2
Destaques
>
Volume de negócios atinge 1.793 milhões de euros
> Atividade internacional do GRUPO fora da Europa ascende a cerca de 61% do total
> Taxas de crescimento do volume de negócios de 16% na Europa e de 35% na América Latina
> Margem EBITDA no terceiro trimestre de 14%, superior à atingida nos dois trimestres anteriores
> Consolidação, pela primeira vez no trimestre, da EGF
> Acordo para a alienação do Negócio Logístico e Portuário por 275 milhões de euros
> Carteira de encomendas de 4,3 mil milhões de euros, dos quais 78% fora da Europa
> Entrada do GRUPO MOTA-ENGIL no mercado elétrico mexicano
> Pedido de exclusão de negociação das ações da MOTA-ENGIL AFRICA e aumento de capital do GRUPO,
no contexto da operação de recompra de ações próprias pela MOTA-ENGIL AFRICA
654
574
693
1.009
1.216
1.100
0 400 800 1.200 1.600 2.000 2013 2014 2015 M ilh õe s de E ur osVendas e prestações de serviços
9 Meses| Grupo 1.663 1.789 1.793 76 62 85 189 251 167 0 50 100 150 200 250 300 350 400 2013 2014 2015 M ilh õe s de E ur os EBITDA 9 Meses | Grupo Atividade Externa Atividade Europa 266 313 252
9M15
% VPS
∆
9M14
% VPS
3T15
% VPS
∆
3T14
% VPS
(não auditado) (não auditado) (não auditado) (não auditado) Vendas e Prestações de Serviços 1.793.280 0,2% 1.789.468 718.861 7,8% 667.050
Europa 755.529 16,4% 649.298 302.026 15,3% 261.968
África 592.700 (29,5%) 840.264 213.834 (24,6%) 283.428
América Latina 507.678 35,2% 375.432 218.467 53,5% 142.365
Outros & Intragrupo (62.627) (75.526) (15.466) (20.712)
EBITDA 252.116 14,1% (19,5%) 313.328 17,5% 107.023 14,9% (9,8%) 118.602 17,8%
EBIT 112.071 6,2% (42,6%) 195.096 10,9% 35.462 4,9% (52,7%) 74.980 11,2%
Resultados financeiros (79.314) (4,4%) 6,5% (84.829) (4,7%) (36.519) (5,1%) (8,3%) (33.718) (5,1%)
Ganhos/perdas em empresas associadas 35.140 2,0% - (11.510) (0,6%) 26.640 3,7% 557,8% (5.819) (0,9%)
Resultados antes de impostos 67.897 3,8% (31,2%) 98.758 5,5% 25.584 3,6% (27,8%) 35.444 5,3%
Resultado líquido consolidado 37.338 2,1% (48,8%) 72.926 4,1% 8.828 1,2% (68,5%) 28.069 4,2%
Atribuível:
a interesses que não controlam 21.291 1,2% (8,2%) 23.182 1,3% 5.356 0,7% (43,1%) 9.409 1,4%
ao ∆rupo 16.047 0,9% (67,7%) 49.744 2,8% 3.472 0,5% (81,4%) 18.660 2,8%
Ebitda = Resultado operacional + amortizações + provisões e perdas de imparidade
As contas que integram este Relatório Intercalar não foram objeto de auditoria.
3
Índice
Destaques
2
Relatório de Gestão Consolidado Intercalar
5
Nota Introdutória
6
Análise da performance económico-financeira
7
Análise por áreas de negócio
12
Comportamento das ações e dividendos
16
Informação Financeira Consolidada Intercalar
19
Demonstrações Consolidadas dos Resultados
21
Demonstrações Consolidadas dos Resultados e do Outro Rendimento Integral
22
Demonstrações Consolidadas da Posição Financeira
23
Demonstrações Consolidadas das Alterações no Capital Próprio
24
Demonstrações Consolidadas dos Fluxos de Caixa
26
6
0. Nota introdutória
Acontecimentos relevantes durante e após o terceiro trimestre de 2015
Alienação do Negócio Logístico e Portuário
Em 29 de setembro de 2015, a M
OTA
-E
NGIL
informou que chegou a acordo com o Grupo Yildirim para a alienação das
suas subsidiárias M
OTA
-E
NGIL
L
OGÍSTICA
,
SGPS,
S.A e T
ERTIR
,
T
ERMINAIS DE
P
ORTUGAL
,
S.A., bem como que a transação será
precedida de algumas operações de reorganização societária, encontrando-se pendente, designadamente, da decisão
de não oposição da Autoridade da Concorrência, esperando-se a sua concretização no curto prazo. Mais informou que o
portefólio dos ativos detidos pela M
OTA
-E
NGIL
, e na parte que lhe corresponde, será transacionado por 275 (duzentos e
setenta e cinco) milhões de euros (equity value) e inclui as concessões portuárias, detidas pelo G
RUPO
M
OTA
-E
NGIL
em
Portugal, Espanha e Peru, bem como a empresa de serviços de suporte de logística T
RANSITEX
.
Operação de recompra de ações próprias pela M
OTA
-E
N∆IL
A
FRICA
, pedido de exclusão de negociação das suas ações e
aumento de capital do ∆
RUPO
Em 11 de outubro de 2015, a M
OTA
-E
NGIL
informou que o Conselho de Administração da M
OTA
-E
NGIL
A
FRICA
pretendia
solicitar à Euronext Amsterdam N.V. a exclusão da negociação, no mercado regulado por esta entidade, das ações
ordinárias representativas do seu capital social (pedido entretanto já aceite por aquela entidade), sendo oferecida uma
possibilidade de desinvestimento por meio de uma oferta de recompra a lançar pela própria M
OTA
-E
NGIL
A
FRICA
, na qual
a empresa oferecerá uma contrapartida de 6,1235 euros (seis euros e doze virgula trinta e cinco cêntimos) por ação.
Informou igualmente que o seu Conselho de Administração pretendia promover a realização de um aumento do seu
capital social.
Entrada do ∆
RUPO
M
OTA
-E
N∆IL
no sector elétrico mexicano
Em 23 de outubro de 2015, a M
OTA
-E
NGIL
informou que chegou a acordo para construir, manter e explorar centrais de
produção de energia elétrica no México, durante um período de 30 anos. A atividade será desenvolvida através da
subsidiária Sociedade Generadora Fénix, SAPI de CV, detida em 51% pela M
OTA
-E
NGIL
, sendo o remanescente detido pelo
7
1. Análise da performance económico-financeira
0
300
600
900
1.200
1.500
1.800
2.100
2013
2014
2015
Vendas e Prestações de Serviços
9 Meses | Grupo
M
ilh
ões
de Eu
ros
1.663
1.789
1.793
Europa -
E&C
23%
Europa
-A&S
16%
África
33%
América
Latina
28%
Vendas e Prestações de Serviços
9 Meses 2015 | por Regiões
Europa 38%
O volume de negócios no período de nove meses findo em 30 de setembro de 2015 foi de 1.793 milhões de euros, o que
representa uma ligeira melhoria (0,2%) face ao mesmo período de 2014, influenciada pela consolidação, a partir de 1 de
julho de 2015, do subgrupo EGF. Destaque para o crescimento de 16% e 35% na atividade das regiões da Europa e da
América Latina, que compensou a retração verificada na região de África.
No período de nove meses findo em 30 de setembro de 2015, o peso da atividade fora da Europa representou 61% do
total, tendo o volume de negócios neste período um perfil mais balanceado entre regiões, quando comparado com o
mesmo período de 2014, quando a atividade fora da Europa atingiu os 68%. Para tal evolução, contribuiu o crescimento
assinalável das regiões da Europa e da América Latina, em linha com a estratégia de diversificação da atividade entre
regiões, mas sempre assente nos objetivos de crescimento sustentado no longo-prazo.
No seguimento da aprovação, pela Autoridade da Concorrência, da aquisição da EGF pelo G
RUPO
M
OTA
-E
NGIL
, aquele
subgrupo passou a ser consolidado pelo método de consolidação integral a partir do terceiro trimestre de 2015. Os
principais impactos para o G
RUPO
ao nível de volume de negócios e de EBITDA decorrentes da consolidação da EGF
ascenderam a cerca de 48 milhões de euros e 20 milhões de euros, respetivamente. Dados mais detalhados sobre os
restantes impactos podem ser analisados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas constante neste
relatório.
Tal como anunciado, o G
RUPO
chegou a acordo com o Grupo Yildirim para a alienação das suas subsidiárias M
OTA
-E
NGIL
L
OGÍSTICA
,
SGPS,
S.A
e T
ERTIR
, T
ERMINAIS DE
P
ORTUGAL
,
S.A.. Por este motivo, a forma de apresentação dos ativos e passivos
do conjunto de empresas envolvidas foi alterada, podendo também os respetivos impactos ser analisados no anexo às
demonstrações financeiras consolidadas.
8
0
50
100
150
200
250
300
350
2013
2014
2015
EBITDA
9 Meses | Grupo
M
ilh
õe
s de
E
ur
os
266
313
252
Europa - E&C
13%
Europa - A&S
21%
África
47%
América
Latina
19%
EBITDA
9 Meses 2015| por Regiões
Europa 33%
No período de nove meses findo em 30 de setembro de 2015, o EBITDA atingiu 252 milhões de euros. Face a períodos
anteriores esta evolução foi resultado da diminuição do contributo de África para o EBITDA, de 69% no período
homólogo, para 47% no período corrente, a qual não foi compensada pelo aumento do EBITDA registado na Europa e na
América Latina, regiões tradicionalmente com margens menos favoráveis do que as registadas em África. Por outro lado,
é importante também salientar que fruto da consolidação da EGF, cuja actividade apresenta margens superiores, o
EBITDA do subsegmento de Ambiente e Serviços foi influenciado positivamente em cerca de 20 milhões de euros.
Assim, a margem EBITDA nos primeiros nove meses de 2015 foi de 14%, positivamente influenciada por uma margem
EBITDA de 15% no terceiro trimestre do ano. De realçar igualmente a melhoria da margem EBITDA na Europa e na
América Latina nos primeiros nove meses de 2015 face à alcançada em igual período de 2014.
Ao nível do EBIT, este ascendeu, em 30 de setembro de 2015, a 112 milhões de euros, o qual foi influenciado
negativamente, no trimestre, pela constituição de provisões de cerca de 24 milhões de euros afetas, maioritariamente,
ao processo de Reestruturação e Desinvestimento no mercado imobiliário na Europa Central e pelo aumento das
amortizações fruto da consolidação da EGF (cerca de 14 milhões de euros).
9
Europa-E&C
1%
Europa -
A&S
10%
África
67%
América
Latina
18%
Outros
4%
Investimento
9 Meses 2015 | Grupo
96
67
17
8
8
1
3
4
0
15
30
45
60
75
90
105
120
135
150
9M14
9M15
M ilh õe s de E ur osEvolução Investimento
Outros
Europa - E&C
Europa - A&S
África e América Latina
124
79
Na sequência do intenso investimento efetuado em 2014, este tem vindo a ser otimizado e a reduzir-se em 2015 com o
montante de investimento, líquido de alienações, a atingir cerca de 79 milhões de euros. Destaque para as regiões de
África e América Latina que justificaram este investimento, uma vez que continuam a reforçar e/ou manter o seu parque
de equipamento com vista à execução dos diversos projetos que estão em curso nesses mercados.
400
600
800
1.000
1.200
1.400
1.600
1.800
1T
2T
3T
4T
Dívida Líquida Total
Evolução
2013 2014 2015M
ilh
õe
s
de
E
ur
os
162
14%
379
33%
596
51%
21
2%
541
35%
182
12%
706
45%
126
8%
0
250
500
750
a 1 ano
a 2 anos
entre 3 e 5
anos
a mais de 5
anos
Evolução Dívida LíquidaTotal
Maturidade
Dez-14 set-15M
ilh
õe
s d
e
eu
ro
s
Em 30 de setembro de 2015, a dívida líquida ascendia a 1,6 mil milhões de euros, excluindo leasing e factoring, tendo
registado um aumento de cerca de 257 milhões de euros face a 30 de junho de 2015, justificado essencialmente (233
milhões de euros) pela aquisição e consolidação das empresas do subgrupo EGF.
Como resultado, o rácio que compara a dívida líquida total (deduzida de 28 milhões de euros de títulos de dívida pública
detidos pelo segmento de África) com o EBITDA dos últimos 12 meses, incluindo o EBITDA anualizado da EGF (3T15
EBITDA x 4) atingiu os 3,8x. No entanto, o G
RUPO
mantém o objetivo de médio e longo prazo de registar naquele rácio
um valor inferior a 3x para o qual ajudará o encaixe previsto com a alienação do negócio portuário e logístico que
ascenderá a 275 milhões de euros.
10
Por outro lado, o custo médio da dívida baixou para 5,72% no período de nove meses findo em 30 de setembro de 2015,
não obstante o maior peso da dívida contratada fora da Europa, em linha com a estratégia de financiamento que tem
como objetivo alocar dívida às regiões, de acordo com as respetivas necessidades e origens de cash flow.
Adicionalmente, em 30 de setembro de 2015, como resultado da concretização com sucesso da emissão e troca de
obrigações ocorrida em julho de 2015 no montante de 95 milhões de euros, a vida média da dívida era de 2,63 anos,
sendo que o G
RUPO
dará continuidade à estratégia financeira que tem vindo a ser seguida, sendo expetável ações
adicionais que visam o aumento das maturidades, nomeadamente redução da dívida de curto prazo, bem como o
aumento das disponibilidades como sejam linhas de liquidez e redução do custo da dívida.
Em 30 de setembro de 2015, o G
RUPO
tinha linhas de crédito contratadas e não utilizadas de 255 milhões de euros,
traduzindo-se num montante total de liquidez efetiva de 545 milhões de euros.
-0
-20
-40
-60
-80
-100
2013
2014
2015
Resultado Financeiro
9 Meses | Grupo
M
ilh
õe
s de
E
ur
os
-77,8
-84,8
-79,3
0
10
20
30
40
50
60
2013
2014
2015
Resultado Líquido
9 Meses | Grupo
37,9
49,7
16,0
M
ilh
õe
s de
E
ur
os
Nos primeiros nove meses de 2015 os encargos financeiros líquidos atingiram 79,3 milhões de euros, valor inferior ao do
período homólogo (84,8 milhões de euros), uma vez que o impacto do aumento do valor da dívida líquida foi mais do
que compensado, essencialmente, pelo esforço ao nível da melhoria das condições de pricing obtidas em novos
financiamentos e pelo aumento das diferenças cambiais favoráveis.
EB IT finan ce iro s M EP IRC IM RL
0
35
70
105
140
Composição Resultado Líquido
9 Meses 2015 | Grupo
M ilh õe s de E ur os EB IT fin an ce iro s M EP IRC IM RL
0
35
70
105
140
175
210
Composição Resultado Líquido
9 Meses 2014 | Grupo
M ilh õe s de E ur os11
A rubrica de ganhos e perdas em empresas associadas (MEP no gráfico) contribuiu positivamente para o resultado do
período de nove meses findo em 30 de setembro de 2015 com 35 milhões de euros, face a um montante negativo de 12
milhões de euros no período homólogo, na sequência da redução do impacto negativo da participação na Martifer e,
principalmente, devido à alienação ao Grupo Ardian de 50% da participação financeira detida pelo G
RUPO
em cinco
empresas concessionárias de auto-estradas que gerou uma mais-valia de cerca de 36 milhões de euros, dos quais cerca
de 24 milhões de euros impactaram o resultado líquido do G
RUPO
.
Até 30 de setembro de 2015 o imposto sobre lucros registou um montante de 30,6 milhões de euros (25,8 milhões de
euros em 30 de setembro de 2014), apesar da diminuição do resultado antes de impostos, fruto, entre outros, do maior
peso do resultado tributável dos mercados com taxa nominal de imposto superior.
Esta performance operacional e financeira, permitiu que o resultado líquido ascendesse a 37 milhões de euros e a
margem líquida a 2,1% nos primeiros nove meses do ano. O resultado líquido atribuível ao G
RUPO
decresceu para 16
milhões de euros (50 milhões de euros em 30 de setembro de 2014).
0
1.500
3.000
4.500
6.000
2012
2013
2014
9M15
Evolução da Carteira de Encomendas
M
ilh
õe
s de
E
ur
os
3.357
3.870
4.413
4.315
Europa E&C
17%
Europa A&S
5%
África
30%
América
Latina
48%
Carteira de Encomendas
30 setembro 2015
A carteira de encomendas, em 30 de setembro de 2015, ascendia a cerca de 4,3 mil milhões de euros, dos quais cerca de
3,4 mil milhões de euros em mercados fora da Europa, representando 78% do total da carteira.
12
2. Análise por áreas de negócio
Europa
239
242
279
494
411
480
0
200
400
600
800
1.000
2013
2014
2015
Vendas e Prestações de Serviços
9 Meses
E&C A&SM
ilh
õe
s de
E
ur
os
727
649
756
42
38
52
35
31
31
0
15
30
45
60
75
90
2013
2014
2015
EBITDA
9 Meses
E&CA&SM
ilh
õe
s de
E
ur
os
77
69
82
O segmento Europa inclui os negócios e empresas de Engenharia & Construção e de Ambiente & Serviços que o G
RUPO
tem em Portugal e na Europa Central, ou que são geridos pela estrutura de gestão desta região. No domínio do
Ambiente & Serviços são desenvolvidas atividades nos setores da Logística (através da T
ERTIR
,
pelo menos até 30 de
setembro de 2015), dos Resíduos (cujo veículo é a S
UMA
e que a partir de 1 de julho
de 2015 conta igualmente com as
atividades desenvolvidas pelas empresas do subgrupo EGF), da Água (setor para o qual contribui a I
NDAQUA
,
contabilizada pelo método de equivalência patrimonial) e de Energia & Manutenção.
O volume de negócios na Europa nos primeiros nove meses de 2015 foi de 756 milhões de euros, refletindo uma subida
de 16% face ao período homólogo de 2014 (649 milhões de euros). Este desempenho ficou a dever-se ao crescimento
verificado no segmento de Engenharia & Construção de 17%, justificado essencialmente pelo significativo aumento de
atividade na Europa Central e ao crescimento de 15% verificado no segmento de Ambiente & Serviços como resultado
da consolidação, a partir de 1 de julho de 2015, do subgrupo EGF.
Também ao nível da rentabilidade operacional, foi possível superar em 19,5% o EBITDA apurado no período homólogo
de 2014, justificado essencialmente pelo efeito positivo da consolidação do subgrupo EGF.
13
0
100
200
300
400
500
600
E&C
A&S
-Resíduos
Logística
A&S -
A&S - Energia
& Man.
Vendas e Prestações de Serviços
9 Meses
9M14
9M15
M
ilh
õe
s de
E
ur
os
411
480
59
109
150
156
33
13
0
5
10
15
20
25
30
35
E&C
A&S
-Resíduos
Logística
A&S -
A&S - Energia
& Man.
EBITDA
9 Meses
9M14
9M15
M
ilh
õe
s de
E
ur
os
31
30
13
33
22
19
3
1
Nos primeiros nove meses de 2015, o segmento de Resíduos na Europa aumentou o volume de negócios em 50 milhões
de euros, face ao período homólogo do ano anterior (59 milhões de euros) fruto da incorporação da atividade do
subgrupo EGF, tendo a margem EBITDA ascendido a 30%, um aumento face à registada em igual período do ano
anterior (22%).
O volume de negócios do segmento da Logística cresceu 4% para 156 milhões de euros nos primeiros nove meses de
2015, face a igual período do ano anterior (150 milhões de euros), mantendo a tendência de recuperação registada nos
últimos trimestres. No entanto, a rentabilidade operacional tem vindo durante o ano de 2015 a ser afetada pelo mix de
atividade, tendo-se assistido a um aumento do peso do negócio da T
RANSITEX
(serviços transitários). Assim, o segmento
da Logística apresentou nos primeiros nove meses de 2015 um EBITDA de 19 milhões de euros, o que corresponde a
uma margem EBITDA de 12%.
As empresas de Energia & Manutenção têm agora a contribuição quase exclusiva da M
ANVIA
, pelo que se verificou uma
redução no seu volume de negócios. De assinalar no entanto a melhoria da margem operacional que atingiu 8,3% no
período em análise.
O segmento de Água, consolidado pelo método de equivalência patrimonial, não tem impacto nos resultados
operacionais do G
RUPO
, mas destaca-se pela sua performance operacional com a margem EBITDA de cerca de 40% e o
volume de negócios a registar uma subida de cerca de 6%, tendo assim contribuído para o resultado do G
RUPO
em 1,4
milhões de euros.
De salientar o acordo assinado com o Grupo Yildirim para a alienação do negócio portuário e logístico por 275 milhões
de euros, estando a concretização da operação pendente da obtenção da aprovação pela Autoridade da Concorrência,
negócio que afetará os contributos deste segmento e da região Europa para a atividade e resultados do G
RUPO
.
14
África
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
2013
2014
2015
Vendas e Prestações de Serviços
9 Meses
Mi
lhõ
es
de Eu
ros
706
840
593
0
30
60
90
120
150
180
210
240
2013
2014
2015
EBITDA
9 Meses
M
ilh
õe
s de
E
ur
os
163
217
119
Nos primeiros nove meses de 2015, o segmento de África representou cerca de 33% da atividade total do G
RUPO
M
OTA
-E
NGIL
,
face a 47% em igual período no ano 2014, tendo tal variação sido justificada pela redução do volume de negócios
na região e pelo aumento do mesmo na Europa e na América Latina.
Assim, até setembro de 2015, o volume de negócios em África ascendeu a 593 milhões de euros, uma redução face ao
valor do período homólogo do ano anterior (840 milhões de euros), devido principalmente à menor atividade no Malawi
e em Angola, a qual não foi compensada pelo aumento da atividade registada tanto nos restantes países da SADC,
nomeadamente em Moçambique, como nas regiões Oeste e Este.
A margem EBITDA da região foi de 20%, tendo apresentado uma evolução positiva no terceiro trimestre do ano face ao
primeiro e segundo trimestres, ainda assim abaixo do registado no período homólogo, mas em linha com as perspetivas
de melhoria antecipadas pelo G
RUPO
. Esta evolução está relacionada com o impacto, positivo em 2014, do projeto do
Corredor de Nacala, mas também, embora em menor escala, com o esforço de arranque de diversos projetos nas
regiões da SADC e Oeste, que pressionam pontualmente as margens, fazendo com que o ano de 2015 tivesse sido
antecipado como um período de transição tanto em termos de evolução da atividade, como de performance
operacional.
15
América Latina
0
100
200
300
400
500
2013
2014
2015
Vendas e Prestações de Serviços
9 Meses
M
ilh
õe
s de
E
ur
os
303
375
508
0
10
20
30
40
50
60
2013
2014
2015
EBITDA
9 Meses
M
ilh
õe
s de
E
ur
os
26
34
48
Na América Latina a atividade apresentou um crescimento de 35% para 508 milhões de euros (primeiros nove meses de
2014: 375 milhões de euros), o que representou 28% do total do G
RUPO
(primeiros nove meses de 2014: 21%),
contribuindo para o balanceamento das três regiões para o volume de negócios consolidado.
Aquele aumento foi resultado da melhor performance de todos os países, exceto o Peru, sendo de destacar o México,
que viu o seu volume de negócios aumentar 146 milhões de euros, mais do que triplicando face ao volume de igual
período do ano anterior. Esta evolução reflete o sucesso da estratégia prosseguida no México, traduzindo-se no
crescimento da carteira de encomendas naquele país e no incremento do volume de negócios.
Consequentemente, no que se refere à rentabilidade operacional, assistiu-se a uma subida de 40% no EBITDA para cerca
de 48 milhões de euros (primeiros nove meses de 2014: 34 milhões de euros) com a respetiva margem a atingir 9,4%.
Destaque por fim, para o arranque de algumas obras no México, para uma das quais já foi concretizado o financial
closing e para o início da operação de geração de energia elétrica naquele país no quarto trimestre de 2015, o que
16
3. Comportamento das ações e dividendos
0
20
40
60
80
1T
2T
3T
4T
M
ilh
õe
s d
e a
çõ
es
Quantidade de ações transacionadas
por trimestre
2013
2014
2015
60%
70%
80%
90%
100%
110%
120%
130%
140%
150%
de
z-1
4
ja
n-15
fe
v-15
m
ar-15
ab
r-1
5
m
ai-15
ju
n-15
ju
l-1
5
ag
o-15
set
-1
5
Evolução da performance do título
9 Meses de 2015
ME
PSI20
SXOP
Nos primeiros nove meses de 2015 o mercado acionista português, PSI20, apresentou uma performance positiva de 5%,
ainda que negativamente afetada pela descida de 9% registada por aquele índice no terceiro trimestre do ano. O
comportamento negativo do mercado acionista no terceiro trimestre, o qual foi acompanhado por um aumento da
volatilidade, deveu-se essencialmente aos receios de um abrandamento, maior do que o expetável, do crescimento da
economia da China. De destacar também os efeitos relacionados com a divulgação de indicadores económicos que
apontaram para um crescimento mais moderado das economias da zona euro para 2015 e com a crise em torno das
eleições na Grécia no contexto das negociações deste país com a União Europeia. O setor europeu de Construção, SXOP,
não foi imune à maior aversão ao risco por parte dos investidores, e apresentou uma descida de 6% no terceiro
trimestre do ano, fechando ainda assim os primeiros nove meses do ano com uma performance positiva de 7%.
Nos primeiros nove meses de 2015, a ação da M
OTA
-E
NGIL
apresentou uma desvalorização de 29%, para a qual
contribuiu a descida de 17% no terceiro trimestre, acentuando assim a tendência de descida que se iniciou no segundo
trimestre do ano. Esta performance deveu-se em grande medida às preocupações relativas à situação financeira de
algumas empresas do setor de construção, bem como à perceção por parte dos investidores da exposição da atividade
da MOTA-ENGIL a países do continente africano, nomeadamente Angola, num contexto de descida do preço das
commodities e com especial destaque do petróleo, o qual apresentou uma descida de 23% no terceiro trimestre de
2015.
Assim, a ação da M
OTA
-E
NGIL
fechou o terceiro trimestre de 2015 em 1,899 euros, próximo do mínimo do ano de 1,820
euros, o qual foi atingido durante o terceiro trimestre. Nos primeiros nove meses do ano a ação atingiu um máximo de
3,643 euros, tendo o máximo do terceiro trimestre se fixado em 2,765 euros. Durante os primeiros nove meses do ano
foram transacionadas na Euronext Lisbon 161 milhões de ações da M
OTA
-E
NGIL
, o que correspondeu a um volume médio
diário de 841 mil ações. Já no terceiro trimestre do ano, foram transacionadas 44 milhões de ações, ou uma média diária
de 666 mil ações.
A Assembleia Geral de Acionistas, que teve lugar no dia 28 de maio de 2015, aprovou a distribuição de um dividendo de
doze cêntimos (0,12 euros) por ação relativo ao exercício de 2014, em linha com a política de distribuição de dividendos
em vigor da M
OTA
-E
NGIL
que define um rácio de payout entre 50% e 75% do resultado líquido recorrente, valor
17
Já depois do fecho do terceiro trimestre, a M
OTA
-E
NGIL
anunciou que dará seguimento a um aumento de capital, através
da emissão de novas ações, a um preço de subscrição de 2,4814 euros e sujeito à aprovação da Assembleia Geral de
Acionistas a ter lugar no dia 30 de novembro de 2015. Este aumento de capital enquadra-se no contexto, já anunciado
ao mercado, da operação de exclusão da negociação das ações da M
OTA
-E
NGIL
A
FRICA
do mercado regulamentado da
Euronext Amsterdam N.V.
Porto, 19 de novembro de 2015
Gonçalo Moura Martins
Chief Executive Officer
José Pedro Freitas
21
Demonstrações consolidadas dos resultados
para os primeiros nove meses e trimestres findos em 30 de setembro de 2015 e
2014
Notas € '0002015 € '0002014 € '0002015 € '0002014
(não auditado) (não auditado) (não auditado) (não auditado) Vendas e prestações de serviços 2
1.793.280
1.789.468
718.861
667.050
Outros rendimentos
22.867
71.154
14.081
26.817
Custo das mercadorias vendidas, matérias consumidas e Subcontratos
(825.293)
(792.172)
(326.783)
(306.715)
Resultado bruto
990.854
1.068.450
406.159
387.152
Fornecimentos e serviços externos
(391.241)
(394.114)
(167.530)
(134.176)
Gastos com pessoal
(364.717)
(338.376)
(132.806)
(117.622)
Outros gastos e perdas
17.220
(22.632)
1.199
(16.752)
2
252.116
313.328
107.023
118.602
Amortizações
(114.825)
(103.727)
(48.225)
(36.547)
Provisões e perdas de imparidade 10
(25.219)
(14.505)
(23.336)
(7.074)
Resultado operacional
112.071
195.096
35.462
74.980
Rendimentos e ganhos financeiros 3
28.171
20.589
9.360
7.019
Gastos e perdas financeiras 3(107.485)
(105.418)
(45.879)
(40.737)
Ganhos / (perdas) em empresas associadas e conjuntamente controladas 635.140
(11.510)
26.640
(5.819)
Resultado antes de imposto
67.897
98.758
25.584
35.444
Imposto sobre o rendimento
(30.559)
(25.832)
(16.756)
(7.374)
Resultado líquido consolidado do período
37.338
72.926
8.828
28.069
Atribuível:
a interesses que não controlam
21.291
23.182
5.356
9.409
ao Grupo
16.047
49.744
3.472
18.660
Resultado por ação:
básico
40,078 €
0,243 €
0,017 €
0,091 €
diluído
40,078 €
0,243 €
0,017 €
0,091 €
Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras consolidadas
3º Trimestre 9 meses
22
Demonstrações consolidadas dos resultados e do outro rendimento integral
para os primeiros nove meses e trimestres findos em 30 de setembro de 2015
e 2014
2015
€ '000 € '0002014 € '0002015 € '0002014
(não auditado) (não auditado) (não auditado) (não auditado) Resultado líquido consolidado do período 37.338 72.926 8.828 28.069
Itens de outro rendimento integral que poderão vir a ser reclassificados para a demonstração dos resultados
11.381 29.876 (8.253) 23.611 85 394 33 324 31.768 (26.475) 7.217 1.773 Outro rendimento integral (6.495) (3.721) (598) (1.147) Total do rendimento integral consolidado do período 74.076 72.999 7.228 52.630
a interesses que não controlam 22.482 27.912 4.414 14.022 ao Grupo 51.595 45.087 2.814 38.608
Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras consolidadas
3º Trimestre
Atribuível:
Diferenças cambiais decorrentes da transposição de demonstrações financeiras expressas em moeda estrangeira Outro rendimento integral de investimentos financeiros em equivalência patrimonial
9 meses
23
Demonstrações consolidadas da posição financeira
em 30 de setembro de 2015 e 31 de dezembro de 2014
Notas € '0002015 € '0002014(não auditado) (auditado)
Ativo Não corrente Goodwill 5 84.041 136.677 468.480 127.668 739.481 771.662 Investimentos financeiros em empresas associadas e conjuntamente controladas 6 191.396 161.697 Investimentos financeiros disponíveis para venda 7 108.336 51.026
69.592
69.106 251.174
215.093 Outros ativos não correntes 8.348 13.017 Instrumentos financeiros derivados 7.900 4.214
115.402
56.052 Caixa e seus equivalentes a prazo 8 - 68.067
2.044.150 1.674.279 Corrente Inventários 285.587 301.421 Clientes 986.879 975.740 Outros devedores 256.334 253.942
Estado e outros entes públicos 40.727 40.372
Outros ativos correntes 620.322 363.488
Caixa e seus equivalentes com recurso a prazo 8 30.220 5.190 Caixa e seus equivalentes sem recurso à vista 8 52.992 -Caixa e seus equivalentes com recurso à vista 8 178.518 317.349
2.451.578
2.257.503
Ativos não correntes detidos para venda 11 360.214 29.980 Total do Ativo 2 4.855.941 3.961.761 Passivo
Não corrente
Empréstimos sem recurso 9 205.031
-Empréstimos com recurso 9 809.300 996.857 Fornecedores e credores diversos 140.233 157.832
Provisões 127.618 125.120
Outros passivos não correntes 264.623 4.181 Passivos por impostos diferidos 59.591 40.456
1.606.396
1.324.445
Corrente
Empréstimos sem recurso 9 40.773
-Empréstimos com recurso 9 789.946 552.260
Fornecedores 419.544 431.792
Instrumentos financeiros derivados 178 313
Credores diversos 424.199 526.575
Estado e outros entes públicos 72.485 56.748
Outros passivos correntes 678.217 491.639
2.425.342
2.059.328
Passivos não correntes detidos para venda 11 144.405
-Total do Passivo 2 4.176.144 3.383.773 Capital Próprio Capital 204.636 204.636 Reservas 117.290 58.665 16.047 50.550 337.972 313.851 341.825 264.137
Total do Capital próprio 679.797 577.988 Total do Capital próprio e Passivo 4.855.941 3.961.761
Ativos intangíveis
Resultado líquido consolidado do período
Capital próprio atribuível ao Grupo
Interesses que não controlam
Para ser lido com o anexo às demonstrações financeiras consolidadas Ativos tangíveis
Propriedades de investimento Clientes e outros devedores Ativos por impostos diferidos
24
Demonstrações consolidadas das
para os períodos de nove meses findos em 30 de
Capital Ações próprias Prémio de emissão Invest. disponíveis para venda Terrenos de ativos minerais e outros Derivados
Saldo em 1 de janeiro de 2014 (auditado) 204.636 (22.749) 87.256 27.702 10.306 (499) Total do rendimento integral consolidado do período - - - - - 394 Distribuição de dividendos - - - -Outras distribuições de resultados - - - -Alienação de ações próprias - 22.749 - - - -Transferências para outras reservas - - -
-Saldo em 30 de setembro de 2014 (não auditado) 204.636 - 87.256 27.702 10.306 (105) Saldo em 1 de janeiro de 2015 (auditado) 204.636 - 44.435 27.702 2.968 (238) Total do rendimento integral consolidado do período - - - - - 85 Distribuição de dividendos - - - -Aquisição de ações próprias - (2.917) - - - -Transferências para outras reservas - - - -Alterações no perímetro de consolidação - - -
-Saldo em 30 de setembro de 2015 (não auditado) 204.636 (2.917) 44.435 27.702 2.968 (153)
Reservas de justo valor
25
alterações no capital próprio
setembro de 2015 e 2014
Reserva de
conversão cambial Outras reservas
Resultado líquido do período Capital próprio atribuível a acionistas Capital próprio atribuível a int. que não controlam
Total do capital próprio (53.001) 53.341 50.505 357.495 201.731 559.226 23.370 (28.420) 49.744 45.087 27.912 72.999 (25.273) - (25.273) (22.984) (48.257) (114) - (114) (110) (224) 25.178 - 47.927 - 47.927 50.505 (50.505) - - -(29.632) 75.217 49.744 425.123 206.548 631.672 (32.131) 15.929 50.550 313.851 264.137 577.988 9.251 26.212 16.047 51.595 22.482 74.076 (24.556) - (24.556) (20.150) (44.706) - - (2.917) - (2.917) 50.550 (50.550) - - - - - 75.356 75.356 (22.881) 68.135 16.047 337.972 341.825 679.797
26
Demonstrações consolidadas dos fluxos de caixa
para os períodos de nove meses findos em 30 de setembro de 2015 e 2014
Notas € '0002015 € '0002014
Atividades operacionais (não auditado) (não auditado)
Recebimentos de clientes 1.537.770 1.478.623
Pagamentos a fornecedores (1.188.420) (1.207.040)
Pagamentos ao pessoal (278.356) (272.365)
Fluxos gerados pelas operações 70.994 (782)
(Pagamento)/Recebimento de imposto sobre o rendimento (14.987) (52.735) Outros recebimentos/(pagamento)s de atividades operacionais 7.490 8.443
Fluxos das atividades operacionais (1) 63.496 (45.074) Atividades de investimento
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros 7.178 830
Ativos intangíveis 300 49
Ativos tangíveis 24.005 9.539
Subsídios ao investimento 2.918
-Juros e proveitos similares 4.047 3.806
Dividendos 1.362 1.193 39.810 15.417 Pagamentos respeitantes a: Investimentos financeiros (151.834) (32.290) Ativos intangíveis (5.979) (6.367) Ativos tangíveis (97.067) (112.415) (254.880) (151.072) Fluxos das atividades de investimento (2) (215.070) (135.655) Atividades de financiamento
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos 308.078 250.823
Venda de ações próprias - 49.251
308.078
300.073
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos (166.101) (37.383)
Amortizações de contratos de locação financeira (42.653) (12.175)
Juros e custos similares (92.623) (83.391)
Dividendos (38.064) (57.952)
Aquisição de ações próprias (2.917)
-Outros - (3.939)
(342.359)
(194.841) Fluxos das atividades de financiamento (3) (34.281) 105.233
Variação de caixa e seus equivalentes (4)=(1)+(2)+(3) (185.855) (75.496) Variações decorrentes de alterações de perímetro 47.901 253
Efeito das diferenças de câmbio 9.077 14.136
Caixa e seus equivalentes no início do período 8 390.606 359.733
Caixa e seus equivalentes no fim do período 8 261.730 298.626
27
0. Nota Introdutória
A M
OTA
-E
NGIL
,
SGPS,
SA, com sede no Edifício Mota, Rua do Rego Lameiro, nº38 4300-454 Porto (M
OTA
-E
NGIL
SGPS ou
E
MPRESA
), e empresas participadas (G
RUPO
), têm como atividade principal as empreitadas de obras públicas e privadas e
atividades com elas conexas.
A descrição mais detalhada das atividades do G
RUPO
é fornecida na Nota 2. Segmentos de Negócio deste anexo.
Todos os montantes explicitados nestas notas são apresentados em milhares de euros, salvo se expressamente referido em
contrário.
1. Políticas Contabilísticas
1.1. Bases de apresentação
As demonstrações financeiras consolidadas do G
RUPO
M
OTA
-E
NGIL
foram preparadas no pressuposto da continuidade das
operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas que constituem o G
RUPO
ajustados no processo de
consolidação. Estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de
Relato Financeiro (IAS/IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as interpretações emitidas pelo
International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC) ou pelo anterior Standards Interpretation Committee
(SIC), tal como adotadas pela União Europeia à data de 30 de setembro de 2015. No que se refere às empresas do G
RUPO
que
utilizam normativos contabilísticos diferentes, são efetuados ajustamentos de conversão para as IAS/IFRS.
As demonstrações financeiras consolidadas do G
RUPO
M
OTA
-E
NGIL
relativas ao período de nove meses findo em 30 de
setembro de 2015 foram elaboradas de acordo com as políticas contabilísticas e métodos de cálculo adotados pelo G
RUPO
apresentados no Relatório e Contas Consolidadas de 2014, tendo em consideração as disposições da IAS 34 - Relato
Financeiro Intercalar.
Durante o período de nove meses findo em 30 de setembro de 2015 tornaram-se aplicáveis as seguintes normas,
interpretações, alterações e revisões aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia:
Regulamento (UE) n.º 2015/29 Regulamento (UE) n.º 2015/28
Norma Data de emissão Data de aplicabilidade obrigatória
Regulamento da UE
Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro (ciclo 2010-2012) dezembro de 2013 1 de julho de 2014
Emenda à norma IAS 19 - Benefícios dos empregados novembro de 2013 1 de julho de 2014
A aplicação destas normas não produziu efeitos significativos nas presentes demonstrações financeiras consolidadas.
As demonstrações financeiras consolidadas são apresentadas em Euro por esta ser a moeda principal das operações do
G
RUPO
. As demonstrações financeiras das empresas participadas em moeda estrangeira foram convertidas para o Euro de
acordo com as políticas contabilísticas descritas na alínea xiii) dos principais critérios valorimétricos apresentados no
Relatório e Contas Consolidadas de 2014. Todas as estimativas e assunções efetuadas pelo Conselho de Administração foram
efetuadas com base no seu conhecimento à data de aprovação das demonstrações financeiras, dos eventos e transações em
curso.
Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, em conformidade com as IAS/IFRS, o Conselho de Administração
do G
RUPO
adotou certos pressupostos e estimativas que afetaram os ativos e passivos reportados, bem como os rendimentos
e gastos incorridos relativos aos períodos reportados, os quais estão descritos na alínea xxi) dos principais critérios
valorimétricos apresentados no Relatório e Contas Consolidadas de 2014.
28
2. Segmentos de negócio
O G
RUPO
serve-se da sua organização interna para efeitos de gestão como base para o seu reporte da informação por
segmentos operacionais. O G
RUPO
encontra-se organizado pelas seguintes áreas geográficas: Europa, África e América Latina.
Os valores relativos à M
OTA
-E
NGIL
SGPS, à MESP e às sociedades do G
RUPO
da área do Turismo estão incluídos na linha
“Outros, eliminações e intragrupo”, a qual inclui também os montantes relativos aos fluxos e saldos entre os segmentos
operacionais.
Nos primeiros nove meses de 2015, exceto para a consolidação pela primeira vez do subgrupo EGF a partir de 1 de julho de
2015, não ocorreram alterações materialmente relevantes ao perímetro de consolidação. O efeito da consolidação do
subgrupo EGF (incluindo a entidade que o adquiriu – Suma Tratamento) nas principais rúbricas da demonstração da posição
financeira e da demonstração de resultados é como segue:
Subgrupo EGF
Ativo
Não corrente
Ativos intangíveis
453.127
Ativos tangíveis
167
Investimentos financeiros disponíveis para venda
29.098
Clientes e outros devedores
16.816
Ativos por impostos diferidos
64.608
563.817
Corrente
Inventários
2.791
Clientes
54.110
Outros devedores
6.339
Outros ativos correntes
4.467
Caixa e seus equivalentes
52.992
120.699
Total do Ativo
684.516
Passivo
Não corrente
Empréstimos
205.031
Fornecedores e credores diversos
67.996
Provisões
1.878
Outros passivos não correntes
260.787
Passivos por impostos diferidos
32.723
568.415
Corrente
Empréstimos
40.773
Fornecedores
11.334
Credores diversos
26.529
Outros passivos correntes
11.589
90.225
29
Subgrupo EGFVendas e prestações de serviços 47.698
Outros rendimentos 10
Custo das mercadorias vendidas, matérias consumidas e Subcontratos (2.435)
Resultado bruto 45.274
Fornecimentos e serviços externos (18.087)
Gastos com pessoal (10.167)
Outros rendimentos e ganhos 2.749
EBITDA 19.769
Amortizações (14.431)
Provisões e perdas de imparidade 74
EBIT 5.411
Resultado financeiro (4.551)
Resultado antes de imposto 860
Imposto sobre o rendimento (2.517)
Resultado líquido consolidado do período (1.657)
Atribuível:
a interesses que não controlam 83
ao Grupo (1.740)
As empresas incluídas na consolidação e respetivos métodos de consolidação, sedes, percentagem efetiva de participação,
atividade, data de constituição e data de aquisição das participações financeiras são tal como se apresenta no Apêndice A.
As principais alterações ocorridas no perímetro de consolidação durante o período de nove meses findo em 30 de setembro
de 2015 encontram-se resumidas na Nota 12. Alterações de perímetro.
A informação financeira por segmentos operacionais pode ser analisada como se segue:
2015 2014 2015 2014
Europa 755.529 649.298 82.364 68.936
África 592.700 840.264 119.452 217.267
América Latina 507.678 375.432 47.677 34.177 Outros, eliminações e intragrupo (62.627) (75.526) 2.622 (7.051)
Grupo Mota-Engil 1.793.280 1.789.468 252.116 313.328
Vendas e Prestações de Serviços EBITDA
Em 30 de setembro de 2015, as vendas e prestações de serviços efetuadas entre segmentos de negócio estão incluídas na
linha “Outros, eliminações e intragrupo”.
Durante os períodos de nove meses findos em 30 de setembro de 2015 e 2014, as vendas intragrupo foram efetuadas a
preços semelhantes aos praticados para as vendas a clientes externos.
30
O ativo líquido total e o passivo do G
RUPO
por segmentos de negócio podem ser analisados como se segue:
2015 2014 2015 2014
Europa 2.514.477 1.885.709 1.905.667 1.340.577
África 1.822.627 1.694.751 1.408.900 1.287.013
América Latina 687.202 536.591 576.713 464.973 Outros, eliminações e intragrupo (168.365) (155.289) 284.864 291.211
Grupo Mota-Engil 4.855.941 3.961.761 4.176.144 3.383.773
Passivo Ativo
3. Resultados financeiros
Os resultados financeiros dos períodos de nove meses findos em 30 de setembro de 2015 e 2014 podem ser analisados como
se segue:
2015 2014
Rendimentos e ganhos financeiros
Empréstimos e contas a receber:
Juros obtidos 13.588 12.961
Descontos de pronto pagamento obtidos 644 261
Diferenças de câmbio favoráveis 6.988 4.068
Outros ativos e passivos financeiros:
Rendimentos de imóveis 794 703
Rendimentos de participações de capital - 909
Ganhos de justo valor - Instrumentos financeiros derivados 3.686
-Outros rendimentos e ganhos financeiros 2.471 1.687
28.171
20.589 Gastos e perdas financeiras
Empréstimos e contas a pagar:
Juros suportados 88.969 78.103
Descontos de pronto pagamento concedidos 536 139
Outros gastos e perdas financeiras 17.980 27.176
107.485
105.418 (79.314)
(84.829)
A rubrica “Rendimentos de imóveis” inclui, essencialmente, as rendas faturadas associadas a imóveis localizados em
Portugal.
A rubrica “Outros gastos e perdas financeiras” inclui, essencialmente, os custos com garantias bancárias, com a montagem de
empréstimos e diversas comissões e outros custos debitados por instituições financeiras.
31
4. Resultados por ação
A E
MPRESA
emitiu apenas ações ordinárias, pelo que não existem direitos especiais de dividendo ou voto.
Não se verifica no G
RUPO
qualquer situação que possa representar uma redução dos resultados por ação com origem em
opções, “warrants”, obrigações convertíveis ou outros direitos associados a ações ordinárias.
Assim, não existe dissemelhança entre o cálculo do resultado por ação básico e o cálculo do resultado por ação diluído.
Durante os períodos de nove meses findos em 30 de setembro de 2015 e 2014, não foram emitidas quaisquer ações
ordinárias. O número médio de ações ordinárias naqueles períodos foi apenas afetado pelas variações ocorridas no número
de ações próprias.
No período de nove meses findo em 30 de setembro de 2015, o
GRUPO
adquiriu 1.470.000 ações próprias, representativas de
0,7183% do seu capital social por 2,9 milhões de euros.
Nos períodos de nove meses findos em 30 de setembro de 2015 e 2014, o apuramento dos resultados por ação pode ser
demonstrado como se segue:
2015 2014
Resultado líquido consolidado do período atribuível ao Grupo (I) 16.047 49.744
Número total de ações ordinárias (II) 204.635.695 204.635.695
Número de ações próprias no final dos 9 Meses (III) 1.470.000
-Número médio ponderado de ações próprias (IV) 21.561
-Número de ações em circulação (II - IV) 204.614.134 204.635.695
Resultado por ação:
básico (I) / (II - IV) 0,078 € 0,243 €
32
5. Goodwill
A informação relativa ao goodwill, com referência ao período de nove meses findo em 30 de setembro de 2015 e ao exercício
findo em 31 de dezembro de 2014, pode ser analisada como se segue:
2014
Goodwill Imparidades do período Transferências Goodwill líquido Goodwill líquido
Europa - Engenharia e Construção
Mota-Engil Central Europe Polónia 8.629 - - 8.629 8.571 Mota-Engil Central Europe Republica Checa 1.145 - - 1.145 1.139 Outros 1.787 - - 1.787 1.787
11.561
- - 11.561 11.497
Europa - Ambiente e Serviços
Grupo Suma 9.555 - - 9.555 9.555 Grupo Tertir 100.681 - (100.681) - 100.681 Grupo EGF 41.591 - - 41.591 -Outros 1.308 - - 1.308 1.308 153.135 - (100.681) 52.454 111.544 África Cecot 1.440 - - 1.440 1.440 Mota-Engil S.Tomé 143 - - 143 143 Vista Water 1.841 - - 1.841 1.841 ME Construction South Africa 11.664 - - 11.664 3.341 15.088 - - 15.088 6.765 América Latina Empresa Construtora Brasil 4.464 - - 4.464 6.211 Consita 474 - - 474 660 4.938 - - 4.938 6.871 184.723 - (100.681) 84.041 136.677 2015
Os movimentos ocorridos no goodwill durante o período de nove meses findo em 30 de setembro de 2015 e durante o
exercício de 2014 são como se segue:
% de aquisição 2015 2014 Goodwill no início do período 136.677 133.611 Aumentos no goodwill Grupo EGF 59% 41.591 -ME Construction South Africa 100% 8.639 3.341 Consita 70% - 660 50.230 4.000 Perdas de Imparidade Ekosrodowisko - (196) Grupo Suma - (524) (720) Sol-S Internacional - (30) (30) Grupo Tertir (100.681) -(100.681) -Alterações no goodwill por atualização cambial Empresa Construtora Brasil (1.747) 70ME Construction South Africa (315)
-Mota-Engil Central Europe Polónia 57 (245)
Mota-Engil Central Europe República Checa 6 (4)
Outras (185) (6)
(2.184) (184)
Goodwill no final do período 84.041 136.677
Alterações no goodwill por variação de perímetro
33
A partir de 1 de julho de 2015, no seguimento da aquisição do subgrupo EGF, o G
RUPO
passou a consolidar o mesmo nas suas
demonstrações financeiras consolidadas pelo método integral.
No entanto, em 30 de setembro de 2015, o processo de apuramento e imputação do goodwill encontra-se em curso, pelo
que a diferença de compra abaixo apurada foi provisoriamente alocada na sua íntegra à rúbrica de goodwill.
2015
Ativos líquidos da EGF em 30 de junho de 2015 (valores provisórios) 124.015
Percentagem adquirida (95%) 117.815
Valor pago em numerário 159.406
Diferença de compra apurada 41.591
O impacto da consolidação do subgrupo EGF (incluindo a entidade que o adquiriu – S
UMA
T
RATAMENTO
) na demonstração da
posição financeira e na demonstração de resultados do G
RUPO
M
OTA
-E
NGIL
em 30 de setembro de 2015 encontra-se
detalhado na Nota 2.
6. Investimentos financeiros em empresas associadas e conjuntamente controladas
Em 30 de setembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2014, a composição dos valores referentes a investimentos financeiros
em empresas associadas e conjuntamente controladas é como se segue:
2015 2014
Empresas associadas
Grupo Obol Invest 22.860 22.651
HEPP 2 1.556
Grupo Suma associadas 2.700 2.691
Grupo SLPP - 1.804
Ibercargo (Esp) 53 34
Manvia II Condutas 813 832
Tersado - 1.116
Autopista Urbana Siervo de la Nacion 2.731 2.071
Concessionária Autopista Cardel 5.488 2.180
Concessionária Autopista Tuxpan-Tampico 8.429 8.880
Grupo Martifer - 2.079
Outros 4.352 5.851
Empresas conjuntamente controladas
Grupo Ascendi 119.914 55.039
Grupo Indaqua 24.054 21.941
TPE Paita - 32.972
191.396
161.697