANO ATLÂNTICO MAR DO NORTE
MAR MEDITERRÂNEO
MAR NEGRO Hanseática Genovesa Veneziana Catalã Champagne Área comercial Rota comercial Terrestre Marítima Caravanas Feiras comerciais
Fonte: DUBY, Georges. Atlas
historique mondial. Paris: Larousse, 2003. p. 64-65.
Cruzadas
Igreja
Aristocracia feudal
Total: oito Cruzadas. Duração: dois séculos. Resultado: retomada da
cidade de Jerusalém pelos muçulmanos.
Consequências: formação de
rotas comerciais e de cidades; contato do Ocidente com a ciência islâmica e a filosofia greco-romana; introdução das
especiarias na Europa. Procurava
suprir a falta de terras.
Buscava reunificar a cristandade.
As Cruzadas (séculos XI a XIII)
FERNANDO JOSÉ FERREIRA
MAR MEDITERRÂNEO Bruges Londres Canterbury Paris Ratisbona Vézelay Lyon Clermont Toulouse Constantinopla Bari Niceia Edessa Antioquia Jerusalém Damasco Trípoli São João de Acre Marselha Gênova Pisa Amalfi Lisboa Veneza Milão Zara Damieta Candia Famagouste Aigues-Mortes Túnis MAR NEGRO EUROPA ÁFRICA ÁSIA Andrinopla Durazo Ragusa MERIDIANO DE GREENWICH 0° 1ª Cruzada 2ª Cruzada 3ª Cruzada 4ª Cruzada
Fonte: DUBY, Georges. Atlas historique mondial.
Jerusalém
Expedição militar
Sob domínio muçulmano
Crise do sistema feudal (século XIV)
Aumento populacional: necessidadede maior produção de alimentos. Transformação de florestas
em áreas cultiváveis.
Comprometimento da produção agrícola causado por alterações climáticas (chuvas torrenciais e frio intenso).
Crescimento populacional nas cidades com péssimas
condições sanitárias.
Peste Guerra
Entrada na Europa, pelos portos italianos, da bactéria
da peste bubônica. França e Inglaterra: rivalidades políticas e econômicas. Fome
Diminuição da população. Crise social e econômica.
Revoltas camponesas e urbanas.