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QUEBRANDO A BANCA. Pneumonia Prof. Cintia Lobo

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Pneumonia

Prof. Cintia Lobo

QUEBRANDO A BANCA

(2)

As Pneumonias caracterizam-se por um processo inflamatório agudo que acomete espaços aéreos,

de qualquer natureza, principalmente causado por agentes infecciosos, como bactérias, vírus e,

mais raramente, fungos e parasitos.

Quando o indivíduo tem pneumonia, seus

alvéolos ficam preenchidos com microrganismos, fluidos e células inflamatórias, e seus pulmões não são capazes de funcionar apropriadamente.

Pneumonia

(3)

Tipos

Pneumonia Lobar:

Quando a pneumonia se restringe a um lobo pulmonar.

Broncopneumonia:

São as formas com comprometimento predominantemente das vias

respiratórias e do lúmen alveolar, de limites mal definidos, irregulares,

entremeados de áreas de

parênquima sem lesões aparentes.

(4)

Pneumonia adquirida na comunidade (PAC): refere-se à doença adquirida fora do ambiente hospitalar ou de unidades especiais de atenção à saúde, ou ainda que se manifesta em até 48 horas da admissão

à unidade assistencial

Pneumonia nosocomial: É aquela que se instala após 48 horas de internação ou que ocorre até 48 horas após a alta hospitalar; logo, os agentes etiológicos não estavam previamente incubados no momento da

admissão.

• ■ É subdividida em pneumonia relacionada com os cuidados de saúde (PRCS) e pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM).

Classificação

das pneumonias

(5)

Pneumonias adquiridas na comunidade

As doenças respiratórias são causas importantes de

adoecimento e morte em todo o mundo. Entre as síndromes infecciosas respiratórias, a PAC é a de maior risco de morte e conta com número mais elevado de internações, sendo sua maior ocorrência em homens e tabagistas. O acometimento

prioritariamente ocorre em:

Grupos etários particularmente vulneráveis às suas complicações:

crianças menores de 5 anos e adultos maiores de 65 anos

Grupos com maior gravidade:

cardiopatas, diabéticos e pacientes com

doenças pulmonares crônicas.

(6)

A mortalidade por PAC gira em torno de 1% para pacientes ambulatoriais e 5 a 12%

entre os internados, podendo chegar a 50% naqueles que necessitam de internação em UTI.

Nos adolescentes e adultos jovens, as pneumonias ocorrem, na maioria das vezes, de modo benigno e com menores complicações do que aquelas em idades

extremas. Porém, quando os pacientes são imunocomprometidos ou têm doenças crônicas, elas podem se tornar graves, com elevadas taxas de mortalidade.

Pneumonias adquiridas na

comunidade

(7)

Mecanismos de defesa do sistema respiratório

Não se considera o pulmão como órgão permanentemente estéril, visto que o

conteúdo faringiano entra no trato respiratório inferior durante o sono. As pessoas aspiram conteúdo da orofaringe, principalmente aquelas

que roncam. Apesar disso, não se desenvolvem infecções com frequência, a não ser quando

ocorrem falhas nos mecanismos de defesa.

(8)

Mecanismos de Defesa

Tosse: é um mecanismo efetivo de defesa para expelir material das vias respiratórias inferiores e da laringe

Aparelho mucociliar das vias respiratórias: quando presas ao muco, as bactérias são incapazes de afetar a célula-alvo e são removidas pelas células ciliadas. Os cílios se

movem em ondas em direção à orofaringe para expelir o muco

Macrófagos alveolares: são as células fagocitárias responsáveis pela defesa inicial no espaço alveolar. Amplificam a resposta inflamatória do pulmão, secretando

substâncias quimiotáticas e reguladoras, e produzem proteases e antioxidantes

(9)

Mecanismos de Defesa

Complemento: importante na defesa contra agentes microbianos encapsulados.

Facilita a captação e destruição dessas bactérias pelos macrófagos e neutrófilos Surfactantes: produzidos pelos pneumócitos do tipo II, previnem o colapso alveolar,

facilitando o clearance.

O desenvolvimento de uma infecção geralmente ocorre devido a uma das seguintes circunstâncias:

• Invasão por qualquer microrganismo em um hospedeiro que apresente alguma deficiência nos mecanismos de defesa

• Exposição a microrganismo particularmente virulento

• Exposição a um número muito grande de microrganismos que os mecanismos de defesa não são capazes

de vencer.

(10)

Etiopatogenia

As vias de acesso dos patógenos da PAC ao parênquima pulmonar são as seguintes:

Aspiração de secreções da

orofaringe

Inalação de aerossóis expelidos por espirro, tosse e

fala (os aerossóis transportam geralmente um inóculo pequeno de

microrganismos, menor do que as

secreções aspiradas)

Disseminação hematogênica

Disseminação a partir de um foco

contíguo. (Não é uma via habitual de desenvolvimento de

PAC)

Reativação local, especialmente em

indivíduos

imunodeprimidos.

(11)

Os ag en tes etio lóg ic os mais comuns são:

Streptococcus pneumoniae (é causa mais comum, presente em 30 a 70% dos casos) Mycoplasma pneumoniae

Haemophilus influenzae Chlamydophila pneumoniae

Vírus respiratórios Legionella sp.

Gram-negativos

Moraxella catarrhalis (mais comum em crianças) Staphylococcus aureus.

Etiopatogenia

(12)

Sinais e Sintomas

A pneumonia é um quadro de apresentação aguda com os seguintes sintomas:

Tosse: na fase inicial, ela pode ser seca ou

apresentar expectoração em pequena quantidade

e de aspecto mucoide, mas que

evolui,

frequentemente, para purulenta

Dor torácica do tipo pleurítica: localizada,

em pontada, que piora com a tosse e a

inspiração profunda.

Nas pneumonias de base pulmonar, a dor

pode ser referida no abdome ou na região

escapular

Febre: presente na maioria dos casos, exceto em idosos debilitados e pacientes

imunossuprimidos

Dispneia: geralmente ausente nos quadros

leves. Quando presente, caracteriza

sempre um quadro grave, seja pela

extensão da pneumonia, seja pela

presença de doenças subjacentes (pulmonares ou cardiovasculares, por

exemplo)

Fraqueza: sintoma muito frequente na pneumonia, às vezes

com prostração acentuada.

(13)

Exame Físico

• Pode-se encontrar a síndrome de consolidação pulmonar:

• expansibilidade pulmonar diminuída

• frêmito toracovocal aumentado

• macicez ou submacicez

• murmúrio vesicular diminuído

• estertores finos

Ao Exame físico do tórax:

(14)

Não é raro ocorrer derrame pleural em pacientes com pneumonia; nesse caso, os achados de exame físico do derrame pleural podem prevalecer com os seguintes achados: expansibilidade diminuída, frêmito toracovocal diminuído, macicez e abolição do murmúrio

vesicular.

É fundamental a determinação da frequência respiratória em pacientes com suspeita de pneumonia, pois a presença de taquipneia, principalmente se acima de 30irpm, correlaciona-se fortemente a gravidade do quadro e risco de óbito.

Sempre é necessária uma avaliação completa do paciente (e não apenas do sistema respiratório), incluindo idade, dados epidemiológicos, antecedentes e identificação de comorbidades, como DPOC, rinite, sinusite, laringite, bronquiectasias, asma brônquica, diabetes, alcoolismo, desnutrição, síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), insuficiência cardíaca, neoplasia maligna, condições que possibilitem aspiração de

substâncias exógenas ou endógenas, uso de corticosteroides e de outros medicamentos, principalmente antibióticos.

O conjunto desses dados torna possível, inclusive, diagnóstico etiológico “presuntivo” na maioria dos pacientes, para escolha do esquema terapêutico mais adequado.

Exame Físico

(15)

Fatores de risco para a pneumonia adquirida na comunidade

Tabagismo.

Consumo de bebidas alcoólicas.

Dentes em mau estado de conservação.

Desnutrição.

Envelhecimento.

DPOC.

Insuficiência cardíaca.

Micro e macroaspiração.

Imunossupressão.

Fatores ambientais.

(16)

Diagnóstico

Diagnóstico etiológico

Diagnóstico etiológico “de certeza” pode ser difícil ou impossível, mesmo quando se lança mão de exames laboratoriais sofisticados, aliás, nem sempre disponíveis. A identificação do

agente infeccioso pode ser feita pelo exame de escarro, mas não se pode esquecer de que é frequente a contaminação desse material pela flora normal das vias respiratórias

superiores, pela boca e pela faringe. A obtenção de material para exame bacteriológico por broncoscopia, embora mais difícil do ponto de vista técnico, revela resultados mais

confiáveis. Isolamento de agentes virais apresenta dificuldades ainda maiores e, em geral,

só é feito em casos especiais.

(17)

Exame Radiológico

Os exames de imagem são fundamentais para confirmação ou exclusão de pneumonia.

O padrão radiográfico mais frequente nas pneumonias são as opacidades alveolares

(18)

Exames de imagem

Tomografia computadorizada

Radiografia do tórax em PA

(19)

Radiografia de tórax

A radiografia de tórax constitui o exame de imagem de escolha na abordagem inicial da PAC, em função de sua ótima relação custo-efetividade, das baixas doses de radiação e da ampla

disponibilidade.

A radiografia de tórax, além de essencial para o diagnóstico, auxilia na avaliação da gravidade, identifica comprometimento multilobar e pode sugerir etiologias alternativas, tais como abscesso e

tuberculose (TB). Pode indicar também condições associadas, como derrame pleural, além de monitorar a resposta ao tratamento.

A radiografia de tórax deve ser repetida após 6 semanas do início dos sintomas em tabagistas com mais de 50 anos e nos casos de persistência dos sintomas ou achados anormais ao exame físico. A

persistência de achados radiológicos nestes casos requer investigação adicional.

(20)

Exames laboratoriais e gasometria

Hemograma completo: critério de gravidade e resposta terapêutica. Leucopenia é sinal de mau prognóstico

Ureia: acima de 65 mg/dl, é sinal de gravidade

Proteína C reativa (PC-R): é um marcador de atividade inflamatória com valor prognóstico se o valor se mantiver elevado 3 a 4 dias após iniciado o tratamento. Se reduzir menos de 50% do valor inicial, o caso

sugere pior prognóstico ou complicações

Gasometria arterial: SpO2 < 90% indica pneumonia grave.

(21)

Avaliação da gravidade da pneumonia adquirida na

comunidade

Os pacientes com diagnóstico de PAC devem ser avaliados quanto à gravidade da doença, o que vai orientar a decisão do local do tratamento, a intensidade da

investigação etiológica e a escolha do antibiótico

• Por sua simplicidade, aplicabilidade e facilidade de uso, as Diretrizes Brasileiras para pneumonia adquirida na comunidade em adultos imunocompetentes sugerem a utilização do escore CURB-65

• C: confusão mental;

• U: ureia > 50 mg/dl;

• R: frequência respiratória ≥ 30 irpm;

• B: pressão arterial sistólica < 90 mmHg ou diastólica ≤ 60 mmHg;

• idade ≥ 65 anos

• ou a sua versão simplificada, CRB-65, para a estratificação da gravidade na atenção primária e na

emergência.

(22)

Escore CURB - 65

(23)

Pneumonia nosocomial

A Denominação pneumonia nosocomial, refere-se a dois tipos – PRCS e PAVM –, que são complicações frequentes em pacientes hospitalizados, principalmente naqueles

admitidos nas UTI.

É a segunda infecção hospitalar mais comum e a primeira em termos de morbidade,

mortalidade e custos.

(24)

Pneumonia nosocomial: Pneumonia

relacionada com os cuidados de saúde (PRCS)

A Pneumonia relacionada com os cuidados de saúde (PRCS) É aquela que ocorre após 48 horas da admissão hospitalar, por germe que não estava incubado, sem ter relação com procedimentos

médicos, não se relacionando à intubação endotraqueal e à ventilação mecânica.

Pacientes com pneumonia que estiveram hospitalizados em unidades de pronto-atendimento por 2 ou mais dias nos 90 dias precedentes, os provenientes de instituições de longa permanência ou de instituições de saúde, os que receberam antibióticos por via intravenosa (IV), quimioterapia, ou tratamento de escaras nos 30 dias anteriores à doença, ou aqueles que estão em tratamento em

clínicas de diálise também estão incluídos nessa classificação.

(25)

Fatores de risco para pneumonia nosocomial

Internação recente prolongada (5 dias ou mais) Uso de antibióticos por mais de 24 h nos últimos 15 dias

Fatores de risco para colonização de orofaringe por agentes potencialmente resistentes (neurocirurgia, SARA, traumatismo craniano, uso de corticosteroides)

Residência em asilo ou similar

Alta frequência de resistência bacteriana na comunidade ou na unidade hospitalar Imunodeficiência ou imunossupressão

Gravidade/instabilidade hemodinâmica Internação na UTI

(26)

Pneumonia nosocomial: ventilação mecânica (PAC)

É a pneumonia que surge 48 a 72 horas após intubação endotraqueal e suporte ventilatório invasivo.

Entre os principais fatores responsáveis por PAVM, destaca-se a aspiração de secreções de bucofaringe, do condensado formado no circuito do respirador ou do conteúdo

gástrico colonizado por bactérias patogênicas.

Outros fatores que também contribuem são: formação de um biofilme de bactérias no

interior do tubo, vazamentos ao redor do balonete e intubações repetidas.

(27)

Infiltrado pulmonar recente ou progressivo, observado na radiografia do tórax, associado a febre acima de 38°C, leucocitose ou leucopenia e secreção traqueal

purulenta são os principais sinais sugestivos de PAVM.

O exame radiológico é imperativo e deve ser feito diariamente nos pacientes intubados e em prótese ventilatória. Devem ser coletadas duas amostras de sangue para

hemocultura, preferencialmente durante o pico febril, com amostras de diferentes locais de punção.

A coleta de amostras de secreções das vias respiratórias inferiores para cultura quantitativa deve ser feita, sempre que possível, antes do início da terapêutica

antimicrobiana. Nos pacientes em ventilação mecânica, procedimentos invasivos, como lavado broncoalveolar e estão indicados.

Pneumonia nosocomial: ventilação

mecânica (PAC)

(28)

Considera-se de baixo risco para patógenos resistentes os pacientes internados por um período inferior a 5 dias, sem uso prévio de antibiótico e sem outros fatores de risco para colonização da bucofaringe por

patógenos multirresistentes.

Os principais agentes são: Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, S. aureus sensível à oxacilina e enterobactérias sensíveis (Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Proteus sp., Serratia marcescens).

No grupo de alto risco para patógenos resistentes, encontram-se os pacientes hospitalizados há mais de 5 dias, aqueles em uso de antibiótico nos últimos 15 dias, ou que apresentam outros fatores de risco para colonização da bucofaringe por agentes potencialmente resistentes, tais como: neurocirurgia, síndrome da

angústia respiratória aguda (SARA), trauma craniano, uso de corticosteroide e ventilação mecânica prolongada.

Pneumonia nosocomial: ventilação

mecânica (PAC)

(29)

Pneumonia: por aspiração

A pneumonia por aspiração refere-se às consequências pulmonares decorrentes da entrada de substâncias endógenas ou exógenas

nas vias respiratórias inferiores.

O tipo mais comum de pneumonia por aspiração é a infecção bacteriana pela aspiração

de bactérias que residem normalmente na via respiratória superior. A pneumonia por

aspiração pode ocorrer no ambiente comunitário ou hospitalar.

Os patógenos comuns são anaeróbios, S.

aureus, espécies de Streptococcus e bacilos

gram-negativos. Outras substâncias além das bactérias podem ser aspiradas para dentro do pulmão, tais como conteúdo gástrico, agentes

químicos exógenos ou gases irritantes.

Esse tipo de aspiração ou ingestão pode prejudicar as defesas pulmonares, causar alterações inflamatórias e provocar crescimento

bacteriano e pneumonia

(30)

Tratamento

O Manejo da pneumonia se baseia no diagnóstico correto, pesquisa microbiológica eficaz, avaliação de gravidade, decisão do local de internação , antibioticoterapia empírica e outras medidas adjuvantes,

monitorização da resposta terapêutica e critérios para alta segura

Com esses fatores em mente e sistematizados, é possível dar o melhor cuidado possível para esses pacientes com morbimortalidade tão

elevada.

(31)

Manejo clínico

São prescritos antibióticos com base nos resultados de cultura, antibiograma e diretrizes para a escolha dos antibióticos (devem-se considerar os padrões de resistência, prevalência dos microrganismos etiológicos, fatores de risco, cliente internado ou ambulatorial,

custos e disponibilidades dos agentes antibióticos)

O tratamento de suporte consiste em hidratação, antipiréticos, medicamentos antitussígenos, anti-histamínicos ou descongestionantes nasais

Recomenda-se o repouso no leito até que sejam evidenciados sinais de resolução do processo infeccioso

Administra-se oxigenoterapia para a hipoxemia

O suporte ventilatório inclui altas concentrações de oxigênio inspiratório, intubação endotraqueal e ventilação mecânica

Tratamento do choque, da insuficiência respiratória ou do derrame pleural, se necessário

Para grupos com alto risco de PAC, recomenda-se vacinação pneumocócica.

(32)

Para a melhora da

permeabilidade das vias respiratórias

Intervenções de

Enfermagem

(33)

A remoção das secreções é importante porque sua retenção interfere nas trocas gasosas e pode retardar a recuperação.

O enfermeiro incentiva a hidratação (2 a 3 ℓ/dia), porque a hidratação adequada fluidifica e solta as secreções pulmonares. A umidificação pode ser utilizada para soltar as secreções e melhorar a ventilação.

A máscara de alta umidade (usando ar comprimido ou oxigênio) fornece ar quente e úmido à árvore brônquica, ajuda a liquefazer as secreções e alivia a irritação brônquica.

A tosse pode ser iniciada voluntariamente ou por reflexo.

As manobras de expansão pulmonar, como a respiração profunda com um espirômetro de incentivo, podem induzir à tosse.

Para melhorar a permeabilidade das vias respiratórias, o enfermeiro supervisiona o paciente na realização da tosse eficaz e direcionada, o que inclui o posicionamento correto, uma manobra de inspiração profunda.

(34)

A fisioterapia respiratória (tapotagem torácica e drenagem postural) é importante para o afrouxamento e a mobilização das secreções.

Após cada mudança de decúbito, o enfermeiro supervisiona o paciente quanto a respiração profunda e tosse.

Se o indivíduo estiver muito fraco para tossir de modo efetivo, o enfermeiro pode precisar remover o muco pela aspiração nasotraqueal

Pode levar algum tempo para que as secreções sejam mobilizadas e avançadas para as vias respiratórias centrais para expectoração. Portanto, é importante que o enfermeiro monitore a tosse e a expectoração do

paciente depois da conclusão da fisioterapia respiratória.

O enfermeiro também administra e titula a oxigenoterapia conforme prescrito ou via protocolos. A

efetividade da oxigenoterapia é monitorada pela melhora nos sinais e sintomas clínicos, conforto do paciente

e valores de oxigenação adequados, conforme medido pela oximetria de pulso ou gasometria arterial.

(35)

Promoção do repouso e conservação da energia

Intervenções de

Enfermagem

(36)

O enfermeiro incentiva o paciente debilitado a descansar e a evitar esforços excessivos e uma possível exacerbação dos sintomas.

O paciente deve assumir uma posição confortável para promover o descanso e a respiração (p. ex., posição de semi-Fowler), e deve mudar de posição com frequência

para aumentar a liberação de secreções e a ventilação e perfusão pulmonar.

Os pacientes ambulatoriais devem ser orientados a evitar o esforço excessivo e a se

envolver em atividades moderadas apenas durante as fases iniciais do tratamento.

(37)

Manutenção da nutrição

Intervenções de

Enfermagem

(38)

A frequência respiratória do paciente com pneumonia se eleva em razão do aumento na carga de trabalho imposta por respiração trabalhosa e febre.

A elevação na frequência respiratória leva a aumento da perda insensível de líquido durante a respiração e pode causar desidratação. Portanto, a menos que

contraindicado, incentiva-se o aumento na ingestão de líquidos (pelo menos 2 ℓ/dia).

A hidratação deve ser alcançada de modo mais lento e com monitoramento

cuidadoso em pacientes com condições preexistentes, como insuficiência cardíaca

(39)

Manutenção da nutrição

Intervenções de

Enfermagem

(40)

Muitos pacientes com falta de ar e fadiga têm o apetite

diminuído e consomem apenas líquidos. Líquidos com eletrólitos podem ajudar a fornecer líquidos, calorias e eletrólitos.

Podem ser utilizadas outras bebidas enriquecidas

nutricionalmente, como os suplementos nutricionais orais, para complementar as calorias.

Pode ser aconselhável realizar refeições pequenas e frequentes.

Além disso, podem ser administrados líquidos e nutrientes por

via IV ( NPT / NPP), se necessário.

(41)

Promoção do conhecimento

Intervenções de

Enfermagem

(42)

O enfermeiro deve explicar ao paciente e aos familiares sobre a causa da pneumonia, o manejo dos sintomas, os sinais e sintomas que devem ser relatados a ele ou ao médico e a necessidade de

acompanhamento.

O paciente também precisa de informações sobre fatores (tanto de risco do paciente quanto externos) que podem ter contribuído para o desenvolvimento da pneumonia e estratégias para promover a recuperação

e prevenir a recorrência.

(43)

QUESTÕES

(44)

1. (FUNDEP GESTÃO DE CONCURSOS – 2019) São considerados fatores de risco para pneumonia relacionada à assistência à saúde, exceto:

(A) Condições que aumentam a colonização do hospedeiro, tais como falta de higiene bucal e das mãos.

(B) Condições que favorecem aspiração do trato respiratório ou refluxo do trato gastrintestinal, tais como intubação orotraqueal e utilização de sonda nasogástrica.

(C) Condições que requerem uso prolongado de ventilação mecânica com exposição potencial a dispositivos respiratórios e contato com mãos contaminadas ou colonizadas, principalmente de profissionais da área da saúde.

(D) Fatores do hospedeiro, como extremos de idade, desnutrição e condições de

base graves, incluindo imunossupressão.

(45)

1. (FUNDEP GESTÃO DE CONCURSOS – 2019) São considerados fatores de risco para pneumonia relacionada à assistência à saúde, exceto:

(A) Condições que aumentam a colonização do hospedeiro, tais como falta de higiene bucal e das mãos.

(B) Condições que favorecem aspiração do trato respiratório ou refluxo do trato gastrintestinal, tais como intubação orotraqueal e utilização de sonda nasogástrica.

(C) Condições que requerem uso prolongado de ventilação mecânica com exposição potencial a dispositivos respiratórios e contato com mãos contaminadas ou colonizadas, principalmente de profissionais da área da saúde.

(D) Fatores do hospedeiro, como extremos de idade, desnutrição e condições de

base graves, incluindo imunossupressão.

(46)

2. (COTEC – 2019) A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) divulgou, em 2017, uma série de publicações sobre Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. No “Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde”, há um capítulo especial sobre as medidas específicas recomendadas para prevenção de pneumonia. De acordo com o Intitute for Healthcare Improvement (IHI) (BRASIL, 2017), as medidas específicas recomendadas para prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) que fazem parte do pacote de medidas ou bundle são:

(A) Indicar profilaxia da úlcera de estresse; realizar profilaxia da trombose venosa profunda; promover a descontaminação digestiva seletiva e fazer traqueostomia precoce.

(B) Indicar antibiótico profilático para PAV; promover descontaminação digestiva seletiva; fazer traqueostomia precoce e aspiração da secreção subglótica periodicamente.

(C) Adequar o nível de sedação e o teste de respiração espontânea a cada três dias; manter decúbito elevado (20- 50°); promover a descontaminação digestiva seletiva e fazer a higiene oral de forma periódica.

(D) Estar atento aos cuidados com o circuito do ventilador; o circuito deve ser trocado a cada 4 dias, a fim de evitar contaminações.

(E) Manter decúbito elevado (30-45°); adequar diariamente o nível de sedação e o teste de respiração

espontânea; aspirar a secreção subglótica rotineiramente e fazer a higiene oral com antissépticos.

(47)

2. (COTEC – 2019) A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) divulgou, em 2017, uma série de publicações sobre Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. No “Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde”, há um capítulo especial sobre as medidas específicas recomendadas para prevenção de pneumonia. De acordo com o Intitute for Healthcare Improvement (IHI) (BRASIL, 2017), as medidas específicas recomendadas para prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) que fazem parte do pacote de medidas ou bundle são:

(A) Indicar profilaxia da úlcera de estresse; realizar profilaxia da trombose venosa profunda; promover a descontaminação digestiva seletiva e fazer traqueostomia precoce.

(B) Indicar antibiótico profilático para PAV; promover descontaminação digestiva seletiva; fazer traqueostomia precoce e aspiração da secreção subglótica periodicamente.

(C) Adequar o nível de sedação e o teste de respiração espontânea a cada três dias; manter decúbito elevado (20- 50°); promover a descontaminação digestiva seletiva e fazer a higiene oral de forma periódica.

(D) Estar atento aos cuidados com o circuito do ventilador; o circuito deve ser trocado a cada 4 dias, a fim de evitar contaminações.

(E) Manter decúbito elevado (30-45°); adequar diariamente o nível de sedação e o teste de respiração

espontânea; aspirar a secreção subglótica rotineiramente e fazer a higiene oral com antissépticos.

(48)

3. (FDC – 2019) A padronização da linguagem ou uso de taxonomias são um grande aliado para a sistematização da assistência de enfermagem. Para a intervenção Monitoração Hídrica, na ocorrência de pneumonia aguda, a intervenção sugerida é:

(A) A promoção do Exercício;

(B) A assistência para parar de fumar;

(C) A arteterapia;

(D) A terapia de relaxamento;

(E) A regulação da temperatura.

(49)

3. (FDC – 2019) A padronização da linguagem ou uso de taxonomias são um grande aliado para a sistematização da assistência de enfermagem. Para a intervenção Monitoração Hídrica, na ocorrência de pneumonia aguda, a intervenção sugerida é:

(A) A promoção do Exercício;

(B) A assistência para parar de fumar;

(C) A arteterapia;

(D) A terapia de relaxamento;

(E) A regulação da temperatura.

(50)

4. (FUNDATEC – 2019) O enfermeiro está atendendo um paciente com quadro de pneumonia, coloca-o sentado no leito e aspira suas vias respiratórias. Após a aspiração, o paciente refere desconforto abdominal. O enfermeiro ausculta os sons pulmonares e lhe dá um copo de água. Qual das atitudes descritas é uma medida de avaliação utilizada pelo enfermeiro?

(A) Aspirar a via respiratória.

(B) Sentar o paciente no leito.

(C) Solicitar ao paciente que descreva o tipo de desconforto.

(D) Auscultar os sons pulmonares.

(E) Ofertar o copo com água.

(51)

4. (FUNDATEC – 2019) O enfermeiro está atendendo um paciente com quadro de pneumonia, coloca-o sentado no leito e aspira suas vias respiratórias. Após a aspiração, o paciente refere desconforto abdominal. O enfermeiro ausculta os sons pulmonares e lhe dá um copo de água. Qual das atitudes descritas é uma medida de avaliação utilizada pelo enfermeiro?

(A) Aspirar a via respiratória.

(B) Sentar o paciente no leito.

(C) Solicitar ao paciente que descreva o tipo de desconforto.

(D) Auscultar os sons pulmonares.

(E) Ofertar o copo com água.

(52)

5. (COVEST-COPSET – 2019) A pneumonia adquirida na comunidade (PAC) constitui a principal causa de morte no mundo, com significativo impacto nas taxas de morbidade. Sobre a PAC, analise as afirmativas abaixo.

1) No Brasil, houve uma redução significativa das taxas de mortalidade por infecções do trato respiratório. Dentre as pneumonias, a PAC persiste como a de maior impacto e é a primeira causa de mortalidade no nosso meio.

2) A radiografia de tórax, em associação com a anamnese e o exame físico, faz parte da tríade propedêutica clássica para PAC, sendo recomendada sua realização de rotina, quando disponível, nas incidências póstero-anterior e perfil.

3) No tratamento ambulatorial da PAC, o antibiótico, inicialmente, é definido de forma empírica pela impossibilidade da obtenção de resultados microbiológicos imediatos. Na escolha do antibiótico, deve ser considerado: o patógeno mais provável no local de aquisição da doença, os fatores de riscos individuais, e a presença de doenças e de fatores epidemiológicos.

4) A terapia com dois antibióticos deve ser recomendada para pacientes com PAC grave com indicação de admissão em UTI, por reduzir a mortalidade. A administração dos antibióticos deve ser feita por via endovenosa e o mais precocemente possível.

Estão corretas, apenas:

(A) 2, 3 e 4.

(B) 1, 2 e 3.

(C) 3 e 4.

(D) 1 e 2

(E) 2 e 3.

(53)

5. (COVEST-COPSET – 2019) A pneumonia adquirida na comunidade (PAC) constitui a principal causa de morte no mundo, com significativo impacto nas taxas de morbidade. Sobre a PAC, analise as afirmativas abaixo.

1) No Brasil, houve uma redução significativa das taxas de mortalidade por infecções do trato respiratório. Dentre as pneumonias, a PAC persiste como a de maior impacto e é a primeira causa de mortalidade no nosso meio.

2) A radiografia de tórax, em associação com a anamnese e o exame físico, faz parte da tríade propedêutica clássica para PAC, sendo recomendada sua realização de rotina, quando disponível, nas incidências póstero-anterior e perfil.

3) No tratamento ambulatorial da PAC, o antibiótico, inicialmente, é definido de forma empírica pela impossibilidade da obtenção de resultados microbiológicos imediatos. Na escolha do antibiótico, deve ser considerado: o patógeno mais provável no local de aquisição da doença, os fatores de riscos individuais, e a presença de doenças e de fatores epidemiológicos.

4) A terapia com dois antibióticos deve ser recomendada para pacientes com PAC grave com indicação de admissão em UTI, por reduzir a mortalidade. A administração dos antibióticos deve ser feita por via endovenosa e o mais precocemente possível.

Estão corretas, apenas:

(A) 2, 3 e 4.

(B) 1, 2 e 3.

(C) 3 e 4.

(D) 1 e 2

(E) 2 e 3.

Referências

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