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Perfil de Segurança Alimentar e Nutricional no Município de Itabuna- Bahia.

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MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME MDS

FUNDAÇÃO DE APOIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO R.G.SUL - FAURGS REDE INTEGRADA DE EQUIPAMENTOS PÚBLICOS

DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - R E D E S A N CURSO DE FORMAÇÃO DE GESTORES PÚBLICOS DE SAN – FGP-SAN-2010

MÓDULO I – FUNDAMENTOS DE SAN PRODUÇÃO TEXTUAL FINAL

Perfil de Segurança Alimentar e Nutricional no Município de

Itabuna-Bahia.

Telmara Oliveira Benevides Campos

Itabuna-Bahia

Julho de 2010

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MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME - MDS

FUNDAÇÃO DE APOIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO R.G.SUL - FAURGS REDE INTEGRADA DE EQUIPAMENTOS PÚBLICOS

DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - REDESAN-2010 CURSO DE FORMAÇÃO DE GESTORES PÚBLICOS DE SAN – FGP-SAN-2010

MÓDULO I – FUNDAMENTOS DE SAN PRODUÇÃO TEXTUAL FINAL

Perfil de Segurança Alimentar e Nutricional no Município de

Itabuna-Bahia.

Telmara Oliveira Benevides Campos- Nutricionista - PAA-Itabuna – Bahia

Fone(73) 8859-0989 Email = telmara_ba@hotmail.com

Trabalho apresentado como requisito de conclusão do Curso de Formação de Gestores Públicos de SAN-2010

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...3

2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Fome no Brasil...4

2.2 Segurança Alimentar e Nutricional...5

2.3 Direito Humano Á Alimentação Adequada...8

2.4 Soberania Alimentar...11

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS...12

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1. INTRODUÇÃO

O problema da fome no Brasil não se deve á pouca disponibilidade global de alimentos, mas sim à pobreza de grande parte da população. Meados de 1940 surgiram à criação do Serviço de alimentação da Previdência Social (SAPS), sob a direção de Josué de Castro, e Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), dando seqüências a criação de outros programas direcionados a segurança alimentar e nutricional.

O conceito de segurança alimentar e nutricional na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais e tendo como base práticas alimentares promotoras da saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam social econômica e ambientalmente sustentáveis.

Com a segurança alimentar e nutricional, através do Direito Humano a Alimentação Adequada, que também garante condições necessárias e essenciais para que todos os seres humanos, sem descriminação, existam, desenvolvam suas capacidades e participem plenamente e dignamente na vida em sociedade.

O objetivo geral dessa produção textual é de analisar os procedimentos adotados pelos programas nacionais de políticas públicas, visando a segurança alimentar e nutricional, estabelecendo o Direito Humano a Alimentação Adequada, discutir sobre as Leis de Segurança Alimentar, como também a soberania Alimentar, e bem como do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) e da Política Nacional de SAN (PNSAN). Estudo da legislação, das políticas e programas nacionais de Segurança Alimentar e Nutricional e implementação nos municípios. Onde irá mostrar o andamento desses programas no município de Itabuna-Ba, que acontece de forma clara, no qual temos o Restaurante Popular e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), sendo uma parceria realizando a distribuição dos alimentos adquiridos no PAA direcionando parte no RP, assim contribuindo com o Direito Humano a Alimentação Adequada( DHAA), garantindo a Segurança alimentar e Nutricional para aquelas pessoas que sofrem com a insegurança alimentar, podendo oferecer uma melhor qualidade de vida com dignidade social.

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2.1 FOME NO BRASIL

A

Alimentação é o primeiro degrau constitutivo da dignidade humana. Direito elementar e sagrado. (ANANIAS, 2008, p.4). Sem comer adequadamente, nenhuma pessoa é capaz de produzir, desenvolver, sem alimentação o povo e nenhuma nação se põem de pé, só se forma como pátria a nação que acolhe todos os seus cidadãos nos direitos elementares e estimula o desenvolvimento coletivo e inclusivo.

No Brasil, o papel civilizador de uma Política Nacional de Segurança alimentar e Nutricional é relativamente novo em sua história. Ananias (2008) define que o precursor dessas idéias, Josué de Castro na primeira metade do século XX, em sua obra Geografia da Fome, mostrava a gravidade do problema para a sociedade brasileira, relatando que ela era a expressão biológica de uma doença social.

Após a crise econômica que afetou o país a partir de 1980, o tema ganhou dimensão nacional e passou a ser incorporado à agenda pública. O referido autor complementa que a produção de grande quantidade de alimentos em um país não é condição suficiente nem necessária para evitar que parte da população passe fome. Em várias situações históricas, grande número de pessoas morreu de fome, sem que houvesse um declínio significativo na disponibilidade média de alimentos por pessoa.

Fome é o nome que se dá à sensação fisiológica que o corpo percebe quando necessita de alimento para manter suas atividades inerentes à vida. Esse termo é usado para referir os casos de má nutrição ou privação de comida entre as populações, normalmente devido à pobreza, conflitos políticos ou instabilidade, ou condições agrícolas adversas.

Toda a terra dos homens tem sido até os dias de hoje terra da fome, mesmo em nosso continente, que é declarado ser rico e abundante simbolizado nas lendas do Eldorado, sofre o flagelo da fome. A fome acompanha o processo de urbanização e industrialização do país, e destaca a importância da nutrição, como uma ciência criando a prática profissional em nutrição e a instituição da política social de alimentação e nutrição, no pós -30, sobretudo no período 1930 a 1963.

Ainda sim procurando investigar as causas fundamentais dessa alimentação com regras não seguidas, afirma-se que se tem pesado tão duramente na evolução econômico-social do povo, conclui-se que elas são produto de fatores socioculturais do que de fatores de natureza geográfica.

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O enfrentamento da pobreza deve ser entendido como um processo de promoção de cidadania e de democratização da sociedade, a começar pelo acesso a um dos bens mais sagrados do ser humano que é o direito de se alimentar adequadamente.

Sob a direção de Josué de Castro, em meados de 1940 surgiu à criação do Serviço de alimentação da Previdência Social (SAPS). Logo em seguida a criação da ONU e Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), iniciou a criação de programas nutricionais tais como, a campanha de Merenda Escolar (CME), que passou a chamar Programa Nacional de alimentação escolar (Pnae) e do Instituto Nacional de alimentação e nutrição (INAN).

Em 1973 morre Josué de Castro e posteriormente foram criados ações e programas direcionados à segurança alimentar e nutricional, seguindo os seus princípios.

2.2 Segurança Alimentar e Nutricional

Para promoção da saúde, todo o cidadão deve alimentar-se com segurança e atender as necessidades nutricionais, hábitos e práticas alimentares culturalmente construídas Menezes e Valente (1996), afirmam que a qualidade dos alimentos e a dieta alimentar são importantes assim como a segurança nutricional, na medida em que se incorporam ao conceito de segurança alimentar.

Faz-se necessário um controle social sobre o processo de doação, realizando a segurança alimentar e nutricional, pois, os beneficiários precisam receber os alimentos de qualidade.

Segurança alimentar e nutricional é a realização do direito de todos ao acesso regular e permanente de alimentos de qualidade, em quantidade suficientes, sem comprometer acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas promotoras da saúde, que respeitem a diversidade cultural, e que sejam social econômica e ambientalmente sustentáveis. (BOOG, 2006.p.79).

O conceito de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) adotado no Brasil, vem sendo discutido nos últimos quinze anos permanecendo em construção, aliando a segurança alimentar com a segurança nutricional. Flavio e Valente (2000), consideram que a relação da qualidade dos alimentos e a dieta alimentar estão relacionadas com a segurança nutricional desde que todos os cidadãos alimentem-se com segurança,

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satisfazendo as necessidades nutricionais, hábitos e práticas alimentares construídas e promova à saúde.

Os problemas que deparamos no Brasil quanto à saúde estão relacionados com a ingestão de uma dieta com qualidade, sendo tão grave quanto à falta de acesso ao alimento.

Em 1993, criou-se o Conselho Nacional de Segurança Alimentar (CONSEA), uma parceria para busca de soluções para o problema da fome e miséria no país, fazendo que a segurança alimentar e nutricional fosse uma prioridade.

É importante a participação do CONSEA na sociedade civil, pois, orienta a implantação de programas sociais e direcionam a política local de segurança e nutricional de acordo os conselhos estadual e nacional. Portanto este conselho:

Têm por função propor as diretrizes para implantar a política local de segurança alimentar e nutricional; orientar a implantação de programas sociais ligados à alimentação, estabelecendo diretrizes e prioridades, e articular a participação da sociedade civil (BOOG, 2004 p.78).

Menezes (2006) relata que O CONSEA estimula a sociedade a participar da formulação, execução e acompanhamento de políticas de segurança alimentar e nutricional, considerando a organização da sociedade essencial para as conquistas sociais e para a superação definitiva da exclusão. Logo, nem o governo e nem as organizações da sociedade civil, agem isoladamente, possuindo condições de garantir a segurança alimentar e nutricional da população de modo eficaz e permanente. A ação conjunta e coordenada é fundamental, de modo que cada parte cumpra suas atribuições especificas, utilizando os recursos de forma eficiente e com mais qualidade.

Ao longo da história, aconteceram variações quanto ao significado de Segurança Alimentar. A primeira grande mudança ocorreu em uma Conferência Mundial de Alimentação, onde conclusões em termos mundiais mostraram que os alimentos disponíveis eram necessários para uma dieta de qualidade:

Ao final da I Guerra Mundial, quando as primeiras reflexões sobre o tema apareceram, o conceito significava “estoque estratégico de alimentos e fortalecia a versão sobre a necessidade de busca de auto - suficiência por cada país. A primeira grande mudança no conceito ocorreu com a realização da Conferência Mundial de alimentação, promovida pela organização das Nações unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) em 1974.Uma das conclusões dessa conferência foi que em termos mundiais, a quantidade de alimentos disponíveis é suficiente para proporcionar a todo mundo uma dieta adequada.(CAMAROTTI e SPINK, 2000 p.162).

As perspectivas de a segurança alimentar no Brasil e na América Latina dependem de compatibilizar crescimento econômico e equidade social, com base em

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proposições de médio e longo prazo, que intervenham na realidade dos respectivos sistemas agroalimentares.

Para que a segurança alimentar realmente ocorra na sociedade de forma correta, realizando o direito a uma alimentação adequada, devem-se salientar alguns pontos importantes, onde os quatros pilares da segurança alimentar e nutricional são: a disponibilidade, a estabilidade do abastecimento, o acesso e a utilização.

Em contrapartida à segurança alimentar tem a insegurança alimentar. As situações de insegurança alimentar e nutricional podem ser detectadas através de diferentes tipos de problemas, como a fome, obesidade, doenças associadas à má alimentação, alimentação de qualidade duvidosa ou prejudicial à saúde, estrutura da produção de alimentos, ambiente e imposições de padrões alimentares que não respeitem a diversidade cultural. A insegurança alimentar classifica-se em três níveis:leve,moderada e grave.A insegurança alimentar leve se caracteriza pela preocupação da família de não conseguir alimentação no futuro,a insegurança alimentar moderada acontece de modo que a família precisa controlar a quantidade e variedade dos alimentos, para que estes não venham faltar antes de uma nova reposição , como doações salário ou beneficio do Programa Bolsa Família. A insegurança alimentar grave ocorre quando uma pessoa ou sua família passam fome. (Conti, Irio p.16).

No Município de Itabuna-Ba, existe a Lei Nº.1.981 de 12 de Dezembro de 2005, onde a ementa altera a Lei Nº 1.901 de 7 de abril de 2003.Sendo o Prefeito Municipal que sanciona e altera a Lei,onde as disposições gerais do seu regimento interno diz, O Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Itabuna-CONSEAM, como órgão de co-participação do Governo Público Municipal, e os demais órgãos e setores de administração pública,nos três níveis de governo e poder, de um lado e do outro as entidades civis, legalmente constituídas de caráter representativos dos segmentos sociais sediadas no município de Itabuna- BA, bem como entes civis,sem fins lucrativos de interesse público, assessoramento e oferecimento de serviços específicos no que concebe na segurança alimentar e nutricional, com a finalidade de estabelecer as políticas municipais para o setor, e viabilizar a implementação de serviços específicos para atendimento a população, em questões de segurança alimentar e nutricional.

No momento esta Lei não funciona, ela existe e já conseguimos a Lei impressa, sendo que a proposta nossa é a reativação da mesma, para que realmente façamos acontecer de modo como deve ser. A fiscalização dos EPANs acontece pela Secretaria

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Municipal de Assistência social (SMAS), onde através do Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS), sendo acompanhada como os Programas devem ser executados e são executados de forma clara e seguido as normas que são apresentadas pelo governo.

No município de Itabuna- BA, de acordo as entidades beneficiadas no ano de 2009 pelo PAA foram 32, sendo creches, orfanatos, escolas, abrigos, associações, instituições, e outras, onde essas ações eram fiscalizadas pelo conselho, supervisionada pela nutricionista do PAA, para um melhor desempenho do programa, também o Restaurante popular, onde são servidas refeições de qualidade, e quantidade suficientes para suprir as necessidades nutricionais dos comensais. Esse mês o município foi beneficiado com sucos de laranja , destinados pela CONAB, e entregues ao Restaurante popular, através da Secretaria Municipal de agricultura e Meio Ambiente, beneficiando ainda mais a população.Essa Lei passando a funcionar no município irá beneficiar a população de forma mais precisa e que necessita da segurança alimentar e nutricional.

Temos sim casos de desnutrição, insegurança alimentar, necessidades de alimentos e nutrientes, mais revendo esses cuidados em parceria com o Conselho Municipal de Assistência Social para reverter esse quadro em conjunto com o MDS, para garantir assim o Direito Humano a Alimentação Adequada, pois sabemos da importância e de que todos têm esse direito adquirido.

2.3Direito Humano à Alimentação Adequada

Daher e Jardim (2009) relatam que os direitos humanos são aqueles que todo ser humano possui única e exclusivamente só pelo fato de terem nascidos seres humanos. Foram estabelecidos em declarações e tratados internacionais, negociados entre todos os povos do mundo e firmados pelos representantes desses povos, definindo a obrigação dos Estados de respeitar, proteger, promover e prover os direitos humanos universais, indivisíveis, interdependentes e inter-relacionados em sua realização.

Todos os seres humanos, independentemente de idade, sexo, raça, religião, etnia, ideologia, orientação sexual, ou qualquer outra característica pessoal ou social, são portadores de direitos humanos. Qualquer tipo de discriminação que mantenha ou promova desigualdades consiste em uma violação de direitos humanos.

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Segundo Menezes (2006 p.5), o conceito do Direito Humano à Alimentação, está fortemente relacionado ao conceito de Segurança Alimentar e Nutricional. O direito à alimentação é parte dos direitos fundamentais da humanidade, que foram definidos por um pacto mundial, no qual o Brasil é signatário. Referem-se a um conjunto de condições necessárias e essenciais para que todos os seres humanos, sem nenhum tipo de descriminação, existam, desenvolvam suas capacidades e participem plenamente e dignamente na vida em sociedade.

A lei revela que a alimentação adequada é direito fundamental do ser humano, inerente á dignidade da pessoa humana e indispensável à realização dos direitos consagrados na Constituição Federal. Devendo o poder público, adotar as políticas e ações que façam necessárias para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população, levando em conta as dimensões ambientais, econômicas, regionais e culturais.

Para assegurar a questão dos direitos humanos e uma alimentação adequada, foi necessário um documento internacional, para visualizar a necessidade que o ser humano tem de uma vida digna.

A declaração Universal dos Direitos Humanos foi o primeiro documento internacional a tratar do direito à alimentação de forma mais ampla (art.25), como integrante do direito a um padrão de vida que pudesse assegurar saúde e bem estar, o que traz à tona discussões acerca das circunstâncias aptas à plena realização do direito humano à alimentação adequada e que refletem um estado de segurança alimentar. (BURLEN, 2008p. 46).

O autor supracitado ainda afirma que dos inúmeros aspectos que envolvem a necessidade alimentar humana, a mais afetiva é a fome. A configuração de um direito humano corresponde à necessidade da alimentação, e, com isso, deve-se contemplar o direito de estar livre da fome, relacionado ao direito a vida, pois, sem o alimento, o ser humano não tem como manter sua existência.

Toda pessoa tem direito humano a um padrão de vida que lhe assegure saúde e bem estar, direito que começam com o dever do estado e a responsabilidade da sociedade de assegurar a todos, condições para produzir ou ter acesso a uma alimentação nutritiva e saudável.

Direito não deve ser interpretado em um sentido estrito ou restritivo, deve haver uma adequação nutricional e uma relação com a segurança do alimento (não contaminação), qualidade, diversidade, à sustentabilidade das práticas produtivas e, o respeito às culturas alimentares tradicionais. Deverá ser realizado progressivamente, devendo o Estado programar as ações necessárias para aliviar a fome de forma imediata.

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E, para permitir o pleno exercício do direito humano à alimentação adequada, é indispensável ainda, a participação tanto dos órgãos estatais quanto da comunidade na concepção e execução das políticas de segurança alimentar e nutricional.

Em novembro de 2002, a Organização das Nações Unidas para a agricultura e Alimentação (FAO), criou um grupo de trabalho governamental para elaborar um conjunto de diretrizes para apoiar os esforços das nações para a realização progressiva do direito à alimentação adequada. Como resultado dos trabalhos, o grupo gerou o documento de Diretrizes Voluntárias em apoio à realização progressiva do direito à alimentação adequada no contexto de segurança alimentar e nutricional, na luta contra a fome e a má - nutrição, representando a primeira iniciativa de governos em interpretar um direito econômico, social e cultural e recomendar ações para apoiar a sua realização.

Por certo foi uma experiência marcada por tensões, mas também com um número significativo de iniciativas, entre as quais a busca de tornar a segurança alimentar uma prioridade.

De acordo ao DHAA, nos iniciamos um trabalho desde os agricultores da agricultura familiar, onde realizamos trabalhos de conscientização, palestras relatando a importância de uma boa produção de qualidade, com quantidades suficientes tanto para os agricultores, pois os mesmos muitas vezes deixam de consumir os seus próprios produtos, quanto para os beneficiários desses alimentos, para que esse alimento possa garantir uma segurança alimentar e nutricional para essas pessoas que tanto necessitam de uma boa nutrição, sendo assim poder ter o Direito Humano a Alimentação Adequada. Também, de acordo as instituições beneficiadas temos o cuidado de realizar trabalhos informando, orientando sobre os programas, alimentos recebidos, realizando trabalhos de aproveitamento total dos alimentos, para todos terem a consciência de como e ter um bom alimento e de qualidade, sabendo armazenar e garantir alimentos de qualidade, tendo o cuidado com a preparação e distribuição dos mesmos.

Os Programas Nacionais no Município de Itabuna-Ba, onde é de grande importância para o município, para os beneficiários e agricultores familiar. Pois esses programas como o Restaurante Popular que atende diversas pessoas que se encontram em segurança alimentar e também o PAA que é de grande importância para o RP, pois fornece alimentos de qualidades como: Banana, laranja,tangerina,farinha de mandioca,hortaliças em geral e outros.O que necessitamos no Município de Itabuna-Ba para melhor suporte nos programas existentes seria o Banco de Alimentos e Cozinha Comunitária, onde nossos alimentos teriam uma melhor seleção para depois serem

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distribuídos, pois em primeiro lugar esse BA, daria todo o suporte que precisamos, e a cozinha comunitária também realizaríamos preparações onde o município e até empresários poderiam contribuir para uma melhor segurança alimentar e nutricional.

É muito importante a missão de promover o desenvolvimento social através da implementação de um conjunto de políticas, programas e ações.

Podemos dizer que a Soberania Alimentar é o direito de um povo e de uma nação de decidir sobre suas políticas e estratégias, bem como suas formas e condições de produzir, comercializar e consumir seus alimentos. Ela implica que o Estado, em todos os seus níveis de governo, empreenda esforços no sentido de respeitar, proteger e garantir a autonomia dos povos em toda cadeia alimentar. Também requer que as políticas internas da SAN sejam planejadas e executadas de modo a garantirem a realização do Direito Humano a Alimentação Adequada e que cada povo tenha seu direito de preservar seus modos tradicionais de produção alimentar e seus hábitos e praticas alimentar.

Portanto, a Soberania Alimentar consiste também no direito de todos os povos participarem de decisões políticas de seu país no que se refere à produção, transformação, distribuição e consumo de alimentos, a fim de que toda a cadeia alimentar esteja em sintonia com os princípios e diretrizes dos direitos humanos de cada povo, respeitando a diversidade cultural e diferentes modos de vida.

Sendo assim a importância da Soberania alimentar para que os municípios possam realizar seus programas é de extrema importância, pois, as decisões podem estar mais claras e efetivas assim em conjunto com a sociedade, realizando um melhor controle através de normas exigidas para que o processo seja devidamente realizado com sucesso.

Nesse trabalho que o DHAA, SAN e Soberania Alimentar afirma que estes três conceitos no campo da alimentação tem o mesmo significado. (Conti, Irio).Cada um destes conceitos tem sua especificidade, mais existe uma ligeira relação que poderíamos chamar de relação de interdependência entre eles.

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2. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nos estudos realizados com pesquisa bibliográfica e no decorrer dos estudos realizados iniciando com o Módulo I, no que se diz respeito a SAN, DHAA, Soberania Alimentar, discussão sobre as Leis de Segurança Alimentar, como também a soberania Alimentar, do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) e da Política Nacional de SAN (PNSAN). Estudo da legislação, das políticas e programas nacionais de Segurança Alimentar e Nutricional nos municípios, destacando o município de Itabuna-Bahia como principal destaque nesse trabalho, mostrando como acontecem as políticas municipais em relação a SAN.

Enfatizando os principais programas executados no município, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), e o Restaurante Popular (RP), onde esses importantes equipamentos de Segurança Alimentar e Nutricional, estabelecem parâmetros onde o município contemplado com esses equipamentos requer para a população em situação de Insegurança Alimentar uma melhor qualidade de vida, com quantidade suficientes de alimentos para suprir as necessidades nutricionais, podendo assim ter uma vida digna na sociedade.

O poder de aceitação desses programas é de suma importância, pois, além de beneficiar os pequenos produtores da agricultura familiar, realizando um meio de ganharem seu dinheiro sem precisar sair do campo onde reside para se dirigirem a cidade a procura de emprego, fazendo com que se tornem independentes e consigam a sobrevivência digna, como também o beneficio que são direcionadas as pessoas com insegurança alimentar que se encontra em diversas locais do município, onde é beneficiada através de programas destinados a alimentação. No que se dizem respeito ao Restaurante Popular mais de mil pessoas são beneficiadas com alimentação no preço accessível a população de baixa renda. No município de Itabuna-Ba, o que falta para garantir ainda mais a Segurança Alimentar e Nutricional, é executar a Lei do CONSEA no município da qual já existe, em seguida inserir mais dois equipamentos, o Banco de Alimentos e Cozinha Comunitária para garantir uma melhor SAN.

No decorrer do curso vi a importância desses equipamentos, que o MDS proporciona, Leis e tudo que se diz respeito à alimentação, sendo de fundamental importância para podermos dar uma vida digna a pessoas com insegurança alimentar, realizando o direito a uma alimentação adequada, suprindo as necessidades nutricionais. Também observei o comprometimento dos gestores e pessoas responsáveis pelos

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equipamentos, o quanto a causa estudada foi gratificante, realizando as discussões e interagindo seus conhecimentos e troca de informações com professores e colegas, melhorando assim o desempenho para eventuais conquistas em relação a SAN.

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABRANDHA, Segurança Alimentar e Nutricional Direito Humano À Alimentação. Ministério da /agricultura, Pecuária e abastecimento-MAPA. 30 p. Brasília, DF 2009.

BOOG, M. C. F. . Doação de alimentos como ação emergencial de combate à fome - subsídios aos COMSEAS. Segurança Alimentar e Nutricional, v. 13, p. 78-84, 2007.

CAMAROTTI, Ilka; SPINK, Peter. Redução da pobreza e Dinâmicas locais. 295p. 2000.

CONTI, Irio, Segurança alimentar e Nutricional:Noções Básicas. 2009.

www.inagrodf.com.br/revista/index.php. >Acesso em: 06/09/2009.

MENEZES, Chico. Lei de Segurança alimentar e Nutricional. 12p.2006.

MENEZES, F.M.S. R; VALENTE, L.F. Artigo publicado no Vol.IV /1996 da revista Cadernos de Debate, UNICAMP. 88 p.v.IV. 1996.

VASCONCELOS, G.A.F. Combate a fome no Brasil: uma analise histórica de Vargas a Lula.Revista de Nutrição.2005.

Referências

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