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CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL DE SOROCABA SP COM ÊNFASE EM PLÁSTICOS

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Academic year: 2021

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CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO

CIVIL DE SOROCABA – SP COM ÊNFASE EM PLÁSTICOS

Sandro D. Mancini1*, Sabrina M. Darbello2, Jonas A. S. Schwartzman3, Dennis A. Kagohara4, Alex R. Nogueira5, Raquel C. Keiroglo6, Camila S. Franco7, Vanessa A. Mantovani8, Hélio Wiebeck9

1*

UNESP – Campus Sorocaba, Av. Três de Março 511, Alto da Boa Vista, 18087-180 Sorocaba / SP – mancini@sorocaba.unesp.br ; 2 UNESP - Campus Sorocaba - sadarbello@yahoo.com.br; 3 UNESP – Campus Sorocaba - jonas_unesp@yahoo.com.br; 4 UNESP – Campus Sorocaba – dennao_unesp@yahoo.com.br; 5 UNESP –

Campus Sorocaba - alexnogueira@yahoo.com.br; 6 UNESP – Campus Sorocaba - raquelkeiroglo@hotmail.com; 7

UNESP – Campus Sorocaba- camilasilvafranco@yahoo.com.br; 8 UNESP – Campus Sorocaba - vanismantovani@yahoo.com.br; 9Escola Politécnica da USP - hwiebeck@usp.br.

Characterization of the residues from the construction civilian at Sorocaba- SP with emphasis in plastics.

The construction civilian industry consumes a large amount of natural resources and generates tons of residues. This work presents the characterization of the construction civilian industry residues sent to the Sorocaba’s inert residues landfill. With the results obtained can be determinated the medium composition of the recyclable residues collected, the medium quantity of each residue possible to recycle monthly (total of 160 t), the plastics composition (total of 4,3 t/month) and the amount of residues landfilled (12.200 t/month). PVC was the plastic most discarded, about 33% of all plastics.

Introdução

Para seu pleno desenvolvimento, a indústria da construção civil consome uma grande quantidade de recursos naturais e gera toneladas de resíduos anualmente, muitas vezes descartados sem controle adequado, causando graves impactos ambientais [1].

A resolução 307/2002 do Conselho Nacional do Meio Ambiente tornou, a partir de 2004, todos os municípios brasileiros acionáveis no caso de seu descumprimento. Tal resolução obriga as cidades a apresentarem um abrangente Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, de modo a diminuir os problemas causados por estes resíduos, preconizar o incentivo à redução e geração dos mesmos e possibilitar sua separação [2].

Em linhas gerais, os resíduos oriundos da indústria da construção civil são considerados de tratamento simplificado por serem em sua maioria inertes, porém, são produzidos em grandes quantidades. Desta maneira, o tratamento convencional, ou seja, o aterramento, constitui-se num inegável desperdício de recursos naturais, pois uma boa parte dos resíduos admite reciclagem, principalmente os plásticos.

A Figura 1 apresenta a evolução do consumo aparente (produção + importação – exportação) de cada um e a soma dos plásticos mais encontrados nos resíduos urbanos no Brasil, de 1995 a 2004 [3-4]: 1) poli (tereftalato de etileno) (PET), das garrafas de refrigerante; 2) polietileno

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de alta densidade (HDPE), material de que podem ser feitas sacos e sacolas, frascos, embalagens; 3) poli (cloreto de vinila) (PVC), de tubos e conexões, pisos, forros e embalagens; 4) polietileno de baixa densidade (LDPE), muito utilizados como filmes; 5) polipropileno (PP), de filmes e embalagens e 6) poliestireno (PS), utilizado em descartáveis (copos, talheres).

Figura 1 – Consumo Aparente dos principais termoplásticos no Brasil, de 1995 a 2004 [3-4].

Observa-se, pela Figura 1, que nos dez anos do levantamento, a indústria brasileira de plásticos cresceu cerca de 60% em termos de produção e consumo, 48% em termos de importações e 67% com relação às exportações [3-4]. Este desenvolvimento acelerado inseriu no mercado consumidor uma grande quantidade de materiais plásticos provenientes de diversos segmentos, incluindo a construção civil. O objetivo deste trabalho é apresentar resultados referentes à presença dos plásticos em resíduos da construção civil.

O Aterro de Resíduos da Construção Civil de Sorocaba iniciou suas operações em 2006 após assinatura, por parte da Prefeitura Municipal, de um Termo de Ajustamento de Conduta com a Promotoria do Meio Ambiente (TAC). Pelo TAC, a Prefeitura se comprometeu a prover uma área adequada para o descarte dos RCC, dentro das legislações ambientais vigentes. Em contrapartida, foi autorizado o descarte temporário na área escolhida.

Num Aterro de RCC devem ser enterrados somente resíduos Classe A (blocos, argamassas), porém, em Sorocaba, os resíduos de Classe C (gesso, por exemplo) também são enterrados. Os resíduos Classe B, onde incluem-se os plásticos, são separados por cooperativas e também resíduos perigosos, considerados como Classe D (latas de tintas, por exemplo). Ainda não se pode afirmar que todos resíduos Classes B e D estejam sendo totalmente separados.

Experimental

Os resultados da caracterização dos resíduos plásticos da construção civil de Sorocaba foram obtidos a partir de um trabalho de campo realizado no Aterro Municipal de Resíduos Inertes, onde

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calculou-se a quantidade média mensal de todos resíduos atualmente reciclados. Para lá são enviadas, diariamente, diversas caçambas de entulhos, além de caminhões com restos de poda de árvores.

Com o auxílio da Prefeitura Municipal de Sorocaba, todo o transporte que chega ao aterro foi contado para estabelecer-se uma média diária. A Prefeitura determinou que alguns caminhões com caçambas se destinassem ao Aterro Sanitário da cidade (distante cerca de 2 km do aterro de inertes) para a pesagem das caçambas (50 amostragens). Desta forma, obteve-se a quantidade média em massa e volume que entra no aterro de inertes a cada dia.

Os resultados sobre o potencial de reciclagem dos resíduos da construção civil gerados pela cidade foram obtidos com o auxílio da Cooperent (Cooperativa dos Recicladores de Entulho de Sorocaba), que atua no local retirando e separando, mensalmente, do que seria aterrado, cerca de 160 toneladas de: Filmes Plásticos (sacos e sacolas), PET, PVC, outros plásticos rígidos, Vidro, Papelão, Papel Branco, Ferro, Alumínio, Cobre, e outros metais (latão, chumbo) e Madeira.

Amostragens de plásticos rígidos foram pesadas em um recipiente de volume conhecido e separadas pela equipe pesquisadora, no próprio local, em HDPE, LDPE, PP, PS, PET e PVC não separados previamente pelos cooperados. De forma semelhante, amostragens de filmes plásticos também foram separadas em HDPE, LDPE e PP e pesadas. Ao todo, as amostragens separadas foram de 109,32 kg de plásticos rígidos e 47,45 kg de filmes plásticos.

Com os resultados das amostragens determinou-se a quantidade média mensal, a composição média dos resíduos recicláveis coletados, a participação dos plásticos nos resíduos da construção civil, além da quantidade de resíduos enterrados. Para os resultados desta caracterização não foram considerados dados de possíveis depósitos irregulares existentes na cidade.

Resultados e Discussão

A Tabela 1 apresenta a quantidade média mensal de resíduos recicláveis separados no Aterro de Resíduos Inertes da Prefeitura de Sorocaba no período de 06 de novembro de 2006 a 09 de março de 2007 [5]. A Figura 2 mostra uma representação gráfica da composição média dos resíduos recicláveis da construção civil no Aterro de resíduos inertes da Prefeitura de Sorocaba.

Observa-se pela Tabela 1 e pela Figura 2, a predominância da madeira, cerca de 136.600 kg mensais, compondo cerca de 84,76% do total reaproveitado comercializadas principalmente com olarias para a queima em fornos visando a sinterização de tijolos [5].

Verifica-se também pela Tabela 1 e pela Figura 2 uma grande quantidade de resíduos metálicos, em especial de derivados de ferro, representando cerca de 9,68% do total reaproveitado. Em terceiro lugar encontram-se os plásticos, seguidos pelo papelão e os demais resíduos.

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Tabela 1 – Composição média mensal dos resíduos recicláveis separados no Aterro de Resíduos Inertes da Prefeitura de Sorocaba [5]. Material Quantidade (kg) % Filmes Plásticos Sacos Pretos 911,04 0,57 Sacos de Argamassa 86,32 0,05 HDPE 66,98 0,04 LDPE 482,80 0,30 PP 1,36 0,00* Plásticos Rígidos PVC 1.403,64 0,87 PET 310,66 0,19 HDPE 689,86 0,43 HDPE automotivo 92,52 0,06 LDPE 2,38 0,00* PP 226,92 0,14 PS 3,88 0,00* Outros 7,04 0,00* Vidros 375,50 0,23 Papelão 4.000,50 2,48 Papel 50,50 0,03 Madeira 136.600,00 84,76 Ferro 15.593,50 9,68 Alumínio 173,50 0,11 Cobre 98,50 0,06 Outros metais 6,00 0,00* TOTAL 161.183, 40 100,00

* Itens que forneceram resultados inferiores a 0,005% em relação ao total de resíduos separados por mês no aterro, foram aproximados para 0,00%.

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Figura 2 – Representação gráfica da composição média dos resíduos recicláveis da construção civil presentes no Aterro Municipal de

Resíduos Inertes do município de Sorocaba, a partir da média entre as duas quinzenas estudadas.

A Tabela 2 apresenta a composição média mensal dos resíduos plásticos separados no Aterro de Resíduos Inertes da Prefeitura de Sorocaba. Segundo a Tabela, os plásticos representam cerca de 4.300 kg mensais do total separado pelos cooperados, o que corresponde a 2,65% do total dos resíduos analisados. A Figura 3 mostra uma representação gráfica específica da composição média dos resíduos plásticos presentes no Aterro de Resíduos Inertes estudado.

Tabela 2 – Composição média mensal dos resíduos plásticos separados no Aterro de Resíduos Inertes da Prefeitura de Sorocaba.

Material Quantidade (kg) % Filmes Plásticos Sacos Pretos 911,04 21,26 Sacos de Argamassa 86,32 2,01 HDPE 66,98 1,56 LDPE 482,80 11,27 PP 1,36 0,03 Plásticos Rígidos PVC 1.403,64 32,75 PET 310,66 7,25 HDPE 689,86 16,10 HDPE automotivo 92,52 2,16 LDPE 2,38 0,06 PP 226,92 5,30 PS 3,88 0,09 Outros 7,04 0,16 TOTAL 4.285,40 100,00

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Figura 3 – Representação gráfica da composição média dos resíduos plásticos recicláveis da construção civil presentes no Aterro

Municipal de Resíduos Inertes do município de Sorocaba.

Dentre os filmes plásticos, destacam-se, em quantidade, os sacos pretos, cerca de 0,57% do total dos resíduos selecionados e 21,26% dos plásticos separados. Estes sacos provavelmente são produtos provenientes de outros resíduos reciclados, possivelmente compostos de HDPE misturados com LDPE [5]. Os filmes de LDPE aparecem na seqüência, representando 0,30% do total dos resíduos e 11,27% dos plásticos estudados.

Os sacos de argamassas, cerca de 2,01% dos plásticos selecionados, são provavelmente de LDPE, mas são separados dos demais materiais de LDPE devido ao seu processo de reciclagem gerar, após a lavagem, água com cimento [5]. Eventualmente, porém, sua quantidade pode ser somada ao restante do LDPE, totalizando 13,28% dos plásticos, podendo ser reciclados conjuntamente. Até uma mistura com os sacos pretos e com a parcela de HDPE é possível, porém com o provável sacrifício da transparência característica do LDPE. Nesta pesquisa não foi possível separar do LDPE filmes de polietileno linear de baixa densidade – devido a propriedades semelhantes - também fabricados em grande quantidade e provavelmente presente nos resíduos.

Os filmes plásticos de HDPE e PP compõem, respectivamente, 1,56% e 0,03% do total dos plásticos encontrados pela equipe pesquisadora.

Dentre os plásticos rígidos separados, com potencial para reciclagem, destaca-se a grande quantidade de PVC (poli cloreto de vinila) encontrado nos resíduos da construção civil representando cerca de 0,87% do total, resultando em uma geração mensal de aproximadamente 1.400 kg do material na forma de tubos, eletrodutos corrugados, forros e cabos. O PVC representa 32,75% dos resíduos plásticos encontrados, o maior percentual entre este tipo de material.

Em 2004, foram produzidas, cerca de 630 mil toneladas (kt) de PVC, para um consumo aparente pouco superior a 680 kt, importações em torno de 94 kt e exportações pouco abaixo das 44

kt [3-4]. Segundo informações das indústrias, em 2004, 64,2% do consumo de todo o PVC

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para a fabricação de tubos, conexões, perfis, fios e cabos [4]. Em 2005 esse índice ficou em 65% e, para 2006, se prevê um aumento de 5 a 6% no consumo da resina [6].

A indústria da construção civil brasileira apresenta um índice de perdas médias para o PVC de 15%, segundo um estudo realizado em 85 canteiros de obras em 12 estados [7]. Assim, calcula-se que mais de 65 kt anuais são descartadas, calcula-sendo 46 kt só de tubos e conexões [4-6].

Nos resíduos da construção civil de Sorocaba, segundo a Tabela 2 e a Figura 3, em termos de quantidade, seguem após o PVC, os resíduos de HDPE, cerca de 16,10% do total dos plásticos, geralmente em forma de embalagens de impermeabilizantes, ácidos para limpeza de pisos, entre outros produtos relacionados à execução de obras e também alguns vasos de jardinagem.

Nos resíduos separados, encontra-se uma quantidade considerável de garrafas de PET. Tratam-se de resíduos que, a princípio, não possuem nenhuma relação com a indústria da construção civil.Os 310,66 kg do plástico representam o equivalente a 5.800 garrafas de 2 litros, ou

seja, uma média diária de aproximadamente 190 garrafas descartadas em caçambas. O PET

representa 7,25% do total dos plásticos reaproveitados (Figura 3).

Na amostragem dos plásticos rígidos separados, ocorre a presença de outros resíduos que aparentemente também não possuem relação com a construção civil, cerca de 0,16% dos plásticos, tais como frascos de xampus, desodorantes e até brinquedos.

Um outro tipo de resíduo presente na amostragem dos plásticos rígidos, sem conexão com a indústria da construção civil, são as embalagens de derivados de produtos automotivos, principalmente óleos lubrificantes, feitas em geralmente em HDPE. Esses resíduos representaram 0,06% da composição, totalizando 2,16% do total dos plásticos analisados, ou seja, calcula-se uma geração mensal de 92,52 kg e posterior destinação a aterros da construção civil. Como os óleos lubrificantes tratam-se de produtos considerados perigosos para o ambiente, suas embalagens também o são e sua separação dos resíduos a serem enterrados e posterior encaminhamento para a reciclagem trata-se de um procedimento correto em termos ambientais. Fato semelhante ocorre com latas de tintas, porém não foi possível calcular a quantidade gerada, pois as cooperativas as colocam junto com a chaparia de ferro.

Os demais plásticos rígidos analisados, PP, LDPE e PS compõem, respectivamente, 5,30%, 0,06% e 0,09% do total de plásticos analisados pela equipe pesquisadora, sendo os dois últimos pouco representativos em termos de quantidade de resíduos separados pela cooperativa.

Portanto, de acordo com a caracterização realizada, calcula-se que a separação feita pelas cooperativas recupere 161.183,40 kg dos resíduos mensalmente, sendo que 24.583,40 kg destes materiais não são madeira (plásticos, metais, vidros e papéis), ou seja, 15,24% do total, sendo os resíduos plásticos equivalentes a 2,65% do total separado (4.300 kg/mês).

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Segundo dados fornecidos pela Prefeitura Municipal de Sorocaba através da equipe que coordena as operações do aterro e levando-se em conta a entrada de caçambas dos meses de Novembro de 2006 até Março de 2007, chegam em média 137 caçambas diariamente (de segunda a sábado) no aterro, gerando um total de 685 m3 de resíduos por dia.

Considerando-se os 25 dias de funcionamento do aterro, são reaproveitados pelas cooperativas cerca de 6.444,33 kg de resíduos diariamente, representando somente 1,3% do total diário destinado ao local. Assim, ocorre um aterramento diário de 488.880,67 kg, o que ainda representa uma grande quantidade de resíduos, cerca de 98,70% do total destinado ao Aterro Municipal de Resíduos Inertes do município de Sorocaba.

Conclusões

Com o auxílio da Prefeitura Municipal de Sorocaba e da Cooperent, foi obtido o potencial de reciclagem dos resíduos da construção civil de Sorocaba, efetivamente vendidos pelos cooperados. Entre os resíduos separados pode-se notar a predominância da madeira, cerca de 84,76% do total seguida pelos derivados de ferro, representando 9,68% da composição. Os plásticos ocupam o terceiro lugar, resultando em 2,65% da composição total dos resíduos reciclados em Sorocaba, ou seja, um total de 4.300 kg de plásticos separados por mês.

Dentre os filmes plásticos, destacam-se os sacos plásticos pretos (provavelmente misturas de HDPE e LDPE), 0,57% do total dos resíduos selecionados e 21,26% dos plásticos. Os filmes de LDPE encontram-se na seqüência, representando 0,30% do total dos resíduos e 11,27% dos plásticos.

Os sacos de argamassas (LDPE) caracterizam 2,01% dos filmes plásticos selecionados. Os filmes de HDPE e PP compõem, respectivamente, 1,56% e 0,03% do total dos plásticos.

Dentre os plásticos rígidos, destaca-se o PVC, contribuindo em 32,75% do total dos plásticos, na forma de eletrodutos, tubos, forros e cabos. Em seguida surgem os resíduos de HDPE, cerca de 16,10% do total dos plásticos, geralmente em forma de embalagens de impermeabilizantes, ácidos para limpeza de pisos, entre outros produtos relacionados à execução de obras e alguns vasos de jardinagem. Observou-se também uma quantidade considerável de garrafas de PET, 7,25% do total dos plásticos reaproveitados.Os 310,66 kg do plástico representam o equivalente a 5.800 garrafas de 2 litros, ou seja, uma média diária de aproximadamente 190 garrafas descartadas em caçambas. Os demais plásticos rígidos, PP, LDPE e PS representam, respectivamente, 5,30%, 0,06% e 0,09% do total de plásticos analisados, sendo os dois últimos pouco representativos.

Na amostragem de plásticos rígidos separados, também ocorre a presença de alguns resíduos que aparentemente também não possuem relação com a construção civil, cerca de 2,32% dos

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plásticos, tais como frascos de xampus, desodorantes, brinquedos e embalagens lubrificantes, estes últimos considerados perigosos.

Calculou-se que chegam, em média, 137 caçambas diariamente ao aterro (685 m3/dia), o que representa 495,32 toneladas. Determinou-se que a cidade enterra cerca de 488.880,67 kg de resíduos por dia, ou seja, 98,70% do total destinado ao Aterro Municipal de Resíduos Inertes de Sorocaba, sendo reaproveitados somente 1,3% pelos cooperados.

Agradecimentos

Os autores agradecem a concessão de bolsas pela Pró-Reitoria de Extensão da UNESP, pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica UNESP/CNPq e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP - processo 06/55213-5 –iniciação científica- e 06/52664-6-mestrado). Ainda, externam seus agradecimentos à Prefeitura Municipal de Sorocaba, à Camila Bernadete Benassi Parra (aluna de Graduação da Engenharia Ambiental da UNESP-Sorocaba) e à Cooperent (Cooperativa dos Recicladores de Entulho de UNESP-Sorocaba).

Referências Bibliográficas

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Quantidade dos resíduos sólidos da construção civil de Aracaju – Sergipe – Brasil. In Anais do

VIII Simpósio Ítalo Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. Fortaleza, CE, 2006.

2. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução no 307 de 2002. Ministério do Meio Ambiente,

Brasília, 2002. Disponível em www.mma.gov.br. Acesso em 31 mar. 2006.

3. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA QUÍMICA - Anuário Brasileiro da Indústria Química 1998. São Paulo: ABIQUIM, 1999.

4. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA QUÍMICA - Anuário Brasileiro da Indústria Química 2005. São Paulo: ABIQUIM, 2005.

5. S. D. Mancini; S. M. Darbello; D. A. Kagohara; J. A. S. Schwartzman e A. R. Nogueira.

Potencial de reciclagem dos resíduos da Construção Civil de Sorocaba-SP. In Anais do 24º

Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, Belo Horizonte, MG, 2007.

6. CRESCE CONSUMO DE PVC. Plástico Industrial. São Paulo: Editora Aranda. Ano VIII, no 91,

2006. p. 26.

7. U. E. L. SOUZA; V. AGOPYAN e J.C. PALIARI. Perdas de materiais nos canteiros de obras: a quebra do mito. Qualidade na Construção. v. 13, p. 10 - 15, 1995.

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