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TÉCNICO EM AGROINDÚSTRIA COOPERATIVISMO

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Academic year: 2021

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TÉCNICO EM AGROINDÚSTRIA

COOPERATIVISMO

(2)

Unidade 1 - O que é

cooperativismo

- Histórico

- Precursores do pensamento cooperativo - O cooperativismo no Brasil

(3)

O que é cooperativismo

- União entre pessoas voltadas para um mesmo

objetivo.

- Através da cooperação, busca-se satisfazer as

necessidades humanas e resolver os problemas comuns: o fim maior é o homem, não o lucro.

- Caracteriza-se por ser gerida de forma

democrática e participativa, de acordo com aquilo que pretendem seus associados.

(4)

Cooperativismo: uma filosofia

Um pensamento que procura construir uma nova maneira de processar a economia baseando-se no trabalho e não no lucro; na ajuda mútua e não na concorrência e

competição; nos valores e necessidades humanas e não na exploração do trabalho e na acumulação individual do dinheiro (VEIGA, 1999).

(5)

Histórico

Origem Século XIX – revolução industrial

A máquina a vapor

Primeira fase: acessível à manufatureiros

O aumento da produtividade do trabalho pela máquina era acessível inclusive para o trabalhador manufatureiro

Segunda fase: sistema fabril e controle do

trabalho

Desenvolvimento do sistema fabril e necessidade de

redução de riscos: subjugação do trabalho (o empregado), dos produtores de matérias-primas etc.

(6)
(7)

Impactos sociais

Sobre os trabalhadores das fábricas

- Migração campo – cidade estimulada pela indústria: gerou excedente de mão de obra.

- Aumento da exploração - jornadas de trabalho de até 16 horas e salários miseráveis

Sobre os trabalhadores manufatureiros

Os produtos industriais, por serem produzidos em maior escala, eram mais baratos do que os artesanais. Desse modo, em

pouco tempo, os trabalhadores das manufaturas se viram privados do seu principal meio de subsistência.

(8)

Impactos sobre a sociedade humana

Como o desenvolvimento do sistema fabril se organizara como parte de um processo de compra e venda, o trabalho também teve que se transformar em mercadoria para

manter a produção em andamento (...) é o próprio ser

humano (empregado, não o empregador) transformado em mercadoria.

É a sociedade humana se tornando um acessório do sistema econômico (POLANYI, 2000, p. 97).

(9)

Movimentos em confronto

Liberais

Os que pressionavam em favor de uma mudança na sociedade sem limites nem regulamentação: fé sega no progresso

espontâneo promovido pelo mercado.

Resistência à subjugação do trabalho ao capital

A Inglaterra, a França e a Alemanha foram o berço de

movimentos de defesa e de libertação, como reação aos efeitos do liberalismo econômico e da própria Revolução Industrial.

(10)

Pensadores do socialismo utópico

Robert Owen (1771-1858) - industrial inglês

Pregava ser a indústria em si benéfica, ao baratear os bens de consumo.

No entanto, ela deveria ser colocada sob o controle dos trabalhadores e os resultados do trabalho em comum, repartidos igualmente.

Propunha que se formassem aldeias cooperativas, ao redor das fábricas, nas quais os meios de produção seriam geridos coletivamente.

(11)

Influências do socialismo utópico

Movimento sindical x movimento cooperativista: influenciados por Owen.

Centenas de cooperativas na Inglaterra. Repressões violentas

(12)

Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale

21 de dezembro de 1844

28 tecelões se uniram para comprar em conjunto itens de primeira necessidade, como alimentos

Objetivos

- Formação de um capital social para emancipação dos

trabalhadores, viabilizado pela poupança resultante da compra comum de alimentos;

- Construção ou aquisição de casas para os cooperados;

- Criação de estabelecimentos industriais e agrícolas voltados à produção de bens indispensáveis à classe trabalhadora, de modo direto e a preços módicos, assegurando, concomitantemente,

trabalho aos desempregados ou mal-remunerados; - Educação e campanha contra o alcoolismo;

- Cooperação integral, com a criação gradativa de núcleos de comunidades piloto de produção e distribuição, que seriam multiplicados através da propaganda e do exemplo, visando a fundação de novas cooperativas.

(13)

Princípios da cooperativas dos pioneiros de

Rochdale

1º A Sociedade seria governada democraticamente, cada sócio dispondo de um voto;

2º A Sociedade seria aberta a quem dela quisesse

participar, desde que integrasse uma quota de capital mínima e igual para todos;

3º Qualquer dinheiro a mais investido na cooperativa seria remunerado por uma taxa (limitada) de juro, mas não daria ao seu possuidor qualquer direito adicional de decisão;

4º Tudo o que sobrasse da receita deduzidas todas as

despesas, inclusive juros, seria distribuída entre os sócios em proporção às compras que fizessem da cooperativa;

(14)

5º Todas as vendas seriam à vista;

6º Os produtos vendidos seriam sempre puros e de boa qualidade;

7º A Sociedade deveria promover a educação dos sócios nos princípios do cooperativismo;

8º A Sociedade seria neutra política e religiosamente.

Princípios da cooperativas dos pioneiros de

Rochdale

(15)

Doutrina

Princípios doutrinários Estatutos de Rochdale

Liberdade Cooperação voluntária:

livre entrada e saída

Igualdade Gestão democrática

Fraternidade Ativa cooperação entre

cooperativas e prioridade à educação cooperativista

solidariedade Associativismo: retorno pró

(16)

Comparação entre cooperativa e

empresas de capital

Firma Capitalista Cooperativista

Objetivo Capital: lucro Trabalho: serviços

Gestão Capital: ação=voto Trabalho: associado=voto Apropriação Capital: proporcional às ações Trabalho: proporcional à atividade e a

(17)

Trabalho para avaliação

Em grupo

1) Analise, do seu ponto de vista, a contribuição que

o cooperativismo pode dar para a construção de agroindústrias pelos trabalhadores?

2) Do seu ponto de vista, por onde deve começar um

projeto de agroindústria cooperativa? Discuta a sua ideia.

(18)

Unidade 2

Definição de cooperativa

Direitos e deveres dos cooperantes

Quadro organizacional das cooperativas Tensões entre cooperação e mercado Tipos de organizações cooperativas

(19)

1. Definição de cooperativa

- Sociedade de pessoas: mínimo 20. - Gestão democrática.

- Propriedade: dos cooperados.

- Quanto à repartição das sobras: proporcional ao trabalho e

às operações dos associados com a cooperativa.

- Os riscos da atividade (como os benefícios) devem ser

distribuídos ou assumidos pelos cooperados.

Todas as definições a respeito devem constar no estatuto e regimento interno.

(20)

2. Direitos e deveres dos cooperantes

Direitos

1. Votar e ser votado para cargos do Conselho de administração e

no Conselho Fiscal, independente do número de cotas-partes subscritas.

2. Participar de todas as operações e atividades econômicas e

sociais da cooperativa.

3. Examinar livros e documentos e solicitar esclarecimentos

quando necessário.

4. Convocar assembleia caso seja necessário obedecendo as leis

estatutárias.

5. Participar das assembleias gerais opinando e defendendo seus

pontos de vista e propondo mudanças que sejam de interesse coletivo.

6. Desligar-se da cooperativa quando quiser receber todo seu

(21)

Direitos e deveres dos cooperantes

Deveres

1. Operar com a cooperativa.

2. Participar das assembleias gerais da cooperativa, colaborando e

fiscalizando para que a assembleia seja participativa e democrática.

3. Integralizar as quotas-partes fixadas em estatuto para

constituição da cooperativa.

4. Debater os objetivos e metas de interesse coletivo e respeitar a

decisão da maioria.

5. Buscar sempre a requalificação para melhorar o desempenho de

qualidade do serviço prestado pela cooperativa.

6. Conhecer e respeitar o estatuto da cooperativa.

7. Prestigiar a cooperativa perante terceiros.

8. Pagar sua parte caso a cooperativa apresente prejuizo financeiro

(22)

3. Quadro organizacional da

cooperativa

(23)

4. Quem administra: Conselho de

Administração ou Diretoria

Administrar é utilizar-se dos métodos, processos e técnicas para melhor uso dos recursos existentes e para atender a determinados objetivos com menor custo e risco.

Presidente – dirige, em companhia dos outros diretores e

associados, os destinos da cooperativa.

Vice-presidente – substitui o Presidente e participa do

Conselho de Administração.

Secretário - Lavra as atas, trata da correspondência e

(24)

5. Conselho de administração

- Programa os planos de trabalho e os serviços da cooperativa;

- fixa as taxas de serviços a serem pagas pelos associados;

- estabelece normas administrativas e financeiras para o funcionamento da cooperativa;

- contrata o gerente e o contador;

- delibera sobre a admissão, demissão, eliminação e exclusão de associados;

- zela pelo cumprimento da legislação cooperativista, trabalhista e fiscal.

(25)

6. Quem decide: Assembleia Geral

Assembleia ordinária

a) Prestação de contas dos órgãos de administração,

acompanhada do Parecer do Conselho Fiscal, compreendendo: Relatório de Gestão, Balanço Geral, Demonstrativos das sobras apuradas, ou das perdas; e, Plano de atividade da cooperativa para o exercício seguinte.

b) Destinação das sobras apuradas, ou rateio das perdas, deduzindo-se, no primeiro caso, as parcelas para os fundos obrigatórios.

d) Criação de novos conselhos, como o Conselho de Ética, definindo-lhes as funções para melhorar o funcionamento da cooperativa.

e) Eleição e posse dos componentes do Conselho de

Administração, do Conselho Fiscal e de outros conselhos, quando for o caso.

f) Fixação dos honorários, gratificações e da cédula de presença para os componentes do Conselho de Administração e do

(26)

Assembleia extraordinária – trata assuntos especiais:

a) Reforma do estatuto;

b) fusão, incorporação, desmembramento da cooperativa;

c) mudanças de objetivos da cooperativa;

d) dissolução voluntária da sociedade, nomeação dos liquidantes

(27)

7. Quem fiscaliza: Conselho Fiscal

Constituído por 3 (três) membros efetivos e 3 (três) suplentes, todos associados, eleitos anualmente

pela Assembléia Geral.

Compete ao Conselho Fiscal exercer assídua fiscalização sobre as operações, atividades e

serviços da cooperativa, examinando livros, contas e documentos.

(28)

8. Fundos obrigatórios

Fundo de Reserva

Recebe 10% das sobras líquidas do exercício social.

Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (FATES)

Recebe 5% das sobras líquidas.

Podem ser criados outros fundos se for do interesse da cooperativa.

Estes fundos são indivisíveis: pertencem à cooperativa, não aos cooperados.

(29)

9. O capital social

- É com estes valores que a cooperativa inicia a formação do capital para crescer, fortalecer-se e constituir seu capital de giro.

- Os valores (capital subscrito) são estabelecidos de acordo com o estatuto social de cada cooperativa.

- O capital social integralizado (já pago) pertence ao

associado, sendo indivisível por lei e não pode ser transferido a terceiros.

Este fundo é divisível: entra no balanço patrimonial como um passivo (dívida com os associados).

(30)

Trabalho para avaliação

1) Ações cooperativas são desenvolvidas até por grandes

empresas pelas vantagens competitivas e poder resultante. Na sua opinião, que fatores levam os pequenos a não agirem cooperativamente?

2) Na sua opinião, que conhecimentos e habilidades precisa ter o técnico para facilitar a cooperação entre pequenos empreendedores?

(31)

Unidade 3 – Vantagens e dificuldades

da organização cooperativa

- Pequenos empreendimentos cooperativos x

grandes empreendimentos

- Algumas vantagens das cooperativas

- Procedimentos práticos para inviabilizar uma

cooperativa

- As áreas mais críticas e os problemas mais

frequentes na cooperativa

- Como resolver alguns problemas

(32)

Tensões vividas pelas cooperativas

Entidade social

- Democracia interna (agente de

transformação)

- Estar a serviço dos associados

Questões

Distribuir resultados aos associados ou acumular para o crescimento?

Que preço pagar pelo produto ao associado? Que preço cobrar pelo serviço ao associado?

Como resolver estas questões?

Empresa

- Voltada para o mercado

(33)

Como decidir

A questão do planejamento, a visão de futuro tem que estar bem equacionada, bem discutida entre todo o quadro social da cooperativa para, quando a

deliberação for tomada na assembleia, contar com o máximo de consenso possível.

(34)

Unidade 4 – Montando a cooperativa

- Diferenças entre cooperativa, associação e

empresa mercantil

- Procedimentos para dar início ao processo de

fundação da cooperativa

- Normas de legislação fiscal - Fundos legais e opcionais

(35)

Unidade 5 – Etapas para a legalização

da cooperativa

Modelo de estatuto

(36)

Unidade 6 – Cooperativismo como

estratégia em projetos de desenvolvimento

regional

Referências

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