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BOLETIM DO MUSEU NACIONAL NOVA SÉRIE RIO DE JANEIRO - BRASIL

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BOLETIM DO MUSEU NACIONAL

NOVA SÉRIE

RIO DE JANEIRO - BRASIL

ISSN 0080-312X

ZOOLOGIA N

o

498 22 DE JANEIRO DE 2003

TRÊS NOVOS REGISTROS DE ESPONJAS

(PORIFERA, DEMOSPONGIAE) PARA ÁGUAS CONTINENTAIS

DO ESTADO DE SÃO PAULO

(1)

(Com 4 figuras)

ULISSES DOS SANTOS PINHEIRO (2) (3) EDUARDO HAJDU (3) (4) MARIA ELISABETH CABALLERO (5)

RESUMO: São fornecidas as redescrições de três espécies para o Estado de São Paulo: Oncosclera navicella (Carter, 1881), Uruguaya corallioides (Bowerbank, 1863) e Corvospongilla seckti Bonetto & Ezcurra-De-Drago, 1966, elevando para nove o número de espécies conhecidas no Estado. Os espécimes foram coletados no Rio Tietê, no Município de Itapura, SP. Foram observadas pela primeira vez microespinações nas gemoscleras de Oncosclera navicella, o que aproxima esta espécie de O. petricola. As três espécies redescritas neste trabalho são pela primeira vez registradas para a Bacia do Alto Paraná, sendo estes registros intermediários às duas populações anteriormente conhecidas, fortalecendo o reconhecimento de uma fauna de esponjas Amazônico-Paraneana. É fornecida uma chave para identificação das espécies de esponjas de águas continentais do Estado de São Paulo.

Palavras-chave: Taxonomia, Porifera, Brasil, esponjas dulciaqüícolas, Bacia do Alto Paraná, Potamolepidae, Spongillidae.

ABSTRACT: Three new records of freshwater sponges (Porifera, Demospongiae) for São Paulo State. We offer the redescription of three species for São Paulo State: Oncosclera navicella (Carter, 1881), Uruguaya corallioides (Bowerbank, 1863) and Corvospongilla seckti Bonetto & Ezcurra-De-Drago, 1966, thus raising to nine the state’s known species. The specimens were collected at Tietê River, in the municipality of Itapura, SP. Microspinations were for the first time observed in the gemmoscleres of Oncosclera navicella, which approached this species of O. petricola. The three species redescribed in this paper were for the first time recorded from High Paraná Basin, being this record intermediate to both previously known populations, strengthening the recognition of an Amazonian-Paranaean fauna of sponges. A key is presented for the identification of the species of freshwater sponges of São Paulo State. Key words: Taxonomy, Porifera, Brazil, freshwater sponges, High Paraná Basin, Potamolepidae, Spongillidae.

1 Submetido em 19 de julho de 2001 Aceito em 06 de maio de 2002.

2 Universidade de São Paulo, Centro de Biologia Marinha. Caixa Postal 83, São Sebastião, 11600-970, SP, Brasil. Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Proc.E26/150.371/98-FAPERJ). E-mail: uli6@bol.com.br.

3 Museu Nacional/UFRJ, Departamento de Invertebrados. Quinta da Boa Vista, São Cristóvão, 20940-040, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

4 Bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e tecnológico (CNPq). E-mail: hajdu@acd.ufrj.br.

(2)

INTRODUÇÃO

As esponjas dulciaqüícolas constituem uma das faunas mais parcamente conhecidas em todo o mundo, tendo sido registradas até o momento 149 espécies (VOLKMER-RIBEIRO, 1999). No Brasil, são conhecidas 44 espécies, sendo apenas seis para o Estado de São Paulo (Fig.1): Eunapius fragilis (Leidy, 1851) (WELTNER, 1895),

Metania spinata (Carter, 1881) (em TRAXLER, 1895, como Tubela spinata;

VOLKMER-RIBEIRO, 1992; MELÃO & ROCHA, 1996), Corvomeyenia thumi (Traxler, 1895) (TRAXLER, 1895; VOLKMER-RIBEIRO, 1992), Radiospongilla amazonensis Volkmer-Ribeiro, 1983 (CARVALHO, 1942 como Ephydatia crateriformis; VOLKMER-RIBEIRO, 1992), Trochospongilla variabilis Bonetto & Ezcurra-De-Drago, 1973 (em VOLKMER-RIBEIRO, 1992) e Dosilia pydaniele Volkmer-Ribeiro, 1992 (TRAXLER, 1895, como Meyenia plumosa var. palmeri; VOLKMER-RIBEIRO, 1992).

O Rio Tietê é um dos principais rios do Estado de São Paulo. Ele pertence à Bacia do Alto Paraná e atravessa a cidade de São Paulo, uma das maiores metrópoles da América Latina com seus corpos-d’água altamente eutrofizados. Sendo as esponjas excelentes bioindicadores (MURICY, 1991; CARBALLO, NARANJO & GARCIA-GOMEZ, 1996; VOLKMER-RIBEIRO, 1999; PÉREZ, 2000), a ocorrência e a identificação de tal fauna torna-se importante para propiciar futuras avaliações de impactos ambientais ou mesmo o repovoamento em situações de recuperação pós-impacto.

O presente trabalho tem como objetivo registrar três espécies de esponjas dulciaqüícolas no Estado de São Paulo, aumentando de seis para nove o número de registros de ocorrência de esponjas no estado. É ainda fornecida uma chave de identificação para as esponjas dulciaqüícolas do Estado de São Paulo.

MATERIAL E MÉTODOS

Os espécimes foram coletados no Rio Tietê (Fig1), no município de Itapura, SP (20º21’S - 51º32’W), entre novembro de 1997 e dezembro de 1999, através de mergulhos livres e autônomos. As esponjas estavam fixadas em um naufrágio, próximo à foz do rio (Fig.1C) e na parede da antiga Usina Eloi Chaves, atualmente submersa (Fig.1C). A maioria dos espécimes (MNRJ 1865-1867, 1700) foi conservada em álcool a 70% e depois seca em estufa, enquanto o espécime MNRJ 2964 foi conservado a seco desde a coleta. Lâminas microscópicas de espículas dissociadas foram preparadas conforme VOLKMER-RIBEIRO (1985) e lâminas de corte espesso conforme RÜTZLER (1978). Para a Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) o material foi preparado conforme VOLKMER-RIBEIRO & TAVARES (1995). A estrutura esquelética foi observada em Microscópio Óptico (MO) e fotos das espículas tomadas em MO e em MEV. A classificação utilizada das bacias hidrográficas brasileiras segue CUNHA (1998).

Abreviaturas utilizadas: (AM) Estado do Amazonas, (IBCCF) Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, (MNRJ) Museu Nacional - Rio de Janeiro, (MCN) Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, (MS) Estado do Mato Grosso do Sul, (SP) Estado de São Paulo e (UFMS) Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, (UHE) Usina Hidrelétrica.

(3)

Fig.1- Distribuição de esponjas dulciaqüícolas no Estado de São Paulo. (A) América do Sul; (B) Estado de São Paulo: (1) Rio Tietê (Corvospongilla seckti, Oncosclera navicella, Uruguaya corallioides), (2) Brotas (Metania spinata), (3) Porto Ferreira (Corvomeyenia thumi, Dosilia pydaniele, Metania spinata, Radiospongilla amazonensis, Trochospongilla variabilis), (4) Ribeira do Iguape (Radiospongilla amazonensis); (C) Foz do Rio Tietê - Estações de coleta: (1) naufrágio, (2) Usina Eloi Chaves (atualmente submersa); (MS) Estado de Mato Grosso do Sul; (SP) Estado de São Paulo.

RESULTADOS

Família Potamolepidae Brien, 1967 Gênero Oncosclera Volkmer-Ribeiro, 1970

Oncosclera navicella (Carter, 1881)

(Figs.2A-C; 3)

Para sinonímias consultar TAVARES & VOLKMER-RIBEIRO (1997).

Material estudado – BRASIL, SÃO PAULO, Itapura, Rio Tietê: MNRJ 1865, Col. R.A.Franco, 01/VIII/1998, prof. desconhecida; MNRJ 1867 (parte), Col. R.A.Franco, 01/VIII/1998, prof. 8m.

Diagnose – Espécie de Oncosclera com gemoscleras óxeas infladas e/ou com forma de bumerangue (Fig.2B-C).

(4)

Hábito– Esponja maciça, de cor creme quando seca, de consistência dura, com a superfície com diversos orifícios, mas ósculos não foram constatados. O espécime MNRJ 1867 tem 2cm de comprimento por 6cm de largura e 2cm de espessura e MNRJ 1865 tem 4cm de comprimento por 3cm de largura e 2cm de espessura.

Esqueleto. O esqueleto ectossomal não foi observado devido à superfície se encontrar macerada. Esqueleto coanossomal com reticulação isodictial, em sua maioria unispicular. Poucos feixes pauciespiculares irregulares podem ser vistos. Megascleras isoladas espalhadas aleatoriamente são comuns.

Megascleras. Acantóxeas, lisas e ligeiramente encurvadas, com as pontas gradualmente afiladas (Fig.2A): 252-283-320μm de comprimento por 18-24μm de largura.

Microscleras. Ausentes.

Gemoscleras. Óxeas curtas e espessas (Fig.2B-C), de ligeiramente a muito curvas ou ainda na forma de bumerangue, podendo ter a porção média inflada. Quando observadas em microscopia óptica aparentam ser lisas (Fig.2C), mas através do MEV são observáveis microespinações em toda a sua superfície (Fig.2B): 85-99-145μm de comprimento por 10-18μm de largura

Gêmulas. Não encontradas nos espécimes examinados.

Ecologia – Todos os espécimes coletados estavam fixados em parede de concreto. O espécime MNRJ 1867 está entremeado com Corvospongilla seckti Bonetto & Ezcurra-De-Drago, 1966 (Fig.3).

Distribuição em águas continentais brasileiras – BACIA AMAZÔNICA- Amazonas: Rio Amazonas (Parintins), Rio Cuieiras, Rio Tapajós, (CARTER, 1881; GEE, 1930, 1932; VOLKMER-RIBEIRO, 1970; DE ROSA-BARBOSA, 1980); Pará: Rio Tapajós (Santarém) (TAVARES & VOLKMER-RIBEIRO, 1997); Rondônia: Rio Jamari a jusante da UHE Samuel (Porto Velho) (TAVARES & VOLKMER-RIBEIRO, 1997); BACIA DO RIO TOCANTINS- Pará: Rio Tocantins, a jusante da UHE Tucuruí (Nazaré dos Patos), Rio Tocantins, a jusante da UHE Tucuruí (Tucuruí) (VOLKMER-RIBEIRO & HATANAKA, 1991; TAVARES & VOLKMER-RIBEIRO, 1997); BACIA DO SÃO FRANCISCO- Bahia: Lago do Sem-sem, na margem direita do Rio São Francisco (Sentosé) (TAVARES & VOLKMER-RIBEIRO, 1997); BACIA DO PARANÁ- São Paulo: Rio Tietê (Itapura) no presente trabalho; BACIA DO ATLÂNTICO SUDESTE- Rio Grande do Sul: Rio Jacuí (Arroio do Tigre, General Câmara, São Jerônimo, São Jerônimo/Butiá), Rio Cai (Nova Petrópolis), Rio Ibicuí-Mirim (Santa Maria), lagoa na confluência do Rio Ibicuí-Mirim com Toropí (São Vicente do Sul) (VOLKMER-RIBEIRO

et al. (1975) e em DE ROSA-BARBOSA (1984); Rio Guaíba (Porto Alegre, Viamão,

Barra do Ribeiro, Guaiba, ocorrência verificada indiretamente, através de conteúdo estomacal de peixes) (VOLKMER-RIBEIRO & GROSSER, 1981).

Comentários – As gêmulas não foram encontradas no material estudado provavelmente por se localizarem normalmente na porção basal do espécime (VOLKMER-RIBEIRO, 1970), que não foi retirada do substrato durante a coleta. Gemoscleras foram, entretanto, encontradas junto ao material preparado para visualização das megascleras e microscleras. Esta espécie possui grande variação ecomórfica, pois quando coletada em ambientes lóticos, o comprimento de suas megascleras não chega a 200μm, e em ambientes lênticos já foram registrados valores de até 340μm (BONETTO & EZCURRA-DE-DRAGO, 1962). Nossos espécimes possuem o comprimento das megascleras dentro da faixa de variação da espécie (252-320μm), corroborando nossa identificação (Tab.1).

(5)

Fig.2- (A-C) Oncosclera navicella: (A) megasclera óxea, (B, C) gemosclera acantóxea, (D, E, F) Uruguaya corallioides: (D) megasclera estrôngilo microacantoso em detalhe, (E) megasclera estrôngilo microacantoso, (F) gemosclera estrôngilo levemente centrotiloto; (G, H, I, J, K) Corvospongilla seckti: (G) megasclera em detalhe, (H) megasclera acantostrôngilo, (I) microsclera birrótula, (J) gemosclera (acantóxea), (K) gemosclera (acantostrôngilo). A, B, D, F, G, I, J, K, L (ao microscópio de varredura); C, E, H (ao microscópio óptico).

(6)

TABELA 1

Dados micrométricos de Oncosclera navicella (Carter, 1881) (comprimento/espessura; mínimo-média-máximo, sempre que possível) Espécimes Localidades Megascleras (Óxeas) Microscleras (Óxeas) MNRJ 1865 Rio Tietê, SP, Brasil 1 252-288-320/19-24 85-102-130/10-12

MNRJ 1867 Rio Tietê, SP, Brasil 1 252-277-291/18-23 85-97-145/15-18

* Rio San Javier, Argentina 2 215-325/8-24 55-170/12-21

* Rio de la Plata, Argentina 2 210-340/5-28 100-150/14-16

MCN 4, 5, 6 e 7 Rio Cuieiras, AM, Brasil 3 130-170/6,5 ?

(1) presente trabalho, (2) BONETTO & EZCURRA-DE-DRAGO (1962), (3) VOLKMER-RIBEIRO

(1970); (?) não descrito; (*) não discriminado, N=20

Fig.3- Epibiose, ao microscópio óptico, de Corvospongilla seckti em Oncosclera navicella (MNRJ 1867).

Gênero Uruguaya Carter, 1881

Uruguaya corallioides (Bowerbank, 1863)

(Fig.2D-F; 4A-C)

Para sinonímias consultar VOLKMER-RIBEIRO & DE ROSA-BARBOSA (1979). Material estudado – BRASIL, SÃO PAULO: Itapura, Rio Tietê: MNRJ 1700, Col. R.A. Franco, 01/XI/1997, prof. desconhecida; MNRJ 1866, Col. R.A.Franco. 30/VIII/1998, prof. desconhecida.

Diagnose – As megascleras são estrôngilos microacantosos (Fig.2D-E).

Hábito – Esponjas de cor creme, maciça, tubular, com consistência friável quando seca. O maior espécime (MNRJ 1700) mede 16cm de comprimento por 6cm de largura e 7cm de espessura, sendo este espécime apenas um fragmento da esponja original, que segundo o coletor representava aproximadamente um quinto do indivíduo. Ósculos não estão visíveis no material fixado.

(7)

O esqueleto ectossomal não pôde ser observado porque a superfície estava macerada, sendo conspícuas apenas as terminações das espiculofibras coanossomais ascendentes. O esqueleto coanossomal é uma densa reticulação isodictial composta principalmente por feixes pauciespiculares irregulares, com espículas isoladas também ocorrendo dentro das malhas. Estas espículas isoladas também são freqüentemente encontradas espalhadas aleatoriamente.

Megascleras. Estrôngilos microacantosos ligeiramente curvados: 242-268-291μm de comprimento por 24-36μm de largura.

Microscleras. Ausentes.

Gemoscleras. Pequenos estrôngilos lisos (Fig.2F), levemente centrotilotos, que quando reduzidos aparentam ser esféricos: 48-77-116μm de comprimento por 17-29μm de largura.

Gêmulas. Grandes e esféricas (Fig.4A), com coloração cinza quando secas. Foram encontradas em ambos os espécimes examinados. Diâmetro médio de ca. 1mm. Gemoscleras formando uma densa camada (para)tangencial no entorno da gêmula, com ca. 100μm de espessura (Fig.4B-C).

Ecologia – De acordo com o coletor R.A.Franco (com. pess.), a espécie é uma das mais abundantes em Itapura, sendo chamada pelos mergulhadores locais de “coral de água doce”. A espécie estava fixada em rochas ou em paredes de concreto. Distribuição em águas continentais brasileiras – BACIA AMAZÔNICA- Amazonas: Rio Tapajós, Rio Winguay, Rio Amazonas (WELTNER, 1895; CORDERO, 1928; DE ROSA-BARBOSA, 1980); BACIA DO PARANÁ- São Paulo: Rio Tietê (Itapura) no presente trabalho; BACIA DO ATLÃNTICO SUDESTE- Rio Grande do Sul: Lagoa Negra (Viamão; ocorrência verificada indiretamente, através de espículas observadas no sedimento) (VOLKMER-RIBEIRO, DE ROSA-BARBOSA & MANSUR, 1981); BACIA DO URUGUAI- Rio Grande do Sul: Rio Uruguai (Uruguaiana) (CORDERO, 1923, 1928). Comentários – Não há aparentemente distinção micrométrica espicular consistente entre as diferentes populações da espécie (Tab.2). A provável disjunção geográfica dos registros para a Amazônia e para os Estados de São Paulo e Rio Grande do Sul precisa ser verificada face a novas coletas em áreas intermediárias.

TABELA 2

Dados micrométricos de Uruguaya corallioides (Bowerbank, 1863) (comprimento/espessura; mínimo-média-máximo, sempre que possível) Espécimes Localidades (Estrôngilos) Megascleras Microscleras (Estrôngilos) MNRJ 1866 Rio Tietê, SP, Brasil 1 242-265-291/29-36 48-77-116/17-29

MNRJ 1700 Rio Tietê, SP, Brasil 1 252-272-291/24-31 68-83-112/19-27

* Rio Amazonas, Brasil 2 274 ?

* Rio Uruguai, Uruguaiana, Brasil 2 286 ?

* Rio Uruguai, Federación, Uruguai 2 270 ?

* Rio Uruguai e Rio Amazonas, Brasil 3 270-310 ?

* Rio Uruguai, Federación, Uruguai 4 260-320/50-60 50-140/20-25

8 espécimes Rio Uruguai, Brasil 5 237-390/16-74 30-190/9-37

(1) presente trabalho, N=20, (2) CORDERO, 1928, (3) PENNEY & RACEK (1968), (4) BONETTO &

EZCURRA-DE-DRAGO (1969), (5) VOLKMER-RIBEIRO & DE ROSA-BARBOSA (1979); (?) não

(8)

Fig.4- Gêmulas (ao microscópio de varredura): (A, B, C) Uruguaya corallioides: (A) gêmula em seção perpendicular, (B, C) detalhe da parede da gêmula; (D, E, F) Corvospongilla seckiti: (D) gêmula de forma elíptica, (E) gêmula na forma de hemácia, (F) detalhe da parede da gêmula.

(9)

Família Spongillidae Gray, 1867 Gênero Corvospongilla Annandale, 1911

Corvospongilla seckti Bonetto & Ezcurra-De-Drago, 1966

(Figs.2G-K; 3; 4D-F) Para sinonímias consultar DE-ROSA-BARBOSA (1988)

Material estudado – BRASIL, SÃO PAULO: Itapura, Rio Tietê: MNRJ 1867 (parte), Col. R.A.Franco. 30/VIII/1998, prof. 8m; MNRJ 2964, Col. U.S.Pinheiro, 18/XII/1999, prof. 4m.

Diagnose – Corvospongilla com birrótulas (Fig.2I) com ângulos bem regulares, e predominância de estrôngilos (Fig.2G-H) como megascleras.

Hábito – A espécie é incrustante, com consistência friável, de cor branca quando viva e amarela quando seca. O maior espécime (MNRJ 2964) possui 4cm de comprimento por 2cm de largura e 0,5cm de espessura. Ósculos não estão visíveis no material fixado.

O esqueleto ectossomal não foi observado devido à superfície se encontrar macerada. Esqueleto coanossomal com reticulação isodictial, em sua maioria uniespicular. Poucos feixes irregulares pauciespiculares podem ser vistos. São comuns megascleras e microscleras isoladas eespalhadas aleatoriamente.

Megascleras. Acantostrôngilos (Fig.2G-H) com variado grau de curvatura: 120-138-161μm de comprimento por 6-13μm de largura.

Microscleras. Birrótulas (Fig.2I): 12-23-33μm de comprimento por 10-14μm de largura, com quatro dentes em cada rótula. O eixo é liso e de espessura constante. Gemoscleras. Estrôngilos espinados comuns (Fig.2K): 22-40-62μm de comprimento por 6-12μm de largura e óxeas espinadas raras (Fig.2J): 34-39-60μm de comprimento por 5-7μm de largura, ambosligeiramente curvos.

Gêmulas. Pequenas, achatadas, com uma face convexa (Fig.4D) e outra côncava (Fig.4E), com coloração amarelada. Possuem em média 450μm de diâmetro. São encontradas agregadas. A camada pneumática não é visível. As gemoscleras se encontravam dispostas aleatoriamente no interior da membrana gemular (Fig.4F). Ecologia – O espécime MNRJ 1867 foi coletado em substrato rochoso, e o MNRJ 2964 em parede vertical de concreto. A turbidez da água era muito alta quando da coleta de MNRJ 2964 (0,5m de visibilidade). O espécime MNRJ 1867 apresenta-se epibionte em Oncosclera navicella (Fig.3).

Distribuição em águas continentais brasileiras – BACIA AMAZÔNICA- Amazonas: Rio Tapajós (DE ROSA-BARBOSA, 1980); BACIA DO TOCANTINS- Pará: Lago da UHE Tucuruí, Rio Tocantins a jusante da UHE Tucuruí (Tucuruí) (VOLKMER-RIBEIRO & HATANAKA, 1991); BACIA DO PARANÁ- São Paulo: Rio Tietê (Itapura) no presente trabalho; BACIA DO ATLÂNTICO SUDESTE- Rio Grande do Sul: Rio Jacuí (Arroio do Tigre, General Câmara, São Jerônimo, Guaíba/Porto Alegre), Rio Ibicuí-Mirim (Santa Maria) (DE ROSA-BARBOSA, 1984, 1988; VOLKMER-RIBEIRO

et al., 1975), Lagoa Negra (Viamão, ocorrência verificada indiretamente, através de

espículas observadas no sedimento) (VOLKMER-RIBEIRO, DE ROSA-BARBOSA & MANSUR, 1981) e Rio Guaíba (Porto Alegre, Barra do Ribeiro, Guaíba, Viamão; ocorrência verificada indiretamente, através de conteúdo estomacal de peixes) (VOLKMER-RIBEIRO & GROSSER, 1981).

Comentários – O espécime MNRJ 2964 foi coletado mesclado com lama e conservado a seco, formando uma miscelânea de espículas e lama. Apesar de não terem sido localizadas gêmulas neste espécime, foi possível observar todo seu conjunto espicular através das preparações microscópicas (Tab.3).

(10)

TABELA 3

Dados micrométricos de Corvospongilla seckti Bonetto & Ezcurra-De-Drago, 1966 (comprimento/espessura; mínimo-média-máximo, sempre que possível)

Espécimes Localidades (Estrôngilos) Megascleras Microscleras (Birrótulsa) Gemoscleras (Óxeas) Gemoscleras (Estrôngilos) MNRJ 1867 Rio Tietê, SP, Brasil 1 122-139-161/6-10 17-25-29/ 10-14 34-39-55/ 5-7 22-40-62/6-12 MNRJ 2964 Rio Tietê, SP, Brasil 1 120-137-155/7-13 12-23-33/ 9-12 30-41-60/ 5-7 22-38-55/5-7 MCN (43

espécimes) RS, Brasil 2 68-172/7-19 17-38 28-99/7-14 35-81/10-15 MCN 23,

569 Rio Paraná, Argentina 2 89-165/11-17 25-43 35-79/8-11 33-70/10-14

Holótipo Rio Paraná, Argentina 3 120-170/12-16 22-30 40-70/9-12 40-70/9-12 (1) presente trabalho, N=20, (2) DE ROSA-BARBOSA (1988), (3) BONETTO &

EZCURRA-DE-DRAGO (1966).

CHAVE PARA IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES DE ESPONJAS DE ÁGUAS CONTINENTAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO

1a. Megascleras do tipo estrôngilo ... 2 1b. Megascleras do tipo óxea ... 4 2a. Megascleras estrôngilos espinados ... 3 2b. Megascleras estrôngilos microacantogos com 240-390μm de comprimento, gemoscleras estrôngilos lisos com porção média inflada ou pequenas esferas com 30-190μm de comprimento ... Uruguaya corallioides 3a. Megascleras acantostrôngilos com 70-170μm de comprimento e 6-19μm de espessura, gemoscleras são acantostrôngilos ou acantóxeas com 20-80μm de comprimento, microscleras birrótulas ... Corvospongilla seckti 3b. Megascleras acantostrôngilos com 240-344μm de comprimento e 12-25μm de espessura, gemoscleras acantostrôngilos com 75-94μm de comprimento, microscleras ausentes ... ... Radiospongilla amazonensis 4a. Megascleras acantóxeas ou acantóxeas e óxeas lisas ... 5 4b. Megascleras óxeas lisas apenas ... 6 5a. Megascleras acantóxeas apenas, gemoscleras birrótulas, microscleras ausentes ... ... Trochospongilla variabilis 5b. Megascleras óxeas lisas e acantóxeas, gemoscleras cladotilotos e microscleras acantóxeas .... ... Metania spinata 6a. Com birrótulas, sem gemoscleras dos tipos (acant)óxeas ou acantostrôngilos ... 7 6b. Sem birrótulas, com gemoscleras dos tipos (acant)óxeas ou acantostrôngilos ... 8 7a. Megascleras com menos de 15μm de espessura, microscleras birrótulas com 70-100μm ... ... Dosilia pydaniele 7b. Megascleras com mais de 15μm de espessura, microscleras birrótulas com 123-185μm .... ... Corvomeyenia thumi 8a. Gemoscleras acantóxeas e acantostrôngilos ... Eunapius fragilis 8b. Gemoscleras óxeas tipo bumerangue ... Oncosclera navicella

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DISCUSSÃO

As preparações em MEV nos possibilitaram pela primeira vez observar microespinações nas gemoscleras de Oncosclera navicella. Quando observadas em microscopia óptica estas espículas aparentam ser lisas (CARTER, 1881; BONETTO & EZCURRA-DE-DRAGO, 1962; BONETTO & EZCURRA-DE-DRAGO, 1964, 1967, 1968; VOLKMER-RIBEIRO, 1970; TAVARES & VOLKMER-RIBEIRO, 1997), o que foi provavelmente o motivo deste caracter não ter sido mencionado até então.

TAVARES & VOLKMER-RIBEIRO (1997) apontaram a microespinação nas gemoscleras de Oncosclera petricola, como o único caracter que diferenciava esta espécie de O. navicella. Estas autoras sugeriram ainda que através da revisão de amplas séries de espécimes de ambas as espécies, poder-se-ia concluir ser melhor sinonimizá-las. A microespinação por nós observada ao MEV nas gemoscleras de

O. navicella de Itapura (SP), aproxima ainda mais ambas espécies, reforçando a

necessidade de estudo revisivo.

As três espécies redescritas (Oncosclera navicella, Uruguaya corallioides e

Corvospongilla seckti) são pela primeira vez registradas para a Bacia do Alto Paraná.

A existência de uma espongofauna Amazônico-Paraneana foi proposta por VOLKMER-RIBEIRO (1973). Supõe-se que dispersões das gêmulas de esponjas dulciaqüícolas carreadas por ungulados e aves limnícolas podem atingir dimensões intercontinentais (MANCONI & PRONZATO, 1994, 1996; VOLKMER-RIBEIRO, 1999). O presente registro (São Paulo) é geograficamente intermediário entre as duas faunas (Amazonas e Rio Grande do Sul) o que vem a fortalecer a existência de uma provável comunicação entre estas populações. No entanto, é necessária uma maior investigação sobre a forma de comunicação entre as duas bacias, seja através da investigação das rotas migratórias de aves limnícolas e de ungulados, ou pela prospecção das localidades mais próximas ao limite das duas bacias, para que seja demonstrado o modo de transporte (dispersão) desta espongofauna Amazônico-Paraneana. Um estudo biogeográfico analítico poderá contribuir com uma hipótese de rota de dispersão para as espécies consideradas conforme feito por MORRONE & LOPRETTO (1994) para crustáceos decápodas limnícolas Neotropicais.

Uruguaya corallioides é normalmente relatada como componente minoritário das

populações da espongofauna dulciaqüicola brasileira, com base em amostragem indireta das populações (VOLKMER-RIBEIRO et al., 1975; VOLKMER-RIBEIRO, DE ROSA-BARBOSA & MANSUR, 1981). Entretanto, esta é aparentemente a esponja mais abundante em Itapura (R. Franco, com. pess.), o que condiz com os resultados de BONETTO & EZCURRA-DE-DRAGO (1969). Tal constatação, provavelmente, deveu-se ao fato das coletas em Itapura terem sido efetuadas por intermédio de mergulhos (autônomos e livres), o que permite melhor avaliação da abundância relativa. Não raro, a visibilidade da água supera os 5m, facilitando consideravelmente a observação das comunidades bênticas locais.

Este procedimento de coleta também viabiliza uma melhor caracterização dos espécimes in situ, já tendo sido possível a Hajdu et colls. (resultados não publicados) obter fotografias subaquáticas de Ephydatia facunda Weltner, 1895 e

Spongilla aff. alba Carter, 1849 (em Alagoas e no Rio de Janeiro, respectivamente).

O mergulho não é prática corrente na pesquisa com a espongofauna de águas continentais brasileiras, por motivos diversos (e.g. rios com grande correnteza,

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presença de animais perigosos, falta de preparo dos coletores, alta turbidez). É recomendável portanto a incorporação de mergulhos sempre que possível, no protocolo de coletas, para proporcionar tanto uma melhor prospecção da fauna, quanto um melhor conhecimento de sua ecologia. Uma alternativa empregada por TAVARES & VOLKMER-RIBEIRO (1997) consistiu em estudar populações de esponjas em antigos leitos expostos de rios desviados.

No presente trabalho encontramos Corvospongilla seckti epibionte em Oncosclera

navicella no espécime MNRJ 1867 (Fig.3), o que poderia ser um resultado da

competição por substrato (RACEK, 1969; RÜTZLER, 1970; VOLKMER-RIBEIRO & DE ROSA-BARBOSA, 1972, 1979). O epizoísmo entre esponjas dulciaqüícolas já foi fonte de grande confusão taxonômica, como no caso de Uruguaya (e.g. BONETTO & EZCURRA-DE-DRAGO, 1969; VOLKMER-RIBEIRO & DE ROSA-BARBOSA, 1979). Uma possível explicação para o epizoísmo seria que ambas espécies são visitadas pelos mesmos inquilinos e/ou predadores, que poderiam favorecer a troca de gêmulas. Espículas são componentes notáveis no conteúdo estomacal de diversos peixes (e.g. VOLKMER-RIBEIRO & GROSSER, 1981), que poderiam transportar gêmulas viáveis aderidas a porções de seu corpo.

Acrescentando-se essas três novas ocorrências, a lista das espécies de esponjas dulciaqüícolas do Estado de São Paulo totaliza nove registros: Corvomeyenia

thumi, Corvospongilla seckti, Dosilia pydaniele, Eunapius fragilis, Metania spinata, Oncosclera navicella, Radiospongilla amazonensis, Trochospongilla variabilis e Uruguaya corallioides. Destes, Eunapius fragilis, Metania spinata, Radiospongilla amazonensis e Trochospongilla variabilis estão apenas citadas,

não tendo ainda sido redescritas propriamente com base em material oriundo do Estado de São Paulo.

AGRADECIMENTOS

A Renato Franco (UFMS, Campus Três Lagoas), pela coleta de parte do material e pelo apoio nas coletas adicionais; à Márcia Attias e Noêmia Rodrigues (IBCCF/ UFRJ), pela ajuda no uso do MEV e na confecção de preparações nele utilizadas; à Inez Ezcurra-De-Drago (Argentina), pelo auxílio nas identificações; a Guilherme Muricy (Museu Nacional - Rio de Janeiro), por sugestões para aprimoramento da redação do presente trabalho. À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Fundação Universitária José Bonifácio/Universidade Federal do Rio de Janeiro (FUJB/UFRJ); Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pelo apoio financeiro.

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