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Autores CAROLINA ATHAYDE DE SOUZA MOREIRA Universidade de Brasília. JORGE KATSUMI NIYAMA Universidade de Brasília

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Avaliação do nível de evidenciação contábil de operações com derivativos: Uma comparação entre as informações enviadas à CVM e à SEC pelas companhias

abertas brasileiras emissoras de ADR

Autores

CAROLINA ATHAYDE DE SOUZA MOREIRA

Universidade de Brasília

JORGE KATSUMI NIYAMA

Universidade de Brasília

CLAUDIO MOREIRA SANTANA

Universidade de Brasília

Resumo

Este trabalho analisa a evidenciação contábil dos instrumentos financeiros derivativos em empresas brasileiras emissoras de American Depositary Receipts -ADRs. Foi realizado um estudo empírico mediante a comparação entre as informações contábeis enviadas à Comissão de Valores Mobiliários - CVM e à Securities and Exchange Commission – SEC. O objetivo foi verificar eventuais diferenças entre as informações divulgadas acerca dos instrumentos derivativos nessas empresas em cada um dos tipos de informações exigidas pela CVM e pela SEC. A metodologia utilizada consistiu em pesquisa documental e análise de conteúdo, e a amostra compreendeu vinte e oito companhias abertas emissoras de ADR níveis II e III. Os resultados da pesquisa demonstraram que há diferenças entre as informações enviadas à CVM e à SEC, sendo que as principais residem na ausência de divulgação, nas demonstrações contábeis divulgadas no Brasil, das principais práticas contábeis adotadas com relação aos derivativos; do valor justo dos derivativos e do seu método de cálculo; dos riscos de juros incorridos pela companhia; e de dados quantitativos acerca dos riscos de mercado.

1. Introdução

Segundo Amaral (2003, p. 17), nos últimos vinte anos, tem crescido substancialmente a quantidade de operações realizadas no mercado de derivativos. A importância dessas operações deve-se, principalmente, ao fato de permitirem que as empresas gerenciem seus riscos de mercado, tais como risco cambial, risco de taxa de juros e risco de preço de produtos, por meio de sua transferência a terceiros, para melhor protegerem-se contra oscilações não esperadas.

A evidenciação dos instrumentos derivativos nos relatórios contábeis das empresas, no entanto, nem sempre é feita de forma que leve o usuário da informação a capturar e identificar, qualitativa e quantitativamente, os riscos envolvidos nas diversas operações financeiras (LIMA; LOPES, 2003, p. 6-7).

No Brasil, segundo a Instrução CVM nº 235/95, esses instrumentos ainda são tratados como itens fora do balanço (off-balance sheet), ou seja, evidenciados apenas em notas explicativas. Já nos Estados Unidos da América - EUA, com a edição do SFAS 1331 pelo FASB - Financial Accounting Standards Board, passou-se a exigir o reconhecimento de todos os derivativos, no balanço patrimonial, como ativos ou passivos e a sua mensuração pelo

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valor justo (fair value).

As companhias abertas brasileiras que participam do mercado de capitais norte-americano o fazem por meio da emissão de ADRs -American Depositary Receipts. Dependendo do tipo de ADR emitido, é exigida dessas empresas a obediência às normas contábeis editadas pelo FASB e pela Securities and Exchange Commission – SEC.

Nesse contexto, a presente pesquisa visa responder ao seguinte problema: há distinção, no tocante aos instrumentos financeiros derivativos, entre as informações contábeis enviadas à Comissão de Valores Mobiliários - CVM e à Securities and Exchange Commission - SEC pelas companhias abertas brasileiras emissoras de ADR?

Darós, Borba e Abreu apresentaram estudo semelhante no XXIX EnANPAD2 e concluiram que as demonstrações sobre derivativos divulgadas nos EUA são mais detalhadas do que as publicadas nos relatórios contábeis brasileiros e que as principais divergências estavam na falta de avaliação dos instrumentos derivativos a preços de mercado, ausência de divulgação das políticas de investimento em derivativos e falta de controle do risco de mercado, câmbio e crédito. A pesquisa foi realizada com apenas dez empresas, representando as companhias emissoras de ADR níveis II e III que apresentam níveis diferenciados de governança corporativa, segundo classificação da Bovespa.

O presente trabalho justifica-se por ser realizado com uma amostra maior, composta por 28 empresas. Ademais, tópicos não abordados no citado estudo, tais como divulgação quantitativa dos riscos de mercado e reconhecimento dos derivativos no balanço patrimonial, serão objeto de apreciação nesta pesquisa.

O objetivo da pesquisa é verificar as possíveis semelhanças e diferenças entre as demonstrações contábeis enviadas à CVM, por meio das Demonstrações Financeiras Padronizadas (DFPs), e as enviadas à SEC, por meio do Formulário 20-F, pelas companhias abertas brasileiras emissoras de ADR, no que concerne às informações divulgadas acerca dos instrumentos financeiros derivativos.

2. Proceder metodológico

A metodologia utilizada consiste em pesquisa documental e análise de conteúdo. A pesquisa documental é aquela em que a fonte de coleta de dados está restrita a documentos, escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias (MARCONI; LAKATOS, 1999, p. 64). A análise de conteúdo, na definição de Bardin (1977, p. 42),

[..] é um conjunto de técnicas de análise das comunicações, visando obter, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens.

A população compreendeu todas as 35 companhias abertas brasileiras emissoras de ADR níveis II e III. A amostra inicial foi formada pelas companhias emissoras de ADR níveis II e III não-bancárias, totalizando 32 empresas. A exclusão das instituições financeiras deve-se às peculiaridades das normas que regem o deve-setor, inclusive no que deve-se refere aos derivativos3.Determinada a amostra inicial, foi feita a coleta, na Internet4, das demonstrações contábeis enviadas à CVM (Demonstrações Financeiras Padronizadas - DFPs) e dos Formulários 20-F, enviados à SEC, relativos ao exercício financeiro de 2004.

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Formulário 20-F na Internet até 8 de outubro de 2005 (Telefônica Data Brasil Holding S.A. e Tele Nordeste Celular Participações S.A.) e outras duas não possuíam derivativos em aberto em 31 de dezembro de 2004 (Cia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo e Braskem S.A.), o que resultou em uma amostra final de 28 empresas.

A pesquisa consistiu em uma análise comparativa entre a DFP e o Formulário 20-F de cada empresa da amostra final, buscando verificar se havia, em ambos, a divulgação dos seguintes itens: a) principais práticas contábeis adotadas com relação aos derivativos; b) objetivos com o uso dos derivativos; c) valor justo dos derivativos; d) método utilizado para a estimação do valor justo; e) informações qualitativas a respeito dos riscos de crédito, de taxa de juros e de taxa de câmbio; f) informações quantitativas a respeito dos riscos de mercado (análise de sensibilidade ou Value at Risk – VaR). Verificou-se, também, se os derivativos eram reconhecidos no balanço patrimonial e, em caso afirmativo, se eram mensurados pelo valor de mercado ou por outro valor, como o valor de custo e o valor ajustado (custo acrescido de encargos pro rata = carrying amount).

As variáveis observadas foram as seguintes: Principais práticas contábeis, Objetivos, Evidenciação do Valor Justo, Divulgação do Método, Análise Qualitativa de Risco e Análise Quantitativa de Risco. No Quadro 1, a seguir, são apresentadas a forma de observação de cada uma das variáveis estudadas.

Variável Forma de observação

Principais Práticas Contábeis

Verificação se as companhias divulgam, nas notas explicativas, a prática adotada para a contabilização dos instrumentos financeiros derivativos

Objetivos

Analise da evidenciação dos objetivos da companhia com o uso dos derivativos (objetivo de hedge, de especulação ou de arbitragem).

Evidenciação do Valor Justo Pesquisa da evidenciação ou não do valor justo dos instrumentos derivativos.

Divulgação do Método Verificação da divulgação do método utilizado para a estimação do valor justo dos derivativos.

Análise Qualitativa de Risco

Verificação da divulgação de dados qualitativos acerca dos riscos de crédito, juros e câmbio incorridos pela empresa.

Análise Quantitativa de Risco.

Verificação da divulgação do VaR – Value at Risk e apresentação da análise de sensibilidade aos riscos de mercado

Quadro 1 – Variáveis observadas e respectiva forma de observação

Adicionalmente, ao foco do trabalho como forma de enriquecer a pesquisa (evidenciação dos instrumentos financeiros derivativos), foram analisados nas demonstrações contábeis enviadas à CVM (DFP) e nas enviadas à SEC (Formulário 20-F), os critérios de reconhecimento e mensuração dos derivativos, com o fim de verificar se as companhias estão seguindo o SFAS 133.

Na análise comparativa feita, não houve a preocupação de se encontrar diferenças de cunho quantitativo, ou seja, referentes ao valor (nocional, justo ou contábil) dos derivativos e às medidas de risco de mercado. Apenas verificou-se se os itens selecionados estavam ou não presentes nas demonstrações contábeis das empresas pesquisadas.

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Segundo Lozardo (1998, p. 16), derivativo é um título financeiro cujo preço deriva do preço de mercado de outro ativo real ou financeiro. Assim, todo derivativo pressupõe a existência de um item subjacente (underlying), que pode ser o preço de uma commodity, uma taxa de juros, o preço de uma ação, a cotação de uma moeda estrangeira ou qualquer outra variável.

O Banco Central do Brasil, por meio da Circular nº 3.082, de 30 de janeiro de 2002, definiu derivativo como o instrumento financeiro cujo valor varia em decorrência de mudanças em taxas de juros, preço de título ou valor mobiliário, preço de mercadoria, taxa de câmbio, índice de bolsa de valores, índice de preço, índice ou classificação de crédito, ou qualquer outra variável similar específica, cujo investimento inicial seja inexistente ou pequeno em relação ao valor do contrato, e que sejam liquidados em data futura.

O FASB, por meio do SFAS 133, disciplinou a contabilidade de instrumentos derivativos e de atividades de hedging, definiu os derivativos de uma forma mais precisa, como sendo instrumentos financeiros que conjugam as seguintes características:

a) possuem um ou mais itens subjacentes e um ou mais valores nocionais ou provisões de pagamentos, ou ambos;

b) não requerem investimento inicial ou este é significativamente menor que o investimento necessário em outros tipos de contratos que se espera tenham uma resposta semelhante às variações nos fatores de mercado;

c) requerem ou permitem a liquidação financeira, em decorrência dos termos contratuais ou por mecanismos fora do contrato, ou a entrega de um ativo que resulte em uma posição não substancialmente diferente da liquidação financeira. (tradução livre)

Lima e Lopes (2003, p. 9-10) classificam esses instrumentos em derivativos de primeira geração e derivativos de segunda geração. Os derivativos de primeira geração incluem os contratos futuros, os contratos a termo (forward), as opções (call e put) e os

swaps.

Contrato futuro, segundo Hull (2001, p. 1) “(...) é o compromisso de comprar ou vender determinado ativo numa data específica no futuro, por um preço previamente estabelecido.” Esses contratos são padronizados, negociados em bolsas e pressupõem ajustes diários feitos em dinheiro. Os contratos a termo assemelham-se aos futuros, porém são livremente pactuados pelas partes e não são ajustados a mercado diariamente nem são objeto de registro nas Bolsas.

No mercado de opções, negociam-se contratos nos quais a entrega do ativo, se desejada, ocorrerá numa data futura por preço determinado no presente (LOZARDO, 1998, p. 132). Quem emite a opção (lançador), que pode ser de compra (call) ou de venda (put), tem a obrigação de liquidar o contrato se a contraparte assim o desejar. Já quem compra a opção (titular) tem o direito, mas não a obrigação, de comprar ou de vender o ativo objeto do contrato firmado, nos termos inicialmente pactuados.

Os swaps, na definição de Hull (2001, p. 151), “[...] são acordos privados entre duas empresas para a troca futura de fluxos de caixa, respeitada uma fórmula preestabelecida, e podem ser considerados carteiras de contratos a termo.”. Os derivativos de segunda geração, por sua vez, compreendem os seguintes instrumentos: straddle, strangel, strap, butterfly,

condor, box, entre outros (LIMA; LOPES, 2003, p. 10).

3.1. Formas de atuação no mercado de derivativos

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hedger, como especuladora ou como arbitradora.

O hedger é aquele que busca proteção contra os riscos de mercado, tais como risco cambial, risco de taxa de juros e risco de preço de commodities. Ele quer proteger-se contra oscilações adversas de preços no futuro. Para isso, fixa o preço do ativo objeto do derivativo, “travando” seu lucro futuro.

Ao contrário dos hedgers, os especuladores desejam assumir os riscos de mercado, apostando na alta ou na queda de preços, com o objetivo de lucro. O especulador, ao assumir os riscos dos hedgers, dá liquidez ao mercado de derivativos (LOZARDO, 1998, p. 30).

Segundo Nakamura (1996, p. 34), “o especulador tem como objetivo fazer muitos pequenos lucros e poucos pequenos prejuízos.” E ainda,

A função do especulador é quase sempre mal compreendida, em função de certa conotação negativa atribuída à palavra mas, na verdade, é um dos mais importantes personagens do mercado, visto que é um dos maiores responsáveis pela liquidez do mercado em que atua. (NAKAMURA,1996, p. 33)

O arbitrador “trava” um lucro sem risco, realizando transações simultâneas em dois ou mais mercados (HULL, 2001, p. 12). Ele lucra tirando vantagens da diferença de preços de um bem que é negociado em mercados diferentes. Assim, onde houver discrepância de preços do mesmo ativo entre dois ou mais mercados, o arbitrador assumirá várias posições sem risco (LOZARDO, 1998, p. 30). A existência de arbitradores torna pequenas as oportunidades de arbitragem, pois a diferenças de preços tendem a se ajustar e os custos operacionais para o investidor podem eliminar o lucro (NAKAMURA, 1996, p. 38).

4. Companhias abertas emissoras de ADR

Companhia aberta, segundo o artigo 4º da Lei nº 6.404/76, é a sociedade anônima cujos valores mobiliários de sua emissão estão admitidos à negociação em bolsa ou no mercado de balcão. As Companhias abertas brasileiras que desejam participar do mercado de capitais norte-americano o fazem por meio do lançamento de ADR.

Os ADRs -American Depositary Receipts - são papéis emitidos e negociados no mercado dos Estados Unidos da América, com lastro em ações de outros países. São certificados negociáveis que representam a propriedade de ações emitidas por empresas não americanas (FORTUNA, 1997, p. 326-327).

Matsumoto (1995, p. 9) assim define esses certificados:

Os ADRs são recibos representativos de ações de empresas estrangeiras negociados nos Estados Unidos e são emitidos por um banco comercial, de nacionalidade norte-americana, chamado de “Banco Depositário”, assim que as ações forem custodiadas no país de origem, através de um banco comercial, denominado “Banco Custodiante”.

Para lançar ADR, a companhia deve emitir ações ou comprá-las no mercado secundário, depositando os papéis em um banco local, que atuará como custodiante. Com lastro nessas ações, um banco nos EUA, o depositário, emite os ADRs e os entrega a um corretor, que fará a comercialização dos títulos (FORTUNA, 1997, p. 326-327).

Para a companhia emissora, algumas das vantagens do lançamento de ADRs são o aumento da liquidez de suas ações e a divulgação do nome da empresa na comunidade

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internacional (MATSUMOTO, 1995, p. 12).

As desvantagens são: a) os custos de implantação; b) o tempo de preparação dos documentos exigidos pela SEC; c) os maiores custos futuros ao oferecer uma maior transparência das informações contábeis; e d) a submissão às penalidades da SEC, caso não cumpridas as exigências por ela estabelecidas (MATSUMOTO, 1995, p. 13-14).

Há cinco tipos de ADR: ADR nível I, ADR nível II, ADR nível III, ADR segundo a regra 144A e ADR segundo o Regulamento S. Cada um desses tipos apresenta exigências diferentes de transparência e adequação às normas da SEC e aos princípios contábeis geralmente aceitos norte-americanos (US GAAP).

O ADR nível I deve ser lastreado em ações já existentes, sendo negociado em mercado de balcão. A companhia que emite esse tipo de ADR não precisa atender às normas contábeis americanas. O ADR nível II também deve ter por lastro ações já existentes no mercado secundário, mas é negociado em bolsa de valores, sendo necessária a observância das normas da SEC e do US GAAP. O ADR nível III diferencia-se do anterior apenas por ser lastreado em novas ações, permitindo, assim, a captação de recursos.

O ADR emitido segundo a regra 144A permite o lançamento de novas ações, sem que a empresa tenha que atender às normas contábeis dos EUA. No entanto, ele só pode ser negociado em mercado de balcão. O ADR emitido de acordo com o Regulamento S assemelha-se ao anterior, com a diferença de ser negociado apenas entre não americanos.

Segundo dados colhidos do site da Comissão de Valores Mobiliários - CVM, das 74 empresas brasileiras com programas de ADR abertos até setembro de 2005, 35 eram emissoras de ADR níveis II ou III. Portanto, essas empresas precisam adequar suas demonstrações contábeis às normas norte-americanas, devendo enviá-las à SEC, anualmente, em um formulário denominado 20-F.

5. Normatização contábil sobre evidenciação de derivativos

5.1. Normatização brasileira

A CVM, autarquia responsável pela regulamentação e fiscalização das atividades concernentes ao mercado de valores mobiliários brasileiro, editou, em 23 de março de 1995, a Instrução nº 235, que dispõe sobre a divulgação, em nota explicativa, do valor de mercado dos instrumentos financeiros, reconhecidos ou não nas demonstrações financeiras das companhias abertas, e dá outras providências.

Essa norma determina que os derivativos, embora não precisem ser reconhecidos como ativo ou passivo no balanço patrimonial, devem ser evidenciados em notas explicativas pelo seu valor de mercado. Segundo o art. 3º da Instrução, considera-se valor de mercado o valor que se pode obter com a negociação do instrumento financeiro em um mercado ativo, em que comprador e vendedor possuam conhecimento do assunto e independência entre si, sem que corresponda a uma transação compulsória ou decorrente de um processo de liquidação.

Na ausência de um mercado ativo para o instrumento financeiro, o valor de mercado será o valor que se pode obter com a negociação de outro instrumento financeiro de natureza, prazo e risco similares, em um mercado ativo; ou o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros a serem obtidos, ajustado com base na taxa de juros vigente no mercado, na data do

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balanço, para instrumentos financeiros de natureza, prazo e risco similares.

Além de indicar o valor de mercado do derivativo, a companhia aberta deverá, também, evidenciar os critérios e as premissas adotados para a determinação desse valor de mercado, bem como as políticas de atuação e controle das operações nos mercados de derivativos e os riscos envolvidos.

A CVM emitiu, ainda, em 25 de fevereiro de 2005, o Ofício-Circular CVM/SNC/SEP nº 01/20055, que orienta sobre a elaboração de informações contábeis pelas companhias abertas. No tocante aos instrumentos financeiros, a orientação é para que as companhias apresentem, em nota explicativa, uma descrição qualitativa dos fatores de risco de mercado que afetem seus negócios, a estratégia adotada pela administração da companhia para gestão desses riscos e em que contexto estão inseridos os instrumentos financeiros. Devem, também, ser divulgadas informações a respeito da política contábil dispensada ao instrumento financeiro. Vale lembrar que a prestação de informações quantitativas acerca dos fatores de risco de mercado, apesar de não obrigatória, é estimulada pela CVM.

5.2. Normatização Norte-Americana

O FASB -Financial Accounting Standards Board, principal órgão normatizador da contabilidade nos Estados Unidos, após mais de uma década de pesquisa (LIMA; LOPES, 2003, p. 169), emitiu, em junho de 1998, o Statement of Financial Accounting Standards (SFAS) nº 133, que trata da contabilidade de instrumentos derivativos e atividades de hedging.

O SFAS 133 exige que as empresas reconheçam todos os derivativos como ativos ou passivos no balanço patrimonial, mensurando-os pelo valor justo (fair value). Para o FASB, o valor justo é a única medida relevante para os instrumentos derivativos (SFAS 133, p. 7). A determinação do valor justo deve ser feita de acordo com o SFAS 107 -Disclosures about

Fair value of Financial Instruments - emitido em dezembro de 1991.

Segundo esse pronunciamento, o valor justo de um instrumento financeiro é a importância pela qual o instrumento pode ser negociado em uma transação entre partes conhecedoras do mercado, que não uma venda ou liquidação forçada. O SFAS 107 considera que os preços de mercado são a melhor medida do valor justo do derivativo. Se não estiverem disponíveis, o valor justo pode ser estimado pelo preço de mercado de um instrumento financeiro com características semelhantes ou por meio de técnicas de avaliação, tais como valor presente dos fluxos de caixa futuros, modelos de precificação de opções e “matrix

pricing models”.

De acordo com o SFAS 133, preenchidas determinadas condições, a companhia poderá designar seus derivativos como: a) hedge de uma exposição a mudanças no valor justo de um ativo ou passivo já reconhecido ou de um compromisso firme ainda não conhecido (fair value hedge); b) hedge de uma exposição a fluxos de caixa variáveis de uma transação futura projetada (cash flow hedging); ou c) hedge de uma exposição a uma moeda estrangeira de um investimento não reconhecido, um título destinado à operação de trading da instituição ou uma transação esperada denominada em moeda estrangeira.

A contabilização das variações no valor justo do derivativo dependerá da designação que lhe foi dada.

Se designado como fair value hedge, o ganho ou perda com o derivativo é reconhecido no resultado do período juntamente com a contraposta perda ou ganho no item protegido, de modo que só será refletido no resultado o montante no qual o hedge foi ineficaz na proteção

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contra os riscos envolvidos.

Se designado como cash flow hedge, a parte eficaz dos ganhos ou perdas é inicialmente registrada como um componente de other comprehensive income (fora do resultado de período) e posteriormente reclassificada para o resultado quando este for afetado pela transação projetada. A parcela ineficaz do ganho ou perda com o derivativo é reconhecida imediatamente no resultado.

Se designado como hedge de uma exposição em moeda estrangeira de um investimento em uma operação internacional, os ganhos ou perdas são registrados em other

comprehensive income como parte do ajuste acumulado de conversão. Para o derivativo

designado como hedge de uma exposição em moeda estrangeira, de um compromisso firme não reconhecido ou de um título destinado à operação de trading da empresa, aplica-se a contabilização de fair value hedge. Para o derivativo designado como hedge de uma transação projetada em moeda estrangeira, aplica-se a contabilização de cash flow hedge.Para derivativos não designados como instrumentos de hedge, os ganhos ou perdas são reconhecidos no resultado do período imediatamente.

Com relação à evidenciação, o SFAS 133 exige que as entidades que possuem derivativos divulguem seus objetivos com o uso desses instrumentos, o contexto necessário para entender esses objetivos e as estratégias para alcançá-los. A companhia deve indicar a política de gerenciamento de risco para cada um dos tipos de hedge, incluindo a descrição dos itens ou transações cujos riscos estão sendo protegidos.

Para derivativos não designados como instrumentos de hedge, deve ser indicado seu propósito. Há também exigências adicionais de evidenciação para cada tipo de hedge, como, por exemplo, a indicação da parcela do hedge que foi ineficaz nos casos de fair value hedge e

cash flow hedge. Nos termos do SFAS 107, a empresa deverá evidenciar, também, os métodos

e pressupostos utilizados para a estimação do valor justo do instrumento financeiro.

No que se refere à evidenciação dos riscos incorridos pelas empresas, o SFAS 133, adicionando parágrafos ao SFAS 107, determinou a divulgação das concentrações de riscos de crédito de todos os instrumentos financeiros e incentivou, mas não exigiu, a divulgação de informações quantitativas acerca dos riscos de mercado.

Apesar de o FASB não exigir a divulgação de informações quantitativas sobre os riscos de mercado, as companhias abertas que transacionam valores mobiliários nas bolsas americanas deverão prestar esse tipo de informação, por força de norma expedida pela SEC (Release n° 33-7383, de 31 de janeiro de 1997).

Segundo a norma da SEC, a prestação de informações quantitativas a respeito dos instrumentos sensíveis a riscos de mercado pode ser feita de três maneiras: a) apresentação tabular do valor justo e dos termos contratuais suficientes para a determinação dos fluxos de caixa futuros desses instrumentos, agrupados por datas esperadas de vencimento; b) análise de sensibilidade, mostrando a perda potencial futura, os valores justos ou os fluxos de caixa decorrentes de variações hipotéticas das taxas e preços de mercado; ou c) evidenciação do

Value at Risk (VaR), mostrando a perda potencial futura, os valores justos, ou os fluxos de

caixa decorrentes de movimentações no mercado em um determinado período de tempo e com uma determinada probabilidade de ocorrência.

O formulário 20-F, que deve ser enviado anualmente à SEC pelas companhias emissoras de ADR níveis II e III, contém um item específico (Item 11) para a divulgação de informações qualitativas e quantitativas sobre o risco de mercado.

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6. Resultados e análise

O quadro 2, a seguir, resume os resultados da análise comparativa realizada entre as demonstrações contábeis enviadas à CVM (DFPs) e as demonstrações contábeis enviadas à SEC (Formulários 20-F) das companhias integrantes da amostra final, indicando, por tipo de demonstração contábil (DFP ou Formulário 20-F), a quantidade de empresas que divulgou cada um dos itens pesquisados.

Análise Qualitativa de Risco Análise Quant. Risco Formu-lário Principais Práticas Contábeis Obje-tivos Valor Justo Método

Crédito Juros Câmbio Análise de

Sensibilidade VaR

DFP 14 27 18 14 24 19 24 0 1

20-F 24 28 27 20 24 28 28 16 1

Quadro 2 – Quantidade de companhias que divulgam as variáveis pesquisadas, por tipo de demonstração contábil - 2004

A análise dos resultados demonstra que há diferenças entre as informações contábeis enviadas à CVM e as enviadas à SEC, no tocante aos instrumentos financeiros derivativos.

As principais diferenças residem na ausência de divulgação, nas DFPs, a) das principais práticas contábeis adotadas com relação aos derivativos; b) do valor justo dos derivativos e do seu método de cálculo; c) dos riscos de juros incorridos pela companhia; e d) de dados quantitativos acerca dos riscos de mercado.

A fim de ilustrar os resultados obtidos, reproduzem-se, a seguir, para algumas das companhias pesquisadas, informações constantes do Formulário 20-F que não foram disponibilizadas na demonstração contábil enviada à CVM (DFP)6.

A Perdigão S.A., por exemplo, apresentou, no Formulário 20-F, a seguinte informação relativa às práticas adotadas para a contabilização dos derivativos, que não foi disponibilizada na correspondente DFP:

Instrumentos Derivativos: Os instrumentos derivativos são avaliados pelo regime de competência e os lucros e perdas não realizados são lançados como ativo ou passivo (curto ou longo prazo, conforme o caso) na data de cada balanço. Os lucros e perdas não realizados e realizados destes instrumentos são reconhecidos como receitas/despesas financeiras.

Portanto, não foi esclarecido, na demonstração brasileira, qual o tratamento contábil adotado para os lucros e perdas realizados e não realizados com os instrumentos derivativos da companhia.

A Telemig Celular Participações S.A., no Formulário 20-F, evidenciou o valor justo dos contratos de swap de moeda e de taxa de juros, apresentando as seguintes informações:

2004 2003

Em Mil R$

Ativos 230.218 404.749

Passivos (212.170) (338.596)

Investimentos líquidos – contratos de swap 18.048 66.153 Menos parcela corrente – ativos (16.776) (6.929) Parcela de longo prazo – ativos (3.098) (59.224) Parcela de longo prazo – passivos 1.826 --- FONTE: Formulário 20-F da Telemig Celular Participações S.A., referente ao ano de 2004.

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No entanto, na DFP, a companhia informou apenas que “Os saldos contábeis em 31 de dezembro de 2004 dos contratos de swap (Nota 21a) são inferiores aos valores de mercado em função do ágio que seria apurado nesta data, na liquidação antecipada dos títulos.”

Percebe-se, desse modo, que a companhia, além de desatender à Instrução n° 235 da CVM, que determina a evidenciação, em nota explicativa, do valor justo de todos os instrumentos financeiros, trata, diferentemente, o mercado de capitais brasileiro e o norte-americano.

A CEMIG, apesar de ter evidenciado o valor de mercado dos derivativos em ambas as demonstrações contábeis – DFP e Formulário 20-F -, apenas neste último indicou o método de cálculo desse valor. Este é o teor da informação não disponibilizada na demonstração brasileira:

A Companhia calcula o valor justo dos seus instrumentos financeiros usando a cotação do preço de mercado sempre que disponível. Quando a cotação do preço de mercado não está disponível, a Companhia usa modelos de precificação com origem nos critérios de mercado, que são baseados no valor presente do fluxo de caixa estimado.

Com relação às informações qualitativas a respeito do risco de juros, um exemplo de assimetria de informação é o da Aracruz Celulose S.A.. Enquanto na DFP não há nenhuma informação a respeito desse risco de mercado, no Formulário 20-F, a companhia divulga o seguinte:

A estratégia de gerenciamento da taxa de juros da Companhia tem sido manter uma carteira balanceada de taxas de juros fixa e flutuante para otimizar os custos e a volatilidade. A estratégia de gerenciamento de risco da taxa de juros da Companhia pode usar instrumentos derivativos para reduzir as flutuações de rendimentos atrelados à volatilidade da taxa de juros. A Companhia pode utilizar “swaps” de taxas de juros para implementar essa estratégia. Em 31 de dezembro de 2004, a Companhia não possuía contrato de “swap” de taxa de juros em aberto.

Mas o ponto em que houve maior discrepância entre as informações enviadas à CVM e as enviadas à SEC foi o relativo à divulgação quantitativa acerca dos riscos de mercado. Nenhuma das companhias apresentou, na DFP, análise de sensibilidade aos riscos de mercado. Já nas demonstrações enviadas à SEC, a situação foi bem diversa, pois 16 empresas divulgaram essa informação quantitativa.

A TELESP, por exemplo, apresentou a seguinte análise de sensibilidade relativa às taxas de juros:

Uma alteração hipotética, imediata e desfavorável de 10% nas taxas de juros aplicável sobre nossos ativos e passivos em 2004 causaria uma perda potencial nos lucros de aproximadamente R$ 220,7 milhões para o período de um ano. A análise anterior está baseada na premissa de uma variação desfavorável de 10% nas taxas de juros aplicável às categorias homogêneas de ativos e passivos financeiros e mantida pelo período de um ano. Uma categoria homogênea é definida de acordo com a moeda na qual os ativos e passivos financeiros estão denominados e adota a mesma variação de taxa de juros em cada categoria homogênea (por exemplo, reais). Como conseqüência, nosso modelo de taxa de juros pode aumentar o impacto da flutuação da taxa de juros para tais instrumentos financeiros, uma vez que variações desfavoráveis de todas as taxas de juros são improváveis.

Constata-se que, pelo fato de a CVM não exigir a prestação de informações quantitativas sobre os riscos de mercado, as companhias acabam por não divulgá-las nas DFPs. No entanto, já que são obrigadas a preparar esse tipo de informação, por força de norma da SEC, não se entende o tratamento diferenciado para com o mercado de capitais

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nacional.

Quanto ao VaR (Value at Risk), a pesquisa mostrou que a imensa maioria das empresas selecionadas não o divulga nem na DFP nem no Formulário 20-F.

No que tange ao reconhecimento e mensuração dos instrumentos financeiros derivativos, constataram-se, também, diferenças entre as DFPs e os Formulários 20-F. O quadro 3, a seguir, resume os resultados obtidos com relação ao reconhecimento e mensuração dos derivativos:

Reconhecimento dos derivativos no Balanço Patrimonial

Sim Não Relatório Contábil

Valor justo Outro Valor (1)

DFP 1 21 6

20-F 12 15 (2) 1

(1) Valor ajustado (carrying amount) ou valor de custo ou mercado, dos dois o menor.

(2) Essas 15 companhias, no entanto, apresentaram uma conciliação do lucro líquido do exercício e do patrimônio liquido, a fim de se adequaram ao US GAAP, que exige o reconhecimento dos derivativos, no balanço patrimonial, pelo valor justo.

Quadro 3 – Comparação entre as demonstrações contábeis enviadas à CVM e as enviadas à SEC, no tocante aos critérios de reconhecimento e mensuração dos derivativos – 2004

Nas demonstrações contábeis apresentadas à CVM, apenas uma companhia reconheceu os derivativos no balanço patrimonial pelo valor justo, enquanto que, nas demonstrações enviadas à SEC, esse número subiu para 12, sendo que outras 15 companhias, apesar de não mensurarem os derivativos pelo valor justo, fizeram a reconciliação do lucro líquido e do patrimônio líquido, a fim de se adequaram ao SFAS 133.

Interessante notar que, embora não seja uma exigência da CVM, a maior parte das companhias pesquisadas (78,6%) tem reconhecido os derivativos no balanço patrimonial, o que demonstra uma certa aderência às normas norte-americanas, conferindo maior transparência às operações realizadas com esses instrumentos financeiros.

7. Considerações finais

A empresa que emite ADR nível II ou III é obrigada a divulgar suas demonstrações contábeis, nos Estados Unidos, de acordo com as normas da SEC e do FASB (US GAAP). Essa divulgação é feita em um formulário denominado 20-F. A normatização contábil norte-americana a respeito dos instrumentos financeiros derivativos diferencia-se, em alguns aspectos, da brasileira.

O FASB exige que todos os derivativos sejam reconhecidos no balanço patrimonial e mensurados pelo valor justo. Quanto à evidenciação contábil, é exigida a divulgação dos objetivos com o uso dos derivativos, do contexto em que se inserem esses objetivos, das estratégias para alcançá-los, do método utilizado para a estimação do valor justo dos derivativos, dos riscos de crédito dos instrumentos financeiros, além de informações adicionais para cada tipo de hedge. A SEC, por sua vez, exige a prestação de informações

(12)

quantitativas acerca dos riscos de mercado.

Já a CVM trata os derivativos como itens off-balance sheet, exigindo a evidenciação, em nota explicativa, do seu valor de mercado, dos critérios adotados para a determinação desse valor de mercado, das políticas de atuação e controle das operações nos mercados de derivativos, de dados qualitativos acerca dos riscos de mercado, da estratégia de gerenciamento desses riscos, do contexto em que se inserem os derivativos e da política contábil que lhes é dispensada. A prestação de informações quantitativas acerca dos riscos de mercado não é obrigatória, mas apenas estimulada.

Realizado o pesquisa empírica com 28 companhias abertas brasileiras emissoras de ADR níveis II e III, constatou-se que há diferenças entre as informações contábeis enviadas à CVM e à SEC, no tocante aos derivativos. As principais diferenças residem na ausência de divulgação, nas DFPs:

a) das principais práticas contábeis adotadas com relação aos derivativos; b) do valor justo dos derivativos e do seu método de cálculo;

c) dos riscos de juros incorridos pela companhia; e d) de dados quantitativos acerca dos riscos de mercado.

Com exceção da análise quantitativa dos riscos de mercado, os demais itens em que se constatou ausência de evidenciação, nas DFPs, são de divulgação obrigatória no Brasil, por força de normas da CVM. Portanto, a diferença entre normas contábeis não serve como justificativa para as diferenças encontradas, o que também foi constatado no estudo de Darós, Borba e Abreu (2005, p. 2). Verifica-se, assim, que, de forma geral, as companhias pesquisadas tratam de maneira diferente o mercado de capitais norte-americano e o nacional, no que se refere à evidenciação de derivativos.

Espera-se, que este estudo possa ter contribuído para alertar à CVM e ao mercado o tratamento diferenciado dado pelas empresas e que essas possam aperfeiçoar a evidenciação das operações dos instrumentos financeiros nas DFPs a fim de que o usuário da informação contábil no Brasil possa ter maior quantidade e qualidade de informação a respeito dos riscos, bem como dos demais aspectos associados a essas operações. Por outro lado, vale ressaltar como sugestão de pesquisa as razões para a diferença no tratamento ora detectada e se há percepção do mercado brasileiro quanto ao fato e suas possíveis conseqüências.

Referências

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COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Informativo CVM. Disponível em: <http://www.cvm.gov.br>. Acesso em: 4 out. 2005.

(13)

1995. Disponível em <http://www.cvm.gov.br>.

COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Ofício-Circular/CVM/SNC/SEP nº 01/2005. Disponível em <http://www.cvm.gov.br>.

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STATEMENT OF FINANCIAL ACCOUNTING STANDARDS N° 107. Disclosure about fair

value of financial instruments, 1991. Disponível em: http://www.fasb.org

STATEMENT OF FINANCIAL ACCOUNTING STANDARDS N° 133. Accounting for

(14)

Apêndice - Empresas que compuseram a amostra do estudo

Número Companhia

1 Aracruz Celulose S.A. 2 Brasil Telecom S.A.

3 Brasil Telecom Participações S.A

4 Companhia Brasileira de Distribuição (Pão de Açúcar) 5 Companhia de Bebidas das Américas – AMBEV 6 Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG 7 Companhia Paranaense de Energia – COPEL 8 Companhia Siderúrgica Nacional 9 Companhia Vale do Rio Doce

10 Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. 11 Embratel Participações S.A.

12 Gerdau S.A.

13 Gol Linhas Aéreas Inteligentes S.A. 14 Net Serviços de Comunicação S.A.

15 Perdigão S.A.

16 Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRÁS

17 Sadia S.A.

18 Tele Centro Oeste Celular Participações S.A. 19 Tele Leste Celular Participações S.A.

20 Tele Norte Celular Participações S.A. 21 Tele Norte Leste Participações S.A. 22 Tele Sudeste Celular Participações S.A.

23 Telecomunicações de São Paulo S.A. – TELESP 24 Telemig Celular Participações S.A.

25 Telesp Celular Participações S.A. 26 Tim Participações S.A. 27 Ultrapar Participações S.A. 28 Votorantim Celulose e Papel S.A.

(15)

Notas

1

STATEMENT OF FINANCIAL ACCOUNTING STANDARDS N° 133. Accounting for derivative instruments

and hedging activities, 1998.

2

Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, Brasília, 2005.

3

A atividade bancária é fortemente regulamentada pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central do Brasil, que, por força dos normativos editados, exigem a contabilização dos derivativos como itens “on balance

sheet”.

4

A coleta dos dados foi feita nos sites da CVM e da SEC, nos meses de agosto e setembro de 2005.

5

Esse Ofício-Circular substituiu o Ofício-Circular CVM/SNC/SEP n° 01/2004, sem trazer alterações significativas quanto à divulgação dos instrumentos financeiros.

6

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