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Versão anonimizada. Tradução C-615/18 1. Processo C-615/18. Pedido de decisão prejudicial. Amtsgericht Kehl [Tribunal de Primeira Instância de Kehl]

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Versão anonimizada

Tradução C-615/18 – 1

Processo C-615/18 Pedido de decisão prejudicial Data de entrada:

28 de setembro de 2018 Órgão jurisdicional de reenvio:

Amtsgericht Kehl (Tribunal de Primeira Instância de Kehl, Alemanha)

Data da decisão de reenvio:

14 de setembro de 2018 Arguido:

UY [Omissis]

Amtsgericht Kehl [Tribunal de Primeira Instância de Kehl]

Despacho No processo penal contra

UY,

[Omissis] de nacionalidade: polaca, residente em: [omissis] Radom, Polónia por condução sem habilitação legal para conduzir, por negligência

O Amtsgericht Kehl [omissis] decidiu em 14 de setembro de 2018:

I. Submeter ao Tribunal de Justiça da União Europeia, ao abrigo do artigo 267.°, n.° 1, alínea a), segundo parágrafo, TFUE, as seguintes questões para decisão a título prejudicial:

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1. Deve o direito da União Europeia, em especial a Diretiva 2012/13, bem como os artigos 21.°, 45.°, 49.° e 56.° TFUE, ser interpretado no sentido de que se opõe a uma legislação de um Estado-Membro que permite que num processo penal seja ordenado ao arguido, apenas por não ter residência nesse Estado-Membro mas sim noutro Estado-Membro, que nomeie um representante habilitado para ser notificado de uma sentença condenatória proferida em processo sumaríssimo contra o arguido, com a consequência de que essa sentença transitará em julgado, pelo que se verificará o pressuposto legal para que um ato posterior do arguido seja punível (caso julgado quanto à matéria de facto), ainda que o arguido não tenha, de facto, conhecimento da sentença condenatória em processo sumaríssimo e não seja assegurado que o arguido dela toma conhecimento de um modo comparável ao que ocorre em caso de notificação da sentença condenatória proferida em processo sumaríssimo quando o arguido tem residência no Estado-Membro?

2. Em caso de resposta negativa à primeira questão: deve o direito da União Europeia, em especial a Diretiva 2012/13, bem como os artigos 21.°, 45.°, 49.° e 56.° TFUE, ser interpretado no sentido de que se opõe a uma legislação de um Estado-Membro que permite que num processo penal seja ordenado ao arguido, apenas por não ter residência nesse Estado-Membro mas sim noutro Estado-Membro, que nomeie um representante habilitado para ser notificado de uma sentença condenatória proferida em processo sumaríssimo contra o arguido, com a consequência de que essa sentença transitará em julgado, pelo que se verificará o pressuposto legal para que um ato posterior do arguido seja punível (caso julgado quanto à matéria de facto) e, quando do exercício da ação penal pela prática desse ato, é imposto ao arguido, do ponto de vista subjetivo, um dever mais gravoso de assegurar que toma efetivamente conhecimento da sentença condenatória proferida em processo sumaríssimo do que o que lhe incumbiria se tivesse residência no primeiro Estado-Membro, pelo que se torna possível o exercício da ação penal por negligência do arguido?

II. É suspensa a instância até à decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia sobre as questões prejudiciais.

Fundamentação:

O Amtsgericht Kehl (a seguir «Tribunal») tem de decidir sobre o pedido da Staatsanwaltschaft Offenburg (Ministério Público de Offenburg) de que seja proferida sentença condenatória em processo sumaríssimo contra o arguido por ter cometido, por negligência, a infração de condução sem habilitação legal para conduzir [§ 21, n.° 1, ponto 2, e n.° 2, ponto 1, da Straßenverkehrsgesetz (Lei da circulação rodoviária)] e de condenação numa multa de 40 dias a 50 euros por dia, bem como na inibição de conduzir durante três meses, nos termos do § 44 do Strafgesetzbuch (Código Penal). A Staatsanwaltschaft acusa o arguido de ter conduzido um veículo pesado [omissis] em [omissis] Kehl (Alemanha), em

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14.12.2017, às 18h30, apesar de lhe ter sido aplicada uma inibição de conduzir, da qual ele podia e devia ter tido conhecimento.

II.

De acordo com os elementos que constam dos autos, o Tribunal dá – atualmente – por provados os seguintes factos:

1. O arguido é um condutor profissional de veículos pesados, de nacionalidade polaca, com residência permanente na Polónia;

2. Em 21.8.2017, o Amtsgericht Garmisch-Partenkirchen (Tribunal de Primeira Instância de Garmisch-Partenkirchen) proferiu uma sentença em processo sumaríssimo contra o arguido, em que o condenava, pelo crime de abandono não autorizado do local do acidente (§ 142, n.° 1, ponto 1, do Strafgesetzbuch), ocorrido em 11.7.2017 em [omissis] Mittenwald (Alemanha), no pagamento de uma multa e na inibição de conduzir por um período de três meses, nos termos do § 44 do Strafgesetzbuch. Da sentença condenatória proferida em processo sumaríssimo foi notificado em 30.8.2017, com uma tradução em língua polaca, um representante habilitado para receber notificações, nomeado pelo arguido.

O arguido outorgou a procuração para receber notificações no dia em que ocorreram os factos, por ordem de um procurador do Ministério Público, nos termos do § 132 da Strafprozessordnung. O representante habilitado a receber notificações é funcionário do Amtsgericht Garmisch-Partenkirchen.

A pessoa do representante para receber notificações foi indicada pela polícia ao arguido. O formulário da outorga da procuração para receber notificações encontra-se redigido em língua alemã; um parente da pessoa acusada traduziu-o por telefone. O formulário da outorga da procuração para receber notificações refere o nome e o domicílio do representante habilitado a receber notificações e a indicação de que os prazos legais se contam imediatamente a partir da data da notificação ao representante para receber notificações. O formulário não contém quaisquer outras indicações das consequências jurídicas e de facto da outorga dessa procuração para receber notificações, designadamente dos eventuais deveres do arguido de obter informações por parte do representante habilitado a receber notificações. Foi entregue ao arguido uma cópia da procuração em língua alemã, mas não em língua polaca.

O representante habilitado a receber notificações reencaminhou a sentença condenatória proferida em processo sumaríssimo por correio normal para a morada conhecida do arguido na Polónia. Não se sabe se o arguido recebeu essa comunicação.

Como não foi deduzida oposição à sentença condenatória proferida em processo sumaríssimo, em 20.9.2017 a secretária judicial do Amtsgericht Garmisch-Partenkirchen certificou o seu trânsito em julgado em 14.9.2017.

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3. Em 14.12.2017, o arguido conduziu um veículo pesado numa via pública em [omissis] Kehl (Alemanha).

4. Deve partir-se do princípio de que o arguido, até à fiscalização pela polícia em 14.12.2017, não tinha conhecimento da sentença condenatória proferida em processo sumaríssimo pelo Amtsgericht Garmisch-Partenkirchen e, portanto, também não tinha conhecimento da inibição de conduzir.

III.

Nos termos do direito alemão – independentemente do direito da União Europeia – há que partir do princípio de que a inibição de conduzir decretada na sentença condenatória proferida em processo sumaríssimo pelo Amtsgericht Garmisch-Partenkirchen estava em vigor em 14.12.2017 (1.), e que pode ser imputada negligência ao arguido (2.).

1. A inibição de conduzir produz efeitos a partir do momento em que a sentença transita em julgado (§ 44, n.° 2, primeiro período, da Strafprozessordnung, na redação aplicável no caso vertente). A sentença condenatória proferida em processo sumaríssimo equivale a uma sentença definitiva, desde que não tenha sido deduzida oposição no prazo devido (§ 410, n.° 3 da Strafprozessordnung). O prazo para deduzir oposição é de duas semanas após a notificação da sentença condenatória proferida em processo sumaríssimo (§ 410, n.° 1, primeira frase, do Código de Processo Penal). O representante habilitado a receber notificações nomeado pelo arguido pôde ser notificado da sentença condenatória proferida em processo sumaríssimo [§ 37, n.° 1, da Strafprozessordnung, conjugado com o § 171 da Zivilprozessordnung (Código de Processo Civil)].

Em regra, não obsta à eficácia da procuração para receber notificações o facto de a pessoa do representante habilitado a receber notificações ser indicada pela polícia no formulário da outorga da procuração para receber notificações, nem o facto de [esse formulário] não conter quaisquer informações sobre a possibilidade de telefonar ao representante habilitado a receber notificações para simplesmente entrar em contacto com ele, nem o facto de o formulário se encontrar redigido apenas em língua alemã, quando o seu conteúdo é explicado, pelo menos oralmente, ao arguido estrangeiro, nem o facto de não conter nenhum esclarecimento sobre as consequências processuais da outorga da procuração para receber notificações, designadamente sobre os deveres do arguido de se manter informado [omissis] [jurisprudência alemã].

2. Ao arguido pode ser imputada negligência porque, apesar de ter conhecimento do processo penal, não diligenciou no sentido de obter efetivo conhecimento do desfecho do processo. Incumbe-lhe informar-se rapidamente junto do representante habilitado a receber notificações sobre se existem documentos relevantes para o processo que lhe sejam dirigidos; não

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pode alegar que os documentos reencaminhados pelo representante habilitado a receber notificações não lhe chegaram.

IV.

O Tribunal tem dúvidas de que o caso julgado quanto à matéria de facto que, por força do direito alemão, se considera que a sentença condenatória proferida em processo sumaríssimo pelo Amtsgericht Garmisch-Partenkirchen constitui imediatamente após transitar em julgado e os deveres do arguido conexos com a nomeação de um representante habilitado a receber notificações sejam compatíveis com o direito da União Europeia, designadamente com a Diretiva 2012/13, na interpretação do Tribunal de Justiça da União Europeia (a seguir

«Tribunal de Justiça») nos Acórdãos de 15 de outubro de 2015, Covaci (C-216/14, EU:C:2015:686), e de 22 de março de 2017, Tranca e o. (C-124/16, C-213/16 e C-188/16, EU:C:2017:228), bem como com os artigos 21.°, 45.°, 49.° e 56.° TFUE. É certo que estes acórdãos do Tribunal de Justiça apenas dizem diretamente respeito aos direitos da defesa de um arguido num processo penal.

Mas o Tribunal de Justiça, no entender deste tribunal, esclareceu que a ordem de outorga de poderes de representação para receber notificações não deve, em geral, causar desvantagens ao arguido por este ter a sua residência não na Alemanha, mas noutro Estado-Membro da União Europeia. Contudo, tais desvantagens, que não podem ser compensadas de outro modo, existem no caso do arguido no presente processo.

1. Mediante a notificação de uma sentença proferida em processo sumaríssimo por intermédio de um representante habilitado a receber notificações, é mais provável que um arguido que viva no estrangeiro não tome conhecimento dessa sentença ou dela só tome conhecimento muito mais tarde do que se tivesse a sua residência na Alemanha.

a. Na Alemanha, as sentenças proferidas em processo sumaríssimo são notificadas mediante ordem de notificação por via postal ou por um funcionário judicial ou por um agente de execução (§ 176 da Zivilprozessordnung), sendo necessário um auto lavrado em formulário oficial para prova da notificação (§ 182 da Zivilprozessordnung). É certo que essa ordem de notificação não implica necessariamente a entrega da sentença condenatória proferida em processo sumaríssimo ao destinatário.

Por exemplo, é possível efetuar a notificação de uma sentença proferida em processo sumaríssimo na casa de um destinatário por entrega a um familiar adulto, a uma pessoa que trabalhe para a família ou a uma pessoa adulta que aí habite permanentemente (§ 178, n.° 1, ponto 1, da Zivilprozessordnung), por colocação na caixa de correio da casa do destinatário (§ 180 da Zivilprozessordnung) ou por depósito do documento a notificar à ordem do notificando nos correios ou no tribunal (§ 181 da Zivilprozessordnung). Os pressupostos rigorosos para estas formas indiretas de notificação, pressupostos esses cuja verificação o tribunal deve averiguar oficiosamente, assim como a proximidade geográfica e pessoal do local da notificação e do

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destinatário de facto relativamente ao arguido, permitem em regra assegurar que a notificação é considerada ineficaz caso haja a menor dúvida sobre a sua regularidade, por exemplo, porque não há a certeza necessária de que o arguido residia no endereço conhecido à data da notificação, ou assegurar que o arguido pode efetiva e rapidamente tomar conhecimento da sentença proferida em processo sumaríssimo.

b. Pelo contrário, no caso do reencaminhamento de uma sentença condenatória proferida em processo sumaríssimo ao arguido após o seu representante habilitado a receber notificações dela ter sido notificado, surgem imponderabilidades relevantes que, no entanto, não afetam a eficácia da notificação. Normalmente o arguido não verifica se, quando, para onde e de que forma se processa o reencaminhamento, mesmo que o representante habilitado a receber notificações seja um funcionário do tribunal, como acontece no caso vertente. O representante habilitado a receber notificações não é obrigado, por lei, a efetuar o reencaminhamento da sentença condenatória proferida em processo sumaríssimo de uma forma que garanta que o arguido efetivamente a recebe, por exemplo, por carta registada. Além disso, é manifesto que o reencaminhamento de uma sentença condenatória proferida em processo sumaríssimo para o estrangeiro demora mais tempo e existe um risco maior de extravio da correspondência. Nestas circunstâncias, é muito mais provável que o arguido só tome conhecimento da decisão judicial muito tempo depois do respetivo trânsito em julgado, ou que nem sequer dela tome conhecimento. É assim no caso vertente.

2. Face ao estado atual do direito na Alemanha, em especial à jurisprudência firmada sobre estas questões, mesmo atendendo ao Acórdão do Tribunal de Justiça no processo Tranca e o, estas desvantagens não são compensadas pela possibilidade de «restitutio in integrum» (§ 44 da Strafprozessordnung) mediante a dedução de oposição.

a. Para a obtenção da «restitutio in integrum», a lei prevê requisitos rigorosos de forma e de fundamentos, embora estes não possam ser exagerados, em especial quando se acede ao tribunal pela primeira vez. O pedido de

«restitutio in integrum» deve ser apresentado dentro de uma semana após a cessação do impedimento devido ao qual o arguido não pôde cumprir o prazo (§ 45, n.° 1, ponto 1, da Strafprozessordnung); pelo contrário, a oposição a uma sentença condenatória proferida em processo sumaríssimo deve ser deduzida no prazo de duas semanas (§ 410, n.° 1, primeiro período, da Strafprozessordnung). O arguido tem de fundamentar o pedido, de forma plausível, com os factos que mostram que o incumprimento do prazo não lhe é imputável (§ 45, n.° 2, primeira frase, do Código de Processo Penal), sendo inadmissível uma declaração sob compromisso de honra do próprio, e uma declaração do próprio só excecionalmente é suficiente. A «restitutio in integrum» só pode ser concedida oficiosamente, independentemente de requerimento (§ 45, n.° 2, terceiro período, da Strafprozessordnung), se

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resultar manifestamente dos autos que o incumprimento do prazo não é imputável ao arguido.

b. Nessa medida, tal como demonstra igualmente a prática dos tribunais, a

«restitutio in integrum» no caso de notificação através de um representante habilitado a receber notificações é mais improvável do que no caso de notificação por meio de ordem de notificação no território nacional.

Assim, o arguido não pode simplesmente alegar que não tinha conhecimento de que o representante habilitado a receber notificações tinha sido notificado. Pelo contrário, exige-se ao arguido que, em princípio, se informe rapidamente junto do representante habilitado a receber notificações da existência de correspondência que lhe é endereçada. Por conseguinte, a Staatsanwaltschaft fundamenta a acusação de negligência no caso vertente com a violação desse dever.

O arguido não pode alegar sistematicamente dificuldades linguísticas nos contactos e na comunicação com o representante habilitado a receber notificações. Em princípio, têm de correr por sua própria conta as despesas do recurso a um intérprete ou tradutor. Isto porque, ainda que o representante habilitado a receber notificações tenha sido indicado pelas autoridades competentes para a ação penal e seja funcionário judicial, não atua nessa qualidade. Considera-se, antes, que atua como fiel depositário do arguido. Nesse sentido, em princípio é indiferente que o representante habilitado a receber notificações seja uma pessoa da confiança do arguido e que este escolheu, ou um funcionário judicial que lhe é totalmente desconhecido.

A verificação da prova é mais simples para o arguido no caso de notificação mediante ordem de notificação, porque o auto de notificação contém dados detalhados sobre o local, a data e a forma da notificação indireta e porque os destinatários indiretos que podem prestar uma declaração sob compromisso de honra se encontram próximos do arguido.

c. Finalmente, há que ter em consideração que o afastamento retroativo da força de caso julgado quanto à matéria de facto da sentença proferida em processo sumaríssimo pressupõe que o arguido efetivamente pretende defender-se dessa sentença. Mas caso o arguido concorde com a acusação e com as consequências legais que lhe são impostas, ver-se-á obrigado a deduzir oposição a uma sentença condenatória proferida em processo sumaríssimo que na realidade aceita, a requerer a «restitutio in integrum», a fundamentar esse requerimento e a apresentar elementos que tornem essa fundamentação plausível, para, uma vez concedida a «restitutio in integrum», voltar a retirar a oposição. Uma vez que, em regra, o Tribunal fixa, simultaneamente com a «restitutio in integrum», a data da audiência de julgamento, o arguido tem de contar com despesas processuais adicionais relativamente às despesas com a dedução de oposição e com o processo de

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«restitutio in integrum». Acresce que o pedido de «restitutio in integrum»

não tem efeito suspensivo.

V.

Em face do exposto, o tribunal entende que é necessário, a fim de evitar estas desvantagens para o arguido, e tendo em consideração o direito da União Europeia, negar o trânsito em julgado da sentença condenatória proferida em processo sumaríssimo pelo Amtsgericht Garmisch-Partenkirchen até que o arguido efetivamente tome conhecimento da sentença condenatória proferida em processo sumaríssimo, e contar o prazo para dedução de oposição a partir desse momento. Daí a primeira questão prejudicial.

Se não se puder reclamar desta forma o diferimento do trânsito em julgado, afigura-se a este tribunal que, para evitar que o arguido seja injustificadamente discriminado unicamente por ter residência na Polónia, é necessário não lhe impor deveres de diligência relativamente a determinados documentos processuais que lhe são destinados, e cuja violação implica que o arguido possa ser punido por negligência, que excedam os deveres que sobre ele recairiam se tivesse sido notificado no território nacional, mediante ordem de notificação, aliás habitual, da sentença condenatória proferida em processo sumaríssimo. Daí a segunda questão, apresentada a título subsidiário.

VI.

O Tribunal solicita ao Tribunal de Justiça, ao abrigo do artigo 95.°, n.° 2, do Regulamento de Processo do Tribunal de Justiça da União Europeia, que imponha o anonimato do arguido no processo principal.

[Omissis]

[Omissis]

[Omissis] [formalidades; assinaturas]

Referências

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