BOTÂNICA E ECOLOGIA DA VIDEIRA

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Prof. Leonardo Cury

BOTÂNICA E ECOLOGIA DA

VIDEIRA

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Origem das Espécies do

Gênero

Vitis

Introdução

! Provável origem:

! Groenlândia (fósseis mais antigos); ! Período Terciário:

! Primeira espécie videira;

! Restos sementes e pólen permitem afirmar que gênero Vitis originou-se

hemisfério Norte;

! Período Quaternário:

! Extinção sp. Videira (inicio da era glacial);

! Videira migra para centros refúgio: Americano, Europeu e Asiático-ocidental.

Importância da Videira às Civilizações

! Viticultura e os povos antigos: ! Osíris no Egito;

! Dionísio na Grécia; ! Baco em Roma;

! Simbolismo importante nos rituais Cristãos.

Introdução

! Início da domesticação: ! Ásia Ocidental:

Dispersão da Videira

! Final do Período Neolítico:

! Idade Bronze (6.000 a 5.000 a.C.);

! Vestígios de cultivo videira na cidade de kannish no sul Cáucaso (3.500

a.C.);

! 2.500 a.C. ocorrem registros do cultivo no Egito e no Oriente Médio; ! 600 a.C. Fenícios levam a videira à Grécia, à Roma e ao sul França; ! Romanos difundem a vinha para:

! Lusitânia (atual Portugal); ! Dácia (România);

! Britânia (Inglaterra);

! Mauritânia (Norte África - Argélia, Tunísia e Líbia)

Grãos de pólen (Vitis vinifera) proveniente de um pote Neolítico

Grãos de pólen (Vitis vinifera) proveniente de fósseis de solo

Sementes de (Vitis vinifera) proveniente de fósseis de solo

Dispersão da Videira

! Romanos difundiram a vinha para: ! Lusitânia (atual Portugal);

! Dácia (România); ! Britânia (Inglaterra);

! Mauritânia (Norte África - Argélia, Tunísia e Líbia). ! Na Idade Média manteve-se dentro mosteiros.

Dispersão da Videira nas Américas

! América:

! Cristóvão Colombo:

! 1493 levou bacelos videira às Antilhas;

! Após introduzidas no México, América do Sul (Peru); ! Forte expansão pelos missionários.

Dispersão da Videira no Brasil

! Brasil:

! Martin Afonso de Souza introduziu em:

! 1532: Capitânia São Vicente - atual São Paulo; ! 1535: Plantada Bahia e Pernambuco;

! 1551: Brás Cubas produziu primeiro vinho em SP.

Dispersão da Videira no Rio Grande do Sul

! Rio Grande do Sul:

! Jesuíta espanhol introduziu videira: ! Roque Gonzales de Santa Cruz ! 1626 - Redução de São Nicolau. ! Açorianos em 1742.

! Manoel Macedo de Brum: ! Rio Pardo em 1813.

Dispersão da Videira no Rio Grande do Sul

! Rio Grande do Sul:

! Colonização alemã em 1824.

! José Marques Lisboa (gaúcho vivendo nos EUA) enviou Bacelos desde

Isabel em 1840;

! Plantados na Ilha dos Marinheiros;

! Colonos italianos em 1875 trouxeram viníferas sem sucesso.

Cristóvão Colombo: Caribe (Antilhas)

a

América Central Toda América

Martim Afonso de Souza Capitânia São Vivente

(Litoral SP)

Roque González (Jesuíta espanhol)

Centros de dispersão do

Gênero

Vitis

Centros de Dispersão do Gênero

Vitis

! Atualmente são aceitos três centros de dispersão do germoplasma de Vitis: ! Centro Euroasiático;

! Centro Asiático; ! Centro Americano.

Centro Refúgio Euroasiático

! Compreende as áreas:

! Atualmente, às regiões próximas ao mar Mediterrâneo; ! Clima temperado, verão quente/seco, inverno frio/úmido. ! Originaram a Vitis vinifera e Vitis silvestris

Centro Refúgio Asiático

! Compreende as áreas:

! Montanhosas ao sul do mar Negro (Cáucaso), China, Ásia Sul e Leste; ! Clima diverso Latitudes entre (40°N e 50°N).

! Originaram espécies de Vitis amurensis eVitis flexuosa

Centro Refúgio Americano

! Compreende as áreas:

! Estados Unidos, México e Costa Rica.

! Originando as atuais sp americanas (34 espécies descritas): (Vitis labrusca,

V. vulpina, V. rupestris, V. aestivales, V. cordifolia, V. berlandieri)

Classificação Botânica da

Videira

Classificação Botânica da Videira

! Mais de 240 mil espécies videiras;

! Classificação realizada através da observação minuciosa órgãos: ! Classificação morfológica das folhas (ampelografia);

! Classificação morfológica dos sarmentos; ! Classificação morfológica das bagas;

! Classificação morfológica das flores (mais importante).

Classificação Botânica da Videira - Cultivar Itália

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! Grupo: Cormófitas (raiz, talo, folha e autotrófica);

! Divisão: Spermathophyta (planta com flor e semente); ! Subdivisão: Angiospermae (planta com flor e semente);

! Classe: Dicotyledoneae (plantas com dois cotilédones - reserva);

! Ordem: Rhamnales (plantas lenhosas com estames dentro das pétalas); ! Filo: Terebintales/Rubiales;

! Família: Vitaceae (pétalas soldadas (calíptra), prefloração valvar, gineceu

bicarpelar e bilocular e com fruto tipo baga);

! Gênero: Vitis (flores dióicas (silvestres) e hermafroditas (cultivadas)); ! Espécie: Vitis vinifera;

Gênero Vitis

! Flores cálice reduzido;

! Corola com pétalas livres em sua base e soldadas ápice, formando capúlio,

desprendendo-se na floração (calíptra);

! Estilete curto;

! Folhas com pêlos, palminerveas e geralmente lobuladas;

! Dois subgêneros ou secções: Muscadínea e Euvitis (verdadeiras)

Seções

! Originárias exclusivamente do sudeste dos Estados Unidos da América e Nordeste México; ! Vitis rotundifolia; ! Vitis munsoniana; ! Vitis popenoi; ! Características: ! Número cromossomos: 40;

! Película não estriada e aderente;

! Lenho duro e bagas com baixa concentração de sólidos solúveis totais;

! Maturação escalonada;

! Composta em sua maioria por cultivares de interesse comercial;

! Mais de 50 espécies estabelecidas em zonas temperadas, cálidas e tropicais; ! Características:

! Número cromossomos: 38;

! Película estriada que se libera em tiras; ! Lenho tenro e medula abundante;

! Maturação homogênea (domesticada).

! Centro Americano:

! Vitis rupestris (porta-enxerto); ! Vitis riparia (porta-enxerto);

! Vitis berlandieri (porta-enxerto); ! Vitis labrusca.

! Centro Euroasiático: ! Vitis vinifera.

! Centro Asiático:

! Vitis amurensis (melhoramento genético - tolerância à geada)

39 ! Vitis aetivalis ! Vitis lincecumii ! Vitis cordifolia ! Vitis candicans ! Vitis cinerea ! Vitis caribae ! Vitis monticola ! Vitis rubra ! Vitis californica ! Vitis coignetiae ! Vitis coriaceae ! Vitis smalliana ! Vitis giga ! Vitis tiliaefolia

OBRIGADO PELA ATENÇÃO

leonardo.cury@bento.ifrs.edu.br

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