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Cooperativismo Wikipédia, a enciclopédia livre

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Cooperativismo

Atual bandeira do cooperativismo, adotada a partir de 2001.

Primeira bandeira do cooperativismo, adotada em 1923 e modernizada em 2001. Embora se pareça com a do movimento LGBT, a bandeira do Cooperativismo tem as sete cores do arco-íris; a do LGBT tem apenas seis cores.

Símbolo do

cooperativismo com os dois pinheiros dentro de um círculo.

Símbolos do cooperativismo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Cooperativismo é a

doutrina que preconiza a colaboração e a associação de pessoas ou grupos com os mesmos interesses, a fim de obter vantagens comuns em suas atividades econômicas. O associacionismo cooperativista tem por fundamento o

progresso social da cooperação e do

auxílio mútuo segundo o qual aqueles que se encontram na mesma situação desvantajosa de competição conseguem, pela soma de esforços, garantir a sobrevivência. Como fato econômico, o cooperativismo atua no sentido de reduzir os custos de produção, obter melhores condições de prazo e preço, edificar instalações de uso comum, enfim, interferir no sistema em vigor à procura de alternativas a seus métodos e soluções.

Seus princípios, estabelecidos em 1966 pela Aliança Cooperativa Internacional, remontam a outros fixados em 1844 e resumem-se em: adesão livre; gestão democrática; taxa limitada de juro ao capital social; sobras

eventuais aos cooperados, que podem ser destinadas ao desenvolvimento da cooperativa, aos serviços comuns e aos associados, proporcionalmente a suas operações; neutralidadesocial, política, racial e religiosa; ativa colaboração das cooperativas entre si e em todos os planos, local, nacional e internacional; constituição de um fundo de educação dos cooperados e do público em geral.

Uma cooperativa é uma sociedade cujo capital é formado pelos associados e tem a finalidade de somar esforços para atingir objetivos comuns que beneficiem a todos. Há muitos tipos de cooperativas. Algumas têm como finalidade a comercialização de bens produzidos por seus membros. Essas são as chamadas cooperativas de produção. Outras têm a finalidade de comprar bens de consumo e revendê-los a seus associados a preços mais baratos que os do mercado; são as cooperativas de consumo. Outras fornecem recursos financeiros aos seus associados; chamam-se cooperativas de crédito. Outras, finalmente podem prestar serviços, como transporte de carga, abastecimento de água, distribuição de energia elétrica; são as cooperativas de serviço.

Os homens vêm trabalhando em conjunto, desde os tempos primitivos, na colheita e na produção de bens. Alguns homens defenderam a idéia de que todos os frutos do trabalho comum deveriam ser repartidos

igualmente. Outros argumentam que todas as vezes que esse sistema foi tentado os trabalhadores perderam o estímulo pelo trabalho, ficaram desinteressados e insatisfeitos. Robert Owen, fabricante inglês do final do século XVIII e início do XIX, foi a primeira pessoa no mundo moderno a tentar organizar uma empresa destinada a beneficiar os empregados e consumidores. Não obteve grande sucesso. No mesmo período, William King, médico inglês, recomendou aos operários que possuíssem suas próprias máquinas. A ONU decretou o ano de 2012 como o ano Internacional das Cooperativas.[1] (http://www.onu.org.br/agencias-da-onu-lancam-ano-internacional-das-cooperativas-2012) Índice 1 Origens 2 Tipos de cooperativas [1] [1] [2] [3] [4] [4]

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Pintura de Owen em 1845 2.1 Cooperativas de Produção

2.2 Cooperativas de Consumo 2.3 Cooperativas de Crédito 3 Cooperativas no Brasil 4 União Soviética e China 5 Experiência israelense 6 Ver também

7 Referências 8 Ligações externas

Origens

Em seus primórdios, no século XVIII, o cooperativismo pretendia constituir uma alternativa política e econômica ao capitalismo, eliminando o patrão e o intermediário, e concedendo ao trabalhador a propriedade de seus instrumentos de trabalho e a participação nos resultados de seu próprio desempenho. Reformadores sociais, socialistas utópicos ou socialistas cristãos como Robert Owen e Charles Fourier criaram cooperativas de produção. Louis Blanc fundou o que chamou de "oficinas sociais", ao agrupar artífices do mesmo ofício. Destacam-se, como teóricos de cooperativismo, Biatrice Potter Webb, Luigi Luzzatti e Charles Gide, que chegou a propor a “república cooperativa”.

Em maio de 1838, com o movimento cartista na Inglaterra, que se

disseminou pela classe média, surgiram as primeiras manifestações concretas de cooperativismo, que culminaram com a fundação da Sociedade dos Pioneiros de Rochdale (1844), que reunia 28 tecelões da localidade.

Na atualidade, especialmente nos países capitalistas mais desenvolvidos, o cooperativismo convive com outras formas de organização empresarial, como na Suécia, país onde mais e melhor se desenvolveu. No Brasil, sobressaem algumas cooperativas agrícolas. O modelo brasileiro de cooperativismo é o unitário, isto é, a cooperação é regulada por uma só lei orgânica. O modelo diversificado gera legislação específica para cada tipo de organização cooperativa.

Tipos de cooperativas

As cooperativas dividem-se em três tipos básicos: as de produção, as de consumo e as de crédito. As primeiras agrupam trabalhadores que se associam para produzir bens ou serviços para uso mútuo ou visando ao mercado. As segundas congregam consumidores de qualquer gênero, de forma a obter melhores preços, condições e qualidade de bens e serviços, comprando por atacado ou diretamente do produtor, para uso próprio ou revenda.

Cooperativas de Produção

Essas cooperativas classificam e processam os produtos do setor primário, e comercializam os produtos industrializados, obtendo assim melhor remuneração aos seus associados. Cada membro contribui com um percentual variável do valor da produção para pagar os custos do processamento, administração e

comercialização. O dinheiro recebido pela cooperativa retorna ao produtor agrícola na proporção de sua produção. Essas cooperativas também provêem outros serviços, como insumos, armazenamento, transporte, publicidade e pesquisa. Essas cooperativas atuam, geralmente, na produção de cereais e animais, como trigo, soja, milho, algodão, leite, carne, fumo, lã, frutas cítricas ou aves domésticas.

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O movimento moderno de cooperativismo voltado para o consumo foi iniciado em Rochdale, na Inglaterra, em 21 de dezembro de 1844, quando 28 tecelões pobres organizaram um pequeno armazém de secos e molhados, em Toad Lane. Cada um pagava uma pequena contribuição a um fundo para o aluguel da loja e a compra de farinha, açúcar, manteiga e farinha de aveia a preços de atacado.

Esses pioneiros do cooperativismo introduziram alguns princípios que ficaram conhecidos como Princípios de Rochdale. Praticamente todas as cooperativas de hoje se norteiam por esses princípios. Um deles é o de que o direito de associação é extensivo a todos. Outro é o de que cada membro só tem direito a um voto, seja qual for a sua participação na cooperativa. Esse princípio destina-se a assegurar o controle democrático da cooperativa. Há ainda um princípio segundo o qual todo o dinheiro ganho pela cooperativa deve reverter aos associados em forma de poupança. As normas limitam também o volume de dinheiro a ser pago por ações. Esse limite comumente é de 4%. O comércio é sempre à vista.

O armazém de Rochdale cresceu até possuir mais de 45 mil associados e um capital superior a meio milhão de libras. Desde então o movimento difundiu-se em outras partes do mundo. As organizações centrais de

cooperativas são associadas à Aliança Cooperativa Internacional.

Cooperativas de Crédito

As cooperativas de crédito, comuns na Alemanha do século XIX, operavam em conjunto com as de consumo, e atendiam principalmente aos pequenos produtores urbanos e artesãos. Além das naturais formas mistas, um quarto tipo é a cooperativa agrícola, que funde os três tipos anteriores, atuando em todo o universo da atividade econômica vinculada à agricultura: compra de sementes e outros insumos; financiamento da produção;

construção de silos e armazéns; plantio e colheita; comercialização, etc.

Cooperativas no Brasil

No Brasil, as cooperativas são regulamentadas pelo Decreto n° 22.239, de 19 de dezembro de 1932, que relaciona 16 tipos de cooperativas, sendo as principais as de produção agrícola, de produção industrial, de trabalho, de beneficiarnento de produtos, de consumo, de comercialização, de seguro, habitacionais, de editoração e finalidades culturais, escolares e mistas. As cooperativas têm como características o capital social variável (com teto mínimo mas sem teto-máximo): variabilidade do número de associados acima do mínimo, que é de sete; limitação de valor das quotas-partes e do máximo de quotas-partes para cada associado, não podendo exceder a 1/3 do total; proibição de vender ou passar quotas-partes a terceiros; quorum (determinado número de membros presentes) para que a assembléia-geral possa funcionar e deliberar; indivisibilidade do fundo de reserva, mesmo em caso de dissolução da sociedade; voto único para cada associado, independente de suas quotas-partes; área de ação determinada no estatuto; distribuição proporcional dos lucros ou sobras.

De acordo com a lei, as cooperativas não podem usar firma social em nome coletivo; ter o nome de qualquer associado em sua designação; criar agências ou filiais dentro ou fora de sua área de ação; emitir ações para constituir capital; remunerar de qualquer forma agenciadores de associados; estabelecer privilégios em favor de fundadores ou diretores; admitir como associados pessoas jurídicas de natureza mercantil, fundações.

corporações e outras sociedades civis; cobrar prêmio pela admissão de novos associados; participar de manifestações políticas ou religiosas; especular sobre a compra e venda de títulos.

União Soviética e China

Na ex-União Soviética, as fazendas coletivas, ou colcoses, constituíam uma forma de cooperativismo coletivista imposto pelo Estado. A diferença fundamental estava em que as terras e tudo o que produziam eram de

propriedade do Estado. O colcós, assim, era uma propriedade social característica da acentuada centralização da economia soviética. [4] [4] [4] [6] [4] [4] [6]

(4)

Na China, o primeiro plano qüinquenal, de 1953 a 1957, que visava à implantação do socialismo, baseou-se no modelo soviético e criou no campo cooperativas agrícolas de produção, que agrupam de trinta e quarenta famílias trabalhando em conjunto. Ao contrário do que se dava na União Soviética, a terra e os meios de produção

continuavam propriedades individuais e a renda era distribuída conforme o trabalhos e os equipamentos de cada um.

Ao final desse plano qüinquenal, as cooperativas já tentam de 100 a 300 famílias. Terras e bens de produção passaram a propriedade da cooperativa. Os trabalhadores rurais continuavam donos de seus bens pessoais, casa de moradia e animais domésticos. Podiam, ainda, cultivar hortas para consumo próprio. A partir de 1957, novas mudanças ocorreram: as cooperativas agrícolas foram substituídas pelas comunas rurais, cada uma com cerca de cinco mil famílias. No final do século, outras modificações estruturais verificaram-se na China.

Experiência israelense

A Organização Internacional do Trabalho considera Israel um "laboratório cooperativo", onde se destacam quatro tipos:

Kvutzah, formado de 15 a 25 famílias em regime comunitário quanto aos bens e educação das crianças; Kibutz, com 1 000 a 1 500 pessoas, organizado conforme o tipo anterior;

Moshav, que opera com pequenos produtores, conciliando independência de atuação com supervisão técnica e administrativa;

Moshav shitufi, organização intermediária entre o segundo e o terceiro tipo.

Ver também

Autogestão Economia Social Economia Solidária Socialização

Friedrich Wilhelm Raiffeisen

Referências

1. ↑ "Cooperativismo". (em português)Nova Enciclopédia Barsa volume 4. (1998). São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações. p. 399.

2. ↑"Cooperativa". (em português)Enciclopedia Delta Universal volume 4. (c1982). Rio de Janeiro: Delta. p. 2275. 3. ↑"Cooperativa". (em português)Enciclopedia Delta Universal volume 4. (c1982). Rio de Janeiro: Delta. p. 2275-2276. 4. ↑ "Cooperativa". (em português)Enciclopedia Delta Universal volume 4. (c1982). Rio de Janeiro: Delta. p.

2276.

5. ↑ Instituição Toledo de Ensino (abril a julho de 2002). Revista do Instituto de Pesquisas e Estudos

(http://www.ite.edu.br/ripe_arquivos/ripe34.pdf) (em português). Instituição Toledo de Ensino. Página visitada em 28 de maio de 2012.

6. ↑ "Cooperativismo". (em português)Nova Enciclopédia Barsa volume 4. (1998). São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações. p. 400.

Ligações externas

Organização das Cooperativas Brasileiras (http://www.brasilcooperativo.coop.br/) Cooperativismo de Crédito (http://www.cooperativismodecredito.com.br/)

Categoria: Cooperativismo [6] [6] [6] [6] [6] ab abcdefgh abc abcdefgh

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