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MOÇAMBIQUE J U N H O

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Academic year: 2021

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(1)

J U N H O 2 0 1 2

INTERNATIONAL

SUPPORT

KIT OF

(2)

Estrutura Sectorial

Comércio Internacional, Bilateral com Portugal e Oportunidades

Apoios à Internacionalização do GBES: Unidade Internacional Premium

Oferta Internacional do GBES

Contactos

(3)

Fontes: FMI, Banco Mundial, COSEC, World Economic Forum, Global Heritage, Commonwealth.

Ambiente de negócios

Capital: Maputo Língua Oficial: Português População (Milhões): 22.5 (2012) Área: 744.9 mil km2

Tempo: GMT +2 Moeda: Metical (MZN)

Tipo de Governo: República Unitária Religião: Maioritariamente cristã (católicos 24%), muçulmanos (18%).

Ambiente de negócios e factores chave

Maputo

Beira

Nampula Tete

Facilidade de fazer negócios 139/183

(Doing Business 2012 ranking)

Protecção dos investidores 46/183 Comércio transfronteiriço 136/183 Cumprimento de contratos 131/183 Liberdade Económica 108/179

(Economic Freedom 2012 ranking)

Competitividade 133/142

(Global Competitiveness Index 2011-2012 ranking)

Requerimentos Básicos 133/142

Infraestruturas 123/142

Instituições 105/142

Potenciadores de Eficiência 129/142 Inovação e Sofisticação 115/142 Cosec (Risk group) 6

Classificação de 1 (risco menor) a 7 (risco maior)

Standard & Poor’s (Rating)

(Classificação de AAA (menor risco) a D (risco maior, default))

Dívida longo prazo em moeda local B+

Dívida longo prazo em moeda estrangeira B+

Outlook Estável

Nacala

Inhambane

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EEstimativa

Fontes: FMI, Bloomberg.

Indicadores Macroeconómicos

PIB

Preços correntes EUR mil milhões

PIB taxa de crescimento real

Percentagem Taxa de Inflação Percentagem Taxa de Câmbio EUR/MZN Balança Corrente Percentagem do PIB Saldo Orçamental Percentagem do PIB 2010 2011 2012E 2013E 2014E 45.5 40.4 35.5 7.1 9.2 10.9 11.8 13.3 6.8 7.1 6.7 7.2 7.8 12.7 10.4 7.2 5.6 5.6 35.5 35.5 -11.7 -13.0 -12.7 -12.4 -11.9 -4.0 -4.9 -6.3 -6.0 -5.6

(5)

Fontes: FMI, OCDE, AICEP, BoM, Ernst & Young, ES Research - Research Sectorial.

Síntese económica (I)

O desempenho macroeconómico de Moçambique tem permanecido muito favorável. O crescimento real do PIB deverá ter acelerado para 7.1% em 2011, em linha com valor previsto no Plano Económico e Social (PES 2011) e bem acima das taxas de crescimento dos países congéneres. O crescimento real previsto para o PIB da SADC situa-se em 4.3% em 2012 e 4.5% em 2013.

Entre 2011 e 2015 Moçambique deverá ser uma das cinco economias que mais crescerá a nível mundial aproximando-se o crescimento real do PIB de 8%. Moçambique foi o 14º país africano em termos da capacidade de atracção de Investimento Directo Estrangeiro, desde 2003. A África do Sul é o país que mais projectos de IDE efectuou em Moçambique, seguindo-se Portugal, o Reino Unido, a Índia e o Brasil. Nos próximos dez anos, os investimentos em Moçambique, privados e públicos, envolverão um conjunto vasto de oportunidades nas áreas da construção e obras públicas, da energia, das máquinas e equipamentos, da habitação e turismo, da logística, dos serviços às empresas, da agricultura e produtos de consumo. Só na área da energia, infra-estruturas e sector mineiro os investimentos previstos deverão superar os USD 90 mil milhões.

Sendo certo que o aumento das importações associado ao esforço de investimento se traduziu num aumento do déficit da Balança Corrente (13% do PIB em 2011), os fortes influxos de capital, o desempenho positivo das exportações e o desenvolvimento do sector financeiro têm permitido um nível confortável das reservas externas (aproximadamente 5 meses de importações). As perspectivas de médio prazo continuam favoráveis, prevê-se que o ritmo de expansão da actividade dos mega projectos seja rápido, com o início das operações de vários projectos nos próximos anos, sustentando, assim, a aceleração do crescimento da actividade económica e das exportações.

O empenho das autoridades numa maior restrictividade da política fiscal e monetária, numa execução orçamental prudente, desenvolvimentos favoráveis nos preços internacionais, boas colheitas e um Metical forte, tem permitido uma forte redução da inflação, que deverá permanecer próxima dos 7% em 2012, existindo previsões do Banco de Moçambique que sugerem a possibilidade deste valor vir a sofrer uma quebra mais acentuada e com uma tendência de desaceleração para 2013 e 2014.

Respeitando os objectivos finais de crescimento económico e inflação para 2012, e no contexto das tendências detectadas de curto e médio prazo, o Banco de Moçambique deliberou reduzir em 100 pontos base, para 12.5%, a taxa de juro da Facilidade Permanente de Cedência e rever em baixa o Coeficiente de Reservas Obrigatórias, em 25 pontos base, para 8%. As autoridades verificaram “existirem condições para manter a postura acomodatícia da política monetária, visando maior expansão do financiamento bancário ao sector privado.

(6)

Síntese económica (II)

O aumento previsto das despesas de investimento em infra-estruturas de transporte e energéticas, necessárias ao desenvolvimento do país, deverá ser compatível com a estabilidade macroeconómica e a sustentabilidade da dívida focando-se em projectos integrados no recentemente apresentado Plano Integrado de investimento com comprovado retorno económico. O recurso temporário a empréstimos não concessionais deverá ser substituído, a longo prazo, pela disponibilidade das receitas associadas à exploração dos recursos naturais, as quais deverão criar o necessário espaço fiscal para fazer face aos compromisso de investimento e outras prioridades sociais. O alargamento da base fiscal – o número de contribuintes deverá atingir 17% da população activa, dois milhões de pessoas, no final de 2012 – será também um importante contributo para a cobertura das despesas futuras previstas através de recursos internos do país.

O Plano de Acção para a Redução da Pobreza (PARP 2011-14), preconizando uma estratégia de crescimento de Moçambique mais inclusiva, e o fortalecimento das redes de segurança social, situa-se no centro de preocupação do PES 2012, prevendo a melhoria, em qualidade e quantidade, dos serviços públicos de educação, de saúde, de água e saneamento, de estradas e de energia; a promoção do emprego e o aumento da produção e produtividadee agrária e pesqueira. A taxa de desemprego tem sido referida como próxima dos 20% embora não estejam disponíveis estatísticas actuais devidamente validadas.

Moçambique encontra-se localizado numa zona estratégica a nível da SADC (South African Development Community). É uma porta de entrada na região. O PIB da África Austral atinge actualmente cerca de USD 700 mil milhões reunindo 300 milhões de consumidores. Neste sentido, o investimento realizado em Moçambique encontra no país condições ideais para penetrar facilmente no mercado regional.

O ambiente de negócios em Moçambique permite-lhe ocupar o 18º lugar entre os 46 países da África Subsahariana no indicador Doing Business 2012 (5º na protecção ao investidor), situando-se actualmente na 139ª posição entre os 183 países avaliados. No ranking de liberdade económica, Index of Economic Freedom 2012, Moçambique situou-se no 15º lugar entre os países da África Subsahariana.

(7)

Fontes: Comissão Europeia, CIA, EITI, CPLP, ES Research - Research Sectorial.

Integração Internacional

Localizado numa zona estratégica a nível da África Austral, Moçambique é membro de várias organizações internacionais, entre as quais se destacam:

SADC – South African Development Community

A SADC, organização regional de integração económica dos países da África Austral, compreende 250 milhões de consumidores no sul do continente africano. Moçambique é considerado uma porta de entrada para a região.www.sadc.int

CPLP – Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa

Constituída pelos seguintes países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. O Senegal, a Guiné Equatorial e a Ilha Maurícia têm o estatuto de observador associado.www.cplp.org

Commonwealth of Nations

Agrega um conjunto de 55 países, em todos os continentes, que, quase na totalidade, partilharam laços históricos com o Reino Unido. www.thecommonwealth.org

A relação com a União Europeia, segundo maior parceiro económico do país, rege-se pelo APE (Acordo de Parceria Económica) interino assinado em Junho de 2009, juntamente com o Botswana, o Lesoto, a Namíbia e a Suazilândia. O APE interino oferece um acesso duty free, quota free ao mercado da UE, contemplando a redução de tarifas do lado moçambicano. Moçambique participa no programa AGOA – African Growth and Opportunity Act (iniciativa do governo federal norte-americano ao abrigo da qual os países africanos podem exportar, isentos de impostos, os seus produtos para o mercado dos Estados Unidos).

Moçambique tem o estatuto de país candidato à EITI - Iniciativa de Transparência nas Indústrias Extractivas, em Agosto de 2011 foram assinaldos progressos por parte de moçambique tendo sido solicitados um conjunto de procedimentos adicionais, nesse sentido o País dispõe de mais 18 meses para preencher os requisitos solicitados, até Feveriero de 2013.eiti.org

(8)

Estrutura Sectorial

Oferta Internacional do GBES

Contactos

Comércio Internacional, Bilateral com Portugal e Oportunidades

(9)

Fonte: Banco de Moçambique, INE Moçambique, ES Research - Research Sectorial

Estrutura Sectorial e Regional do PIB

Repartição do PIB por sectores (2010)

Repartição do PIB por Províncias (2009)

A agricultura ainda representa quase 27% do PIB do Moçambique e a província de Maputo quase um terço da economia nacional.

1.2% Indústria extractiva 26.9% Agricultura e pesca 14.5% Serviços financeiros às empresas e outras 13.1% Indústria Transformadora 12.2% Comércio e serviços de reparação 11.7% Transportes e comunicações 9.7% Administração, educação e saúde 5.2% Electricidade e água 1.8% Hotelaria e restauração 4.9% Cabo Delgado 3.3% Niassa 30.6% Maputo 14.4% Nampula 12.3% Sofala 10.6% Zambézia 7.0% Inhambane 5.3% Gaza 3.8% Construção 6.1% Tete

(10)

Corredores de

Desenvolvimento

Nacala, Beira e

Maputo

 Moçambique é uma porta natural para o nordeste da África do Sul, a Suazilândia, o Zimbabwe, a Zâmbia e o Malawi;

 Os portos de Maputo, da Beira e de Nacala são elementos chave de dinamização dos respectivos hinterlands podendo potenciar verdadeiros

corredores de desenvolvimento;

 O desafio é ligar o desenvolvimento dos corredores de transporte ao desenvolvimento do tecido

económico moçambicano: na agricultura, na indústria, na extracção mineira, nos serviços; removendo barreiras ao comércio e ao transporte.

Mega projectos energéticos

 Cahora Bassa and Mphanda Nkuwa

-Hidroelectricidade

 Moatize e Benga - Carvão

 Rovuma Basin - Petróleo e Gás Natural (foram anunciadas sucessivas descobertas em 2011 pela Anadarko)

Corredores de desenvolvimento

Estradas principais (actuais & projectadas)

Linhas Férreas (actuais & Portos Aeroportos Lichinga Tete Mocimboa da Praia para Harare

ZIMBABWE

TANZÂNIA

ZÂMBIA

Malawi

Quelimane Beira Chimoio para Harare Moza Bank agencias Bacia do Rovuma Cahora Bassa/ Moatize para Harare Inhambane Vilankulo Joanesburgo

África do Sul

Xai Xai Nampula Nacala Pemba

Oceano

Índico

BOTSWANA

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Fontes: Banco de Moçambique, KPMG.

Estrutura sectorial da economia (I)

São actualmente dezoito as instituições financeiras que integram o sistema financeiro moçambicano, contudo, os quatro maiores bancos concentram mais de 80% do volume de negócios. O Banco Internacional de Moçambique (BIM), detido pelo grupo português BCP e pelo Tesouro moçambicano, mantém-se o maior banco do país.

O BIM tem a maior quota do mercado em volume de negócios, cerca de 40%, liderando, também, nos activos totais e na vertente do crédito. Em segundo lugar, na lista dos maiores bancos moçambicanos, está o Banco Comercial e de Investimentos (BCI), do grupo Caixa Geral de Depósitos (51%) e BPI (30%), e o Standard Bank (sul africano), ambos com uma quota em volume de negócios acima de 15%.

SISTEMA

FINANCEIRO (I)

Maiores bancos a operar em Moçambique, 2010

Banco Volume de negócios em 2010 (Meticais milhões)

Taxa de variação 2009-2010 (Percentagem)

BIM – Banco Internacional de Moçambique

Standard Bank

BCI – Banco Comercial d e Investimentos

6 560.0

2 857.3 3 220.0

Barclays Bank Mozambique 1 548.7

30

17 33

19 Banco Procredit, S.A.

FNB – First National Bank Moçambique African Banking Corporation (Mozambique)

546.0 417.7 431.4 Moza Banco 294.5 2 39 11 46

(12)

Fontes: Banco de Moçambique, KPMG.

Estrutura sectorial da economia (II)

O BIM e o BCI encontram-se ambos entre os 100 maiores banco de África, respectivamente 77º e 99º, sendo o Standard Bank (Group) o maior grupo bancário africano.

O BES, através da sua participada BES Africa, detém 25.1% do capital do Moza Banco (a Moçambique Capitais, investidores moçambicanos, com 50.4%, mantém-se maioritária). Em 2011 foi lançado o Banco Único pelos grupos portugueses Visabeira e Amorim (Gevisar S.G.P.S. 62%). O Banco Nacional de Investimentos conta também com uma participação de 49.5% do Estado português.

A expansão da actividade bancária em Moçambique continua a ser uma prioridade do Banco de Moçambique, tendo subido o número de distritos com agências bancárias de 27 para 58, entre 2007 e 2012 (Junho). Actualmente encontram-se em funcionamento 466 balcões, estando autorizados 504.

SISTEMA

FINANCEIRO (II)

Cobertura da rede das instituições financeiras, distribuição provincial, 2012 (Junho)

Províncias Balcões em funcionamento Balcões autorizados

Maputo cidade Nampula Maputo Província 169 47 48 Sofala 45 177 57 53 46 Tete Ihnambane Gaza 29 30 Manica 23 34 29 33 27 Cabo Delgado Zambézia 14 21 Niassa 10 15 23 11 30

(13)

Estrutura sectorial da economia (III)

Apenas cerca de 10% da área agrícola moçambicana (48 milhões de hectares) se encontra explorada. O país dispõe de grandes possibilidades em termos de irrigação. Grandes bacias hidrográficas permanecem largamente não exploradas (Zambeze, Save, Limpopo). Na base desta falta de aproveitamento está sobretudo a carência de infra-estruturas: estradas, irrigação e armazenagem, áreas em que se vem intensificando o esforço de investimento.

No contexto dos países da SADC, Moçambique surge como um dos países mais abundantes no factor terra o que, aliado aos baixos índices de mecanização e de utilização de modernas práticas agrícolas, permite a existência de um consenso generalizado sobre o enorme potencial que o sector encerra.

AGRICULTURA (I)

Área agrícola não explorada, SADC, 2009 (Mil km2)

Fontes: FAO, CPI Mozambique, PES 2011, ES Research - Research Sectorial.

848.8 542.9 442.5 379.0 380.1 255.0 256.0 200.4 157.5 122.2 19.7 20.0 10.5 0.1 Á fr ic a do S ul A ngol a Moç am bi que Madagás c ar N am íbi a T anz âni a B ot s uana Z âm bi a R . D . C ongo Z im babué Mal aw i Les ot o S uaz ilândi a Maur íc ia

(14)

Estrutura sectorial da economia (IV)

AGRICULTURA (II)

A agricultura foi definida, no Orçamento de Estado de 2012, como um sector prioritário, estando-lhe destinados 11.6% das despesas totais. O carácter prioritário dos sector reflecte o alinhamento com os objectivos do Programa Estratégico para o Desenvolvimento Agrário (PEDSA 2010-2019) que preconiza o crescimento acumulado da agricultura em pelo menos 7% ao ano, a duplicação da produção, a intensificação do repovoamento pecuário, o aumento da capacidade de produção de aves e a boa gestão dos recursos naturais.

De modo a aumentar a disponibilidade de alimentos, o Governo continuará a focar a sua atenção no aumento da produção do sector familiar (cereais, legumes e tubérculos), na disponibilização de sementes de qualidade aos camponeses e na construção e reabilitação dos sistemas de regadio (o Governo moçambicano prevê investir, nos próximos dez anos, cerca de USD 540 milhões em irrigação, como forma de impulsionar a produção e a produtividade agrícola no país. O PES 2012 prevê a reabilitação de mais 5 mil hectares de regadio na província de Gaza e a construção de sistemas de regadio nas províncias de Sofala, de Tete e da Zambézia).

Também no Vale do Save (Inhambane) estão previstas obras de construção de infra-estruturas inseridas no projecto de construção de dois sistemas de irrigação com uma área conjunta de 2 mil hectares, para plantação de arroz, de milho, de feijão e de produtos hortícolas. O objectivo é que, até ao final da década, a área de regadio, em Moçambique, tenha mais do que duplicado, atingindo os 60 mil hectares visando impulsionar, particularmente, a produção de arroz, em que tem sido muito relevante a cooperação chinesa, e de hortícolas. O país possui 15 grandes bacias hidrográficas, das quais 9 partilhadas com países vizinhos, com potencial para apoiar o aumento da produtividade e produção agrária.

O desenvolvimento do sector agrícola e agro-industrial continua a ser um objectivo prioritário, na luta contra a pobreza e a dependência alimentar externa. Mais de 80% da área total de terra cultivada é usada para a produção em sequeiro de culturas alimentares básicas, ocupando o milho, a mandioca e os feijões cerca de 60% da área total cultivada. A horticultura ocupa apenas 5% e as culturas de rendimento (cana de açúcar, algodão, chá, oleaginosas, tabaco) são produzidas em apenas 6%. Onde se pratica agricultura de sequeiro, o risco de perda de colheitas devido a condições climáticas desfavoráveis é muito elevado em algumas regiões: ultrapassa os 50% em toda a região a sul do Rio Save e pode chegar a 75% no interior da Província de Gaza.

(15)

Estrutura sectorial da economia (V)

AGRICULTURA (III)

A campanha agrícola de 2011/12 registou um acréscimo face à campanha 2010/2011, sensivelmente 8.5%, valor em linha com as previsões do PES 2012, sendo de destacar as culturas da mandioca e do tomate com taxas de crescimento de aproximadamente 13%. Pela sua maior dimensão são de destacar, igualmente, as culturas de cereais (milho, sorgo e arroz), de leguminosas (feijão, amendoim) e de batata-reno.

O tabaco, o açúcar, o caju e o algodão são os produtos tradicionais da exportação de Moçambique:

i) Tabaco – Sector dominado pela maior maior empresa agrícola moçambicana (9ª maior do país em

volume de negócios e segunda empregadora), a Mozambique Leaf Tobacco, Lda (Tete, Zambézia), subsidiária da norte-americana Universal Corporation. Moçambique foi o quarto maior produtor africano de tabaco em 2010, atrás dos países limítrofes (Malawi, Zimbabué e Zâmbia);

ii) Açúcar – Moçambique conta com quatro açucareiras Marromeu e Mfambisse, ambas na província

de Sofala, e Maragra e Xinavane, na província de Maputo. Estão anunciados novos projectos nomeadamente para as províncias da Zambézia, de Sofala e de Gaza. A campanha de 2011/2012 registou mais um acréscimo significativo da produção de cana de açucar, mais de 50% desde 2010, o que reflecte não só a expansão das áreas de cultivo como melhorias de produtividade;

iii) Caju – Tem-se observado a recuperação da produção de caju resultante de políticas activas de apoio

à substituição de cajueiros velhos por variedades de crescimento mais rápido e programas de extensão agrária. A principal região de produção é a Província de Nampula nela se concentrando aproximadamente 50% da produção do país. Actualmente a produção ronda as 100 mil toneladas anuais, sendo objectivo do Governo a duplicação da produção até ao final da corrente década. Grande parte da produção é exportada em bruto, sobretudo para a Índia, maior importador mundial de castanha de caju, devido às carências internas ao nível do processamento;

iv) Algodão – A produção de algodão concentrou-se, historicamente, a norte do Rio Zambeze, onde

prevalecem as mais favoráveis condições agro-climáticas. As províncias de Nampula e de Cabo Delgado concentram aproximadamente dois terços da produção nacional. Encontram-se em Moçambique, alguns dos principais operadores internacionais do sector: Plexus (Reino Unido), OLAM (Singapura); China Africa Cotton (China). O mercado asiático absorve três quartos da exportação moçambicana de fibra.

(16)

Estrutura sectorial da economia (VI)

AGRICULTURA (IV)

O sector dos biocombústiveis continua, também, a ser estratégico para a redução da dependência petrolífera do país, área em que têm vindo a investir empresas estrangeiras, nomeadamente a Portucel (direito de uso e aproveitamento de 356 mil hectares nas províncias de Manica e da Zambézia) estando a ser testadas várias espécies de eucalipto, tendo em vista o futuro desenvolvimento, 2025, de um projecto integrado de produção florestal, pasta e energia com uma localização privilegiada face aos mercados asiáticos emergentes.

A Petrobras Biocombustível (Brasil), já produtora de açúcar em Moçambique, também manifestou a intenção de dar início à produção de etanol a partir do melaço. Com base na jatropha, também a GALP Buzi (parceria entre a GALP e a Companhia do Buzi, província de Sofala) anunciou a intenção de iniciar, em 2014, a produção e exportação de biodiesel. A Moçamgalp (parceria entre o grupo Visabeira e a GALP) também se encontra a desenvolver um projecto agro-industrial na área dos biocombústiveis. De acordo com o CEPAGRI – Centro para a Promoção da Agricultura, existem enormes oportunidades para a produção de cereais, de frutas, de flores e de hortaliças para o mercado local e para a exportação. O país já exporta diversos produtos, nomeadamente, flores, frutas cítricas, pimenta e colorau, para mercados europeus. O Vale do Zambeze constitui uma excelente oportunidade para o sector agrícola, de acordo com estudos de pré-viabilidade efectuados.

No corredor de Nacala, uma parceria entre instituições do Brasil, do Japão, de Moçambique e a FAO pretende promover o desenvolvimento da agro-indústria, tendo por suporte o denominado Fundo de Nacala, numa fase inicial USD 2 mil milhões. Apresenta, como paralelo, o projecto desenvolvido no Brasil, nos anos 70, para o desenvolvimento da zona do Cerrado, procurando reproduzi-lo nesta região de savana africana, com clima e solos semelhantes. O apoio à exploração agrícola privada é um elemento central do projecto procurando, o fundo, capturar recursos no Brasil e no Japão para o desenvolvimento agrícola na área do Corredor de Nacala.

(17)

Estrutura sectorial da economia (VII)

RECURSOS PESQUEIROS

Moçambique é um país com grandes potencialidades pesqueiras, derivadas da sua localização costeira, com uma extensão de litoral de 2 750 km e uma Zona Económica Exclusiva (ZEE) de 586 mil km2 de superfície oceânica, possuindo grande diversidade de recursos de pesca.

A Pesca industrial e semi-industrial constituem os sub-sectores envolvidos em actividades pesqueiras comerciais cuja produção é essencialmente para o mercado externo. Contudo, é importante notar que a estratégia de desenvolvimento, do sub-sector da Pesca Artesanal e da Aquacultura, tem como objectivo aumentar a produção nestes subsectores e criar mecanismos de acrescentar valor a esses produtos de forma a que tenham acesso ao mercado internacional, bem como melhorar o abastecimento a nível do mercado interno, contribuindo para a segurança alimentar e nutricional das populações e melhoria das condições de vida.

O potencial estimado de recursos pesqueiros é cerca de 300 mil toneladas, sendo cerca de 270 mil toneladas no mar e 30 mil toneladas em águas interiores. O PES 2012 prevê ter sido atingido, em 2011, um volume global de 178.2 mil toneladas e projecta-se, para 2012, um crescimento de 18.4%. Os recursos principais da pesca comercial, camarão e kapenta, já atingiram o seu nível máximo de exploração. É, na área da pesca de crustáceos de profundidade (gamba , lagostim, lagosta e caranguejo) que existe margem para aumentar a produção, assim se disponha dos meios apropriados.

Moçambique possui condições climáticas favoráveis e disponibilidade de áreas para o exercício da aquacultura. Em termos de recursos e potencialidade de desenvolvimento da aquacultura marinha, a costa de Moçambique subdivide-se em: Região Norte (favorável à cultura de bivalves, com condições também adequadas para a cultura de camarão), Região Centro – Norte (favorável à cultura de camarão, da tainha e de caranguejo de mangal) e Região Sul (favorável à cultura de camarão e de caranguejo). Zonas específicas, como a Baía de Inhambane e algumas zonas da Baía de Maputo, apresentam condições favoráveis à cultura de bivalves. Existe, também, potencialidade para a cultura de algas marinhas na região norte do país (Cabo Delgado e Norte de Nampula) e na região sul, em Inhambane.

(18)

Estrutura sectorial da economia (VIII)

RECURSOS MINERAIS

E ENERGÉTICOS (I)

Fontes: CPI Mozambique, KPMG, PES 2012, INP, ES Research - Research Sectorial.

O sector da energia e recursos naturais desempenha e continuará a desempenhar um papel determinante para o futuro da economia moçambicana. O desenvolvimento de grandes empreendimentos de produção de energia hidroeléctrica (Hidroeléctrica de Cahora Bassa), a prospecção e exploração de hidrocarbonetos (gás natural e petróleo), a exploração de carvão (Tete), de areias pesadas – Moma (Nampula) e Chibuto (Gaza) – e de outros metais, minérios industriais e pedras preciosas e semipreciosas, são elementos estruturantes da evolução do país nas próximas décadas. A este sector pertencem três das cinco maiores empresas de Moçambique, em 2011.

A relevância dada à indústria extractiva no PES 2012 – Plano Económico e Social para 2012, dá expressão aos objectivos de desenvolvimento económico, expressos no Programa Quinquenal do Governo para 2010-2014, na área dos recursos minerais. Moçambique possui um potencial e diversidade de recursos actualmente atestado pelas enormes reservas identificadas de gás natural, 80 a 110 triliões de pés cúbicos.

O ano de 2011 e os primeiros meses de 2012 foram marcados pelo anúncio de sucessivas descobertas de gás natural, de grande dimensão, no offshore de Moçambique. Depois de, em Outubro de 2011, a norte-americana Anadarko Petroleum, empresa operadora da Área 1 com uma participação de 36.5% (os restantes parceiros são a Mitsui&Co do Japão, 20%, a Bharat Petroleum e Videocon Industries, ambas da Índia, 10% cada, a estatal moçambicana Empresa Nacional de Hiodrocarbonetos,

15%, Cove Energy, da Irlanda, 8.5%) ter anunciado resultados de exploração que indicavam reservas de 10 triliões de pés cúbicos de gás natural, em finais de Novembro, as estimativas efectuadas foram sucessivamente revistas em alta, sendo anunciadas reservas entre 30 e 60 triliões de pés cúbicos. No final de Fevereiro de 2012, o Grupo Dutch Shell (Holanda) fez uma proposta de aquisição da Cove Energy, proposta que tem sido muito disputada, revelando o interesse que a exploração de hidrocarbonetos em Moçambique vem despertando, tendo sido coberta pelo grupo estatal tailandês PTT Exploration and Production, USD 1.9 mil milhões. Houve, também, uma manifestação de interesse, já retirada, por parte de um consórcio indiano, ONGC Videsh e GAIL.

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Estrutura sectorial da economia (IX)

Fontes: CPI Mozambique, PES 2011, INP, ES Research - Research Sectorial.

A alienação da posição da Cove Energy veio relançar a discussão sobre a tributação das mais valias ocorridas na venda de acções dos projectos mineiros nacionais de forma a proporcionar uma maior participação de Moçambique nos ganhos auferidos nos diferentes projectos de exploração em curso. A Cove Energy confirmou que lhe terá sido comunicado, pelo Governo de Moçambique, a aplicação de uma taxa de 12.8% sobre as mais valias resultantes da venda de activos.

A área de exploração offshore, Área 4, tem propiciado também um conjunto de descobertas muito relevantes. Nesta área, em que a italiana ENI é a empresa operadora (70%), em parceria com a portuguesa Galp Energia (10%), a sul-coreana Kogas (10%) e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos de Moçambique (10%), foram sucessivamente reforçadas as estimativas do potencial de gás natural para exploração, tendo sido fixadas, em 16 de Maio de 2012, entre 47 e 52 triliões de pés cúbicos.

A dimensão e a qualidade do gás natural descoberto justifica o estudo sobre o desenvolvimento, em larga escala, de um projecto de GNL, eventualmente no distrito de Palma, Norte da Província de Cabo Delgado, vocacionado para os mercados nacional, regional e internacional. Moçambique poderá vir a tornar-se, em 2018, no segundo maior exportador de gás natural de África, apenas atrás da Nigéria.

Na área da distribuição, a GALP Energia (Portugal) dispõe de uma rede de abastecimento com 29 postos (14 na cidade de Maputo) encontrando-se presente em todas as províncias com excepção do Niassa.

Actualmente, os únicos campos de gás em produção no país situam-se na província de Inhambane, Temane, de onde é exportado pela sul-africana Sasol, por gasoduto, para a África do Sul. Foi inaugurado, em Junho de 2012, uma nova unidade da central de processamento de gás natural que permite aumentar a produção anual em cerca de 50%, desta forma garantindo uma maior capacidade de oferta ao mercado externo e interno, nomeadamente, viabilizando a construção de centrais eléctricas em Ressano Garcia e Chokwé.

RECURSOS MINERAIS

E ENERGÉTICOS (II)

(20)

Estrutura sectorial da economia (X)

Fontes: CPI Mozambique, PES 2011, INP, ES Research - Research Sectorial.

A Petronas da Malásia encontra-se, igualmente, a desenvolver trabalhos e estudos geológicos e sísmicos de exploração de gás natural e petróleo em Moçambique, Áreas 3 e 6. Nas Áreas 2 e 5, o operador principal é a norueguesa Statoil (90%), pertencendo os restantes 10% à Empresa Nacional de Hidrocarbonetos. A multinacional australiana Rio Tinto também anunciou a descoberta de gás natural nas reservas de carvão que explora em Moatize, província de Tete, estando previstas operações de prospecção para o apuramento do volume de reservas e respectivo valor económico. Na área do carvão, Moçambique é considerado um dos países com maior potencial, a nível mundial, tudo indica que, em breve, terá uma posição de relevo na arena internacional como produtor e exportador deste recurso mineral, presentemente um recurso extensivamente pesquisado no país, devido à sua grande procura no mercado internacional, particularmente pela China, o Brasil, a Índia, o Japão e a Coreia do Sul.

A maioria dos recursos de Moçambique de carvão estão localizadas na província de Tete, estando também referenciado nas províncias de Manica e Niassa. Os recursos de carvão existem dentro de três bacias: Moatize; baixo Zambeze, e Mucanha-Vusi. Depósitos de carvão foram igualmente confirmados nos distritos de Changara, Cahora Bassa, e áreas de Magoe dentro da província de Tete, como resultado da recente atividade de exploração.

Grandes empresas internacionais como a brasileira Vale (Moatize), a australiana Rio Tinto (Benga e Zambeze), as britânicas Ncondezi Coal Company (Ncondezi) e Beacon Hill Resources – Minas de Moatize (Moatize), a JSPL da Índia (Changara), a Eta Star do Dubai (Moatize), a ENRC (Cahora Bassa), Minas de Revubuè – Talbot/Nippon Steel (Revubué) estão a operar em Moçambique.

RECURSOS MINERAIS

E ENERGÉTICOS (III)

(21)

Estrutura sectorial da economia (XI)

Fontes: CPI Mozambique, PES 2011, INP, ES Research - Research Sectorial.

O Grupo Rio Tinto e a Ncondezi Coal (Reino Unido) anunciaram a intenção de construir centrais térmicas afim de fornecer electricidade, não só às operações mineiras, como para reforçar o abastecimento da rede eléctrica de Moçambique e da África do Sul.

O escoamento da produção, que se prevê sofrer um acentuado incremento no decorre dos próximos anos, continua a ser uma das principais dificuldades com que as principais operadoras se vêm a debater. Estudos recentes indicam que Moçambique poderá ter reservas superiores a 23 mil milhões de toneladas de carvão mineral cuja exploração deverá tornar o País, a médio prazo, no maior exportador de carvão do continente africano. A melhoria das infra-estruturas rodoviárias e ferro-portuárias, para o escoamento do carvão, é um factor fundamental para que os projectos de prospecção, sobretudo na província de Tete, possam ser viabilizados. Em Agosto de 2011, a Vale fez o primeiro transporte de carvão para o porto da Beira, através da Linha do Sena. O novo terminal de carvão do Porto da Beira, parceria da Rio Tinto e da Vale com os Caminhos de Ferro de Moçambqiue, constituiu um importante passo para a realização da necessária capacidade de exportação para o sector carbonífero.

Em relação aos minérios industriais, o calcário tem sido o mais pesquisado em diversas áreas em que ocorre, nomeadamente, nos distritos de Búzi e de Muanza, em Sofala. Como resultado da pesquisa de calcário e gesso foram identificados jazigos, para a extracção de matérias-primas para alimentar novas fábricas de cimento, cujas instalações estão previstas na província de Maputo, de Sofala e de Tete. Desde que começou a explorar as reservas de areias pesadas de Moma, em 2007, uma das maiores do mundo, a irlandesa Kenmare Resources tem investido na extracção de ilmenite (minério preliminar do titânio), zircão e rútilo. Foi anunciado um reforço do investimento em, aproximadamente, EUR 150 milhões, para aumentar a produção de 800 mil toneladas para 1.2 milhões de toneladas. A empresa Delta Zambeze Consortium ganhou, em Junho de 2012, o concurso para a exploração das areias pesadas do Chibuto (Gaza), explorada, até 2009, pela australiana BHP-Billiton.

Algumas empresas estão a realizar estudos de viabilidade técnico-económica para a exploração e transformação de metais básicos como o ferro, o cobre, o níquel e o zinco, e também a exploração de grafite (Cabo Delgado) e fosfatos-fertilizantes(Nampula). A concretizarem-se estas acções, estaremos perante uma provável exploração de novos tipos de recursos mineiros nunca antes produzidos no país.

RECURSOS MINERAIS

(22)

Estrutura sectorial da economia (XII)

CONSTRUÇÃO E

INFRA-ESTRUTURAS (I)

Fontes: CPI Mozambique, PES 2011, INP, ES Research - Research Sectorial.

Tem-se acentuado o aumento da procura do mercado da construção em Moçambique, com grandes projectos na indústria extractiva, energia, e transportes.

O crescimento económico do país requer investimentos nas respectivas infra-estruturas, desenvolvidas em torno dos três principais corredores logísticos (Maputo, Beira e Nacala) que servem, não apenas as exportações de carvão, mas também o desenvolvimento dos outros sectores economia nacional e a ligação aos países do hinterland. Moçambique, através das suas infra-estruturas rodoviárias e ferroviárias possibilita o acesso ao mar dos países vizinhos sem costa (Zâmbia, Malawi, Zimbabué, Suazilândia, R.D. Congo, Botswana) sendo estas também indispensáveis ao desenvolvimento do interior do país. A Estratégia para o Desenvolvimento do Sistema de Transportes, em execução, prevê uma profunda intervenção ao nível das infra-estruturas logísticas do país.

A linha férrea do Sena deve duplicar a sua capacidade para 6 milhões de toneladas por ano até 2013, embora ainda seja insuficiente para atender à procura. A empresa estatal Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), uma vez concluída esta primeira fase, pretende prosseguir obras de expansão no sentido de permitir uma capacidade de transporte na Linha do Sena de 20 milhões de toneladas ano até 2016. Em paralelo, a remodelação do terminal de carvão do porto da Beira, inaugurada em Junho de 2012, para operar 6 milhões de toneladas por ano, com um custo de USD 200 milhões, vem oferecer um sistema moderno de recepção e descarregamento de vagões, armazenamento e carga de navios. Igualmente importante será a prevista recuperação da linha de Machipanda, permitindo a ligação da Beira ao Zimbabué.

Estão previstas linhas férreas adicionais a partir de Tete. Foi assinado um memorando de entendimento, com o Governo do Malawi, que prevê a construção de uma linha entre Moatize e Nacala, atravessando o sul do Malawi. O Porto de Nacala, um porto de águas profundas de excepção no contexto da África Oriental, apresenta também excelentes condições para o transhipment de navios de grande calado para navios menores, que depois se encarregam do escoamento de mercadorias por portos de menor dimensão da África Oriental. Entre os projectos que estão a ser desenvolvidos em Nacala-Porto consta uma terminal de carvão, pertencente à companhia Vale.

(23)

Estrutura sectorial da economia (XIII)

Fontes: CPI Mozambique, PES 2011, INP, ES Research - Research Sectorial.

O Governo moçambicano também está em negociações com o banco de Desenvolvimento da China para o desenvolvimento do Porto de Nacala-a-Velha e a construção de uma ligação ferroviária a Moatize, para favorecer a instalação de siderurgias na região.

A utilização do rio Zambeze, dadas as limitações da Linha do Sena, reveste-se de particular importância para os operadores mineiros, mas levanta dificuldades de natureza ambiental. Prosseguem estudos técnicos para o esclarecimento da viabilidade efectiva desta solução.

Entre outros investimentos aeroportuários prevê-se modernizar e ampliar o aeroporto internacional de Maputo, continuar a construção do aeroporto internacional de Nacala (a Odebrecht, empresa brasileira responsável pela obra prevê a sua conclusão em 2013) e dos novos aeroportos de Pemba e Tete.

De um modo geral, as infra-estruturas de transporte rodoviárias, ferroviárias, portuárias e aeroportuárias, necessitarão de ser melhoradas para responder ao crescimento económico do país. Este investimento é particularmente necessário onde há potencial de recursos minerais e agrícolas, para potenciar os investimentos efectuados e o respectivo impacto sobre o tecido económico.

Em Moçambique há também um grande potencial de investimento na área da habitação, estimando-se um déficit de 2.5 milhões de fogos e respectivas infra-estruturas de água, saneamento, energia e acessibilidade.

Na área da energia foi anunciado o lançamento de um concurso para a construção de uma ligação eléctrica entre o centro, Tete, e o sul de Moçambique, projecto orçado em EUR 2.7 mil milhões e a decorrer até 2016.

A REN (detentora de 7.5% da HCB) e a China Grid são referenciadas como parceiros neste projecto. Actualmente, a rede abastecida pela HCB – Hiodroeléctrica de Cahora Bassa, passa pela África do Sul, encarecendo os custos operacionais. A linha projectada terá mais de 1 500 Kms e deverá estar

CONSTRUÇÃO E

(24)

concluída dentro de três anos. Para além de ligar as províncias de Tete e Maputo, comportará subestações ao longo do percurso para permitir o fornecimento de electricidade às província de Gaza, Inhambane, Manica e Sofala. Futuramente a barragem de Mphanda Nkuwa irá permitir reforçar significativamente a capacidade disponível no sistema, aproximadamente 1 500 MW.

Estima-se que Moçambique possua 12 500 MW de potencial energético, o que corresponde a uma produção média anual de 60 000 GWh. A maioria do potencial está localizado no Rio Zambeze. De entre as localizações já estudadas destaca-se o potencial hidroeléctrico de Cahora Bassa, Mphanda Nkuwa, Boroma e Lupata. Até à data, o único potencial desenvolvido é a central hidroeléctrica de Cahora Bassa (2 075 MW), a montante de Mphanda Nkuwa.

O Governo moçambicano pretende, também, o envolvimento de investidores privados na área das energia renováveis, de forma a aumentar o número de pessoas com acesso à electricidade no país. O Governo aprovou, em Maio 2011, a estratégia de desenvolvimento de energias renováveis para os próximos quinze anos.

Um Plano de Desenvolvimento de infra-estruturas da SADC, Plano Mestre Regional para as Infra-estruturas, num valor global de aproximadamente USD 500 mil milhões, deverá ser aprovado ainda em 2012, destinando-se à melhoria dos sistemas de transportes, de comunicações, de geração e distribuição de energia, de abastecimento de água, e de equipamentos turísticos em toda a região. O plano deverá ser implementado em três fases de cinco anos, abrangendo o período 2012-2027. Este Plano pretende já reflectir o desafio que, ao nível das infraestruturas, a recém criada Área Tripartida de Comércio Livre (T-FTA) – abrangendo a SADC, a COMESA (Mercado Comum da África oriental e Austral) e a EAC (Comunidade da África Oriental) – lança aos estados da região.

Estrutura sectorial da economia (XIV)

Fontes: CPI Mozambique, PES 2011, INP, ES Research - Research Sectorial.

CONSTRUÇÃO E

INFRA-ESTRUTURAS (III)

(25)

Fontes: CPI Mozambique, PES 2011, INP, ES Research - Research Sectorial.

Estrutura sectorial da economia (XV)

INDÚSTRIA (I)

A produção industrial tem crescido a uma taxa média anual acima dos 3% no decurso dos dois últimos anos, prevendo-se que atinja os 3.6% em 2012. Os sectores que manifestam maior potencial de crescimento são o dos cimentos, do vestuário e também das indústrias alimentares e bebidas, que se expectativa virem a observar taxas de crescimento próximas de 10%.

Um forte investimento no sector de cimento vai triplicar a capacidade de produção até 2013, actualmente próximo de 1.3 milhões de toneladas anuais. Estão a entrar no mercado empresas da China, da Índia e da África do Sul com investimentos que poderão triplicar a produção de cimento em Moçambique, onde a Cimentos Moçambique (Cimpor) tem tido uma posição dominante. A entrada em funcionamento, no segundo semestre de 2011 do novo moinho da Cimentos da Matola (Cimpor) veio permitir reforçar desde logo a capacidade de produção do sector.

A indústria alimentar e de bebidas mantém uma forte dinâmica, com particular destaque para a produção de óleo, transformação de cereais, produção de produtos de pastelaria, de alimentos para animais e de bebidas. A Sumol+Compal anunciou um investimento de EUR 8 milhões numa fábrica em Moçambique, já aprovado pelas autoridades Moçambicanas, primeiro investimento do grupo fora de Portugal e que poderá ter efeitos multiplicadores sobre a agricultura local.

A multinacional suíça Nestlé anunciou a construção de uma fábrica de produção de alimentos na província de Sofala, no município do Dondo (a 30 Km da cidade da Beira). Trata-se de um investimento de EUR 21 milhões que visa, não só o mercado interno, como também o dos países do SADC,e que deveria estar a operar ainda em 2012.

A indústria metalúrgica de base, tem forte peso ao nível das exportações moçambicanas -actualmente o peso dos grandes projectos é de, aproximadamente, 75% - o cenário é de alguma estabilização ao nível da produção. Neste grupo inclui-se a maior empresa a operar em Moçambique: Mozal (fábrica de alumínio) e a nova Capital Star Steel no subsector do ferro e aço que se instalou na Zona Franca de Beloluane (Maputo).

(26)

Fontes: GAZEDA, PES 2011, INP, ES Research - Research Sectorial.

Estrutura sectorial da economia (XVI)

A Zona Económica Especial - ZEE de Nacala e a Zona Franca Industrial de Beloluane (Maputo) constituem zonas francas em que as empresas podem beneficiar de isenções fiscais especiais (rendimentos, IVA, direitos aduaneiros). Foi anunciado em Maio de 2012 a constituição de uma terceira ZEE, Manga-Mungassa, na Província de Sofala.

As ZEEs e as ZFIs (Zonas Francas industriais) gozam de benefícios fiscais e não fiscais aprovados por lei, tendo em vista promover e incentivar o desenvolvimento do País, nomeadamente através da isenção do pagamento de direitos aduaneiros e do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) na importação de equipamentos e materiais destinados à prossecução da actividade licenciada nas ZEE’s e ZFIs.

No âmbito das suas atribuições e competências, o GAZEDA - Gabinete das Zonas Económicas de Desenvolvimento Acelerado, pode garantir o acesso aos mencionados incentivos. O GAZEDA é um órgão do aparelho de Estado moçambicano, com autonomia administrativa, tutelado pelo Ministro que superintende a área de Planificação e Desenvolvimento. São atribuições do GAZEDA promover e coordenar todas as acções relacionadas com a criação, desenvolvimento e gestão das Zonas Económicas Especiais, incluindo as Zonas Francas Industriais.

INDÚSTRIA (II)

No Corredor de Maputo, apenas 75 km de Ressano Garcia, fronteira entre Moçambique e a República da África do Sul. A N4, que liga Maputo e o coração económico da África do Sul, Witbank, Joanesburgo e Pretória

serve o parque de Beloluane. Constitui o ponto terminal do eixo de transporte constituído pela estrada que a liga a capital Provincial (Nampula), aos países do Interland, em particular o Malawi e Zâmbia, conhecido por Corredor de Desenvolvimento de Nacala, sendo um pólo de

desenvolvimento económico e social.

(27)

Fontes: Inatur, PES 2012, WTTC, ES Research - Research Sectorial.

Estrutura sectorial da economia (XVII)

TURISMO (I)

Apesar do peso ainda diminuto no PIB do país, cerca de 2% (5% se considerarmos os efeitos indirectos), o sector do turismo tem vindo a recuperar o seu potencial, quer pela atracção de investimentos que têm reforçado a capacidade de alojamento e a qualidade do produto oferecido, quer pela melhoria das infra-estruturas de comunicações e transporte. As expectativas do WTTC – World Travel and Tourism Council preconizam uma taxa média de crescimento anual de aproximadamente 6% nos próximos dez anos. A maioria dos turistas que se deslocam a Moçambique é proveniente da África do Sul. Em 2010, 51% dos turistas foram provenientes do país vizinho. O Malawi, o Zimbabué, a Suazilândia, Portugal, a Alemanha, o Reino Unido e os Estados Unidos da América são os principais mercados emissores para Moçambique. Segundo a Direcção nacional de Turismo, o número de turistas estrangeiros que visitaram Moçambique em 2011 registou um crescimento de 11%, ao passar de 1.8 milhões em 2010 para cerca de 2 milhões em 2011.

O Governo declarou, em Julho 2011, quatro Zonas de Interesse Turístico, locais que apresentam condições naturais e culturais para a exploração do turismo: Pemba e Baía de Pemba (província de Cabo Delgado), áreas dos distritos do Lago e Lichinga (província de Niassa), concelho da Ilha de Moçambique e áreas do distrito de Mossuril – Matibane e Ilhas Crusse e Jamali – (província de Nampula), e Inhassoro (província de Inhambane). Moçambique, através do

desenvolvimento de projectos em locais específicos, pretende transformar estas províncias em importantes pólos de desenvolvimento de turismo de alta qualidade O projecto Arco-Norte, financiado pela agência norte-americana de Apoio ao Desenvolvimento Internacional – USAID, tem estado a providenciar assistência técnica a operadores turísticos das províncias nortenhas de Nampula, Niassa e Cabo Delgado.

De igual modo, os denominados projectos Âncora, em desenvolvimento nestas áreas, estimulando o crescimento

e o investimento no sector do turismo em Moçambique, Inhassoro

Pemba e Costa Leste até Murrébué

Baia de Pemba Lichinga

Lago

Mossuril

(28)

Fontes: Inatur, PES 2012, KPMG, ES Research - Research Sectorial.

Estrutura sectorial da economia (XVIII)

TURISMO (II)

através do desenvolvimento de projectos em locais específicos, pretendem transformar estas províncias em importantes pólos de desenvolvimento de turismo de alta qualidade. O desenvolvimento dos planos directores das áreas prioritárias, para investimento em turismo e a promoção da construção de infra-estruturas básicas nessas zonas, é um objectivo previsto no PES 2012. Está previsto um esforço de investimento na formação de profissionais para o sector e na construção e de novas unidades hoteleiras, no âmbito do projecto Kapulana promovido pelo Inatur – Instituto Nacional do Turismo responsável pela: promoção do desenvolvimento do sector do turismo, classificação dos estabelecimentos turísticos, desenvolvimento das zonas de interesse turístico, estudos e programas de desenvolvimento, promoção das actividades turísticas. O programa consiste na construção de unidades hoteleiras de padrão médio e alto, com custos acessíveis a serem geridos pelo empresariado nacional, em pelo menos 56 distritos de Moçambique, e de uma forma faseada, obedecendo a critérios de distribuição regional e à disponibilidade financeira da instituição.

Prosseguir com a reabilitação das Áreas de Conservação e a protecção da biodiversidade, efectuar acções de promoção visando posicionar Moçambique como destino turístico na classe mundial e desenvolver um sistema de gestão de informação turística estão entre os principais objectivos definidos no PES 2012 para a área do turismo.

Os mercados de nicho estratégicos para Moçambique, segundo o Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Turismo em Moçambique (2004-2013), são: i) Pesca de alto mar e mergulho; ii) Caça, observação de pássaros e ecoturismo; iii) Cruzeiro ; iv) Luxo (ilhas tropicais); v) Cultural. O perfil do turismo no Sul enfatiza o turismo regional e doméstico, o turismo litoral e os desportos aquáticos; a região centro posiciona-se melhor como um destino de ecoturismo e aventura, principalmente para mercados de nicho internacionais; a região norte tenderá a desenvolver-se como um exclusivo destino de praia e ecoturismo internacional com uma forte componente de cultura.

Os grupos portugueses Visabeira (detentor da Turvisa, maior empresa a operar em Moçambique no sector do turismo com cinco unidades em funcionamento e três com execução anunciada) e Pestana já possuem diversas unidades hoteleiras em Moçambique.

As principais operadoras aéreas a voar para os aeroportos moçambicanos são, para além das Linhas Aéreas Moçambicanas, a South African Airways, a TAP – Air Portugal, a Kenya Airways, a Ethiopian Airlines e a Airlink.

(29)

Estrutura Sectorial

Oferta Internacional do GBES

Contactos

Comércio Internacional, Bilateral com Portugal e Oportunidades

(30)

Fonte: UNComtrade.

Comércio Internacional – Parceiros

Importações de Moçambique por país, 2010

Ranking País Importações

(EUR milhões) Share (%) 1 África do Sul 924.9 34.4 2 Holanda 484.7 18.0 3 Índia 152.1 5.7 4 Portugal 116.2 4.3 5 China 98.0 3.6 6 Japão 95.2 3.5 7 Bahrein 71.4 2.7 8 Alemanha 59.9 2.2 9 Itália 56.3 2.1 10 EUA 56.1 2.1

Exportações de Moçambique por país, 2010

Ranking País Importações

(EUR milhões) Share (%) 1 Holanda 891.1 52.7 2 África do Sul 352.2 20.8 3 Portugal 81.7 4.8 4 China 60.0 3.5 5 Zimbabué 54.3 3.2 6 Espanha 23.1 1.4 7 Índia 22.9 1.4 8 Malawi 20.3 1.2 9 Alemanha 15.4 0.9 10 Indonésia 13.5 0.8

(31)

Comércio Internacional – Mercadorias importadas

e exportadas (Mundo)

Top 10 das importações de Moçambique, 2010

Top 10 das exportações de Moçambique, 2010

Fonte: UNComtrade. Produtos (N.C. 4) 2010 (EUR Milhões) Share (%) TCMA05-10 (%)

2710 - Óleos de petróleo ou de minerais betuminosos (excepto

óleos brutos) 392.5 14.6 9.4

2716 - Energia eléctrica 118.7 4.4 13.1

8704 - Veículos automóveis para transporte de mercadorias,

incluídos chassis com motor e cabine 110.5 4.1 6.1

8703 - Automóveis de passageiros e outros veículos automóveis principalmente concebidos para transporte de pessoas (excepto os autocarros da posição 8702)

59.8 2.2 6.3

1006 - Arroz 55.9 2.1 -8.5

1001 - Trigo e mistura de trigo com centeio 48.4 1.8 2.5

2523 - Cimentos hidráulicos, incluídos cimentos não

pulverizados, denominados clinkers, mesmo corados 41.6 1.5 9.8

1511 - Óleo de palma e suas fracções, mesmo refinados, mas

não químicamente modificados 39.5 1.5 17.4

7308 - Construções e suas partes, por exemplo: pontes e elementos de pontes, comportas, torres, pórticos, pilares colunas, armações, extruturas para telhados

33.7 1.3 17.6

8429 - Bulldozers, angledozers, niveladoras, raspo-transportadoras "scrapers", pás mecânicas, escavadoras, carregadoras e pás carregadoras 31.0 1.2 36.0 Produtos (N.C. 4) 2010 (EUR Milhões) Share (%) TCMA05-10

7601 - Alumínio em formas brutas 874.2 51.7 1.3

2716 - Energia eléctrica 208.5 12.3 12.8

2401 - Tabaco não manufacturado; desperdícios de tabaco 107.5 6.4 25.3

2711 - Gás de petróleo e outros hidrocarbonetos gasosos 102.0 6.0 4.9

0306 - Crustáceos, mesmo sem casca, vivos, frescos, refrigerados, congelados, secos, salgados ou em salmoura; crustáceos com casca, cozidos em água

39.4 2.3 -9.1

4407 - Madeira serrada ou endireitada longitudinalmente, cortada ou desenrolada, mesmo aplainada, polida ou unida pelas extremidades,

32.7 1.9 52.1

2710 - Óleos de petróleo ou de minerais betuminosos (excepto

óleos brutos); 26.4 1.6 13.1

5001 - Casulos de bicho-da-seda próprios para dobar 21.9 1.3 n.a.

0713 - Legumes de vagem, secos, em grão, mesmo pelados

ou partidos 16.9 1.0 32.6

0801 - Cocos, castanhas do brasil e castanha de cajú, frescos

(32)

Fontes: INE, Banco de Portugal.

Comércio Internacional – Relações bilaterais

com Portugal (I)

Balança de mercadorias e serviços de Portugal

com o Moçambique, 2006, 2010 e 2011

(EUR milhões)

Taxa de Crescimento Médio Anual (TCMA)

TCMA06-11 das exportações = 22.8% TCMA06-11 das importações = 7.8%

Saldo Superavitário EUR 223 milhões Em 2011, 2 036 sociedades exportavam mercadorias para Moçambique Em 2010, 1 518 sociedades exportavam mercadorias para Moçambique +34% 218 45 86 37 2011 Importações Exportações 874 Serviços (45%) Merc. (55%) Serviços (28%) Merc. (72%) 109 213 305 56 61 82 2006 2010 2011

(33)

Comércio Internacional – Relações bilaterais

(mercadorias) com Portugal (II)

Top 10 importações portuguesas de Moçambique, 2011

Top 10 exportações portuguesas para Moçambique, 2011

Fontes: INE, Banco de Portugal.

Produtos (N.C. 4) 2011 (EUR Milhões) Share (%) TCMA06-11 (%)

1701 - Açúcares de cana ou de beterraba e sacarose

químicamente pura, no estado sólido 20.7 49.3 41.6

0306 - Crustáceos, mesmo sem casca, vivos, frescos, refrigerados, congelados, secos, salgados ou em salmoura

9.2 21.8 -12.4

2401 - Tabaco não manufacturado; desperdícios de

tabaco 8.9 21.3 46.3

5201 - Algodão não cardado nem penteado 2.2 5.3 -12.2

0302 - Peixes frescos ou refrigerados (excepto filetes de

peixe e outra carne de peixes da posição 0304) 0.2 0.4 -23.6 8544 - Fios e cabos, incluídos os cabos coaxiais, e

outros condutores, isolados para usos eléctricos; cabos de fibras ópticas

0.2 0.4 353.7

1202 - Amendoins não torrados nem de outro modo

cozidos, mesmo descascados ou triturados 0.1 0.2 n.d.

0713 - Legumes de vagem, secos, em grão, mesmo

pelados ou partidos 0.1 0.2 n.d.

7108 - Ouro, incluído o ouro platinado, em formas brutas

ou semimanufacturadas ou em pó 0.1 0.2 13.0

5308 - Fios de outras fibras têxteis vegetais e fios de papel (excepto fios de linho, fios de juta ou de outras fibras têxteis liberianas, da posição 5303 e fios de

0.0 0.1 n.d. Produtos (N.C. 4) 2011 (EUR Milhões) Share (%) TCMA06-11 (%)

8429 - Bulldozers, angledozers, niveladoras, raspo-transportadoras "scrapers", pás mecânicas, escavadoras, carregadoras e pás carregadoras,

10.3 4.7 67.0

8504 - Transformadores eléctricos, conversores eléctricos estáticos (por exemplo: rectificadores) e bobinas de reactância e de auto-indução

9.2 4.2 36.8

8544 - Fios e cabos, incluídos os cabos coaxiais, e outros condutores, isolados para usos eléctricos; cabos de fibras ópticas

9.2 4.2 23.0

8901 - Transatlânticos, barcos de cruzeiro, ferry-boats, cargueiros, chatas e embarcações semelhantes, para o transporte de pessoas ou de mercadorias

8.4 3.8 n.d.

4901 - Livros, brochuras e impressos semelhantes,

mesmo em folhas soltas 8.1 3.7 0.6

7308 - Construções e suas partes 7.7 3.5 25.8

9403 - Móveis e suas partes 5.7 2.6 40.4

8517 - Aparelhos eléctricos para telefonia ou telegrafia,

por fios 5.1 2.4 27.5

2204 - Vinhos de uvas frescas 5.1 2.3 7.2

8537 - Quadros, painéis, consolas, cabinas, armários e

(34)

Oportunidades de exportação de mercadorias (I)

Conjunto de produtos (mercadorias) identificadas como necessidades (importações) dos

Moçambique, com capacidade portuguesa de produção e exportação, representando oportunidades para aumentar o volume de exportações portuguesas para os Moçambique.

Top 10 das Oportunidades de exportação para Moçambique

3102 - Adubos (fertilizantes) minerais ou químicos, azotados (nitrogenados) (excepto apresentados em tabletes ou formas semelhantes, ou ainda em embalagens com peso bruto = < 10 kg) 2204 - Vinhos de uvas frescas, incluídos os vinhos enriquecidos

com álcool; mosto de uvas excluídos os da posição 2009

8507 - Acumuladores eléctricos e seus separadores, mesmo de forma quadrada ou rectangular (excepto inservíveis, assim como, de borracha não endurecida ou matérias têxteis)

7310 - Reservatórios, barris, tambores, latas, caixas e recipientes semelhantes para quaisquer matérias (excepto gases

comprimidos ou liquefeitos), de ferro fundido, ferro ou aço

8708 - Partes e acessórios para tractores, autocarros, automóveis de passageiros, veículos automóveis para transporte de mercadorias e veículos automóveis 4014 - Artigos de higiene ou de farmácia, incluídas as

chupetas, de borracha vulcanizada não endurecida, mesmo com partes de borracha endurecida

8428 - Máquinas e aparelhos de elevação, de carga, de descarga ou de movimentação, por exemplo: elevadores, escadas rolantes, transportadores, teleféricos

8207 - Ferramentas intercambiáveis para ferramentas manuais, mesmo mecânicas, ou para máquinas-ferramentas

7010 - Garrafões, garrafas, frascos, boiões, vasos, embalagens tubulares, ampolas e outros recipientes de vidro próprios para transporte ou

embalagem de mercadorias; boiões de vidro para conservas

6309 - Artefactos de matérias têxteis, tais como, vestuário e seus acessórios, cobertores e mantas, roupas de cama e mesa e artigos para guarnição de interiores, calçado, chapéus e artefactos de uso semelhante,

(35)

Oportunidades de exportação de mercadorias (II)

Top 10 das Oportunidades de exportação para Moçambique

(Valores e ranking das importações mundiais de Moçambique )

Fontes: UNComtrade, OCDE, ES Research - Research Sectorial.

Produtos (N.C. 4) 2006 (EUR Milhares) 2010 (EUR Milhares) TCMA06-10 (%) Rank 2010 Share (%)

3102 - Adubos (fertilizantes) minerais ou químicos, azotados (nitrogenados) (excepto apresentados em

tabletes ou formas semelhantes, ou ainda em embalagens com peso bruto = < 10 kg) 10 183.7 28 148.5 28.9 12 1.0 8428 - Máquinas e aparelhos de elevação, de carga, de descarga ou de movimentação, por exemplo:

elevadores, escadas rolantes, transportadores, teleféricos 2 904.7 21 361.8 64.7 17 0.8

8708 - Partes e acessórios para tractores, autocarros, automóveis de passageiros, veículos automóveis para

transporte de mercadorias e veículos automóveis 10 519.6 15 313.8 9.8 23 0.6

6309 - Artefactos de matérias têxteis, tais como, vestuário e seus acessórios, cobertores e mantas, roupas de

cama e mesa e artigos para guarnição de interiores, calçado, chapéus e artefactos de uso semelhante, 10 644.6 15 048.7 9.0 25 0.6 7010 - Garrafões, garrafas, frascos, boiões, vasos, embalagens tubulares, ampolas e outros recipientes de

vidro próprios para transporte ou embalagem de mercadorias; boiões de vidro para conserva 4 177.6 9 113.0 21.5 41 0.3 7310 - Reservatórios, barris, tambores, latas, caixas e recipientes semelhantes para quaisquer matérias

(excepto gases comprimidos ou liquefeitos), de ferro fundido, ferro ou aço 6 216.3 8 892.3 9.4 44 0.3 4014 - Artigos de higiene ou de farmácia, incluídas as chupetas, de borracha vulcanizada não endurecida,

mesmo com partes de borracha endurecida 1 510.1 8 878.8 55.7 45 0.3

8207 - Ferramentas intercambiáveis para ferramentas manuais, mesmo mecânicas, ou para

máquinas-ferramentas 596.2 8 237.2 92.8 49 0.3

2204 - Vinhos de uvas frescas, incluídos os vinhos enriquecidos com álcool; mosto de uvas excluídos os da

posição 2009 2 511.5 7 163.3 30.0 57 0.3

8507 - Acumuladores eléctricos e seus separadores, mesmo de forma quadrada ou rectangular (excepto

(36)

Outros sectores

3917 - Tubos e seus acessórios, p.ex. juntas, cotovelos, flanges, uniões, de plástico

3923 - Artigos de transporte ou de embalagem, de plástico; rolhas, tampas, cápsulas e outros

dispositivos destinados a fechar recipientes, de plástico

3924 - Serviços de mesa e outros artigos de uso doméstico, de higiene ou de toucador, de plástico (e artigos semelhantes para usos sanitári os

Nuvem de Oportunidades de exportação para Moçambique

Plástico e suas obras

Produtos agrícolas e alimentares

7324 - Artefactos de higiene ou de toucador, e suas partes, de ferro fundido, ferro ou aço

8205 - Ferramentas manuais, incluídos os corta-vidros, de metais comuns, lâmpadas ou lamparinas de soldar (maçaricos) e semelhantes; tornos de apertar 8301 - Cadeados, fechaduras e ferrolhos (de chave, de segredo ou eléctricos), de metais comuns; fechos e armações com fecho, com fechadura, de metais comuns; chaves para estes artigos, de metais comuns

8303 - Cofres-fortes, portas blindadas e

compartimentos para casas-fortes, cofres e caixas de segurança e artefactos semelhantes,

Metais comuns e suas obras

1209 - Sementes, frutos e esporos, para sementeira 1905 - Produtos de padaria, de pastelaria ou da indústria de bolachas e biscoitos, mesmo adicionados de cacau, hóstias, cápsulas vazias para

medicamentos, obreias, pastas secas

2009 - Sumos de frutas, incluídos os mostos de uvas, ou de produtos hortícolas não fermentados, sem adição de álcool

2104 - Preparações para caldos e sopas; caldos e sopas preparados; preparações alimentícias constituídas por uma mistura finamente

homogeneizada de diversas substâncias de base

3209 - Tintas e vernizes, à base de polímeros sintéticos ou de polímeros naturais modificados, dispersos ou dissolvidos num meio aquoso 4819 - Caixas, sacos, bolsas, cartuchos e outras embalagens, de papel, cartão, pasta (ouate) de celulose ou de mantas de fibras de celulose;

cartonagens para escritórios, lojas e estabelecimentos semelhantes

4821 - Etiquetas de qualquer espécie, de papel ou cartão, impressas ou não

6910 - Pias, lavatórios, colunas para lavatórios, banheiras, bidés, sanitários, aparelhos fixos semelhantes para usos sanitários, de cerâmica 6908 - Ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento, vidrados ou esmaltados,

6401 - Calçado impermeável de sola exterior e parte superior de borracha ou plástico

9402 - Mobiliário para medicina, cirurgia, odontologia ou veterinária,cadeiras para salões de cabeleiro e cadeiras semelhantes,

8463 - Máquinas-ferramentas para trabalhar metais ou ceramais

8470 - Máquinas de calcular e máquinas de bolso, máquinas de contabilidade, máquinas de franquear, de emitir bilhetes

8530 - Aparelhos eléctricos de sinalização (excepto os de transmissão de mensagens), de segurança, de controlo ou de comando, para vias férreas ou

semelhantes, vias terrestres ou fluviais, para áreas ou parques de estacionamento, instalações portuárias 8547 - Peças isolantes

Oportunidades de exportação de mercadorias (III)

(37)

Estrutura Sectorial

Apoios à Internacionalização do GBES: Unidade Internacional Premium

Oferta Internacional do GBES

Contactos

(38)

Apoio à Internacionalização do GBES (I)

O BES é o banco nacional com maior presença internacional (24 países distribuídos por 4 continentes) e o com a melhor oferta internacional: pelo 5º ano consecutivo foi galardoado com o prémio “The Best Trade Finance Bank”.

Edimburgo Dublin Londres Madrid Lisboa Paris Varsóvia Colónia Lausana Milão Argel Tripoli Luanda Maputo Joanesburgo Mumbai Macau Xangai Hong Kong Rio de Janeiro São Paulo Ilhas Caimão Cidade do México Miami Newark Toronto Nova Iorque Nassau Cabo Verde Caracas

12 Subsidiárias e Associadas: BES Angola, BES Oriente (Macau), BES Cabo Verde, BES Investimento do Moçambique, Moza Banco (Moçambique), BES Vénétie (França), ES Bank (Moçambique), ES plc (Irlanda), BES Investimento da Polónia, Aman Bank (Tripoli) e IJAR Leasing (Argel), Execution Noble (China e Índia)

6 Sucursais Internacionais: Espanha, Nova Iorque, Londres, Flórida, Nassau e Ilhas Caimão.

1 Sucursal Financeira Exterior: Madeira.

17 Escritórios de Representação e de Remessas: Toronto, Cidade do México, Caracas, Rio de Janeiro, São Paulo, Lausana, Genebra, Zurique, Londres, Colónia, Milão, Joanesburgo, Xangai, New Jersey, Connecticut, Rhode Island.

(39)

Apoio à Internacionalização do GBES (II)

O Moza Banco tem o compromisso para ser o Banco das Empresas Portuguesas que fazem negócios com e em Moçambique

Banco a operar desde Junho 2008.

Actividade focada no segmento corporate, private e affluent.

Rede actual de 10 Agências (20

Unidades Negócio). Expansão da Rede

Comercial a todas as Províncias em curso, devendo atingir um total de 23 Agências que correspondem a 36 Unidades Negócio (22 Agências, 10 Centros Corporate, 4 Centros Private).

Ampla oferta de produtos na área Corporate, nomeadamente:

Trade Finance: Créditos

documentários de importação e Exportação, Cobranças de

Importação/ exportação, Garantias Bancárias

Financiamentos para projectos de Investimento e gestão de tesouraria

Oferta Transaccional no mercado

Doméstico e Internacional Sofala Tete Nampula Cabo Delgado Zambézia Inhambane Gaza Manica Maputo Niassa

17

(13)

1

(1)

3

(1)

5

(2)

4

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1

(1)

1

(1)

2

(1)

0

(0)

2

(1)

#

(#) Nº Unidades Negócio Dez 2012 (36)(Nº Agências Bancárias) Dez 2012 (23)

Coal mines Water dam

Ports and railways Oil and gas

Referências

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