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ESTUDO DA TAXOCENOSE DE PEIXES NA ILHA DO ANDRADE, BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO TAQUARI, ARROIO DO MEIO, RIO GRANDE DO SUL - BRASIL

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Academic year: 2021

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Marco Antonio Majolo

ESTUDO DA TAXOCENOSE DE PEIXES NA ILHA DO ANDRADE,

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO TAQUARI,

ARROIO DO MEIO, RIO GRANDE DO SUL - BRASIL

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal, Instituto de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Biologia Animal.

Área de Concentração: Biodiversidade

Orientadora: Profa. Dra. Clarice Bernhardt Fialho

Porto Alegre Agosto de 2005

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AGRADECIMENTOS

A professora Dra. Clarice B. Fialho, pela orientação, por acreditar no meu trabalho e pelo exemplo de ser humano a ser seguido. A você professora Clarice muito obrigado mesmo por toda sua atenção e compreensão, por sua existência e por poder ter compartilhado esta experiência com você, muito obrigado mesmo.

Ao professor Dr. Luiz Roberto Malabarba, todo o meu respeito, pelos seus comentários sempre sinceros e pelo seu exemplo de dedicação aos estudos ictiológicos.

A todos os colegas do Laboratório de Ictiologia, pelos aceitação e ajuda, em especial para Diego Cognato, colega do curso, pela amizade e colegismo.

A colega ictióloga Alice Hirchmann e prof. Hamilton C. Z. Grillo (Univates), que desde os primeiros levantamentos da fauna íctica no Vale do Taquari, sempre se mantiveram compreensivos e amigos, apesar de várias discussões.

Aos meus pais pelo sempre apoio incondicional, e em especial ao Juliano e Daniel (meus irmãos) por toda a ajuda e apoio logístico nos trabalhos de campo.

A Décio Francisco Sá Pinto, profundo conhecedor do rio Taquari, pela amizade, pela ajuda em todos os campos, pela aceitação e compreensão da importância deste trabalho. Ao seu Décio meu muito obrigado mesmo.

Ao amigo Adriano Altmann, Vianei Dietrich e Carla Schwingel por toda sua ajuda em campo.

A Sandra M. Neumann , pela compreensão que teve comigo durante grande parte da minha vida e em especial com este trabalho.

Aos amigos Carlos Augusto, Luiz Edegar e Lais Catherine, por segurarem todas as barras durante este período.

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SUMÁRIO Lista de Figuras...V Lista de Tabelas...XVII Resumo...XVIII Abstract...XIX Introdução...01 Objetivo Geral...03 Objetivos específicos...03 Área de Estudo...04 Ilha do Andrade...07 Material e Métodos...10 Coleta de Dados...10 Análise de Dados...12 Resultados...15 Fatores Abióticos...16 Composição da Taxocenose...20 Constância de Ocorrência ...27 Abundância...33

Diversidade, Equitabilidade e Dominância...38

Caracterização das espécies mais abundantes...43

Astyanax fasciatus...43

Astyanax sp1...47

Bryconamericus iheringii...52

Corydoras paleatus...56

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Loricariichthys anus...64 Parapimelodus nigribarbis...68 Pimelodus maculatus...72 Rineloricaria strigilata...76 Steindachnerina biornata...80 Discussão...85 Conclusão...103 Referência Bibliográfica...106

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Localização dos principais sistemas hidrográficos do Rio Grande do Sul e bacia do rio Taquari, indicando o local de coleta ...5

Figura 2 :Caracterização geral da calha do rio Taquari e vista das encostas do planalto Meridional...6

Figura 3 : Vista geral da Ilha do Andradelocalizada no município de Arroio Meio...7

Figura 4 : Perfil batimétrico entre margens, na seção do rio Taquari, passando pela ponta a jusante da ilha do Andrade...8

Figura 5 : Vista dos tipos de ambientes encontrados na Ilha do Andrade, no rio Taquari ( A,B - vista geral lado direito do rio na ilha ; C, D – formação de pequenos lagos no interior da ilha; E – vista margem direita da ilha (sentido montante p/ jusante); F – vista margem esquerda da ilha; G – margem esquerda do rio com vegetação típica; H – – “braço morto”...9

Figura 6 : Variação dos valores mensais de temperatura da água e do ambiente na ilha do Andrade, no rio Taquari, no município de Arroio do Meio, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004...16

Figura 7 : Variação dos valores de transparência da água na ilha do Andrade, no Rio Taquari, Arroio do Meio, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004...17

Figura 8 : Freqüência de transparência da água, durante o período de março/2003 a fevereiro/2004, na ilha do Andrade, no rio Taquari no município de Arroio do Meio....17

Figura 9 : Variação dos valores da cota média mensal, em metros (m) no Rio Taquari, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. (Fonte: Pólo de modernização tecnológica da Univates – Centro Universitário Vale do Taquari de Ensino Superior)...18

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Figura 10 : Freqüência de ocorrência (FO) das ordens em relação ao número de espécies capturadas no Rio Taquari ,na ilha do Andrade durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004...25

Figura 11 : Freqüência de ocorrência (FO) das ordens em relação ao número de indivíduos capturadas no Rio Taquari durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004...26

Figura 12 : Relação entre o número de amostras e o número cumulativo de espécies de peixes capturados com redes de espera no Rio Taquari, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004...27

Figura 13 : Freqüência relativa de ocorrência de espécies de peixes constantes, acessórias e acidentais na ilha do Andrade, no rio Taquari, , RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004...30

Figura 14 : Freqüência de ocorrência das espécies amostradas na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004...31

Figura 15: Variação na abundância total do número de inidivíduos coletados mensalmente, para a taxocenose de peixes capturados na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, no período de março de 2003 a fevereiro de 2004...34

Figura 16 : Variação da abundância total do número de indivíduos, para as espécies de peixes capturados no rio Taquari, na ilha do Andrade , RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. (Código das espécies apresentados na tabela 3). Log (n+1) = (número de indivíduos/esforço amostral)...35

Figura 17 : Valores de captura sazonal, em número de indivíduos amostrados na ilha do Andrade, no rio Taquari, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1)=(número de indivíduos observados). Código das espécies na tabela 3...36

Figura 18 : Variação total mensal dos valores relativos aos índices de diversidade (H’), equitabilidade (E), riqueza de Margalef (R) e dominância (D) aplicados a taxocenose íctica no rio Taquari, na ilha do Andrade, RS, no período de março de 2003 a fevereiro

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Figura 19 : Variação sazonal dos valores relativos aos índices de diversidade (H’), equitabilidade (E), riqueza de Margalef (R) e dominância (D) aplicados a taxocenose íctica no rio Taquari, na ilha do Andrade, RS, no período de março de 2003 a fevereiro de 2004...41

Figura 20 : Variação do número de indivíduos de Astyanax fasciatus capturados na ilha do Andrade, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...44

Figura 21 : Variação do número de indivíduos de Astyanax fasciatus capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) na ilha do Andrade, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...45

Figura 22 : Variação do número de indivíduos de Astyanax fasciatus capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) em relação a transparência da água do rio Taquari, na ilha do Andrade, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...45

Figura 23 : Variação do número de indivíduos de Astyanax fasciatus capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) em relação a profundidade nos pontos de coleta no rio Taquari, na ilha do Andrade, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...46

Figura 24 : Variação do número de indivíduos de Astyanax fasciatus capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) em relação ao substrato nos pontos de coleta no rio Taquari, na ilha do Andrade, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...46

Figura 25 : Variação do número de indivíduos de Astyanax fasciatus capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) em relação ao fluxo da água nos

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de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...47

Figura 26 : Variação do número de indivíduos de Astyanax sp1 capturados na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...49

Figura 27 : Variação do número de indivíduos de Astyanax sp1 capturados no período do dia e da noite (incluindo vespertino até matutino) na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...49

Figura 28 : Variação do número de indivíduos de Astyanax sp1 capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) em relação a transparência da água do rio Taquari, na ilha do Andrade, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...50

Figura 29 : Variação do número de indivíduos de Astyanax sp1 capturados no período do dia e da noite ( incluindo vespertino e matutino) em relação a profundidade nos pontos de coleta na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...50

Figura 30 : Variação do número de indivíduos de Astyanax sp1 capturados no período do dia e da noite (incluindo vespertino até matutino) em relação ao substrato nos pontos de coleta na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...51

Figura 31 : Variação do número de indivíduos de Astyanax sp1 capturados no período do dia e da noite (incluindo vespertino até matutino) em relação ao fluxo da água nos pontos de coleta na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março

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de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...51 Figura 32 : Variação do número de indivíduos de Bryconamericus iheringii capturados na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...53

Figura 33 : Variação do número de indivíduos de Bryconamericus iheringii capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...53

Figura 34 : Variação do número de indivíduos de Bryconamericus iheringii capturados no período do dia e da noite (incluindo vespertino até matutino) em relação a transparência da água do rio Taquari, na ilha do Andrade, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...54

Figura 35 : Variação do número de indivíduos de Bryconamericus iheringii capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) em relação a profundidade nos pontos de coleta na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...54

Figura 36 : Variação do número de indivíduos de Bryconamericus iheringii capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) em relação ao substrato nos pontos de coleta na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...55

Figura 37 : Variação do número de indivíduos de Bryconamericus iheringii capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) em relação ao fluxo da água nos pontos de coleta na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das

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Figura 38 : Variação do número de indivíduos de Corydoras paleatus capturados na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. . Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...57

Figura 39 : Variação do número de indivíduos de Corydoras paleatus capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...57

Figura 40 : Variação do número de indivíduos de Corydoras paleatus capturados no período do dia e da noite (incluindo vespertino até matutino) em relação a transparência da água do rio Taquari, na ilha do Andrade, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...58

Figura 41 : Variação do número de indivíduos de Corydoras paleatus capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) em relação a profundidade nos pontos de coleta na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...58

Figura 42 : Variação do número de indivíduos de Corydoras paleatus capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) em relação ao substrato nos pontos de coleta na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...59

Figura 43 : Variação do número de indivíduos de Corydoras paleatus capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) em relação ao fluxo da água nos pontos de coleta na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...59

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Figura 44 : Variação do número de indivíduos de Hemiancistrus punctulatus capturados na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...61 Figura 45 : Variação do número de indivíduos de Hemiancistrus punctulatus capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...62

Figura 46 : Variação do número de indivíduos de Hemiancistrus punctulatus capturados no período do dia e da noite (incluindo vespertino até matutino) em relação a transparência da água do rio Taquari, na ilha do Andrade, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...62

Figura 47 : Variação do número de indivíduos de Hemiancistrus punctulatus capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) em relação a profundidade nos pontos de coleta na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...63

Figura 48 : Variação do número de indivíduos de Hemiancistrus punctulatus capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) em relação ao substrato nos pontos de coleta na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...63

Figura 49 : Variação do número de indivíduos de Hemiancistrus punctulatus capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) em relação ao fluxo da água nos pontos de coleta na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...64

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de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...65

Figura 51 : Variação do número de indivíduos de Loricariichthys anus capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...66

Figura 52 : Variação do número de indivíduos de Loricariichthys anus capturados no período do dia e da noite (incluindo vespertino até matutino) em relação a transparência da água do rio Taquari, na ilha do Andrade, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...66

Figura 53 : Variação do número de indivíduos de Loricariichthys anus capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) em relação a profundidade nos pontos de coleta na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...67

Figura 54 : Variação do número de indivíduos de Loricariichthys anus capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) em relação ao substrato nos pontos de coleta na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...67

Figura 55 : Variação do número de indivíduos de Loricariichthys anus capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) em relação ao fluxo da água nos pontos de coleta na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...68

Figura 56 : Variação do número de indivíduos de Parapimelodus nigribarbis capturados na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de

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2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...69

Figura 57 : Variação do número de indivíduos de Parapimelodus nigribarbis capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...70

Figura 58 : Variação do número de indivíduos de Parapimelodus nigribarbis capturados no período do dia e da noite (incluindo vespertino até matutino) em relação a transparência da água do rio Taquari, na ilha do Andrade, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...70

Figura 59 : Variação do número de indivíduos de Parapimelodus nigribarbis capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) em relação a profundidade nos pontos de coleta na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...71

Figura 60 : Variação do número de indivíduos de Parapimelodus nigribarbis capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) em relação ao substrato nos pontos de coleta na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...71

Figura 61 : Variação do número de indivíduos de Parapimelodus nigribarbis capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) em relação ao fluxo da água nos pontos de coleta na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...72

Figura 62 : Variação do número de indivíduos de Pimelodus maculatuscapturados na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro

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de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...73

Figura 63 : Variação do número de indivíduos de Pimelodus maculatus capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) na ilha do Andrade, no rio Taquari , RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...74

Figura 64 : Variação do número de indivíduos de Pimelodus maculatus capturados no período do dia e da noite (incluindo vespertino até matutino) em relação a transparência da água do rio Taquari, na ilha do Andrade, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...74

Figura 65 : Variação do número de indivíduos de Pimelodus maculatus capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) em relação a profundidade nos pontos de coleta na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...75

Figura 66 : Variação do número de indivíduos de Pimelodus maculatus capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) em relação ao substrato nos pontos de coleta, na ilha do Andrade, no rio Taquari ,RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...75

Figura 67 : Variação do número de indivíduos de Pimelodus maculatus capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) em relação ao fluxo da água nos pontos de coleta na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...76

Figura 68 : Variação do número de indivíduos Rineloricaria strigilata capturados na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro

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de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...77

Figura 69 : Variação do número de indivíduos de Rineloricaria strigilata capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...78

Figura 70 : Variação do número de indivíduos de Rineloricaria strigilata capturados no período do dia e da noite (incluindo vespertino até matutino) em relação a transparência da água do rio Taquari, na ilha do Andrade, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...78

Figura 71 : Variação do número de indivíduos de Rineloricaria strigilata capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) em relação a profundidade nos pontos de coleta na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...79

Figura 72 : Variação do número de indivíduos de Rineloricaria strigilata capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) em relação ao substrato nos pontos de coleta na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...79

Figura 73 : Variação do número de indivíduos de Rineloricaria strigilata capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) em relação ao fluxo da água nos pontos de coleta na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...80

Figura 74 : Variação do número de indivíduos de Steindachnerina biornata capturados na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a

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fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...81

Figura 75 : Variação do número de indivíduos de Steindachnerina biornata capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...82

Figura 76 : Variação do número de indivíduos de Steindachnerina biornata capturados no período do dia e da noite (incluindo vespertino até matutino) em relação a transparência da água do rio Taquari, na ilha do Andrade, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...82

Figura 77 : Variação do número de indivíduos de Steindachnerina biornata capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) em relação a profundidade nos pontos de coleta na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...83

Figura 78 : Variação do número de indivíduos de Steindachnerina biornata capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) em relação ao substrato nos pontos de coleta na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...83

Figura 79 : Variação do número de indivíduos de Steindachnerina biornata capturados no período do dia e da noite (vespertino até matutino) em relação ao fluxo da água nos pontos de coleta na ilha do Andrade, no rio Taquari, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Log (n+1) = Tamanho amostral. Os números no alto das colunas indicam o número de exemplares capturados...84

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Valores mensais de temperatura da água e ambiente na ilha do Andrade, no rio Taquari, no município de Arroio do Meio, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004...19

Tabela 2 : Valores mensais de transparência , classificação da água e cota média em metros (m) no rio Taquari , na ilha do Andrade, município de Arroio do Meio, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004... ...20

Tabela 3 : Lista de espécies capturadas no Rio Taquari (município de Arroio do Meio), com rede de espera, código utilizado para identificação das espécies, número de indivíduos coletados e freqüência relativa da espécie em relação a todas as espécies durante o período de março de 2003 e fevereiro de 2004...22

Tabela 4 : Lista de espécies capturadas no segmento do rio Taquari, na ilha do Andrade, município de Arroio do Meio, RS , e classificação das mesmas quanto a constância de ocorrência no período de março de 2003 a fevereiro de 2004...29

Tabela 5 : Lista de espécies coletadas na ilha do Andrade, durante o período de amostragem, e classificação das mesmas quanto capturas sazonais...32

Tabela 6 : Valores relativos aos índices de diversidade (H’), riqueza (R), dominância (D), equitabilidade (E), aplicados à taxocenose íctica no rio Taquari, e número de espécies coletadas (NE), na ilha do Andrade no município de Arroio do Meio, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004...39

Tabela 7 : Comparações, através do teste t ( tabela A ), dos índices de diversidade, em número de indivíduos/ esforço de captura, para a taxocenose de peixes no rio Taquari, na ilha do Andrade, no município de Arroio do Meio, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Valores marcados em negrito na tabela B são considerados significativos ( p<0,05)...42

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RESUMO

A ilha do Andrade está localizada no rio Taquari, pertencente ao sistema hidrográfico da laguna dos Patos. A ilha é freqüentemente inundada com as cheias do rio e constituída basicamente de cascalho com vegetação predominante de sarandis. O presente estudo teve como objetivos descrever a composição, ocorrência, abundância, diversidade e características biológicas das espécies de peixes mais abundantes encontradas neste local. As amostras foram realizadas, mensalmente, no período de março de 2003 a fevereiro de 2004. Os exemplares foram capturados com redes de esperas, de malhas 1,0;1,5;2,0;2,5;3,0;3,5 cm, as quais totalizaram 450 m² de área de rede. A comunidade de peixes amostrada esteve constituída por 6 ordens, 15 famílias e 43 espécies. As espécies que se mostraram mais abundantes foram

Hemiancistrus punctulatus , Astyanax fasciatus, Loricariichthys anus, Astyanax sp1,

Rineloricaria strigilata, Stendachnerina biornata, Bryconamericus iheringii, Corydoras

paleatus, Parapimelodus nigribarbis e Pimelodus maculatus. A ictiofauna da ilha do

Andrade caracterizou-se por apresentar uma predominânicia de espécies constantes. A maior ocorrência de espécies foi registrada na primavera (38 espécies), sendo que o outono foi a estação com maior capturas no número de individuos e a de inverno com menor número. Hemiancistrus punctulatus foi a espécie mais abundante em todas as estações do ano. Os maiores valores de diversidade foram observados nos meses de outubro e novembro/2003. Sazonalmente a riqueza, equitabilidade e diversidade de espécies foi maior na primavera e verão, correspondendo as maiores temperaturas e menores no inverno. A dominância, por sua vez, apresentou os menores valores na primavera e verão e maior valor no inverno, devido a grande captura de Hemiancistrus

punctulatus e Astyanax fasciatus. O teste t aplicado as diversidades mensais, aponta

que 87% das comparações diferem significativamente, exceção a esse fato é encontrada nos meses de verão onde há maior semelhança nas diversidades.

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ABSTRACT

The Andrade Island is located on Taquari river, that belongs to the Laguna dos Patos’ hydrographic system. The island is frequently inundated by the river’s flood and is made basically by stone with the prevailed vegetation of “sarandis”. The current study had, aimed to describe the composition, occurrence, abundance, diversity and biologic characteristics of the main fish species. The samples were taken monthly in the period of March 2003 to February 2004. The samples were taken with gill nets, made by 1.0; 1.5; 2.0; 2.5; 3.0; 3.5 cm totalizing 450m² of area. The fish community sample was constituted by 6 orders, 10 families and 43 species. The most abundant species were Hemiancistrus punctulatus, Astyanax fasciatus, Loricariichthys anus,

Astyanax sp1, Rineloricaria strigilata, Stendachnerina biornata, Bryconamericus

iheringii, Corydoras paleatus, Parapimelodus nigribarbis and Pimelodus maculatus.

The Andrade Island’s ictiofauna was characterized by the predominance constant species’. The major occurrence of species was registrated on spring. The fall was the season with more captures and the winter with the smallest number of captures.

Hemiancistrus punctulatus was the most abundant species in all seasons . The largest

diversity values were observedin, the months of October and November of 2003. The abundance, equitability and diversity of species was bigger on spring and summer (warm months) and smaller on winter. The dominance, however, presented the smallest numbers on the spring and the largest numbers on the winter. The t test applied to the monthly diversity valves shows that 87% of comparisons are significantly different, and that diversity values were similar on summer months.

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INTRODUÇÃO

Os rios são sistemas lineares que servem para escoar a água que precipita sobre as massas continentais e segue superficialmente para os oceanos (Wellcome,1985). Estes sistemas, entretanto, não são isolados. Na verdade, são sistemas abertos que participam de todos os processos ecológicos que ocorrem nas bacias hidrográficas. A dinâmica destes processos ocorre ao longo de quatro dimensões : longitudinal (cabeceiras-foz), lateral (calha do rio-margem), vertical (superfície-fundo) e temporal (Ward & Stenford, 1989).

A quantificação da importância dos diversos fatores e processos, tanto bióticos como abióticos, que determinam as flutuações das populações animais pode ser apontada como sendo o objetivo primordial dos estudos ecológicos (Begon et al., 1996; Winemiller et al., 2000).

Estima-se que os peixes compreendem entre 47 a 51% do total de espécies de vertebrados do mundo (Groombridge, 1992). Cerca de 24% destas espécies de peixes ocorrem em águas doces neotropicais, com numerosas lacunas no seu conhecimento biológico (Vari & Malabarba, 1998). Tão surpreendente quanto a grande diversidade de espécies de peixes no planeta e, particularmente, nas águas epicontinentais do Neotrópico, é a sua imensa diversidade de formas, comportamentos e modos de vida, o que permite que esta fauna ocupe os mais variados tipos de ambientes.

Embora a ictiofauna de água doce da região Neotropical caracteriza-se por apresentar uma alta riqueza de espécies e complexas inter-relações entre seus componentes eles ainda estão entre os menos conhecidos do mundo, tanto no aspecto da sistemática quanto da sua biologia (Lowe-McConell, 1987). Malabarba & Reis (1987) acreditam que o pouco conhecimento acerca da composição da fauna de peixes de água doce da América do Sul deve-se, entre outros fatores, não somente à

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diversas regiões de difícil acesso e ao pequeno número de pesquisadores que tem se dedicado ao estudo taxonômico de peixes. Dentro deste quadro estão também inseridas as comunidades de peixes de rios que, apesar da grande variedade de padrões e de especializações, são pouco estudadas.

O conhecimento dos peixes de água doce do Brasil é incipiente, apesar de possuirmos um dos maiores conjuntos de bacias hidrográficas do mundo e com maior diversidade de espécies. Cada bacia possui sua própria fauna, com maior ou menor número de espécies semelhantes devido a fatores ecológicos, zoogeográficos, históricos ou mesmo pela influência do homem através de programas de repovoamento ou introdução de novas espécies (Menezes, 1970; Böhlke et al., 1978; Britski, 1993).

Os estudos sobre as comunidades de peixes tornam-se importantes uma vez que propiciam uma avaliação espaço-temporal de sua composição taxonômica, diversidade, abundância e ecologias tróficas e/ou reprodutivas, estabelecendo, assim, as várias formas pelas quais as espécies constituintes interagem entre si. Além disso, podem ser empregados em programas de avaliação da qualidade da água, uma vez que os peixes são indicadores particularmente sensíveis às condições da qualidade da água. Segundo Wootton (1990) influências antrópicas tais como, poluição da água, assoreamento, urbanização, introdução de espécies exóticas e o represamento dos rios estão entre os fatores que contribuem para diminuir a diversidade e estabilidade dos ambientes, alterando diretamente a estrutura das comunidades de peixes. Embora a ictiofauna do lago Guaíba (pertencente ao sistema laguna do Patos) seja relativamente bem conhecida do ponto de vista taxonômico (Malabarba,1989), existem poucos estudos quanto a aspectos biológicos e ecológicos (Lucena et al., 1994; Villamil et al., 1996; Bertaco et al., 1998).

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barragens, foram realizados por Agostinho (1992), Bailey (1996), Agostinho et al. (1995 e 1997), Reyes-Gavilán et al. (1996), Vazzoler et al. (1997) e Smith & Petrere Jr. (2001).

No rio Taquari foram realizados poucos estudos em relação a fauna íctica, destacam-se trabalhos realizados para construção de barragens em seus importantes tributários como no rio da Antas (Agostinho et al. 2004) e no rio Forqueta (Majolo et al. 2004), frente à escassez de informações em relação as comunidades de peixes do rio Taquari, e a importância do conhecimento da composição de espécies, sua abundância, diversidade é que este trabalho foi realizado.

OBJETIVOS: Objetivo Geral

Conhecer a composição, ocorrência, abundância, diversidade e biologia da ictiofauna da bacia hidrográfica do rio Taquari, (na ilha do Andrade, município de Arroio do Meio).

Objetivos Específicos

- Conhecer a composição quali-quantitativa das espécies de peixes na ilha do Andrade;

- Avaliar a freqüência de ocorrência e estimar a abundância relativa das espécies comparando-as numa escala temporal e espacial;

- Analisar e comparar a diversidade das espécies no que diz respeito a riqueza, eqüitabilidade e dominância;

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ÁREA DE ESTUDO

Este estudo foi desenvolvido na ilha do Andrade, no rio Taquari o qual pertence a sub-bacia Taquari-Antas, inserido no sistema hidrográfico da laguna dos Patos (figura 1), o município de Arroio do Meio – RS tem como divisa leste o rio Taquari, sul o Rio Forqueta, oeste os municípios de Travesseiro e Capitão e a norte o município de Encantado, todos inseridos na região denominada Vale do Taquari.

O Vale do Taquari está localizado na porção basal do que se denomina encosta inferior do planalto meridional (figura 2), sendo que sua base econômica fundamenta-se na agricultura, pecuária e indústria. A região da encosta inferior do planalto meridional é caracterizada pelos escarpamentos acentuados, com a presença dos típicos morros testemunhos, e também com porções de planícies localizadas entre as encostas do planalto, rios e arroios (IBGE, 1986).

O Rio Taquari inicia com a união do rio Carreiro ao rio das Antas, que tem sua nascente no alto dos Aparados da Serra, próximo ao município de São José dos Ausentes - RS. Este rio tem grande importância histórica, pois serviu como um caminho para a chegada dos primeiros colonizadores que formaram as primeiras sesmarias e fazendas, e após, as cidades, vilas e povoados, sempre tendo como ponto de partida, a beira do rio Taquari e seus principais afluentes.

Considerando questões históricas e ecológicas, cabe ressaltar que o Vale do Taquari, assim como todo o Rio Grande do Sul, apresentava, até meados do século passado, uma cobertura vegetal muito rica, que teve uma acentuada devastação, principalmente a partir das imigrações alemãs e italianas, sendo que hoje os resquícios de mata nativa se resumem às regiões marginais dos rios, às áreas

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Figura 1 : Localização dos principais sistemas hidrográficos do Rio Grande do Sul e bacia do rio Taquari, indicando o ponto de coleta.

de maior altitude e de algumas zonas preservadas. Devido a esta composição característica, o Vale do Taquari está inserido na região da floresta estacional decidual (KASPER et al 2004), uma das sete regiões fitoecológicas em que o estado está subdividido (IBGE, 1986). Esta formação vegetal ocorre em locais com dois períodos climáticos bem definidos (altas e baixas temperaturas), possuindo dois estratos arbóreos bastantes distintos: um emergente aberto e decíduo, com altura variando entre 25 e 30 metros, e outro, de altura não superior a 20 metros, formado

Rio das Antas

Rio Jacuí Arroio Castelhano Arroio Taquari Mirim Arroio Sampaio Fão Rio Arroio Forq uetinha Rio Jacuí Vista Arroio Ta quari Arroio Rio Cap ivara Potreiro Arroio Arroio Estrela Boa Arroio Arroio M eio A rr. do daSec a Jacaré Arroio RioTaquari

Marrecão Putin ga r A rr. Pedras Fão zinho Arroio Arr. Forq ueta Laj. Brancas Rio Arr oio A rroio Jacaré I ça é Lajeado

Arr.Engenho Velho

G u a p o R i o Rio Camargo Capin gui Arr. Gramado Rio Barragem Marau Arr. do Capingui o Guatipi Não Rosa Vicente A rroio Zefe rrino Arr. Rio Carre iro Arr. n g s o mi D o i r o C r r e a o i R Sabia Arr. R i S ã o CORREIA BARROS MARIANTE DO SUL LAJEADO CRUZEIRO AIRES VENÂNCIO LEÃO BOQUEIRÃO DO CASSAL SÉRIO MARQUES DE SOUZA TRIUNFO SÃO JERÔNIMO GENERAL CAMARA TAQUARI CHARQUEADAS TEUTÔNIA DO SUL BOM RETIRO ESTRELA CANABARRO LANGUIRU IMIGRANTE COLINAS ROCA SALES ARROIO DO MEIO MUÇUM ENCANTADO GARIBALDE ANTA GORDA XAVIER FONTOURA SOLEDADE ILÓPOLIS PUTINGA ARVOREZINHA VILA MARIA MARAU MEIO CAMPO DO FAGUNDES NOVA PRATA VARELA VESPAZIANO COTIPORÃ GUAPORÉ NOVA BASSANO PARAÍ SERAFINA CORREIA NOVA ARAÇA CASCA IBIRAIARAS CIRIACO TRAVESSEIRO FORQUETINHA CANUDOS DO VALE Sta. Arroio Cruz 3 4 5 2102,55 7,51012,51517,520Km WESTFÁLIA POÇO DAS ANTAS

PAVERAMA

TABAÍ FAZENDA VILANOVA MATO LEITÃO

BOA VISTA DO SUL CORONEL PILAR

MONTE BELO DO SUL

CAPITÃO NOVA BRÉSCIA COQUEIRO BAIXO DR RICARDO RELVADO POUSO NOVO PROGRESSO POUSO NOVO SÃO JOSÉ DO HERVAL ITAPUCA NOVA ALVORADA CAMARGO SANTO ANTÔNIO DE PALMA GENTIL SÃO DOMINGOS DO SUL DAVID CANABARRO VANINI MATO CASTELHANO MULITERNO SÃO JORGE GUABIJU MONTAURI UNIÃO DA SERRA VISTA ALEGRE DO PRATA DOIS LAJEADOS SÃO VALENTIM DO SUL SANTA TERESA

SANTA CLARA DO SUL

Bacia Hidrográfica do Rio Taquari

Metros 150000 R io T qa uar i Rio acuíJ

Sistema da Laguna dos Patos Sistema do Rio Uruguai Sistema Lagunar Costeiro

Principais Sistemas Hidrográficos do Estado do Rio Grande do Sul

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principalmente por espécies perenifólias. A floresta estacional decidual está dividida em floresta aluvial, erradicada pelo uso agrícola dos solos onde se encontra; floresta submontana entre as altitudes de 30 a 400 m e floresta montana que aparece nas cotas superiores à 400 m.

Figura 2 : Caracterização geral da calha do rio Taquari e vista das encostas do planalto Meridional.

Com base nos levantamentos efetuados por FELDENS et al. (2003) a análise de uso e cobertura do solo indicaram que 48,8 % da área do município de Arroio do Meio é utilizada por atividades agrosilvopastoris, nas quais estão incluídas áreas de plantio, campos de pastagem e solo exposto. Esta análise também indicou a presença de 28% de matas nativas, 13,9% de vegetação em estágio de regeneração e 2,5% de matas exóticas. Os cursos d’água correspondem a 4,4% da área do município e a área urbana a 2,7%. Estes mesmos autores comentam que as áreas de preservação permanente (APP), correspondem a 28,6% da área do município, tendo o seguinte padrão de ocupação: 50,3% (ou 22,162 Km2) utilizados por atividades agrosilvopastoris; 31,4% ocupados por matas nativas, e 13,6% por vegetação

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secundária em regeneração; 2,7% por cultivos de espécies arbóreas exóticas; 2% ocupadas por área urbana.

llha do Andrade

Localiza-se a montante da cidade de Arroio do Meio, na localidade de Passo do Corvo. A ilha com cerca de 800 m de comprimento e delimitada a montante por corredeiras e a jusante por poço de águas mais paradas e profundas (figura 3).

Figura 3 : Vista geral da Ilha do Andrade localizada no município de Arroio Meio.

A parte central da ilha do Andrade apresenta as seguintes coordenadas geográficas em UTM : 22J X=0411321 e Y=6746780.

O rio Taquari na parte a jusante da ilha apresenta largura de 210 m entre as margens, o leito é irregular e com profundidade máxima de 6 m (figura 4). Em períodos de cheias a ilha do Andrade fica submersa. Com a volta do rio ao seu leito normal, formam-se no interior da ilha pequenos lagos, com profundidades de até 2 m .

O fundo varia de rochoso a areno-argiloso, conforme a área da secção considerada, porém a ilha é constituída basicamente de cascalhos. A ilha é dominada por pequenos

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arbustos, principalmente sarandis. A vegetação ripária das encostas apresenta fragmentos isolados de vegetação secundária em estágio de maior conservação, porém a maioria das margens é modificada, com áreas bem próximas ao rio ocupadas pela agricultura e pecuária (figura 5).

Figura 4: Perfil batimétrico entre margens, na seção do rio Taquari, passando pela ponta a jusante da ilha do Andrade.

-7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 Metros

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A B

C D E F

G H

Figura 5 : Vista dos tipos de ambientes encontrados na Ilha do Andrade, no rio Taquari ( A,B - vista geral lado direito do rio na ilha ; C, D – formação de pequenos lagos no interior da ilha; E – vista margem direita da ilha (sentido montante p/ jusante); F – vista margem esquerda da ilha; G – margem esquerda do rio com vegetação típica; H –– “braço morto”.

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MATERIAIS E MÉTODOS

Coleta de Dados

As amostras da ictiofauna da ilha do Andrade, no rio Taquari, foram realizadas mensalmente no período de março de 2003 a fevereiro de 2004, com exceção do mês de setembro/2003 por falta de apoio logístico. A aparente integridade dos ambientes ripários, uso das águas, baixa pressão de pesca e diversidade de habitats, estão entre os critérios que definiram a escolha desse local como ponto de coleta.

O ponto de amostragem foi georreferenciado e mapeado com o auxílio de GPS Garmin 12 e imagem de satélite.

As coletas dos exemplares de peixes se deu com o auxílio de seis redes de espera simples com malhas 1,0; 1,5; 2,0; 2,5; 3,0 e 3,5 cm entre nós adjacentes, cada uma com 50 metros de comprimento e 1,5 metros de altura, totalizando assim 300 metros de rede com uma área de malha de 450 m². O esforço de captura foi constante em cada período de amostragem , uma vez que as redes permaneceram na água durante 18 horas, distribuídas da seguinte maneira: 12 horas entre vespertino e matutino , aqui denominado de período da noite e 6 horas durante o período do dia. Durante este período procedeu-se as revisões às 6 h e 30 min e 13 h.

Através de planilha de dados, foram registradas as seguintes informações de cada coleta :

Temperatura : as medidas das temperaturas do ar (ambiente) e da água foram tomadas entre 10:00 e 12:00 horas com auxílio de termômetro de mercúrio. Todas as medições foram realizadas na sombra, sendo que a temperatura da água a cerca de 50 cm de profundidade.

Substrato : as redes foram instaladas em dois tipos de substrato:

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Cascalho : Substrato de cascalho sem presença de matéria orgânica , geralmente em água com correnteza.

Transparência da água : através do disco de Secchi, a água do rio Taquari, na ilha do Andrade, foi classificada, nos dias de coleta, como :

Transparente ≥ 50 cm no disco de Secchi;

Escura ≥ 20 cm e < 50 cm no disco de Secchi; Vermelha < 20 cm no disco de Secchi;

Profundidade média da rede : para cálculo da profundidade média da rede foram realizadas três medições , na margem próximo a costa , no meio da rede (~25 m) e no final da rede.

Fluxo (velocidade) da água: para as medidas da velocidade da água foram realizadas medições com o uso de uma esfera sólida de isopor de 10 cm de diâmetro, e utilizados os seguintes parâmetros :

Reversa – A esfera de isopor corre contra a direção do fluxo do rio e ou fica a deriva em círculos.

Parada e ou braço morto – A esfera fica a deriva parada próxima ao local em que foi lançada.

Correnteza média – A esfera percorre uma distância de 50 m em mais de 35 segundos (menor que 1,45 metros por segundo).

Correnteza rápida – A esfera percorre uma distância de 50 m até 35 segundos (maior que 1,45 metros por segundo).

Cota média mensal do rio Taquari: as cotas diárias do rio Taquari foram obtidas através do Pólo de Modernização Tecnológico da Univates – Centro Universitário Vale do Taquari de Ensino Superior com os dados do ponto de medição chamado Encantado à montante da ilha do Andrade.

Os indivíduos capturados foram separados ainda em campo, de acordo com a rede e tipo de malha e, posteriormente, fixados em formalina 10 %. Em

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espécie através de chaves taxonômicas (Reis, 1983; Buckup & Reis, 1985; Reis & Malabarba, 1988; Malabarba, 1988; Mallmann, 1990; Reis et al., 1990) e auxilio do Professor Dr. Luiz R. Malabarba (UFRGS). Exemplares foram depositados nas coleções do Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS e no Museu de Ciências Naturais da Univates – Centro Universitário.

Análise dos Dados

Para a análise dos dados e da estrutura da comunidade foram feitas matrizes onde registrou-se , para cada coleta, o táxon, a malhagem, número de indivíduos coletados para cada período (dia e noite), tipo de substrato, velocidade da água, transparência da água e profundidade. As matrizes de dados permitiram a visualização das espécies mais abundantes em cada período do dia e da noite (vespertino até matutino) e em cada tipo de habitat, bem como proporcionaram a realização dos cálculos de freqüência de captura.

A abundância de cada espécie amostrada foi calculada através da captura por unidade de esforço (CPUE). Captura diz respeito ao número de indivíduos coletados em 450 m² de redes, e a unidade de esforço o tempo de exposição das mesmas que foi de 18 horas (12 horas/noite e 6 horas/dia). Para o estudo da variação temporal da abundância das espécies esses valores, além de serem analisados mensalmente, foram também analisados por estações do ano, consideradas da seguinte forma : inverno (julho/03 e agosto/03); primavera (outubro/03, novembro/03 e dezembro/03); verão (janeiro/04, fevereiro/04 e março/03) e outono (abril/03, maio/03 e junho/03).

Para a análise dos dados foram utilizados os seguintes índices ecológicos:

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A participação de determinada espécie na comunidade foi fornecida através da constância de sua participação, considerando o período total de amostragens e calculada através da seguinte fórmula:

C = P/Q x 100 onde,

C = constância de ocorrência da espécie;

P = número de amostras em que a espécie ocorreu; Q = número total de amostras.

De acordo com os resultados obtidos, as espécies foram categorizadas em: Constantes quando C > 50%

Acessórias quando 25% ≤ C ≥ 50% Acidentais quando C < 25%

• Índice de Diversidade:

A diversidade de espécies foi calculada pelo Índice de Shannon & Wiener (Pielou,1975), através da fórmula:

H’ = - ∑ (pi.log. pi) onde,

pi = proporção da espécie i ao total capturado de todas as epécies.

Para detectar diferenças significativas entre os valores mensais de diversidade encontrados foi utilizado o teste t com nível de significância de 95% (Zar, 1996) .

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D = (S – 1)/log N onde,

D = índice de riqueza; S = número de espécies; N = número de indivíduos.

• Grau de dominância entre as espécies determinado pelo Índice de Simpson (Pielou, 1975), através da fórmula:

D = ∑ pi² onde,

pi = proporção da espécie i na comunidade.

• Equitabilidade ou uniformidade na distribuição dos indivíduos entre as espécies presentes, calculada através do Índice de Equitabilidade de Pielou (1975):

E = H’ / Hmáx. onde,

Hmáx. = log S (número de espécies).

Os dados de freqüência de ocorrência e abundância foram transformados em log (n+1) para diminuir os efeitos das espécies dominantes, proporcionando assim, uma melhor visualização e uniformidade aos valores nos gráficos (Sokal & Rohlf, 1995).

Para caracterização das espécies mais abundantes foram somados os dados totais das coletas de cada espécie, no período da noite e dia, para cada tipo de

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Foi aplicado o teste qui-quadrado de ajustamento com o intuito de verificar se houve diferenças significativas entre o número de indivíduos coletados (abundância) ao longo dos meses em relação ao turno noite e dia (Callegari-Jacques, 2003). Para as variáveis relacionadas ao ponto de coleta, tais como: característica da água, profundidade, substrato e fluxo de água, foi aplicado o teste qui-quadrado de associação ou independência. Nesse teste os dados são arranjados em uma tabela de contingência onde a hipótese nula a ser testada é a de que não existe associação, ou seja, existe independência, entre as variáveis em questão : Abundância X Variáveis do Ambiente (Callegari-Jacques, 2003).

RESULTADOS Fatores Abióticos

As temperaturas da água na ilha do Andrade variaram de 16°C em julho a 26°C em janeiro, apresentando os maiores valores nos meses de primavera e verão e os menores valores no outono e inverno (tabela 1). Observa-se que de certa forma os valores da temperatura da água acompanham os valores de temperatura do ambiente que também apresentam seus maiores índices nos meses de primavera e verão e os menores no outono e inverno (fig. 6).

Os padrões de variação na transparência da água estão entre 10 e 100 cm, apresentando maior transparência no mês de agosto e menores valores nos meses de outubro e novembro (fig. 7). Entretanto valores iguais ou superiores a 50 cm na visibilidade do disco de Secchi, e que aqui se denomina de transparentes, foram os mais freqüentes (figura 8), ocorrendo em 55% das amostragens.

De um modo geral, o rio apresenta constantes alterações verticais no nível da lâmina da água, sendo que a maior cota média foi registrada no mês de dezembro e a menor no mês de agosto (fig 9).

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0 10 20 30 40 Mar ço Ab ril Ma io Jun h o Ju lh o Ago st o Out ubr o Novem b ro Dezem b ro Jan e iro Feve re iro T em perat ura oC Ambiente Água

Figura 6 : Variação dos valores mensais de temperatura da água e do ambiente na ilha do Andrade, no rio Taquari, no município de Arroio do Meio, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004.

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0 20 40 60 80 100 120 Ma rç o Ab ril Ma io Ju nh o Ju lh o Ag os to Ou tu br o No ve m bro De ze m bro Ja ne iro Fev ere iro Tr anspar ência da água ( C m)

Figura 7 : Variação dos valores de transparência da água na ilha do Andrade, no Rio Taquari, Arroio do Meio, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004.

< 20 cm 55% 20 - 50 cm 27% > 50 cm 18%

Figura 8 : Freqüência de transparência da água, durante o período de março/2003 a fevereiro/2004, na ilha do Andrade, no rio Taquari no município de Arroio do Meio.

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28,5 29 29,5 30 30,5 31 31,5 32 mar /03 Abril Mai o Junh o Jul ho Agost o Set e mb ro Out u br o Novembr o Dezembr o Janei ro fe v/ 04 C o ta (m )

Figura 9 : Variação dos valores da cota média mensal, em metros (m) no Rio Taquari, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004. (Fonte: Pólo de modernização tecnológica da Univates – Centro Universitário Vale do Taquari de Ensino Superior)

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TABELA 1: Valores mensais de temperatura da água e ambiente na ilha do Andrade, no rio Taquari, no município de Arroio do Meio, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004.

Meses de Amostragem Temperatura da

água em °C Temperatura do ambiente em °C Março 23 25 Abril 19 12 Maio 18 19 Junho 16 22 Julho 16 19 Agosto 17 4 Setembro _ _ Outubro 18 18 Novembro 19 20 Dezembro 23 25 Janeiro 26 31 Fevereiro 24 29

(40)

TABELA 2: Valores mensais de transparência , classificação da água e cota média em m no rio Taquari , na ilha do Andrade, município de Arroio do Meio, RS, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004

.

Composição da Taxocenose

As 11 amostragens realizadas durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004, no rio Taquari, resultaram na captura de 5527 indivíduos, distribuídos em 43 espécies, 15 famílias e 6 ordens, ou seja, Clupeiformes (1 espécie), Characiformes (18), Siluriformes (16), Gymnotiformes (1), Atheriniformes (1) e Perciformes (6), listadas na tabela 3 juntamente com o código da espécie, número total de indivíduos coletados e abundância relativa. A classificação utilizada segue a proposta por Cloffsca, (2004 ).

A ordem Characiformes foi a mais representativa quanto ao número de espécies, correspondendo a 41,86% do total de capturas, seguida pelos Siluriformes com 37,20% das capturas (figura 10). Em relação ao número de indivíduos capturados

Meses de Amostragem Transparência

da água em cm

Classificação Cota média

mensal Março 30 Escura 30,51 Abril 50 Transparente 29,83 Maio 50 Transparente 30,46 Junho 50 Transparente 30,72 Julho 30 Escura 31,22 Agosto 100 Transparente 29,9 Setembro 29,83 Outubro 10 Vermelha 30,69 Novembro 15 Vermelha 30,33 Dezembro 50 Transparente 31,58 Janeiro 20 Escura 30,3 Fevereiro 60 Transparente 30,19

(41)

a ordem Siluriformes obteve índice de 70,38%, seguida pelos Characiformes com 24,38 % do total dos indivíduos coletados ( figura 11 ).

Do total de indivíduos capturados Hemiancistrus punctulatus (HP) correspondeu a 52,8% do total amostrado, seguido de Astyanax fasciatus (AF) com 8,23%, Loricariichthys anus (LA) com 3,9%, Astyanax sp1 (A1) com 3,81% e

Rineloricaria strigilata (RA) com 3,58%, sendo que estas 5 espécies corresponderam

a 72,32% das capturas. Estas junto com Steindachnerina biornata (SB),

Bryconamericus iheringii (BI), Corydoras paleatus (CO), Parapimelodus nigribarbis

(PN) e Pimelodus maculatus (PM) somam 83,43% do total amostrado e apresentam número de captura igual ou superior à 100 indivíduos por espécie durante o período de amostragem(Tabela 3).

(42)

TABELA 3: Lista de espécies capturadas no Rio Taquari ( Ilha do Andrade, município de Arroio do Meio), com rede de espera, código utilizado para identificação das espécies, número de indivíduos coletados e freqüência relativa da espécie em relação a todas as espécies durante o período de março de 2003 e fevereiro de 2004.

Espécies

Cód. N° total de Indivíduos Frequencia relativa (%) ORDEM CLUPEIFORMES FAMÍLIA ENGRAULIDIDAE

Lycengraulis grossidens (Spix & Agassiz, 1829) (sardinha) LG 07 0,12

ORDEM CHARACIFORMES FAMÍLIA CURIMATIDAE

Cyphocharax voga (Hensel, 1870) (biru) CV 54 0,98

Steindachnerina biornata (Braga & Azpelicueta, 1987) (biru) SB 101 1,83

FAMÍLIA PROCHILODONTIDAE

Prochilodus lineatus (Valenciennes, 1836) (grumatã) PL 02 0,04

FAMÍLIA ANOSTOMIDAE

Leporinus obtusidens (Valenciennes, 1836) (piava) LO 10 0,18

Schizodon jacuhiensis Bergman, 1988 (voga) SJ 03 0,05

FAMILIA CHARACIDAE

Astyanax jacuhiensis (Cope, 1894) (lambari) AJ 72 1,30

Astyanax fasciatus (Cuvier, 1819) (lambari) AF 455 8,23

Astyanax sp1 (lambari) A1 211 3,81

Astyanax sp2 (lambari) A2 75 1,36

Astyanax sp3 (lambari) A3 9 0,16

Cyanocharax alburnus (Hensel, 1870) (lambari) CA 84 1,52

Bryconamericus iheringii (Boulenger, 1887) (lambari) BI 144 2,61

Hyphessobrycon luetkenii (Boulenger, 1887) (lambari) HY 61 1,10

Oligosarcus jenynsii (Gunther, 1864) (tambica) OJ 10 0,18

Oligosarcus robustus Menezes, 1969 (tambica) OR 26 0,47

CHARACINAE

(43)

Pseudocorynopoma doriae Perugia, 1891 (lambari borboleta) PD 01 0,02

FAMÍLIA ERYTHRINIDAE

Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) (traira) HM 20 0,36

ORDEM SILURIFORMES FAMÍLIA ASPREDINIDAE

Bunocephalus iheringii Boulenger, 1891 (peixe-diabo) BU 10 0,18

FAMÍLIA CALLICHTHYIDAE

Corydoras paleatus (Jenyns, 1842) (limpa fundo) CO 133 2,41

Hoplosternum littorale (Hancock, 1828) (tamboatá) HL 02 0,04

FAMÍLIA LORICARIIDAE LORICARIINAE

Loricariichthys anus (Valenciennes, 1836) (viola) LA 216 3,90

Rineloricaria strigilata (Hensel, 1868) (violinha) RA 198 3,58

Rineloricaria cadeae (Hensel,1868) (violinha) RC 02 0,04

HYPOSTOMINAE

Hypostomus aspilogaster (Cope, 1894) (cascudo asa branca) HÁ 68 1,23

Hypostomus commersoni Valenciennes, 1836 (cascudo preto) HC 47 0,85

ANCISTRINAE

Hemiancistrus punctulatus Cardoso & Malabarba, 1999 (barbudinho)

HP 2918 52,80

Ancistrus brevipinnis (Regan, 1904) (cascudo do arroio) AB 01 0,02

FAMÍLIA PIMELODIDAE

Rhamdella eriarcha (Eigenmann & Eigenmann, 1888) (Mandi) RE 03 0,05

Rhamdia sp (Jundiá) RS 35 0,63

Parapimelodus nigribarbis (Boulenger, 1889) (Mandi) PN 100 1,80

Pimelodus maculatus La Cepède, 1803 (pintado) PM 136 2,46

Ictarulus punctatus (bagre) IP 02 0,04

FAMÍLIA AUCHENIPTERIDAE

Glanidium melanopterum Miranda Ribeiro, 1918 (porrudo) GM 19 0,34

(44)

FAMÍLIA STERNOPYGIDAE

Eigenmannia virescens (Valenciennes, 1842) (rabo de rato) EV 02 0,04

ORDEM ATHERINIFORMES FAMÍLIA ATHERINIDAE

Odontesthes bonariensis (Valenciennes, 1835) ( peixe-rei) OB 01 0,02

ORDEM PERCIFORMES FAMÍLIA SCIAENIDAE

Pachyurus bonariensis Steindachner, 1879 (corvina) PB 33 0,60

FAMÍLIA CICHLIDAE

Crenicichla lepidota Heckel, 1840 (joana) CL 20 0,36

Crenicichla punctata Hensel, 1870 (joana) CP 89 1,61

Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1824) (cará) GB 20 0,36

Gymnogeophagus gymnogenys (Hensel, 1870) (cará) GG 44 0,80

(45)

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 Chara ciformes Silur ifor m es Per cifor mes G ymnot iformes Atherin iformes Clupeiformes FO ( % )

Figura 10 : Freqüência relativa de ocorrência (FO) de espécies por ordem em relação ao número total de espécies capturadas na ilha do Andrade, no Rio Taquari durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004.

(46)

0 10 20 30 40 50 60 70 80 Chara ciformes Silur ifor m es Per cifor mes G ymnot iformes Atherin iformes Clupeiformes FO ( % )

Figura 11 : Freqüência relativa de ocorrência (FO) de espécies por ordem em relação ao número total de indivíduos capturadas na ilha do Andrade, no Rio Taquari , durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004.

A freqüência cumulativa (figura 12) das espécies ícticas amostradas na ilha do Andrade, no rio Taquari, indica que a quantificação amostral foi suficiente permitindo a credibilidade na representatividade da taxocenose íctica estudada neste trecho do rio Taquari com relação às espécies suscetíveis ao artefato de pesca utilizado (rede de espera). Constata-se que a partir da quarta amostragem (junho/2003) o número de espécies (37) tendeu a estabilizar-se com acréscimo de uma espécie em julho (38) e outra em outubro (39), passando a 43 espécies a partir de novembro e assim permanecendo constate até o final das amostragens. O fato de serem encontradas quatro novas espécies em novembro, deve-se ao período

(47)

19 30 35 37 38 38 39 43 43 43 43 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 ma r/ 03 Ab ril Maio Junh o Julho Ag os to Out ubro No ve m br o De ze m br o jan /04 fe v/ 04 Amostras Núm e ro Cum u la ti vo de E s péci es

Figura 12 : Relação entre as amostragens e o número cumulativo de espécies de peixes capturados com redes de espera na Ilha do Andrade, durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004.

Constância de Ocorrência

Durante o período amostral na ilha do Andrade, no rio Taquari, contatou-se que 26 espécies foram consideradas constantes (60%), 5 acessórias (12%) e 12 acidentais (28%) (tabela 4, fig. 13). Na ilha do Andrade, evidencia-se um predomínio de espécies constantes. Destas Crenicichla punctata (CP),

Gymnogeophagus labiatus (GL), Hemiancistrus punctulatus (HP), Loricariichthys anus

(LA), Pimelodus maculatus (PM) e Rineloricaria strigilata (RA) ocorreram em todas as amostragens (figura 14).

Observou-se maior ocorrência de espécies na primavera com 38 espécies, seguida do verão com 36 espécies, outono com 31 espécies e inverno com 28 espécies, porém deve-se salientar que no inverno foi realizada uma coleta a menos

(48)

Sazonalmente, outono/2003, primavera/2003 e verão2003/2004 equivalem com o maior número de espécies constantes (26). A primavera apresentou o maior número de espécies acessórias (07) e o inverno o menor número (02), espécies acidentais apresentaram maior ocorrência na primavera (05) e verão (06) (tabela 5).

Das espécies constantes, as únicas que não apresentaram ocorrência no inverno são Cyanocharax alburnus (CA) e Hoplias malabaricus (HO). Em relação as espécies acidentais somente Odontesthes sp. (OB) possui ocorrência exclusiva no inverno e Ancistrus brevipinis (AB) na primavera (tabela 5).

(49)

Tabela 4 : Lista de espécies capturadas no segmento do rio Taquari, na ilha do Andrade, município de Arroio do Meio, RS , e classificação das mesmas quanto a constância de ocorrência no período de março de 2003 a fevereiro de 2004.

Lista de Espécies Constantes Acessórias Acidentais

Ancistrus brevipinnis X Astyanax fasciatus X Astyanax jacuhiensis X Astyanax sp1 X Astyanax sp2 X Astyanax sp3 X Bryconamericus iheringii X Bunocephalus iheringii X Charax stenopterus X Corydoras paleatus X Crenicichla lepidota X Crenicichla punctata X Cyanocharax alburnus X Cyphocharax voga X Eigenmannia virescens X Geophagus brasiliensis X Glanidium melanopterum X Gymnogeophagus gymnogenys X Gymnogeophagus labiatus X Hemiancistrus punctulatus X Hoplias malabaricus X Hoplosternum littorale X Hyphessobrycon luetkenii X Hypostomus aspilogaster X Hypostomus commersoni X Ictarulus punctatus X Leporinus obtusidens X Loricariichthys anus X Lycengraulis grossidens X Odontesthes bonariensis X Oligosarcus jenynsii X Oligosarcus robustus X Pachyurus bonariensis X

(50)

Parapimelodus nigribarbis X Pimelodus maculatus X Prochilodus lineatus X Pseudocorynopoma doriae X Rhamdella eriarcha X Rhamdia sp X Rineloricaria cadeae X Rineloricaria strigilata X Schizodon jacuhiensis X Steindachnerina biornata X Constante 60% Acessória 12% Acidental 28%

Figura 13 : Freqüência relativa de ocorrência de espécies de peixes constantes, acessórias e acidentais na ilha do Andrade, no rio Taquari, (município de Arroio do Meio, RS), durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004.

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0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0 EV OB PD RC BU HL IP LO PL RE SJ LG A3 CL GM OJ CA PN GB CS HM OR PB AJ A2 CV GG HY RS SB AF A1 BI CO HA HC CP GL HP LA PM RA Espécies Freq. Ocorrência (%)

Figura 14 : Freqüência de ocorrência das espécies amostradas na ilha do Andrade, no rio Taquari ( município de Arroio do Meio, RS), durante o período de março de 2003 a fevereiro de 2004.

Referências

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