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Responsabilidade Ambiental: Áreas Contaminadas e Resíduos Sólidos

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Academic year: 2022

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Responsabilidade Ambiental:

Áreas Contaminadas e Resíduos Sólidos

Câmara de Comércio e Indústria Japonesa do Brasil Anderson Luiz Martins de Moura

Veirano Advogados

(3)

Plano da Apresentação:

Responsabilidade Ambiental

Responsabilidade Ambiental Administrativa, Penal e Civil

Áreas Contaminadas

Resíduos Sólidos

Potenciais Impactos e Gerenciamento de Riscos

(4)

Responsabilidade Ambiental

Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações (CF, art. 225, caput).

A violação de um dever gera responsabilidade.

(5)

Tríplice

Adminis-

trativa Civil

Penal

Responsabilidade Ambiental

As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados (CF, art. 225, § 3º).

Sistema de responsabilidade que considera o mero

exercício da atividade.

(6)

Responsabilidade Ambiental Administrativa

Conceito: Responsabilidade pela prática de infração administrativa ambiental.

Infração administrativa ambiental: Toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente (Lei 9605/98, art. 70, caput).

 Decreto Federal 6.514/08 estabelece as infrações administrativas em âmbito federal.

 Estados e Municípios têm competência para legislar sobre infrações administrativas.

(7)

Responsabilidade Ambiental Administrativa

Consequências: Aplicação de sanções administrativas.

Sanções administrativas (Lei 9.605/98):

• advertência;

• multa simples;

• multa diária;

• apreensão de coisas utilizadas na infração;

• destruição ou inutilização do produto;

• suspensão de venda e fabricação do produto;

• embargo de obra ou atividade;

• demolição de obra;

• suspensão parcial ou total de atividades;

• restritiva de direitos.

(8)

Responsabilidade Ambiental Administrativa

Quem aplica:

• Agentes dos órgãos ambientais com poderes de fiscalização;

• Agentes das Capitanias dos Portos.

Como aplica: Apuração através de processo administrativo próprio.

• Ampla defesa e contraditório.

Prescrição: Prazo de 5 anos.

Regra geral: contados a partir da data do ato.

Exceção: contados a partir do fim da infração permanente ou continuada.

Diversas infrações ambientais podem ser enquadradas na exceção.

Lei Complementar 140/2011: Todos os órgãos podem fiscalizar, mas apenas o responsável pelo licenciamento da atividade pode lavrar auto de infração.

(OBS.: A constitucionalidade da Lei Complementar 140/2011 está sendo discutida por meio de ADI no STF)

(9)

Responsabilidade Ambiental Penal

Conceito: Responsabilidade pela prática de crime ambiental.

Crime ambiental: Conduta descrita como tal em lei federal.

 Principal lei federal: Lei 9.605/98

 Estados e Municípios não podem legislar sobre direito penal.

Consequências: Aplicação de sanções penais.

Pessoas Jurídicas

Administradores

(10)

Responsabilidade Ambiental Penal

Quem aplica: Ministério Público Como aplica: Ações Criminais.

Prescrição: Calculada de acordo com a pena, conforme as regras de Direito Penal.

 Direito Penal também prevê a possibilidade de crimes continuados.

Diversos crimes ambientais podem ser interpretados como continuados.

(11)

Responsabilidade Ambiental Civil

Conceito:

Obrigação de reparar ou indenizar dano causado ao meio ambiente e a terceiros.

Poluição: Conceito amplo que abrange degradação da qualidade ambiental causada direta ou indiretamente (Lei 6.938/81, art. 3º, III).

Poluidor: Pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental.

Características:

Responsabilidade solidária

Licitude dos atos é irrelevante

Ausência de culpa é irrelevante

 NEXO CAUSAL: único requisito indispensável

(12)

Responsabilidade Ambiental Civil

Principais Teorias de Aplicação do Nexo Causal Risco Criado:

Riscos naturais da atividade são suficientes para configurar nexo causal.

Admite apenas excludentes que eliminam completamente o nexo causal.

Risco Integral:

Não admite nenhum tipo de excludente.

A existência de dano ambiental relacionado direta ou indiretamente à atividade é suficiente para responsabilização.

Ainda não existe consenso na jurisprudência sobre os limites do nexo causal em relação ao

poluidor indireto.

(13)

Responsabilidade Ambiental Civil

Quem aplica:

• Pessoas físicas e jurídicas lesadas, na defesa de seus próprios interesses;

• Ministério Público;

• União, Estados, Distrito Federal e Municípios;

• Associações de defesa meio ambiente (ONGs).

Como aplica:

Imposição Judicial → Ação Civil Pública

Aceitação Negociada → Termo de Ajustamento de Conduta

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Responsabilidade Ambiental Civil

Responsabilidade dos Sócios da Pessoa Jurídica:

Desconsiderada a personalidade pessoa jurídica sempre que for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados ao meio ambiente (art. 4º, Lei 9.605/98).

Principais Teorias de Aplicação da desconsideração Teoria Maior:

Exige, no mínimo, (i) abuso da personalidade jurídica, (ii) insolvência da pessoa jurídica, e (iii) personalidade como obstáculo ao ressarcimento.

Teoria Menor:

Basta a personalidade ser considerada como obstáculo ao ressarcimento.

Há decisões judiciais nos dois sentidos.

Sócios e Administradores → poluidores indiretos.

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Responsabilidade Ambiental Civil

Prescrição:

Ação por danos ambientais → Imprescritível Ação por danos à terceiros → 3 anos

 Discussão: danos à terceiros podem ocorrer muito depois do

fato que causou o dano ao meio ambiente.

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Áreas Contaminadas

• Danos ao meio ambiente e terceiros

• Responsabilidade civil, administrativa e criminal

• Responsabilidade objetiva e solidária por causas diretas e indiretas

• Responsabilidade de sócios e administradores

Lei Estadual SP 13.577/2009:

Artigo 13 - São considerados responsáveis legais e solidários pela prevenção, identificação e remediação de uma área contaminada:

I - o causador da contaminação e seus sucessores;

II - o proprietário da área;

III - o superficiário;

IV - o detentor da posse efetiva;

V - quem dela se beneficiar direta ou indiretamente.

Parágrafo único - Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica quando sua personalidade for obstáculo para a identificação e a remediação da área contaminada.

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Áreas Contaminadas

Impactos mais comuns:

Difícil provisionamento – Incertezas em balanços e auditorias

Desvalorização de ativos imobiliários ou não

Envolvimento da comunidade

Envolvimento simultâneo de diversos órgãos públicos

Envolvimento de diversos corresponsáveis

Prejuízos à imagem da companhia – Poder Público e terceiros

Contingências trabalhistas

Dificuldade tecnológica da remediação

Dificuldade para renovação de licenças

(18)

Áreas Contaminadas - Gerenciamento de Riscos

Prevenção

Auditorias Contratos Arquivo Ambiental

Plano de Desativação

• Processos internos

• Processos terceirizados

• Licenças

• Obrigações ambientais

• Mecanismos de controle

• Divisão de responsabilidades

• Direito de regresso

• Origem e destino de materiais

• Prestadores de serviço

• Dados de

produção

• Destino dos materiais

• Investigação ambiental

(19)

Remediação

Relacionamento com partes

envolvidas

Comunicação

Assessoria técnica e

jurídico

Direito de Regresso

• Estratégias de negociação com:

- Ministério Público

- Corresponsáveis - Vizinhos

• Interlocutor

• Plano de

comunicação externa

• Plano de

comunicação interna

• Gerenciamento de área contaminada

• Revisão de relatórios

• Necessidade de remediação

• Limites das obrigações

• Análise de risco

• Investigação da causa imediata

• Produção de provas

• Prazos

prescricionais

Áreas Contaminadas - Gerenciamento de Riscos

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Resíduos Sólidos

Resíduos da Atividade Produtiva:

• A contratação de serviços terceirizados não isenta os geradores da responsabilidade por danos que vierem a ser provocados pelo gerenciamento inadequado dos respectivos resíduos ou rejeitos (Lei 12.305/2010, art. 27, § 1º).

Resíduos pós-consumo:

• Destinação adequada de produtos que, após utilizados, podem causar danos ao meio ambiente ou à saúde pública.

Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos :

• Conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos.

Houve mudança na interpretação da responsabilidade

ambiental?

(21)

Resíduos Sólidos

Algumas dificuldades:

Difícil produção de provas

Difícil coordenação da cadeia de logística reversa

Falta de controle sobre o consumidor

Falta de educação ambiental ao consumidor

Falta de conhecimento técnico do legislador e competência legislativa concorrente

Falta de estrutura para destinação final de resíduos

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Resíduos Sólidos - Gerenciamento de Riscos

Gestão de

Resíduos Contratos Arquivo

Ambiental

Monitoramento de novas obrigações

• Inventário de resíduos sólidos

• Caracterização de resíduos

• Gerenciamento interno

• Destinação externa

• Metas

• Obrigações ambientais

• Mecanismos de controle

• Divisão de responsabilidades

• Direito de regresso

• Contratos

• NFs de saída

• Manifesto de Carga

• Certificado de Destinação Final

• Acompanhamento da legislação federal, estadual e municipal

• Acordos setoriais

(23)

Anderson Luiz Martins de Moura

anderson.moura@veirano.com.br www.veirano.com.br

+55 (11) 5505-4001

Muito obrigado!

10 de maio de 2012

Referências

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