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Direito Administrativo. Profª. Mª. Franciele Letícia Kühl

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Academic year: 2021

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Profª. Mª. Franciele Letícia Kühl

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1. REQUISITOS ...

01

2. TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO ...

01

3. AÇÃO REGRESSIVA ...

02

4. RESPONSABILIDADE SUBJETIVA ...

03

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RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

Requisitos

Inicialmente cabe entendermos o que é a Responsabilidade Civil do Estado, trata-se de uma obrigação imposta ao Poder Público de ressarcir danos causados para terceiros, sejam usuário ou não do serviço público, danos causados pelos agentes públicos.

Note que neste momento não estamos tratando sobre responsabilidade criminal ou administrativa do agente, mas sim da responsabilização do Poder Público perante a terceiros, em razão de um dano causado pelo seu agente público (terminologia genérica para agentes políticos, servidores públicos, empregados públicos e particulares em colaboração com a administração pública).

O fato de a responsabilidade chamar-se “Responsabilidade Civil do Estado” não significa que é regulada pelo direito civil, nem mesmo que abrange só a Administração direta.

Teoria do risco administrativos

Na teoria do risco administrativo, variante da responsabilidade objetiva, o Poder Público responde pelos prejuízos causados a terceiro sem que haja a necessidade de demonstração da culpa, contudo há excludentes ou atenuantes de responsabilidade que podem ser alegadas pelo Estado: eventos da natureza ou pelo homem (caso fortuito ou força maior) ou por culpa exclusiva da vítima.

Com a Constituição Federal de 1988 inaugurou-se no Brasil a fase da responsabilidade objetiva do Estado e responsabilidade subjetiva do servidor público. Vale dizer que a reparação de danos da vítima deve ser buscada em face do Poder Público, mesmo sendo o agente quem cometeu o dano. De posse da decisão transitada em julgada, a decisão que condena o Poder Público a ressarcir a vítima do seu prejuízo, um novo prejuízo nasce, agora aos cofres públicos, fato que possibilita a ação regressiva (judicial ou administrativa) contra o agente público, para que possa reparar os cofres públicos.

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Ação regressiva

Bem, vimos que um prejuízo causado pelo agente público, nessa qualidade, para um terceiro resulta no dever de reparação do dano pelo Estado, o Estado aqui representa as pessoas jurídicas de direito público e as pessoas de direito privado que prestem serviço público. Mas esse prejuízo os cofres públicos devem arcar sozinhos? Claro que não, tanto é que o próprio artigo 37, §6º, da Constituição Federal (assim como é mencionado em outros artigos infraconstitucionais) traz uma relação jurídica diferente, entre o Estado e o agente que cometeu o dano ao terceiro.

* Para todos verem: imagem representa a relação triangular existente entre vítima (que poderá ajuizar demanda contra o Estado) o Estado (que poderá ajuizar ação regressiva contra o agente) por fim o agente público aparece nessa relação.

A ação que deve ser ajuizada pela vítima contra o Estado é uma ação indenizatória ou de responsabilidade civil, cuja responsabilidade é objetiva, já a relação entre o Estado e o Agente Público é de uma ação regressiva, cuja responsabilidade requer a demonstração do dolo ou culpa do agente (ambas ações de conhecimento do procedimento comum, reguladas pelo CPC).

Muito discutiu e discute-se sobre a possibilidade de ajuizamento da ação de responsabilidade civil contra o Estado e o Agente Público em litisconsórcio facultativo. Para Hely Lopes Meirelles a ação só pode ser ajuizada contra a autoridade pública responsável pelo dano, não incluindo o servidor na demanda

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(1999, p. 610), mesmo entendimento para José Afonso da Silva (1998, p. 645-651). O STF, no Recurso Extraordinário 90.071-3, deixou aberta a possibilidade pelo ajuizamento da ação em face do Estado e do agente, já no Recurso Extraordinário 327.904/SP não admitiu litisconsórcio. Para acalmar os nossos corações, em tese de repercussão geral em RE julgado em 2019 o Supremo decidiu por não admitir o litisconsórcio, esse é o posicionamento que adotaremos para a prova!

A Denunciação a lide do CPC (art. 125) é proibida, o Estado quando acionado para responder uma ação de responsabilidade civil, não poderá chamar o agente para compor o polo passivo da demanda em litisconsórcio, no intuito de se perder a ação, já aproveitar a própria ação e cobrar do agente, economizando relações processuais.

Por fim, interessante destacar o artigo 28, da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), que traz que não cabe responsabilização solidária de servidor que edita parecer jurídico de caráter opinativo com o servidor que pratica o ato baseado na opinião. Salvo, se comprovado dolo ou erro grosseiro: “O agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro”.

Responsabilidade subjetiva

Anteriormente estudamos a responsabilidade objetiva, terceira fase, aplicada hoje, em regra, mas isso não significa que não haverá aplicação da responsabilidade subjetiva, assim, passamos aqui ao estudo das possibilidades de aplicação da responsabilidade subjetiva, onde deverá ser comprovado o dolo ou culpa para que haja o dever de reparação de danos. Isso porque não são para todos os casos que pode ser aplicado o artigo 37, §6º, da Constituição Federal.

CUIDADO: Se o estado não identificar o agente, fica impossibilitada a ação de regresso.

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Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista que explora atividade econômica

Nos casos de empresa pública e sociedade de economia mista que exploram atividade econômica a responsabilidade será subjetiva em regra, pois elas, por não serem prestadora de serviço público, não estão previstas no artigo 37, §6º, da Constituição Federal. Assim, devem responder basicamente pelo mesmo regime do direito privado, segundo o artigo 173, §1º, inciso II, da Constituição Federal.

Responsabilidade no caso de omissão

Há muita divergência nesse campo, tanto na doutrina, quanto nas decisões, assim, não há entendimento pacificado sobre o tema. De tal modo, partimos do posicionamento da banca adotado no decorrer das provas, bem como, das decisões judiciais sobre o tema.

A responsabilidade em caso de omissão, para fins da prova, é subjetiva, devendo ser comprovada a negligência da atuação estatal, o dano e o nexo de causalidade1.

O Estado na posição de garantidor de integridade de coisas e pessoas sob sua custódia

Aqui encontramos um caso de responsabilidade objetiva no caso de omissão da Administração Pública, pois quando for o caso de estado estar na posição de garantidor da integridade física de pessoas ou coisas sob sua custódia, neste caso a responsabilidade aplicada é a objetiva em regra, assim, ele responderá por uma omissão específica.

Responde objetivamente por ação ou omissão, por exemplo, nos casos de:

➢ Suicídio de preso – Art. 5, XLIX, da CF, art. 948, CC. ➢ Aluno esfaqueado ou baleado dentro da escola.

➢ Paciente agredido ou morto por um terceiro dentro do hospital público.

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➢ Tratamento desumano e degradante e a falta de requisitos básicos de saúde e higiene nos presídios – Art. 5º, III, X, XLIX, da CF e art. 1º, da Lei de Execuções Penais.

Neste tópico, importante ressaltar duas teses de repercussão geral relacionadas ao tema de agentes penitenciários e estabelecimentos prisionais:

Tema 365/2017: Considerando que é dever do Estado, imposto pelo

sistema normativo, manter em seus presídios os padrões mínimos de humanidade previstos no ordenamento jurídico, é de sua responsabilidade, nos termos do art. 37, § 6º, da Constituição, a obrigação de ressarcir os danos, inclusive morais, comprovadamente causados aos detentos em decorrência da falta ou insuficiência das condições legais de encarceramento.

Tema: 592/2016: Em caso de inobservância do seu dever específico de

proteção previsto no art. 5º, inciso XLIX, da Constituição Federal, o Estado é responsável pela morte de detento.

Bem, mas e nos casos de ilícitos praticados por foragidos? O entendimento do Superior Tribunal de Justiça é que o Estado não responde, salvo quando o dano decorre direta ou indiretamente da fuga do preso foragido (REsp. 173.291/PR; REsp. 980.844/RS; REsp. 719.738/RS).

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REFERÊNCIAS

CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas-Gen, 2019.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 30. ed. rev. atual e apl. Rio de Janeiro: Forense, 2017.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 24. ed. São Paulo: Malheiros, 1999, p. 610.

SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 15. ed. São Paulo: Malheiros, 1998, p. 645-651.

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Referências

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