JUD-813
1
2
Observação: Uma resolução sobre este assunto foi referida à Junta de
3
Superintendentes Gerais (BGS) para estudos posteriores, pela Assembleia
4
Geral de 2013, e um comitê de estudo foi indicado pela BGS. É requerido que
5
qualquer outra emenda (para além da que foi recomendada nesta resolução
6
pela BGS), de acordo com o parágrafo 27 do Manual, seja referida pela BGS
7
para revisão por outro comitê de estudo formado por teólogos e ministros.
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9
ARTIGO DE FÉ X – SANTIDADE CRISTÃ E INTEIRA SANTIFICAÇÀO
10
Junta de Superintendentes Gerais
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Manual 10, 10.1
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FICA RESOLVIDO que os parágrafos 10 e 10.1 do Manual sejam emendados
15
como segue:
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X. Santidade Cristã e Inteira Santificação
18
10. [Cremos que a santificação é a obra de Deus, que transforma os crentes
19
na semelhança de Cristo. Ela é efetuada pela graça de Deus através do Espírito
20
Santo na santificação inicial, ou regeneração (simultânea com a justificação),
21
inteira santificação, na obra contínua de aperfeiçoamento feita pelo Espírito Santo
22
e culminando na glorificação. Na glorificação somos plenamente conformados à
23
imagem do Filho.
24
Cremos que a inteira santificação é aquele ato de Deus, subseqüente à
25
regeneração, pelo qual os crentes são libertados do pecado original, ou depravação,
26
e levados a um estado de inteira devoção a Deus e à santa obediência do amor
27
tornado perfeito. É operada pelo batismo com, ou enchimento do, Espírito Santo e
28
envolve, numa só experiência, a purificação do coração de pecado e a presença
29
íntima e permanente do Espírito Santo, capacitando o(a) crente para a vida e o
30
serviço. A inteira santificação é provida pelo sangue de Jesus, realizada
31
instantaneamente pela graça mediante a fé, precedida pela inteira consagração; e
32
desta obra e estado de graça o Espírito Santo testifica. Esta experiência é também
33
conhecida por vários termos que representam diferentes aspectos dela, tais como:
34
“perfeição cristã,” “perfeito amor,” “pureza de coração,” “batismo com, ou
35
enchimento do Espírito Santo,” “plenitude da bênção,” e “santidade cristã.”
36
10.1 Cremos que há uma distinção bem definida entre um coração puro e
37
um caráter maduro. O primeiro é obtido instantaneamente, como resultado da
38
inteira santificação; o último resulta de crescimento na graça.
39
Cremos que a graça da inteira santificação inclui o impulso divino para
40
crescer na graça como um discípulo à semelhança de Cristo. Contudo, este impulso
41
deve ser conscientemente cultivado; e deve ser dada cuidadosa atenção aos
42
requisitos e processos de desenvolvimento espiritual e avanço no caráter e
43
personalidade semelhantes a Cristo. Sem tal esforço intencional, o testemunho da
44
pessoa crente pode ser enfraquecido e a própria graça comprometida e mesmo
45
perdida.
46
Participando nos meios da graça, nomeadamente a comunhão, as
47
disciplinas e os sacramentos da Igreja, os crentes crescem na graça e no pleno
48
amor a Deus e ao próximo.]
49
Acreditamos que a santificação do crente é aquela transformação na
1
semelhança de Cristo, que começa com a regeneração. Sendo integrados ao corpo
2
de Cristo, confiando em Sua Expiação e tornando-se filhos de Deus, o Pai na
3
comunhão do Espírito, novos crentes tomam a Cruz, aprendem a negar-se a si
4
mesmos, morrem diariamente com Cristo e a viver em fiel obediência aos grandes
5
mandamentos no poder do Espírito.
6
Participando nos meios da graça, especialmente a comunhão, disciplinas e
7
sacramentos da Igreja, o crente cresce em graça e em amor a Deus e ao próximo,
8
mais ainda, através disso torna-se cada vez mais consciente de uma profunda
9
necessidade de uma purificação interior do persistente e multifacetado orgulho
10
pecaminoso, egocentrismo e idolatria.
11
Cremos que através desse crescimento na graça e conhecimento do nosso
12
Senhor e Salvador Jesus Cristo, o Espírito Santo traz o crente a um ponto de inteira
13
consagração e inteira santificação, quando pela fé em Cristo que morreu para nossa
14
completa salvação, o Espírito Santo enche o crente com amor perfeito a Deus e ao
15
próximo, assim purificando o coração. Cheio do Espírito do Senhor Ressurreto,
16
que batizou a Igreja apostólica com o Espírito Santo no dia de Pentecostes em
17
cumprimento das promessas da nova aliança, os crentes são capacitados mesmo em
18
sua fraqueza a testemunhar dEle numa vida de vitória. Enquanto esperam a
19
redenção do corpo, os crentes ainda confessam desvios, transgressões e faltas, mas
20
continuam a caminhar para um caráter cada vez mais maduro e santo à imagem de
21
Deus.
22
23
(Jeremias 31:31-34; Ezequiel 36:25-27; Malaquias 3:2-3; Mateus 3:11-12;
24
Lucas 3:16-17; João 7:37-39; 14:15-23; 17:6-20; Atos 1:5; 2:1-4; 15:8-9;
25
Romanos 6:11-13, 19; 8:1-4, 8-14; 12:1-2; 2 Coríntios 6:14-7:1; Gálatas
26
2:20; 5:16-25; Efésios 3:14-21; 5:17-18, 25-27; Filipenses 3:10-15;
27
Colossenses 3:1-17; 1 Tessalonicenses 5:23-24; Hebreus 4:9-11; 10:10-17;
28
12:1-2; 13:12; 1 João 1:7, 9)
29
[“Perfeição cristã,” “perfeito amor”: Deuteronômio 30:6; Mateus 5:43-48;
30
22:37-40; Romanos 12:9-21; 13:8-10; 1 Coríntios 13; Filipenses 3:10-15;
31
Hebreus 6:1; 1 João 4:17-18 “Pureza de coração”: Mateus 5:8; Atos
15:8-32
9; 1 Pedro 1:22; 1 João 3:3
33
“Batismo com o Espírito Santo”: Jeremias 31:31-34; Ezequiel 36:25-27;
34
Malaquias 3:2-3; Mateus 3:11-12; Lucas 3:16-17; Atos 1:5; 2:1-4; 15:8-9
35
“Plenitude da bênção”: Romanos 15:29
36
“Santidade cristã”: Mateus 5:1-7:29; João 15:1-11; Romanos 12:1-15:3; 2
37
Coríntios 7:1; Efésios 4:17-5:20; Filipenses 1:9-11; 3:12-15; Colossenses
38
2:20-3:17; 1 Tessalonicenses 3:13; 4:7-8; 5:23; 2 Timóteo 2:19-22;
39
Hebreus 10:19-25; 12:14; 13:20-21; 1 Pedro 1:15-16; 2 Pedro 1:1-11;
40
3:18; Judas 20-21]41
42
43
JUSTIFICATIVAS:44
45
PARA A PROPOSTA*:46
1. Com muitas alterações ao longo dos anos, o artigo da fé na sua forma atual
47
não flui suavemente. Um Artigo de Fé mais legível e coerente nos ajudará
48
no entendimento, ensino e pregação da verdade essencial da doutrina da
49
santificação.
50
2. O Artigo de Fé proposto baseia-se fortemente numa cuidadosa exegese das
1
Escrituras e sempre que possível utiliza a linguagem bíblica para
2
comunicar a doutrina.
3
4
* A transcrição integral da fundamentação bíblica, teológica e histórica para a
5
redação proposta para o Artigo de Fé X pode ser encontrada no Didache, o jornal
6
on-line educacional patrocinado pela Igreja do Nazareno.
7
http://didache.nazarene.org/index.php?option=com_docman&task=doc_view&gid8
=812&Itemid=519
10
11
PARA A REDAÇÃO PROPOSTA:
12
13
3. “Cremos”
14
Todos os Artigos de Fé começam com estas palavras.
15
16
4. “que a santificação”
17
O assunto do novo Artigo de Fé como um todo é a santificação como um
18
todo. A inteira santificação é melhor explicada dentro desse contexto.
19
20
5. “do crente”
21
Hoje nós queremos dizer mais acerca da santificação corporativa, e esta
22
revisão tentará colocar a santificação dentro do contexto da eclesiologia..
23
Contudo, embora devamos tentar nos afastado individualismo, nós não
24
estamos em liberdade para rejeitar a ênfase evangélica e pietista na
25
salvação e santificação pessoal (“para mim”) fundamentado em Paulo
26
(Gálatas 2:20), e afirmado por significativas figuras da história Cristã,
27
incluindo Charles e John Wesley (“Ó, meu Deus, por mim morreu” )
28
Itálicos adicionados aqui para ênfase.) terminologia de “crente” que
29
parece estar presente no Artigo de Fé X é, portanto conservada.
30
31
6. “é essa transformação”
32
Esta é uma palavra usada por teólogos Wesleyanos modernos para
33
contraria a idéia de que a salvação significa apenas perdão (justificação),
34
mas menos que uma mudança “real” (santificação). Mas a palavra é
35
também bíblica (metamorphousthe, Romanos 12:2).
36
37
7. “à semelhança de Cristo”
38
Semelhança de Cristo, o alvo do Cristão (1 João 3:2) é uma das melhores
39
meios pelas quais Wesley explica a Perfeição Cristã (Wesley, John. A
40
Plain Account of Christian Perfection.(Um simples relato da Perfeição
41
Cristã Kansas City: Beacon Hill Press, 1966, 27: “Num outro ponto de
42
vista, é tudo que a mente que estava em Cristo, nos capacitou a andar
43
como Cristo andou..”)
44
45
8. “o qual começa com a regeneração”
46
Obviamente, isto afirma o que teólogos Wesleyanos chamam “santificação
47
inicial”. Bases exegéticas para isto poderão ser multiplicadas. “Com” ao
48
invés de “em” uma vez que isto não é tanto uma afirmação de “quando”
49
quanto uma afirmação de que uma dimensão da regeneração é santificação
50
inicial.
51
1
9. “sendo incorporado no corpo de Cristo”
2
Aqui o contexto corporativo ou eclesiológico ausente na presente redação
3
é afirmado.
4
5
10. “confiando em sua Expiação”
6
Isto liga a santificação como um todo à doutrina da Expiação e afirma que
7
mesmo a santificação inicial não é nossa realização mas é pela fé na obra
8
de Cristo. Esta terminologia é provavelmente preferível hoje às frases mais
9
à frente no presente Artigo de Fé, “provida pelo sangue de Jesus”
10
11
11. “e tornando-se filhos de Deus, o Pai”
12
Refletindo tanto a doutrina Joanina quanto a Paulina (João 1:13; Romanos
13
8:15 e seguintes, Gálatas 4:6) que nós somos trazidos para a família de
14
Deus.
15
16
12. “na comunhão do Espírito ”
17
A palavra “comunhão” é deliberadamente introduzida aqui para ecoar
18
tanto 1 Coríntios 13:14 e 1joão 1:3. Ambas referências, juntamente com
19
referências em cláusulas anteriores ao Filho e ao Pai, deixam claro que a
20
doutrina da santificação é firmemente enraizada numa doutrina
21
completamente relacional da Santíssima Trindade.
22
23
13. “novos crentes tomam a cruz”
24
Esta frase reflete a visão de Marcos da vida de santidade como uma vida
25
de discipulado (Marcos 8:34).
26
27
14. “aprendem a negar-se a si mesmos, morrem diariamente com Cristo e
28
aprendem a morrer diariamente com Cristo”
29
Esta frase é um fraseologia Paulina (1 Coríntios 15:31) ecoando
30
Marcos8:34. Isto também reflete a longa tradição na teologia cristã de
31
entender a santificação e a jornada espiritual do cristão tanto como
32
mortificatio evivificatio, morrendo com Cristo para o pecado para que
33
possamos ser ressuscitados com Ele para a retidão (Romanos 6:5-11).
34
35
15. “a viver em fiel obediência aos grandes mandamentos”
36
Isto enfatiza a doutrina de John Wesley de que a obediência exterior e
37
vitória sobre o pecado começa na regeneração, não na inteira santificação
38
(como um tipo de doutrina Keswickiana poderá sugerir). John Wesley
39
usou frases “zelosa obediência” em sua descrição de como o cristão deve
40
prosseguir para a inteira santificação (Wesley, John. A Plain Account of
41
Christian Perfection. Kansas City: Beacon Hill Press, 1966,
42
19,(Explicação Clara da Perfeição Cristã, Impressora Metodista,
43
1933)citando “Thoughts on Christian Perfection (Pensamentos sobre a
44
Perfeição Cristã)”, (1759), contudo preferimos “fiéis” e escolhemos
45
enfatizar especificamente os grandes mandamentos.
46
47
16. “no poder do Espírito”
48
Uma vez mais a conexão pneumatológica é feita, desta vez
49
especificamente usando a linguagem de Lucas dynamis (“poder”).
50
17. “Participando nos meios da graça, especialmente a comunhão, disciplinas
1
e sacramentos da Igreja”
2
Esta frase é, obviamente, uma tentativa de integrar a dimensão corporativa,
3
eclesiológica e colocar o crescimento pessoal na graça dentro desse
4
contexto, especialmente a ênfase de Wesley sobre os meios de graça.
5
6
18. “o crente cresce em graça”
7
O uso de linguagem bíblica (2 Pedro 3:18) [para expressar o que John
8
Wesley chamou de “o trabalho gradual de santificação” (Sermão 43, “O
9
Caminho Escriturístico da Salvação”, 1765, Outler, Albert C., ed. The
10
Works of John Wesley, Volume 2: Sermons II 34-70. Nashville: Abingdon
11
Press, 1985, 160f.) em preferência à linguagem impessoal e não bíblica de
12
“processo”.
13
14
19. “e em amor a Deus e ao próximo”
15
Este é o primeiro uso da palavra "amor", mas uma vez que é "crescimento"
16
em amor, então claramente amor esteve lá desde o início.
17
18
20. “mais ainda”
19
Esta frase indica uma tensão no crente entre "o já" e o "ainda não".
20
21
21. “através disso torna-se cada vez mais consciente”
22
Isso se baseia na doutrina de John Wesley de “O Arrependimento dos
23
Crentes”, expressa nesta passagem do Sermão 21, O Semão do Monte
-24
Discurso 1,” 1739?, (Outler, Albert C., ed. The Works of John
25
Wesley, Volume 1: Sermons I 1-33. Nashville: Abingdon Press, 1984,
26
482f.): “A convicção que nós temos do pecado inato é cada vez mais
27
profunda. Quanto mais crescemos em graça, mais percebemos a
28
desesperadora maldade do nosso coração. Quanto mais avançamos no
29
conhecimento e amor de Deus, através do nosso Senhor Jesus Cristo...mais
30
discernimos nossa alienação de Deus, da nossa inimizade que é nossa
31
mente carnal, e da necessidade de sermos inteiramente renovados em
32
justiça e verdadeira santidade.”
33
34
22. “de uma profunda necessidade de uma purificação interior”
35
A despeito do criticismo contemporâneo da idéia do “espaço interior” e do
36
“eu Cartesiano,” nós precisamos afirmar o conceito bíblico de
37
pensamentos interiores do “coração” ou “mente” como parte do conceito
38
de “pureza de coração.”
39
40
23. “do persistente e multifacetado orgulho pecaminoso”
41
A frase é escolhida para expressar a idéia de uma condição que continua
42
no cristão, mesmo após a regeneração — Uma visão que é comum a todas
43
as tradições cristãs, embora enfatizado mais no oeste agostiniano.
44
45
24. “de orgulho, egocentrismo e idolatria”
46
Em vez de usar a frase agostiniana "pecado original", é preferível usar
47
duas palavras bíblicas (orgulho, idolatria) e uma com base forte nas
48
Escrituras e na literatura da espiritualidade cristã em todas as tradições
49
cristãs. O aspecto particular do pecado original que está em mente é,
50
portanto, especificado, e outros aspectos (hereditariedade, culpa original,
51
queda, etc.) são postos de lado aqui. Isso aguça a definição da doutrina
1
e exclui a idéia de que nós acreditamos que a inteira santificação abole o
2
pecado original em todos os seus aspectos (e, portanto, na perfeição
3
Adâmica ou sem pecado).
4
5
25. “Cremos”
6
Esta frase é repetida aqui, uma vez que este próximo parágrafo distinto é
7
sobre a inteira santificação.
8
9
26. “que através desse crescimento na graça e conhecimento do nosso Senhor
10
e Salvador Jesus Cristo”
11
A palavra tal refere-se ao parágrafo anterior, deixando claro que se refere
12
ao que John Wesley chamou de santificação “gradual”, mas a frase bíblica,
13
“crescimento na graça” é preferida e toda a frase de 2 Pedro 3:18 está
14
incluída.
15
16
27. “o Espírito Santo traz o crente a um ponto”
17
A fraseologia é cuidadosamente escolhida para evidenciar a interconexão
18
entre santificação gradual e inteira: A palavra ponto salvaguarda a
19
compreensão Wesleyana da inteira santificação como instantânea, mas
20
evita a linguagem psicológica ("crise") que parece a muitos implicar que
21
este é necessariamente um momento de grande drama espiritual e
22
emoção. O Espírito Santo é identificado como o agenta da santificação.
23
24
28. “de inteira santificação”
25
A frase de John Wesley, tirada de 1 Tessalonicenses 5:23, é crucial para
26
este Artigo de Fé.27
28
29. “quando pela fé”29
A função da fé na santificação precisa ser enfatizada a fim de eliminar a
30
idéia de que esta é uma realização humana.
31
32
30. “em Cristo”
33
Isso deixa clara a natureza Cristocêntrica da inteira santificação.
34
35
31. “que morreu por nossa completa salvação”
36
Este é um tipo de comentário sobre a frase anterior “confiar em Sua
37
Expiação” deixando claro que confiar que somos salvos e santificados
38
por meio de Seu trabalho expiatório é na verdade uma confiança pessoal
39
Nele; enfatiza também que não apenas o perdão de atos de pecado, mas a
40
completa salvação/santificação é tornada possível pela expiação. Isto é
41
fraseado deliberadamente de tal maneira que seja persuasivo. Cristãos de
42
qualquer tradição acharão difícil negar isto sem lançar dúvida sobre a
43
profundidade e poder da Expiação.
44
45
32. “o Espírito Santo enche o crente”
46
Na construção de toda a frase, os aspectos Cristológico e Pneumatológico
47
são trazidos a uma conexão mais próxima. Há também obviamente uma
48
referência aqui à linguagem de Lucas de ser “cheios com o Espírito
49
Santo.”
50
33. “com amor perfeito a Deus e ao próximo”
1
A linguagem de Lucas ser “cheio com o Espírito Santo” é
2
deliberadamente ligada com a linguagem dos dois grandes mandamentos .
3
(Deuteronômio e os Sinóticos), a qual John Wesley põe como coração
4
de sua doutrina da Perfeição Cristã. A frase “de todo o coração” é
5
selecionada como uma expressão comum que melhor expressa o conceito
6
“unidade de intenção,” “unidade de afeição.”
7
8
34. “purificando o coração”
9
Esta é claramente uma frase bíblica que não está apenas nos lábios de
10
Jesus em Mateus 5: 8, mas também está bem fundamentada no ensino da
11
literatura de Sabedoria sobre a pureza interior da motivação. A repetição
12
da palavra “purificação” deixa claro que o coração do crente é purificado
13
da “pecaminosidade” a que acabamos de nos referir.
14
15
35. “Cheio do Espírito do Senhor Ressurreto”
16
A linguagem de Lucas, ser “cheio do Espírito”, é dado agora seu pleno
17
significado paulino que é o mesmo Espírito que ressuscitou Cristo dos
18
mortos que agora nos enche.
19
20
36. “que batizou a Igreja apostólica com o Espírito Santo no dia de
21
Pentecostes”
22
Usando a linguagem que se refere especificamente nos Evangelhos e em
23
Atos ao histórico dia de Pentecostes, esta frase enfatiza que todos os
24
benefícios da Expiação tornaram-se disponíveis quando o Cristo
25
Ressurreto enviou Seu Espírito sobre a Igreja Apostólica reunida, e que
26
isso particularmente incluiu o ser cheio com o Espírito Santo.
27
28
37. “Pentecostes em cumprimento das promessas da nova aliança”
29
Esta frase, com sua referência a Jeremias 31 e Ezequiel 36-37, e a
30
interpretação desses textos no Novo Testamento, implica que agora que
31
“o Consolador já veio,” o batismo Pentecostal da Igreja Apostólica com o
32
Espírito Santo significa que os crentes hoje dentro desta Igreja única,
33
santa, católica e apostólica podem experimentar todas as Suas bênçãos
34
debaixo desta nova aliança, particularmente a benção de um coração
35
limpo.
36
37
38. “os crentes são capacitados mesmo em sua fraqueza a testemunhar dEle
38
numa vida de vitória”
39
A linguagem de Lucas de “poder” foi enfatizada no movimento de
40
santidade do século dezenove e (juntamente com “vitória”) carrega um
41
grande significado na igreja à volta do mundo. Mas para eliminar as idéias
42
mundanas e sensacionalistas de poder, é definida como Cristocêntrica e,
43
portanto, paradoxalmente, (como Paulo nos lembra), o poder daqueles
44
crucificados com Cristo, que são fortes somente em sua fraqueza..
45
46
39. “Enquanto esperam a redenção do corpo”
47
Isto coloca a doutrina no contexto escatológico do já/ainda não e dá essa
48
perspectiva bíblica como base para o que John Wesley chamou as
49
“imperfeições do perfeito.” Está em completo acordo com sua ênfase no
50
Semão 129, “(Tesouro Celestial em Vasos Terrenos) Heavenly Treasure in
51
Earthen Vessels,” 1790, (Outler, Albert C., ed. The Works of John
1
Wesley, Volume 4: Sermons IV 115-151. Nashville: Abingdon
2
Press, 1987, 165f.), que “falsos julgamentos...e inferências erradas...e
3
destes inumeráveis erros...erros em julgamento...erros em prática...palavras
4
ou ações erradas...temperamentos errados...erros de dez mil formas”
5
necessariamente aparecem da vida no corpo ainda caído e especialmente
6
de “cérebros desordenados.” Esta linguagem bíblica é preferível à
7
distinção escolástica entre “a natureza carnal” e “natureza humana,” mas é
8
o mesmo ponto.
9
10
40. “os crentes ainda confessam desvios, transgressões e faltas”
11
Há aqui uma referência obviamente à Oração do Senhor e o lugar de
12
confissão contínua na vida do mais santo cristão é estabelecido sem cair na
13
armadilha de aceitar uma “religião de pecado.”
14
15
41. “mas continuam a caminhar”
16
Isto reflete a linguagem de Paulo em Filipenses 3:14.
17
18
42. “para um caráter cada vez mais maduro e santo”
19
Esta é a linguagem com uma forte base nas Escrituras e na tradição da
20
espiritualidade cristã e que está sendo enfatizada na ética cristã.
21
22
43. “à imagem de Deus”
23
A linguagem da imago foi importante para John Wesley expressar o alvo:
24
liga sua doutrina da Perfeição cristã uma vez mais à doutrina de Deus.