António José Morais1, Soheyl Sazedj2 e Sharmin Sazedj3
1: Departamento de Tecnologias e Gestão da Construção Faculdade de Arquitectura
Universidade Técnica de Lisboa
Rua Sá Nogueira – Polo Universitário – 1349-055 Lisboa, Portugal e-mail: ajmorais@fa.utl.pt, web: http://www.fa.utl.pt
2: Engenharia Civil Universidade de Évora
Polo da Mitra, 7002-554 Évora, Portugal e-mail: sazedj@uevora.pt, web: http://www.uevora.pt
Investigador do CIAUD (Centro de Investigação em Arquitectura, Urbanismo e Design) Faculdade de Arquitectura
Universidade Técnica de Lisboa
Rua Sá Nogueira – Polo Universitário – 1349-055 Lisboa, Portugal e-mail: sazedj@fa.utl.pt, web: http://www.fa.utl.pt
3: Faculdade de Economia Universidade Nova de Lisboa
Campus de Campolide 1099-032 Lisboa, Portugal
e-mail: sharminsazedj@gmail.com, web: http://www.novasbe.unl.pt
Palavras-chave: Produto Interno Bruto, Valor Acrescentado Bruto, Custo de Trabalho por Unidade Produzida.
Resumo. O sector da construção tem tido um papel significativo na economia nacional, dada a sua extensa utilização no PIB português e o elevado investimento associado ao mesmo. Estas características proporcionam a possibilidade de desenvolver externalidades positivas para a economia e para outros sectores de atividade económica. Assim sendo torna-se pertinente analisar os efeitos económicos da utilização do betão armado, um dos elementos construtivos mais importantes da arquitetura contemporânea, versus a possível construção em alvenaria estrutural. Para fazer uma análise dos benefícios de dois tipos de construção, é pertinente comparar as respectivas contribuições para a economia e o crescimento do País de ambas as soluções construtivas. Nesse contexto, realizou-se um estudo comparativo de uma solução convencional, estrutura em betão armado, com uma solução em alvenaria estrutural, numa vertente macroeconómica, ou seja, de avaliação do impacto nalguns dos principais indicadores económicos do país, nomeadamente o Valor Acrescentado Bruto (VAB) e o Custo de Trabalho por Unidade Produzida (CTUP). O presente estudo explora estes efeitos, considerando os dois referidos cenários de construção possível – estrutura tradicional e alvenaria estrutural. Sendo que o primeiro corresponde à situação atual, na qual, toda a construção será convencional e no segundo cenário cinquenta por cento da construção adoptará o sistema de alvenaria estrutural. Enquanto a estrutura convencional requer um investimento maior, gerando um valor acrescentado superior, a alvenaria estrutural requer menos importação de materiais e alivia o défice das contas externas do país, que se encontra altamente endividado. Por outro lado, o maior número de horas de trabalho associados a este tipo de construção podem contribuir para a criação de emprego e incrementando assim a competitividade da indústria cerâmica nacional.
1. INTRODUÇÃO
Para fazer uma análise dos benefícios de dois tipos de construção é pertinente comparar as respectivas contribuições para a economia e o crescimento do País. E é nesse contexto que se seguirá uma análise comparativa da estrutura convencional, estrutura em betão armado, e da alvenaria estrutural numa vertente macroeconómica, ou seja, avaliar o seu impacto em alguns dos principais indicadores económicos do País.
Será de interesse iniciar a análise com um indicador geral da riqueza e do bem-estar do país, como o Produto Interno Bruto (PIB), que estima a produção total de um país, ou seja, todos os bens e serviços produzidos no país num determinado ano (contabilizam-se apenas os bens finais e não intermédios, para evitar o problema da dupla contagem). O PIB pode ser calculado segundo a óptica da despesa, do rendimento ou da oferta. Enquanto a óptica da despesa soma todas as despesas em bens e serviços finais efectuados pelos diferentes agentes económicos, a óptica do rendimento soma os rendimentos dos factores produtivos distribuídos pelas empresas. Neste caso, quer-se contabilizar o contributo do sector da construção para o PIB nacional, sendo o percurso mais natural a óptica da oferta que soma, por sua vez, todos os valores gerados pelas empresas que operam no país. Por valor gerado entende-se Valor Acrescentado Bruto (VAB) que diz respeito à diferença entre o valor da produção e os consumos intermédios de cada empresa/sector. [1]
2. DOIS CENÁRIOS DE CONSTRUÇÃO DE HABITAÇÕES
Antes de se iniciar o cálculo dos VABs, vai se considerar dois cenários distintos. Sendo que o primeiro corresponde à situação atual, na qual, toda a construção será convencional e no segundo cenário cinquenta porcento da construção terá uma alvenaria estrutural.
O próximo passo será estimar o número de casas que serão construídas no próximo ano. Unidade Variação em relação do ano anterior
2003 40643 2004 32712 -19,51% 2005 34108 4,27% 2006 30227 -11,36% 2007 28893 -4.41% 2008 26363 -8,76% 2009 20923 -20,63% 2010 17761 -15,11% 2011 16587 -6,61% Médio 27580 -10,27%
TABELA 1, Edifícios concluídos para Habitação Familiar, 2003 – 2011 [2]
No panorama da última década, Tabela 1, em que o número de casas construídas tem decrescido, pode-se calcular uma taxa de decrescimento média (média das taxas de crescimento de 2003 a 2011), 10,27%, para estimar o número de casas construídas neste ano, que será catorze mil oitocentos e oitenta e quatro casas (14.884).
Salienta-se que segundo o Instituto Nacional de Estatística 15110 de 16587 edifícios de habitação de 2011 são moradias, portanto mais de 91% das construções novas para habitação têm entre 1 a 3 pisos. Pela mesma razão nesta análise apenas se considera a estatística dos edifícios; uma vez que
a alvenaria estrutural por razões estruturais (atividades sísmicas) não é aconselhável para a construção de edifícios superiores a três pisos, evita-se analisar a estatística dos fogos.
3. A ANÁLISE DE VALOR ACRESCENTADO BRUTO
Prosseguindo para o cálculo dos VABs, é necessário esclarecer os pressupostos considerados. O valor da produção, que é necessário para esta análise, corresponde ao preço das casas que depende de um conjunto de factores independentes da sua construção, como por exemplo, a localização das casas, a intensidade da procura num dado ano ou mesmo a conjuntura económica corrente do país. Dito isto, assume-se que todos os factores exógenos são os mesmos para ambos os modos de construção, e como tal serão apenas considerados os custos da construção, dado que os custos superiores resultarão em preços superiores. Salienta-se que são só considerados os custos de estrutura, uma vez que para ambas as soluções construtivas os custos de arquitetura seriam iguais. Considere-se um edifício modelo com as dimensões habituais de construção com 3 pisos. A área
total de construção é de 503 m2.
Material
Construção Convencional Alvenaria Estrutural Quantidade (kg) Custo do Material (€) Custo (€) Quantidade (kg) Custo do Material (€) Custo (€) Tijolo exterior 124.209 6.298 Cu st o in cl u in d o mã o -de -obr a e des pes as 147.108 7.459 Cu st o in cl u in d o mã o -de -obr a e des pes as Tijolo interior 33.605 4.574 38.565 5.249 Betao 469.847 11.842 347.510 8.759 Aço, armadura 26.838 21.470 19.712 15.770 Argamassa 25.844 4.393 27.282 4.638 Total 680.343 48.577 77.708 580.177 41.875 68.413 Custo/área de construção 96,57 154,50 83,25 136,00
Tabela 2, Comparação dos custos de construção de edifício modelo Considerando a identidade macroeconómica:
VAB = Valor da Produção - Consumos Intermédios,
Valor de Produção = Custo de habitação x Quantidade de habitações a construir Consumos Intermédios = Consumo de material de construção por habitação x Quantidade de habitações a construir
e usando os preços constantes de 2011, obtém-se os resultados expostos na Tabela 3. São usados preços constantes para obter valores reais e não nominais, já que se procura comparar acréscimos no PIB devido a uma maior produção e não devido à inflação.
Construção Convencional 50% Alvenaria Estrutural 50% Construção Convencional
Valor de Produção 229.957.800€ 216.190.100€
Consumos Intermédios 143.741.564€ 133.825.802€
TOTAL VAB 86.216.236€ 82.364.298€
Tabela 3, Estimativa do PIB
(1) (2) (3)
Pode-se verificar então que a construção convencional tem um VAB superior e portanto contribui mais para o PIB. Contudo, é importante realçar, que a alvenaria estrutural importa menos aço e energia, o que implica um maior valor acrescentado nos respectivos sectores. O que representa para este sector um consumo intermédio, representa para outro sector um valor acrescentado, e é por essa mesma razão que se retira os consumos intermédios para evitar um problema de dupla contagem. Portanto a construção menos dependente do exterior, representará um maior valor acrescentado noutros sectores nacionais, enquanto que uma construção que requer uma maior importação contribui para o crescimento de países terceiros.
4. AS IMPORTAÇÕES
Para se quantificar o impacto da dependência do exterior, considera-se a balança comercial que corresponde à diferença entre o valor das exportações e importações.
Figura 1, Exportações Líquidas de Portugal na primeira década de século 21 em % do PIB, Fonte OECD, Organization for Economic Co-operation and Development [3]
Portugal depara-se com um défice persistente que é evidência da dependência do exterior e revela a fragilidade do aparelho produtivo interno.
O crescimento do défice comercial implica também o aumento da posição devedora liquida da economia portuguesa. E dado que em 2011 os juros da dívida pública portuguesa registaram novos máximos desde a adesão ao Euro, será de interesse reduzir o défice comercial para assim permitir também uma redução do endividamento externo. Conseguir um maior grau de autonomia é benéfico não apenas no sentido de fluir menos dinheiro para fora, mas também no sentido de se depender menos das flutuações de preços estrangeiros e das suas restrições e tributações. Portanto um nível mais baixo de importações não contribui apenas para um produto nacional superior mas também para uma dependência menor do exterior.
As importações incluem o aço e a energia importada a preços constantes de 2010. Para o cálculo da energia importada foram apenas contabilizados oitenta e cinco porcento da energia utilizada na construção, o que corresponde à dependência energética portuguesa - oitenta e cinco porcento da energia consumida em Portugal é importada.
Importações no cenário 1 (construção convencional): 26 853 662 €
Importações no cenário 2 (50% construção
convencional e 50% alvenaria estrutural): 23 288 582 €
Cálculos auxiliares: Importações = [quantidade de aço importada (tabela 2) * preço + 0,20*(quantidade de energia utilizada * preço)] * estimativa do número de casas para o próximo ano -‐6.5 -‐8.3 -‐10.4 -‐10.7 -‐10.1 -‐12.6 -‐10.2 -‐9.7 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 (4)
É de notar o seguinte:
1. Conforme o ERSE, Entidade Regulador dos Serviços Energéticos, cerca 20% da energia eléctrica é importada conforme com os dados estatísticos dos meses de Janeiro e Fevereiro do ano 2012. Pela mesma fonte o preço médio aritmético de electricidade no mês de Janeiro de 2012 na zona
portuguesa era 55,26 €/MWh. [4]
2. O aço é importado na totalidade e o preço médio pelo London Metal Exchange no dia 3 de Setembro de 2012 é 0,271832 €/kg. [5]
3. A energia eléctrica incorporada nos varões de aço é de 21,60 MJ/kg, valor médio com 59% de aço reciclado, conforme com a Universidade de Bath, 2011. [6]
Dado que a alvenaria estrutural requer uma quantia inferior de aço e energia, o valor das importações será inferior numa economia cuja construção se baseia parcialmente nesta estrutura ao invés de apostar unicamente numa estrutura convencional.
Concluindo, no cenário em que metade das casas construídas usam uma alvenaria estrutural, diminuir-se-ia o défice comercial em mais de três milhões e quinhentos e sessenta e cinco mil e setenta e nove euros (3.565.079 €).
5. O EMPREGO
Outra vertente que se pode considerar é a criação de emprego já que estas duas estruturas diferem também nas quantidades de mão-de-obra empregues.
O Diário de Notícias, DN, relatou que “O gabinete oficial de estatísticas da União Europeia revelou esta manhã que a taxa de desemprego em Portugal atingiu os 15,7 por cento em julho, valor idêntico a junho, enquanto, na Zona Euro e no conjunto da União Europeia, se manteve nos 11,3 e 10,4 por cento, respetivamente.” [7]
Dado este fraco desempenho de Portugal na criação de emprego é importante avaliar qual de ambas contribuirá mais para este factor.
Neste estudo elaborou-se que 100 m2 de habitação necessitam de 10 trabalhadores e 68 dias para
construir uma estrutura convencional e 14 trabalhadores e 49 dias para a mesma habitação em alvenaria estrutural. Portanto pode se calcular o número de horas de trabalho que cada estrutura requer, multiplicando o número de dias pelo número de horas e trabalhadores:
Construção convencional: 5440 Hxh/100 m2 (CCh)
Alvenaria estrutural: 5488 Hxh/100 m2 (AEh)
O Emprego é um indicador fulcral devido à sua influência direta no bem estar da população. Pode-se verificar que a alvenaria estrutural requer mais horas de mão-de-obra, contribuindo mais para a criação de emprego.
O passo seguinte é traduzir este diferencial de horas de emprego num resultado aproximado da quantidade de emprego criada num ano, recorrendo aos dois cenários habituais:
Horas de Trabalho / ano
CC: 80 968 960 h AE: 81 326 176 h
Postos de Trabalho
CC: 38 778 trabalhadores AE: 38 949 trabalhadores
Cálculos auxiliares:
Horas de Trabalho / ano = CCh ou AEh x estimativa do número de casas para o próximo ano.
Postos de trabalho = horas de trabalho num ano / (horas por dia * dias úteis num ano)
No próximo ano, se metade da construção tiver uma alvenaria estrutural, dispor-se-á de mais cento e setenta e um posições de trabalho do que no caso em que toda a construção é feita com uma estrutura convencional.
É também relevante considerar a perspectiva do produtor que pretende ser mais competitivo no mercado. Isto não deixa de ser relevante para o país como um todo, pois no contexto de um mundo cada vez mais globalizado o termo competitividade ganha novo significado, e empresas mais competitivas traduzem-se num país mais competitivo. Um indicador predileto para avaliar a competitividade é o Custo de Trabalho por Unidade Produzida (CTUP), calculado como o quociente entre o salário médio por trabalhador e o produto médio por trabalhador. Portanto este indicador pode ser interpretado como o custo de produzir uma unidade de produto. Valores superiores significam um crescimento crescente dos salários em relação à produtividade, ou seja um custo maior por unidade produzida. Uma empresa que pague mais a um trabalhador menos produtivo, que produz menos, é naturalmente, uma empresa menos competitiva.
Os CTUPs têm vindo a aumentar mais rapidamente em Portugal do que na média da zona Euro, o que se pode verificar no gráfico abaixo que diz respeito ao sector da construção. Enquanto nos últimos cinco anos há uma tendência na Zona Euro para o crescimento dos CTUP’s abrandar, o mesmo só se começou a verificar nos últimos dois anos. Dado isto, é deveras benéfico investir numa construção com custos de trabalho mais baixos.
Geralmente, calcula-se o crescimento deste indicador para um sector ou país para poder avaliar se os salários crescem a uma taxa superior à produtividade dos trabalhadores e para permitir uma comparação relativa com outros países. Para este estudo, através de uma ligeira manipulação e simplificação deste indicador, focado apenas na construção de uma casa modelo pode-se concluir qual estrutura tem um custo de trabalho por unidade produzida menor, e que como tal contribuirá menos para o CTUP do sector, incrementando assim a produtividade.
Figura 2, CTUP na construção em Portugal, Fonte OECD, Organization for Economic Co-operation and Development [8]
0 2 4 6 8 10 12 14 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 C re sc im en to r el ati va m en te a o an o a n te ri o r
Crescimento de CTUP na Construção
Portugal Zona Euro
(5) (6)
Note-se que:
CTUP = Salário por hora / Valor acrescentado da casa por hora de trabalho = = Total dos salários por casa / total de horas trabalhadas / valor
acrescentado da casa / total de horas trabalhadas = = Total dos salários por casa / Valor acrescentado da casa.
Portanto usando os custos de trabalho databela 2 e os VABs calculados acima obtém-se:
Construção convencional: 0,29
Alvenaria estrutural: 0,27
A estrutural convencional tem um CTUP associado ligeiramente superior em comparação com a alvenaria estrutural, o que significa um nível de eficiência inferior dado que o custo de trabalho por unidade produzida é superior. Como já mencionado, o salário médio na construção convencional é superior, uma vez que necessita mais trabalhadores especializados, contudo a alvenaria estrutural requer mais horas de trabalho. Portanto, o CTUP superior significa que o maior custo por hora não é acompanhado por um valor acrescentado suficientemente superior.
6. O AMBIENTE
Por fim o sector de construção tem sérias responsabilidades no que respeita ao impacto negativo ambiental que lhe está adjacente. Pelo que também se pode comparar estes métodos relativamente às suas emissões de dióxido de carbono. No panorama europeu, em que cada vez mais os países se comprometem a proteger o ambiente, surgem diversas sugestões de tributações sobre a emissão de
CO2 e restrições. Por outro lado alguns países começaram a subsidiar as indústrias que despendem
esforços no sentido de minimizar estas emissões. Apesar de em Portugal ainda não existirem custos diretos ou recompensas associadas à construção, muito possivelmente no futuro existirão pelo que nesse caso a estrutura convencional terá custos superiores à alvenaria estrutural no que concerne a emissão de gases. Contudo, independentemente de existirem custos diretos associados, a sustentabilidade é um conceito que ganha cada vez mais relevo e se torna imprescindível para o País e o seu protagonismo no mundo, pelo que merece a pena apostar numa construção sustentável. 7. CONCLUSÔES
Num cenário em que parte da construção do país tem uma alvenaria estrutural, a economia pode beneficiar de diferentes modos. A alvenaria estrutural requer menos importações o que permite aliviar o défice comercial de um país altamente endividado. Por outro lado o maior número de horas de trabalho e os salários menores associados a este tipo de construção podem contribuir para a criação de emprego.
REFERÊNCIAS
[1] S. Sazedj, Análise de Sustentabilidade de Alvenaria Estrutural, tese de doutoramento, FAUTL, Lisboa (2012), pp. 97-104.
[2] Instituto Nacional de Estatística, Estatística de Construção e Habitação 2011, ed. 2011, Lisboa (2012).
[3] Organization for Economic Co-operation and Development, OECD,
http://www.oecd-library.org/economics/country-statistical-profile-portugal-2011_csp-prt-table-2011-1-en, consulta em 2 de Setembro de 2012.
[4] Entidade Regulador dos Serviços Energéticos, ERSE,
http://www.erse.pt/pt/electricidade/factosenumeros/Paginas/importacoeseexportacoesdeenergiae
lectrica.aspx, no dia 2 de Setembro de 2012.
[5] London Metal Exchange, http://www.lme.com/steel/latest_price.asp, no dia 3 de Setembro de
2012.
[6] G. Hammond e C. Jones, Inventory of Carbon & Energy, (ICE) Version 2.0, University of Bath, Bath, UK (2011).
[7] DN Economia, http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=2745415, 03 de
Setembro 2012.
[8] Organization for Economic Co-operation and Development, OECD,
http://stats.oecd.org/Index.aspx?QueryName=427&QueryType=View&Lang=en, 4 de Setembro