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Análise de indicadores para gestão e planejamento de espaços livres públicos de lazer: município de Jaboticabal

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Análise de indicadores para gestão

e planejamento de espaços livres

públicos de lazer: município de Jaboticabal

Fontes, Nádia

Arquiteta; Mestranda no Programa de PósGraduação em Engenharia Urbana -Universidade Federal de São Carlos

Shimbo, Ioshiaqui

Professor do Departamento de Engenharia Civil e do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Urbana - Universidade Federal de São Carlos

Palavras-chave

Indicadores, Espaços Livres, Lazer.

1. Introdução

Nas últimas décadas, o desenvolvimento de indicadores sociais e ambien-tais tem sido para proporcionar uma visão geral das condições de vida lo-cais, complementando os tradicionais indicadores econômicos há tempo utilizados no monitoramento de políticas públicas. Indicadores e índices podem ser definidos como informações condensadas e simplificadas direci-onadas ao monitoramento da qualidade de vida, devendo facilitar a comu-nicação e auxiliar o processo de decisão. A construção de sistemas de indi-cadores contempla a integração de informações de diversas fontes que possam contribuir para o acompanhamento das condições de desenvolvi-mento humano e do meio físico-biológico, onde se insere com relativa im-portância indicadores relativos a espaços livres.

Os espaços livres constituem a estrutura morfológica das cidades opon-do-se aos espaços edificados e exercendo as mais diversificadas atribuições para a regulação do meio urbano como regulação do microclima, balanço hí-drico, oferta de lazer e ordenamento da forma urbana, entre outras. No en-tanto, nota-se com freqüência que a implantação desses espaços livres vem desconsiderando os requisitos necessários ao desempenho dessas várias atri-buições, tendendo a transformá-los em espaços residuais do tecido urbano que se constitui quase exclusivamente sob critérios de organização de fluxos e máximo aproveitamento de área edificada. A constatação da baixa oferta e dos poucos critérios de reserva e estruturação dos espaços livres nas políticas urbanísticas brasileiras justifica a necessidade de ênfase no debate sobre prin-cípios de planejamento de espaços livres, bem como, de seus instrumentos e ferramentas de gestão.

A multiplicidade de atribuições dos espaços livres define uma diversidade de categorias espaciais que se diferenciam entre si por suas características estruturais. O conjunto dessas categorias no meio urbano, forma o que se chama de sistema de espaços livres de edificação, uma estrutura complexa que deve ser concebida com base em uma abordagem interdisciplinar e inte-grada no planejamento urbano. Dada a complexidade do planejamento de

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es-paços livres, no nível do presente trabalho interessa-nos discutir critérios e ferramentas específicas de planejamento de espaços livres de lazer que, de maneira geral, buscam favorecer o acesso democrático a esses espaços.

Quaisquer que sejam as funções dos espaços livres, o seu planejamento e monitoramento deve ser realizado sob o tripé qualidade, quantidade e distri-buição. No entanto, atualmente no Brasil a reserva de espaços livres de edifi-cação tem sido realizada essencialmente segundo critérios exclusivamente quantitativos definidos pelas legislações de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo. Da mesma forma, o monitoramento corrente da oferta de espaços livres também se volta para análises quantitativas referentes à proporção de espa-ços livres ou quantificação de cobertura vegetal, o que indica a necessidade de incorporação de outras ferramentas para análises mais qualitativas. Neste contexto, a formulação de indicadores para o monitoramento da acessibilidade a espaços livres públicos de lazer é uma importante ferramenta de apoio ao planejamento urbano que também contribui para a revisão de critérios de re-serva de espaços livres.

A formulação de indicadores ambientais para subsidiar o planejamento de espaços livres públicos de lazer é um tema em desenvolvimento, que necessita do aprofundamento sobre conceitos de planejamento de espaços livres e critérios de qualidade dos espaços em função de uma demanda so-cial. São várias as escalas de análise e intervenção na paisagem que cons-tituem um processo gradativo de apreensão dos problemas ambientais e proposição de soluções, sendo que cada uma dessas escalas necessita de métodos diferentes de investigação.

Acredita-se que para a definição de critérios de localização e distribui-ção dos espaços livres públicos de lazer, é importante a compreensão so-bre a hierarquização dos espaços em categorias espaciais definidas de acordo com suas escalas e potencialidades de apropriação. Esta hierarqui-zação está presente em autores de vários países sugerindo uma visão abrangente das formas de apropriação dos espaços livres de acordo com diversos determinantes sócio-ambientais.

Diante dessas considerações, propõe-se alguns indicadores de acessibili-dade a espaços livres públicos de lazer, mediante análise de localização e dis-tribuição dos espaços. Estes indicadores são formulados com base em uma proposta de categorias de espaços livres de lazer e aplicados em uma unidade de paisagem da cidade de Jaboticabal possibilitando a análise parcial da oferta de espaços livres de lazer no município.

2. Sistematização de conceitos

e categorias de espaços livres

A hierarquização do sistema de espaços livres em diversas categorias espaci-ais está diretamente relacionada a um universo conceitual que define a orga-nização deste sistema. Em um primeiro plano, é necessário definir o próprio conceito de espaço livre que não raramente é confundido com a idéia de área verde ou espaço de lazer.

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De acordo com Macedo (1995), os espaços livres podem ser classificados em espaços livres de urbanização, compreendendo a área não urbanizada do município, e em espaços livres de edificação, que abrangem os espaços urba-nos não edificados.

Em Lima et al (1994) os espaços livres de edificação são definidos como espaços urbanos que se opõem aos espaços edificados, podendo ser imper-meabilizados ou vegetados. Para este autor, embora os espaços livres podem ser apropriados para atividades como comércio ou passagem, não podem ser confundidos com áreas comerciais, residenciais, industriais ou de trânsito. No caso de serem espaços vegetados, definem-se como áreas verdes, desde que a área permeável compreenda no mínimo 70% de todo o espaço livre. Desta forma, espaço livre é um conceito mais abrangente que compreende os de-mais termos técnicos como área verde, parque, praça, jardim ou canteiro.

Diante das várias contribuições dos espaços livres para a qualidade urba-na, define-se que são três as suas funções básicas, entre outras possíveis (Es-cada, 1992; Lima et al., 1994; Cavalheiro & Del Picchia, 1992; Guzzo, 1999):

•Função Social-Lazer: que diz respeito aos espaços livre de lazer que funci-onam, primordialmente, como oportunidade às pessoas em satisfazer suas necessidades de lazer, sejam elas físicas, psicológicas ou sociais;

•Função Ecológica: relacionada aos espaços livres para a conservação de recursos naturais que exercem a função de melhorar a qualidade am-biental em relação ao clima, preservação e proteção de recursos hídricos, geomorfológicos, pedológicos, florísticos e faunísticos. Esse tipo de espa-ço também pode oferecer possibilidade de lazer, porém restrito, para que não ocorra a perda de sua função essencial;

•Função Estética-Integração: que diz respeito aos espaços livres de ordenamento da forma urbana que desempenham a função de modelar a estrutura urbana, integrando usos conflitantes, ocultando espaços inde-sejáveis, enfeitando cenários culturais e naturais, diversificando espaços monótonos e ainda, interligando massas de vegetação.

Devido a esta diversidade de atribuições, são diversas as categorias de espaços livres existentes, sendo que o conjunto dessas categorias cons-titui o que se chama de sistema de espaços livres. Segundo Cavalheiro & Del Picchia (1992), o ordenamento do sistema de espaços livres, visando tanto minimizar os impactos da urbanização sobre o meio físico, quanto ofertar possibilidades de lazer para a população, deve ser realizado após identificação de unidades de paisagem e estudos ambientais de cada uni-dade, favorecendo o diagnóstico de necessidades locais. Neste processo, os espaços livres devem ser identificados quanto à sua tipologia (situação fundiária) e posteriormente, quanto à sua categoria. Ainda, para que pos-sam ser observados déficits e disparidades na malha urbana, devem ser observadas as condições sócio-econômicas dos habitantes.

Para o ordenamento das categorias de espaços livres de lazer, considera-se que os critérios de planejamento devem abordar questões como:

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• distribuição dos espaços livres na malha urbana;

• acessibilidade por parte da população a que se destinam;

• compatibilidade entre estrutura física, atribuições e atividades desejadas; • condições de manutenção;

• percepção comunitária sobre a qualidade dos espaços livres.

Nota-se a complexidade de análises que devem ser realizadas para fun-damentar a proposição de um sistema de espaços livres de lazer. Análises que inclusive devem ser realizadas ao longo do tempo, monitorando a adequação das estruturas físicas às dinâmicas das transformações sociais e ambientais.

Buscando responder às questões relativas a uma melhor distribuição, fa-vorecendo uma oferta diversificada e mais acessível, tem-se a concepção de um sistema estruturado em função das escalas e potenciais áreas de influência dos espaços. Esta estruturação pode ser concebida com base na identificação de categorias espaciais que se tem exemplos em diversos países.

As categorias são definidas pelas características físicas dos espaços que influenciam nas potencialidades de apropriação. Em relação às categorias de lazer, a classificação é feita principalmente de acordo com potenciais raios de influência que organizam hierarquicamente os espaços como sendo de caráter de vizinhança, de bairro, distrital ou regional. Esta classificação, também en-tendida como uma hierarquização do sistema, é considerada de grande im-portância para análise e concepção de um sistema de espaços livres adequado às necessidades locais.

A sistematização de uma série de propostas de categorias de espaços li-vres encontradas na literatura resulta na hierarquização da Tabela 1. Nesta tabela, os atributos numéricos das categorias foram definidos de acordo com os valores mínimos e máximos sugeridos nas propostas estudadas.

Sobre este processo de hierarquização é muito importante ressaltar que os atributos sugeridos para cada categoria devem ser considerados como uma referência da capacidade suporte de cada espaço específico, não como metas a serem atingidas (Cavalheiro & Del Picchia, 1992). As propostas não podem ser tratadas como "padrão de qualidade", uma vez que os valores são deter-minados por experiências em outros contextos sociais e urbanísticos, também, porque as mudanças dos padrões estruturais e das necessidades da sociedade e do meio físico-biológico são constantes.

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Tabela 1: Sistematização de categorias de espaços livres mediante revisão de

literatura

Fonte: adaptação de Birkholz (1983), Cavalheiro & Del Picchia (1992), Escada (1992), Nucci (1996). * As indicações referem-se aos valores mínimos e máximos encontrados entre as várias propostas.

** Unidade de Vizinhança: conceito de uma unidade residencial servida por alguns equipamentos e serviços, cujo perímetro deve ser delimitado por vias coletoras ou expressas e cujo raio é idealizado em torno de setecentos metros para valorizar a vida do pedestre.

*** As categorias Pq. de Bairro e Pq. Distrital, também são denominadas, respectivamente, Parque de 10 minutos e Parque Setorial.

Ainda que as propostas de caracterização dessas categorias não devam ser diretamente aplicadas nas cidades brasileiras como modelos padrão, esta forma de hierarquização do sistema esclarece sobre quais variáveis devem ser pensadas no ordenamento dos espaços visando melhorar o atendimento às demandas da sociedade. Também contribui para identificar a diversidade de espaços livres existentes que deve ser analisada de maneira clara e objetiva no monitoramento da qualidade do meio urbano.

CATEGORIA EQUIPAMENTOS (m²/hab)*ÍNDICE TAMANHOMÍNIMO* DISTÂNCIADAS RESIDÊNCIAS POSIÇÃO e SITUAÇÃO FUNDIÁRIA FUNÇÃO POPULAÇÃO SERVIDA POR UNIDADE 1. PARQUE DE VIZINHANÇA 1a. Lote de Recreio - 0 a 6 anos •arborização •jardim •tanques de areia •brinquedos •bancos •mesas 0,75 (0,50 útil) ou 5m²/criança 60 a 500 m² 75 a 400 m • à vista da habitação • público ou particular • distante de grandes avenidas lazer em média200 habitantes 1b. Parque de Recreio - 6 a 10 anos

•aparatos para jogos

•brinquedos •arborização •bancos, etc. 0,75 (0,50 útil) ou 10 m²/criança 450 a 20.000 m² 400 a 800 m • dentro da unidade de vizinhança ** • distante de grandes avenidas • público ou particular lazer 500 a 2.500 habitantes ou 200 a 500 residências 1c. Campo de Recreio - 10 a 17 anos •quadras de esporte •elementos vegetais

•pista para bicicleta

•campo de futebol, etc.

0,75 (0,50 útil)

ou 8,00

900 a

80.000 m² 750 a 1.600 m

• seu acesso não deve depender da travessia de ruas de intenso tráfego de automóveis • público lazer 700 a 1.200habitantes 2. PARQUE DE BAIRRO ***

•campos de jogos para todas as idades

•ambiente para repouso

•instalação sanitária •lanchonete, etc. 4,0 a 10,0 ou 45m²/usuário 2 a 80 ha 500 a 5.000 m ou 10 min a pé • á margem da área residencial • público lazer predomi-nante para cada 10.000 a 50.000 habitantes 3. PARQUE DISTRITAL *** •pista de ciclismo •quadras de esporte •zoológico •jardim botânico •espaço cultural •lanchonete, etc. 6,0 / 7,0 10 a 120ha entre 1.200 e 5.000 m ou 30 min. de veículo • público lazer predomi-nante para cada 50.000 a 200.000 habitantes 4. PARQUE REGIONAL •campos de jogos •pista de ciclismo •zoológico

•jardim botânico, etc.

200 ha área com água • qualquer parte da cidade • público lazer e conser-vação 5. ÁREA PARA ESPORTES •quadras de esporte •pista de atletismo •campo de futebol •elementos vegetais 5,5 1 a 80 ha 500 a 1.000 m • próximo de escola • público ou particular lazer para cada 10.000 a 15.000 habitantes 6. BALNEÁRIO 1/10 água1,0 2,0 ha 0,2 ha (água) • perto de escolas • público ou particular lazer predomi-nante 7.

CEMITÉRIO 4,5 • público ou particular 8.

VERDE VIÁRIO

•Vegetação que acompa-nha calçadas, canteiros e rotatórias. • junto ao sistema viário • público estética- integra-ção 9. HORTA COMUNITÁRIA

12,0 300 m² • público ou particular produção

10. UNIDADE DE CONSERVAÇÃO •equipamento de lazer Contemplativo •centro de apoio à pesquisa • público ou particular conser-vação

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A sistematização de categorias da Tabela 1 define-se como um quadro de referência teórico-conceitual para definição de categorias locais que possa ser-vir como base de desenvolvimento de indicadores para aprimoramento do monitoramento da oferta de espaços livres.

3. Indicadores e índices relativos a espaços livres de lazer

Acredita-se que para avaliar de maneira abrangente a contribuição do sistema de espaços livres para a qualidade de vida, e das categorias de espaços livres de lazer em particular, deve-se trabalhar com um conjunto de indicadores que integrados, possam fornecer dados sobre diversas variáveis que influenciam no desempenho de suas atribuições. A análise da qualidade do sistema de es-paços livres não pode ser realizada de maneira plena se não forem observadas além da quantidade de área disponível, questões relativas à organização in-terna do espaço e à sua distribuição na paisagem.

Para discutir o aprimoramento de indicadores relativos a espaços livres de lazer, é necessário compreender quais são os aspectos abordados pelos indica-dores correntemente aplicados pela gestão pública e como contribuem para análi-se do sistema. Dois indicadores de interesanáli-se que são freqüentemente utilizados no Brasil para indicar a qualidade da oferta de espaços livres, isoladamente ou com-pondo sistemas de indicadores, são o "Índice de Espaços Livres (m²/hab)" e o "Índice de Espaços Livres Públicos (m²/hab)". Estes indicadores relacionam a área de espaços livres com a população residente, podendo ser aplicados sobre todo o município ou setores urbanos, sendo que o segundo indicador relaciona apenas os espaços definidos em lei como públicos.

Quanto à obtenção do Índice de Espaços Livres, existem conflitos entre métodos de coleta de dados, pelo fato de não haver uma padronização sobre quais são as áreas que devem ser entendidas como espaços livres. Assim, ainda não é possível realizar uma análise comparativa confiável entre diferen-tes localidades do país através desse indicador, uma vez que, enquanto alguns métodos relacionam apenas praças, parques e jardins urbanos, outros incor-poram quintais, cemitérios, ruas, unidades de conservação ou áreas rurais. Além de não distinguirem as diferentes categorias de espaços livres, estes in-dicadores também não fazem diferenciação entre espaços efetivamente im-plantados e não urbanizados, o que os reforça como indicadores estritamente quantitativos.

A questão mais importante que deve ser colocada sobre estes dois indi-cadores, é o fato de existir um mito no país de que organizações internacio-nais recomendam o valor mínimo de 12m²/hab de espaços livres. No entanto, Cavalheiro & Del Picchia (1992) revelam que após consultar esses órgãos, constataram não existir tal recomendação, ainda, que os padrões sugeridos por vários países divergem entre si. Desta forma, estes indicadores possibili-tam a leitura da quantidade de espaços livres de maneira genérica, podendo favorecer análises comparativas no tempo, mas ainda necessitam de defini-ções de padrões locais para fortalecer análises mais amplas.

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Outro indicador é o "Índice de Áreas Verdes (m²/hab)" que relaciona a quantidade de áreas vegetadas com a população residente. Também não apresenta padrões locais para método de coleta ou valor ideal, implicando nas mesmas questões apontadas para os demais indicadores.

Muitos trabalhos têm sido apresentados na busca de padronização desses indicadores, gerando novas propostas como o "Índice de verde por habitante" que formaliza um método de coleta, entretanto, continuam tratando da relação entre área e número de habitantes. Também são encontradas novas sugestões que di-ferenciam espaços implantados de não urbanizados, ou destacam apenas os es-paços potencialmente de lazer, gerando outras terminologias. Ainda assim, estas modificações não são suficientes para se compreender a estruturação do sistema.

No caderno de Tyler Norris Associates et al. (1997), que reúne uma série de experiências em sistemas de indicadores norte americanos e europeus, também são muitos os exemplos em que se repetem indicadores de "espaços livres per capita", sendo compreendidos ora como avaliação das condições de lazer, ora do estado de conservação dos recursos naturais. As experiências in-dicam que não está consolidado o princípio de que os espaços livres exercem várias atribuições simultaneamente, dependendo de suas características es-truturais. Tampouco demonstram o entendimento sobre classificações e hie-rarquização dos espaços livres. A leitura da proporcionalidade entre quantida-de quantida-de área disponível e população é suficiente para qualificar a organização do sistema de espaços livres?

Algumas pesquisas brasileiras também têm se apropriado do modelo de Richter (1981)1 apud Teixeira & Santos (2002) para a obtenção de índices de espaços livres públicos considerando a hierarquização do sistema em categori-as. Este modelo apresenta seis conjuntos de categorias (as mesmas apresen-tadas no item anterior), sendo que em cada conjunto estão agrupadas categorias de funções diferentes. Os conjunto são quantificados em indicadores específicos, desta forma, são gerados seis indicadores denominados "Índice 1", "Índice 2", "Índice 3", "Índice 4", "Índice 5" e "Índice 6", que fornecem a proporção entre área (m²) e número de habitantes. Acredita-se que, apesar de incorporarem o princípio de hierarquização do sistema e apresentarem um método claro de cole-ta, também tendem a se manter como indicadores quantitativos.

Na área de avaliação do desempenho morfológico do espaço livre, são várias as pesquisas sobre indicadores de adequação do espaço ao seu uso, analisando questões como diversidade de atividades desenvolvidas, diversida-de diversida-de grupos atendidos, segurança, conforto, etc. Esta é uma investigação relacionada à área de percepção ambiental, que possibilita a construção de in-dicadores qualitativos ou subjetivos, que podem ser entendidos como ferra-mentas apropriadas a momentos de análises mais aproximadas do objeto.

Quanto a indicadores de distribuição dos espaços livres, Herculano (1998) propõe a observação sobre a "distância média entre as moradias e es-sas áreas", sem, contudo, propor métodos de avaliação. Partidário (2000)

1

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propõe o indicador "Acessibilidade a Espaços Livres de Recreio", composto por dois outros indicadores simples: "População residente a 1000 m de espaços li-vres onde recreio e as atividades de tempos lili-vres são a principal utilização" e "População residente a 3000 m de espaços livres onde recreio e as atividades de tempos livres são a principal utilização". A acessibilidade é medida pela proporção entre a média ponderada das populações residentes a 1000 e 3000 metros de espaços livres e a população total.

Tendo como referência teórica sugestões de distâncias máximas entre os espaços livres de lazer e as residências apresentadas na Tabela 1 do item an-terior, as medidas propostas por Partidário reduzem as possibilidades de ar-ranjo do sistema de espaços livres de lazer e simplificam as necessidades da sociedade. Ainda assim, esta é uma proposta de grande relevância para o processo de aprimoramento de indicadores relativos a espaços livres.

O estudo de várias experiências em indicadores de espaços livres e mais especificamente, de espaços livres de lazer, indica a necessidade de aprimo-ramento de ferramentas para análises de caráter mais qualitativo, como dis-tribuição e adequação dos espaços aos seus usos, para que se possa conceber um sistema de espaços livres satisfatório para as necessidades do meio. Dis-tribuição e adequação a uso são critérios que, embora associados, necessitam de métodos de investigação distintos. A discussão sobre os dois critérios tor-na-se complexa diante da diversidade de variáveis que devem ser contempladas em suas análises. Desta forma, parte-se para a discussão sobre possibilidades de se estabelecer critérios de análises de distribuição dos espaços livres mediante a incorporação dos conceitos de hierarquização do sistema de espaços livres.

4. Proposta de categorias de espaços livres de lazer

para o desenvolvimento de indicadores de acessibilidade

segundo critérios de localização e distribuição

A proposta de hierarquização das categorias de espaços livres de lazer fa-vorece a consolidação de um sistema diversificado e a melhora da oferta de espaços mais adequados às diversas necessidades da sociedade. Contribui também significativamente para a definição de critérios de distribuição dos espaços livres de lazer, conseqüentemente, para o desenvolvimento de in-dicadores de acessibilidade que servem de apoio ao planejamento e gestão dos espaços livres.

No entanto, cuidados devem ser tomados ao se apropriar de modelos de outros países para a definição de uma hierarquização de categorias locais. O principal cuidado refere-se aos Índices (m²/hab), que não devem ser direta-mente adotados uma vez que foram determinados em condições sócio-econômicos-ambientais-culturais tão distintas. A grande variedade de valores apresentados demonstra a necessidade de análises e monitoramentos cons-tantes das condições locais para se chegar a proposições deste gênero.

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Outra questão refere-se à especialização das categorias de lazer em função das faixas etárias dos usuários ou tipos de atividades, como estão caracterizadas na literatura as categorias "Áreas para Esportes" e os vários "Parques de Vizi-nhança". Devido à diversidade sócio-econômica-cultural entre as várias unida-des de paisagem, estas questões devem ser determinadas também mediante uma série de análises sócio-ambientais locais e a consolidação de um processo de decisão participativo.

Interessa mais à formulação de uma proposta de categorias de espaços livres de lazer, a pré-definição de qualidades que definem a potencialidade do espaço, não a sua especificidade. Enquanto que os equipamentos e público usuário de uma área de lazer são definidos a partir das potencialidades de um lugar e da linha de um projeto, outras características como posição e área útil, tendem a definir estas potencialidades.

Desta forma, na Tabela 2 é proposta uma classificação de categorias de lazer definidas de acordo com suas áreas mínimas, potenciais raios de influên-cia, restrições quanto às suas posições na malha urbana e funções, caracte-rísticas consideradas essenciais para potencializar os espaços para práticas de lazer. Foram definidas seis categorias de lazer cujos atributos numéricos fo-ram determinados mediante análise de compatibilidade de várias recomenda-ções encontradas na literatura, evitando os intervalos numéricos da Tabela 1 que dificultariam a identificação das categorias no espaço urbano.

Tabela 2: Proposta de Categorias de Espaços Livres de Lazer e seus Principais

Atributos

CATEGORIA ÁREA INFLUÊNCIARAIO DE POSIÇÃO FUNÇÃO

1. Lote de

Vizinhança 60 a 300 m² 100 m

•à vista da habitação

•distante de ruas movimentadas •preferencialmente na mesma parcela do quarteirão lazer 2. Parque de Vizinhança 300 a 3000 m² 500 m •próximo à habitação •distante de grandes avenidas •dentro da unidade de vizinhança

lazer

3. Campo de Vizinhança

3000 a 20000

m² 800 m

•seu acesso não deve depender da travessia de ruas de intenso trânsito

•à margem de área residencial

lazer

4. Parque de

Bairro 2 a 80ha

500 a 5.000m ou

10 min. a pé •à margem da áreas residenciais lazer predominante 5. Parque Distrital à partir de 10

ha

1.200 a 5.000m ou 30 min. de veículo

•preferencialmente à margem de

áreas residenciais lazer predominante 6. Balneário •perto de escolas lazer predominante

É necessário justificar as modificações realizadas nesta proposta quanto às denominações de algumas categorias em comparação à forma que estão definidas na literatura consultada. Pelas razões já apresentadas, ao invés de denominações que especifiquem o tipo de atividade ou usuário, preferiu-se termos que indiquem apenas a potencialidade do espaço. As denominações

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das categorias 1, 2 e 3 foram modificadas, mantendo-se os termos que se as-sociam às escalas de unidades de vizinhança, entretanto, preferiu-se evitar a identificação de faixas etárias e o termo recreio, por não ser este o único modo de se promover lazer de acordo com abordagens sociológicas contem-porâneas, de influências marxistas, que identificam o lazer como uma possibi-lidade de apropriação crítica e criativa do tempo e espaço.

Como também pode ser observado comparando as Tabelas 1 e 2, não foi definida na proposta final a categoria "Área para Esporte" como um espaço li-vre de lazer, pois se considera que o esporte é uma das atividades possíveis de lazer, podendo ser oferecida em quaisquer das categorias, desde que haja compatibilidade entre o espaço e a atividade.

Ainda sobre a proposta de hierarquização apresentada, ressalta-se que, idealmente, as características essenciais das categorias devem ser definidas mediante a análise sistemática de determinantes sócio-ambientais locais e não apenas por referência à literatura, como foi realizada neste trabalho. Ressalta-se que os resultados desta pesquisa apreRessalta-sentam-Ressalta-se como uma primeira apro-ximação de uma proposta de categorias de espaços livres local. Devido à au-sência de trabalhos realizados neste sentido, a proposta não está salva de fu-turas modificações, uma vez que para a definição de características essenciais desses espaços é relevante a realização de um trabalho interdisciplinar, pau-tado, sobretudo, em pesquisas de percepção ambiental em diversos grupos sociais das várias unidades de paisagem locais.

A proposta se constitui como base de desenvolvimento de indicadores de acessibilidade segundo critérios de localização e distribuição.

5. Proposta de indicadores de acessibilidade a espaços livres

de lazer segundo critérios de localização e distribuição

Mediante o estudo de princípios de planejamento de espaços livres e da matização de experiências em indicadores relativos a espaços livres em siste-mas de monitoramento da qualidade de vida, pôde-se chegar à proposição de indicadores de acessibilidade a espaços livres de lazer segundo critérios de lo-calização e distribuição, com base em uma proposição de categorias de espa-ços livres de lazer e seus principais atributos.

Os indicadores foram elaborados visando proporcionar uma leitura mais clara sobre a organização do sistema de espaços livres, possibilitando melhor identificação dos déficits de reserva de espaços livres de lazer na malha urba-na. Desta forma, os indicadores propostos trabalham com a identificação de áreas potencialmente servidas por cada categoria de lazer presentes em uni-dades de paisagem.

A relação com unidades de paisagem é importante para que se possam observar desequilíbrios na distribuição dos espaços pela cidade. Estas unida-des devem ser coerentes em termos de relações de vizinhança, que são es-sencialmente determinadas pelo modo de ocupação do território, barreiras fí-sicas, identidades culturais e sócio-econômicas.

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Os indicadores propostos são:

•Proporção de área potencialmente atendida por lotes de vizinhança

na unidade = Valor de área urbanizada potencialmente atendida por

lotes de vizinhança na unidade / Valor de área urbanizada da unidade; •Proporção de área potencialmente atendida por parques de

vizi-nhança na unidade = Valor de área urbanizada potencialmente

atendi-da por parques de vizinhança na uniatendi-dade / Valor de área urbanizaatendi-da atendi-da unidade;

•Proporção de área potencialmente atendida por campos de

vizinhan-ça na unidade = Valor de área urbanizada potencialmente atendida por

campos de vizinhança na unidade / Valor de área urbanizada da unidade; •Proporção de área potencialmente atendida por espaços livres de

la-zer de vizinhança na unidade = Valor de área urbanizada

potencial-mente atendida por lotes, parques e campos de vizinhança na unidade / Valor de área urbanizada da unidade;

•Proporção de área potencialmente atendida por espaços livres de

la-zer de vizinhança no município = Valor de áreas urbanizadas

poten-cialmente atendidas por lotes, parques e campos de vizinhança em todas as unidades / Valor de área urbanizada no município.

As fontes de dados necessários aos cinco indicadores propostos são es-sencialmente documentos públicos, mapas e fotografias aéreas. Após a identi-ficação das categorias de espaços livres de lazer de acordo com as sugestões de área mínima e posição presentes na Tabela 2, prossegue-se com a delimi-tação das potenciais áreas de influência das categorias. As áreas de influência não são definidas pelo simples traçado de circunferências em função dos raios propostos. As áreas compreendidas pelas circunferências devem ser expandi-das ou reduziexpandi-das de acordo com a contigüidade do traçado urbano e a presen-ça de vias de alto fluxo que possam se comportar como barreiras de acesso a determinadas categorias.

Optou-se por trabalhar com a quantificação de área potencialmente atendida, diante da dificuldade de se obter o número de habitantes preciso nas unidades de paisagem e precisamente, nas áreas de influência de cada categoria, uma vez que as bases cartográficas de censos demográficos ofi-ciais não estão adaptadas a unidades de vizinhança que devem ser base de análises de acessibilidade a espaços livres de lazer. Acredita-se também que o nível de análise de acessibilidade oferecido por estes indicadores, não justifica o esforço de se obter o número de habitantes em todas as unidades de vizinhança. Este levantamento faz-se mais necessário em aná-lises posteriores, onde se deve trabalhar com leituras espaciais in loco e percepção da comunidade atendida, podendo-se obter mapas mais sensí-veis dos vários nísensí-veis de acessibilidade.

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6. Aplicação dos indicadores em uma Unidade de Paisagem do

município de Jaboticabal-SP

Os indicadores são aplicados em uma unidade de paisagem do município de Jaboticabal-SP para análise potencial da acessibilidade a espaços livres públi-cos de lazer.

Jaboticabal é um município da zona nordeste do estado, região adminis-trativa de Ribeirão Preto e está inserido na bacia hidrográfica do Rio Mogi-Guaçú. Apresenta 667km² de área, dos quais apenas 36km² são urbanizados, onde residem 93% de sua população total estimada em 65.000 habitantes.

O município é escolhido pelo fato de que setores da administração pública local, juntamente com representantes da sociedade civil organizada, estão en-volvidos em um processo participativo de construção de indicadores de sus-tentabilidade. Também, uma das frentes de trabalho do governo é a Gestão Ambiental Integrada, da qual faz parte o Grupo de Gestão de Áreas Verdes que se demonstra relativamente sensibilizado para a incorporação de novas ferramentas de planejamento e gestão de espaços livres. Este contexto tanto favorece a obtenção de dados para a pesquisa, quanto uma possível apropria-ção dos resultados e continuidade do trabalho.

Para aplicação dos indicadores, primeiramente foram identificadas unida-des de paisagem locais que puunida-dessem favorecer as análises. No Plano Diretor do Município, revisado no ano de 2000, estão definidas nove "unidades terri-toriais de planejamento" de acordo com a existência de setores administrati-vos, determinantes físicos e relações de vizinhança. Para facilitar a gestão fu-tura dos espaços, estas unidades foram tomadas como base sendo eventualmente adaptadas a unidades menores de vizinhança determinadas pelo sistema de vias arteriais e coletoras que também foi mapeado através de dados obtidos no plano diretor. O mapeamento de vias expressas, arteriais, coletoras e locais é de maior importância tanto para a definição de unidades de vizinhança, quanto para a identificação de categorias de espaços livres e suas áreas de influência.

Todos os espaços livres públicos de lazer foram catalogados mediante pesquisa realizada no cadastro da secretaria municipal de planejamento e identificados dentro de cada unidade com o apoio de fotos aéreas digitaliza-das, mapas digitalizados e mapas impressos nas escalas 1: 20.000 e 1: 5.000. Após este procedimento, pode-se seguir com a classificação dos espaços livres públicos segundo a proposta da Tabela 2, identificação das áreas de influência e obtenção dos indicadores.

Os resultados aqui apresentados referem-se à aplicação dos indicadores na Unidade de Paisagem VI, selecionada entre as unidades que apresentam menores níveis de renda domiciliar. A seqüência de mapas que segue em ane-xo ilustra alguns dos procedimentos realizados e favorece a leitura espacial dos indicadores.

Nesta unidade não foram identificadas as categorias lote de vizinhança e balneário. Entre os espaços livres públicos da unidade foram identificados dez

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espaços de função estética-integração e entre os de função social-lazer, cinco foram classificados como potenciais para parques de vizinhança, treze para campos de vizinhança e três para parques de bairro ou distritais.

Os indicadores obtidos foram:

•Proporção de área potencialmente atendida por parques públicos de vizi-nhança na unidade VI = 0,49 (49 %)

•Proporção de área potencialmente atendida por campos públicos de vizi-nhança na unidade VI = 0,77 (77 %)

•Proporção de área potencialmente atendida por espaços livres públicos de lazer de vizinhança na unidade VI = 0,77 (77 %)

Os resultados indicam que 33% da área urbanizada da unidade VI, não está servida por espaços livres públicos de lazer de caráter de vizinhança. Embora a unidade apresente um número significativo de praças, a sua distri-buição tende a não favorecer toda a população local.

7. Considerações finais

A classificação de categorias de espaços livres de lazer presente neste arti-go sugere uma forma de organização do sistema de espaços livres em rela-ção à distribuirela-ção e localizarela-ção dos espaços de lazer, aproximando-se de uma proposta de democratização do acesso a esses espaços. Esta classifi-cação oferece um embasamento teórico-conceitual para o desenvolvimento de indicadores relativos à acessibilidade a espaços livres de lazer, contudo, não se aproxima de uma proposta normativa, configurando-se ainda como um quadro de referência.

A quantificação de áreas potencialmente atendidas por cada categoria de lazer é um salto para uma análise qualitativa do sistema de espaços livres, no entanto, a reserva do espaço não é suficiente para a qualificação do lazer pú-blico, sendo ainda necessário investigar outros critérios de adequação do es-paço livre público ao lazer, que atravessam questões de percepção e gestão ambiental.

A proposição de indicadores de acessibilidade a espaços livres públicos de lazer mediante leitura da localização e distribuição de categorias espaciais possibilita:

•analisar quais categorias de espaços livres encontram-se potencialmente mais acessíveis à população em cada unidade de paisagem;

•analisar comparativamente as unidades de paisagem quanto à oferta de espaços livres públicos de lazer;

•analisar o índice de área urbanizada potencialmente atendida no municí-pio e em cada unidade sendo que, em uma escala de 0 a 1, o grau má-ximo •1 refere-se à totalidade de área urbanizada.

A hierarquização proposta não possibilita a aplicação desses indicadores para as categorias Parque de Bairro, Parque Distrital e Balneário, devido à

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indefi-nição de seus raios de influência que impede a determinação de áreas potencial-mente atendidas apenas com base na localização e distribuição dos espaços.

Como um produto do processo de obtenção desses indicadores, tem-se o mapeamento das potenciais áreas atendidas por cada categoria, que pode ser utilizado para identificação e aproximação dos potenciais usuários dos espaços, favorecendo um trabalho perceptivo e participativo para identificação das deman-das de adequação dos espaços aos usos preferíveis pela comunidade local.

A localização é um dos fatores determinantes da acessibilidade aos espa-ços livres públicos de lazer. Questões como tipo de equipamento instalado, paisagismo, segurança, manutenção e política administrativa também devem ser incorporadas em uma análise efetiva da acessibilidade mediante a apropri-ação de outros indicadores ou ferramentas de apoio ao planejamento e gestão desses espaços livres.

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144p.

Anexo

Seqüência de mapas ilustrativos de procedimentos e resultados obtidos na aplicação dos indicadores de acessibilidade na Unidade de Paisagem VI da ci-dade de Jaboticabal-SP.

Mapa 1: Unidades de Paisagem para

aplicação de indicadores de acessibilidade a espaços livres púbicos de lazer na área urbana do município de Jaboticabal-SP

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Mapa 2: Unidade

de Paisagem VI

destacando o

sistema de vias

arteriais e coletoras

Mapa 3: Área de

influência dos

Parques de

Vizinhança da

Unidade VI

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Mapa 4: Área de

Influência dos

Campos de

Vizinhança da

Unidade VI

Área não urbanizada

Área urbanizada não servida por categorias de lazer de vizinhança

Área urbanizada servida por categorias de lazer de vizinhança

Diagrama 1:

Diagrama de áreas

da Unidade VI

Referências

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