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Sumário 1. ESTATÍSTICAS ECONÔMICAS E SOCIAIS: INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS...1

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Sumário

1. ESTATÍSTICAS ECONÔMICAS E SOCIAIS: INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS

... 1

1.1 INTRODUÇÃO – NÚMERO ÍNDICE...1

1.2 CONCEITOS BÁSICOS ...2

1.3 ÍNDICES DE LASPEYRES E PAASCHE... 5

1.6 ÍNDICE DE LASPEYRES MODIFICADO... 11

1.7 ÍNDICES ENCADEADOS... 12

1.8 ÍNDICES INFLATORES E DEFLATORES ECONÔMICOS... 13

1.9 DEFINIÇÃO, ESCOLHA E AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS...15

1.10 PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS...19

1.11 MEDIDAS DE DESIGUALDADE... 31 1.12 INDICADORES SINTÉTICOS...35 1.13 EXERCÍCIOS PROPOSTOS...39 1.16 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR... 47 3. MATERIAL COMPLEMENTAR ... 48

(2)
(3)

1. Estatísticas econômicas e sociais:

indicadores econômicos e sociais

1.1 Introdução – Número índice

O que é?

É um instrumento que permite mensurar as modificações nas características de um sistema e com isso é possível comparar as situações de um conjunto de variáveis em épocas ou localizações diversa.

Para que serve?

Para comparar variáveis em épocas e localidades diversas. Por exemplo, serve para comparar o custo de vida em um município durante vários anos ou comparar o custo de vida entre vários municípios do país.

Para isso, na construção ou até mesmo na escolha de um número índice deve-se conhecer algumas características.

• validade, objetividade e consistência;

• coerência e ser sensível a mudanças no tempo;

• se é centrado em aspectos práticos, claros e de fácil compreensão; • facilidade de mensuração, baseado em informações facilmente disponíveis e de baixo custo;

• relacionamento com outros indicadores, facilitando a interação entre eles.

Para que a escolha de indicadores seja coerente com os propósitos da avaliação, é necessário ter clareza sobre:

• O que avaliar? Como avaliar? Por quanto tempo avaliar? Por que avaliar? • De que elementos consta a avaliação?

• De que maneira serão expostos, integrados e aplicados os resultados da avaliação?

A clareza quanto aos aspectos acima é fundamental, pois são eles que deverão orientar a definição quanto ao tipo de indicador recomendado. Não são raros os casos em que deseja-se obter um indicador e, posteriormente, observa-se

(4)

que os dados coletados não retratam as expectativas. Por exemplo, na construção de um indicador para medir o desemprego; se não houver uma definição criteriosa do que considerar como empregado, pode-se chegar a um indicador que não reflete a realidade do fato que deseja-se conhecer.

As etapas de construção iniciais de um número índice são:

 Escolha de uma amostra. Pois dificilmente se pode operar com todos os elementos integrantes do fenômeno que se quer investigar. Veja o caso do índice de preço, deve-se escolher os produtos que serão considerados. Verificar a homogeneidade ao longo do tempo para que variações de preço não se misturem com variações de qualidade.

 Escolha do período base ou período de referência e a determinação da mudança de base.

 Escolha do método de cálculo, feita visando a finalidade do índice e a disponibilidade de dados.

Como se calcula?

Para quem vai utilizar o número índice na análise de dados é importante saber como eles foram construídos. Pois conhecendo o método de cálculo e as limitações melhor será a interpretação do fenômeno que se deseja estudar. Nas próximas seções serão descritos os métodos de cálculo de vários índices, tanto para mensurar o preço como a quantidade.

1.2 Conceitos Básicos

1.2.1 - Preço relativo

É a relação ente o preço em um determinado período e o preço em um período chamado base. O objetivo desse índice é acompanhar a evolução do preço de determinado produto.

O índice relativo de preço de um produto é definido por: 0 0) ( p p p p I t t = sendo: 0

p o preço de um produto em um período 0(ou base)

t

p o preço de um produto em um período t

Em geral, os índices são apresentados multiplicados por 100. O preço relativo de um certo período em relação ao mesmo período é sempre 1 ou 100%. Esse fato explica a

(5)

notação freqüentemente encontrada em diversas publicações econômicas, que consiste em escrever, por exemplo, base: 2000=100.

100 ) ( 0 0 * = × p p p p I t t

Para exemplificar considere os dados hipotéticos apresentados na Tabela 1.1, sobre os preços e as quantidades de dois produtos, em certa localidade, no período de 2002 a 2005.

Tabela 1.1

Dados hipotéticos sobre os preços e as quantidades vendidas de dois produtos.

O preço relativo dos dois produtos no período 2002 a 2005, tomando o ano de 2004 como base está apresentado na Tabela 1.2.

Tabela 1.2 – Preços relativos considerando o ano de 2004 como base.

O índice relativo de preço mede a evolução de preços dos produtos. O que fazer quando queremos medir a evolução dos preços de um conjunto de produtos? Ou a evolução dos preços dos bens e serviços?

(6)

1.2.2 Índice simples de preços agregados ou índice de Bradstreet

É a relação entre a soma dos preços dos produtos no período t e a soma dos preços dos

produtos no período escolhido como base.

(

)

= = = =     = = n i i n i i i it n i i n i it t p p p p p p p p I 1 0 1 0 0 1 0 1 0

sendo i= 1 ,2. ,n indicando os n produtos.

Repare que o índice é a média ponderada dos preços relativos; os ponderadores são os preços no período base.

Exemplificando com os dados da Tabela 1.1 e escolhendo o ano de 2004 novamente como base, tem-se:

Tabela 1.3 – Índice simples de preços agregados considerando o ano de 2004 como base.

1.2.3 Média aritmética dos preços relativos ou índice de Sauerbeck.

É a média aritmética simples dos preços relativos. Este é o índice de Sauerbeck.

(

)

n p p p p I n i i it t

=     = 1 0 0

Exemplificando com os dados da Tabela 1.1, escolhendo o ano de 2004 novamente como base e aproveitando os cálculos apresentados na Tabela 1.2, tem-se:

Tabela 1.4 – Média aritmética dos preços agregados considerando o ano de 2004 como base.

(7)

Nesses dois tipos de cálculo não se leva em consideração alguns aspectos econômicos:

 É tão prioritário o preço do arroz como o do feijão?

Todos os produtos têm a mesma importância relativa!!!!!!

 Alguns produtos quando têm seus preços aumentados não deixam de ser

consumidos – bens inelásticos – enquanto para outros produtos um aumento de preço significa uma grande redução do consumo – bens elásticos.

Como é possível aprimorar este cálculo?

Estabelecendo ponderadores para os relativos =>surgem os números índices ponderados => incluindo informações sobre a quantidade.

1.3 Índices de Laspeyres e Paasche

1.3.1 Índice de preço

O índice de preço de Laspeyres é a média ponderada dos relativos de preços utilizando como fatores de ponderação os valores de cada produto no período base.

Lembre-se: o valor de um produto é obtido multiplicando sua quantidade pelo seu preço. Na nossa notação: Vt = PtQt

Desse modo, o índice ponderado de preços no período t, de acordo com Laspeyres, é:

(

)

= =     = n i i i n i i i i it t L q p q p p p p p I 1 0 0 1 0 0 0 0 Simplificando:

(8)

(

)

= = = n i i i n i it i t L q p q p p p I 1 0 0 1 0 0 Repare:

• O numerador é o valor da “cesta de produtos” se fossem compradas as mesmas

quantidades do ano base a preços do ano t.

• O denominador é o valor “cesta de produtos” no ano base.

Interprete esses comentários!

Exemplificando com os dados da Tabela 1.1 e escolhendo o ano de 2004 novamente como base, tem-se:

(

)

1,44 250 360 8 20 5 18 8 30 5 24 0 = ×× ++ ×× = = p p IL t ;

ou 144,00, ou ainda crescimento dos preços de 2005 em relação a 2004 de 44%. Os índices correspondentes aos demais anos estão apresentados na Tabela 1.5.

Tabela 1.5 – Índices de preços de Laspeyres considerando 2004 como base.

O índice de preço de Paasche é construído da seguinte forma: no lugar de considerarmos as quantidades consumidas no ano base, q0, consideremos as quantidades consumidas no período t, qt.

Desse modo, o índice ponderado de preços no período t, de acordo com Paasche, é:

(9)

(

)

= = = n i it i n i it it t P q p q p p p I 1 0 1 0 ,

o que é o mesmo que:

(

)

= =     = n i it i n i it i i it t P q p q p p p p p I 1 0 1 0 0 0

É a média ponderada dos preços relativos utilizando como ponderadores a quantidade

consumida no período t a preços do ano base.

Repare:

• O numerador é o valor da “cesta de produtos” no ano base.

• O denominador é o valor “cesta de produtos” se fossem compradas as mesmas

quantidades do ano ta preços do ano base.

Interprete esses comentários!

Exemplificando com os dados da Tabela 1.1 e escolhendo o ano de 2004 novamente como base, tem-se:

(

)

1,43 248 354 7 20 6 18 7 30 6 24 p p IP 2005 2004 = = × + × × + × = ;

ou 142,74, ou ainda crescimento dos preços de 2005 em relação a 2004 de 42,74%. Os índices correspondentes aos demais anos estão apresentados na Tabela 1.6.

Tabela 1.6 – Índices de preços de Paasche considerando 2004 como base.

Comentários:

(10)

Valor do ano base e preços do ano corrente.

Informações necessárias para o cálculo do índice de Paasche: Valor do anote preços do ano base.

Interprete esses comentários!

1.3.2 Índice de quantidade

O índice relativo de quantidade de um produto é definido de forma análoga ao relativo de preço por: 0 0) ( q q q q I t t = sendo: 0

q - a quantidade de um produto em um período 0

t

q - a quantidade de um produto em um período t

Em geral os índices são apresentados multiplicados por 100.

Analogamente ao índice de preço de Laspeyres, o índice de quantidade de Laspeyres é a média ponderada dos relativos de quantidades relativas utilizando como fatores de ponderação os valores de cada produto no período base.

Desse modo, o índice ponderado de quantidade no período t, de acordo com Laspeyres,

é:

(

)

= =     = n i i i n i i i i it t L q p q p q q q q I 1 0 0 1 0 0 0 0 Simplificando:

(

)

= = = n i i i n i i it t L q p q p q q I 1 0 0 1 0 0

Analogamente ao índice de preço de Paasche, o índice de quantidade de Paasche é a média ponderada das quantidades relativas utilizando como ponderador pitqi0.

Deste modo, o índice ponderado de quantidade no período t, de acordo com Paasche, é:

(11)

(

)

= =     = n i i it n i i it i it t P q p q p q q q q I 1 0 1 0 0 0 ,

o que é o mesmo que:

(

)

= = = n i i it n i it it t P q p q p q q I 1 0 1 0

O aluno deve calcular, com base nos dados da Tabela 1.1 os índices de Laspeyres e Paasche para as quantidades.

Recomendações internacionais: SNA 93, System of National Accounts, § 16.11 e § 16.12

Um índice de volume é uma média de variações relativas nas quantidades de um determinado conjunto de bens e serviços entre dois períodos temporais. As quantidades comparadas devem ser homogêneas, enquanto as variações para os diferentes bens e serviços devem ser ponderadas tendo em conta a sua importância econômica medidas pelos respectivos valores num, ou noutro, ou em ambos os períodos. O conceito de índice de volume pode ser ilustrado através de um exemplo simples. Considerando uma atividade que produz dois modelos diferentes de automóveis, e sendo um vendido pelo dobro do preço do outro. de um ponto de vista econômico estamos perante dois produtos diferentes embora sejam ambos genericamente designados como "automóveis". Assume-se que entre dois períodos temporais:

(a) O preço de cada modelo permaneceu constante;

(b) O número total de automóveis produzidos permaneceu constante; (c) A proporção de automóveis com o preço mais elevado passou de 50 por cento para 80 por cento.

Em conseqüência o valor da produção cresceu 20 por cento resultante da maior proporção dos modelos de preço mais elevado. Isto representa um crescimento em volume de 20 por cento. Como cada automóvel dos mais caros representa um valor de produção duas vezes superior a cada automóvel dos mais baratos, uma modificação da produção em favor dos automóveis mais caros aumenta o volume da produção embora o número total de automóveis produzidos não se altere. O fato de o aumento de valor ser inteiramente atribuído a um aumento em volume decorre igualmente de não se ter verificado qualquer alteração no preço de ambos os modelos. Nestas circunstâncias , o índice de preços permanece constante.

A expressão "crescimento em volume" é preferível a "crescimento em quantidade", porque existe alguma ambigüidade nesta última. Argumenta-se algumas vezes que, na

(12)

situação descrita no exemplo, as quantidades não se alteram (porque o número total de automóveis permanece constante) embora a qualidade média dos automóveis produzidos aumente (em conseqüência do aumento da proporção dos automóveis mais caros). Todavia, esta interpretação baseia-se numa confusão semântica, visto que a mesma designação genérica de "automóvel" é aplicada a dois produtos que na realidade são bastante diferentes do ponto de vista econômico. Não é legítimo adicionar quantidades que não sejam idênticas umas às outras mesmo quando elas podem ser medidas nas mesmas unidades físicas. Adicionar modelos de automóveis completamente diferentes não tem um significado maior do que somar quantidades de "produtos alimentares" diferentes, por exemplo a soma de toneladas de arroz com toneladas de batatas ou de carne de bovino. Em geral não é possível desagregar uma variação em volume em termos de variação de quantidade e variação de qualidade média. A expressão "índice de quantidade" não tem significado do ponto de vista econômico se se referir a somas de quantidades que não são comensuráveis. Todavia, com objetivos diferentes como, por exemplo o carregamento de aviões, barcos ou viaturas a soma das quantidades pode ser uma informação importante. De igual modo, para fins de controlo do tráfego ou da poluição, pode ser útil conhecer o aumento do número total de veículos produzidos ou importados, independentemente do seu preço. Contudo estes dados não são medidos em volume do ponto de vista econômico.

1.3.3 Relação entre Laspeyres e Paasche

O índice de Paasche é maior que o de Laspeyres se os preços e quantidades tenderem a se mover na mesma direção entre os períodos 0 e t; o índice de Laspeyres é maior se os preços e quantidades tenderem a se mover em direções contrárias.

Definindo a correlação entre preço e quantidade como ρ temos que:

(

)

(

)

(

)

(

)

(

)

= = = − − − − = = n i i n i i n i i i Q Q P P Q Q P P Q Var P Var Q P Cov 1 2 1 2 1 ) ( ) ( , ρ

Pode-se observar que quando:  ρ > 0 quando IP > IL  ρ < 0 quando IL > IP

No nosso exemplo os índices de Laspeyres ficaram maiores do que de Paasche.

O aluno deve interpretar esse resultado com base na teoria acima.

(13)

1.6 Índice de Laspeyres modificado

O índice de Laspeyres pode ser escrito da seguinte forma:

(

)

⋅ =     =     =

= = = =       ponderação de base 1 0 0 0 0 1 comparação de base 0 1 0 0 1 0 0 0 0 n i i i i i n i i it n i i i n i i i i it t L q p q p p p q p q p p p p p I  ponderação de base 0 1 comparação de base 0 w p p n i i it     =

=

Uma formulação para o índice de Laspeyres modificado é construído de modo que a base de comparação é móvel enquanto que a base de ponderação continua fixa no tempo.

(

)

 ⋅ =       =

= = −       ponderação de base 1 0 0 0 0 1 comparação de base 1 , , 0 mod n i i i i i n i it t i t L q p q p p p p p I  ponderação de base 0 1 comparação de base 1 , , w p p n i it t i         =

= 

Esse índice é recomendado pelo Manual das Nações Unidas que rege a metodologia das Contas Nacionais. O Sistema de Contas Nacionais brasileiro segue, no cálculo de suas contas a preços constantes, as recomendações internacionais divulgadas no manual System of National Accounts - SNA publicado em 1993. Estas recomendações indicam a construção de contas a preços do ano imediatamente anterior mudando a recomendação de que se construíssem as séries de contas a preços de um ano fixo. Exemplificando com os dados da Tabela 1.1 e utilizando o ano 2004 como base, a série de índices de preços de Laspeyres modificado é:

(14)

250 90 8 20 5 18 5 18 ponderação de base 1 0 0 10 10 0 , 1 = = + =

= x x x q p q p w n i ii  e 250 160 8 20 5 18 8 20 ponderação de base 1 0 0 20 20 0 , 2 = = + =

= x x x q p q p w n i i i   

Na Tabela 1.11 apresenta-se os cálculos para os diversos anos do índice de Laspeyres modificado.

Tabela 1.11 – Índices de preços de Laspeyres modificado.

1.7 Índices Encadeados

Na seção anterior vimos que o índice de Laspeyres modificado é construído com a base de comparação alterada período a período. Deste modo temos uma série de índices base móvel e estes índices precisam ser encadeados para que se torne possível encontrar a variação correspondente a vários períodos. Na realidade qualquer um dos índices apresentados anteriormente podem ser construído com a base móvel. De todo modo, os índices construídos desse modo precisam ser encadeados.

Construção de uma série encadeada:

1º passo: Construção dos índices em elos – índice base móvel utilizando, por exemplo, a formulação de Laspeyres modificado.

t t I I

I0,1; 1,2; 1,

2º passo: Construção de um índice em cadeia com objetivo de fixar um período como base. Aqui o critério da circularidade, que será estudado na seção 2.9, é importante.

(15)

j t j C I I

Π

= = 1 De modo que: 1 , 0 1 , 0 I I = 2 , 1 1 , 0 2 , 0 I I I = ⋅ 3 , 2 2 , 1 1 , 0 3 , 0 I I I I = ⋅ ⋅ t t t I I I I I0, = 0,11,22,3⋅⋅ 1,

Os índices construídos por encadeamento somente coincidem com os índices de base fixa quando a fórmula utilizada satisfaz a propriedade circular.

O encadeamento é obtido fazendo o ano de 2004 igual a 100 (ano definido como base). Para obter os índices dos anos anteriores basta dividir pelo indicador base móvel calculado com a formulação Laspeyres modificado e para obter os índices dos anos futuros basta multiplicar os índices base móvel.

Exemplificando com os dados da Tabela 1.1, utilizando o ano 2004 como base e a série de índices de preços de Laspeyres modificado apresentado na Tabela 1.11 tem-se:

Tabela 1.12 – Série encadeada dos índices de preços de Laspeyres modificado considerando o ano de 2004 como base.

1.8 Índices inflatores e deflatores econômicos

1.8.1 Índice de valor

É interessante verificar que o índice de preço de Laspeyres multiplicado pelo índice de quantidade de Paasche produz o índice de valor:

(16)

( )    0 1 0 0 1 0 q t p L I n i i i n i i it q p q p

= = × ( )    0 1 0 1 q t q P I n i i it n i it it q p q p

= =    valor em Variação n i i i n i it it q p q p 1 0 0 1

= = =

Analogamente, o produto do índice de quantidade de Laspeyres com o índice de preço de Paasche produz o índice de valor.

1.8.2 Deflator

O que é o deflator da economia? - É o índice de preço.

Para que serve?

- Para uniformizar unidades de medidas permitindo comparar moeda em épocas distintas.

Exemplificando com os dados da Tabela 1.1. O gasto em 2004 foi de R$ 250,00 250 160 90 8 20 5 18 2004 = × + × = + = Valor e o gasto em 2005 foi de R$ 354,00. 354 210 144 7 30 6 24 2005 = × + × = + = Valor

Como o índice de preço de Laspeyres de 2005 em relação à 2004 foi de 144, ou seja, os preços ficaram 44% maiores em 2005 em relação à 2004. Logo,

o valor de 2005 a preços de 2004 é: 245,83 44 , 1 354 = ; isto é R$245,83. 1.8.3 Interpretação Econômica

Valor nominal ou valor corrente é o valor do bem ou serviço no ano. O valor para o ano t é: Vt = PtQt

Valor constante é o valor do ano t a preços do ano t−1.

O valor do produto no ano t a preços do ano t−1: Vt/t−1= Pt−1⋅Qt

(17)

Valor nominal ou valor corrente no ano anterior é: 1 1 1 − − − = tt t P Q V

Passando do período 0 para o período t

Seja o valor nominal em 0, V0 = P0⋅Q0. Multiplicando o valor na época 0 pelo índice de quantidade do período de 0 a t, IQ( t0,), obtém-se o valor constante em t que é o valor do ano considerando os preços praticados no ano 0. Vt/0 = P0Qt.

Multiplicando o valor constante na época t pelo índice de preço no período de 0 a t,

) , 0 ( t

P

I , obtém-se o valor corrente em t. Vt = PtQt

Exemplificando com os dados da Tabela 1.1 e utilizando os índices de preços de Laspeyres modificado calculados na Tabela 1.12, tem-se:

Tabela 1.13 – Valor corrente e valor constante.

O valor do ano t a preços do ano anterior, t−1, valor constante, foi obtido por

deflação. Dividiu-se o valor corrente do ano t pelos índices de preços obtidos com a

formulação de Laspeyres modificado. Observa-se que os índices de quantidade foram obtidos de forma implícita.

1.9 Definição, escolha e avaliação da qualidade de

indicadores econômicos e sociais

1.9.1 Propriedades desejáveis dos números índices 1. Identidade

1

,t = t I

O número índice deve ser sempre igual à unidade quando a época t for o próprio

(18)

2. Reversibilidade no tempo s r r s I I , , = 1

Em termos práticos esta propriedade eqüivale à afirmação de que se, por exemplo,

houve um acréscimo de 25% ente os períodos r es; haverá uma queda de 20% entre

os períodos s et. 3. Circularidade ou encadeamento 3 , 2 2 , 1 3 , 1 I I I = ⋅

Em termos práticos esta propriedade eqüivale à afirmação de que, se houve acréscimo de preços (ou quantidades) nas épocas intermediárias, o acréscimo de todo o período pode ser obtido multiplicando os acréscimos intermediários. Quando este critério é satisfeito a mudança de base é simples.

4. Decomposição das causas

t t

t P Q

V0, = 0,0,

Esta propriedade eqüivale à afirmação de que se os valores aumentaram, por exemplo, 56%, e se a variação de preços revelar um crescimento de 30%, o número índice de quantidade deverá acusar um crescimento de 20%.

Os relativos de preços (ou quantidades) possuem todas essas propriedades. Exemplo: 1. = 1 t t p p 2.

(

)

[

(

1 2

)

]

1 1 2 1 1 2 1 2 − − =     = = I p p p p p p p p I 3.

(

)

[

(

2 1

) (

3 2

)

]

2 3 1 2 1 3 1 3 p I p p I p p p p p p p p p I = = ⋅ = ⋅ 4.

(

) (

)

(

2 1

)

1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 I v v v v q q p p q q I p p I = ⋅ = =

Já com os índices agregados não acontece a mesma coisa.

A Tabela 1.14 mostra como cada índice agregado se comporta face às propriedades desejáveis.

Tabela 1.14 – Propriedades dos índices ponderados.

(19)
(20)

1.9.2 Base fixa ou Base Móvel? O que é melhor?

A Tabela 1.15 apresenta as vantagens e desvantagens dos dois procedimentos. Tabela 1.15 – Vantagens e desvantagens dos índices base fixa e base móvel.

1.9.3 Mudança de base

A mudança de base é realizada dividindo-se cada índice da série original pelo número índice correspondente à nova época base. Este método só é válido para os índices que satisfazem à propriedade circular.

Exemplificando com os dados apresentados na Tabela 1.16. Tabela 1.16 – Série base fixa 2000 = 100.

O procedimento utilizado para alterar o período base é dividir toda a série pelo índice respectivo do novo ano base.

Suponha que o novo ano base será 2004. Então precisamos dividir todos os índices acima por 120, que era o índice correspondente ao ano 2004. Desse modo tem-se:

(21)

Tabela 1.17 – Série base fixa 2004 = 100.

Este mesmo procedimento é utilizado quando queremos conjugar duas séries de números índices com ano base diferente em uma única série.

1.10 Principais indicadores econômicos e sociais

1.10.1 O índice de custo de vida

Como o próprio nome diz, este índice serve para medir o quanto as variações de preços dos bens e serviços consumidos afetam o orçamento de uma família.

Ele é calculado fazendo uma média ponderada dos relativos de preços desses bens e

serviços. O fator de ponderação desta média é a proporção ( )θi das despesas com cada

um dos produtos consumidos em relação às despesas totais de uma família.

O índice de custo de vida de um dado mês 1 em relação ao mês anterior 0 é dado por:

1 1 0 1 0 ( / ) n i CV i i i p I p p p θ = =

sendo: 1 1 n i i θ = =

Como são obtidos os pesos θi?

Os fatores de ponderação θi são obtidos através de uma pesquisa de orçamentos

familiares. Determina-se a população de famílias cujo custo de vida estamos interessados em medir. É selecionada uma amostra de famílias e, para cada uma das famílias selecionadas, são registradas todas as despesas com bens (alimentos, vestuário, medicamentos, material escolar, artigos de limpeza etc.) e serviços (médico, educação transportes, aluguel etc.) realizadas durante um certo período.

(22)

Cada θi é calculado dividindo-se o a média de todos os valores gastos com determinado

produto pelo valor médio das despesas totais por família. Deste modo θi é o peso e

reflete importância relativa de cada produto no consumo familiar e, é claro, irá depender da renda familiar.

Por isso que as despesas com alimentação têm peso grande no orçamento das famílias mais carentes. Nestes casos o denominador está praticamente todo comprometido com este tipo de gasto.

A introdução de novos produtos na cesta − por exemplo, há 10 anos despesas com

telefonia celular eram praticamente nulas − e a exclusão de alguns produtos, como o

gasto com disco de vinil, é dinâmica, esta pesquisa de orçamentos familiares deve ser refeita periodicamente, para que os pesos, θi, sejam sempre atualizados.

Os índices de custo de vida que estão no mercado e que utilizaram a pesquisa de orçamentos familiares feita pelo IBGE, POF, utilizam esta ponderação com base nos anos de 1995/1996. Até o fim deste ano o IBGE divulga a nova POF com base nas despesas familiares dos anos de 2002/2003. Cada vez que uma nova POF é divulgada, os ponderadores dos índices são atualizados.

No Brasil, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) publica mensalmente, na revista Conjuntura Econômica, índices de custo de vida para várias capitais do país. O DIEESE

− Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos − publica o

índice de custo de vida da família assalariada, para três estratos de renda, para São Paulo.

Exemplificando, se as despesas com determinado remédio representam, em média, 5%

do orçamento doméstico (θi = 0,05), e o preço desse remédio sofre um acréscimo de

20% 1

0

(p 0, 2)

p = , o índice de custo de vida apresentará um acréscimo, mantidos

constantes os preços dos outros itens do orçamento familiar, de: 0,05 X 0,2 = 0,01, ou seja crescimento de 1% dos preços desta família.

1.10.2 Principais índices/indicadores econômicos e sociais Contas Nacionais Trimestrais

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/pib/defaultcnt.shtm

Acesso em 10/10/2008

Apresenta os valores correntes e os índices de volume (1995=100) trimestralmente para o Produto Interno Bruto a preços de mercado, impostos sobre produtos, valor adicionado a preços básicos, consumo pessoal, consumo do governo, formação bruta de capital fixo, variação de estoques, exportações e importações de bens e serviços. São calculadas duas séries de números-índices: a com base no ano anterior e a encadeada com referência em 2000 (1995 = 100). A série encadeada é ajustada sazonalmente pelo

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X12-ARIMA possibilitando o cálculo das taxas de variação em relação ao trimestre imediatamente anterior.

No IBGE, a pesquisa foi iniciada em 1988 e reestruturada a partir de 1998, quando os seus resultados foram integrados ao Sistema de Contas Nacionais, de periodicidade anual.

Em 2007, continuando a compatibilidade com o Sistema anual, as Contas Nacionais Trimestrais também foram reformuladas, passando para a referência 2000.

As ponderações anuais são obtidas a partir deste novo sistema de contas. Periodicidade: Trimestral

Abrangência geográfica: Brasil

Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF – POF 1995-1996

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pof/default.shtm

Acesso em 08/10/2008

A Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF é uma pesquisa domiciliar por amostragem, que investiga informações sobre características de domicílios, famílias, moradores e principalmente seus respectivos orçamentos, isto é, suas despesas e recebimentos.

A pesquisa busca mensurar, a partir de amostras representativas de uma determinada população, a estrutura de gastos (despesas), os recebimentos (receitas) e as poupanças desta população.

Tais informações sobre as unidades familiares permitem estudar inúmeros e importantes aspectos da economia nacional e como exemplos podemos citar a composição dos gastos familiares, disparidades regionais e entre áreas urbanas, e a dimensão do mercado para grupos de produtos e serviços.

Além disso, a pesquisa permite obter informações que se direcionam a resultados de quantidades de alimentos e bebidas adquiridas com dispêndio - gasto monetário - para consumo domiciliar.

Entre os objetivos da pesquisa, podemos destacar sua utilização na atualização das estruturas de ponderações dos índices de preços ao consumidor, produzidos pelo IBGE e outras instituições.

Os dados também podem ser utilizados para traçar perfis de consumo das famílias, atender demandas relacionadas ao cálculo do Produto Interno Bruto no que diz respeito ao consumo das famílias e diversos estudos relacionados ao planejamento econômico e social e aos aspectos nutricionais da população.

Sua realização teve a duração de 12 meses de coleta no campo.

Assim, o levantamento dos dados contempla todas as épocas do ano, permitindo que os resultados reflitam um padrão médio anual.

A abrangência geográfica da POF compreendeu os domicílios particulares permanentes, localizados no perímetro urbano, das regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, além do Distrito Federal e o município de Goiânia. No total das áreas foram selecionados e visitados 19.816 domicílios sendo que, para cada uma das onze áreas, o número de domicílios variou entre 1.177 e 2.398, de acordo com a menor ou maior dispersão da renda, que foi a variável básica para a seleção da amostra.

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Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF 2002-2003

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pof/2002analise/def ault.shtm

Acesso em 08/10/2008

A Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003 teve por objetivo fornecer informações sobre a composição dos orçamentos domésticos, a partir da investigação dos hábitos de consumo, da alocação de gastos e da distribuição dos rendimentos, segundo as características dos domicílios e das pessoas. A POF investigou também a auto percepção das condições de vida da população brasileira.

Dando prosseguimento à divulgação das informações da pesquisa, o IBGE apresenta, nesta publicação, os resultados referentes às quantidades de alimentos e bebidas adquiridas por ano pelas famílias para consumo no domicílio, por diferentes detalhamentos geográficos, classes de rendimentos e formas de aquisição, que constituem valioso referencial para o desenvolvimento de estudos sobre pobreza, segurança alimentar e nutricional, disponibilidade de alimentos para consumo, entre outros. São apresentados, ainda, os conceitos e definições das variáveis investigadas pela pesquisa, os procedimentos utilizados na coleta e tratamento das informações, bem como a descrição do modelo metodológico aplicado para cálculo das estimativas das quantidades adquiridas per capita.

Pesquisa Mensal de Emprego

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/de fault.shtm

Acesso em 09/09/2008

Produz indicadores mensais sobre a força de trabalho que permitem avaliar as flutuações e a tendência, a médio e a longo prazos, do mercado de trabalho, nas suas áreas de abrangência, constituindo um indicativo ágil dos efeitos da conjuntura econômica sobre esse mercado, além de atender a outras necessidades importantes para o planejamento socioeconômico do País. Abrange informações referentes à condição de atividade, condição de ocupação, rendimento médio nominal e real, posição na ocupação, posse de carteira de trabalho assinada, entre outras, tendo como unidade de coleta os domicílios.

A pesquisa foi iniciada em 1980, sendo submetida a uma revisão completa em 1982 e duas parciais, de vulto, em 1988 e 1993, por meio das quais foram realizados ajustamentos restritos somente ao plano de amostragem. Em 2001, passou por um amplo processo de revisão metodológica visando não só à captação mais abrangente das características de trabalho e das formas de inserção da mão-de-obra no mercado produtivo, como também à atualização da cobertura temática da pesquisa e sua adequação às mais recentes recomendações da Organização Internacional do Trabalho – OIT.

As principais alterações metodológicas introduzidas nesta revisão referem-se à implementação de mudanças conceituais no tema trabalho; ampliação da investigação com vistas ao melhor conhecimento da população ocupada e da população à procura de trabalho, entendendo-se como tal a tomada de providências efetivas para consegui-lo, tais como: contato estabelecido com empregadores, prestação de concurso, inscrição em

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concurso, consulta a agência de emprego, sindicato ou órgão similar, entre outras; além de alterações nos instrumentos e nos procedimentos de coleta, ressaltando-se, neste caso, a introdução da coleta eletrônica, bem como alterações no processo de expansão da amostra. A revisão tornou possível o aprofundamento da investigação e a agregação de alguns aspectos adicionais, permitindo estudos acerca de temas específicos, que contemplam características demográficas, sociais e econômicas do mercado de trabalho. Periodicidade: Mensal

Abrangência geográfica: Regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.

Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/pimes/default.shtm

Acesso em 09/09/2008.

A Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário produz indicadores de curto prazo relativos ao comportamento do emprego e dos salários nas atividades industriais, sobre pessoal ocupado assalariado, admissões, desligamentos, número de horas pagas e valor da folha de pagamento em termos nominais (valores correntes) e reais (deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA), tendo como unidade de coleta as empresas que possuem unidades locais registradas no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ, e reconhecidas como industriais pelo Cadastro Central de Empresas do IBGE.

A pesquisa foi iniciada em 1968 com o nome de Pesquisa Industrial Mensal – Dados Gerais. Em 1997, passou a ser denominada Pesquisa Industrial Mensal - Emprego, Salários e Valor da Produção. A partir de 2001 a pesquisa foi reformulada, deixando de levantar informações relativas ao valor da produção industrial e passando a ser denominada Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário.

Periodicidade: Mensal

Abrangência geográfica: Brasil, regiões Norte, Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul, Pernambuco, Ceará, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Pesquisa Mensal de Comércio

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/comercio/pmc/default.shtm

Acesso em 09/09/2008.

A Pesquisa Mensal de Comércio produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista no país, investigando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, e cuja atividade principal é o comércio varejista. A pesquisa foi iniciada em janeiro de 1995, apenas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, produzindo indicadores de faturamento real e nominal, pessoal ocupado e salários e outras remunerações. A partir de 1997, a pesquisa foi expandida para as Regiões Metropolitanas de Recife e Salvador. A versão da pesquisa com abrangência nacional teve início no ano 2000, produzindo indicadores de volume e nominal, desagregados em cinco grupos de atividades, para o Brasil e os Estados do Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e Distrito Federal. Para as demais unidades da federação, são divulgados indicadores para o comércio

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varejista, sem desagregação. A partir de janeiro de 2004 iniciou-se a série da pesquisa, com base 2003=100. O segmento "Demais artigos de uso pessoal e doméstico" foi desagregado, iniciando a série de indicadores para os segmentos de "Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos", "Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação", "Livros, jornais, revistas e papelaria" e "Outros artigos de uso pessoal e doméstico". A série 2003=100 expande a abrangência dos indicadores incluindo o comércio de material de construção e dá inicio a série de índices do Comércio Varejista Ampliado, que agrega, aos índices do varejo, as atividades "Veículos, motocicletas, partes e peças" e "Material de construção", que incluem o ramo atacadista.

Periodicidade: Mensal

Abrangência geográfica: Brasil e Unidades da Federação

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA e Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/defaultinpc.shtm

Acesso em 09/09/2008.

O Sistema Nacional de Preços ao Consumidor - SNIPC efetua a produção contínua e sistemática de índices de preços ao consumidor, tendo como unidade de coleta estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, concessionária de serviços públicos e domicílios (para levantamento de aluguel e condomínio). O período de coleta do INPC e do IPCA estende-se, em geral, do dia 01 a 30 do mês de referência. A população-objetivo do INPC abrange as famílias com rendimentos mensais compreendidos entre 1 (hum) e 6 (seis) salários-mínimos, cujo chefe é assalariado em sua ocupação principal e residente nas áreas urbanas das regiões; a do IPCA abrange as famílias com rendimentos mensais compreendidos entre 1 (hum) e 40 (quarenta) salários-mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos, e residentes nas áreas urbanas das regiões. Também são produzidos indexadores com objetivos específicos, como é o caso atualmente do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial - IPCA-E. A partir do mês de maio de 2000, passou a disponibilizar através da Internet o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 - IPCA-15. Outros índices foram divulgados nos seguintes períodos: Índice de Preços ao Consumidor - IPC (março de 1986 a fevereiro de 1991); Índice de Reajuste de Valores Fiscais - IRVF (junho de 1990 a janeiro de 1991); Índice da Cesta Básica - ICB (agosto de 1990 a janeiro de 1991); Índice de Reajuste do Salário-Mínimo - IRSM (janeiro de 1992 a junho de 1994); Índice Nacional de Preços ao Consumidor Especial - INPC-E (novembro de 1992 a junho de 1994); Índice de Preços ao Consumidor série r - IPC-r (julho de 1994 a junho de 1995). A pesquisa foi iniciada em 1979.

Periodicidade: Mensal

Abrangência geográfica: Regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, Brasília e município de Goiânia

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial - IPCA-E

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipcae/default.shtm

Acesso em 09/09/2008.

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O Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor - SNIPC efetua a produção contínua e sistemática de índices de preços ao consumidor, tendo como unidade de coleta estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, concessionária de serviços públicos e domicílios (para levantamento de aluguel e condomínio).

O período de coleta do IPCA-E estende-se, em geral, do dia 16 do mês anterior ao dia 15 do mês de referência

A população-objetivo do IPCA-E abrange as famílias com rendimentos mensais compreendidos entre 1 (hum) e 40 (quarenta) salários-mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos, e residentes nas áreas urbanas das regiões.

Também são produzidos o Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA. A partir do mês de maio de 2000, passou a disponibilizar através da Internet o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 - IPCA-15.

Outros índices foram divulgados nos seguintes períodos: Índice de Preços ao Consumidor - IPC (março de 1986 a fevereiro de 1991); Índice de Reajuste de Valores Fiscais - IRVF (junho de 1990 a janeiro de 1991); Índice da Cesta Básica - ICB (agosto de 1990 a janeiro de 1991); Índice de Reajuste do Salário-Mínimo - IRSM (janeiro de 1992 a junho de 1994); Índice Nacional de Preços ao Consumidor Especial - INPC-E (novembro de 1992 a junho de 1994); Índice de Preços ao Consumidor série r - IPC-r (julho de 1994 a junho de 1995).

A produção do IPCA-E foi iniciada em 1991. Periodicidade: Trimestral

Abrangência geográfica: Regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, Brasília e município de Goiânia

Índice Nacional de Preços ao Consumidor - IPCA-15

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipca15/defaultipca15.shtm

Acesso em 09/09/2008.

O Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor-SNIPC efetua a produção contínua e sistemática de índices de preços ao consumidor, tendo como unidade de coleta estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, concessionária de serviços públicos e domicílios (para levantamento de aluguel e condomínio).

A partir do mês de maio de 2000, passou a disponibilizar através da Internet o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 - IPCA-15, cujo período de coleta de preços situa-se, aproximadamente, do dia 15 do mês anterior a 15 do mês de referência. A população-objetivo do IPCA-15 abrange as famílias com rendimentos mensais compreendidos entre 1 (hum) e 40 (quarenta) salários-mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos, e residentes nas áreas urbanas das regiões.

Também são produzidos o Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, e indexadores com objetivos específicos, como é o caso atualmente do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial- IPCA-E. O IPCA-15 coincide com as parcelas mensais do IPCA-E que é publicado com periodicidade trimestral.

Outros índices foram divulgados nos seguintes períodos: Índice de Preços ao Consumidor - IPC (março de 1986 a fevereiro de 1991); Índice de Reajuste de Valores Fiscais - IRVF (junho de 1990 a janeiro de 1991); Índice da Cesta Básica - ICB (agosto

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de 1990 a janeiro de 1991); Índice de Reajuste do Salário-Mínimo - IRSM (janeiro de 1992 a junho de 1994); Índice Nacional de Preços ao Consumidor Especial - INPC-E (novembro de 1992 a junho de 1994); Índice de Preços ao Consumidor série r - IPC-r (julho de 1994 a junho de 1995).

A publicação do IPCA-15 foi iniciada em 2000. Periodicidade: Mensal

Abrangência geográfica: Regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, Brasília e município de Goiânia.

Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - SINAPI

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/sinapi/default.shtm

Acesso em 09/09/2008.

O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil-SINAPI efetua a produção de custos e índices da construção civil, a partir do levantamento de preços de materiais e salários pagos na construção civil, para o setor habitação. A partir de 1997 ocorreu a ampliação do Sistema, que passou a abranger o setor de saneamento e infra-estrutura. Tem como unidade de coleta os fornecedores de materiais de construção e empresas construtoras do setor. Para os dados sobre saneamento e infra-estrutura estão disponíveis somente os relativos a preços. A pesquisa foi iniciada em 1969 para o setor de habitação e em 1997, para o de saneamento e infra-estrutura.

Periodicidade: Mensal

Abrangência geográfica: Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação. Censos Demográficos

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/default_censo_2000.shtm

Acesso em 09/09/2008.

Os censos populacionais produzem informações imprescindíveis para a definição de políticas públicas e a tomada de decisões de investimento, sejam eles provenientes da iniciativa privada ou de qualquer nível de governo, e constituem a única fonte de referência sobre a situação de vida da população nos municípios e em seus recortes internos, como distritos, bairros e localidades, rurais ou urbanas, cujas realidades dependem de seus resultados para serem conhecidas e terem seus dados atualizados. A realização de um levantamento como o Censo Demográfico 2000 representa o desafio mais importante para um instituto de estatística, sobretudo em um país de dimensões continentais como o Brasil, com 8 514 215,3 km2, composto por 27 Unidades da Federação e 5 507 municípios existentes na data de referência da pesquisa, abrangendo um total de 54 265 618 de domicílios pesquisados.

Para garantir a confiabilidade de seus resultados e alcançar os melhores níveis de qualidade e transparência em todas as etapas de execução do Censo 2000, foram utilizadas modernas tecnologias, como o mapeamento digital dos municípios com mais de 25 mil habitantes, escaneamento e leitura ótica dos questionários, controles gerencial e operacional via Internet, entre outras inovações tecnológicas que possibilitaram aos usuários dos dados censitários e à sociedade, em geral, o acompanhamento de cada etapa da operação e o acesso aos resultados em curto prazo, por meio das mais modernas mídias de comunicação e disseminação de informações.

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No âmbito internacional, a realização do Censo 2000 significou, ainda, a consolidação dos laços estatísticos entre os países do Mercosul Ampliado, que inclui os membros do Mercosul - Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai - além de Bolívia e Chile, tendo como objetivo a padronização de conceitos e classificações visando homogeneizar e fortalecer os sistemas estatísticos nacionais e criar uma base de dados comum aos censos dos seis países.

A divulgação do Censo 2000 procurou levar a cada segmento de usuários as mídias mais apropriadas - publicações impressas, Internet e arquivos digitais - fazendo uso de maneira intensiva de modernas tecnologias, e seus resultados revelam as principais características demográficas e socieconômicas da população brasileira no início do novo milênio.

Periodicidade: Decenal

Abrangência geográfica: Brasil, Grandes Regiões, Unidades da Federação e Municípios.

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/trabalhoerendimento/pnad2006/defa ult.shtm

Acesso em 09/09/2008.

Apresenta às características gerais da população, migração, educação, trabalho, famílias, domicílios e rendimento.

Periodicidade: Anual

Abrangência geográfica: Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação. Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária – AMS

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/ams/2005/default.sh tm

Acesso em 09/09/2008.

A Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária investiga todos os estabelecimentos de saúde existentes no País que prestam assistência à saúde individual ou coletiva, públicos ou privados, com ou sem fins lucrativos, em regime ambulatorial ou de internação, incluindo aqueles que realizam exclusivamente serviços de apoio à diagnose e terapia e controle regular de zoonoses, com o objetivo básico de revelar o perfil da capacidade instalada e da oferta de serviços de saúde no Brasil.

Disponibiliza dados relativos ao número de estabelecimentos de saúde, por esfera administrativa, condição de funcionamento, categoria e tipo de atendimento; serviços oferecidos por modalidade de agente financiador (SUS, particular e convênio); pessoal ocupado; leitos existentes nos estabelecimentos com internação; volume de internações; além de informações sobre os equipamentos médico-hospitalares em condições de uso nos estabelecimentos investigados, segundo as Grandes Regiões, Unidades da Federação e Municípios das Capitais. Permite, também, conhecer a evolução dos estabelecimentos de saúde e dos leitos existentes no País, no período de 1976 - data de início dos primeiros resultados sob a responsabilidade do IBGE - a 2005.

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Censo Escolar - Sinopse estatística da educação básica

http://www.publicacoes.inep.gov.br/arquivos/%7B4B04844B-CEEB-4409-A421-B5CE4603A6D4%7D_01.pdf

Acesso em 09/09/2008.

O Censo Escolar é uma pesquisa declaratória realizada anualmente, mediante questionário próprio nos estabelecimentos escolares da educação básica, sejam eles públicos ou privados. Os dados estatísticos levantados pelo Censo Escolar referem-se às diferentes etapas e modalidades da educação básica, a saber:

educação infantil, ensinos fundamental e médio, educação especial, educação profissional, educação de jovens e adultos e educação profissional de nível técnico. Participam do levantamento dos dados as escolas que são a unidade básica de informação e as Secretarias Municipais e Estaduais de Educação, responsáveis pelas etapas de coleta, digitação e tabulação dos dados.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), por intermédio de sua Diretoria de Estatísticas da Educação Básica (Deeb), coordena todo o processo de operacionalização do Censo Escolar em conjunto com os demais atores envolvidos, consolidando os resultados finais com vista à sua publicação no Diário Oficial da União e à divulgação das informações estatísticas.

Índices Gerais de Preços – IGPs

http://www.fgv.br/dgd/asp/dsp_IGP_DI_10_M.asp

Acesso em 15/10/2008.

O mês de novembro de 1947 representou um marco importante na divulgação de indicadores de preços no Brasil. Naquela data publicou-se, ainda em forma de "boletim mensal", o primeiro número de Conjuntura Econômica, que iniciou a divulgação de indicadores e estudos econômicos produzidos pelo Núcleo de Economia (mais tarde, Instituto Brasileiro de Economia). No primeiro número de Conjuntura Econômica foram publicados os índices de preços de títulos públicos e ações, preços por atacado, preços de gêneros alimentícios no varejo e custo de vida, além do índice geral de preços que serviria como deflator do índice de negócios, todos com retroação a janeiro de 1944. Até 1949 o índice geral de preços era calculado como média do índice de preços por atacado e índice de custo de vida no Rio de Janeiro. A partir de 1950 passou a contar com mais um componente: o índice de custo da construção no Rio de Janeiro.

A escolha dos três componentes da "coluna 2" se deve ao fato dessas três atividades (comercialização atacadista, preços de varejo e construção civil) representarem o conjunto de operações realizadas no País. A ponderação representa a importância relativa de cada tipo de operação na formação da despesa interna bruta: produção, transporte e comercialização de bens de consumo e de produção (representados pelo IPA): 60%; valor adicionado pelo setor varejista e pelos serviços de consumo (representados pelo índice do custo de vida): 30%; e valor adicionado pela indústria da construção civil: 10%.

Até 1969, a Revista Conjuntura Econômica publicou um grupo de índices cuja denominação era EVOLUÇÃO DOS NEGÓCIOS. Esse grupo era composto por três índices:

COL. 1 - VALOR DOS NEGÓCIOS: média simples dos índices de venda e cheques compensados;

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COL. 2 - PREÇOS: média ponderada dos Índices de Preços por Atacado (peso 6), Custo de Vida na Guanabara (peso 3) e, a partir de 1950, Custo da Construção na Guanabara (peso 1); e

COL 3 - VALOR REAL DOS NEGÓCIOS: valor dos negócios deflacionados pelos preços.

As colunas 1 e 3 deixaram de ser publicadas em abril de 1968. A coluna 2 (PREÇOS) mudou sua denominação para Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) em novembro de 1969.

Quando se introduziu a correção monetária no Brasil, esse índice (COL. 2) passou a ser usado para correção de um conjunto de operações, sobretudo para correção de valores de contratos de obras públicas. Nas várias modificações de diagramação de Conjuntura, o IBRE viu-se obrigado a manter inclusive esse índice situado na mesma posição nas tabelas de apresentação, pois o uso do índice se tornou de tal forma difundido e popularizado que a maioria dos contratos e portarias passou a se referir apenas à coluna em que era, e ainda é, publicado - coluna 2 - sem mencionar sequer seu nome.

Entretanto, o IGP-DI não foi usado como indexador oficial do cálculo da correção monetária nos primórdios de seu lançamento. Por falta de um critério legal, o primeiro reajuste da correção monetária, no primeiro trimestre de 1965, foi efetuado com base no Índice de Preços por Atacado (IPA) da FGV com uma defasagem média de dois trimestres sobre o mês de referência.

Somente entre março e junho de 1983 com a resolução nº 802 do Banco Central ficou decidido que seria promovida a igualdade entre as correções monetárias e cambial e a taxa de inflação medida pelo IGP-DI.

Após julho de 1983, resolução nº 841 de 28-06-83 do Banco Central, determinou-se que seria utilizado o IGP-DI expurgado (IGP-DI, COL. 2-A) que não levava em conta choques de oferta nem aumento de preços dos produtos que tinham perdido seus subsídios (naquele ano, petróleo e trigo).

Em dezembro de 1984 o Governo Brasileiro enviou carta de intenções ao FMI na qual ficou estabelecido que a correção monetária seria igual ou maior do que o IGP-DI expurgado.

Em 1985, a pedido do mercado financeiro, o cálculo da correção monetária baseou-se na média geométrica das três últimas variações do IGP-DI, o que permitia o conhecimento antecipado da correção monetária. Esta nova sistemática durou até novembro de 1985 quando a Resolução nº 1062 do Conselho Monetário Nacional unificou as bases de reajuste de remuneração do capital e do trabalho, substituindo o IGP-DI pelo IPCA do IBGE. O IGP-DI deixou de ser o indexador oficial da economia brasileira. Mesmo assim, por ser um indicador genérico de uso múltiplo, continuou sendo utilizado na atualização de diferentes operações financeiras, especialmente em reajustes contratuais.

A outra versão do IGP denominada Índice Geral de Preços - Oferta Global (IGP-OG) origina-se de média ponderada do IPA-OG (60%), IPC (30%) e INCC (10%). Esse indicador passou a ser calculado em 1969 quando efetuou-se um conjunto de modificações no IPA tanto a nível de ponderações quanto de metodologia. Recebeu essa denominação por refletir a evolução de preços do total de transações realizadas no País, seja de produtos para uso interno, seja para exportação.

Em decorrência das constantes mudanças ocorridas nos indicadores da correção monetária e da inflação oficial, um grupo de entidades de classe do setor financeiro,

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liderado pela Confederação Nacional das Instituições Financeiras celebrou contrato de prestação de serviços com a Fundação Getulio Vargas, em maio de 1989, para criação de um novo índice que fosse de absoluta credibilidade e estivesse livre das intervenções do governo. Dessa forma surgiu o novo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M). Esse índice origina-se de média ponderada do IPA-M (60%), do IPC-M (30%) e do INCC-M (10%). A coleta de preços é feita entre o dia 21 do mês anterior ao de referência e o dia 20 do mês de referência. A cada mês de referência apura-se o índice três vezes: os resultados das duas primeiras apurações são considerados valores parciais (prévias), a última é o resultado definitivo do mês.

No dia 17 de setembro de 1993, também por solicitação do mercado financeiro, o IBRE divulgou pela primeira vez o Índice Geral de Preços versão 10 (IGP-10). O IGP-10 mede a evolução de preços no período compreendido entre o dia 11 do mês anterior ao de referência e o dia 10 do mês de referência. Semelhança do IGP-DI e IGP-M é composto por 60% do IPA-10, 30% do IPC-10 e 10% do INCC-10.

Índice de Preços no Atacado -IPA

http://www.fgv.br/dgd/asp/dsp_ipa.asp

Acesso em 09/09/2008.

O Índice de Preços por Atacado é calculado em três versões: IPA-10, IPA-M e IPA-DI. Têm em comum a mesma amostra de produtos, a mesma estrutura básica de pesos e o mesmo sistema de cálculo. Diferem apenas na adoção do período de pesquisa de preços. No IPA-DI a pesquisa mensal é realizada no intervalo de tempo que vai do primeiro ao último dia do mês de referência 't'; no IPA-M, do dia 21 do mês 't-1' ao dia 20 do mês 't'; e no IPA-10, do dia 11 do mês imediatamente anterior ao de referência 't-1' ao dia 10 do mês 't'. Cabe acrescentar que o IPA-DI foi criado em 1947 por iniciativa particular da FGV. Sua série histórica retroage a 1944. O IPA-M começou a ser calculado em junho de 1989. E, em agosto de 1993 teve início a série de índices IPA-10.

Índice de Preços ao Consumidor – IPC

http://www.fgv.br/dgd/asp/dsp_ipc.asp

Acesso em 09/09/2008.

A cesta básica dos IPC's é constituída por produtos que são pesquisados em 2500 estabelecimentos totalizando 180.000 mil cotações mensais, aproximadamente.

A sistemática de coleta de preços do IPC é decendial e compreende dois segmentos de pesquisa: no primeiro, levantam-se preços de produtos que representam os grupamentos alimentação no domicílio, artigos de limpeza e higiene, além do setor serviços. Essa tarefa é realizada por donas de casa, especialmente treinadas para este fim. Trata-se de um trabalho que se repete, sistematicamente, a cada dez dias, nos mesmos estabelecimentos, conforme calendário prévio; no segundo segmento, pesquisam-se os demais grupos de bens e serviços constitutivos da cesta básica. Essa tarefa é realizada por funcionários do IBRE, através de uma única consulta mensal aos estabelecimentos informantes, estrategicamente distribuídos nos três decêndios.

Índice Nacional da Construção Civil – INCC

http://www.fgv.br/dgd/asp/dsp_incc.asp

Acesso em 09/09/2008.

(33)

Os itens investigados nessa pesquisa referem-se a construções de boa qualidade mas sem luxo, já que o objetivo é o cálculo de índices que reflitam evoluções de custos de construção para um mercado compatível com a realidade econômica brasileira.

O custo da mão-de-obra está segmentado em salários e encargos sociais. A coleta de informações, no que se refere a preços e salários, é feita uma vez por mês junto a fabricantes, atacadistas e construtoras. A pesquisa investiga 51 tipos de materiais e serviços, além de 16 categorias de mão-de-obra relevantes. São pesquisados mensalmente 3500 informantes, em 12 municípios, que fornecem cerca de 20.000 cotações mensais.

Índice de Desenvolvimento Humano - IDH

http://www.pnud.org.br/idh/

Acesso em 25/09/2008

O objetivo da elaboração do Índice de Desenvolvimento Humano é oferecer um contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento. Criado por Mahbub ul Haq com a colaboração do economista indiano Amartya Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998, o IDH pretende ser uma medida geral, sintética, do desenvolvimento humano. Não abrange todos os aspectos de desenvolvimento e não é uma representação da "felicidade" das pessoas, nem indica "o melhor lugar no mundo para se viver".

Além de computar o PIB per capita, depois de corrigi-lo pelo poder de compra da moeda de cada país, o IDH também leva em conta dois outros componentes: a longevidade e a educação. Para aferir a longevidade, o indicador utiliza números de expectativa de vida ao nascer. O item educação é avaliado pelo índice de analfabetismo e pela taxa de matrícula em todos os níveis de ensino. A renda é mensurada pelo PIB per capita, em dólar PPC (paridade do poder de compra, que elimina as diferenças de custo de vida entre os países). Essas três dimensões têm a mesma importância no índice, que varia de zero a um.

Apesar de ter sido publicado pela primeira vez em 1990, o índice foi recalculado para os anos anteriores, a partir de 1975. Aos poucos, o IDH tornou-se referência mundial. É um índice-chave dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas e, no Brasil, tem sido utilizado pelo governo federal e por administrações Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), que pode ser consultado no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, um banco de dados eletrônico com informações sócio-econômicas sobre os 5.507 municípios do país, os 26 Estados e o Distrito Federal.

1.11 Medidas de desigualdade

Essas medidas servem para medir o grau de desigualdade de qualquer distribuição estatística mas é comumente utilizada na análise da distribuição de renda. Entretanto pode-se medir o grau de desigualdade da distribuição da população urbana e rural de um país e da distribuição da posse da terra em uma determinada região entre outras.

Referências

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