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Boletim. Federal. Manual de Procedimentos

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Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Federal

IPI - Construção civil - Fornecimento

de concreto, por empreitada, preparado

em betoneiras acopladas a caminhões

1. INTRODUÇÃO

No Fascículo no 38/2007 do Manual de Procedimentos,

tratamos da tributação das empresas de construção civil pelo IPI.

Neste texto focalizaremos a tributação do IPI no forne-cimento de concreto, por empreitada, preparado em beto-neiras acopladas a caminhões.

2. INCIDÊNCIA DO ISS

Nos termos da Lei Complementar no

116/2003, o ISS, imposto de compe-tência dos municípios, tem como fato gerador a prestação de ser-viços constantes da lista a ela anexa, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador.

As diversas atividades rela-cionadas à área de construção civil estão previstas nos itens 7.02, 7.04 e 7.05 da Lista de Serviços, sujeitas, portanto, à incidência do ISS.

Os mencionados itens têm a seguinte redação:

“7.02 - Execução, por administração, empreitada ou su-bempreitada, de obras de construção civil, hidráulica ou elétri-ca e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem, perfu-ração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplana-gem, pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de serviços fora do lo-cal da prestação dos serviços, que fi ca sujeito ao ICMS).

7.04 - Demolição.

7.05 - Reparação, conservação e reforma de edifícios, es-tradas, pontes, portos e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos serviços, fora do local da prestação dos serviços, que fi ca sujeito ao ICMS).”

3. FORNECIMENTO DE CONCRETO

No que se refere ao fornecimento de concreto, por empreitada, preparado por meio de betoneiras acopladas a caminhões, é pacífi co o entendimento, tanto da doutrina como da jurisprudência, no sentido de que essa atividade se sujeita, exclusivamente, à incidência do ISS.

Sob esse aspecto, segundo leciona Bernardo Ribeiro de Moraes, “na hipótese da empresa construtora fornecer concreto pronto para a construção, inexiste venda de mer-cadoria, mas, sim, serviços de concretagem, sujeitos ao ISS. Os serviços de concretagem consistem na dosagem e mistura dos materiais componentes do concreto, de con-formidade com as especifi cações técnicas requeridas para cada caso, acrescidas do transporte e aplicação da res-pectiva mistura na obra.

Antigamente era o concreto executado na própria obra. Com o progresso e a evolução técnica, surgi-ram as moedeiras mecânicas ou beto-neiras, que executam a tarefa (trans-formação dos ingredientes: pedra

britada, areia, cimento e água, em concreto) em cima de

ca-minhões, levando o concreto pré-misturado no percurso até a obra a que se destina, dei-xando, afi nal, o concreto fresco. Temos, aqui, uma fase da cons-trução. No contrato fi rmado há uma venda de serviços e não de mercadorias (o cliente se interessa pelo serviço técnico e não pelos materiais que são empregados)...” (transcrito da obra Doutrina e Prática do Imposto sobre Serviços, pág. 248, 1a edição - 2a tiragem - Editora Revista dos Tribunais

- 1978).

4. POSIÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO

Conforme descrito no item anterior, o Poder Judiciário também já se manifestou em várias oportunidades pela inci-dência exclusiva do ISS sobre a atividade em causa.

Nesse sentido, os Ministros do Superior Tribunal de Justiça aprovaram a Súmula no 167 (DJU de 19.09.1996),

com o seguinte teor:

“Súmula no 167 - DJU de 19.09.1996

O fornecimento de concreto, por empreitada, para cons-trução civil, preparado no trajeto até a obra em betoneiras

No que se refere ao fornecimento de concreto, por empreitada, preparado por meio de betoneiras acopladas a caminhões, é pacífi co

o entendimento, tanto da doutrina como da jurisprudência, no sentido de que essa atividade se sujeita, exclusivamente, à

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acopladas a caminhões, é prestação de serviço, sujeitando-se apenas à incidência do ISS.”

5. JURISPRUDÊNCIA ADMINISTRATIVA

Quanto ao IPI, a jurisprudência administrativa é igual-mente pacífi ca sobre a matéria, ou seja, para o Segundo Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda, assim como para a Câmara Superior de Recursos Fiscais, a inclu-são do serviço de concretagem na Lista de Serviços exclui a incidência de qualquer outro tributo.

Para conhecimento, reproduzimos a seguir a ementa da decisão proferida pela 2a Câmara do Segundo Conselho

de Contribuintes no julgamento, em 24.05.1995, do Recurso no 96.172, que foi divulgada no DOU de 25.09.1996 (entre

inúmeras outras com idêntico conteúdo), e, logo após, a da proferida pela Câmara Superior de Recursos Fiscais no jul-gamento do Processo no 10980/013.992/92-85, cuja ementa

foi publicada no DOU de 20.02.1997:

Processo no 10980-015913/92-80 - DOU de 25.09.1996 Sessão de: 24.05.95 Recurso no 96172 Acórdão no 202-07769 Recorrente: ... Recorrida: DRF em Curitiba - PR

Relator: José de Almeida Coelho

IPI - Serviço de concretagem. A inclusão na lista de servi-ços anexa ao DL no 406/68 (c/ alterações posteriores) exclui a

incidência de qualquer outro tributo. IPI - Inocorrência do fato gerador, face às características da atividade, não havendo solução de continuidade entre o início da mistura no estabe-lecimento do executor do serviço, o aperfeiçoamento de sua preparação durante o trajeto do caminhão-betoneira até o local da obra e sua entrega nesta, já em forma de serviço.

Recurso a que se dá provimento.”

Processo no 10980/013.992/92-85 - DOU de 20.02.1997 Sessão de 20 de maio de 1996 - Acórdão no CSRF/02-0.517

Recorrente: Fazenda Nacional

Recorrida: Primeira Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes

Interessada: ... IPI - Concreto - Sua preparação, na obra ou em betoneiras acopladas em caminhões, é prestação de serviços técnicos tri-butável pelo ISS e não pelo IPI. Nega-se provimento ao recurso especial da Fazenda Nacional.

Acordam os Membros da Câmara Superior de Recursos Fiscais, por maioria de votos, negar provimento ao recurso. Vencido o Conselheiro Antônio Carlos Bueno Ribeiro (suplente convocado).

Edison Pereira Rodrigues Presidente Sebastião Borges Taquary Relator”

Distrito Federal

ICMS - Procedimentos para aquisição e

distribuição de brindes

SUMÁRIO 1. Introdução

2. Conceito de brinde 3. Formas de distribuição

4. Distribuição pelo próprio adquirente

5. Distribuição simultânea por intermédio de fi liais, sucursais, agências, concessionários ou qualquer outro estabelecimento

6. Entrega de brinde ou presente por conta e ordem de terceiros

7. Exemplo

1. INTRODUÇÃO

É prática comum entre as empresas, principalmente na época das festas de fi nal de ano, a aquisição de brindes

para distribuição a fornecedores, funcionários, clientes etc. A legislação do Distrito Federal estabelece procedimentos fi scais específi cos em relação a essa operação, conforme veremos no presente texto.

2. CONCEITO DE BRINDE

Considera-se brinde a mercadoria que, não constituin-do objeto normal da atividade constituin-do contribuinte, foi adquirida para distribuição gratuita a consumidor ou usuário fi nal.

Assim, por exemplo, uma fábrica de canetas não po-derá ofertar canetas esferográfi cas de sua fabricação ou adquiridas de terceiros a título de brinde.

Em outro exemplo, uma empresa varejista ou atacadista de vestuário (camisas, camisetas, calças, acessórios etc.) não poderá ofertar camisetas ou bonés como brindes, tendo em

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vista que eles se confundem com os produtos normalmente por ela comercializados.

(RICMS-DF/1997, art. 244, caput)

3. FORMAS DE DISTRIBUIÇÃO

A distribuição dos brindes poderá ser realizada: a) pelo próprio adquirente;

b) simultaneamente por intermédio de fi liais; c) por conta e ordem de terceiros.

4. DISTRIBUIÇÃO PELO PRÓPRIO ADQUIRENTE

O contribuinte que adquirir brinde para distribuição direta a consumidor ou usuário fi nal localizado no Distrito Federal deverá:

a) registrar a nota fi scal emitida pelo fornecedor no livro Registro de Entradas, com as seguintes espe-cifi cações:

a.1) utilizar os Códigos Fiscais das Operações ou Prestações 1.949 ou 2.949, conforme a ori-gem da mercadoria, seja interna ou interesta-dual, respectivamente;

a.2) lançar a crédito o valor do ICMS destacado no documento fi scal;

a.3) anotar na coluna “Ob-servações” a seguinte expressão: “Mercadoria adquirida para distribui-ção como brinde”;

b) emitir, no ato da entrega da mer-cadoria em seu estabelecimento, nota fi scal com destaque do imposto, pelo valor total das mercadorias, na qual deverão constar, além dos requisitos exigidos, os seguintes dados: b.1) natureza da operação: “Distribuição de

brin-des”;

b.2) Código Fiscal da Operação: 5.949;

b.3) destaque do ICMS, se devido (o valor do IPI eventualmente destacado pelo fornecedor será incluído na base de cálculo do ICMS); b.4) no campo destinado à indicação do

destina-tário, a seguinte expressão: “Emitida nos ter-mos do art. 244 do RICMS”;

c) registrar a nota fi scal referida na letra “b” anterior no livro Registro de Saídas, debitando o ICMS nela destacado. Observe-se que é dispensada a emis-são de nota fi scal na entrega de brinde a consumi-dor ou usuário fi nal.

(RICMS-DF/1997, art. 244, §§ 1o e 2o)

4.1 Brinde transportado pelo contribuinte para

entrega a consumidor ou usuário final

Se o contribuinte efetuar o transporte dos brindes para distribuição direta a consumidor fi nal, deverá emitir

nota fi scal relativa a toda a carga de brindes transportada e dela deverão constar, além dos requisitos exigidos:

a) natureza da operação: “Remessa para Distribuição de Brindes - art. 244 do RICMS”;

b) Código Fiscal da Operação: 5.910;

c) número, data de emissão e valor da nota fi scal emi-tida no ato da entrada da mercadoria no estabeleci-mento.

Observe-se que a nota fi scal relativa a toda a carga de brindes transportada não será objeto de escrituração fi scal no livro Registro de Saídas.

(RICMS-DF/1997, art. 244, §§ 3o e 4o)

5. DISTRIBUIÇÃO SIMULTÂNEA POR INTERMÉDIO

DE FILIAIS, SUCURSAIS, AGÊNCIAS,

CONCESSIONÁRIOS OU QUALQUER OUTRO

ESTABELECIMENTO

O contribuinte deverá observar os procedimentos cons-tantes dos subitens a seguir quando adquirir brindes para distribuição por intermédio de outro estabelecimento, seja este fi lial, sucursal, agência, concessionária ou qualquer outro, cumulada ou não com distribuição direta a

consumi-dor ou usuário fi nal.

5.1 Estabelecimento adquirente

O estabelecimento adquirente de-verá:

a) registrar a nota fi scal emitida pelo fornecedor no livro Registro de Entradas, com as seguintes especifi cações:

a.1) utilizar os CFOPs 1.949 e 2.949, conforme seja a origem da mercadoria, interna ou inte-restadual, respectivamente;

a.2) lançar a crédito o valor do ICMS destacado no documento fi scal;

a.3) anotar na coluna “Observações” a seguinte expressão: “Mercadoria adquirida para distri-buição como brinde”;

b) emitir, quanto às mercadorias remetidas a qual-quer dos estabelecimentos mencionados no item 5, nota fi scal com destaque do ICMS, incluindo no valor da mercadoria remetida a parcela do IPI eventualmente destacada pelo fornecedor. Nessa nota fi scal será mencionado o Código Fiscal de Operação 5.910;

c) emitir, no fi nal do dia, relativamente às mercadorias objeto de entregas efetuadas a consumidores ou usuários fi nais pelo próprio estabelecimento adqui-rente, nota fi scal com destaque do ICMS, incluindo, no valor da mercadoria adquirida, a parcela do IPI eventualmente destacada pelo fornecedor e fazen-do constar, no local reservafazen-do à indicação fazen-do des-tinatário, a expressão: “Emitida nos termos do art. 244 do RICMS”. Nesta nota fi scal será utilizado o CFOP 5.949;

Considera-se brinde a mercadoria que, não constituindo objeto normal da atividade do contribuinte, foi adquirida

para distribuição gratuita a consumidor ou usuário

(4)

d) registrar as notas fi scais referidas nas letras “b” e “c” anteriores no livro Registro de Saídas, lançando os respectivos débitos.

5.1.1 Exemplo

Uma empresa adquire 100 unidades de camisetas e 80 delas serão destinadas à distribuição em seu próprio estabe-lecimento. As 20 camisetas restantes serão encaminhadas a uma de suas fi liais para que, então, faça a entrega direta aos seus clientes consumidores fi nais.

Para remessa das 20 camisetas à sua fi lial, o contri-buinte observará o procedimento descrito na letra “b” do item anterior. Quanto às 80 camisetas entregues diretamen-te pelo adquirendiretamen-te aos seus cliendiretamen-tes consumidores fi nais, deverá seguir o procedimento descrito na letra “c” do mes-mo item.

Assim, fi ca claro que serão emitidas, no mínimo, duas notas fi scais. Uma com CFOP 5.910, com débito do imposto, para remessa das 20 camisetas à fi lial, e uma segunda nota fi scal, ou várias, conforme o número de dias necessários para a distribuição total das mercadorias, com CFOP 5.949, também com débito do imposto, que corresponderão às 80 unidades entregues diretamente pelo estabelecimento ad-quirente. No fi nal, os referidos documentos fi scais totaliza-rão 100 unidades e todos setotaliza-rão lançados no livro Registro de Saídas, mencionando-se os respectivos débitos.

(RICMS-DF/1997, art. 244, caput, § 5o, I)

5.2 Estabelecimento destinatário

O estabelecimento destinatário que receber os brindes apenas para distribuição direta a consumidores fi nais deve-rá proceder de acordo com o item 4. Se efetuar distribuição direta a consumidores fi nais e, também, remeter a mercado-ria a outro estabelecimento para distribuição, deverá obser-var os procedimentos descritos no item 5 e no subitem 5.1.

(RICMS-DF/1997, art. 244, § 5o, II, e § 6o)

6. ENTREGA DE BRINDE OU PRESENTE POR CONTA

E ORDEM DE TERCEIROS

O estabelecimento fornecedor poderá entregar brindes ou presentes em endereço de pessoa diversa da do adqui-rente, sem consignar o valor da operação no respectivo do-cumento fi scal de entrega, desde que:

a) seja emitida, no ato da operação, nota fi scal que te-nha como destinatário o adquirente e, além dos re-quisitos exigidos, a seguinte observação: “Brinde ou presente a ser entregue a ... endereço ... pela Nota Fiscal no ... série (se houver) ...

desta data”;

b) seja emitida nota fi scal para entrega da mercadoria à pessoa indicada pelo adquirente, sendo dispensa-da a anotação do valor dispensa-da operação, a qual conterá, além dos requisitos exigidos:

b.1) natureza da operação: “Entrega de Brinde” ou “Entrega de Presente”;

b.2) CFOP 5.949;

b.3) nome e endereço da pessoa a quem será en-tregue o brinde ou o presente;

b.4) data da saída efetiva da mercadoria;

b.5) no corpo do documento fi scal, a seguinte expressão: “Emitida nos termos do art. 245 do RICMS, juntamente com a Nota Fiscal no

..., nesta data”.

A nota fi scal referida na letra “b” deste item será regis-trada, pelo fornecedor, no livro Registro de Saídas, apenas na coluna “Observações”, na linha correspondente ao re-gistro da nota fi scal a que se refere a letra “a” (nota fi scal de venda).

(RICMS-DF/1997, art. 245, caput, I e II, e § 3o)

6.1 Entrega a vários destinatários

Se forem vários os destinatários dos brindes, a obser-vação descrita na letra “a” do item anterior poderá ser feita em documento separado, emitido com o mesmo número de vias da nota fi scal de venda, com indicação do número da nota fi scal relativa à entrega, no qual serão arrolados os no-mes e os endereços dos destinatários.

(RICMS-DF/1997, art. 245, § 1o)

6.2 Destinação das vias dos documentos fiscais

As vias dos documentos fi scais terão a seguinte des-tinação:

a) nota fi scal relativa à venda referida na letra “a” do item 6:

a.1) a 1a via será entregue ao adquirente;

a.2) a 2a via acompanhará a mercadoria e, após a

entrega, permanecerá em poder do estabele-cimento emitente;

a.3) a 3a via fi cará presa ao bloco, para exibição

ao Fisco;

b) nota fi scal referida na letra “b” do item 6:

b.1) as 1a e 2a vias acompanharão a mercadoria e

serão entregues ao destinatário;

b.2) a 3a via fi cará presa ao bloco, para exibição

ao Fisco.

(RICMS-DF/1997, art. 245, § 2o, I e II)

6.3 Procedimentos quando o adquirente for

contribuinte

Se o adquirente da mercadoria for contribuinte do ICMS, deverá:

a) registrar a nota fi scal relativa à aquisição das mer-cadorias no livro Registro de Entradas, com direito a crédito do imposto destacado, utilizando o Códi-go Fiscal de Operação 1.949;

b) emitir e registrar no livro Registro de Saídas, na mesma data do registro do documento mencionado na letra “a” anterior, nota fi scal pelo total das merca-dorias, com destaque do imposto e com observân-cia dos seguintes requisitos espeobservân-ciais:

(5)

b.1) a base de cálculo do imposto compreenderá, além do valor da mercadoria, a parcela do IPI que eventualmente tiver onerado a operação de que for decorrente a entrada da mercadoria; b.2) deve constar na nota, ainda, a observação:

“Emitida nos termos do inciso II do § 4o do

art. 245 do RICMS, relativamente às merca-dorias adquiridas pela Nota Fiscal no ...

de ..../..../... emitida por ...”;

b.3) deve-se utilizar o Código Fiscal da Operação 5.949.

(RICMS-DF/1997, art. 245, § 4o)

6.4 Comunicação ao Fisco

Para que seja possível observar o procedimento anali-sado no item 6, a repartição fi scal à qual estiver circunscri-to o contribuinte deverá ser previamente comunicada, por meio de declaração, conforme modelo abaixo, preenchida em duas vias com a seguinte destinação:

a) a 1a via fi cará em poder do Fisco;

b) a 2a via, depois de visada, deverá ser entregue ao

contribuinte.

(RICMS-DF/1997, art. 245, § 5o)

6.4.1 Modelo da Declaração ao Fisco

Declaração

... Firma ou razão social

Inscrição CF/DF no ..., ... Endereço

CNPJ no ... vem declarar que adotará o sistema previsto no Capítulo XI do Título III do Livro I do RICMS, aprovado pelo Decreto no 18.955, de 27.12.1997, tendo em vista efetuar, com habitualidade, entrega de ... por conta e ordem de terceiros.

... Assinatura do Titular, Sócio, Diretor ou Responsável pela Escri-turação Fiscal

(RICMS-DF/1997, Anexo V, Doc. 51)

6.5 Suspensão do sistema

O Fisco poderá, a qualquer tempo, suspender o exer-cício da faculdade da entrega de brindes ou presentes em endereço diverso do adquirente (item 6, conforme previsto no art. 245 do RICMS), em relação a determinado contri-buinte.

(RICMS-DF/1997, art. 245, § 6o)

7. EXEMPLO

Suponhamos que a empresa “Comércio de Máquinas ... Ltda.” tenha adquirido da empresa “Indústria e Comércio de Artefatos Plásticos ... Ltda.” canecas de material plástico com o nome e o logotipo da empresa, para distribuição como brin-des diretamente a consumidor fi nal (item 4).

Admitamos que a entrada no estabelecimento tenha ocorrido por meio da Nota Fiscal no 908, datada de 10.09.2007.

7.1 Escrituração da entrada da mercadoria

Recebida a mercadoria, a nota fi scal relativa à aquisição será escriturada pelo adquirente no livro Registro de Entradas, de acordo com as instruções a seguir.

REGISTRO DE

DOCUMENTO FISCAL PROCE-

DÊNCIA CODIFICAÇÃO DATA DA ENTRADA 2007 Data 2007 Número de inscrição Dia Mês Espécie Série e Sub- série Número Dia Mês Emitente Estadual CNPJ Unidade da Federa-ção VALOR CONTÁBIL Contábil Fiscal

10 09 NF 908 10 09 Ind. e Com. Art. Plást. ... Ltda ... ... DF 7 887 00 1.949

ENTRADAS

ICMS – VALORES FISCAIS IPI - VALORES FISCAIS

Operações com débito do imposto Operações sem crédito do imposto Operações com crédito do imposto Operações sem crédito do imposto OBSERVAÇÕES

Base de cálculo Alí- quota Imposto debitado Isentas ou não tributadas Outras Base de cálculo Imposto créditado Isentas ou não tributadas Outras

7 170 00 17% 1 218 90 7 170 00 “Mercadoria adquirida para

(6)

7.2 Emissão de nota fiscal relativa à distribuição (item 4)

7.3 Escrituração da nota fiscal relativa à distribuição (letra “c” do item 4)

NOTA FISCAL Nº156.236

EMITENTE

x SAÍDA ENTRADA

LOGOTIPO

Comércio de Máuinas ...Ltda Rua Vale do Sol, 151 Brasília FONE/FAX: 00000000 UF DF CEP: 0000-000 1ª VIA DESTINATÁRIO/ CNPJ 26.126.126/0001-12 REMETENTE NATUREZA DA OPERAÇÃO Distribuição de brindes CFOP 5.949

INSC. ESTADUAL DO SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO INSCRIÇÃO ESTADUAL

21.121.212.12

DATA-LIMITE PARA EMISSÃO

DESTINATÁRIO/REMETENTE

NOME/RAZÃO SOCIAL

Emitida nos termos do artigo 244 do RICMS

CNPJ/CPF DATA DA EMISSÃO

10.09.2007

ENDEREÇO BAIRRO/DISTRITO CEP DATA DA SAÍDA/ENTRADA MUNICÍPIO FONE/FAX UF INSCRIÇÃO ESTADUAL HORA DA SAÍDA

FATURA DADOS DO PRODUTO

ALÍQUOTAS CÓDIGO

PRODUTO DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS

CLASSIFICAÇÃO FISCAL

SITUAÇÃO

TRIBUTÁRIA UNIDADE QUANTIDADE VALOR UNITÁRIO

VALOR

TOTAL ICMS IPI VALOR DO IPI

162 Canecas de plástico com

logotipo - 000 un 2.390 3,30 7.887,00 17%

CÁLCULO DO IMPOSTO

BASE DE CÁLCULO DO ICMS

7.887,00

VALOR DO ICMS

1.340,79

BASE DE CÁLCULO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR DO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR TOTAL DOS PRODUTOS

7.887,00

VALOR DO FRETE VALOR DO SEGURO OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA

7.887,00

TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOS

NOME/RAZÃO SOCIAL FRETE POR CONTA PLACA DO VEÍCULO UF CNPJ/CPF 1. EMITENTE

2. DESTINATÁRIO

ENDEREÇO MUNICÍPIO UFINSCRIÇÃO ESTADUAL QUANTIDADE ESPÉCIE MARCA NÚMERO PESO BRUTO PESO LÍQUIDO

DADOS ADICIONAIS

Valor das mercadorias: R$ 7.170,00 IPI pago na oeração de aquisição: R$ 717,00 Base de cálculo: R$ 7.887,00

RESERVADO AO FISCO

N° DE CONTROLE DO FORMULÁRIO

156.236

DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR

RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO LADO NOTA FISCAL

DATA DO RECEBIMENTO IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR N° 0156.236

00.00.00

REGISTRO

DOCUMENTO FISCAL ICMS - VALORES

Data 2007

CODIFICAÇÃO

Operações com débito do imposto Espécie Série e

Subsérie Números

Dia Mês VALOR CONTÁBIL

Contábil Fiscal Base

de cálculo Alí-quota Imposto debitado NF – 156.236 10 09 7 887 00 5.949 7 887 00 17% 1 340 79

DE SAÍDAS

FISCAIS IPI - VALORES FISCAIS

Operações sem débito do imposto Operações com débito do imposto Operações sem débito do imposto Isentas ou não tributadas Outras Base de cálculo Imposto debitado Isentas ou não tributadas Outras OBSERVAÇÕES “Distribuição de brindes”

(7)

Informativo

ICMS - IPI e Outros

FEDERAL

Simples Nacional - Parcelamento e

reparcelamento de débitos

Foi publicada nesta Edição, no Caderno Textos Legais, a

Lei no 11.524/2007, cujo art. 22 permite, excepcionalmente, até 31.10.2007, que as MEs e EPPs optantes pelo Simples Nacio-nal efetuem o parcelamento ou o reparcelamento de débitos relativos aos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.



ICMS - PMPF - Gasolina C, diesel,

GLP, querosene de aviação, AEHC e gás

natural - Valores em vigor a partir de

1

o

.10.2007

Ato Cotepe/PMPF no 18, de 25.09.2007 - DOU 1 de

26.09.2007

Síntese

Foi divulgado o preço médio ponderado a consumidor fi -nal (PMPF) de gasolina C, diesel, gás liquefeito de petróleo (GLP), querosene de aviação, álcool etílico hidratado combus-tível (AEHC) e gás natural, para as Unidades da Federação indicadas no referido Ato Cotepe, com aplicação a partir de 1o.10.2007.



Veja a íntegra deste ato no Site do Cliente (www.iob.com.br/ sitedocliente).



ICMS - Substituição tributária nas

operações com sorvetes e preparados

para fabricação de sorvete em máquina

- Adesão do Estado da Bahia -

Retificações - Retificação

Em virtude de incorreção divulgada na retifi cação do Pro-tocolo ICMS no 8/2007, publicada sob o título acima no Informa-tivo da Edição no 37/2007, solicitamos que, diferentemente do ano que constou, considerem o seguinte:

“Tendo em vista a divulgação, no DOU 1 de 28.08.2007, de retifi cações ...”.



DISTRITO FEDERAL

ICMS - PMPF para combustíveis e

lubrificantes

Síntese

Este ato estabelece novos valores de Preço Médio Ponderado a Consumidor Final (PMPF) para as operações com combustíveis e lubrifi cantes que especifi ca.

Instrução Normativa no 20, de 24.09.2007 - DO DF de

26.09.2007

Fixa valores de Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final - PMPF, para os fi ns do art. 3o da Portaria no 90, de 26 de março

de 2004, que dispõe sobre o regime de substituição tributária do ICMS nas operações com combustíveis e lubrifi cantes, derivados ou não de petróleo, e com outros produtos que menciona. A SUBSECRETÁRIA DA RECEITA, DA SECRETARIA DE ESTA-DO DE FAZENDA, no uso das atribuições previstas no artigo 216, inciso IX, do Regimento Geral da Secretaria de Estado de Fazenda, aprovado pela Portaria n° 648, de 21 de dezembro de 2001, e no art. 2o da Portaria no 91, de 26 de março de 2004, e tendo em vista a informação da Gerência de Monitoramento e Auditorias Especiais - GEMAE/DIFIT, resolve:

Art. 1o - Para os fi ns do artigo 3o da Portaria no 90, de 26 de março de 2004, os Preços Médios Ponderados a Consumidor Final - PMPF são:

I - para o litro de gasolina, R$ 2,584; II - para o litro de óleo diesel, R$ 1,841;

III - para o quilograma de gás liquefeito de petróleo, R$ 2,846; IV - para o litro de álcool hidratado, R$ 1,539.

(8)

Art. 2o - Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua

publicação, produzindo efeitos a partir de 1o de outubro de 2007. Parágrafo único. A efi cácia a que se refere o caput deste artigo fi ca condicionada a publicação no Diário Ofi cial da União - D.O.U. de Ato COTEPE/PMPF que divulga os Preços Médios Ponderados a Consumidor Final de que trata o art. 1o.

Art. 3o - Revogam-se as disposições em contrário.

CORDÉLIA CERQUEIRA RIBEIRO



Essa exigência já é adotada por vários Estados, a exemplo da Paraíba, de Alagoas e do Pará, entre outros.

A Constituição Federal/1988, em seu art. 150, § 7o, aceita

a fi gura da antecipação tributária, inclusive com a mudança do sujeito passivo, ou seja, a substituição tributária das opera-ções subseqüentes. Nesse caso, temos uma antecipação sem mudança do sujeito passivo, ou seja, é o próprio contribuinte/ adquirente que recolhe antecipadamente o ICMS.

Essa exigência não se confunde com a equalização de carga tributária que São Paulo e alguns Estados exigem dos contribuintes optantes pelo Simples Nacional, quando se busca apenas igualar a carga tributária, como se a compra fosse feita dentro do Estado.



IOB

Setorial

FEDERAL

Setor industrial e comercial - Distinção

entre diferencial de alíquotas,

equalização de carga tributária e

imposto devido por antecipação

A Constituição Federal/1988 prevê o diferencial de alí-quotas no art. 155, § 2o, VIII, ou seja, determina que o Estado

destinatário de mercadoria ou serviço de transporte interesta-dual ou intermunicipal ou de comunicação tem direito ao ICMS correspondente à diferença entre a alíquota interna e a inte-restadual quando a mercadoria adquirida se destinar a uso ou consumo ou ao ativo. O objetivo do diferencial de alíquotas é que o Estado de destino fi que com a parcela do ICMS, desde que a alíquota interna seja superior à alíquota interestadual.

Alguns Estados criaram na sua legislação relativa a mi-croempresas e empresas de pequeno porte a equiparação ou equalização de carga tributária, quando essas empresas adquirissem mercadorias de outros Estados destinadas a uso, consumo, Ativo Imobilizado, revenda ou industrializa-ção. Essas legislações vigoraram até 30.06.2007, quando entrou em vigor o Simples Nacional.

Portanto, para que o Estado venha a exigir a equipa-ração (equalização) da carga tributária, faz-se necessária a criação de novo fato gerador para que esse diferencial seja cobrado.

Temos, ainda, o imposto devido por antecipação que não se confunde com o diferencial de alíquotas nem com o imposto devido para equiparação (equalização) da carga tributária das empresas do Simples Nacional.

Por meio desse instituto, alguns Estados exigem que seus contribuintes recolham o diferencial de alíquotas mes-mo que a mercadoria seja destinada a revenda, nos termes-mos de sua legislação. Nesse caso, o próprio contribuinte reco-lhe antecipadamente o ICMS, o que, de regra, ocorre por ocasião da entrada das mercadorias. Outros Estados exi-gem a antecipação com marexi-gem de lucro, podendo ser ou não cessada a fase de tributação.

IOB

Perguntas e Respostas

IPTU/DF - Lançamento - Responsável

1) Em nome de quem deve ser realizado o lançamento do IPTU?

R.: O lançamento do IPTU deve ser realizado em nome do proprietário do imóvel, do titular do seu domínio útil, do possuidor a qualquer título, do espólio ou da massa falida.

(Decreto no 16.100/1994, art. 18)

IPTU/DF - Lançamento - Condomínio - Responsável

2) Em nome de quem deve ser efetuado o lançamento do IPTU na hipótese de propriedade em condomínio?

R.: Na hipótese de condomínio, o imposto deverá ser lançado em nome de um, de alguns ou de todos os co-proprietários. No caso de condomínio cujas unidades, nos termos da lei civil, se constituam em propriedades autôno-mas, o imposto será lançado em nome de cada um dos respectivos proprietários das unidades.

(Decreto no 16.100/1994, art. 18, §§ 1o e 2o)

ISS/DF - Cessão de veículo - Serviço de transporte

3) A cessão de veículo com motorista para transporte de pessoas, bens ou valores é considerada como serviço de transporte?

R.: Sim. A cessão de veículo com motorista, mediante quantia certa e previamente estipulada, ao contratante, para transporte de pessoas, bens, mercadorias ou valores dentro do Distrito Federal, sob a responsabilidade do cedente é considerada como serviço de transporte.

(RISS-DF/2005, art. 56)

Referências

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