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Hipersensibilidade
do tipo I: Fase Aguda
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HIPERSENSIBILI-DADE DO TIPO I:
FASE AGUDA
CONTEÚDO: AMANDA PAGANINI LOURENCINI
CURADORIA: NOME SOBRENOME
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SUMÁRIO
HIpersensibilidade do tipo I ... 4
Fases da hipersensibildiade tipo I ... 4
Fase de Sensibilização ... 4 Fase de Provocação ... 4 síndromes clínicas ... 5 tratamento ... 5 Mapas mentais ... 6 Referências ... 7
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HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO I
A hipersensibilidade do tipo I é conhecida como hipersensibilidade imediata, devido ao fato de terem como característica o curto tempo de reação (15 a 30 minutos) após expo-sição ao alérgeno. É interessante que você compreenda como ocorre imunologicamente a hipersensibilidade do tipo I, sendo esse pro-cesso dividido em fase de sensibilização.
FASES DA HIPERSENSIBILDIADE TIPO I
Fase de Sensibilização
Essa fase começa com a penetração de um alérgeno por uma superfície mucosa, no qual logo após ele é apresentado às APCs (células apresentadoras de antígenos), sendo elas nor-malmente células dendrítica. Após ser proces-sado, ele irá ativar um linfócito TCD4+ em um contexto que normalmente é um forte indutor de respostas do tipo Th2 nos linfócitos, sendo esse um dos fenótipos possíveis do TCD4+ ao serem polarizados/ativados. A célula Th2 tem como características a síntese de interleucina 4 (IL-4), a qual tem fator crucial da hipersensi-bilidade do tipo I, visto que a secreção da IL-4 atuará em diversos fatores associados aos sin-tomas da hipersensibilidade imediata e o seu contato com os linfócitos Th2 induzirá prefe-rencialmente a ativação de linfócito B (nesse estágio de ativação ele é chamado de plasmó-cito) e posteriormente uma troca de imunoglo-bulina para IgE, ocasionando na sua liberação. Lembrando que a IgE é um anticorpo determi-nante das reações de hipersensibilidade do tipo I.
Além das células citadas acima, tem-se a atua-ção do mastócito. O mastócito é uma célula te-cidual, isto é, não está presente no sangue, que possui receptores de alta afinidade para porção FC das IgE (FcεRI) que foram produzi-das pelo linfócito B. Ocorre então a ocupação desse receptores de mastócito por essa IgE, es-tando agora esse mastócito sensibilizado por anticorpos específicos contra esse alérgeno. Até esse momento, não houve nenhum sin-toma por parte do paciente, por isso a fase até então é denominada fase de sensibilização.
Fase de Provocação
Se o indivíduo tiver contato por uma segunda vez com o mesmo alérgeno ele não precisará passar por uma fase de sensibilização nova-mente, pois os mastócitos dele já se encon-tram sensibilizados. Esse antígeno irá penetrar pela superfície mucosa e será capaz de se ligar diretamente nas IgE que já estão presente nesse receptor de alta afinidade dos mastóci-tos. Ao se ligar na IgE por meio da ligação cru-zada, gerará estímulo suficientemente forte para ativar o mastócito e consequentemente ocorrer a liberação de histamina presente no interior do mastócito. Vale ressaltar que os ba-sófilos, embora sejam menos de 1% das células
Fase de sensibilização consiste
na penetração do alérgeno pela
mucosa, processamento por
uma APC, ativação de linfócito
Th2, indução de troca de classe
IgE em células B e sensibilização
dos mastócitos.
5 sanguíneas, também possuem receptores de
IgE em sua superfície, assemelhando-se fisiolo-gicamente com os mastócitos e por isso, tam-bém permitem a liberação do conteúdo dos seus grânulos, caso sejam estimulados uma segunda vez com o mesmo alérgeno. A hista-mina, como potente vasodilatador, age direta-mente nos receptores H2 e H1 presentes no endotélio dos vasos sanguíneos, ocasionando os efeitos histamínicos, como vasodilatação, edema local e prurido. Devido a tal atuação da histamina na hipersensibilidade tipo I, o trata-mento dessa é feito utilizando-se os anti-hista-mínicos, os quais são drogas que vão bloquear os receptores H2 e H1 dos epitélios e, por con-sequência toda a cascata sintomatológica de-corrente da hipersensibilidade tipo I.
SÍNDROMES CLÍNICAS
Algumas reações de hipersensibilidade imedi-ata podem apresentar características clínicas e patológicas diversas, todas atribuíveis a medi-adores produzidos por mastócitos em diferen-tes quantidades e tecidos. Algumas manifes-tações sindrômicas incluem a rinite alérgica, a
sinusite, a asma brônquica e o quadro
anafilá-tico. A forma mais grave de hipersensibilidade imediata é a anafilaxia, uma reação sistêmica caracterizada por edema em vários tecidos e é potencialmente fatal pela queda súbita da pressão arterial e pela obstrução das vias res-piratórias.
TRATAMENTO
O tratamento de doenças de hipersensibili-dade imediata visa inibir a degranulação dos mastócitos, antagonizando os efeitos dos me-diadores dos mastócitos e reduzindo o quadro clínico inflamatório. Segue abaixo algumas das principais terapias para síndromes encontra-das na hipersensibilidade do tipo I, como a asma brônquica e a anafilaxia.
Síndrome Terapia Anafilaxia Epinefrina Asma brônquica Corticosteroide Antagonista de leucotrieno Inibidores de fos-fodiesterase
Várias doenças alérgicas
Dessensibilização (administração re-petida de baixas doses de alérge-nos) Anti-histamínico. Anticorpo anti-IgE
As reações de hipersensibilidade imediata são iniciadas pela introdução de um alérgeno, que estimula reações de TH2 e produção de imunoglobulina E (IgE). A IgE liga-se a receptores de Fc (FcεRI) nos mastócitos, e a exposição subsequente ao alérgeno ativa os mastócitos para secretarem os mediadores responsáveis pelas reações patológicas de hipersensibilidade imediata.
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REFERÊNCIAS
ABBAS, Abul.; LICHTMAN, Andrew.; SHIV, Pillai. Imunologia Básica. 4ed. Rio de Ja-neiro: Elsevier, 2013.
Curso Imunologia Clínica: Introdução as Hipersensibilidades (Professor Fabricio Montalvão). Jaleko Acadêmicos. Disponível em: <https://www.jaleko.com.br>. Curso Imunologia Clínica: Hipersensibilidade do tipo I: Fase Aguda (Professor Fa-bricio Montalvão). Jaleko Acadêmicos. Disponível em:
<https://www.jaleko.com.br>.
Curso Imunologia Clínica: Hipersensibilidade do tipo I: Fase Tardia (Professor Fa-bricio Montalvão). Jaleko Acadêmicos. Disponível em:
<https://www.jaleko.com.br>.