PROGRAMA NACIONAL DE ELIMINAÇÃO DA SILICOSE: FOCO EM ROCHAS ORNAMENTAIS

PROGRAMA NACIONAL DE

ELIMINAÇÃO DA SILICOSE:

FOCO EM ROCHAS

ORNAMENTAIS

Seminário Nacional “Prevenção e Controle da Exposição aos Agentes Ambientais em Marmorarias”

São Paulo, 01-02/07/2008

Eduardo Algranti Divisão de Medicina

Exposição à sílica

• A exposição á sílica associa-se não só a silicose, mas também a Doenças de Vias Aéreas, Tuberculose e Câncer de Pulmão

• A única forma efetiva de eliminação do risco é através da prevenção da exposição

• A OIT e OMS consideram que a instituição de programas de prevenção da exposição à sílica são prioritários na agenda de países em desenvolvimento

• Países que adotaram Programas: África do Sul, Brasil, China, Chile, India, Tailândia e Vietnan

Estimativa da população exposta

Ribeiro FSN, 2003

• Estimativa para 1999/2000

• Média de 34.066.789 trabalhadores no período

• 1.815.953 expostos por mais de 30% da sua atividade semanal

Construção 62% Mineração 61%

Ind. de transf. de minerais não metálicos 55%

Trabalhadores

Trabalhadores expostosexpostos àà silica no silica no BrasilBrasil comparados

comparados a a papaíísesses selecionadosselecionados, , bancobanco CAREXCAREX

0.52 21,304 110 França 1.60 17,500 280 Italia 2.05 4,041 83 Portugal 2.60 22,727 590 GB 2.89 34,583 1000 Alemanha 3.23 12,400 400 Espanha 3.40 5,000 170 R. Tcheca 3.86 2,125 82 Finlandia 5.26 35,070 1845 Brasil % Expostos Empregado s (x1000) Expostos (x1000) País

Objetivos do PNES

• Obter uma redução significativa da

incidência de silicose por volta de

2015

• Eliminar a silicose, como problema

de saúde pública, por volta de

Exposição

descontrolada

à sílica

Exposição

controlada

Instituições Participantes

• Ministério do Trabalho e Emprego

• Ministério da Saúde

• Ministério da Previdência Social

• Ministério Público do Trabalho

• OIT

Grupos Setoriais

1. Mineração e transformação de

minerais

2. Cerâmicas e vidros

3. Metalurgia

4. Indústria da construção

Mineração e Beneficiamento de

Minerais Não-metálicos

• a atividade de mineração de mármores e

granitos encontra-se em expansão com 20.008 estabelecimentos registrados em 2003 (RAIS) • aproximadamente 120.000 empregos diretos

(Abirochas/Proteção 2008)

• o CETEM classificou pelo menos 239 tipos comerciais de rochas ornamentais e para revestimento (arenitos, calcário,

conglomerados, gnaisses, mármores e granitos)

Mineração

(Matacão)

Serrarias

carro porta----blocoblocoblocobloco

Tear TearTear Tear

Processo: Polimento a úmido

Armazenamento de Chapas

Movimentação de chapas

Manual

Ponte rolante e talha

Corte a úmido

Acabamento a seco

Colagem

Lustro

Projeto Marmorarias

• Entidades envolvidas (1999-2002)

– Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CRST) da Secretaria Municipal de Saúde do Município de São Paulo.

– Promotoria de Justiça de Acidentes de Trabalho da Capital, do Ministério Público Estadual.

– FUNDACENTRO – INCOR

– SIMAGRAN-SP – Sindicato dos empregadores – STIMAGRAN - Sindicato dos trabalhadores.

Prevalência de silicose em

1.300 marmoristas ativos foi

de 3,0%

(Freitas, JBP. Resultados não publicados, 2002)

Projeto Marmorarias

- Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (PMSP)

– Ministério Público do Trabalho – FUNDACENTRO, DRT

– SENAI

– SIMAGRAN-SP – Sindicato dos empregadores

Estratégia de atuação

• Trabalho interinstitucional

• Identificação de necessidades de pesquisa/atuação

• Trabalhos de campo

• Visitas a locais de interesse

• Convites para palestrantes de

instituições/setores com atuação na área • Discussões de grupo

Exposição ocupacional à sílica e silicose entre trabalhadores de marmorarias, no

Município de São Paulo.

Tese de Doutorado. Faculdade de Saúde Pública, USP. Bon AMT, 2006

Distribuição porcentual de matérias-primas, MSP 2003-2005 (Bon AMT, 2006) 66% 21% 1% 8% 3% 1% Granitos Mármores Ardósia Rochas aparelhadas (arenito, mineira, outras) Produtos sintéticos Quartzito

0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 A c-s A j-s E n c-s A r-s A c-u A j-u C o -u P o l-u E n c-u A r-u Função e operação C S C ( m g /m ³ ) .

LCS-s LCS-i Média-s LCS-u LCI-u Média-u

0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50 0,55 0,60 0,65 0,70 0,75 0,80 0,85 A c-G ra n ito -s A j-G ra n ito -s E n c-G ra n ito -s A r-G ra n ito -s A c-A rd ó si a-s A c-M ár m o re -s A j-M ár m o re -s A r-M ár m o re -s A c-G ra n ito -u A j-G ra n ito -u C o -G ra n ito -u P o l-G ra n ito -u A j-A rd ó sia -u C o -A rd ó si a-u A c-M ár m o re -u C o -M ár m o re -u P o l-M ár m o re -u E n c-M ár m o re -u A r-M ár m o re -u

Função e matéria prima e operação

C S C ( m g /m ³ ) .

LCS-s LCI-s Média-s LCS-u LCI-u Média-u

Resultados por função e por matérias-primas para o MSP (Bon AMT, 2006)

Santos, AMA. Exposição Ocupacional a Poeiras em Marmorarias: tamanhos de

partículas característicos“.

Tese de Doutorado, Escola de Engenharia, UFMG, 2005

-3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 10-1 Diâmetro da partícula (µm) F re q ü ê n ci a a cu m u la d a ( p ro b it s) y = 1,15 Ln(x) – 0,90 100 ₁₀1 ₁₀2 ₁₀3 DMC

Probabilidade de freqüência acumulada (em unidades de probits) para a distribuição global dos tamanhos das partículas geradas

por atividades executadas em marmorarias (Santos, AMA, 2005)

diâmetro geométrico médio = 2,2 µm σ = 2,4 1,6 a 2,8 µµµµm 95% das partículas d_e < 10 µm

Prosseguimento das atividades

do grupo

• Edição de cartilha técnica

• Necessidade de realizar trabalhos que

enfoquem a exposição a agentes biológicos e destino de dejetos

• Necessidade de programas de fiscalização e vigilância dos locais de trabalho para a

verificação do cumprimento da Portaria (MTE e MS) com interveniência do MPT, quando necessário

• Foco nas áreas de atividade extrativa onde atualmente há concentração de