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PROJETO DE LEI Nº 385/2011 Poder Executivo

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PROJETO DE LEI Nº 385/2011

Poder Executivo

Autoriza o Instituto Riograndense do Arroz – IRGA - a conceder o direito real de uso de imóvel localizado no Município de Cachoeirinha à Secretaria da Educação do Estado do Rio Grande do Sul.

Art. 1º Fica o Instituto Riograndense do Arroz - IRGA - autorizado a conceder à Secretaria da Educação do Estado do Rio Grande do Sul o direito real de uso de um imóvel localizado no Município de Cachoeirinha constituído de uma casa de construção mista, conforme requerimento firmado pelo DNER, datado de 21.05.1979 e de uma extensão de terras com 5.144.700,00m², denominada Granja Gravataí, que faz frente ao sul, margeando o rio Gravataí, fundos ao norte, entesta com a estrada Canoas-Gravataí, dividindo por um lado a oeste, com o arroio da Brigadeira e a leste, com a estrada de asfalto macadamizada, com o cemitério de Cachoeirinha, com a área doada à Prefeitura Municipal de Cachoeirinha e com a Vila Carlos Wilkens. Este imóvel está matriculado sob o nº 38.066, fls. 84, do Livro 3-AJ, do Registro de Imóveis de Gravataí.

Art. 2º A concessão de direito real de uso desta Lei será feita a título gratuito, pelo prazo de vinte anos contado da data da assinatura da escrituração do contrato no Registro de Imóveis, com destinação específica de funcionamento da Escola Agrícola Daniel de Oliveira Paiva, revertendo ao patrimônio do IRGA no caso de destinação diversa.

Art. 3º O bem objeto desta concessão de direito real de uso somente poderá ser transferido a terceiros mediante a anuência do Concedente, desde que mantida a finalidade, a destinação e as obrigações assumidas pela Concessionária.

Art. 4º O imóvel concedido na forma desta Lei ficará gravado com as cláusulas de inalienabilidade e impenhorabilidade.

Art. 5º As despesas com escritura e registro de imóveis correrão por conta da Concessionária. Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICATIVA

O projeto de lei que ora envio à apreciação dessa Egrégia Casa Legislativa tem por objetivo buscar autorização legislativa para que o Instituto Riograndense do Arroz - IRGA - conceda à Secretaria da Educação do Estado do Rio Grande do Sul o direito real de uso de um imóvel localizado no Município de Cachoeirinha.

Trata-se da concessão real de uso de um imóvel integrante do patrimônio daquela Autarquia, com a área de 5.144.700,00m² denominada Granja Gravataí, onde há vários anos funciona a Escola Agrícola Daniel de Oliveira Paiva.

A proposição justifica-se porque a unidade de ensino está contemplada no Programa Brasil Profissionalizado que prevê o repasse de recursos financeiros para a realização de obras de recuperação e ampliação de prédio da escola, assim como para a aquisição de equipamentos para laboratórios, mobiliário e acervo bibliográfico.

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Para a transferência destes recursos é necessário que seja comprovada a posse e o domínio do imóvel e, por isso, não foi aceito pelos órgãos federais o Termo de Cessão de Uso celebrado entre o Instituto e a Secretaria da Educação do Estado do Rio Grande do Sul, por configurar instrumento precário que permite ao cedente retomar o bem a qualquer tempo, uma vez comprovada a necessidade.

Conforme é sabido, a concessão de direito real de uso de terreno público está prevista no artigo 7º do Decreto-Lei nº 271, de 28 de fevereiro de 1967, e se constitui um contrato pelo qual a Administração transfere o uso remunerado ou gratuito de terreno público a particular, como direito real resolúvel, para que dele se utilize em fins específicos, seja industrial, comercial ou de moradia. Cada tipo guarda especificidades ligadas aos respectivos fins, sendo que cada uma delas, respeitando a diretriz geral posta pela legislação vigente, deverá receber orientação legislativa de seu ente-proprietário, o que garantirá a implementação de acordo com a política da região, o que favorecerá o cumprimento da finalidade.

A concessão de uso, feita por órgão público, consiste na outorga de um direito de ocupação, não do domínio, de determinado imóvel, transferível a determinado ente para que, observadas as condições e cláusulas contratuais, seja dado uso e destinação determinada ao bem, sendo vedado o desvio da finalidade contratual.

Assim, o imóvel reverte à Administração se não lhe derem o uso contratual. A concessão é outorgada por escritura pública ou termo administrativo e depende de autorização legal e de concorrência prévia.

Tem sido defendido pelos doutrinadores o posicionamento de que, sempre que o Poder Público, as suas entidades estatais, autárquicas, fundacionais e empresas governamentais pretenderem repassar a titularidade de bem imóvel para um fim específico em determinado tempo, seja efetivada a concessão de direito real de uso.

Aqui, é importante ressaltar que foram acrescidos, por meio da Lei nº 11.480/2007, os seguintes fins específicos para sua utilização: de regularização fundiária de interesse social, aproveitamento sustentável das várzeas, preservação das comunidades tradicionais e seus meios de subsistência.

De acordo com o artigo 17, inciso a Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993, além de haver a necessidade de autorização legislativa, haverá necessidade de licitação na sua modalidade de concorrência para que o instrumento seja efetivado, sendo dispensada nos casos de dação em pagamento, doação, permuta, investidura, venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo, alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos da administração pública.

Como pode ser verificado, o dispositivo legal também versa sobre situações que tecnicamente não são alienações. Vê-se isto na alínea “f” do inciso I, pois a locação, a permissão de uso e a concessão de direito real de uso não podem ser consideradas alienações, mas apenas a transferência da posse direta do bem.

Em relação ao requisito específico de licitação prévia, na modalidade de concorrência, previsto no artigo 17, da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, entende-se plenamente possível o seu afastamento para o caso em questão, pois a demanda não configura hipótese de competição, ou seja, somente à Secretaria da Educação poderá interessar a concessão do imóvel, uma vez que a Escola Agrícola Daniel de Oliveira Paiva vem utilizando o local há alguns anos.

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Portanto, o instituto da concessão de direito real de uso salvaguarda o patrimônio público, pois transmite a posse direta da área, atende à função social da propriedade e, assim, resguarda a condição fundamental para a promoção das políticas urbanas e ambientais, em consonância com os demais princípios constitucionais.

Isto posto, a proposta se justifica, tendo em vista que concorda com os princípios da oportunidade e conveniência, norteadores da Administração Pública, e atende os dispositivos da Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

______________________________________________

OF.GG/SL - 278 Porto Alegre, 9 de novembro de 2011.

Senhor Presidente:

Dirijo-me a Vossa Excelência para encaminhar-lhe, no uso da prerrogativa que me é conferida pelo artigo 82, inciso III, da Constituição do Estado, o anexo Projeto de Lei que autoriza o Instituto Riograndense do Arroz – IRGA - a conceder o direito real de uso de imóvel localizado no Município de Cachoeirinha à Secretaria da Educação do Estado do Rio Grande do Sul, a fim de ser submetido à apreciação dessa Egrégia Assembléia Legislativa.

A justificativa que acompanha o Expediente evidencia as razões e a finalidade da presente proposta.

Atenciosamente,

TARSO GENRO, Governador do Estado.

Excelentíssimo Senhor Deputado ADÃO VILLAVERDE, Digníssimo Presidente da Assembleia Legislativa,

Palácio Farroupilha, NESTA CAPITAL.

______________________________________________

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA PROJETO DE LEI Nº 385/2011

Processo nº 21263.01.00/11-6

Proponente: Poder Executivo

Ementa: Autoriza o Instituto Riograndense do Arroz – IRGA - a conceder o direito real de uso de imóvel localizado no Município de Cachoeirinha à Secretaria da Educação do Estado do Rio Grande do Sul.

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Relator(a): Deputado(a) Heitor Schuch Parecer: Favorável.

Parecer da Comissão Nº 180

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Vem a esta Comissão de Constituição e Justiça, para exame e parecer, o Projeto de Lei nº 385/11, de autoria do Poder Executivo, que autoriza o Instituto Riograndense do Arroz – IRGA - a conceder o direito real de uso de imóvel localizado no Município de Cachoeirinha à Secretaria da Educação do Estado do Rio Grande do Sul.

O imóvel de que trata a proposição está situado no Município de Cachoeirinha constituído de uma casa de construção mista e de uma extensão de terras com 5.144.700,00m², denominada Granja Gravataí, que faz frente ao sul, margeando o rio Gravataí, fundos ao norte, entesta com a estrada Canoas-Gravataí, dividindo por um lado a oeste, com o arroio da Brigadeira e a leste, com a estrada de asfalto macadamizada, com o cemitério de Cachoeirinha, com a área doada à Prefeitura Municipal de Cachoeirinha e com a Vila Carlos Wilkens. Este imóvel está matriculado sob o nº 38.066, fls. 84, do Livro 3-AJ, do Registro de Imóveis de Gravataí.

Conforme o art. 2º do presente projeto a concessão de direito real de uso desta Lei será feita a título gratuito, pelo prazo de vinte anos contado da data da assinatura da escrituração do contrato no Registro de Imóveis, com destinação específica de funcionamento da Escola Agrícola Daniel de Oliveira Paiva, revertendo ao patrimônio do IRGA no caso de destinação diversa.

Não pairam dúvidas quanto à legitimidade da iniciativa legislativa, uma vez que a matéria está inserida dentre as atribuições do Poder Executivo consagradas nos artigos 52, 60 e 82 da Constituição do Estado. De outra parte, acham-se observados os princípios da oportunidade e conveniência norteadores da Administração Pública, bem como atendidas as exigências da Lei nº 8.666/93 (Lei das Licitações) com relação ao requisito da licitação prévia, na modalidade de concorrência, sendo aplicável a inexigibilidade da mesma para o caso em questão, pois a demanda não configura hipótese de competição, ou seja, somente à Secretaria da Educação poderá interessar a concessão do imóvel, uma vez que a Escola Agrícola Daniel de Oliveira Paiva vem utilizando o local há alguns anos.

Assim, no que compete a esta Comissão opinar, nada há a opor quanto à constitucionalidade e legalidade da proposição, sendo o parecer favorável a sua tramitação.

Sala das Sessões, em 20 de março de 2011.

Deputado(a) Marco Alba, Presidente.

Deputado(a) Edson Brum, Vice-Presidente.

Deputado(a) Heitor Schuch, Relator(a).

Deputado(a) Marlon Santos Deputado(a) Paulo Azeredo Deputado(a) Raul Pont Deputado(a) Daniel Bordignon Deputado(a) Raul Carrion Deputado(a) Lucas Redecker Deputado(a) Ronaldo Santini

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COMISSÃO DE FINANÇAS, PLANEJAMENTO, FISCALIZAÇÃO E CONTROLE PROJETO DE LEI Nº 385/2011

Processo nº 21263.01.00/11-6

Proponente: Poder Executivo

Ementa: Autoriza o Instituto Riograndense do Arroz – IRGA - a conceder o direito real de uso de imóvel localizado no Município de Cachoeirinha à Secretaria da Educação do Estado do Rio Grande do Sul.

Relator(a): Deputado(a) Carlos Gomes Parecer: Favorável.

PARECER DA COMISSÃO Nº 05/2012

Vem à Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle o Projeto de Lei n° 385/2011, de autoria do Poder Executivo, que “Autoriza o Instituto Riograndense do Arroz – IRGA – a conceder o direito real de uso de imóvel localizado no Município de Cachoeirinha à Secretaria da Educação do Estado do Rio Grande do Sul.”

Conforme justificativa, o presente Projeto de Lei tem por objetivo buscar autorização legislativa para que o instituto Riograndense do Arroz – IRGA – conceda à Secretaria da Educação do Estado do Rio Grande do Sul o direito real de uso de um imóvel localizado no Município de Cachoeirinha, com área de 5.144.700,00 m², denominada Granja Gravataí, onde, há vários anos, funciona a Escola Agrícola Daniel de Oliveira Paiva.

Informa ainda que a proposição justifica-se porque a unidade de ensino está contemplada no Programa Brasil Profissionalizado que prevê o repasse de recursos financeiros para a realização de obras de recuperação e ampliação de prédio da escola, assim como para a aquisição de equipamentos para laboratórios, mobiliário e acervo bibliográfico.

Neste ponto, cumpre destacar, conforme aludido pelo próprio proponente, que para a realização da transferência destes recursos é necessário que seja comprovada a posse e o domínio do imóvel, sendo, por isso, não aceito pelos órgãos federais o Termo de Cessão de Uso celebrado entre o Instituto e a Secretaria da Educação do Estado do Rio Grande do Sul, por configurar instrumento precário que permite ao cedente retomar o bem a qualquer tempo, uma vez comprovada a necessidade, em que pese serem órgãos do mesmo ente.

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O presente Projeto de Lei recebeu parecer FAVORÁVEL da Comissão de Constituição e Justiça desta Casa em 20 de março de 2012, tendo como seu relator o Deputado Estadual Heitor Schuch, conforme verifica-se das fls. 13 e 14 do processo Nº 21263-01.00 - ALRS 11.6.

Desta forma, não nos cabe analisar a presente proposta sobre os seus aspectos legais, os quais já foram amplamente explicitados no Parecer da CCJ e de seu Relator.

Sobre o aspecto financeiro e com enfoque na Lei de Licitações, a concessão de direito real de uso salvaguarda o patrimônio da Administração e evita a alienação de bens públicos, autorizada às vezes sem qualquer vantagem para ela. Além do mais, o concessionário não fica livre para dar ao uso a destinação que lhe convier, mas, ao contrário, será obrigado a destiná-lo ao fim estabelecido em lei, o que mantém resguardado o interesse público que originou a concessão real de uso.

O artigo 17, § 2º da Lei nº 8.666/93 (Lei das Licitações) prevê a possibilidade de dispensa de licitação quando a concessão de direito real de uso se destina a outro órgão ou entidade da Administração. Portanto, para os demais casos, seria exigível o procedimento licitatório.

Por fim, o Projeto de Lei, utilizando-se do instituto da concessão de direito real de uso, respeita, de forma mais adequada, aos princípios constitucionais do art. 37, “caput”, da Carta Magna Brasileira, salvaguardando o patrimônio do Instituto Riograndense do Arroz – IRGA, dando melhor utilização, atendendo ao fim social proposto.

Por essas razões elucidativas, entendo ser relevante o mérito do Projeto de Lei 385/2011, proposto pelo Poder Executivo, que autoriza o Instituto Riograndense do Arroz – IRGA – a conceder o direito real de uso de imóvel localizado no Município de Cachoeirinha à Secretaria da Educação do Estado do Rio Grande do Sul.

Nesse sentido, o parecer é favorável.

É o parecer.

Sala das sessões, em 10 de maio de 2012.

Deputado(a) Maria Helena Sartori, Presidente.

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Deputado(a) Márcio Biolchi, Vice-Presidente.

Deputado(a) Carlos Gomes, Relator(a).

Deputado(a) Raul Pont Deputado(a) Cassiá Carpes Deputado(a) Zilá Breitenbach Deputado(a) Juliana Brizola

Referências

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