INTERPRETADA
ARTIGO POR ARTIGO, PARÁGRAFO POR PARÁGRAFO
COSTA MACHADO
ORGANIZADOR
DOMINGOS SÁVIO ZAINAGHI
COORDENADOR
8* EDIÇÃO
mm *
Adalberto Martins
Bosco Araújo de Menezes
Carlos Augusto M. de Oliveira Monteiro Claudete Terezinha Tafuri Queiroz Davi Furtado Meirelles
Dulce Maria Soler Gomes Rijo Elaine Berini da Costa Oliveira Erotilde Ribeiro dos Santos Minharro Francisco Luciano Minharro
Gerson Lacerda Pistori Ivani Contini Bramante
Laura Bittencourt Ferreira Rodrigues Luciana Helena Brancaglione
Márcio Mendes Granconato Miron Tafuri Queiroz
Moyses Simão Sznifer
Nordson Gonçalves de Carvalho Osvaldo Dias Andrade
INCLUI QUESTÕES DA OAB E CONCURSOS
GANHE O LIVRO ELETRÔNICO 3 EM 1
CONSmUÇÂO HEDtRAL CÓ0K30S C ffll E PENAL
Raimundo Simão de Melo Ricardo Regis Laraia
SÚM ULAS, ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS
E PRECEDENTES NORMATIVOS DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
M a n o le
Edição atualizada de acordo com as Leis ns. 13.257/2016 e 13.287/2016.
INTERPRETADA CLT
ARTIGO POR ARTIGO, PARÁGRAFO POR PARÁGRAFO
INTERPRETADA CLT
ARTIGO POR ARTIGO, PARÁGRAFO POR PARÁGRAFO
COSTA MACHADO
ORGANIZADOR
DOMINGOS SÁVIO ZAINAGHI
COORDENADOR
ÇÃO
2017
INCLUI QUESTÕES DA OAB E CONCURSOSAdalberto Martins
Bosco Araújo de Menezes
Carlos Augusto M. de Oliveira Monteiro Claudete Terezinha Tafuri Queiroz Davi Furtado Meirelles
Dulce Maria Soler Gomes Rijo Elaine Berini da Costa Oliveira Erotilde Ribeiro dos Santos Minharro Francisco Luciano Minharro
Gerson Lacerda Pistori Ivani Contini Bramante
Laura Bittencourt Ferreira Rodrigues Luciana Helena Brancaglione Márcio Mendes Granconato Miron Tafuri Queiroz Moyses Sim ão Sznifer
Nordson Gonçalves de Carvalho Osvaldo Dias Andrade
Raimundo Simão de Melo Ricardo Regis Laraia
A
M a n o le
SÚMULAS, ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS
E PRECEDENTES NORMATIVOS DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
ed ito r-gestor Waltcr Luiz Coutinho
editoraresponsável Sônia Midori Fujiyoshi
pro d u çã oeditorial Luiza Bonfim
capa Daniel Justi e Thereza Almeida
projetog ráfico Departamento Editorial da Editora Manole
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
© Editora Manole Ltda., 2017, por meio de contrato com o organizador.
CLT interpretada: artigo por artigo, parágrafo por parágrafo/Costa Machado, organizador; Domingos Sávio Zainaghi, coordenador. - 8. cd. - Barueri, SP:
Manole, 2017.
Vários autores.
ISBN 978-85-204-5321-6
1. Trabalho - Leis e legislação - Brasil I. Machado, Costa. II. Zainaghi, Domingos Sávio.
16-00107 CDU -34:331(81) (094)
índices para catálogo sistemático:
1. Brasil: Consolidação das Leis do TVabalho:
Direito do trabalho 34:331 (8 1)(094) 2. Consolidação das Leis do Trabalho: Brasil:
Direito do trabalho 34:331(81 )(094) 3. Leis trabalhistas: Brasil 34:331(81)(094)
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, por qualquer processo, sem a permissão expressa dos editores. Ê proibida a reprodução por fotocópia.
Durante o processo de edição desta obra, foram tomados todos os cuidados para assegurar a publicação de informações precisas e de práticas geralmente aceitas. Caso algum autor sinta-se prejudicado, favor entrar cm contato com a editora. Os autores e os editores eximem-se da responsabilidade por quaisquer erros ou omissões ou por quaisquer consequências decorrentes da aplicação das informações presentes nesta obra. É responsabilidade do profissional, com base cm sua experiência e conhecimento, determinar a aplicabilidade das informações em cada situação.
A Editora Manole é filiada à ABDR - Associação Brasileira de Direitos Reprográficos.
1* edição - 2007; 2* edição - 2009 3‘ edição - 2012; 4* edição - 2013 5* edição - 2014; 6“ edição - 2015; 7a edição - 2016; 8“ edição - 2017 Data de fechamento desta edição: 13.01.2017.
Editora Manole Ltda.
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06460-120 - Barueri - SP - Brasil
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juridico@manole.com.br Impresso no Brasil Printed iti Brazil
ANTÔNIO CLÁUDIO DA COSTA MACHADO (ORGANIZADOR)
Bacharel, mestre e doutor pela Faculdade de Direito da Universi
dade de São Paulo (USP). Professor de Teoria Geral do Processo e Direito Processual Civil da USP desde 1984, tendo regido, recen
temente, as cadeiras Instituições Judiciárias e Tutela Jurisdicional dos Interesses Transindividuais, além de vir ministrando aulas de procedimentos civis do ECA. M inistrou tam bém Processo Civil Aplicado e Procedimentos Especiais. Professor do curso de mes
trado em Direitos Humanos Fundamentais do Centro Universi
tário FIEO (UNIFIEO). Ex-professor dos cursos de mestrado da Universidade de Guarulhos (UnG) e da Universidade de Franca (Unifran). Ex-coordenador de Processo Civil da Escola Paulista de Direito (EPD). Advogado, consultor jurídico e parecerista em São Paulo.
DOMINGOS SÁVIO ZAINAGHI (COORDENADOR)
D outor e mestre em Direito do Trabalho pela Pontifícia Univer
sidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Pós-doutorado em Di
reito do Trabalho pela Universidad de Castilla-La Mancha/Espa- nha. Presidente h o n o rário da Asociación Iberoam ericana de Derecho dei Trabajo y de la Seguridad Social e do Instituto Ibero- americano de Derecho Deportivo. Membro da Academia Paulis
ta de Direito e da Academia Nacional de Direito Desportivo. Pro
fessor Honoris Causa da Universidad Paulo Freire, da Nicarágua.
Professor do curso de mestrado do UNIFIEO. Advogado.
SOBRE OS AUTORES
Adalberto Martins
Desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 2a Região, profes- sor-assistente doutor da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Ca
tólica de São Paulo (PUC/SP), em graduação, mestrado e doutorado, pro
fessor licenciado dos cursos de graduação e pós-graduação das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), professor convidado da Coordenadoria Ge
ral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão da PUC-Cogeae/SP.
Bosco Araújo de Menezes
Bacharel em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), onde fez mes
trado em Direito Romano nas áreas de História do Direito e Filosofia do Di
reito. Juiz do trabalho em São Paulo, Santos, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e no Estado de Mato Grosso do Sul. Aposentou-se como juiz do TRT-2a Região. Professor titular da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo (FDSBC) na cadeira de Direito Processual do Trabalho.
Carlos Augusto Marcondes de Oliveira Monteiro
Mestre e Doutor em Direito do Trabalho pela Pontifícia Universidade Ca
tólica de São Paulo (PUC/SP). Advogado. Membro da Asociación Iberoame- ricana de Derecho dei Trabajo y de la Seguridad Social e do Instituto Iberoa- m ericano de Derecho D eportivo. C oordenador e professor do curso de pós-graduação da Escola Paulista de Direito (EPD).
VIII I CLT INTERPRETADA
Claudete Terezinha Tafuri Queiroz (in metnoriam)
Bacharel em Direito pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Di
reito das Relações Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Pau
lo (PUC/SP). Foi juíza titular da 80a Vara do Trabalho de São Paulo.
Davi Furtado Meirelles
Graduado em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
Mestre e doutorando em Direito do Trabalho pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Desembargador Federal do TRT-2a Região.
Professor titular de Direito do Trabalho da Faculdade de Direito de São Ber
nardo do Campo (FDSBC). Ex-coordenador-geral do Departamento Jurídi
co do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Ex-assessor jurídico da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da bancada dos trabalhadores no Fórum Nacional do Trabalho (FNT).
Dulce M aria Soler Gomes Rijo
Graduada pela Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo (FDSBC).
Mestre em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Ma- ckenzie. Juíza titular da 2a Vara do Trabalho de Santo André. Professora de pós-graduação convidada na Faculdade de Direito de Sorocaba (Fadi) e na Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo (FDDBC).
Elaine Berini da Costa Oliveira
Mestre em Direito e Processo do Trabalho pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Especialista em Direito e Processo do Tra
balho pela Universidade São Francisco (USF). Pós-graduada em Economia do Trabalho e Sindicalismo pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Coordenadora e professora do curso de pós-graduação da Faculdade de Di
reito de Itu (FADITU). Advogada.
Erotilde Ribeiro dos Santos M inharro
Juíza titular da 20a Vara do Trabalho de São Paulo. D outora e mestre em Direito do Trabalho pela Universidade de São Paulo (USP). Especialista em Direito do Trabalho pela Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo (FDSBC). Professora titular da disciplina de Prática Trabalhista na FDSBC, onde coordena e ministra as aulas de Direito Processual do Trabalho do cur
so de pós-graduação em Direito e Relações do Trabalho. Professora convida
da do GV/avv, da Escola Paulista de Direito Social (EPDS) e da Associação dos Advogados de São Paulo (AASP).
SOBRE OS AUTORES | IX
Francisco Luciano Minharro
D outor em Direito do Trabalho pela Universidade de São Paulo (USP).
Mestre e especialista em Direito do Trabalho pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Especialista em Direito Público pela Esco
la Superior do Ministério Público de São Paulo (ESMP/SP). Professor uni
versitário.
Gerson Lacerda Pistori
Mestre em Direito do Trabalho pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e em Direito Processual Civil pela Universidade Paulista (Unip).
Especialista em Direito do Trabalho pela Universidade de São Paulo (USP).
Desembargador Federal do TRT-153 Região. Professor de Direito do Trabalho e Direito Processual do Trabalho em cursos de pós-graduação desde 1991.
Ivani Contini Bramante
Bacharel pela Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo (FDSBC).
Mestre e doutora pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/
SP). Especialista em Relações Coletivas de Trabalho pela Organização Inter
nacional do Trabalho (OIT). Professora de Direito Coletivo do Trabalho e Direito Previdenciário na FDSBC, onde coordena o curso de pós-graduação em Direito das Relações do Trabalho. Membro do Conselho de Justiça e Éti
ca do Conselho Arbitrai do Estado de São Paulo, da Asociación Iberoameri- cana de Derecho dei Trabajo y de la Seguridad Social, da Comissão de Tra
balho Decente do TRT-23 Região, junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST). Desembargadora Federal do TRT-23 Região.
Laura Bittencourt Ferreira Rodrigues
Doutora em Direito do Trabalho e da Seguridade Social pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Direito das Relações Sociais (Direito do Tra
balho) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Pós- g ra d u a d a em Direito Processual Civil pela Escola Paulista da Magistratura (EPM). Professora da Escola da Magistratura do TRT-153 Região. Professo
ra convidada da Escola Nacional da Magistratura do Trabalho (ENAMAT).
Professora das Faculdades de Campinas (Facamp). Juíza titular da Vara do Trabalho de Sumaré/SP.
Luciana Helena Brancaglione
Graduada em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e em Direito pela Universidade de São Paulo (USP). Especialista em Direito do Trabalho e mestre em Direito das Relações Sociais pela Pontifícia
X I CLT INTERPRETADA
Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Especialista em Direito Pre- videnciário pela Escola Paulista de Direito Social (EPDS). Analista judiciá
rio no Tribunal Regional do Trabalho da 2a Região).
Márcio Mendes Granconato
Juiz do Trabalho do TRT da 2a Região. Especialista em Direito do Traba
lho pelo IDT da FDUL - Lisboa, Portugal. Mestre em Estúdios en Derechos Sociales pela Universidad de Castilla-La Mancha. Mestre e Doutor em Direi
to do Trabalho pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP).
Professor e Coordenador dos Cursos de Pós-Graduação em Direito do Tra
balho da Escola Paulista de Direito - EPD.
Miron Tafuri Queiroz
Procurador do Trabalho da Procuradoria Regional do Trabalho-2a Região.
Mestre em Direito na área de concentração Direito do Trabalho e da Segu
ridade Social pela Universidade de São Paulo (USP). Bacharel em Direito pela USP.
Moyses Simão Sznifer
Mestre em Direito das Relações Sociais pela Pontifícia Universidade Ca
tólica de São Paulo (PUC/SP). Especialista em Direito das Obrigações e Con
tratos pela Escola Superior de Advocacia (ESA/SP). Professor convidado em cursos de pós-graduação, complementação e extensão universitária em Di
reito. Professor de Direito do Consum idor e Direito do Trabalho em cursos preparatórios ao ingresso no M inistério Público do Trabalho. Procurador Regional do Trabalho aposentado do Ministério Público do Trabalho da 2a Região. Ex-diretor de assuntos legislativos da Associação Nacional dos Pro
curadores do Trabalho (ANPT). Advogado.
Nordson Gonçalves de Carvalho
Mestre em Direitos Fundamentais (Positivação e Concretização Jurídica dos Direitos Fundamentais) pelo Centro Universitário FIEO (UNIFIEO).
Professor adjunto na Universidade Anhanguera de Osasco (UN1AN). Pro
fessor visitante nos cursos de pós-graduação lato setisu em Direito e Proces
so do Trabalho no Centro Universitário de Rio Preto (Unirp). M embro da Asociación Iberoamericana de Derecho dei Trabajo y de la Seguridad Social (AIDTSS) e do Instituto Iberoamericano de Derecho Deportivo (IIDD). Ad
vogado.
SOBRE OS AUTORES | XI
Osvaldo Dias Andrade
Mestre em Direito Difuso e Coletivo pela Universidade Metropolitana de Santos (Unimes). Especialista em Direito Comercial pela Universidade de São Paulo (USP). Especialista em Direito Empresarial pela Universidade Presbi
teriana Mackenzie. Professor de Direito do Trabalho e Direito Processual do Trabalho. Advogado.
Raimundo Simão de Melo
Mestre e doutor em Direito das Relações Sociais pela Pontifícia Universi
dade Católica de São Paulo (PUC/SP). Pós-graduado em Direito do Trabalho pela Universidade de São Paulo (USP). Especialista em Relações Coletivas de Trabalho pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Procurador Regional do Trabalho aposentado. Membro da Escola Superior do Ministé
rio Público da União (ESMP). Professor coordenador da disciplina Meio Ambiente do Trabalho do curso de pós-graduação da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo (FDSBC). Professor convidado nos cursos de pós-graduação lato sensu em Direito da Fundação Getulio Vargas (FGV/SP), da Coordenadoria Geral de Aperfeiçoamento e Especialização (PUC-Cogeae/
SP) e da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Membro da Academia Na
cional de Direito do Trabalho. Ordem do Mérito Judiciário dos TRTs das 2a e 15a Regiões.
Ricardo Regis Laraia
Doutor e mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 15a Região. Ex-professor de Direito do Trabalho e de Processo do Trabalho nos cursos de graduação e especialização da PUC/SP (1990/2014).
SUMÁRIO
índice dos com entários... XV Apresentação do organizador...XVII Apresentação do coordenador...XIX Notas do coordenador...XXI Lista de abreviaturas e siglas... XXIII índice sistemático da CLT... XXV Decreto-lei n. 5.452, de 01.05.1943 (aprova a Consolidação das Leis do
Trabalho)... 1 Consolidação das Leis do Trabalho...2 Anexo I - Disposições da CF orientadoras para a CLT...918 Anexo II - Composição atual de cada um dos TRTs (art. 670, CLT) ....923 Anexo III - Divisão territorial atual dos TRTs (art. 674, CLT)... 926 Anexo IV - LC n. 75, de 20.05.1993 (excertos) ... 928 Anexo V - Portaria n. 88 (SIT/DSST), de 28.04.2009, e Decreto
n. 6.481, de 12.06.2008... 936 Súmulas, Orientações Jurisprudenciais e Precedentes Normativos
do Tribunal Superior do Trabalho (TST)... 960 Súmulas do TST... 960 Orientações Jurisprudenciais do Tribunal Pleno do TST... 1006 Orientações Jurisprudenciais da Seção de Dissídios Individuais 1
(S D I-l)d o T S T ... 1008 Orientações Jurisprudenciais Transitórias da Seção de Dissídios
Individuais 1 (SDI-1) do TST...1034 Orientações Jurisprudenciais da Seção de Dissídios Individuais 2
(SDI-2) do T S T ... 1043
XIV I CLT INTERPRETADA
Orientações Jurisprudenciais da Seção de Dissídios Coletivos
(SDC) do T S T ... 1055
Precedentes Normativos da Seção de Dissídios Coletivos (SDC) do T S T ... 1058
Índice alfabético-remissivo da CLT... 1064
índice alfabético-remissivo das Súmulas do T S T ...1073
Questões de Exames de Ordem e concursos... 1086
G ab arito ... 1133
ÍNDICE DOS COMENTÁRIOS
Arts. Io a 12 - Márcio Mendes Granconato... 2
Arts. 13 a 56 - Francisco Luciano M inharro ... 20
Arts. 57 a 128 - Carlos Augusto Marcondes de Oliveira M onteiro... 57
Arts. 129 a 153 - Elaine Berini da Costa Oliveira... 93
Arts. 154 a 175 - Nordson Gonçalves de Carvalho ... 121
Arts. 176 a 292 - Dulce Maria Soler Gomes R ijo... 142
Arts. 293 a 351 - Laura Bittencourt Ferreira Rodrigues... 202
Arts. 352 a 401-B - Adalberto M artin s... 237
Capítulo IV - Da Proteção do Trabalho do Menor - Claudete Terezinha Tafuri Queiroz, Miron Tafuri Q ueiroz... 278
Arts. 402 a 441 - Claudete Terezinha Tafuri Queiroz, Miron Tafuri Q ueiroz... 279
Arts. 442 a 476-A - Ricardo Regis Laraia... 319
Arts. 477 a 486 - Moyses Simão Sznifer... 388
Capítulo VI - Do Aviso-Prévio - Gerson Lacerda Pistori... 403
Arts. 487 a 510 - Gerson Lacerda Pistori... 404
Arts. 511a 569 - Davi Furtado Meirelles... 423
Capítulo II - Do Enquadramento Sindical - Osvaldo Dias A ndrade.... 487
Arts. 570 a 610 - Osvaldo Dias Andrade... 488
Arts. 611a 625 - Ivani Contini B ram ante... 517
Arts. 625-A a 625-H - Carlos Augusto Marcondes de Oliveira M onteiro... 538
Arts. 626 a 642 - Ivani Contini B ram ante... 545
Arts. 642-A a 709 - Luciana Helena Brancaglione...563
XVI I CLT INTERPRETADA
Arts. 710 a 735 - Claudete Terezinha Tafuri Queiroz, Miron Tafiiri
Q ueiroz... 662
Arts. 736 a 762 - Raimundo Simão de M elo... 686
Arts. 763 a 798 - Bosco Araújo de Menezes... 715
Arts. 799 a 836 - Erotilde Ribeiro dos Santos M inharro ... 739
Arts. 837 a 855 - Bosco Araújo de Menezes... 791
Arts. 856 a 875 - Raimundo Simão de M elo...816
Arts. 876 a 892 - Erotilde Ribeiro dos Santos M in h arro ... 842
Arts. 893 a 922 - Nordson Gonçalves de C a rv a lh o ...873
APRESENTAÇÃO DO ORGANIZADOR
É com enorme alegria que presencio a conclusão deste longo trabalho ini
ciado há mais de dois anos, envolvendo quase duas dezenas de autores, para a construção da CLT interpretada - artigo por artigo, parágrafo por parágrafo.
Foi a partir da ideia de reproduzir a fórmula bem-sucedida empregada no meu CPC interpretado, ora em 6a edição pela Editora Manole, que tomei a iniciativa de convidar um especialista de renome e de reconhecida com pe
tência como o Prof. Domingos Sávio Zainaghi para coordenar a presente obra de tantas mãos e de tantas perspectivas. Tal iniciativa e o consequente e árduo labor da coordenação e dos autores que incansavelmente escreve
ram, reescreveram e revisaram seus textos, ao lado do não menos dedicado trabalho da equipe da Editora Manole, sob o comando de Rodrigo da Silva Botelho, é que perm itiram a publicação do livro que ora chega ao mercado.
Não posso deixar de manifestar, por último e mais uma vez, meus since
ros agradecimentos à família Manole (Dr. Dinu, Roberto, Amarylis e Danie- la) pela visão editorial, pelo incentivo constante e pela seriedade no trato de todas as coisas que envolveram a produção desta obra. Meus agradecimen
tos, ainda, ao empenho do Dr. Carlos Augusto Marcondes de Oliveira M on
teiro, que não poupou esforços para tornar possível a presente publicação.
Santana de Parnaíba, abril de 2007.
Antônio Cláudio da Costa Machado
APRESENTAÇÃO DO COORDENADOR
A Consolidação das Leis do Trabalho foi aprovada pelo Decreto-lei n. 5.452, de Io de maio de 1943.
Após um período de vacatio legis, passou a vigorar em 10 de novembro de 1943 e, ainda que criticada, vige até hoje, com muitas alterações.
Fruto de um período histórico mundialmente conturbado, a CLT corres
pondeu, como consta de sua exposição de motivos, “a um estágio no desen
volvimento jurídico”, pois, diferentemente dos Códigos, uma consolidação é a concatenação de textos legais, coordenação de princípios e diretrizes; en
fim, uma sistematização das regras sociais, um instrumento regulador da re
lação entre capital e trabalho.
A CLT regula as relações individuais e coletivas de trabalho, bem como com porta normas de direito processual do trabalho, sendo, pois, uma eficaz ferramenta jurídica onde são encontradas praticamente todas as normas la
borais, sejam elas de direito material ou processual.
Nestes comentários, foram reunidos, de maneira inédita, vinte juslaboris- tas que analisaram o texto da Consolidação das Leis do Trabalho de manei
ra exaustiva, constituindo-se esta num a obra sem precedentes e de inegável utilidade a estudantes e profissionais do Direito.
Na oitava edição, que comprova o sucesso do trabalho, vários artigos e pa
rágrafos ganharam novos comentários, em razão das alterações legislativas dos últimos anos.
Também incluíram-se, no final, as Súmulas, as Orientações Jurispruden- ciais e os Precedentes Normativos do Tribunal Superior do Trabalho.
Contém tam bém questões de Exames de Ordem e concursos e os respec
tivos gabaritos.
Com tais mudanças, a obra fica ainda mais útil aos profissionais do Direito.
O coordenador
NOTAS DO COORDENADOR
1 - Órgãos e cargos: procuram os m anter a designação original da lei ou de suas alterações posteriores no que se refere à denom inação de Ministé
rios, Secretarias, autarquias, demais órgãos públicos e cargos, uma vez que a flutuação dessas denominações é uma constante em nosso sistema. Raras ve
zes há determinação legal para a substituição, nas leis vigentes, da designa
ção desses cargos, órgãos, Secretarias e Ministérios. Todavia, sempre que houve expressa determinação legal, processamos as devidas modificações.
2 - Revogações: verificamos que, em alguns casos, a alteração trazida por diplom a legal posterior modifica expressamente a redação de dispositivo existente, dando-lhe nova redação ou excluindo-o do sistema jurídico por revogação; em outros casos, o novo diploma legal, ao trazer nova disposição, não revoga expressamente o texto anterior, mas este fica sem aplicação de
vido à sua incompatibilidade com a norm a vigente. Nessas situações, o le
gislador vale-se da ordem geral “revogam-se as disposições em contrário”.
Para diferenciarmos tais casos, optamos por usar, em notas abaixo dos tex
tos legais, as expressões “redação dada” - para as alterações no texto; e “arti
go revogado” - para os casos expressamente ditados pela lei. Nas circunstân
cias em que a aplicação do dispositivo tornou-se incompatível com a norm a posterior, entendemos que ele foi derrogado tacitamente (em todos os casos, indicamos o respectivo ato legal com as novas disposições). Mantivemos a mesma redação de dispositivos da CLT cuja vigência acha-se suprimida pela superveniência da Constituição Federal de 1988 e suas Emendas. Anotamos, contudo, que a interpretação de alguns dispositivos da CLT deve ser orien
tada pelos arts. 7 ° a l l e l l l a l l 6 d a Constituição Federal.
XXII I CLT INTERPRETADA
3 - Anexos: no intuito de possibilitar uma consulta mais completa, a obra contém cinco anexos legislativos com temas complementares à CLT. São eles:
I - “Disposições da CF orientadoras para a CLT”; II - “Composição atual de cada um dos TRTs (art. 670, CLT)”; III - “Divisão territorial atual dos TRTs (art. 674, CLT)”; IV - “LC n. 75, de 20.05.1993 (excertos)"; e V - “Portaria n.
88 (SIT/DSST), de 28.04.2009, e Decreto n. 6.481, de 12.06.2008”.
4 - TST: esta oitava edição traz a íntegra de todos os textos das Súmulas, das Orientações Jurisprudenciais e dos Precedentes Normativos do Tribunal Superior do Trabalho, atualizados até 13.01.2017.0 leitor poderá manter-se inform ado sobre as alterações desses textos no site www.manoleeducacao.
com.br/codigosmanole até 31.10.2017.
5 - Incluíram-se questões de Exames de Ordem e de Concursos públicos, o que dá àqueles que consultam a obra oportunidade de testarem seus co
nhecimentos sobre direito do trabalho.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ADC: ação declaratória de constitu- cionalidade
ADCT: Ato das Disposições Consti
tucionais Transitórias
ADIn: ação direta de inconstitucio- nalidade
ADPF: ação de descum prim ento de preceito fundamental
Ag. Reg.: agravo regimental AGU: Advocacia-Geral da União ANS: Agência Nacional de Saúde Su
plementar
Anvisa: Agência Nacional de Vigilân
cia Sanitária Ap.: apelação
Bacen: Banco Central do Brasil BTN: Bônus do Tesouro Nacional c/ rev.: com revisão
Câm.: Câmara
Câm. de Dir. Priv.: Câmara de Direi
to Privado
Câm. de Dir. Públ.: Câmara de Direi
to Público CC: Código Civil
CC/1916: Código Civil de 1916 (Lei n. 3.071/16)
CC/2002: Código Civil de 2002 (Lei n. 10.406/2002)
CCom : Código C om ercial (Lei n.
556/1850)
CDC: Código de Defesa do Consu
m idor (Lei n. 8.078/90)
CEJ: Centro de Estudos Jurídicos CF: Constituição Federal
CJF: Conselho da Justiça Federal CMN: Conselho M onetário Nacio
nal
CNE: Conselho Nacional do Espor
te
CNJ: Conselho Nacional de Justiça CNPJ: Cadastro Nacional de Pessoas
Jurídicas
CP: C ódigo Penal (D ecreto-lei n.
2.848/40)
CPC/73: Código de Processo Civil (Lei n. 5.869/73)
CPC/2015: Código de Processo Civil (Lei n. 13.105/2015)
XXIV I CLT INTERPRETADA
CPF: Cadastro de Pessoas Físicas CPM: Código Penal Militar (Decre
to-lei n. 1.001/69)
CPP: Código de Processo Penal (De
creto-lei n. 3.689/41)
CPPM: Código de Processo Penal Mi
litar (Decreto-lei n. 1.002/69) CR: Constituição da República CSJT: Conselho Superior da Justiça
do Trabalho
CTB: Código de Trânsito Brasileiro (Lei n. 9.503/97)
CTN: Código T ributário Nacional (Lei n. 5.172/66)
CTPS: Carteira de Trabalho e Previ
dência Social
Des.: desembargador DJ: Diário da Justiça
EC: emenda constitucional
ECR: emenda constitucional de revi
são
FGTS: Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
HC\ habeas corpus
IBGE: Instituto Brasileiro de G eo
grafia e Estatística
INSS: Instituto Nacional do Seguro Social
ISS: Imposto sobre Serviço de Q ual
quer Natureza j.: julgado
LC: lei complementar
LDO: Lei de Diretrizes O rçam entá
rias
LINDB: Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro (Decreto-lei n. 4.657/42)
LRP: Lei de Registros Públicos (Lei n. 6.015/73)
Min.: Ministro(a)
MJ: Ministério da Justiça MP: Ministério Público MP n.: Medida Provisória n.
MPF: Ministério Público Federal n.: número
OAB: Ordem dos Advogados do Bra
sil
OIT: Organização Internacional do Trabalho
OJ: orientação jurisprudencial OMS: Organização Mundial da Saú
de
ONU: Organização das Nações Uni
das p.: página
PL: projeto de lei r.: referido(a)
RE: recurso especial rei.: relator(a)
REsp: recurso especial RN: resolução normativa S. A.: sociedades anônimas s/ rev.: sem revisão
STF: Supremo Tribunal Federal STJ: Superior Tribunal de Justiça STM: Superior Tribunal Militar Sunab: Superintendência Nacional
de Abastecimento
SUS: Sistema Único de Saúde T. : Turma
TAC: Tribunal de Alçada Civil TRF: Tribunal Regional Federal TRT: Tribunal Regional do Trabalho TSE: Tribunal Superior Eleitoral TST: Tribunal Superior do Trabalho Ufir: Unidade Fiscal de Referência v.: vide
ÍNDICE SISTEMÁTICO DA CLT
Título I Introdução
Arts. Io a 1 2 ...2 Título II
Das Normas Gerais de Tutela do Trabalho
Capítulo I - Da Identificação Profissional - a r t s . 13 a 56... 20 Seção I - Da Carteira de Trabalho e
Previdência Social - art. 13...20 Seção II - Da Emissão da Carteira de
Trabalho e Previdência Social - arts.
14 a 24... 25
Seção III - Da Entrega das Carteiras de Trabalho e Previdência Social - arts.
25 a 28 ...31 Seção IV - Das Anotações - arts. 29
a 35 ...32 Seção V - Das Reclamações po r Falta
ou Recusa de Anotação - arts. 36 a 39 ...42 Seção VI - Do Valor das Anotações -
art. 4 0 ...47 Seção VII - Dos Livros de Registro de
Empregados - arts. 41 a 4 8 ...49 Seção VIII - Das Penalidades - arts.
49 a 56 ...52 Capítulo II - Da Duração do Trabalho - arts. 57 a 75... 57
Seção I - Disposição Preliminar - art. 5 7 ... 57 Seção II - Da Jornada de Trabalho -
arts. 58 a 65... 58 Seção III - Dos Períodos de Descanso -
arts. 66 a 72... 73 Seção IV - Do Trabalho N oturno -
art. 7 3 ... 79 Seção V - Do Q uadro de H orário -
art. 7 4 ... 82 Seção VI - Das Penalidades -
art. 7 5 ... 83 Capítulo III - Do Salário M ínim o -
arts. 76 a 128... 84 Seção I - Do Conceito - arts. 76 a 83 ...84 Seção II - Das Regiões, Zonas e
Subzonas - arts. 84 a 8 6 ... 88 Seção III - Da Constituição das
Comissões - arts. 87 a 100... 90 Seção IV - Das Atribuições das
Comissões de Salário M ínim o - arts.
101 a 111...90 Seção V - Da Fixação do Salário Mínimo - a r ts . 112 a 116... 90 Seção VI - Disposições Gerais - arts.
117 a 128...91 Capítulo IV - Das Férias Anuais - arts.
129 a 153...93 Seção I - Do Direito a Férias e da sua
Duração - arts. 129 a 133... 93
XXVI I CLT INTERPRETADA
Seção II - Da Concessão e da Época das F é ria s -a rts . 134 a 138... 103 Seção III - Das Férias Coletivas - arts.
139 a 141...107 Seção IV - Da Remuneração e do Abo
no de Férias - arts. 142 a 145... 111 Seção V - Dos Efeitos da Cessação do
C ontrato de Trabalho - arts. 146 a 148... 115 Seção VI - Do Início da Prescrição -
art. 149... 117 Seção VII - Disposições Especiais -
arts. 150 a 152... 118 Seção VIII - Das Penalidades -
art. 153... 120 Capítulo V - Da Segurança e da Medicina do Trabalho - arts. 154 a 223... 121 Seção I - Disposições Gerais - arts.
154 a 159...121 Seção II - Da Inspeção Prévia e do
Embargo ou Interdição - arts. 160 e 161... 127 Seção III - Dos Órgãos de Segurança
e de Medicina do Trabalho nas
Empresas - arts. 162 a 165...131 Seção IV - Do Equipam ento de Prote
ção Individual - arts. 166 e 167.... 135 Seção V - Das Medidas Preventivas de
Medicina do Trabalho - arts. 168 e 169 ...136 Seção VI - Das Edificações - arts.
170 a 174...140 Seção VII - Da Iluminação - art.
175... 142 Seção VIII - Do C onforto Térm ico -
arts. 176 a 178... 142 Seção IX - Das Instalações Elétricas -
arts. 179 a 181... 144 Seção X - Da Movimentação,
Armazenagem e Manuseio de
Materiais - arts. 182 e 183...145 Seção XI - Das M áquinas e
Equipamentos - arts. 184 a 186.... 147 Seção XII - Das Caldeiras, Fornos e
Recipientes sob Pressão - arts. 187 e 188... 149
Seção XIII - Das Atividades Insalubres ou Perigosas - arts. 189 a 197...151 Seção XIV - Da Prevenção da Fadiga -
arts. 198 e 199... 160 Seção XV - Das O utras Medidas
Especiais de Proteção - art. 200.... 161 Seção XVI - Das Penalidades - arts.
201 a 223...165 Título III
Das Normas Especiais de Tutela do Trabalho
Capítulo I - Das Disposições Especiais sobre Duração e Condições de Trabalho - a r t s . 2 2 4 a 351... 167 Seção I - Dos Bancários - arts. 224 a
226... 167 Seção II - Dos Empregados nos
Serviços de Telefonia, de Telegrafia Subm arina e Subfluvial, de
Radiotelegrafia e Radiotelefonia - arts. 227 a 231... 169 Seção III - Dos Músicos Profissionais -
arts. 232 e 233... 173 Seção IV - Dos O peradores Cinema
tográficos - arts. 234 e 235...173 Seção IV-A - Do Serviço do
M otorista Profissional Empregado - arts. 235-A a 235-H ...175 Seção V - Do Serviço Ferroviário -
arts. 236 a 247... 188 Seção VI - Das Equipagens das
Embarcações da M arinha Mercante Nacional, de Navegação Fluvial e Lacustre, do Tráfego nos Portos e da Pesca - arts. 248 a 252... 198 Seção VII - Dos Serviços Frigoríficos -
art. 253...201 Seção VIII - Dos Serviços de Estiva -
arts. 254 a 284... 202 Seção IX - Dos Serviços de Capatazias
nos Portos - arts. 285 a 2 9 2 ...202 Seção X - Do Trabalho em Minas de
Subsolo - arts. 293 a 301... 202 Seção XI - Dos Jornalistas Profissionais
- arts. 302 a 316... 208
ÍNDICE SISTEMÁTICO DA CLT I XXVII
Seção XII - Dos Professores - arts.
317 a 324... 213 Seção XIII - Dos Químicos - arts.
325 a 350... 219 Seção XIV - Das Penalidades -
art. 35 1 ...236 Capítulo II - Da Nacionalização do
Trabalho - arts. 352 a 371... 237 Seção I - Da Proporcionalidade de
Empregados Brasileiros - arts. 352 a 358... 237 Seção II - Das Relações Anuais de
Empregados - arts. 359 a 3 6 2 ... 243 Seção III - Das Penalidades - arts.
363 e 364... 247 Seção IV - Disposições Gerais - arts.
365 a 367... 248 Seção V - Das Disposições Especiais
sobre a Nacionalização da M arinha Mercante - arts. 368 a 37 1 ...249 Capítulo III - Da Proteção do Trabalho
da M ulher - arts. 372 a 401-B...251 Seção I - Da Duração, Condições do
Trabalho e da Discriminação contra a M u lh e r-a rts . 372 a 378... 251 Seção II - Do Trabalho N oturno -
arts. 379 a 381... 256 Seção III - Dos Períodos de Descanso -
arts. 382 a 386... 257 Seção IV - Dos M étodos e Locais de
Trabalho - arts. 387 a 390-E...260 Seção V - Da Proteção à M aternidade -
arts. 391 a 400... 265 Seção VI - Das Penalidades - arts.
401 a 401-B... 276 Capítulo IV - Da Proteção do Trabalho
do M enor - arts. 402 a 4 4 1 ... 278 Seção I - Disposições Gerais - arts.
402 a 410... 279 Seção II - Da Duração do Trabalho -
arts. 411 a 414... 293 Seção III - Da Admissão em Emprego
e da Carteira de Trabalho e Previdência Social - arts. 415 a 423... 295
Seção IV - Dos Deveres dos
Responsáveis Legais de Menores e dos Empregadores. Da Aprendizagem - arts. 424 a 433...296 Seção V - Das Penalidades - arts.
434 a 438... 316 Seção VI - Disposições Finais - arts.
439 a 441...317 Título IV
Do C o n trato Individual d o Trabalho Capítulo I - Disposições Gerais - arts.
442 a 456...319 Capítulo II - Da Remuneração -
arts. 457 a 467... 341 Capítulo III - Da Alteração - arts.
468 a 470...366 Capítulo TV - Da Suspensão e da
Interrupção - arts. 471 a 476-A...372 Capítulo V - Da Rescisão - arts. 477 a
486... 388 Capítulo VI - Do Aviso-Prévio -
arts. 487 a 491... 403 Capítulo VII - Da Estabilidade -
arts. 492 a 500... 410 Capítulo VIII - Da Força M aior -
arts. 501 a 504...417 Capítulo IX - Disposições Especiais -
arts. 505 a 510...420 Título V
Da O rg an ização Sindical Capítulo I - Da Instituição Sindical -
arts. 511 a 569...423 Seção I - Da Associação em Sindicato - arts. 511 a 514...423 Seção II - Do Reconhecimento e
Investidura Sindical - arts. 515 a 521... 431 Seção III - Da Administração do
Sindicato - arts. 522 a 5 2 8 ...438 Seção IV - Das Eleições Sindicais -
arts. 529 a 532...446 Seção V - Das Associações Sindicais de
G rau Superior - arts. 533 a 539.... 453
XXVIII I CLT INTERPRETADA
Seção VI - Dos Direitos dos Exercentes de Atividades ou Profissões e dos Sindicalizados - arts. 540 a 547.... 460 Seção VII - Da Gestão Financeira do
Sindicato e sua Fiscalização - arts.
548 a 552... 468 Seção VIII - Das Penalidades - arts.
553 a 557... 478 Seção IX - Disposições Gerais - arts.
558 a 569... 482 Capítulo II - D o Enquadram ento
Sindical - arts. 570 a 577... 487 Capítulo III - Da Contribuição Sindical - arts. 578 a 610... 493 Seção I - Da Fixação e do Recolhimento
da Contribuição Sindical - arts. 578 a 591...494 Seção II - Da Aplicação da
Contribuição Sindical - arts. 592 a 594... 507 Seção III - Da Comissão da
Contribuição Sindical - arts. 595 a 597...511 Seção IV - Das Penalidades - arts.
598 a 600...511 Seção V - Disposições Gerais - arts.
601 a 6 1 0 ...513 Título VI
D as C o n v en çõ es C oletivas d e Trabalho
Arts. 611 a 6 25... 517 Título VI-A
D as C o m issõ e s d e C onciliação Prévia Arts. 625-A a 625-H ...538
Título VII
Do P ro ce sso d e M ultas A dm inistrativas Capítulo I - Da Fiscalização, da
Autuação e da Imposição de Multas - arts. 626 a 634... 545 Capítulo II - Dos Recursos - arts. 635 a
638... 556
Capítulo III - Do Depósito, da Inscrição e da Cobrança - arts. 639 a 642...560
Título VII-A
Da Prova d e Inexistência d e D éb ito s T rabalhistas
Art. 642-A ...563 Título VIII
Da Ju stiça d o Trabalho Capítulo I - Introdução - arts. 643
a 646... 566 Capítulo II - Das Juntas de Conciliação
e Julgamento - arts. 647 a 6 67...582 Seção I - Da Composição e
Funcionam ento - arts. 647
a 649... 582 Seção II - Da Jurisdição e Competência das Juntas - arts. 650 a 65 3...587 Seção III - Dos Presidentes das Juntas -
arts. 654 a 659... 598 Seção IV - Dos Juizes Classistas das
Juntas - arts. 660 a 667... 614 Capítulo III - Dos Juízos de Direito -
arts. 668 e 669... 620 Capítulo IV - Dos Tribunais Regionais
do Trabalho - arts. 670 a 689...622 Seção I - Da Composição e do
Funcionam ento - arts. 670
a 673...622 Seção II - Da Jurisdição e Competência - arts. 674 a 680... 629 Seção III - Dos Presidentes dos
Tribunais Regionais - arts. 681
a 683... 640 Seção IV - Dos Juizes Representantes
Classistas dos Tribunais Regionais - arts. 684 a 689... 644 Capítulo V - D o Tribunal Superior do
Trabalho - arts. 690 a 709... 646 Seção I - Disposições Preliminares -
arts. 690 a 692... 646 Seção II - Da Composição e
Funcionam ento do Tribunal Superior do Trabalho - arts. 693 a 701...648
ÍNDICE SISTEMÁTICO DA CLT | XXIX
Seção III - Da Competência do
Tribunal Pleno - art. 70 2 ...654 Seção IV - Da Competência da Câmara
de Justiça do Trabalho - arts. 703 a 705... 654 Seção V - Da Competência da Câmara de Previdência Social - art. 706.... 654 Seção VI - Das Atribuições do
Presidente do Tribunal Superior do Trabalho - art. 7 0 7 ... 654 Seção VII - Das Atribuições do Vice-Pre
sidente - art. 7 0 8 ...658 Seção VIII - Das Atribuições do
Corregedor - art. 709... 659 Capítulo VI - Dos Serviços Auxiliares da
Justiça do Trabalho - arts. 710
a 721... 662 Seção I - Da Secretaria das Juntas
de Conciliação e Julgamento - arts.
710 a 712... 662 Seção II - Dos Distribuidores - arts.
713 a 715... 668 Seção III - Do C artório dos Juízos de
Direito - arts. 716 e 717... 671 Seção IV - Das Secretarias dos
Tribunais Regionais - arts. 718 a 720...672 Seção V - Dos Oficiais de Justiça -
art. 721...673 Capítulo VII - Das Penalidades -
arts. 722 a 733... 676 Seção I - Do “Lock-out” e da Greve -
arts. 722 a 725...676 Seção II - Das Penalidades contra os
M embros da Justiça do Trabalho - arts. 726 a 728...680 Seção III - De O utras Penalidades -
arts. 729 a 733...682 Capítulo VIII - Disposições Gerais -
arts. 734 e 735... 685 Título IX
Do Ministério Público do Trabalho Capítulo I - Disposições Gerais - arts.
736 a 739...686
Capítulo II - Da Procuradoria da Justiça do Trabalho - arts. 740 a 754...690 Seção I - Da Organização - arts. 740
a 745...690 Seção II - Da Competência da
Procuradoria-Geral - art. 7 4 6 ... 695 Seção III - Da Competência das
Procuradorias Regionais - art.
747... 700 Seção IV - Das Atribuições do
Procurador-Geral - art. 7 4 8 ...701 Seção V - Das Atribuições dos
Procuradores - art. 749... 704 Seção VI - Das Atribuições dos
Procuradores Regionais - arts.
750 e 751... 705 Seção VII - Da Secretaria - arts. 752
a 754...708 Capítulo III - Da Procuradoria de
Previdência Social - arts. 755 a
762... 711 Seção I - Da Organização - arts. 755
e 756...711 Seção II - Da Competência da
Procuradoria - art. 757... 711 Seção III - Das Atribuições do
Procurador-Geral - art. 7 5 8 ...712 Seção IV - Das Atribuições dos
Procuradores - art. 759... 713 Seção V - Da Secretaria - arts. 760 a
762... 714 Título X
Do Processo Judiciário do Trabalho Capítulo I - Disposições Preliminares -
arts. 763 a 769...715 Capítulo II - Do Processo em Geral -
arts. 770 a 836...720 Seção I - Dos Atos, Termos e Prazos
Processuais - arts. 770 a 782... 720 Seção II - Da Distribuição - arts.
783 a 788... 726 Seção III - Das Custas e Em olumentos
- a r ts . 789 a 790-B... 728
XXX I CLT INTERPRETADA
Seção IV - Das Partes e dos
Procuradores - arts. 791 a 793...735 Seção V - Das Nulidades - arts. 794
a 798... 737 Seção VI - Das Exceções - arts. 799
a 802... 739 Seção VII - Dos Conflitos de Jurisdição - a r t s . 803 a 812... 749 Seção VIII - Das Audiências - arts.
813 a 817...756 Seção IX - Das Provas - arts. 818 a
830... 760 Seção X - Da Decisão e sua Eficácia -
arts. 831 a 836... 776 Capítulo III - Dos Dissídios Individuais - arts. 837 a 855... 791 Seção I - Da Forma de Reclamação e da Notificação - arts. 837 a 842... 791 Seção II - Da Audiência de Julgamento
- a r t s . 843 a 852... 796 Seção II-A - Do Procedimento Suma-
ríssimo - arts. 852-A a 852-1...806 Seção III - Do Inquérito para Apuração
de Falta Grave - arts. 853 a 855.... 814 Capítulo IV - Dos Dissídios Coletivos -
arts. 856 a 875... 816 Seção I - Da Instauração da Instância -
arts. 856 a 859... 816 Seção II - Da Conciliação e do
Julgamento - arts. 860 a 867... 825
Seção III - Da Extensão das Decisões - arts. 868 a 871... 834 Seção IV - Do C um prim ento das
Decisões - art. 872...838 Seção V - Da Revisão - arts. 873
a 875... 840 Capítulo V - Da Execução - arts.
876 a 892...842 Seção I - Das Disposições Preliminares
- a r t s . 876 a 879... 842 Seção II - Do M andado e da Penhora -
arts. 880 a 883... 852 Seção III - Dos Embargos à Execução
e da sua Im pugnação - art. 884.... 856 Seção IV - Do Julgamento e dos
Trâmites Finais da Execução - arts.
885 a 889-A... 865 Seção V - Da Execução p o r Prestações
Sucessivas - arts. 890 a 892... 872 Capítulo VI - Dos Recursos - arts.
893 a 902...873 Capítulo VII - Da Aplicação das
Penalidades - arts. 903 a 9 0 8 ... 910 Capítulo VIII - Disposições Finais -
arts. 909 e 910... 912 Título XI
Disposições Finais e Transitórias
Arts. 911 a 922... 914
DECRETO-LEI N. 5.452, DE 1° DE MAIO DE 1943
Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho.
O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o art.
180 da C onstituição, decreta:
Refere-se à Constituição Federal de 1937.
A rt. Io Fica aprovada a Consolidação das Leis do T rabalho, que a este Decreto-lei acom panha, com as alterações po r ela introduzidas na legis
lação vigente.
Parágrafo único. C ontinuam em vigor as disposições legais transitórias ou de em ergência, bem com o as que não te n h a m aplicação em to d o o territó rio nacional.
A rt 2o O presente Decreto-lei entrará em vigor em 10 de novembro de 1943.
Rio de Janeiro, Io de m aio de 1943;
122° da Independência e 55° da República.
GETÚLIO VARGAS Alexandre Marcondes Filho
2 | ART. I o MÁRCIO MENDES GRANCONATO
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO TÍTULO I
INTRODUÇÃO
A rt. Io Esta C onsolidação estatui as norm as que regulam as relações individuais e coletivas de trabalho, nela previstas.
A CLT sistematizou a legislação esparsa em matéria trabalhista existente à época em que foi publicada e também criou novos institutos para regulamen
tar as relações individuais e coletivas de trabalho, sendo a prim eira lei geral aplicável a todos os empregados.
Isso explica o seu nome: Consolidação das Leis do Trabalho. De fato, a CLT, apesar de ter criado novas regras de direito do trabalho, teve por principal fun
ção a reunião, ou seja, a consolidação das normas trabalhistas até então em vi
gor. É por isso que se diz que a CLT não pode ser considerada um “código do trabalho”, porque os códigos criam leis novas, algo que a CLT não fez, ao me
nos não em um a dimensão considerável para receber essa nomenclatura.
Hoje, as relações de emprego (relações individuais de trabalho) são regidas por esta norm a, a CLT. Ela tam bém é a lei que trata das relações coletivas de trabalho, abrangendo entidades sindicais, empresas ou grupo de trabalhado
res. Mas a CLT não é o único texto legal a tratar dessas relações todas. Há m ui
tas outras norm as que abordam direitos de trabalhadores e disciplinam pro
fissões, como ocorre com os domésticos (LC n. 150/2015) e os rurais (Lei n.
5.889/73). Também a CF cuida de matéria trabalhista, notadam ente em seus arts. 7o a 11.
Sobre matéria trabalhista, somente a União tem competência legislativa, con
forme art. 2 2 ,1 e XVI, da CF. Mas isso não exclui a aplicação das convenções internacionais ratificadas pelo Brasil, principalmente aquelas editadas pela OIT, dos acordos e convenções coletivas de trabalho e das normas oriundas dos regu
lamentos de empresa, entre outras. Todas essas são fontes do direito do traba
lho, no qual vigora o princípio da hierarquia dinâmica das normas, sendo apli
cável à relação jurídica aquela que for mais benéfica ao trabalhador, observadas as teorias do conglobamento ou da acumulação ou a teoria do diálogo das fon
tes, a critério do intérprete.
Os Estados detêm competência para fixar o valor do piso salarial previsto no art. 7o, V, da CF, conform e art. 22, parágrafo único, da Constituição, e LC n.
103/2000, interferindo diretamente nas relações de trabalho. A condição para tanto é que a categoria não tenha piso salarial definido em lei federal, conven
ção ou acordo coletivo de trabalho (art. Io da LC n. 103/2000).
MÁRCIO MENDES GRANCONATO ARTS.1°E2° 3
A situação dos trabalhadores contratados no Brasil por empresa estrangeira ou transferidos por seus empregadores para prestar serviços no exterior é tra
tada pela Lei n. 7.064/82, que foi regulamentada pelo Decreto n. 89.339/84.
Art. 2o Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
A CLT optou por considerar o empregador como sendo a empresa que ad
mite empregados. Não im porta para o legislador se a sua composição é indi
vidual ou coletiva, ou seja, se ela possui um proprietário (empresário) ou vá
rios sócios ou acionistas que adm inistram o negócio. Havendo empregados prestando-lhe serviços, a empresa será empregadora.
O conceito de empresa é vago e envolve um conjunto de bens materiais e imateriais organizados para a produção de bens e serviços e com o objetivo de lucro. Assim, para ser qualificada como empregadora, é irrelevante se a empre
sa é regular ou irregular, se está ou não registrada nos órgãos competentes e se tem ou não alvará de funcionamento. O conjunto acima verificado será sufi
ciente para a conformação legal.
O em pregador tam bém é aquele que assume os riscos da atividade econô
mica, o que significa que se o negócio passar por dificuldades ou mesmo falir, os prejuízos não poderão ser repassados aos empregados.
Os riscos do empreendimento não podem ser transferidos para os trabalha
dores que estão a serviço da empresa, como, aliás, dispõe expressamente o art.
449 da CLT.
Mas o empregador não apenas admite empregados. Ele também detém o po
der de direção. É o empregador quem dita os rumos de seu negócio, direcionan
do a atividade produtiva segundo o seu entender. Esse seu poder não atinge a pessoa do empregado, mas a forma como a atividade deverá ser desenvolvida.
E não se trata, o poder de direção, de um poder absoluto, pois ele encontra li
mites na lei, no contrato e na dignidade da pessoa hum ana, à medida em que o trabalhador não perde sua cidadania ao passar pelas portas da empresa.
O dispositivo ainda faz referência a um dos requisitos para que o trabalha
dor seja considerado empregado. Trata-se da prestação pessoal de serviço. Só é empregado quem presta serviços pessoais, ou seja, aquele trabalhador que não se faz substituir. O contrato de trabalho é firmado intuitu personae em re
lação ao prestador de serviços. Substituições consentidas e esporádicas não comprometerão esse requisito, mas se essa prática se tornar uma rotina, então a relação de emprego não existirá entre as partes por ausência de um requisi
to essencial: a pessoalidade.
4 | ART.20 MÁRCIO MENDES GRANCONATO
§ Io Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.
Os chamados empregadores por equiparação estão relacionados aqui, em um rol que não é taxativo. Há também empregadores rurais e domésticos, com obrigações trabalhistas próprias, nos term os da Lei n. 5.889/73 e da LC n.
150/2015, respectivamente. Até mesmo o Poder Público poderá ter emprega
dos. Nem sempre o empregador será a empresa.
Para os efeitos da relação de emprego, não importa o tipo ou a finalidade do empreendimento, desde que ele envolva uma atividade lícita. Ele poderá ou não ter fins econômicos, sociais, recreativos ou religiosos. Se possuir empregado a seu serviço, a entidade será empregadora. É por isso que se define o emprega
dor como aquele que admite empregado, pouco im portando sua estrutura ju
rídica, se possui ou não personalidade jurídica e se tem ou não fins lucrativos.
Não se quer dizer com isso que todas as pessoas que estiverem a serviço des
sas instituições referidas no § I o devem ser consideradas empregadas. Nada im pede que nesses locais haja trabalhadores sem vínculo empregatício, tais como religiosos ou voluntários (Lei n. 9.608/98) ou autônomos. O que se afir
ma aqui é que essas entidades poderão ser empregadoras, desde que as pessoas que trabalham para elas preencham os requisitos para a caracterização da fi
gura do empregado.
§ 2o Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou admi
nistração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordi
nadas.
Havendo duas ou mais empresas atuando em conjunto, mesmo que possuam estruturas autônomas, haverá formação de um grupo econômico, também cha
mado de grupo de empresas, que a jurisprudência considera como emprega
dor único (Súmula n. 129 do Col. TST).
A formação do grupo ocorre quando as empresas (e somente estas), m an
tendo sua personalidade jurídica, unem-se sob o controle de outra, com obje
tivos econômicos. Deve ser salientado que o requisito disposto na norm a, de direção, controle ou administração de um a ou mais empresas por outra, tem sido atenuado pela doutrina e pela jurisprudência, que, verificando uma rela
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ção de coordenação entre elas, ainda que meramente de fato, já tem como pre
sente a figura do grupo econômico.
As empresas integrantes do grupo econômico responderão solidariamente pelos débitos trabalhistas de seus empregados, ainda que não tenham todas elas participado da fase de conhecimento do processo trabalhista. Assim, caso a em
presa dem andada não salde sua dívida em uma execução, as demais empresas integrantes do grupo econômico poderão ser chamadas a fazê-lo nesse m o
mento processual, assumindo as obrigações daquela.
Situação diversa se dá nos casos de terceirização, em que o tom ador de ser
viços deve participar da relação jurídica processual desde o início para que seja responsabilizado pelo pagamento da dívida, responsabilidade essa, aliás, sub
sidiária (Súmula n. 331, IV a VI, do Col. TST).
Art. 3o Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e m e
diante salário.
Não seria equivocado afirmar que o coração da CLT encontra-se aqui, em seu art. 3o. Sem dúvida alguma, este dispositivo da Consolidação é o mais im
portante. Dele depende a aplicação de todos os seus outros preceitos, por tra
tar do empregado, que é a figura central de todo o direito do trabalho. É claro que o art. 2o contempla elemento im portante para a caracterização da relação de emprego, a pessoalidadey mas isso não retira em hipótese alguma a im por
tância central do texto ora abordado, pois nele estão previstas as principais ca
racterísticas do trabalhador considerado empregado.
A CLT considera empregado toda pessoa física, ou seja, toda pessoa natural.
Esse requisito deve ser estudado em conjunto com o art. 7o, XXXIII, da CF, que somente autoriza o maior de 16 anos a trabalhar. Menores de 16 anos e maiores de 14 somente poderão atuar na condição de aprendizes (arts. 424 a 433 da CLT).
Não poderá ser empregado a pessoa jurídica, o que leva alguns empregado
res mal-intencionados a exigir aberturas de empresas por parte do pessoal que está à sua disposição, buscando mascarar uma verdadeira relação de emprego.
Trata-se do fenôm eno que foi denom inado pejotização. Esses empregadores não levam em conta que no direito do trabalho vigora o princípio da prim a
zia da realidade sobre a forma e que o art. 9o da CLT considera nulo de pleno direito qualquer ato que busque fraudar direitos trabalhistas.
Outro requisito contido no caput do art. 3o da CLT é a não eventualidade ou habitualidade. Aqui, interessa saber se o serviço prestado é habitual, e não oca
sional ou episódico. A prestação de serviços não precisa guardar relação com o objeto social da empresa para ser considerada habitual. Se o trabalho é espe
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rado e a ausência do trabalhador acarretar prejuízos ao tom ador de serviços, a habitualidade estará caracterizada e a figura do empregado, uma vez preenchi
dos os demais requisitos legais, presente.
O trabalho prestado pelo empregado é feito para outra pessoa, o empregador.
O empregado não pode ser seu próprio empregador. Trata-se da alteridade, mais uma das características da relação de emprego. Isso atrai questionamentos que envolvem o fato de o sócio poder ou não ser empregado da sociedade em que participa, bem como a possibilidade de haver relação de emprego entre pessoas da mesma família. A resposta para essa questão passa pela possibilidade de exis
tência ou não da subordinação no ajuste. Se ela se fizer presente, haverá uma re
lação de emprego; se não existir, porque o dono da empresa a ninguém se su
bordina ou porque o grau de parentesco a inibe, com o se dá no trabalho da mulher em uma pequena empresa familiar cujo titular é seu marido (art. 372, parágrafo único, da CLT), então não estará configurado um pacto laborai.
A dependência é outro requisito que informa a relação de emprego. O ter
mo dependência deve ser interpretado como subordinação, o item mais impor
tante para caracterizar um trabalhador como empregado. O empregado não é alguém que se autodeterm ina na realização de suas tarefas. Seu trabalho é di
rigido por alguém que pode lhe dar ordens e tem poderes para puni-lo: o em
pregador. A subordinação é o que diferencia o empregado do trabalhador au
tônomo. Este tem ampla liberdade de atuação, enquanto aquele se submete às ordens do patrão, ao seu poder de direção.
Mais recentemente passou-se a tratar da figura do trabalhador parassubor- dinado, que é aquele que atua com maior liberdade e autonomia, mas median
te dependência econômica e com suas atividades coordenadas. O representante comercial autônomo, regido pela Lei n. 4.886/65, pode exemplificar uma hipó
tese de trabalhador parassubordinado.
Assunto relativamente novo no âmbito do direito do trabalho envolve o es
tudo da subordinação estrutural, reticular ou integrativa, que dispensa a im
posição de ordens diretas pela empresa para que ela seja considerada empre- gadora, bastando para tan to que a sua estru tu ra organizacional envolva a obediência a ordens das quais o trabalhador (agora empregado) não poderá se afastar.
A exclusividade norm alm ente é confundida como um requisito para a for
mação do vínculo empregatício. Entretanto, ela poderá se apresentar apenas como um desdobramento da subordinação. O empregador poderá exigir, des
de que isso seja realmente necessário, que o empregado se abstenha de prestar serviços para outras empresas. A princípio, porém, nada impede que o empre
gado tenha vários empregos, como ocorre com os professores, médicos e de
mais profissionais da saúde.