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Relatório Anual de Actividades Sistema Integrado de Gestão de Óleos Usados

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Sistema Integrado de Gestão de Óleos Usados

Relatório Anual de Actividades

2007

(2)

Nomenclatura

3 DRIVERS – 3 Drivers, Engenharia, Inovação e Ambiente, Lda. APETRO – Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas ASAE – Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica DELOITTE – Deloitte Touche Tohmatsu

ECOVALOR – Prestação financeira a suportar pelos produtores de óleos novos por cada litro de óleo novo colocado no mercado nacional

ELTE – ECOVALOR Trimestral Estimado

I&D – Investigação e Desenvolvimento

IGAOT – Inspecção-Geral do Ambiente e do Ordenamento do Território INEGI – Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial

INR – Instituto dos Resíduos

PrON – Produtor de óleos novos

PrOU – Produtor de óleos usados

RAA – Região Autónoma dos Açores

RAM – Região Autónoma da Madeira

SIGOU – Sistema Integrado de Gestão dos Óleos Usados SIRER – Sistema Integrado de Registo Electrónico de Resíduos SOGILUB – Entidade gestora do SIGOU

UNIOIL – Associação Portuguesa das Empresas Gestoras e Recicladoras de Óleos Usados

(3)

Índice

Página Nomenclatura...i Índice ...ii Índice de Tabelas...iv Índice de Figuras ...v

Sumário Executivo ...vi

1 Introdução ...1

1.1 Enquadramento ...1

1.2 Objectivos do Documento...1

1.3 Organização do Documento ...1

2 A Empresa e os seus Órgãos Sociais ...3

2.1 A Sogilub ...3

2.2 Órgãos Sociais...4

2.3 Estruturas de Concertação ...5

3 Relatório de Actividades 2007...6

3.1 A Gestão do SIGOU ...6

3.1.1 Sistema de Gestão de Informação do SIGOU...6

3.1.2 Análise e Controlo das Características de Óleos Usados ...7

3.2 Resultados do SIGOU ...10

3.3 Óleos Novos ...12

3.3.1 Produtores de Óleos Novos Aderentes ao SIGOU...12

3.3.2 Óleos Novos e Massas Isentos do Pagamento do Ecovalor e seus Produtores...14

3.3.3 Óleos Novos Colocados no Mercado por Produtores Aderentes ao SIGOU...14

3.4 Óleos Usados ...15

3.4.1 Óleos Usados Gerados ...15

3.4.2 Infra-estrutura de Recolha de Óleos Usados ...16

3.4.3 Recolha de Óleos Usados...21

3.4.4 Valorização de Óleos Tratados ...21

(4)

3.5 Comunicação e Sensibilização ...25

3.5.1 Actividades de Comunicação e Sensibilização realizadas...26

3.5.2 Investimento em Comunicação e Sensibilização ...31

3.6 Investigação e Desenvolvimento ...32

3.6.1 Actividades de Investigação e Desenvolvimento realizadas ...32

3.6.2 Investimento em Investigação e Desenvolvimento...36

3.7 Informação Económica e Financeira ...36

3.7.1 Financiamento do SIGOU ...36

3.7.2 Custos de Funcionamento do SIGOU ...37

3.7.3 Síntese dos Resultados Financeiros ...37

3.8 Actividades Desenvolvidas no Contexto do Programa Plurianual da Sogilub ...38

4 Programa de Gestão de Óleos Usados para o Período 2008 – 2009 ...40

4.1 Introdução...40

4.2 Rede Nacional de Operadores de Recolha e Tratamento de Óleos Usados...40

4.3 Gestão de Óleos Usados no SIGOU ...41

4.3.1 Recolha de Óleos Usados...41

4.3.2 Valorização de Óleos Usados ...42

4.4 Comunicação e Sensibilização ...42

4.5 Investigação e Desenvolvimento ...42

4.6 Síntese dos eixos de acção a desenvolver (2008-2009) ...43

5 Considerações Finais...44

6 Anexos ...47

6.1 Anexo I – Prestação Financeira a cargo dos PrON ...47

6.2 Anexo II – Categorias de óleos e massas lubrificantes novos...48

6.3 Anexo III – Lista de entidades que colocaram no mercado óleos e massas novos isentos de ECOVALOR até 31 de Dezembro de 2007...50

6.4 Anexo IV – Listas de produtores de óleos novos aderentes até 31 de Dezembro de 2007 ...54

6.5 Anexo V – Obrigações formais decorrentes da Licença da SOGILUB para o ano 2007 ...65

6.6 Anexo VI – Resultados do SIGOU em 2006...66

(5)

Índice de Tabelas

Página

Tabela 3.1 – Número de PrOU com óleo fora das especificações ...9

Tabela 3.2 – Classificação dos óleos tratados em função dos destinos finais ...10

Tabela 3.3 – Resultados de gestão de óleos no SIGOU em 2007 ...11

Tabela 3.4 – Óleos e massas lubrificantes novos colocados no mercado nacional em 2007 ...15

Tabela 3.5 – Óleos usados gerados em 2007 ...16

Tabela 3.6 – Estrutura da recolha de óleos usados em Portugal Continental ...18

Tabela 3.7 – Estrutura da recolha de óleos usados nas Regiões Autónomas...19

Tabela 3.8 – Empresas que realizam as operações de recolha, transporte, armazenagem e tratamento dos óleos usados no âmbito do SIGOU ...20

Tabela 3.9 – Óleos usados recolhidos no SIGOU em 2007 ...21

Tabela 3.10 – Tratamento de óleos usados recolhidos no SIGOU em 2007...22

Tabela 3.11 – Óleos tratados regenerados...23

Tabela 3.12 – Óleos tratados reciclados...23

Tabela 3.13 – Óleos tratados valorizados energeticamente...24

Tabela 3.14 – Encaminhamento de óleos tratados para destino final no SIGOU em 2007...24

Tabela 3.15 – Participação da SOGILUB em Eventos ...31

Tabela 3.16 – Síntese das actividades realizadas em 2007 tendo em conta os eixos de acção definidos ...39

Tabela 4.1 – Síntese dos eixos de acção a desenvolver (2008-2009) ...43

Tabela 6.1 – Prestação Financeira a cargo dos PrON em 2007...47

Tabela 6.2 – Categorias de óleos e massas lubrificantes novos colocados no mercado em 2007 ...48

Tabela 6.3 – Produtores de óleos novos que comercializaram óleos isentos de Ecovalor em 2007...50

Tabela 6.4 – Produtores de óleos novos aderentes ao SIGOU até 31 de Dezembro de 2007...54

Tabela 6.5 - Obrigações formais da SOGILUB para 2007...65

(6)

Índice de Figuras

Página

Figura 3.1 – Evolução do número de PrON aderentes ao SIGOU...13

Figura 3.2 – Modelo da gestão dos óleos usados ...17

Figura 3.3 – Representatividade dos destinos de encaminhamento de óleos tratados no SIGOU em 2007 ...25

Figura 3.4 – Anúncio de imprensa ...27

Figura 3.5 – Certificado ECOLUB...28

Figura 3.6 – Soft Sponsoring ...29

Figura 3.7 – Stand ECOLUB...30

Figura 3.8 – Reservatório de Óleos Usados ECOLUB (protótipo)...33

Figura 3.9 – Reservatório de Óleos Usados ECOLUB ...34

Figura 3.10 – Base superior do reservatório ECOLUB de 600L e subsistemas ...35

Figura 3.11 – Reservatório interior montado na base inferior (1200L)...35

(7)

Sumário Executivo

A SOGILUB – Sociedade de Gestão Integrada de Óleos Lubrificantes Usados, Lda., é a entidade gestora do Sistema Integrado de Gestão de Óleos Usados (SIGOU), constituída no quadro do Decreto-Lei n.º 153/2003, de 11 de Julho, que estabelece o regime jurídico para a gestão de óleos novos e de óleos usados, tendo sido licenciada pelo Despacho Conjunto n.º 662/2005, de 6 de Setembro, do Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, e do Ministério da Economia e da Inovação.

O presente documento constitui o Relatório Anual de Actividades relativo ao ano 2007, em resposta às obrigações previstas na cláusula 9.ª da Licença da SOGILUB de prestação de informação à Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

No quadro das obrigações impostas pelo Decreto-Lei n.º 153/2003, de 11 de Julho, os produtores de óleos novos (PrON) são responsáveis pelo destino dos óleos usados gerados, sendo condição obrigatória para a colocação de óleos novos no mercado nacional a adesão daqueles a um sistema individual ou a um sistema integrado de gestão de óleos usados.

De igual modo, os produtores de óleos usados (PrOU) são responsáveis pela sua correcta armazenagem e integração num sistema integrado de gestão de óleos usados.

Em 2007, a SOGILUB desenvolveu um conjunto de actividades inerentes às responsabilidades que lhe foram atribuídas no quadro do Despacho Conjunto n.º 662/2005, de 6 de Setembro, para a gestão do SIGOU. Entre estas destacam-se as iniciativas que levaram a um aumento do número de produtores de óleos novos aderentes e ao incremento dos resultados obtidos pelo sistema no contexto das suas metas.

No final de 2007, o sistema integrado incluía um total de 293 produtores de óleos novos aderentes (PrON), que haviam transferido a responsabilidade pela gestão dos óleos usados gerados para o SIGOU, através do pagamento do ECOVALOR correspondente à quantidade dos óleos novos colocadas no mercado.

Contando com uma rede de operadores de recolha de óleos usados solidamente implantada em todo o território nacional, e um conjunto de operadores de tratamento dos óleos usados com capacidade para obterem óleos tratados adequados para todos os destinos finais previstos na legislação – regeneração, reciclagem e valorização energética – o SIGOU alcançou, durante o ano 2007, os resultados de gestão de óleos usados que se apresentam na tabela seguinte.

(8)

2007 2006 Resultados SOGILUB

Quantidades (t)

A Óleos novos colocados no mercado (pagam Ecovalor) 79.255 80.005

B Óleos novos colocados no mercado (isentos de Ecovalor) 14.915 12.443

C Massas colocadas no mercado (isentas de Ecovalor) 2.584 2.570

D Total de óleos novos comercializados 96.754 95.018

E Óleos usados gerados 42.572 41.808

F Óleos usados recolhidos e enviados para tratamento 32.091 28.608

G Óleos usados tratados 28.610 24.777

H Óleos usados regenerados no âmbito do SIGOU 9.647 3.396

I Óleos usados reciclados no âmbito do SIGOU 16.559 13.120

J Óleos usados valorizados energeticamente no âmbito do SIGOU 3.031 7.145

K1 Stock de óleos usados (unidades de armazenagem intermédia) 238 367

K2 Stock de óleos usados a aguardar tratamento 385 360

K3 Stock de óleos usados tratados 489 1.116

Comparação com as Metas Fórmula de

cálculo Metas Resultados

M1 Taxa de Recolha no âmbito do SIGOU M1=F/ E 85% 75,4% 68,4%

M2 Taxa de Regeneração no âmbito do

SIGOU M2=H / F 25% 30,1% 11,9%

M3 Taxa de Reciclagem no âmbito do SIGOU M3=I / (F-H) 50% 73,8% 52,0%

M4 Taxa de Valorização no âmbito do SIGOU M4=J / (F-H-I) 100% 51,8% 59,1%

Nota: Os valores de 2006 foram revistos em face da integração de novos produtores no SIGOU ao longo de 2007 (Anexo VI)

O ano 2007 fica assim marcado pela consolidação dos resultados de gestão de óleos usados já alcançados em 2006, ano de início de funcionamento do SIGOU. O desempenho em matéria de recolha de óleos usados subiu consideravelmente, tal como o encaminhamento de óleos tratados para regeneração e para reciclagem.

(9)

Assim, apesar da taxa de recolha ter ficado abaixo da meta prevista na Licença, a SOGILUB atingiu os objectivos previstos para a valorização de óleos usados, tendo ultrapassado largamente as metas de regeneração e de reciclagem. De forma esperada, por razões discutidas na secção 3.2 e pela impossibilidade real de atingir o valor virtual de 100%, a valorização energética de óleos usados ficou abaixo da meta.

No que concerne aos resultados financeiros, a Sogilub em 2007 teve uma facturação líquida de 7.498.039,78 €, que resultaram da facturação do ECOVALOR (76%) e das vendas de óleo usado tratado (24%).

Em relação aos custos globais incorridos pela Sogilub em 2007, estes representaram um valor de 7.129.048,39 €, que inclui não só os custos de funcionamento do SIGOU, relacionados com a recolha, tratamento e transporte de óleos usados (6.186.393,30 €), como os custos de estrutura relacionados com pessoal, gastos gerais, comunicação e sensibilização e investigação e desenvolvimento (942.655,09 €).

Neste contexto, em 2007 a Sogilub obteve um Resultado Líquido do exercício de € 190.320,27 (cento e noventa mil, trezentos e vinte euros e vinte e sete cêntimos), aplicado para constituição de reserva legal, reserva para I&D e transferência para a conta de resultados transitados.

A marca ECOLUB, criada em 2006, foi adoptada em toda a comunicação desenvolvida pela empresa e passou a estar associada a todas as actividades e operações de gestão de óleos lubrificantes usados em Portugal. A ECOLUB posiciona-se como a marca de referência na requalificação de resíduos industriais perigosos em Portugal.

O investimento efectuado em comunicação e sensibilização – 476.619,13 € – corresponde a 6,4% das receitas totais anuais da SOGILUB, tendo ultrapassado o objectivo definido em sede de licença (5% das receitas totais anuais). O investimento realizado foi repartido por diversas iniciativas destinadas aos intervenientes na gestão dos óleos usados, em particular para os operadores e para os produtores de óleos usados, assim como para o público em geral.

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O investimento em investigação e desenvolvimento efectuado foi de 57.159,60 €, o que corresponde a 0,8% das receitas totais anuais da SOGILUB. Para efeitos do cumprimento da meta fixada na sua licença (3% das receitas totais anuais), a SOGILUB procedeu à reserva de 167.804,81 € alocados ao investimento em I&D. O investimento em I&D foi repartido por várias iniciativas desenvolvidas na promoção da eficiência da gestão dos óleos usados no Sistema Integrado, nomeadamente através do apoio a um projecto de análise de ciclo de vida das tecnologias de valorização de óleos usados pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, ao desenvolvimento de um reservatório de óleos usados e ao início da certificação da qualidade e ambiente da Sogilub.

No que concerne ao programa de gestão para 2008-2009, a SOGILUB pretende prosseguir uma política de gestão de óleos usados da forma ambientalmente adequada, de acordo com o requerido no Decreto-Lei n.º 153/2003, de 11 de Julho, cimentando a sua posição como a entidade de referência na gestão de óleos lubrificantes usados.

Neste contexto, a Sogilub pretende aumentar o universo de produtores de óleos novos aderentes ao SIGOU através da sensibilização dos “free riders” para integrarem o sistema, consolidar a rede de recolha, nomeadamente no canal DIY (“Do It Yourself“), continuar a privilegiar a regeneração e a reciclagem de óleos usados e desenvolver acções de comunicação e sensibilização e de investigação e desenvolvimento que permitam aumentar a eficiência do SIGOU no quadro das condições estabelecidas em sede de Licença.

Sabendo-se que há operadores que desenvolvem a sua actividade fora da rede SIGOU, a SOGILUB está disponível para estudar condições de integração desses operadores na rede, desde que assegurado o cumprimento dos procedimentos em vigor no funcionamento do SIGOU.

Sobre a actuação de operadores de recolha que não estão integrados na rede SIGOU importa atender aos seguintes aspectos: 1) No caso de se tratar de operadores não licenciados, a detecção e erradicação de tais casos obriga porventura a uma maior atenção e actuação por parte das Entidades Fiscalizadoras; 2) No caso de se tratar de operadores licenciados, importa avaliar as motivações que estarão na origem destas empresas se recusarem a integrar a rede SIGOU.

Em qualquer dos casos, a acção destes operadores reflecte-se sempre na redução das quantidades de óleos usados recolhidos no âmbito do SIGOU, não por qualquer falha imputável ao Sistema Integrado (e.g., inexistência de meios de recolha, incapacidade em recolher óleo num ponto qualquer do território nacional, ou falta de capacidade para armazenar óleos usados ao nível da fase de recolha ou da fase de tratamento) mas sim por impossibilidade em integrarem a rede SIGOU (operadores não licenciados) ou por interesse em actuarem à margem das regras e procedimentos que estão em vigor no SIGOU (operadores licenciados).

De imediato, a actuação destes operadores em condições que contrariam o espírito e a lógica do licenciamento de um Sistema Integrado, comprometem irremediavelmente os objectivos de recolha definidos na Licença da SOGILUB.

Numa perspectiva mais alargada, a actuação destas empresas poderá conduzir a penalizações financeiras para a SOGILUB ao nível da Taxa de Gestão de Resíduos, o que não será lógico nem aceitável.

(11)

Por tudo isto, a SOGILUB realça uma vez mais o papel que as Entidades Fiscalizadoras devem assumir para garante do correcto funcionamento do SIGOU. De facto, a ausência de fiscalização ao nível dos produtores de óleos novos ilegais e a validação de actividades de recolha por empresas que actuam fora do Sistema gerido pela SOGILUB, constituindo um verdadeiro Sistema Paralelo, legitimam que continuem a existir operadores a funcionar negativamente em termos ambientais, de sustentabilidade do SIGOU e dos seus resultados e de receitas de impostos para o Estado.

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1 Introdução

1.1 Enquadramento

A SOGILUB – Sociedade de Gestão Integrada de Óleos Lubrificantes Usados, Lda., é a entidade gestora do Sistema Integrado de Gestão de Óleos Usados (SIGOU), constituída no quadro do Decreto-Lei n.º 153/2003, de 11 de Julho, que estabelece o regime jurídico para a gestão de óleos novos e de óleos usados, tendo sido licenciada pelo Despacho Conjunto n.º 662/2005, de 6 de Setembro, do Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, e do Ministério da Economia e da Inovação.

No quadro das obrigações impostas pelo Decreto-Lei n.º 153/2003, de 11 de Julho, os produtores de óleos novos (PrON) são responsáveis pelo destino dos óleos usados gerados, sendo condição obrigatória para a colocação de óleos novos no mercado nacional a adesão daqueles a um sistema individual ou a um sistema integrado de gestão de óleos usados.

De igual modo, os produtores de óleos usados (PrOU) são responsáveis pela sua correcta armazenagem e integração num sistema integrado de gestão de óleos usados.

O presente documento constitui o Relatório Anual de Actividades relativo ao ano 2007, em resposta às obrigações previstas na cláusula 9.ª da licença da SOGILUB de prestação de informação à Agência Portuguesa do Ambiente (APA). O relatório respeita os requisitos do artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 153/2003, de 11 de Julho e da alínea F) do Anexo ao Despacho Conjunto n.º 662/2005, de 6 de Setembro.

1.2 Objectivos do Documento

No Relatório Anual de Actividades 2007 dá-se resposta às obrigações específicas de informação à APA, cumprindo o estabelecido no n.º 12.1 da alínea F) do Anexo relativo às condições especiais da licença.

Neste documento comunicam-se as actividades desenvolvidas pela SOGILUB ao longo de 2007 no âmbito da gestão do SIGOU, grande parte das quais foi remetida à APA através dos Relatórios de Progresso Trimestrais, como previsto no n.º 13.1 da alínea F) do Anexo da Licença.

Em seguida refere-se a organização do documento, especificando por capítulos os temas abordados.

1.3 Organização do Documento

O Relatório Anual de Actividades está organizado em 6 capítulos, cujo conteúdo se descreve sinteticamente:

• Cap. 1 – “Introdução”, capítulo que constitui a introdução do documento, com o enquadramento e a definição de objectivos;

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• Cap. 2 – “A Empresa e os seus Órgãos Sociais”, onde se caracteriza a estrutura e organização da SOGILUB – Sociedade de Gestão Integrada de Óleos Lubrificantes Usados, Lda.;

• Cap. 3 – “Relatório de Actividades de 2007”, capítulo no qual se apresentam as actividades desenvolvidas pela SOGILUB durante o ano 2007, no âmbito da gestão do SIGOU, de acordo com o previsto na Licença e no Decreto-Lei n.º 153/2003, de 11 de Julho;

• Cap. 4 – “Programa de Gestão de Óleos Usados para o Período 2008 – 2009”, onde se apresenta o programa para a gestão de óleos usados no período em referência;

• Cap. 5 – “Considerações Finais”, capítulo no qual se sintetizam as principais conclusões resultantes da actividade de gestão do SIGOU e onde se incluem as principais preocupações da SOGILUB relativas ao funcionamento do SIGOU;

• Cap. 6 – “Anexos”, capítulo que encerra o documento, compilando em anexo alguns elementos importantes no relato das actividades do ano 2007.

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2 A Empresa e os seus Órgãos Sociais

2.1 A Sogilub

A SOGILUB, Sociedade de Gestão Integrada de Óleos Lubrificantes Usados, Lda. é uma sociedade por quotas, constituída em 17 de Setembro de 2004, que tem como sócios a Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (APETRO) e a Associação Portuguesa das Empresas Gestoras e Recicladoras de Óleos Usados (UNIOIL).

A SOGILUB tem como capital social cinquenta mil euros, detendo a APETRO uma quota no valor nominal de trinta mil euros, correspondentes a 60% do capital social, e a UNIOIL uma quota no valor nominal de 20 mil euros, correspondentes aos restantes 40% do capital social.

A SOGILUB encontra-se licenciada desde 15 de Julho de 2005 para a gestão, organização e condução do Sistema Integrado de Gestão de Óleos Usados, de acordo com a Licença publicada por Despacho Conjunto n.º 662/2005, de 6 de Setembro.

A SOGILUB é uma sociedade sem fins lucrativos, conforme previsto no n.º 1, do artigo 9.º, do Decreto-Lei n.º 153/2003, estando vedada a distribuição de lucros do exercício aos sócios, devendo os resultados líquidos ser reinvestidos e/ou provisionados para actividades compreendidas no objecto da sociedade, conforme deliberação da Assembleia Geral, sob proposta da gerência.

Mediante deliberação da Assembleia Geral, a SOGILUB poderá estabelecer a obrigação de os seus sócios efectuarem prestações suplementares de capital até ao montante máximo correspondente ao triplo do capital social.

A SOGILUB é uma sociedade que tem por objecto a prestação de serviços de gestão integrada de óleos lubrificantes usados, incluindo a organização da recolha, transporte, armazenagem, tratamento e valorização, a realização de estudos, campanhas, promoções e acções de comunicação, bem como o desenvolvimento e manutenção informática de base de dados.

A sede da SOGILUB está localizada na Avenida Eng.º Duarte Pacheco, Torre 2, 6.º Piso, Sala 4, Amoreiras, freguesia de Santa Isabel, concelho de Lisboa.

(15)

2.2 Órgãos Sociais

Em 2007 os Órgãos Sociais da SOGILUB foram constituídos da seguinte forma:

Assembleia Geral

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente e um Secretário, eleitos trienalmente em Assembleia Geral

Em 2007 a Mesa da Assembleia Geral foi assegurada por:

o José Mário Barbosa Horta, Presidente, em representação da APETRO;

o Rui Manuel Fernandes Soares Lopes, Secretário, em representação da UNIOIL.

Gerência

A Gerência da SOGILUB é composta por cinco membros, sendo três indicados pela APETRO e dois pela UNIOIL.

Em 2007, a Gerência sucessivamente exercida por: De 1 de Janeiro a 30 de Março:

o Em representação da APETRO:

Joaquim José Ramos Borges (Presidente)

Cláudia Goya de Magalhães Barros dos Santos Garcia Perloiro Aníbal Vicente

o Em representação da UNIOIL: Carlos Manuel Pires Castelo Branco Rui Manuel Fernandes Soares Lopes De 31 de Março a 31 de Dezembro:

o Em representação da APETRO:

António Manuel Patrício Comprido (Presidente) Luis Filipe da Costa Gomes

(16)

o Em representação da UNIOIL: Carlos Manuel Pires Castelo Branco Rui Manuel Fernandes Soares Lopes

Órgão de Fiscalização

A fiscalização da Sociedade compete a um Conselho Fiscal, composto por três membros efectivos, um dos quais Presidente, e um suplente, sendo o primeiro dos membros efectivos e o suplente revisores oficiais de contas ou sociedades de revisores oficiais de contas, o segundo membro efectivo nomeado pela APETRO e o terceiro pela UNIOIL.

Em 2007 a fiscalização foi exercida por: De 1 de Janeiro a 30 de Março:

o António Grenha, Bryant Jorge & Moura Tavares, SROC n.º 5, representada por António Maria Gomes da Rocha Grenha, ROC n.º 22, como membro efectivo;

o José Pinto Henriques, como membro efectivo e Presidente do Conselho Fiscal; o Paulo Miguel Meireles Ferreira, como membro efectivo;

o Idalécio Alfredo Moura Tavares, ROC n.º 748, como suplente. De 31 de Março a 31 de Dezembro:

o António Grenha, Bryant Jorge & Moura Tavares, SROC n.º 5, representada por António Maria Gomes da Rocha Grenha, ROC n.º 22, como membro efectivo;

o José Luis Ferreira, como membro efectivo e Presidente do Conselho Fiscal; o Paulo Miguel Meireles Ferreira, como membro efectivo;

o Idalécio Alfredo Moura Tavares, ROC n.º 748, como suplente.

2.3 Estruturas de Concertação

Para além dos Órgãos Sociais – Assembleia Geral, Gerência e Órgão de Fiscalização – durante o ano 2007 não existiu necessidade de criação de nenhuma estrutura de concertação formal. No entanto, no mesmo período, realizaram-se reuniões periódicas com os operadores de gestão integrados na Rede SIGOU, bem como com os produtores de óleos novos aderentes ao SIGOU.

(17)

3 Relatório de Actividades 2007

3.1 A Gestão do SIGOU

A SOGILUB desenvolveu um conjunto de actividades inerentes às responsabilidades que lhe foram atribuídas no quadro do Despacho Conjunto n.º 662/2005, de 6 de Setembro, para a gestão do SIGOU. Em 2007, a SOGILUB prosseguiu o trabalho iniciado em 2006 no sentido de consolidar o funcionamento de todo o SIGOU, o que se traduziu, de uma forma muito sintética mas muito relevante, no incremento de todas as principais metas de gestão do Sistema.

Em seguida abordam-se as actividades desenvolvidas pela SOGILUB no ano de 2007, com destaque para os resultados obtidos pelo Sistema nesse período.

3.1.1 Sistema de Gestão de Informação do SIGOU

O sistema de gestão de informação do SIGOU, designado por SI-Oil, permite a monitorização em tempo real do funcionamento do SIGOU, dotando a entidade gestora de uma maior capacidade de controlo e intervenção sobre o sistema integrado e as empresas e entidades que nele operam directamente (Produtores de Óleos Novos e Operadores de Gestão de Óleos Usados).

O SI-Oil foi concebido e implementado de acordo com os requisitos definidos na alínea e), do n.º 3, do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 153/2003, de 11 de Julho. Desta forma, A SOGILUB dispõe de uma ferramenta que permite monitorizar e tratar em tempo real todos os dados necessários para a gestão do SIGOU, tal como previsto no artigo 22.º do diploma já referido. Neste sentido, o SI-Oil apresenta as seguintes valências:

• Identificação dos produtores de óleos novos (PrON) e das quantidades e tipos de óleos novos colocados no mercado por cada um desses produtores;

• Facturação do ECOVALOR;

• Identificação dos produtores de óleos usados (PrOU) e das quantidades de óleos usados recolhidas nas respectivas instalações;

• Compilação dos dados resultantes das análises efectuadas aos óleos usados, de forma a obter uma caracterização dos mesmos;

• Registo diário da movimentação dos óleos usados, com destaque para a Guia de Recolha e Transporte;

• Identificação das quantidades de óleos usados encaminhados para cada destino de valorização, identificando-os;

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• Obtenção dos resultados alcançados em termos de objectivos de recolha, regeneração, reciclagem e valorização energética.

O Sistema de Informação contém dados relativos às actividades desenvolvidas por todas as entidades do SIGOU, designadamente as quantidades e características dos óleos usados, obtidos através da recolha de informação junto de produtores de óleos novos, produtores de óleos usados, operadores de recolha de óleos usados, operadores de armazenagem temporária, operadores de armazenagem final e valorizadores.

Actualmente, o SI-Oil disponibiliza aos PrOU o acesso1 à informação referente às quantidades de óleos usados entregues ao SIGOU, os respectivos códigos LER, bem como os Operadores de Gestão de Óleos Usados (recolhedores, transportadores e destinatários) envolvidos na gestão desses óleos usados.

O SI-Oil foi ainda concebido para permitir a futura ligação externa a outros sistemas de informação operados por outras entidades (e.g., SIRER – Sistema Integrado de Registo Electrónico de Resíduos).

3.1.2 Análise e Controlo das Características de Óleos Usados

A gestão dos óleos usados no SIGOU obriga ao cumprimento de regras de análise e controlo das características dos óleos usados recolhidos, de acordo com o previsto no n.º 1, do artigo 21.º, do Decreto-Lei n.º 153/2003.

Neste quadro, a SOGILUB definiu, em conjunto com os operadores de gestão de óleos usados, um sistema que assegura o controlo das características dos óleos usados recolhidos, assim como dos óleos resultantes do tratamento.

No caso dos óleos usados recolhidos, é efectuada a determinação qualitativa e quantitativa de PCB respeitando o previsto no n.º 2, do artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 153/2003, com recurso aos métodos aí previstos.

Sempre que o óleo usado seja incompatível com o tratamento e valorização previstos, em particular se o limite máximo de 50 ppm de PCB for excedido, o operador de gestão fica obrigado a notificar a Autoridade Nacional de Resíduos no prazo máximo de 24 horas, identificando o produtor de óleos usados e as quantidades envolvidas, de acordo com o n.º 3, do artigo 21.º, do Decreto-Lei n.º153/2003, de 11 de Julho.

O sistema de análise e controlo das características dos óleos usados recolhidos no âmbito do SIGOU permite a determinação das características do óleo usado recolhido junto dos produtores de óleos usados, assegurando o cumprimento do disposto no n.º 2, do artigo 1.º e no n.º 2, do artigo 13.º, do Decreto-Lei n.º 153/2003. O sistema permite ainda a determinação das características do óleo usado resultante das unidades de tratamento referidas no artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 153/2003.

(19)

Os procedimentos de amostragem e análise implementados no âmbito do funcionamento do SIGOU caracterizam-se da seguinte forma:

Ao nível da recolha

Avaliação global das características do óleo usado recolhido e com origem num conjunto de PrOU

a) Recolha de amostras à entrada das unidades de tratamento;

b) Determinação dos valores das características PCB, Cloro, Água e Sedimentos;

c) Comparação dos resultados obtidos com as especificações técnicas definidas na Tabela 1, da alínea G), do Anexo do Despacho Conjunto n.º 662/2005;

d) Decisão sobre a aceitação e inclusão dos óleos usados no SIGOU;

e) Em caso de não conformidade, rastrear o circuito de recolha de forma a identificar a origem da anomalia.

Ao longo do ano registaram-se 2.489 entradas de óleos usados nas três unidades de tratamento, tanto provenientes de recolhas em PrOU como de transferência de outras unidades de armazenagem intermédia.

Em nenhuma dessas cargas foram registados PCB ou teores de Cloro acima dos valores máximos definidos na Licença, e foi decidido incluir todos os óleos usados no SIGOU.

Caracterização do óleo usado produzido pelos diversos PrOU

a) No período de vigência da licença, recolha de pelo menos uma amostra de óleo usado em cada PrOU em actividade;

b) Determinação dos valores das características PCB, Cloro, Água e sedimentos;

c) Comparação dos resultados obtidos com as especificações técnicas definidas na Tabela 1, da alínea G), do Anexo do Despacho Conjunto n.º 662/2005;

d) No caso de identificação de não conformidades, informar o PrOU dos resultados obtidos e sensibilizá-lo para a forma adequada de armazenagem dos óleos usados para evitar a sua contaminação com outros produtos ou resíduos, e, se necessário, actuar de acordo com os procedimentos definidos no Protocolo celebrado entre o PrOU, o operador de gestão de óleos usados e a Sogilub.

A implementação destes procedimentos em 2007 traduziu-se na recolha e análise de 2.213 amostras, não tendo sido identificados óleos com PCB com valores acima de 50 ppm.

Apresenta-se na Tabela 3.1 os resultados obtidos relativos ao número de PrOU que entregaram óleo fora das especificações técnicas definidas na Tabela 1, da alínea G), do Anexo do Despacho Conjunto n.º 662/2005.

(20)

Tabela 3.1 – Número de PrOU com óleo fora das especificações

Características Valor máximo N.º de PrOU

Cloro 2000 ppm 8

Água2 8% 380

Sedimentos3 3% 36

Água + Sedimentos4 8% 503

Foi decidido incluir todos os óleos usados no SIGOU, bem como sensibilizar os PrOU para a forma adequada de armazenagem dos óleos usados para evitar a sua contaminação com outros produtos ou resíduos.

Nenhum dos PrOU ficou sujeito aos procedimentos definidos no n.º 4, da secção B) do Protocolo celebrado entre o PrOU, o operador de gestão de óleos usados e a Sogilub.

Processos produtivos especiais

Estes procedimentos aplicam-se no caso de alguns PrOU, cujos processos produtivos geram óleos usados com elevada probabilidade de se encontrarem fora das especificações técnicas (e.g. óleos de transformadores).

a) Previamente à recolha do óleo, recolha de uma amostra do resíduo;

b) Determinação dos valores das características PCB, Cloro, Água e Sedimentos;

c) Comparação dos resultados obtidos com as especificações técnicas definidas na Tabela 1, da alínea G), do Anexo do Despacho Conjunto n.º 662/2005;

d) No caso não existirem não conformidades, proceder à recolha do óleo usado;

e) No caso de existirem não conformidades, não efectuar a recolha e informar o produtor do resíduo dos procedimentos que tomar para encaminhar correctamente o resíduo.

2 Só a característica Água acima do valor máximo 3 Só a característica Sedimentos acima do valor máximo

(21)

Ao nível do tratamento

a) Recolha de amostras dos lotes de óleo tratado;

b) Determinação dos valores das características PCB, Cloro, Água e sedimentos e índice de saponificação;

c) Comparação dos resultados obtidos com as especificações técnicas definidas nos contratos de regeneração;

d) Decisão sobre a classificação do lote de óleo tratado como adequado para “regeneração”. A implementação deste procedimento em 2007 traduziu-se na recolha e análise de amostras cujos resultados permitiram tirar as conclusões que se apresentam na Tabela 3.2.

Tabela 3.2 – Classificação dos óleos tratados em função dos destinos finais

Destino Final Quantidade (t)

Regeneração 9.913

Outras formas de valorização 19.813

Refira-se que a SOGILUB, enquanto entidade gestora do SIGOU, não é obrigada a gerir os óleos usados cujas especificações técnicas não respeitem aos fins para os quais está licenciada, como refere o n.º 2 do artigo 13.º do referido diploma.

No entanto, tendo em conta a elevada preocupação com a defesa do ambiente, nos primeiros anos de funcionamento do SIGOU, a SOGILUB tem privilegiado no seu relacionamento com os PrOU a adopção de acções ao nível da informação e sensibilização, em detrimento de outras mais severas, como por exemplo a recusa em efectuar a recolha de óleos sempre que o teor de água e/ou sedimentos se encontre fora das especificações técnicas definidas.

3.2 Resultados do SIGOU

A Tabela 3.3 sintetiza os resultados alcançados pelo SIGOU em 2007, e mostra através da apresentação dos resultados alcançados em 2006 a evolução registada entre os dois primeiros anos de funcionamento do Sistema Integrado.

(22)

Tabela 3.3 – Resultados de gestão de óleos no SIGOU em 2007

2007 20065

Resultados SOGILUB

Quantidades (t)

A Óleos novos colocados no mercado (pagam Ecovalor) 79.255 80.005

B Óleos novos colocados no mercado (isentos de Ecovalor) 14.915 12.443

C Massas colocadas no mercado (isentas de Ecovalor) 2.584 2.570

D Total de óleos novos comercializados 96.754 95.018

E Óleos usados gerados 42.572 41.808

F Óleos usados recolhidos e enviados para tratamento 32.091 28.608

G Óleos usados tratados 28.610 24.777

H Óleos usados regenerados no âmbito do SIGOU 9.647 3.396

I Óleos usados reciclados no âmbito do SIGOU 16.559 13.120

J Óleos usados valorizados energeticamente no âmbito do SIGOU 3.031 7.145

K1 Stock de óleos usados (unidades de armazenagem intermédia) 238 367

K2 Stock de óleos usados a aguardar tratamento 385 360

K3 Stock de óleos usados tratados 489 1.116

Comparação com as Metas Fórmula de

cálculo Metas Resultados

M1 Taxa de Recolha no âmbito do SIGOU M1=F/ E 85% 75,4% 68,4%

M2 Taxa de Regeneração no âmbito do

SIGOU M2=H / F 25% 30,1% 11,9%

M3 Taxa de Reciclagem no âmbito do SIGOU M3=I / (F-H) 50% 73,8% 52,0%

M4 Taxa de Valorização no âmbito do SIGOU M4=J / (F-H-I) 100% 51,8% 59,1%

Da análise da tabela anterior verifica-se que em 2007 foram colocados no mercado 96.754 toneladas de óleos e massas lubrificantes novos no âmbito do SIGOU, o que corresponde a um aumento de 1,8 % relativamente a 2006. Dessa quantidade, 79.255 toneladas corresponderam a óleos passíveis de gerar óleos usados, ou seja, relativamente a 2006, registou-se uma redução de 0,9 % nesta parcela do mercado.

(23)

No que se refere à recolha, o ano 2007 ficou marcado pelo aumento da quantidade de óleos usados recolhidos face a 2006 (+12%). Não obstante, os resultados de recolha ficaram abaixo da meta estabelecida, devido sobretudo ao encaminhamento de óleos usados para aplicações do mercado paralelo num contexto de alta do preço do petróleo, que se traduz num aumento do valor do óleos usados neste mercado.

O desempenho do SIGOU em termos de encaminhamento de óleos tratados para regeneração e para reciclagem subiu igualmente, sendo que foram regenerados 9.647 toneladas e recicladas 16.559 toneladas de óleos usados.

Estes resultados correspondem a taxas de regeneração de 30,1% e de reciclagem de 73,8%, valores bastante acima do estipulado em sede de licença.

Dos restantes óleos usados tratados, a totalidade foi valorizada energeticamente, o que corresponde a uma taxa de 51,8%. O resultado referido só não é 100% uma vez que há que contar com a acumulação de óleos tratados em stock, que resulta da gestão técnica, económica e sobretudo legal do encaminhamento dos mesmos para destino final e também do facto de existir uma impossibilidade (real) em atingir o resultado (virtual) de 100% estipulado em sede de licença, uma vez que o processo de tratamento tem sempre associado a eliminação de substâncias (nomeadamente água e sedimentos). Neste contexto, pode-se concluir que a SOGILUB atingiu todos os objectivos previstos para a valorização de óleos usados, tendo ultrapassado largamente as metas de regeneração e de reciclagem.

3.3 Óleos Novos

3.3.1 Produtores de Óleos Novos Aderentes ao SIGOU

Desde o início da actividade enquanto entidade gestora do SIGOU, a SOGILUB tem desenvolvido um esforço para assegurar a divulgação do sistema integrado junto dos potenciais aderentes, procurando que todos os PrON transfiram para a Entidade Gestora a responsabilidade pela gestão dos óleos usados que resultam dos produtos lubrificantes que colocam no mercado.

Como já referido no relatório de actividades relativo ao ano 2006, a SOGILUB desenvolveu um procedimento de adesão de produtores ao SIGOU, o qual é composto por 4 fases, nas quais intervêm a SOGILUB, a Deloitte e os PrOU.

Na fase inicial do processo de adesão, o PrON fornece informação de dois tipos: 1) informação de carácter formal, tendo em vista a identificação da entidade; 2) informação relativa às quantidades de óleos colocados no mercado desde 1 de Janeiro de 2006 até ao trimestre anterior à data de adesão, de modo a permitir a quantificação da prestação financeira (ECOVALOR) devida pela transferência de responsabilidade para a entidade gestora. As informações são transmitidas pelo PrON através do preenchimento do Contrato, do Anexo IV (identificação do produtor e das marcas de óleos/massas lubrificantes e/ou veículos e equipamentos colocados no território pelo Produtor) e dos Anexos VII e IX

(24)

(declarações anuais e trimestrais relativas a quantitativos de óleos novos introduzidos no mercado nacional). A primeira informação é enviada à SOGILUB, enquanto que as declarações são remetidas directamente para a DELOITTE. Esta entidade verifica se as declarações cumprem os requisitos pré-definidos e fornece à SOGILUB apenas a informação estritamente necessária para facturação.

Após a recepção dos documentos e a verificação de que estes se encontram de acordo com o que é exigido, a SOGILUB procede à emissão do contrato e da factura referente aos Ecovalores efectivamente devidos desde 1 de Janeiro de 2006 (data de entrada em funcionamento do SIGOU), remetendo-os para o PrON.

Na terceira fase, o Produtor procede ao pagamento da factura e à assinatura do Contrato e respectivo envio para a SOGILUB em duas vias. Na quarta e última fase do processo de adesão, a SOGILUB confirma o pagamento devido, assinando também o Contrato e remetendo uma das vias para o PrON, juntamente com o respectivo Certificado de Adesão.

Consideram-se aderentes ao SIGOU os produtores de óleos novos que cumpriram com todos os requisitos exigidos no âmbito do processo de adesão.

Neste contexto, o SIGOU contava no final de 2007 com um total de 293 PrON aderentes, 275 dos quais com o processo de adesão completo e os restantes 18 ainda em fase de fecho do mesmo. A figura seguinte ilustra a evolução do número de PrON aderentes ao SIGOU desde o início de actividade da SOGILUB até ao final de 2007.

Figura 3.1 – Evolução do número de PrON aderentes ao SIGOU

No Anexo IV é apresentada a lista completa de produtores aderentes ao SIGOU até 31 de Dezembro de 2007, com a distinção entre aqueles que até à data tinham completado o processo de adesão, tendo por isso recebido a cópia do contrato assinado pela SOGILUB e o respectivo Certificado de Adesão, e os restantes, que tendo iniciado o seu processo de adesão não o haviam completado na mesma data.

(25)

3.3.2 Óleos Novos e Massas Isentos do Pagamento do Ecovalor e seus Produtores

O SIGOU é responsável pela gestão de óleos usados gerados em Portugal, os quais têm origem nos lubrificantes novos colocados no mercado nacional, onde se incluem diversos tipos de óleos e massas lubrificantes.

No que diz respeito à possibilidade de geração de óleos usados, consideram-se dois tipos de óleos lubrificantes novos:

• Óleos novos que são apenas parcialmente consumidos nas aplicações e equipamentos em que são habitualmente utilizados, e que geram óleos usados.

• Óleos e massas lubrificantes que, em função das suas características e das aplicações e equipamentos em que são habitualmente utilizados, se convencionou que não geram óleos usados.

No âmbito do funcionamento do SIGOU, os primeiros estão sujeitos ao pagamento de ECOVALOR e os segundos estão isentos desse pagamento.

Para efeitos do disposto no n.º 2, do artigo 10.º, do Decreto-Lei n.º 153/2003, de 11 de Julho, a SOGILUB apresentou à APA uma listagem com a identificação dos óleos novos dispensados do pagamento do ECOVALOR, bem como a identificação nominal dos respectivos produtores de óleos novos. Esta informação tem sido actualizada trimestralmente, através dos relatórios trimestrais remetidos pela SOGILUB no quadro das suas obrigações perante a APA em matéria de acompanhamento da actividade.

Deste modo, como previsto no n.º 1 da cláusula 6.ª da Licença da SOGILUB, no Anexo II do presente documento apresenta-se o conjunto de produtos (óleos e massas lubrificantes) comercializados pelos PrON aderentes, assinalando aqueles que estão isentos do pagamento do ECOVALOR. No Anexo III apresenta-se a lista dos PrON aderentes ao SIGOU e que comunicaram à SOGILUB que comercializam óleos e/ou massas lubrificantes isentos do pagamento de ECOVALOR.

3.3.3 Óleos Novos Colocados no Mercado por Produtores Aderentes ao SIGOU

Durante o ano 2007 os PrON aderentes da SOGILUB foram responsáveis pela colocação no mercado nacional – Portugal Continental, Região Autónoma da Madeira e Região Autónoma dos Açores – de

97.097 toneladas de produtos lubrificantes. A tabela seguinte apresenta a informação sobre as

quantidades de óleos e massas lubrificantes colocadas em todo o mercado nacional, por produtores de óleos novos aderentes ao SIGOU, durante 2007.

(26)

Tabela 3.4 – Óleos e massas lubrificantes novos colocados no mercado nacional em 2007

Óleos e massas lubrificantes novos colocados no mercado nacional (t) Produto

Portugal Continental R. A. Madeira R. A. Açores Total

Óleos sujeitos a Ecovalor 75.505 2.312 1.781 79.598

Óleos Isentos Ecovalor 14.804 54 57 14.915

Massas 2.500 29 55 2.584

Total 92.809 2.395 1.893 97.097

O reembolso do Ecovalor em 2007 referente a vendas comprovadas de óleos e equipamentos novos a empresas localizadas fora de território português, atingiu um valor de 24.259,45 €, o qual afecta a quantidade de “Óleos sujeitos a Ecovalor”, reduzindo-a em 343 toneladas, obtendo-se um valor final de 79.255 toneladas.

3.4 Óleos Usados

3.4.1 Óleos Usados Gerados

Como referido na secção 3.3.2, existem produtos lubrificantes que geram óleos usados e outros, que pelas suas características e pela natureza das aplicações em que são utilizados, se convencionou que não geram óleos usados. Em consequência destes factos, da quantidade total de óleos e massas lubrificantes novos colocada no mercado anualmente, apenas parte dela vai dar origem a óleos usados que podem ser recolhidos pelo SIGOU.

Inicialmente, o índice designado por potencial de geração de óleos usados e determinado a partir das quantidades de óleos e massas lubrificantes novos colocados no mercado, foi estimado com base em dados bibliográficos à data da elaboração do Caderno de Encargos da SOGILUB, tendo sido estabelecido para Portugal um valor de 50%.

Com a experiência adquirida na gestão do SIGOU e através do contacto com os agentes que intervêm no ciclo de vida dos óleos e massas lubrificantes, incluindo produtores de óleos novos, produtores de óleos usados, operadores de gestão de óleos usados, e unidades de valorização em Portugal e em Espanha, é entendimento da SOGILUB que o valor do potencial de geração de óleos usados estimado se encontrava desajustado. Neste sentido, em 2006, a SOGILUB encomendou à 3 Drivers um estudo para a avaliação do potencial de geração de óleos usados a partir dos óleos novos, com base nos dados de mercado já conhecidos pela empresa e da estrutura de mercado de lubrificação em Portugal. Esse estudo aponta para um índice do potencial de geração de óleos usados de 44% em Portugal. Neste contexto, a tabela seguinte sintetiza a quantidade de óleos usados gerados em Portugal durante 2007.

(27)

Tabela 3.5 – Óleos usados gerados em 2007

Quantidade (t.)

Óleos usados gerados 42.572

3.4.2 Infra-estrutura de Recolha de Óleos Usados

3.4.2.1 Rede de Operadores de Recolha e de Armazenagem

A gestão adequada dos óleos usados promovida pela SOGILUB, enquanto entidade gestora do SIGOU, envolve as seguintes operações:

• Recolha dos óleos usados nas instalações dos Produtores de Óleos Usados (PrOU) e posterior transporte até às unidades industriais de tratamento6;

• Tratamento dos óleos usados recolhidos, tendo em vista a obtenção de óleo usado tratado com características adequadas para a valorização;

• Valorização, através do envio dos óleos usados tratados para empresas que procedem à sua regeneração, reciclagem, e valorização energética.

As operações referidas são realizadas de acordo com o modelo ilustrado na figura seguinte.

6 Num número elevado de recolhas, os óleos usados podem ser concentrados em instalações de armazenagem intermédia

(28)

Figura 3.2 – Modelo da gestão dos óleos usados

A recolha dos óleos usados constitui uma operação determinante tendo em vista os objectivos do SIGOU, sendo esta operação responsável pela recuperação dos resíduos gerados e a sua integração dentro das fronteiras do sistema integrado, onde depois são geridos e tratados.

A recolha dos óleos usados no âmbito do SIGOU é assegurada por um conjunto de empresas que operam na totalidade do território nacional – Portugal Continental, Região Autónoma dos Açores e Região Autónoma da Madeira – garantindo a recolha directamente nas instalações dos PrOU.

Nos dois primeiros anos de funcionamento do SIGOU procedeu-se pelo menos a uma recolha de óleos usados em cerca de 22.000 PrOU.

A recolha dos óleos usados no âmbito do SIGOU para o território de Portugal Continental encontra-se organizada da forma apresentada na tabela seguinte.

(29)

Tabela 3.6 – Estrutura da recolha de óleos usados em Portugal Continental

Região Distritos Concelho Empresa

1 Viana do Castelo e

Braga todos Codisa, SA.

2 Bragança e Vila Real todos José Maria Ferreira & Filhos, Lda.

3

Porto, Aveiro, Viseu, Guarda, Castelo Branco e Portalegre

todos Correia & Correia, Lda.

Arganil, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Góis, Lousã, Montemor-o-Velho, Oliveira do Hospital, Penacova, Soure, Tábua e Vila Nova de Poiares

Auto-Vila, SA. 4 Coimbra

Cantanhede, Mira, Miranda do Corvo,

Pampilhosa da Serra e Penela Correia & Correia, Lda. Alcobaça, Ansião, Batalha, Bombarral,

Caldas da Rainha, Leiria, Marinha Grande, Nazaré, Óbidos, Peniche, Pombal e Porto de Mós

Auto-Vila, SA. 5 Leiria

Alvaiázere, Castanheira de Pêra, Figueiró

dos Vinhos e Pedrógão Grande Correia & Correia, Lda. Alcanena, Almeirim, Alpiarça, Benavente,

Cartaxo, Chamusca, Coruche, Golegã, Rio Maior, Salvaterra de Magos e Santarém

Auto-Vila, SA.

6 Santarém Abrantes, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha

Correia & Correia, Lda.

Alenquer, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Cadaval, Lisboa, Loures, Lourinhã, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira

Auto-Vila, SA. 7 Lisboa

Amadora, Cascais, Odivelas, Oeiras e

Sintra José Maria Ferreira & Filhos, Lda. Almada José Maria Ferreira & Filhos, Lda. Montijo e Seixal Auto-Vila, SA.

8 Setúbal Alcácer do Sal, Alcochete, Barreiro, Grândola, Moita, Palmela, Santiago do Cacém, Sesimbra, Setúbal e Sines

Carmona, SA.

9 Évora, Beja e Faro todos Carmona, SA.

Nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, a recolha de óleos usados realizada no quadro do SIGOU, encontra-se estruturada tal como a tabela seguinte indica.

(30)

Tabela 3.7 – Estrutura da recolha de óleos usados nas Regiões Autónomas

Região Ilhas Empresa

Região Autónoma dos Açores

Corvo, Faial, Flores, Graciosa, Pico, Santa Maria, São

Jorge, São Miguel e Terceira Bensaude, SA. Região Autónoma da

Madeira Madeira e Porto Santo Valor Ambiente, SA.

A coordenação das operações de recolha, transporte e armazenagem que estas 7 empresas desenvolvem nas áreas/regiões identificadas nas tabelas anteriores é complementada pela acção de outras empresas. A tabela seguinte apresenta a lista completa das empresas que operam no SIGOU gerido pela SOGILUB.

(31)

Tabela 3.8 – Empresas que realizam as operações de recolha, transporte, armazenagem e tratamento dos óleos usados no âmbito do SIGOU

Operações Empresa

responsável Operadores Recolha e

Transporte Armazenagem Tratamento

Portugal Continental

Auto Vila - Reciclagem de Resíduos Industriais, S.A.

Auto Vila - Reciclagem de Resíduos Industriais,

S.A. Lourióleo – Comércio de Óleos e

Sucatas, Lda. - -

Carmona, Sociedade de Limpeza e Tratamento de Combustíveis, S.A. Dajardia, Transportes Gerais e de

Resíduos Industriais, Lda. - -

José Paraívo -

Pedro Duarte - -

Carmona, Sociedade de Limpeza e Tratamento de Combustíveis, S.A.

Manuel Pontes Rosa -

Codisa, S.A. -

Codisa, Solventes e Gestão de Resíduos,

S.A. Maria Amélia da Silva Ferreira -

Correia e Correia, Lda.

Correia e Correia, Lda. Palmiresíduos, Combustíveis e

Resíduos, Lda. -

José Maria Ferreira e Filhos, Lda. -

José Maria Ferreira e

Filhos, Lda. Palmiresíduos, Combustíveis e

Resíduos, Lda. -

Região Autónoma dos Açores

Bencon, Armazenagem e Comércio

Combustíveis, S.A. -

Bensaude, S.A.

Equiambi, Equipamentos, Serviços e

Gestão Ambiental, Lda. - -

Região Autónoma da Madeira Valor Ambiente, Gestão e Administração de Resíduos da Madeira, S.A.

Perimadeira, Serviços de Segurança,

(32)

3.4.3 Recolha de Óleos Usados

Os óleos usados recolhidos no âmbito do SIGOU são armazenados e encaminhados posteriormente para tratamento nas 3 unidades que integram o sistema integrado – Auto-Vila, Correia & Correia e Carmona – verificando-se um ligeiro desfasamento entre a entrada dos óleos usados no SIGOU e o seu efectivo tratamento.

Uma vez que a estrutura de armazenagem ao serviço do SIGOU se reparte por várias empresas, no período de um ano há pequenas diferenças entre a quantidade de óleos usados recolhidos e a quantidade de óleos que entram na unidade de tratamento.

Por outro lado, e de acordo com o referido na secção 3.1.2, apenas com a entrada dos óleos nas unidades de tratamento se procede à avaliação definitiva sobre se os mesmos são integrados no SIGOU.

Desta forma, considera-se que os óleos recolhidos no âmbito do funcionamento do SIGOU correspondem aos óleos que entram nas unidades de tratamento.

A tabela seguinte sintetiza os resultados da recolha no Continente e nas Regiões Autónomas em 2007.

Tabela 3.9 – Óleos usados recolhidos no SIGOU em 2007

Óleos usados recolhidos no SIGOU em 2007 (t) Produto

Portugal Continental R.A. Madeira R.A. Açores Total

Óleos usados recolhidos enviados para as unidades

de tratamento 30.541 775 775 32.091

3.4.4 Valorização de Óleos Tratados

3.4.4.1 Óleos Usados Tratados

Todos os óleos usados recolhidos no âmbito do SIGOU são enviados para as três unidades de tratamento, onde se procede à remoção de impurezas e substâncias contaminantes dos óleos usados. Deste processo resultam óleos tratados, que são encaminhados na totalidade para regeneração, reciclagem e valorização energética.

A tabela seguinte sintetiza os resultados do tratamento dos óleos usados recolhidos e enviados para tratamento em 2007, distinguindo ainda, as quantidades de óleos usados recepcionadas pelas unidades de tratamento e que aguardavam tratamento efectivo em 31 de Dezembro.

(33)

Tabela 3.10 – Tratamento de óleos usados recolhidos no SIGOU em 2007

#

Item Fórmula Quantidade

(t)

A Óleos usados recolhidos e enviados para unidades de tratamento - 32.091 B Stock de óleos usados que aguardavam tratamento em 31/Dez/2006 - 360 C Stock de óleos usados que aguardavam tratamento em 31/Dez/2007 - 385 D Óleos usados submetidos a tratamento em 2007 A+B-C 32.066

E Stock de óleos tratados em 31/Dez/2006 - 1.116

F Stock de óleos tratados em 31/Dez/2007 - 489

G Óleos tratados encaminhados para valorização em 2007 - 29.237

H Óleos tratados G-E+F 28.610

I Resíduos de tratamento em 2007 D-H 3.456

As perdas no processo de tratamento em 2007 (I/D) foram de 10,8%, quando em 2006 tinham sido de 12,3%.

3.4.4.2 Regeneração

O Decreto-Lei n.º 153/2003, de 11 de Julho estabelece o regime jurídico a que fica sujeita a gestão de óleos novos e óleos usados, assumindo como objectivo prioritário a prevenção da produção destes resíduos, seguida da regeneração e de outras formas de reciclagem e de valorização.

Para assegurar os objectivos de regeneração fixados no Despacho Conjunto n.º 662/2005, de 6 de Setembro, a SOGILUB assinou contratos com duas empresas para fornecimento de óleos usados tratados para regeneração:

• AURECAN, Aceites Usados y Recuperación Energética de Andalucia, pertencente à sociedade TRACEMAR, Tratamientos de Aceites y Marpoles, S.L.U., integrante do grupo BEFESA, e

• GAUAR, Gestión de Aceites Usados de Aragon, S.L.U.

O processo de regeneração de óleos tratados assenta genericamente na realização das seguintes etapas: tratamento químico, com adição de reagentes; extracção do hidrocarboneto com propano líquido; recuperação do solvente utilizado e destilação em vácuo para obtenção de bases lubrificantes. Os resultados da regeneração de óleos tratados durante o ano 2007 encontram-se sintetizados na tabela seguinte.

(34)

Tabela 3.11 – Óleos tratados regenerados

Empresa Quantidades regeneradas (t)

TRACEMAR 8.134

GAUAR 1.513

Total 9.647

3.4.4.3 Reciclagem

Tendo em conta os objectivos fixados na licença da SOGILUB, a reciclagem dos óleos tratados durante o ano 2007 foi assegurada pelas empresas:

• ENVIROIL, Resíduos e Energia, Lda., • ARGEX, Argila Expandida, S.A.

Os processos de reciclagem de óleos tratados em ambas as empresas são distintos. No caso da ENVIROIL, os óleos tratados são submetidos a um processo de destilação, obtendo-se um produto designado por simil-gasóleo, que é posteriormente utilizado como combustível em motogeradores para produção de energia eléctrica.

No caso da ARGEX o produto final é obtido a partir de pasta de argila que é cozida num forno, provocando a libertação dos voláteis e obtendo-se um material resistente e leve aplicado na construção civil e outras. Os óleos usados são adicionados à pasta de argila, num processo de incorporação de matéria-prima, que no âmbito do funcionamento do SIGOU, face às suas características, está classificada como reciclagem.

A tabela seguinte apresenta as quantidades de óleos usados tratados que foram reciclados em 2007.

Tabela 3.12 – Óleos tratados reciclados

Empresa Quantidades recicladas (t)

ENVIROIL 15.415

ARGEX 1.144

(35)

3.4.4.4 Valorização energética

Considerando os objectivos de gestão de óleos usados da SOGILUB, a valorização energética dos óleos tratados foi realizada em 2 empresas:

• MAXIT7, Argilas Expandidas, S.A., e

• GAUAR, Gestión de Aceites Usados de Aragon, S.L.U.

Na tabela seguinte apresentam-se as quantidades de óleos tratados valorizadas energeticamente no SIGOU durante o ano de 2007, distinguindo cada uma das referidas empresas.

Tabela 3.13 – Óleos tratados valorizados energeticamente

Empresa Quantidades valorizadas energeticamente (t)

MAXIT8 2.202

GAUAR 829 Total 3.031

3.4.5 Síntese do Encaminhamento dos Óleos Tratados para Valorização

O óleo tratado resultante do processo de tratamento a que são sujeitos os óleos usados recolhidos no SIGOU foi posteriormente encaminhado para os destinos finais nas quantidades já referidas nas secções anteriores. A tabela seguinte sintetiza as quantidades de óleos tratados enviadas para cada destino final em 2007 e a sua representatividade no total de destinos.

Tabela 3.14 – Encaminhamento de óleos tratados para destino final no SIGOU em 2007

Destino Quantidade de óleos tratados (t) Percentagem de óleos tratados (%)

Regeneração 9.647 32,5% Reciclagem 16.559 55,7% Valorização energética 3.031 10,2% Stock 489 1,6% Total 29.726 100,0%

7 No que diz respeito à MAXIT, pelo facto de não existirem dados rigorosos sobre a quantidade de óleos usados que são

incorporados na argila como matéria-prima, as quantidades de óleos usados reciclados no processo de fabrico de argilas expandidas foram contabilizadas no item da valorização energética.

(36)

Na figura seguinte pode observar-se a importância relativa de cada um dos destinos finais aplicados aos óleos tratados no âmbito do SIGOU.

Figura 3.3 – Representatividade dos destinos de encaminhamento de óleos tratados no SIGOU em 2007

A reciclagem surge destacada, representando o destino para mais de metade dos óleos tratados, seguido da regeneração, que constitui cerca de 1/3 do encaminhamento dos óleos tratados durante 2007. A valorização energética representou apenas cerca de 10% das quantidades de óleos tratados enviadas para destino final, registando-se ainda um ligeiro stock de óleos tratados no final do ano.

3.5 Comunicação e Sensibilização

A comunicação e sensibilização (C&S) constituem áreas de incumbência da SOGILUB enquanto entidade gestora do SIGOU. De acordo com o estabelecido no Decreto-Lei n.º153/2003, de 11 de Julho e no Despacho conjunto n.º 662/2005, de 6 de Setembro, a SOGILUB deve sensibilizar os agentes económicos e os consumidores através da realização de campanhas sobre os princípios e regras de gestão dos óleos usados e sobre os possíveis impactes negativos para a saúde e para o ambiente decorrentes da sua gestão não adequada.

Neste sentido, a SOGILUB deve garantir que as despesas com a rubrica de sensibilização e comunicação não sejam inferiores a 5% das receitas totais anuais.

Porém, numa perspectiva de análise de todo o período de 5 anos da Licença, o investimento em comunicação e sensibilização não será uniforme mas sim diferenciado, existindo anos como os de 2006 e 2007, anos de lançamento e consolidação, que justificaram uma maior esforço nesta área, bem como anos – 2008 a 2010 – onde uma maior maturidade do SIGOU aliada a um maior conhecimento por parte do mercado, e em particular dos PrOU, sobre o seu modo de funcionamento e das vantagens em aderir ao Sistema Integrado, justificarão a redução do investimento em C&S.

(37)

O sucesso do investimento em comunicação e sensibilização nos dois primeiros anos de funcionamento do SIGOU pode ser avaliado com base na evolução dos resultados obtidos, nomeadamente, no aumento em 12% da quantidade de óleos usados recolhidos e no aumento da qualidade desses óleos, traduzida na redução de 12,3% para 10,8% das perdas no processo de tratamento dos óleos usados.

Em seguida abordam-se algumas das principais actividades de comunicação e sensibilização realizadas em 2007, sendo ainda referido o investimento global nesta área no mesmo período.

3.5.1 Actividades de Comunicação e Sensibilização realizadas

Campanha de imprensa

Em 2007 desenrolou-se a campanha de comunicação da ECOLUB centrada na mensagem “Se vir este certificado, mude o óleo. Se não, mude de oficina”.

Esta campanha de comunicação foi dirigida ao público em geral bem como aos restantes targets – PrON e PrOU – aderentes e não aderentes ao SIGOU. Procurou-se divulgar comportamentos ambientalmente adequados aos cidadãos e aos profissionais do sector, uma vez que apelou à auto-responsabilização do cidadão (a oficina que utilizo dá o destino adequado aos óleos usados?) e premiou ao mesmo tempo as empresas que encaminham correctamente os óleos usados (traz mais clientes logo é certamente bom para o negócio!).

(38)

Figura 3.4 – Anúncio de imprensa

Acção de Sensibilização

Outra iniciativa de grande relevo em 2007 foi a Acção de Sensibilização dirigida a todos os PrOU aderentes ao SIGOU. Esta Acção esteve alicerçada em visitas individuais a todos os PrOU aderentes ao SIGOU – Rede SIGOU – ou seja, a todas as empresas onde foi efectuada pelo menos uma recolha de óleo usado ao longo de 2006. No fim desse ano, a “Rede SIGOU” era constituída por cerca de 15.000 PrOU.

A visita implicou:

• A explicação de todo o Sistema Integrado de Gestão de Óleos Usados em Portugal; • A clarificação dos serviços prestados pela ECOLUB;

(39)

• A entrega do “Certificado ECOLUB” de adesão/participação;

• A promoção do site ECOLUB e da disponibilização dos dados de recolha e Mapas de Entrega de Óleos Usados, acessível aos PrOU através de login;

• A informação e demonstração do processo de inscrição no SIRER, e

• O preenchimento do questionário de caracterização do PrOU e da sua satisfação com os serviços disponibilizados pelo SIGOU.

Figura 3.5 – Certificado ECOLUB

O Certificado ECOLUB, que se pode observar na figura 3.5, constitui a peça central de toda a Acção, atestando a adesão dos PrOU ao Sistema Integrado e o cumprimento escrupuloso das suas regras. Simultaneamente, serve de factor gratificante não só dos dirigentes e colaboradores desse estabelecimento, como também dos seus clientes/consumidores.

A entrega regular e em exclusividade do óleo usado ao SIGOU, bem como o cumprimento das regras e procedimentos em vigor são validados ao longo do tempo e são atestados anualmente através da entrega de um selo.

(40)

Soft Sponsoring

Em 2007, foi desenvolvido um projecto de soft sponsoring em parceria com a TVI e que envolveu a emissão de cenas “ECOLUB” nas novelas “Doce Fugitiva” (6 cenas), “Tu & Eu” (5 cenas) e “Deixa-me Amar” (6 cenas).

Figura 3.6 – Soft Sponsoring

A realização das cenas implicou a alteração do guião de modo a divulgar a nova marca ECOLUB e o SIGOU e promover de uma forma pedagógica os comportamentos que a empresa pretende que os diversos targets adoptem.

No caso do público, pretende-se que saiba:

• Que deve entregar o óleo/fazer a mudança de óleo em local adequado e que trabalhe com a ECOLUB;

• Que deve ter um comportamento ambientalmente consciente;

• Que existem perigos associados à não utilização das oficinas aderentes, identificadas através do Certificado ECOLUB.

(41)

Eventos

A marca ECOLUB esteve igualmente presente em diversas iniciativas de divulgação no quadro das actividades de comunicação e sensibilização. A título de exemplo, foi apresentado o novo stand ECOLUB no 3.º Fórum APED, que decorreu entre 7 e 8 de Março no Centro de Congressos do Estoril.

Figura 3.7 – Stand ECOLUB

Esta e outras iniciativas semelhantes tiveram como principais objectivos:

• Dar a conhecer a marca ECOLUB como marca de referência na requalificação de resíduos industriais em Portugal;

• Evidenciar a gama completa de soluções que a ECOLUB disponibiliza tanto aos produtores de óleos novos como aos produtores de óleos usados;

• Divulgar os resultados do SIGOU.

A solução escolhida corresponde a um espaço onde convergem dois valores centrais da marca ECOLUB – ambiente e tecnologia – ilustrando-se de uma forma simples “porque realiza”, “o que realiza”, “como realiza” e “quais os resultados alcançados”.

A SOGILUB participou também, a convite de várias entidades, em diversas iniciativas relacionadas com a gestão de resíduos em Portugal.

(42)

Foram oportunidades para divulgar a empresa, a marca ECOLUB, os resultados que têm vindo a ser alcançados pelo SIGOU, mas também oportunidades para esclarecimento de empresas, entidades e dos cidadãos em geral, bem como para estabelecer ou reforçar os laços que os ligam à Rede SIGOU. Na Tabela 3.15 apresentam-se algumas das iniciativas mais relevantes onde a SOGILUB esteve representada.

Tabela 3.15 – Participação da SOGILUB em Eventos

Eventos Entidade

Organizadora

Localidade Data

1.ª Conferência de Resíduos – Novas Estratégias de Gestão

Aboutblue – Jornal

Água & Ambiente Lisboa 21 e 22/03/2007

Seminário – Gestão de Resíduos Empresariais

AIRO – Associação Industrial da Região do

Oeste

Caldas da Rainha 03/07/2007

Workshop – Aplicação do Princípio da

Responsabilidade Alargada do Produtor APA Lisboa 12 e 13/09/2007 Gestão de Resíduos – Soluções

Sustentáveis Grupo Bensaude

Açores (Ilha de

São Miguel) 26/09/2007 Conferência Ambiental – Gerir os

Resíduos Cumprindo a Legislação

Mercedes Benz Portugal

Sintra

(Abrunheira) 24/10/2007 Ciclo de Formação Profissional - Gestão

de Resíduos Empresariais CENCAL Alcobaça 20/11/2007

Gestão de Resíduos Empresariais ACISCP Peniche 28/11/2007 Workshop – A Gestão de Resíduos em

Zonas Insulares: Um desafio para os Açores Secretaria de Estado do Ambiente e do Mar (Açores) Açores (Ilha do Faial) 3 e 4/12/2007

3.5.2 Investimento em Comunicação e Sensibilização

Em 2007 o investimento em comunicação e sensibilização efectuado pela SOGILUB foi de 476.619,13

9. Este valor representou um investimento de 6,4% das receitas totais anuais da SOGILUB, que em 2007 foram de 7.498.039,78 €, tendo a SOGILUB ultrapassado o objectivo definido na sua licença (5% das receitas totais anuais).

Referências

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