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PROCESSO SELETIVO DE TRANSFERÊNCIA EXTERNA CADERNO DE PROVA

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Academic year: 2021

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PROCESSO SELETIVO DE

TRANSFERÊNCIA EXTERNA

19/10/2014

CADERNO DE PROVA

INSTRUÇÕES

1. Confira, abaixo, seu nome e número de inscrição. Confira, também, o curso e a série correspondentes à sua inscrição.Atenção: Assine no local indicado.

2. Não serão permitidos empréstimos de materiais, consultas e comunicação entre candidatos, tampouco o uso de livros e apontamentos. Relógios, aparelhos eletrônicos e, em especial, aparelhos celulares deverão ser desligados e colocados no saco plástico fornecido pelo Fiscal. O não cumprimento destas exigências ocasionará a exclusão do candidato deste Processo Seletivo.

3. Aguarde autorização para abrir o Caderno de Prova. Antes de iniciar a prova,confira a paginação.

4. Este Caderno de Prova é composto por10 (dez) questões dissertativas.

5. Transcreva para o Caderno Definitivo de Respostas o texto que julgar correto em cada questão, não ultrapas-sando o espaço disponível. Não haverá substituição do Caderno Definitivo de Respostas por erro de transcrição. 6. A interpretação das questões é parte do processo de avaliação, não sendo permitidas perguntas aos Fiscais. 7. A duração das provas será de4 (quatro) horas, incluindo o tempo para transcrição das questões dissertativas

para o Caderno Definitivo de Respostas.

8. Ao concluir a prova, permaneça em seu lugar e comunique ao Fiscal. Aguarde autorização para devolver, em separado, o Caderno de Prova e o Caderno Definitivo de Respostas, devidamente assinados.

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LETRAS – LICENC. EM LÍNGUA PORTUGUESA E RESPECTIVAS LITERATURAS – NOTURNO (3ª SÉRIE)

1 Leia os textos a seguir.

Assassinato na Rua da Constituição Tragédia Brasileira

Manuel Bandeira O funcionário do Ministério da Fazenda, Misael,

63 anos de idade, matou a tiros a ex-prostituta Ma-ria Elvira, com quem vivia há três anos. O crime ocorreu na rua da Constituição, Rio de Janeiro, mo-tivado, ao que parece, por uma série de traições da mulher. Ao que tudo indica, os amantes mudavam--se de bairro toda vez que Misael, avesso a escân-dalos, descobria uma traição de Maria Elvira. A polícia encontrou a vítima em decúbito dorsal, com marcas de seis tiros no corpo.

Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade.

Conheceu Maria Elvira na Lapa – prostituída, com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição de miséria.

Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou médico, den-tista, manicura...

Dava tudo quanto ela queria.

Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, ar-ranjou logo um namorado.

Misael não queria escândalo. Podia dar uma surra, um tiro, uma facada. Não fez nada disso: mudou de casa.

Viveram três anos assim.

Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa.

Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Ca-tete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, Bon-sucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapu-caí, Niterói, Encantado, Rua Clapp, outra vez no Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Inválidos...

Por fim, na Rua da Constituição, onde Misael, pri-vado de sentidos e de inteligência, matou-a com seis tiros, e a polícia foi encontrá-la caída em de-cúbito dorsal, vestida de organdi azul.

(BONNICI, T.; ZOLIN, L. O. (orgs.) Teoria Literária: abordagens históricas e tendências contemporâneas. 3.ed. rev. e amp. Maringá: EDUEM, 2009. p.35.)

Como se pode observar, os dois textos contam a mesma história. No entanto, o texto da esquerda é caracterizado como uma notícia de jornal. Já o texto de Manuel Bandeira apresenta determinadas carac-terísticas que o fazem ser considerado um texto literário.

Com base nas discussões a respeito da natureza do objeto literário, explique por que o texto de Manuel Bandeira é um texto literário em contraposição ao outro texto.

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2 Leia o texto a seguir.

Isto leva a perguntar: a literatura tem uma função formativa de tipo educacional? Sabemos que a instrução dos países civilizados sempre se baseou nas letras. Daí o elo entre formação do homem, humanismo, letras humanas e o estudo da língua e da literatura. Tomadas em si mesmas, seriam as letras humanizadoras, do ponto de vista educacional? Seja como for, a sua função educativa é muito mais complexa do que pressupõe um ponto de vista estritamente pedagógico. A própria ação que exerce nas camadas profundas afasta a noção convencional de uma atividade delimitada e dirigida segundo os requisitos das normas vigentes. A literatura pode formar; mas não segundo a pedagogia oficial, que costuma vê-la ideologicamente como um veículo da tríade famosa, – o Verdadeiro, o Bom, o Belo, definidos conforme os interesses dos grupos dominantes, para reforço da sua concepção de vida. Longe de ser um apêndice da instrução moral e cívica (esta apoteose matreira do óbvio, novamente em grande voga), ela age com o impacto indiscriminado da própria vida e educa como ela, – com altos e baixos, luzes e sombras. Paradoxos, portanto, de todo lado, mostrando o conflito entre a ideia convencional de uma literatura que eleva e edifica (segundo os padrões oficiais) e a sua poderosa força indiscriminada de iniciação na vida, com uma variada complexidade nem sempre desejada pelos educadores. Ela não corrompe nem edifica, portanto; mas, trazendo livremente em si o que chamamos o bem e o que chamamos o mal, humaniza em sentido profundo, porque faz viver.

(Adaptado de: CANDIDO, A. A Literatura e a Formação do Homem. Ciência e Cultura. São Paulo: Ed. USP, 1972. p.805.)

No ensaio A Literatura e a Formação do Homem, Antonio Candido discute algumas funções da literatura considerando seu caráter sempre humanizador. Das três perspectivas básicas levantadas pelo crítico, uma delas refere-se à sua natureza essencialmente formativa, contrapondo-se ao caráter pedagógico e doutrinador de outros textos não literários.

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Leia o poema a seguir e responda às questões de 3 a 5. No Meio do Caminho

No meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra

no meio do caminho tinha uma pedra. Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas. Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra

tinha uma pedra no meio do caminho no meio do caminho tinha uma pedra.

(ANDRADE, C. D. Antologia Poética. Rio de Janeiro: Record, 1990. p.196.)

3 Esse poema é famoso pela controvérsia criada pelo uso do verbo “ter” em lugar de “haver”, ocorrência própria da linguagem falada.

Relate a abordagem que pode ser dada a essa questão da diferença de usos em uma aula do Ensino Médio cuja temática seja a variação linguística.

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4 Outro elemento que se destaca no poema é o recurso da repetição, usado à exaustão.

A partir desse texto, elabore uma explicação para um aluno de Ensino Fundamental que mostre que a repetição na poesia é um recurso expressivo e não um vício de linguagem.

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5 Um dos aspectos mais abordados na leitura de literatura na escola é a relação entre a obra e seu contexto de produção.

A abordagem exclusiva por meio da historiografia ajuda a compreender o poema? Por quê?

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6 Leia o texto a seguir.

Quem é forte como eu? Como eu, conceituado? Sou diabo bem assado, a fama me precedeu: Guaixará sou chamado. Meu sistema é o bem viver. Que não seja constrangido o prazer, nem abolido. Quero as tabas acender com meu fogo preferido. Boa medida é beber cauim até vomitar. Isto é jeito de gozar a vida, e se recomenda a quem queira aproveitar. A moçada beberrona trago bem conceituada. Valente é o que se embriaga e todo o cauim entorna e à luta então se consagra. Que bom costume é bailar! Adornar-se, andar pintado, tingir pernas, empenado fumar e curandeirar, andar de negro pintado. Andar matando de fúria, amancebar-se, comer um ao outro, e ainda ser espião, prender Tapuia, desonesto a honra perder. Para isso com os índios convivi. Vêm os tais padres agora com regras fora de hora pra que duvidem de mim Lei de Deus que não vigora.

(ANCHIETA, J. Auto Representado na Festa de São Lourenço. Rio de Janeiro: Serviço Nacional de Teatro, 1973. p.2-3.)

Na literatura brasileira, didaticamente, as manifestações literárias do século XVI costumam ser dividas em dois blocos: literatura informativa e literatura jesuítica. O trecho citado, parte de uma peça teatral, constitui um exemplo do segundo bloco, cuja finalidade é a conversão dos índios à fé cristã.

Com base no texto, discorra sobre a estratégia adotada por Anchieta para promover a conversão dos nativos.

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7 Leia o texto a seguir.

Ofendi-vos, meu Deus, é bem verdade, É verdade, Senhor, que hei delinquido, Delinquido vos tenho, e ofendido, Ofendido vos tem minha maldade. Maldade, que encaminha a vaidade, Vaidade, que todo me há vencido; Vencido quero ver-me e arrependido, Arrependido a tanta enormidade. Arrependido estou de coração,

De coração vos busco, dai-me os braços, Abraços, que me rendem vossa luz. Luz, que claro me mostra a salvação, A salvação pretendo em tais abraços, Misericórdia, amor, Jesus, Jesus!

(MATOS, G. Poemas escolhidos. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. p.315.)

É sabido que, entre várias características, o poeta barroco é alguém marcado por um dualismo existencial proporcionado pelo momento histórico no qual ele se encontra.

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8 Leia o texto a seguir.

O Tribunal Regional do Trabalho condenou a rede de supermercados Supermaia a pagar R$ 10 mil a uma auxiliar de tesouraria por “permitir” bullying no ambiente de trabalho. De acordo com o processo, ela sofria humilhações, maus-tratos e frequentemente era chamada de “vaca” pelos colegas. Em nota, a rede disse que não tem influência sobre os comentários tecidos pelos funcionários, mas que não é conivente com preconceito e “toma, de forma ágil, as medidas cabíveis” quando constata situações como essa. Cabe recurso à decisão.

(Adaptado de: TRT manda mercado pagar R$ 10 mil a tesoureira chamada de “vaca” no DF. Disponível em: <http://g1.globo.com/ distrito-federal/noticia/2014/09/trt-manda-mercado-pagar-r-10-mil-tesoureira-chamada-de-vaca-no-df.html>. Acesso em: 23 set. 2014.)

Acerca dos conectivos sublinhados no texto, explique a relação semântica estabelecida entre eles e a construção de sentidos do texto.

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9 Leia o texto a seguir.

Um homem foi filmado usando uma banana para assaltar uma loja de conveniência na Filadélfia, no estado da Pensilvânia (EUA). Sua intenção era simular uma arma e deu certo. O suspeito entra na loja e aguarda na fila do caixa. Ele pega a banana no próprio estabelecimento, coloca embaixo de sua blusa de frio e aponta para o funcionário da loja. O ladrão fugiu de bicicleta.

(Adaptado de: Ladrão usa banana para roubar loja. Disponível em: <http://noticias.band.uol.com.br/esquisito/noticia/ 100000708455/ladrao-usa-banana-para-roubar-loja.html>. Acesso em: 23 set. 2014.)

Em relação às orações e aos períodos que formam o texto, responda aos itens a seguir.

a) O primeiro período do texto é composto por coordenação ou por subordinação? Explique.

b) No trecho “Ele pega a banana no próprio estabelecimento, coloca embaixo de sua blusa de frio e aponta para o funcionário da loja”, há quantas orações? Classifique-as.

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10 Leia os textos a seguir.

(Disponível em: <http://papodemagistra.blogspot.com.br/2010/10/la-democracia.html>. Acesso em: 24 set. 2014.)

O brasileiro está lendo menos. É isso que revela a pesquisa Retrato da Leitura no Brasil, divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Pró-Livro em parceria com o Ibope Inteligência. De acordo com o levantamento nacional, o número de brasileiros considerados leitores – aqueles que haviam lido ao menos uma obra nos três meses que antecederam a pesquisa – caiu de 95,6 milhões (55% da população estimada), em 2007, para 88,2 milhões (50%), em 2011. A redução da leitura foi medida até entre crianças e adoles-centes, que leem por dever escolar. Em 2011, crianças com idades entre 5 e 10 anos de idade leram 5,4 livros, ante 6,9 registrados no levantamento de 2007. O mesmo ocorreu entre os pré-adolescentes de 11 a 13 anos de idade (6,9 ante 8,5) e entre adolescente de 14 a 17 anos de idade (5,9 ante 6,6 livros).

(Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/habito-de-leitura-no-brasil-cai-ate-entre-criancas>. Acesso em: 24 set. 2014.)

Segundo a teoria das funções da linguagem (de Roman Jakobson), os textos I e II apresentam o predomínio de qual função? Justifique sua resposta com as características pertinentes a cada texto.

Referências

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