Confusão Aguda
Enf. Dr Paulo Carlos Garcia Contato: paulogarcia@usp.br
São Paulo Outubro de 2017
Objetivos:
• Descrever o dignóstico de enfermagem “confusão
aguda”, bem como, explanar sobre Delirium, no ambiente hospitalar.
Objetivos:
•Apresentar o “PROTOCOLO PARA AVALIAÇÃO E
MANEJO DO DELIRIUM” instituído no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (HU USP).
Figura 2
Figura 2: Disponível em, www.imagens.usp.br
Diagnóstico de Enfermagem- NANDA (2012-2014) Confusão aguda
• Taxonomia da NANDA – Domínio 5
(Percepção/cognição)- Classe 4 Cognição,
Fonte: (NANDA International, 2012-2014)
Definição: Início abrupto de distúrbios reversíveis de consciência, atenção, cognição e percepção que ocorrem durante um breve período de tempo.
Diagnóstico de Enfermagem- NANDA (2012-2014) Confusão aguda
•Características definidoras:
▫Agitação aumentada,
▫Alucinações,
▫Falta de motivação para iniciar um comportamento
voltado a uma meta,
▫Falta de motivação para manter o comportamento
voltado a uma meta,
Fonte: (NANDA International, 2012-2014)
Diagnóstico de Enfermagem- NANDA (2012-2014) Confusão aguda
• Características definidoras:
▫Falta de motivação para manter um comportamento
voluntário,
▫Flutuação na atividade psicomotora,
▫Flutuação na cognição,
▫Flutuação no nível de consciência,
▫Inquietação aumentada,
▫Percepções errôneas.
Fonte: (NANDA International, 2012-2014)
Diagnóstico de Enfermagem- NANDA (2012-2014) Confusão aguda
•Fatores relacionados:
Fonte: (NANDA International, 2012-2014)
Abuso de
substâncias Delírio Demência Flutuação no ciclo sono-vigília Mais de 60 anos de idade
Na Prática Hospitalar
DEFINIÇÃO
Delirium é:
•uma alteração cognitiva definida por início agudo,
•curso flutuante,
•distúrbios da consciência:
▫ atenção, orientação, memória, pensamento, percepção e comportamento.
Fonte: (American Psychiatric Association, 1994)
• Síndrome comum em
idosos, potencialmente letal e passível de ser prevenida.
Importância
Figura: www.e-farsas.com
Fonte: (Inouye, Westendorp, Saczynski, 2014)
Breve Histórico
•A origem da palavra delirium é atribuída ao latim deliro-delirare, de-lira, que significava "estar fora do lugar".
Fonte: (Lôbo, da Silva Filho, Nereida et al., 2010)
Breve Histórico
•O termo foi usado na literatura médica,
•Celsus no século I d.C.
•Descrever alterações mentais,
•Episódios de febre,
•Trauma craniano.
Breve Histórico
•Entretanto desde 500 a.C, Hipócrates,
•Síndrome composta por início agudo,
•Alterações comportamentais,
•Distúrbios do sono e déficits cognitivos,
•Associada à febre, termo "frenite", delirium.
Fonte: (Lôbo, da Silva Filho, Nereida et al., 2010)
Breve Histórico
•No período medieval,
•Procopius descreveu sintomas compatíveis com o conceito moderno de delirium hipoativo.
Fonte: (Lôbo, da Silva Filho, Nereida et al, 2010)
Breve Histórico
•No final do século XVIII,
•Publicado artigo por James Sims,
•Diferenciava delirium de loucura,
•Formas hipoativas e hiperativas da doença.
Fonte: (Lôbo, da Silva Filho, Nereida et al., 2010)
Breve Histórico
•No entanto, o significado permaneceu ambíguo até o início do século XIX, pois era usado para designar loucura, mas também para definir alterações mentais associadas às doenças febris.
Breve Histórico
•No século XX, pesquisas entendimento da fisiopatologia e patogênese do delirium,
•Delirium tratava-se de transtorno do nível de consciência,
•Quebra da homeostase cerebral.
Fonte: (Lôbo, da Silva Filho, Nereida et al., 2010)
•Distúrbio que afeta até 50% dos idosos (ou seja,
aqueles com 65 anos ou mais),
Introdução
Figura: escolaeducacao.com.br
Fonte: (Inouye, Westendorp, Saczynski, 2014)
Introdução
Figura: web.fe.up.pt
Fonte: (Inouye, Westendorp, Saczynski, 2014)
$ 164
bilhões
$ 182
bilhões
•Delirium é evitável em 30-40% dos casos,
•Relevância para a saúde pública,
•Intervenções de prevenção.
Introdução
Figura: eptca.com
•Distúrbio que afeta até 50% dos idosos (ou seja, aqueles com 65 anos ou mais),
•Custos de mais de US $ 164 bilhões por ano nos EUA e mais de 182 bilhões de dólar por ano (em 18 países da europa),
•Delirium é evitável em 30-40% dos casos e, portanto, detém substancial relevância para a saúde pública como um alvo para intervenções de prevenção.
Introdução
Fonte: (Inouye, Westendorp, Saczynski, 2014)
•Pode ser pensado:
•Insuficiência cerebral aguda (multifatorial),
•Indicador de cuidados da saúde do idoso,
Introdução
Figura: artia.com
Fonte: (Inouye, Westendorp, Saczynski, 2014)
•Cérebro vulnerável,
•Capacidade de reserva diminuída,
•Evidências, não ser uma queda linear,
•Uma série de quedas e recuperações pontuadas.
Introdução
Fonte: (Inouye, Westendorp, Saczynski, 2014)
• Delirium pode ser pensado como uma insuficiência cerebral aguda (multifatorial),
• Indicador de cuidados da saúde do idoso,
• Poderia ser um marcador do cérebro vulnerável com capacidade de reserva diminuída,
• Evidências sugerem que a trajetória de envelhecimento cognitivo normal pode não ser uma queda linear, mas sim uma série de quedas e recuperações pontuadas
Introdução
Epidemiologia
População de pacientes Incidência
Cirúrgicos cardíacos 11- 46
Cirurgicos 13 - 50
Clínicos 11-14
Críticos (Terapia Intensiva) 19 - 82
Com demência 56
Cuidados paliativos/câncer 47
Mortalidade (RR) 1-13
Fonte: (Inouye, Westendorp, Saczynski, 2014)
Causas
Fonte: (Inouye, Westendorp, Saczynski, 2014) multifatorial (em idosos) fatores predisponentes fatores insultos pacientes vulneráveis droga sedativo-hipnótico
Causas
•Embora um único fator possa levar ao delírio, normalmente delirium é multifatorial (em idosos).
•O desenvolvimento de delirium é dependente de inter-relações complexas entre os pacientes vulneráveis com vários fatores predisponentes e exposição a fatores de insultos nocivos ou precipitantes,
•Assim, em pacientes mais vulneráveis, tais como aqueles com demência subjacente e multimorbidade, um insulto por exemplo, uma dose de uma droga sedativo-hipnótico pode ser o suficiente para precipitar delirium.
Fonte: (Inouye, Westendorp, Saczynski, 2014)
Causas
Fonte: (Inouye, Westendorp, Saczynski, 2014)
privação do
sono
fatores nocivos
série de
drogas
psicoativas
grande porte
cirurgia de
Jovens
Causas
abordagens de componentes múltiplos eficazes para a prevenção e tratamentoFonte: (Inouye, Westendorp, Saczynski, 2014)
Causas
• Por outro lado, pacientes jovens, desenvolvem delirium somente depois de exposição a uma série de fatores nocivos, tais como:
▫anestesia geral, cirurgia de grande porte, várias drogas psicoativas, ficar em UTI, ou privação do sono.
• Clinicamente implicações disto são a causalidade multifatorial,
• Logo, tratar de um único fator de risco não consegue resolver delírio. Assim, as abordagens de componentes múltiplos serão mais eficazes para a prevenção e tratamento.
Fonte: (Inouye, Westendorp, Saczynski, 2014)
Fatores predisponentes - Delirium
Fonte: (Lôbo, da Silva Filho, Nereida et al, 2010)
Fatores preciptantes - Delirium
Medicações associadas ao desenvolvimento de
Delirium
Fonte: (Lôbo, da Silva Filho, Nereida et al, 2010)
Fisiopatologia
• O mecanismo fisiopatológico exato causador de
delirium permanece indefinido. Trata-se, provavelmente da via final de diferentes mecanismos patogênicos, culminando na redução global do metabolismo oxidativo cerebral e falência da transmissão colinérgica.
• Estudos eletroencefalográficos demonstram redução de
atividade cortical cerebral, não relacionada à doença de
base. A principal hipótese para o desenvolvimento de
delirium permanece focada no papel dos neurotransmissores, inflamação e estresse crônico.
Fonte: (Lôbo, da Silva Filho, Nereida et al, 2010)
Fisiopatologia
• Atividade dopaminérgica em excesso também é apontada como fator contribuinte,talvez por seu papel regulador na
liberação de acetilcolina.
Fonte: (Lôbo, da Silva Filho, Nereida et al, 2010)
Fisiopatologia
•Citocinas também podem contribuir por meio do aumento da permeabilidade da barreira hematoencefálica e alteração da neurotransmissão.Fonte: (Lôbo, da Silva Filho, Nereida et al, 2010)
Barreira Hematoencefálica
Fisiopatologia
•Estresse crônico gerado por
doença ou trauma ativa o sistema nervoso simpático e o eixo
adrenocortical, levando ao
hipercortisolismo crônico,
podendo contribuir para o
desenvolvimento de delirium, e aumento nos níveis de citocinas.
Fonte: (Lôbo, da Silva Filho, Nereida et al, 2010)
Quadro clínico
• Início agudo
• Curso flutuante durante o dia/ intervalos lúcidos presentes
• Déficit de atenção
• Pensamento desorganizado
• Alteração no nível de consciência
• Déficits cognitivos
• Distúrbios da percepção (delírios e alucinações)
• Alterações psicomotoras (hiper ou hipoatividade)
• Alterações no ciclo sono-vigília
• Distúrbios emocionais (labilidade, ansiedade, etc)
Fonte: (Lôbo, da Silva Filho, Nereida et al, 2010)
Investigação diagnóstica
• História clínica: a beira leito e com informantes confiáveis,
• Testes para avaliação da atenção são úteis,
•O exame físico deve incluir exame neurológico detalhado
(pesquisa de sinais que indiquem quedas, traumas cefálicos, infecções ou outras afecções agudas),
•Revisão da lista de medicações, bem como mudanças
recentes em doses ou tipos é fundamental.
•Uso de álcool ou outras substâncias também deve ser
investigado,
• Exames laboratoriais devem ser guiados pela avaliação
clínica do paciente, sendo individualizada a cada caso,
•Exames de imagem e liquor tem pouca evidência.
Investigação diagnóstica
ORIENTAÇÃO TEMPORAL / ESPACIAL (total 10 pontos) Dia da Semana (1 ponto)
Dia do Mês (1 ponto) Mês (1 ponto) Ano (1 ponto) Hora aproximada (1 ponto)
Local específico (Que local é esse aqui?) (aposento ou setor) (1 ponto) Instituição (Em que local estamos?) (Instituição, residência, hospital, clínica, posto) (1 ponto)
Bairro ou rua próxima (1 ponto) Cidade (1 ponto) Estado (1 ponto)
MEMÓRIA IMEDIATA (total 3 pontos) Fale três palavras não relacionadas (Ex. CARRO, VASO, TIJOLO).
Posteriormente pergunte ao paciente pelas 3 palavras (1 ponto para cada resposta correta)
Depois repita as palavras e certifique-se de que o paciente as aprendeu.
ATENÇÃO E CÁLCULO (total 5 pontos) (100-7) 5 vezes sucessivamente (1 ponto para cálculo correto). Você poderá corrigir o paciente a cada acerto e prosseguir com o teste (93,86,79,72,65).
Ou soletrar inversamente a palavra MUNDO (ODNUM)
MEMÓRIA DE Evocação (total 3 pontos) Pergunte pelas três palavras ditas anteriormente (1 ponto por palavra)
LINGUAGEM (total 9 pontos) Nomear 2 objetos que você mostrar (Ex. um relógio, uma caneta ( total 2 pontos) Peça para repetir “nem aqui, nem ali, nem lá” (1 ponto)
Comando: ”pegue este papel com a mão direita, dobre ao meio e coloque no chão” (1 ponto para cada comando – total 3 pontos)
Ler e obedecer: ”FECHE OS OLHOS” (1 ponto) Escrever uma frase completa (1 ponto) Copiar um desenho (1 ponto) (2 pentágonos)
Total
Fonte: (Lôbo, da Silva Filho, Nereida et al, 2010)
MINI EXAME DO ESTADO MENTAL (MEEM)
1. Início agudo Há evidência de uma mudança aguda no estado mental de base do paciente?
2. Distúrbio da atenção a. O paciente teve dificuldade em focalizar sua atenção, por exemplo, distraiu-se facilmente ou teve dificuldade em acompanhar o que estava
sendo dito?
- Ausente em todo momento da entrevista
- Presente em algum momento da entrevista, porém de forma leve
- Presente em algum momento da entrevista, de forma marcante
- Incerto
b. Se presente ou anormal, esse comportamento variou durante a entrevista, isto é, tendeu a surgir e desaparecer ou aumentar e diminuir de gravidade?
- Sim
- Não
- Incerto
- Não aplicável
c. Se presente ou anormal, descreva o comportamento: 3. Pensamento desorganizado
O pensamento do paciente era desorganizado ou incoerente, com a conversação dispersiva ou irrelevante, fluxo de idéias pouco claro ou ilógico, ou mudança imprevisível de assunto?
4. Alteração do nível de consciência a. Em geral, como você classificaria o nível de consciência do paciente?
- Alerta (normal)
- Vigilante (hiperalerta, hipersensível a estímulos ambientais, assustando-se facilmente)
- Letárgico (sonolento, facilmente acordável)
- Estupor (dificuldade para despertar)
- Coma
- Incerto
CONFUSION ASSESSMENT METHOD (CAM)
Fonte: (Lôbo, da Silva Filho, Nereida et al, 2010)
Diagnóstico diferencial
• Demência;
• Depressão;
• Psicose;
• Estado epiléptico
não-convulsivo;
• Sundowning
• Afasia de Wernicke
Fonte: (Lôbo, da Silva Filho, Nereida et al, 2010)
Diagnóstico diferencial
Predição de risco de
desenvolvimento de Delirium
Fonte: (Lôbo, da Silva Filho, Nereida et al, 2010)
Fator de Risco Pontos
Déficit visual 1 Déficit cognitivo 1 Doença grave/ Complexidade alta ou intermediária de cuidados 1 Relação U/Cr (>40) 1 TOTAL _____ _
Estratificação de Risco Pontos
Baixo risco (10% de chance para desenvolver delirium)
0
Risco intermediário (25% de chance para desenvolver delirium)
1 ou 2
Alto risco (80% de chance para desenvolver delirium)
3 ou 4
Objetivo Intervenção
Orientação têmporo-espacial
Manter relógio, calendário, atividades de recreação (ler jornal, ouvir música, assistir TV, uso de computador, jogos, atividades manuais, etc.) Propiciar contato com familiares (estender horário de visitas ou permitir acompanhantes) Solicitar avaliação da Terapia Ocupacional
Medidas preventivas
Fonte: (HU-USP, 2015)
Objetivo Intervenção
Medidas preventivas
Sono noturno Evitar interrupções do sono
Ajustar horário de medicações noturnas Propiciar ambiente com baixa luminosidade e ruídos
Mobilização precoce Propiciar deambulação Sentar em poltrona
Solicitar avaliação do Fisioterapeuta
Fonte: (HU-USP, 2015)
Objetivo Intervenção
Medidas preventivas
Fonte: (HU-USP, 2015)
Visão e Audição Favorecer o uso de óculos e aparelho auditivo Utilizar estratégias que facilitem a comunicação
Solicitar avaliação da Fonoaudióloga Hidratação Prevenir desidratação
Controlar ingeridos e eliminados Avaliar valores de U e Cr
Objetivo Intervenção
Medidas preventivas
Fonte: (HU-USP, 2015) Avaliar fatores precipitantes e medicamentos de riscoIntervir sempre que possível para eliminação ou redução
Medidas preventivas
Fonte: (Inouye SK 1999;340:669-676.et al. N Engl J Med)
Tratamento
Não-farmacológico
• Identificar e intervir nos
fatores causadores e agravantes
▫ Dor ▫ Fome
▫ Vontade de urinar/evacuar ▫ Incômodo por fralda suja ▫ Hiperestimulação ▫ Sensação de insegurança/medo ▫ Mudanças ambientais ▫ Privação de sono ▫ Restrições físicas ▫ Uso de sondas e cateteres ▫ Déficits sensoriais •Identificar e tratar as doenças agudas ▫ Distúrbios metabólicos ▫ Distúrbios hidroeletrolíticos ▫ Desidratação ▫ Desnutrição ▫ Infecção Fonte: (HU-USP, 2015)
Tratamento
Não-farmacológico
Fonte: (HU-USP, 2015)•Controle de comportamento de risco:
▫ Protocolo de Prevenção de Quedas
▫ Protocolo de Contenção Mecânica (último recurso recomendado)
Tratamento
Não-farmacológico
Fonte: (HU-USP, 2015)
•Identificação de medicamentos de risco:
▫ Analgésicos (opióides) / AINH
▫ Antibióticos / antivirais (Aminoglicosídeos; Cefalosporinas, Acyclovir, Anfotericina B, Fluroquinolonas, Interferon, Macrolídeos, Metronidazol, Penicilinas, Rifampicina, Sulfonamidas)
▫ Anticolinérgicos (Atropina, Difenidramina, Escopolamina) ▫ Anticonvulsivantes (Carbamazepina, Fenitoína, Valproato) ▫ Antidepressivos (Mirtazapina, Inibidores seletivos da recaptação de
serotonina, Ticíclicos)
▫ Drogas cardiovasculares (Antiarrítmicos, Beta-bloqueadores, Clonidina, Digoxina, Diuréticos, metildopa)
Tratamento
Não-farmacológico
Fonte: (HU-USP, 2015)
•Identificação de medicamentos de risco:
▫ Corticosteróides
▫ Agonistas dopaminérgicos (Amantadina, Bromocriptina, Levodopa, Pramipexol)
▫ Agentes gastrointestinais (Anti-eméticos, Anti-espasmódicos, Anti-H2, Loperamida)
▫ Hipoglicemiantes
▫ Hipnóticos/sedativos (Barbitúricos,Benzodiazepínicos)
▫ Relaxantes musculares (Baclofeno, Ciclobenzaprina)
▫ Outras drogas que agem no SNC (Dissulfiram, Inibidores da colinesterase, Litio, Fenotiazinas)
Tratamento
Não-farmacológico
Fonte: (HU-USP, 2015)
Cuidados de suporte para evitar complicações:
▫ Proteção de via aérea e prevenção de broncoaspiração;
▫ Suporte nutricional e hídrico;
▫ Cuidados com a pele e prevenção de úlcera por pressão (protocolo);
▫ Mobilização precoce e prevenção de tromboembolismo (protocolo).
Tratamento
Não-farmacológico
Fonte: (HU-USP, 2015)
•Manter estratégias preventivas, destacando:
▫ uso de óculos e aparelhos auditivos; ▫ mobilização (sair do leito) e auto-cuidado;
▫ ambiente adequado e estratégias que evitem a interrupção do sono. •Aumentar a participação da família nos cuidados.
•Avaliar a indicação de sondas, cateteres e contenção. Descontinuá-los sempre que possível.
•Utilizar técnicas de relaxamento (música, massagem, etc) e atividades de distração.
Tratamento farmacológico
Fonte: (HU-USP, 2015)
•Indicação
▫ Pacientes com agitação severa ou em risco para interrupção de terapias essenciais (por exemplo, IOT) ▫ Evitar danos a própria integridade física, da equipe,
de outros pacientes, familiares e do ambiente. •Iniciar com doses baixas e proceder ajuste
conforme necessário.
•Manter dose efetiva por 2-3 dias.
Tratamento farmacológico
Fonte: (HU-USP, 2015)
Droga Dose
Antipsicótico
- Haloperidol Oral: 0,5 a 1 mg – duas vezes ao dia Intramuscular: 0,5 a 1 mg, doses adicionais após 30’, se necessário. Dose máxima: 3 a 5 mg/ dia. Antipsicóticos atípicos
- Risperidona - Olanzapina - Quetiapina
0,5 a 1 mg – duas vezes ao dia 2,5 a 5 mg – uma vez ao dia 25 a 50 mg – uma vez ao dia Benzodiazepínico
- Lorazepam Oral: 0,5 a 1 mg, doses adicionais a cada quatro horas, se necessário. Dose máxima: 10 mg/ dia
PROGNÓSTICO
•Maior tempo de hospitalização;
•Maior declínio cognitivo e funcional;
•Maior taxa de institucionalização;
•Maior mortalidade.
Fonte: (Inouye, Westendorp, Saczynski, 2014)
Pessoas que bebem de forma excessiva, quando diminuem o consumo ou se abstêm completamente, podem apresentar um conjunto de sintomas e sinais, denominados Síndrome de Abstinência do Álcool (SAA). Uma série de fatores influenciam o
aparecimento e a evolução dessa síndrome, entre eles: a vulnerabilidade genética, o gênero, o padrão de consumo de álcool, as características individuais biológicas e psicológicas e os fatores socioculturais
Delirium Tremens
Fonte: (Laranjeira, 2000)
o Os sinais e sintomas mais comuns da SAA são: agitação, ansiedade, alterações de humor (irritabilidade, disforia), tremores, náuseas, vômitos, taquicardia, hipertensão arterial, entre outros. Ocorrem complicações como: alucinações, o Delirium Tremens (DT) e convulsões.
Delirium Tremens: sinais e sintomas
Fonte: (Laranjeira, 2000)
• Os sintomas e sinais da SAA estão relacionados à alteração nos níveis de liberação de noradrenalina e dopamina.
• taquicardia por ativação de receptores beta-adrenérgicos; • hipertensão por ativação de vias alfa-adrenérgicas;
• aumento da força de contração do músculo cardíaco por ação adrenérgica inotrópica positiva;
• náuseas e vômitos devido à redução do esvaziamento gástrico; • piloereção;
• midríase;
• tremores pela facilitação da neurotransmissão muscular; • aumento do consumo de oxigênio;
• aumento da temperatura corporal em até 2 ºC.
Delirium Tremens: sinais e sintomas
Fonte: (Laranjeira, 2000)
Delirium Tremens: sinais e sintomas
Delirium Tremens: diagnóstico
Fonte: (Laranjeira, 2000)
• O quadro se inicia após 6 horas da diminuição ou da interrupção do uso do álcool, quando aparecem os primeiros sintomas e sinais.
• Alguns fatores estão associados a uma evolução
mais grave, e funcionam como preditores de gravidade da SAA, tais como: história anterior de síndrome de abstinência grave (repetidas desintoxicações); alcoolemia alta sem sinais clínicos de intoxicação; sintomas de abstinência com alcoolemia alta; uso de tranquilizantes e hipnóticos; e associação de problemas clínicos e psiquiátricos.
Delirium
Tremens:
diagnóstico
Fonte: (Laranjeira, 2000)
Delirium Tremens: tratamento
• tratamento ambulatorial, • internação domiciliar, • internação hospitalar.oreposição de vitaminas (sobretudo a tiamina),
oatenção à nutrição ,
oreposição de fluidos,
oBenzodiazepínicos.
Delirium Tremens: tratamento
• Restrição física indiscriminadaRESOLUÇÃO COFEN Nº 427/2012
Normatiza os procedimentos da enfermagem no emprego de contenção mecânica de pacientes
Obrigado!!!!!!!!!!!!!!
Referências bibiográficas
• Diagnósticos de enfermagem da NANDA: definições e classificação 2012-2014/ NANDA INTERNATIONAL; tradução: Regina Machado Garcez; revisão técnica: Alba Lucia Bottura Leite de Barros…et al…- Porto Alegre: Artmed, 2013. 606 p.;23 cm.
• American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4th edition. Washington, DC: American Psychiatric Association, 1994.
• Lôbo RR, Silva Filho SRB, Lima NKC, Ferriolli E, Moriguti JC. Delirium. Medicina (Ribeirão Preto) 2010;43(3): 249-57.
• Inouye SK, Westendorp RGJ, Saczynski JS. Delirium in elderly people. The Lancet, Vol 383 March 8, 2014.
• Resolução COFEN Nº 427/2012, Normatiza os procedimentos da enfermagem no emprego de contenção mecânica de pacientes. Disponível:http: //www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-n-4272012_9146.html
• Laranjeira R, Nicastri S, Jerônimo C, Marques AC. Consenso sobre a Síndrome de Abstinência do Álcool (SAA) e o seu tratamento. Rev Bras Psiquiatr 2000;22(2):62-71.
Referências imagens • Figura 1: Logo EEUSP
• Figura 2: http://www.gavca.com/phpBB3/viewtopic.php?f=37&t=18322 • Figura 3:http://www.fatosdesconhecidos.com.br/conheca-o-cerebro-mais-bizarro-ja-descoberto-pela-ciencia/. • Figura4:http://www.istoe.com.br/reportagens/109570_OS+ERROS+DE+MEDI CACAO+NOS+HOSPITAIS • Figura 5: http://fach-uefs-mascarenhasrb.blogspot.com.br/ • Figura 6: http://pt.slideshare.net/emanuelbio/reviso-bahiana-de-medicina • Figura 7: http://www.ndig.com.br/item/2012/08/a-depresso-e-o-estresse-crnico-podem-reduzir-o-tamanho-do-crebro • Figura 8: http://doutissima.com.br/2013/07/03/dica-das-famosas-como-ter-equilibrio-emocional-9099/ • Figura 9: http://www.panoramatricolor.com.br/haja-paciencia-por-ise-cavalieri/