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Aula 00: Formação Territorial. Geografia do Brasil para Oficial da PM SP. Prof. Danuzio Neto. 1 de 47

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Aula 00: Formação Territorial

Geografia do Brasil para Oficial da PM SP

Prof. Danuzio Neto

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SUMÁRIO

SUMÁRIO 2

FORMAÇÃO TERRITORIAL 3

OTAMANHODOBRASIL 3

AFORMAÇÃOTERRITORIALCOMOPASSARDOSANOS 4

Século XVI 4

Século XVII e XVIII 4

Século XIX 4

Século XX 5

ACONFUSÃOTERRITORIAL-TRATADODETORDESILHAS 6

ASSESMARIASEAFORMAÇÃODOSLATIFÚNDIOS 9

ASINVASÕESAOTERRITÓRIOBRASILEIRO 10

AINTERIORIZAÇÃO 10

EACAPITALDOBRASIL,ONDEERA? 12

ASATIVIDADESECONÔMICASCOMOVETORESDAFORMAÇÃOTERRITORIAL 12

As Bandeiras 13

Colonização do sul do país 13

OBARÃODORIOBRANCOEOBRASILDOSÉCULOXX 14

AINTEGRAÇÃODOESPAÇOBRASILEIRO 18

DISPUTASTERRITORIAISNAATUALIDADE 19

DADOSSOBREACONFIGURAÇÃOTERRITORIALATUALDOBRASIL 19

QUESTÕES COMENTADAS PELO PROFESSOR 20

LISTA DE QUESTÕES 32

GABARITO 41

RESUMO DIRECIONADO 42

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FORMAÇÃO TERRITORIAL

O TAMANHO DO BRASIL

Segundo o IBGE, atualmente o Brasil ocupa uma área de 8.510.295,91 km², o que o torna o quinto maior país em tamanho de território. Nem sempre, porém, foi assim, já que até 1903 o Brasil mudou constantemente de tamanho, quando anexou o seu último território, o atual estado do Acre.

Na Carta do Império, por exemplo, o país tinha 173 mil km² a menos em relação a atual medição. A primeira estimativa oficial para a extensão superficial do território brasileiro é de 1889, quando o tamanho do Brasil era estimado em 8.337.218 km², valor que foi obtido a partir de medições e cálculos efetuados sobre as folhas básicas da Carta do Império do Brasil, publicada em 1883.

Apesar de o Brasil não ter incorporado novos territórios desde 1903, a sua área é constantemente medida e atualizada pelo IBGE. No início da década de 1950, as áreas do país, dos estados e dos municípios passaram a ser revisadas em base decenal, com adoção de processos mais rigorosos.

A atual extensão do Brasil, 8.510.295,91 km², foi estabelecida em 2020, conforme publicado no Diário Oficial da União nº 94, de 19 de maio de 2020.

Nesta atualização das áreas territoriais de estados e municípios, os destaques são o refinamento da linha costeira para o cálculo de área; o detalhamento de alguns limites fluviais entre os estados de Mato Grosso, Amazonas, Pará, Maranhão e Roraima; e a adequação entre os limites do Distrito Federal e Goiás.

Segundo o IBGE, o redimensionamento é próprio da evolução da tecnologia para mensuração e da dinâmica da Divisão Territorial Brasileira, que implica atualização periódica dos valores das áreas estaduais e municipais e reflete eventuais alterações nos limites político-administrativos. Tais alterações podem ser de natureza legal ou judicial ou decorrentes de: ajustes e refinamentos cartográficos; alterações comunicadas, no âmbito dos convênios que o IBGE mantém com órgãos estaduais responsáveis pela divisão política administrativa;

e utilização continuada de melhores técnicas e insumos de produção.

LISTA MAIORES PAÍSES DO MUNDO 1. Rússia 17 098 246 Km²

2. Canadá 9 984 670 Km² 3. China 9 596 961 Km²

4. Estados Unidos 9 371 174 Km² 5. Brasil 8.510.295Km²

As atualizações influenciam também em estudos e pesquisas demográficas, como as estimativas de população, calculadas todos os anos pelo IBGE. Além dos ajustes cartográficos comunicados pelos próprios estados, as alterações podem ser feitas para atender novas leis estaduais. Avanços tecnológicos também permitem melhorar a identificação e a representação da área dos municípios.

O interessante é que o IBGE ressalta que, embora os mapas e a Malha Municipal Digital do Brasil sejam utilizados como referência para diversas atividades por órgãos públicos, privados e pela sociedade em geral, o instituto não tem como atribuição a definição e delineamento dos limites do território, por se tratarem de questões políticas que estão além das competências do órgão.

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A FORMAÇÃO TERRITORIAL COM O PASSAR DOS ANOS

A formação territorial do Brasil relaciona-se fortemente com o seu povoamento, que é distribuído irregularmente ao longo do território. Até hoje, a maior parte da população brasileira habita na região litorânea, que é onde estão as maiores cidades do país. Não custa nada lembrarmos que várias são as capitais dos estados brasileiros que estão no litoral, como Salvador, São Luís, Fortaleza, Natal, Florianópolis, Rio de Janeiro, dentre outras.

Até o século XVI, a área territorial do Brasil correspondia à estabelecida pelo Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494 por Portugal e Espanha e que dividia as terras da América do Sul entre estes dois países.

Depois do Tratado de Tordesilhas, as grandes mudanças do território brasileiro iriam ser reconhecidas oficialmente na comunidade internacional com o Tratado de Madri, assinado em 1750, após a confusão territorial que existira com o advento da União Ibérica, período entre 1580 e 1640 em que Portugal e Espanha foram governados por um mesmo rei, como se uma única nação fossem.

Depois disso, os principais acontecimentos históricos que contribuíram para o povoamento e formação territorial do país vão explicar a construção do espaço urbano e do espaço rural brasileiros, conforme estudaremos nos tópicos seguintes.

Século XVI

A ocupação estava limitada ao litoral, período em que a principal atividade econômica do país era o cultivo de cana para produzir o açúcar, produto então em alta na Europa. Ou seja, a produção era destinada à exportação.

As propriedades rurais eram grandes extensões de terra (latifúndios), onde os escravos trabalhavam.

O crescimento da exportação iria contribuir para o surgimento dos primeiros centros urbanos no litoral, as cidades portuárias.

Século XVII e XVIII

A produção pastoril do período contribuiu para a interiorização do país, o que seria intensificado pela descoberta de jazidas de ouro e diamante nos estados de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso.

Assim, tem-se que foram dois os fatores fundamentais para a interiorização do Brasil são deste período:

• A PECUÁRIA e

• A MINERAÇÃO.

O período aurífero fez surgir várias cidades importantes destes estados, como Ouro Preto, São João Del Rei e Vila Boa de Goiás.

Século XIX

Com a Proclamação da Independência (1822), o Brasil conseguiu assegurar a unidade territorial internamente, no desenvolvimento da chamada Guerra da Independência (1823-1824), que teve desdobramentos em vários estados e garantiu que estes não se tornassem territórios independentes.

No plano externo, as fronteiras do novo país ficaram definidas pelo diploma que reconheceu a Independência do Brasil, o TRATADO DO RIO DE JANEIRO (Tratado Luso Brasileiro ou Tratado da Paz, Amizade e Aliança), que foi firmado entre o Brasil e Portugal, com a interveniência e supervisão direta da Inglaterra.

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No período, porém, o país perdeu a Província Cisplatina, que atualmente corresponde ao território do Uruguai. O território declarou a sua independência em 10 de dezembro de 1825.

Afora o período imediatamente posterior à independência, em outros momentos do Império o Brasil também correu o risco de se fragmentar, o que acabou não acontecendo. São dessa época:

• A REVOLUÇÃO PRAIEIRA (Pernambuco);

• A GUERRA DO CONTESTADO, (Paraná e Santa Catarina); e

• A GUERRA DOS FARRAPOS/REVOLUÇÃO FARROUPILHA (na então província de São Pedro do Rio Grande do Sul).

A produção do café foi a atividade que mais contribuiu para o processo de urbanização do país, principalmente nos estados da atual região do Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo).

Século XX

O Brasil passa a sofrer menores transformações territoriais e mais mudanças sociais e populacionais.

A grande alteração do território neste século foi a incorporação do território do Acre, adquirido da Bolívia em 1903.

Este século é marcado por um processo de industrialização que acarretará diretamente na distribuição espacial da população, que deixará os campos para viver nas cidades. Este processo (fluxo migratório do campo para as grandes cidades) será conhecido como ÊXODO RURAL.

Na segunda metade do século XX, pela primeira vez, a população urbana brasileira ultrapassou a população rural, situação que se mantém até os dias de hoje. Ou seja, no Brasil hoje temos uma população urbanizada, como podemos ver na arte a seguir, do IBGE:

Agora que temos uma visão geral da formação territorial brasileira, vamos conhecer os detalhes desse processo.

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A CONFUSÃO TERRITORIAL - TRATADO DE TORDESILHAS

O Tratado de Tordesilhas foi um acordo firmado em 07 de junho de 1494, entre o Reino de Portugal e a Coroa Espanhola, que tinha o intuito de dividir, entre estes dois reinos, as terras "descobertas e por descobrir" por ambos fora da Europa.

O critério utilizado pelo tratado determinava que as terras localizadas 370 léguas a oeste de Cabo Verde pertenceriam à Espanha e ao leste, à Portugal. Desta forma, se tudo fosse respeitado conforme diz o tratado, a maior parte do atual território do Centro-Oeste, do Norte e do Sul não pertenceriam à Coroa Portuguesa, pois estariam sob domínio espanhol. Os termos do acordo, no entanto, não seriam respeitados por muito tempo.

O Tratado de Tordesilhas teria validade oficial de 1594 a 1750, quando foi assinado o Tratado de Madri, que também tinha como objeto a divisão territorial da América Latina entre as Coroas de Portugal e da Espanha.

Durante este período (1594 a 1750), esta foi a divisão oficial então vigente (A linha divisória norte-sul, em vermelho, representa o Meridiano de Tordesilhas):

DIVISÃO DAS TERRAS "DESCOBERTAS E POR DESCOBRIR", SEGUNDO TRATADO DE TORDESILHAS

Fonte: http://estudosavancadosinterdisciplinares.blogspot.com.br/2015/02/mapas-do-tratado-de-tordesilhas.html Como sabemos, o território brasileiro foi inicialmente povoado pelo litoral, que ainda é a faixa mais populosa do país. Durante o século XVI, no entanto, iniciaram-se algumas penetrações no território de maneira esparsa – e ainda sem povoamentos relevantes de caráter permanente.

O que inicialmente contribuiu para a mudança deste cenário e uma posterior confusão territorial entre os domínios portugueses e espanhóis foi o incomum período de 1580 a 1640, conhecido como UNIÃO IBÉRICA, quando Portugal esteve sob domínio espanhol quando aquele país enfrentou graves problemas sucessórios. Com Portugal e Espanha sob o mesmo governo não fazia mais sentido a permanência do marco divisório estabelecido pelo Tratado de Tordesilhas, apesar de este não ter sido expressamente revogado.

Assim, a própria Coroa espanhola passou a estimular as ENTRADAS e as BANDEIRAS no Brasil, com o objetivo maior de encontrar ouro no interior do nosso país. Ou seja, os próprios espanhóis, imaginando que comandariam o Brasil para sempre, estimularam os brasileiros a invadir o território da América Espanhola, desrespeitando o Tratado de Tordesilhas.

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Professor, mas o que são essas Entradas e Bandeiras?

De forma geral, podemos dizer que as Entradas e Bandeiras foram excursões que contribuíram para a interiorização do Brasil. O que diferencia basicamente um tipo de incursão da outra é o tipo de financiamento utilizado:

ENTRADAS eram iniciativas financiadas pelo GOVERNO que buscavam a interiorização do território;

BANDEIRAS eram iniciativas PRIVADAS que tinham o lucro como finalidade, mas que acabavam por contribuir também para a expansão do território brasileiro para o Oeste, tanto é que também eram estimuladas pela Coroa Espanhola.

Num linguajar atual, portanto, diríamos que as Bandeiras eram “privatizadas” enquanto as Entradas eram

“estatais”. Ironia do destino – ou não –, algumas rodovias importantes do Sudeste foram batizadas com o nome de importantes bandeirantes e hoje possuem longos trechos privatizados, como as Rodovias Fernão Dias e Raposo Tavares.

Voltando a falar sobre a União Ibérica (Portugal e Espanha administrados como um único país), o certo é que durante este período as Bandeiras e as Entradas acabaram por avançar para além da linha estabelecida pelo Tratado de Tordesilhas, o que fez com que o Brasil triplicasse de tamanho e conquistasse, também, o que hoje conhecemos como Centro-Oeste brasileiro, onde está o Distrito Federal.

Contribuíram ainda para esta interiorização do território a expansão da pecuária e as missões religiosas dos jesuítas.

Entradas

Eram iniciativas financiadas pelo governo que buscavam a interiorização do território Bandeiras

Eram iniciativas privadas que tinham o lucro como finalidade

Após o fim da União Ibérica e com os limites territoriais das colônias ainda pouco definidos, D. João V de Portugal e D. Fernando VI da Espanha, em 1750, assinaram o TRATADO DE MADRI, que se baseava no princípio do UTI POSSIDETIS, que orientava que cada país ficasse com os territórios que estivessem de fato sob o seu domínio. Ou seja, este novo tratado surgiu para formalizar o que já existia de fato. Foi assim que, oficialmente, boa parte do que conhecemos hoje como as regiões Centro-Oeste, Norte e Sul passaram, oficialmente, a fazer parte do território brasileiro.

Princípio UTI POSSIDETIS (criado no Império Romano)

Princípio do Direito Internacional que estabelece que determinado território pertence ao país que de fato o ocupa.

Costuma ser aplicado para legitimar conquistas territoriais.

Foi aplicado à África e à Ásia quando da retirada das potências europeias no processo de descolonização do século XX.

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Configuração territorial do Brasil após o Tratado de Madri

Fonte: http://opiniaoenoticia.com.br/brasil/e-assinado-o-tratado-de-madri/

Observemos como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, fala sobre o tema:

Em 1750, redefiniu as fronteiras entre as Américas Portuguesa e Espanhola, anulando o estabelecido no Tratado de Tordesilhas: Portugal garantia o controle da maior parte da Bacia Amazônica, enquanto a Espanha controlava a maior parte da Bacia do Prata. Neste Tratado, o princípio do usucapião (uti possidetis), que quer dizer que a terra pertence a quem a ocupa, foi levado em consideração pela primeira vez.

(http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/povoamento/index.html)

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AS SESMARIAS E A FORMAÇÃO DOS LATIFÚNDIOS

Iniciada com as capitanias hereditárias em 1534, a concessão de sesmarias, que contribuiria para a formação dos latifúndios, foi abolida apenas com o processo de independência, em 1822.

Entende-se por SESMARIA um lote de terras que era distribuído a um beneficiário, em nome do rei de Portugal, com o objetivo de cultivar terras virgens.

No caso da colonização portuguesa da América, as sesmarias tinham um objetivo duplo:

• Criar as condições para o CULTIVO DAS NOVAS TERRAS conquistadas; e

• Proporcionar o POVOAMENTO deste novo território.

A prática de doação de sesmarias no Brasil começou com a constituição das capitanias hereditárias, em 1534. É importante aqui salientarmos que quem assumia direitos e deveres sobre determinada capitania hereditária, por meio da carta de doação e do foral, era o donatário. Assim, cabia a este dividir sua capitania em partes menores, as sesmarias, que eram distribuídas para os colonos.

A distribuição de sesmarias incluía o dever de cultivo durante certo período, que, na América portuguesa, era de cinco anos para cultivá-las e pagar os tributos devidos à Coroa Portuguesa – o que raramente era cumprido.

A sesmaria, assim como as capitanias hereditárias, não garantia ao colono a propriedade das terras, mas apenas o direito de usufrui-las para cultivo durante determinado período. Os capitães donatários que recebiam capitanias hereditárias detinham apenas 20% de suas capitanias, tendo que distribuir os demais 80% por meio das sesmarias.

Apesar do impedimento de alugar, arrendar ou vender as terras, muitos sesmeiros não cultivavam suas terras, preferindo repassá-las para os posseiros. Como a existência dos posseiros dificultava o controle da Coroa sobre a distribuição das terras, essa situava era proibida por Portugal. Uma regularização efetiva da situação fundiária do país somente iria ocorrer durante o Império, por meio da Lei de Terras de 1850.

Ponto interessante e que já foi cobrado em prova, é que as sesmarias deram origem aos grandes latifúndios no Brasil. A distribuição de grandes extensões de terras a um único sesmeiro e a utilização de terras que não estavam dentro dos limites estipulados pelas cartas de Sesmarias contribuíram para a desigual distribuição de terras no Brasil, uma das causas da desigualdade social ainda vigente no país.

Questão para fixar!

(CESPE - Instituto Rio Branco - 2017)

A configuração territorial da América portuguesa colonial foi alcançada por meio de um processo histórico dinâmico, iniciado no século XVI. A respeito desse tema, julgue (C ou E) o seguinte item.

A doação de terras pelos capitães-donatários a sesmeiros deu origem à formação de latifúndios.

Comentário:

Exato. Esta prática, de doação de grandes terras dos donatários para os sesmeiros, é apontada como uma das origens do nosso sistema desigual de distribuição de terras.

Coroa Portuguesa (proprietária das

terras)

Donatário (tinha a posse das terras de uma Capitania

Hereditária)

Sesmeiros (tinha a posse das

sesmarias)

Posseiros (cultivavam as

terras dos sesmeiros)

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AS INVASÕES AO TERRITÓRIO BRASILEIRO

Como o Tratado de Tordesilhas dividia o Novo Mundo apenas entre Portugal e Espanha, outras nações europeias questionaram essa divisão e tentaram, ao longo dos séculos XVI e XVII, tomar posse de parte do território colonial das potências ibéricas.

Foi neste cenário que o Brasil, por diversas vezes, foi alvo de incursões e invasões estrangeiras, principalmente de franceses e holandeses. Os portugueses, porém, conseguiram resistir e assim evitaram a tomada de territórios coloniais por nações europeias.

Com o território defendido, a partir do final do século XVI e ao longo do século XVII, os portugueses dão início à expansão e ocupação do território colonial brasileiro, influenciados principalmente por fatores econômicos e militares.

Dessa forma, em meados do século XVIII o território brasileiro já estava praticamente com as dimensões definidas tais como as conhecemos hoje.

A INTERIORIZAÇÃO

Na busca pelo ouro que teve como uma de suas consequências a interiorização do Brasil, os bandeirantes chegaram, na primeira metade da década de 1590, ao território do atual estado de Goiás. É importante também registrar que esta não foi a única bandeira na região, que presenciou a chegada de outras expedições posteriormente, lideradas tanto por bandeirantes quanto por jesuítas. Nenhum destes grupos (jesuítas e bandeirantes), porém, fixou-se na região, que continuou sendo habitada ainda quase que exclusivamente por índios.

É importante também dizer que os Bandeirantes seriam responsáveis pela interiorização do território amazônico no século XVII.

O ouro seria descoberto em Goiás apenas em 1722, nas margens do rio Vermelho. À época, o atual território goiano pertencia à capitania de São Paulo, situação que persistiu até o ano de 1748. Mesmo com a descoberta do ouro em várias localidades goianas, a extração deste metal se dava principalmente nos arraiais de Santa Cruz, Meia Ponte (onde hoje está o município de Pirenópolis), Crixás e Santa Luzia (atual Luziânia). Com esta nova situação econômica, começa a haver fixação de população não-indígena na região.

COMO O BRASIL ERA POR VOLTA DE 1710

Fonte do mapa: https://blogdoenem.com.br/revoltas-coloniais-nativistas-seculo-xviii/

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Após o fim da União Ibérica e com os limites territoriais das colônias ainda pouco definidos, Portugal e Espanha, em 1750, assinaram o TRATADO DE MADRI, que se baseava no princípio do uti possidetis, que orientava que cada país ficaria com os territórios que estivessem de fato sob o seu domínio. Ou seja, este novo tratado surgiu para formalizar o que já existia de fato. Foi assim que, oficialmente, o atual território de Goiás e boa parte do que conhecemos hoje como Centro-Oeste passaram a fazer parte do território brasileiro.

É importante ainda ressaltar que esse acordo de posse da terra por quem efetivamente a ocupasse só valia entre Portugal e Espanha (ou entre o Brasil e os demais países da América do Sul), já que as diversas tribos indígenas que estavam na efetiva posse destas mesmas terras não eram sequer levadas em consideração. O índio, à época, não era nem mesmo considerado um ser humano com pleno direito pelos colonizadores.

Apesar de ter contribuído para a interiorização do país, o ciclo do ouro na região do Goiás durou aproximadamente um século. Após este período, a região enfrentou uma estagnação econômica que iria perdurar até meados do século XX, quando seria reanimada pela agropecuária.

Assim, conforme podemos observamos no mapa a seguir, o Tratado de Madri praticamente estabeleceu a atual extensão territorial do Brasil.

Configuração territorial do Brasil a partir de 1750, após o Tratado de Madri

Fonte: http://opiniaoenoticia.com.br/brasil/e-assinado-o-tratado-de-madri/

Comparação entre o tamanho do Brasil de acordo com o Tratado de Madri e com o Tratado de Tordesilhas

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E A CAPITAL DO BRASIL, ONDE ERA?

Durante todo este período que estamos estudando, a capital do Brasil ainda estava longe do interior do país e se localizava no litoral, a primeira faixa territorial que foi povoada.

De 1549 a 1763, a capital era Salvador, na Bahia.

De 1763 a 1960, a capital era a cidade do Rio de Janeiro/RJ.

Apesar de Brasília ter sido fundada apenas em 1960, desde o Período Imperial havia surgido o que ficou conhecido como “ideia mudancista”, que tratava, basicamente, sobre a mudança da capital para o interior do Brasil.

Capitais do Brasil Salvador (BA) – 1549 a 1763 Rio de Janeiro (RJ) – 1763 a 1960 Brasília (DF) – 1960 até a atualidade

AS ATIVIDADES ECONÔMICAS COMO VETORES DA FORMAÇÃO TERRITORIAL

Diante de tudo o que vimos até aqui, podemos concluir que as atividades econômicas foram essenciais para orientar e estimular a expansão territorial brasileira.

Depois que o pau-brasil iniciou a exploração comercial das nossas terras, a cana-de-açúcar, até o início do século XVII, fez do litoral nordestino a mais importante região econômica da colônia.

Concomitantemente à exploração canavieira, a expansão da pecuária, da mineração, as bandeiras, as missões jesuítas e a coleta das “drogas do Sertão” (produtos como cacau, pimenta e castanha, explorados na Amazônia durante o período colonial), contribuíram decisivamente para a interiorização do país e o consequente avanço do território português em áreas que pertenciam inicialmente à Espanha.

A PECUÁRIA, por exemplo, foi a responsável pelo POVOAMENTO DO SERTÃO NORDESTINO, onde complementou a lavoura de cana-de-açúcar que dominava o litoral – tanto no fornecimento da carne para alimentação quanto na disponibilidade de animais de tração para o trabalho nos engenhos.

Posteriormente, o gado e os animais de carga mostraram-se fundamentais para o povoamento do sul, especialmente em áreas dos atuais estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.

A MINERAÇÃO, por seu lado, ajudou a fundar várias vilas e cidades em Minas Gerais e no atual Centro- Oeste.

Já as MISSÕES JESUÍTICAS que catequizavam os índios se instalaram onde hoje estão as regiões Sul e Norte do país e contribuíram para a exploração e a comercialização das drogas do Sertão em grande parte da Amazônia.

(13)

As Bandeiras

O bandeirismo (também conhecido como bandeirantismo) foi um movimento de penetração para o interior do país com origem, principalmente, em São Paulo e foi um dos mais importantes movimentos para a expansão dos domínios territoriais portugueses no continente.

As bandeiras ocorreram principalmente no século XVIII e eram motivadas pela busca de metais preciosos no interior do país, mas também pela caça de indígenas, que eram aprisionados e posteriormente vendidos como escravos.

Os bandeirantes, inclusive, são apontados como um dos principais responsáveis pelo extermínio de índios em nosso país.

Por ter exterminado grandes populações indígenas, e apesar de terem contribuído para a expansão territorial brasileira, o bandeirismo foi um fenômeno despovoador e não povoador (não houve necessariamente povoamento de população branca onde índios eram exterminados).

Por terem atuado por meio de financiamento de particulares, costuma-se afirmar que os bandeirantes atuavam no SERTANISMO DE CONTRATO.

Colonização do sul do país

O Sul do Brasil só seria efetivamente povoado a partir do século XIX, com o que ficou conhecido como colonização moderna, quando imigrantes, especialmente colonos alemães, italianos e eslavos, fixaram-se na região ao cultivar pequenas propriedades rurais familiares.

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O BARÃO DO RIO BRANCO E O BRASIL DO SÉCULO XX

Com a Proclamação da República Brasileira em 1889, os políticos brasileiros precisaram se debruçar sobre a questão dos limites territoriais do país. Estes limites, ainda que definidos pela Constituição brasileira de 1891, não se encontravam efetivamente delimitados.

Figura central neste processo, o Barão do Rio Branco, logo no início de sua gestão, em 1898, foi encarregado de resolver a questão do Amapá.

Pouco tempo depois, o diplomata precisou lidar com um problema que se arrastava há décadas. No fim do século XIX, seringueiros brasileiros vindos do Nordeste ocuparam uma grande área pertencente à Bolívia, onde hoje é o atual estado do Acre, iniciando um problema territorial que ficou conhecido como a Questão do Acre, que só seria resolvido em 1903, quando foi assinado o Tratado de Petrópolis.

Foi este Tratado que, negociado pelo barão do Rio Branco, tornou brasileira a área ocupada pelos seringueiros brasileiros, mediante um pagamento de 2 milhões de libras esterlinas e a promessa de proporcionar à Bolívia uma saída para o mar, por meio da construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, o que nunca aconteceu.

A estrada de ferro deveria ter sido construída paralelamente ao curso dos rios Madeira e Mamoré, ligando o interior boliviano à cidade de Parintins, às margens do Rio Amazonas. Em 1907, a empreitada foi iniciada, mas em poucos anos foi encerrada por conta das condições precárias do local e as constantes epidemias que dizimavam os trabalhadores.

Em 1912, um trecho da ferrovia ficou pronto, mas sem concretizar a saída da Bolívia para o mar.

O interessante é que anteriormente, no contexto da Guerra da Tríplice Aliança, com a assinatura do Tratado de Ayacucho (1867), o Império do Brasil já havia reconhecido a região do atual estado do Acre como pertencente à Bolívia. Naquela oportunidade, o nosso país recebeu em troca o sudoeste do Amazonas.

Nos mapas a seguir, podemos observar como o Brasil era em 1889, sem o Acre, e como já era em 1943, com o Acre. Durante esse período, várias foram as mudanças pelas quais o território do nosso país passou, principalmente em relação às zonas próximas às linhas de fronteira, que ganharam o formato atual após tratados no começo do século XX com os Países Baixos (1906 – Limites com a Guiana Holandesa/Suriname), com a Colômbia (1907), com o Uruguai (1908) e o Peru (1909). Todas as questões foram lideradas pelo Barão do Rio Branco.

Questão para fixar

(CESPE/CEBRASPE - Instituto Rio Branco - 2012)

O Brasil, que sempre se caracterizou pela existência, em uma região ou em outra, de fronteira de povoamento, viu, com o processo de industrialização do campo, o aparecimento de fronteiras de modernização nas quais se verificaram profundas transformações socioespaciais. Ambos os tipos de fronteira suscitam novos centros de comercialização e beneficiamento de produção agrícola, de distribuição varejista e prestação de serviços ou, em muitos casos, de centros que já nascem como reservatórios de uma força de trabalho temporária.

R. L. Corrêa. Estudos sobre a rede urbana. Rio de Janeiro: Bertrand do Brasil, 2006, p. 323 (com adaptações).

Julgue (C ou E) os próximos itens, relativos à formação histórica do território brasileiro.

No início do século XX, o governo brasileiro assegurou a posse de novas terras por meio de acordos diplomáticos que envolveram questões fronteiriças com a Argentina, Bolívia, Colômbia, Peru e Suriname, nos quais se destacou a figura do Barão do Rio Branco.

( ) Certo ( ) Errado

(15)

Comentário:

Durante esse período, várias foram as mudanças pelas quais o território do nosso país passou, principalmente em relação às zonas próximas às linhas de fronteira, que ganharam o formato atual após

No começo do século XX, os tratados brasileiros, liderados pelo Barão do Rio Branco, que dispunham sobre limites territoriais foram assinados com os seguintes países:

Bolívia (1903 – Questão do Acre)

Países Baixos (1906 – Limites com a Guiana Holandesa/Suriname),

Colômbia (1907),

Uruguai (1908) e

Peru (1909).

A Argentina, portanto, não faz parte deste rol.

Gabarito: Errado

Nos mapas acima percebemos que após 1903 as grandes alterações não ocorrem mais com a aquisição de novos territórios, mas a subdivisão das áreas existentes. Em 1988, por exemplo, com o advento da atual Constituição Federal, o estado de Goiás será subdividido, dando origem ao estado do Tocantins, o mais novo do nosso país.

Outro ponto a se destacar é o mapa de 1943, quando foram criados territórios federais: Acre, Guaporé (Rondônia), Amapá, Roraima (Território do Rio Branco), Fernando De Noronha, Ponta Porã e do Iguaçu. Podemos observar melhor a disposição dos territórios citados no mapa abaixo:

(16)

A lógica que orientou a criação dos territórios federais no Norte, na década de 1940, foi o aumento da presença do governo central em áreas pouco povoadas e consideradas vulneráveis às ameaças externas.

Lembremos que este foi um período de grande tensão no cenário internacional, já que se desenvolvia, principalmente na Europa, a II Guerra Mundial.

No mapa acima, as quatro áreas assinaladas dentro da Amazônia brasileira, ao norte, oeste e sudoeste de Manaus, são territórios adquiridos pelas negociações do Barão do Rio Branco.

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A configuração territorial atual do Brasil foi estabelecida com a constituição de 1988, e é a que podemos observar na imagem a seguir:

(18)

A INTEGRAÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO

De maneira formal, podemos dizer que o território brasileiro passou a existir como tal a partir da nossa declaração de independência, em 1822, quando o espaço brasileiro, ainda dependente basicamente das exportações de cana-de-açúcar, algodão e couro, desenvolvia-se por meio de ilhas, já que não havia a infraestrutura necessária para interligar as diferentes regiões do país. Antes da chegada da família real ao Brasil, inclusive, havia a proibição de construção de estradas que interligassem as províncias, a fim de coibir o “tráfico”

de mercadorias entre elas e facilitasse a cobrança de impostos por Portugal.

Seria apenas no final do século XIX e começo do século XX, com o desenvolvimento da cultura do café, que se iniciou a integração territorial brasileira e, portanto, de um verdadeiro espaço nacional.

Esta nova realidade se deu com a constituição de um mercado consumidor e a grande acumulação de capitais gerados pelo café, que contribuíram decisivamente para a instalação da indústria no país, o que fez avançar o processo de integração nacional.

Além de contribuir para a integração comercial, o processo de industrialização desencadeado com o capital proveniente do café acelerou também a urbanização brasileira, o que deu nova direção ao povoamento do território brasileiro.

O governo brasileiro, para fomentar o processo de industrialização, ainda criou várias políticas regionais de desenvolvimento, como as seguintes:

• Construção de rodovias de integração, como a Belém-Brasília.

• A construção de Brasília, que foi fundada em 1960;

• A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), em 1959;

• A Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), em 1966;

• A Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (SUDECO), em 1967.

Essa integração territorial que seria marca do Brasil do século XX seria observada fundamentalmente com a construção de Brasília, durante do governo Juscelino Kubitschek. A construção da nova capital era a meta mais importante do Plano de Metas do novo presidente.

Com a construção de Brasília, a nova capital brasileira que foi fundada em 1960, o governo objetivava finalmente superar três grandes dificuldades que atravancavam a integração nacional:

• A inexistência de uma localização privilegiada do poder para o rearranjo das economias regionais, em prol da unificação do mercado nacional;

• O enrijecimento econômico do litoral, palco da colonização; e

• O potencial burguês latifundiário e urbano concentrados nas antigas ilhas territoriais produtivas de café e cana-de-açúcar.

(19)

DISPUTAS TERRITORIAIS NA ATUALIDADE

A principal disputa territorial que envolve o Brasil na atualidade se refere à “Isla Brasilera” (Ilha Brasileira), um território pouco lembrado pelos brasileiros, mas que é reivindicado por setores mais nacionalistas do Uruguai.

O Brasil afirma que a ilha está no Rio Quaraí — um tratado assinado em 1851 entre os dois países determinou que as ilhas existentes nessa via fluvial seriam território brasileiro.

Montevidéu, por outro lado, sustenta que a ilha está no Rio Uruguai (perto da foz do Rio Quaraí, mas fora dele) e, portanto, pertence ao Uruguai.

Os dois países, portanto, divergem sobre onde termina o Rio Quaraí e onde começa o Rio Uruguai.

Há ainda uma segunda disputa territorial entre os dois países. Alegando um erro de demarcação, o Uruguai reclama 237 quilômetros quadrados do Rincão de Artigas, uma área rural perto da cidade uruguaia de Rivera.

Nos dois casos, o Brasil desconsidera as reivindicações uruguaias e não aceita conversas sobre o assunto.

Em relação ao total do território brasileiro, a Ilha e o Rincão são territórios muito pequenos. Mas para os uruguaios a área é considerável.

DADOS SOBRE A CONFIGURAÇÃO TERRITORIAL ATUAL DO BRASIL

De maneira geral, podemos apresentar as seguintes características físicas da configuração territorial atual do Brasil:

Área total – 8.510.295,91 km² (quinto mais extenso do mundo).

Fronteiras – Com exceção do Chile e do Equador, o Brasil faz fronteira com todos os Estados sul- americanos.

O Brasil possui 15.719 Km de fronteira terrestre. A título de comparação, o tamanho da fronteira dos Estados Unidos com o México, por exemplo, é de 3.141 Km.

Distâncias que separam os pontos extremos:

• 4.394 Km de norte a sul;

• 4.319 Km de leste a oeste;

• 7.408 Km de litoral;

Os pontos extremos do Brasil são:

• A oeste, a Serra da Contamana, no Acre;

• A leste, a Ponta do Seixas, na Paraíba;

• Ao norte, o Monte Caburaí, em Roraíma;

• Ao sul, Arroio Chuí no Rio Grande do Sul.

Coordenadas geográficas:

– 5°16’19” de latitude norte a 33°45’09” latitude sul; e 34°45’54” de longitude oeste a 73°59’32” de longitude oeste.

O Brasil localiza-se completamente no hemisfério oeste (hemisfério ocidental) de Greenwich.

93% território brasileiro está ao sul da linha do Equador, ou seja, no hemisfério sul.

Apenas o Sul do Brasil está na zona temperada do globo, onde há um clima de temperaturas mais amenas.

O país possui quatro fusos horários diferentes.

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QUESTÕES COMENTADAS PELO PROFESSOR

1. (FGV - IBGE - 2016)

Com a Proclamação da República, em 1889, as antigas províncias brasileiras passaram à categoria de estados da federação. Ao longo do século XX, novas unidades político-administrativas foram criadas a partir do desmembramento de alguns estados, principalmente na Região Norte. Em 1903, o atual estado do Acre foi anexado ao Brasil pelo Tratado de Petrópolis como Território Federal, uma unidade político-administrativa gerida diretamente pelo poder central.

Em 1943, foram criados outros cinco Territórios Federais, como mostra o mapa abaixo:

A lógica que orientou a criação dos territórios federais, na década de 1940 foi:

a) a expansão dos limites do território nacional e o controle efetivo de áreas conflagradas por movimentos de secessão;

b) o aumento da presença do governo central em áreas pouco povoadas e consideradas vulneráveis às ameaças externas;

c) o atendimento às demandas políticas das elites locais e o estímulo à formação das cadeias produtivas transfronteiricas.

d) a consolidação da soberania nacional em áreas densamente povoadas e de litígio territorial com países vizinhos;

e) o incentivo à descentralização do poder executivo e o aumento da autonomia administrativa das áreas remotas.

RESOLUÇÃO:

Os territórios federais foram criados na década de 1940, durante o nacionalismo da Era Vargas, e tinha como objetivo o aumento da presença do governo central em áreas pouco povoadas e consideradas vulneráveis às ameaças externas.

Resposta: B

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2. (CONSES - Prefeitura de Quedas do Iguaçu/PR - 2012) A Extensão territorial do Brasil é de aproximadamente:

a) 2.650.000 km2 b) 5.850.000 km2 c) 8.500.000 km2 d) 21.600.000 km2 RESOLUÇÃO:

Questão bem boba, mas como esse tipo de coisa pode acontecer na prova, melhor nos precavermos.

A extensão territorial do Brasil é de 8.510.000 km² Resposta: C

3. (CESGRANRIO - IBGE - 2013)

Na formação territorial brasileira, a atuação dos bandeirantes foi responsável pelo combate aos índios considerados agressores ou opositores à conquista do interior, e também pela captura de negros fugidos das grandes plantações e pela destruição de quilombos. Essa estratégia colonizadora correspondeu a uma verdadeira ação exterminadora dos indígenas no nordeste do País, sob o comando de vários bandeirantes paulistas, sobretudo no século XVII.

A estratégia colonizadora acima mencionada denomina-se a) urbanismo rural

b) missões jesuíticas c) desenvolvimentismo d) sertanismo de contrato

e) Plano Nacional de Desenvolvimento RESOLUÇÃO:

Como a expansão do território brasileiro por meio dos bandeirantes era financiada por particulares, costuma-se utilizar o termo “sertanismo de contrato” para classificá-la.

O governo também bancava expedições similares, com o intuito de interiorizar o território. As iniciativas financiadas pelo governo, no entanto, eram chamadas de Entradas.

Resposta: D

4. (CESPE - Instituto Rio Branco - 2018)

O domínio da teoria absoluta do Estado e o abandono das dimensões relativas e relacionais a um papel subordinado foram particularmente assegurados na Europa Ocidental. Posteriormente, os processos de colonização estenderam à maior parte do planeta essa modalidade de territorialização. Evidentemente, nada de natural nessa forma concreta de territorialização, nem o recurso das teorias absolutas do espaço e tempo para consolidá-las: estamos diante de construções sociais e criações políticas.

David Harvey. El cosmopolitismo e as geografias da liberdade. Madrid: Akal, 2017, p. 198 (com adaptações) Tendo o fragmento de texto anterior como referência inicial, julgue (C ou E) o item seguinte, relativos à expansão colonial e ao pensamento geográfico.

A expansão ultramarina europeia influenciou a formação da sociedade e dos Estados nacionais colonizados e posteriormente independentes. No Brasil, por meio de construções simbólicas e políticas, a influência cultural

(22)

RESOLUÇÃO:

O Brasil colonial não era integrado e tinha várias ilhas de produção, motivo pelo qual não poderia ser considerado um território único. Ademais, o nosso território era colonizado por portugueses, mas era fruto do trabalho do índio e, principalmente, de negros africanos. Ou seja, não era predominantemente europeu.

Resposta: Errado

5. (CIEE - AGU - 2014)

O Brasil é o maior país sul-americano, com extensão territorial de 8.514.876km². A grande extensão territorial proporciona ao país fronteira com quase todas as nações da América do Sul, com exceção de

a) Suriname e Guiana Francesa.

b) Peru e Bolívia.

c) Venezuela e Paraguai.

d) Chile e Equador.

RESOLUÇÃO:

Dos países da América do Sul, o Brasil só não faz fronteira com o Chile e o Equador.

Resposta: D

6. (IDECAN - Prefeitura de Duque de Caxias/RJ - 2014)

O Brasil é o quinto maior país do mundo em extensão territorial, com 8.514.876 km2 . O país possui um litoral com 7.367 km, banhado a leste pelo oceano Atlântico. O contorno da costa brasileira aumenta para 9.200 km se forem consideradas as saliências e reentrâncias do litoral. São exemplos de Unidades Federativas (Estados) que possuem o litoral em parte de seu território, EXCETO:

a) Rondônia.

b) São Paulo.

c) Pernambuco.

d) Santa Catarina.

e) Rio Grande do Sul.

RESOLUÇÃO:

A questão exige apenas o conhecimento básico do nosso mapa nacional.

Dentre as alternativas citadas, a única que não apresenta um estado litorâneo é a letra a, já que as divisas de Rondônia são todas com o próprio continente.

Resposta: A

7. (FUNDATEC - CREA/PR - 2012)

A principal característica da formação do território brasileiro, desde a colonização, tem sido a ocupação e distribuição desiguais da terra e dos recursos naturais. A região que tem a estrutura fundiária mais bem distribuída do país é a:

a) Sul.

b) Sudeste.

c) Centro-oeste.

d) Nordeste.

e) Norte.

(23)

RESOLUÇÃO:

Esta melhor distribuição da estrutura fundiária se deve ao tipo de colonização da região, que foi mais moderna e forneceu porções de terras para famílias de imigrantes europeus que ali se estabeleceram.

Resposta: A

8. (CESPE - Instituto Rio Branco - 2012)

Julgue (C ou E) os próximos itens, relativos à formação histórica do território brasileiro.

A formação histórica do território brasileiro iniciou-se com a assinatura do Tratado de Madri, que determinou, por meio da criação de uma linha imaginária, o primeiro limite territorial da colônia portuguesa nas Américas.

( ) Certo ( ) Errado RESOLUÇÃO:

A formação histórica do território brasileiro iniciou-se com a assinatura do TORDESILHAS, que determinou, por meio da criação de uma linha imaginária, o primeiro limite territorial da colônia portuguesa nas Américas.

O Tratado de Madri citado no item é de 1750, muito posterior ao descobrimento do Brasil, e relaciona-se com o período posterior à União Ibérica, quando Portugal e Espanha estavam sob o mesmo governo.

Resposta: Errado

9. (CESPE - IPHAN - 2018)

“O império do Brasil é associação política de todos os cidadãos brasileiros. Eles formam uma nação livre, e independente, que não admite com qualquer outra laço algum de união ou federação que se oponha à sua independência.”

Constituição de 1824, título I, art. 1.º.

A partir do fragmento de texto precedente, julgue o próximo item, a respeito da formação da nação brasileira.

A consolidação política do Brasil independente foi processo complexo, marcado por intensos debates políticos e sociais que colocaram em xeque tanto a unidade territorial quanto o princípio político centralizador consagrado no Primeiro Reinado.

( ) Certo ( ) Errado RESOLUÇÃO:

O processo de Independência do Brasil teve muitos embates entre revoltosos e o Primeiro Reinado comandado por Dom Pedro I.

Os conflitos dessa época, que eclodiu em províncias que queriam se separar do Brasil, ou seja, que ameaçavam a unidade territorial, ficaram conhecidos como Guerra da Independência.

Resposta: Certo

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10. (CESPE - Instituto Rio Branco - 2016)

Acerca da formação territorial brasileira, julgue (C ou E) o item a seguir.

Com a construção de Brasília, a nova capital brasileira, pretendeu-se superar três dificuldades para a implementação do Plano de Metas do então presidente Juscelino Kubistchek: a inexistência de uma localização privilegiada do poder para o rearranjo das economias regionais, em prol da unificação do mercado nacional; o enrijecimento econômico do litoral, palco da colonização; o potencial burguês latifundiário e urbano concentrados nas antigas ilhas territoriais produtivas de café e cana-de-açúcar.

( ) Certo ( ) Errado RESOLUÇÃO:

A criação e inauguração da nova capital do Brasil em 1960, Brasília, tinha como um dos principais panos de fundo justamente a superação da falta de integração nacional que tanto caracterizou o Brasil durante séculos.

Mesmo durante a República Velha, que foi até 1930, ainda não havia um sentimento de Brasil como o que temos hoje. À época, as pessoas se identificavam muito mais com os seus estados de origem que com o país em que haviam nascido.

Resposta: Certo

11. (FUNCAB – IDAF/ES - 2010)

A formação territorial brasileira é fruto de uma série de ações baseadas na ocupação de um espaço, resultante de um acordo entre as nações ibéricas. Como uma grande parcela desse território pertencia aos espanhóis, portugueses e brasileiros ocuparam a região paulatinamente. Tais ações geraram a necessidade de tratados que evitassem um conflito de maiores proporções entre os dois países. O mapa ilustra a incursão de brasileiros e portugueses em territórios que pertenciam aos espanhóis, além dos Tratados que regulamentavam as disputas entre as duas nações.

A delimitação das fronteiras brasileiras no mapa acima representado seguiram o princípio assinalado de forma correta em:

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a) posse útil da terra.

b) supremaciamilitar.

c) direito divino.

d) acordos bilaterais.

e) limites naturais.

RESOLUÇÃO:

Nesta questão o aluno precisa observar que se fala de um período em que as disputas territoriais na América do Sul ainda se davam entre Portugal e Espanha.

Ora, e como é que essas questões foram resolvidas após a União Ibérica, aquele período em que os dois países da Península Ibérica estavam sob o mesmo governo? Foram resolvidas por meio do Tratado de Madri, que estabelecia a posse dos territórios em disputa de acordo com a posse útil da terra. Havia até a previsão de um famoso princípio do direito internacional que dispõe justamente sobre isso, o uti possidetis.

Resposta: A

12. (FGV - IBGE - 2016)

Com a Proclamação da República, em 1889, as antigas províncias brasileiras passaram à categoria de estados da federação. Ao longo do século XX, novas unidades político-administrativas foram criadas a partir do desmembramento de alguns estados, principalmente na Região Norte. Em 1903, o atual estado do Acre foi anexado ao Brasil pelo Tratado de Petrópolis como Território Federal, uma unidade político-administrativa gerida diretamente pelo poder central.

Em 1943, foram criados outros cinco Territórios Federais, como mostra o mapa abaixo:

A lógica que orientou a criação dos territórios federais, na década de 1940 foi:

a) a expansão dos limites do território nacional e o controle efetivo de áreas conflagradas por movimentos de secessão;

b) o aumento da presença do governo central em áreas pouco povoadas e consideradas vulneráveis às ameaças externas;

(26)

d) a consolidação da soberania nacional em áreas densamente povoadas e de litígio territorial com países vizinhos;

e) o incentivo à descentralização do poder executivo e o aumento da autonomia administrativa das áreas remotas.

RESOLUÇÃO:

A lógica que orientou a criação desses territórios foi a de segurança nacional, especialmente porque se tratava de áreas pouco povoadas, como dito na alternativa B.

A necessidade de integração da região amazônica ao resto do Brasil e o desejo de impedir o avanço de ameaças externas a esta parte do nosso território é uma questão que até hoje preocupa os governantes brasileiros.

Resposta: B

13. (FCC - TCE/RO - 2010)

Em 1750, redefiniu as fronteiras entre as Américas Portuguesa e Espanhola, anulando o estabelecido no Tratado de Tordesilhas: Portugal garantia o controle da maior parte da Bacia Amazônica, enquanto a Espanha controlava a maior parte da Bacia do Prata. Neste Tratado, o princípio do usucapião (uti possidetis), que quer dizer que a terra pertence a quem a ocupa, foi levado em consideração pela primeira vez.

(http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/povoamento/index.html) Trata-se do Tratado de

a) Santo Ildefonso.

b) Badajós.

c) Madri.

d) Utrecht.

e) Lisboa.

RESOLUÇÃO:

O Tratado que oficializou a ocupação efetivamente existente entre portugueses e espanhóis na América foi o de Madri, assinado em 1750.

Até então, o Tratado vigente entre estas nações era o de Tordesilhas.

Resposta: C

14. (INSTITUTO AOCP - Prefeitura de Betim/MG - 2020)

O território do Brasil possui mais de 8 milhões de km2 , resultado, dentre outros fatores, de diversos Tratados Internacionais. Um Tratado em especial, de 1750, firmado por D. João V de Portugal e D. Fernando VI da Espanha, redefiniu as fronteiras entre as Américas Portuguesa e Espanhola. Tinha como objetivo substituir o Tratado de Tordesilhas, o que acabou por dar às possessões e conquistas do rei português na América do Sul uma configuração muito próxima à atual configuração territorial do Brasil. Esse acordo de limites territoriais entre Espanha e Portugal ficou conhecido como

a) Tratado de Lisboa.

b) Tratado de Utrecht.

c) Tratado do Rio de Janeiro.

d) Tratado de Madri.

e) Tratado de Petrópolis.

(27)

RESOLUÇÃO:

Após o fim da União Ibérica e com os limites territoriais das colônias ainda pouco definidos, D. João V de Portugal e D. Fernando VI da Espanha, em 1750, assinaram o TRATADO DE MADRI, que se baseava no princípio do UTI POSSIDETIS, que orientava que cada país ficasse com os territórios que estivessem de fato sob o seu domínio. Ou seja, este novo tratado surgiu para formalizar o que já existia de fato. Foi assim que, oficialmente, boa parte do que conhecemos hoje como as regiões Centro-Oeste, Norte e Sul passaram, oficialmente, a fazer parte do território brasileiro.

Resposta: D

15. (VUNESP - Prefeitura de Campinas/SP - 2019) Observe o mapa.

A linha divisória norte-sul representa a) o Meridiano de Tordesilhas.

b) o meridiano de 58º a oeste de Greenwich.

c) os limites do Tratado de Utrecht.

d) os limites do Tratado de Madri.

e) os limites das Capitanias Hereditárias.

RESOLUÇÃO:

O Tratado de Tordesilhas teria validade oficial de 1594 a 1750, quando foi assinado o Tratado de Madri, que também tinha como objeto a divisão territorial da América Latina entre as Coroas de Portugal e da Espanha.

Durante este período (1594 a 1750), esta foi a divisão oficial então vigente.

A linha divisória norte-sul, que delimitava as possessões portuguesas e espanholas na América, representa o Meridiano de Tordesilhas.

Resposta: A

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16. (CESGRANRIO - IBGE - 2013)

Do arquipélago colonial ao território do estado, 1494-1909

No mapa acima, as quatro áreas assinaladas dentro da Amazônia brasileira, ao norte, oeste e sudoeste de Manaus, são

a) aldeamentos jesuíticos ao longo das fronteiras internacionais

b) instalações militares espanholas a oeste do meridiano de Tordesilhas c) territórios adquiridos pelas negociações do Barão do Rio Branco d) territórios controlados por bandeirantes sob comando do rei D. João VI e) territórios quilombolas remanescentes do período colonial

RESOLUÇÃO:

No começo do século XX, várias foram as mudanças pelas quais o território do nosso país passou, principalmente em relação às zonas próximas às linhas de fronteira, que ganharam o formato atual após tratados com os Países Baixos (1906 – Limites com a Guiana Holandesa), com a Colômbia (1907), com o Uruguai (1908) e o Peru (1909).

Todas as questões foram lideradas pelo Barão do Rio Branco.

No mapa da questão, as quatro áreas assinaladas dentro da Amazônia brasileira, ao norte, oeste e sudoeste de Manaus, são territórios adquiridos pelas negociações do Barão do Rio Branco.

Resposta: C

17. (CESPE/CEBRASPE - SEDUC/CE - 2013)

A formação do espaço geográfico brasileiro teve início com a chegada dos colonizadores europeus. Durante o período anterior à ocupação, a natureza permaneceu preservada, pois os primeiros habitantes viviam em aldeias agrupadas, utilizando apenas o necessário para a sua subsistência. Com a chegada dos colonizadores, iniciou-se uma nova etapa do relacionamento do homem com a natureza. A respeito desse tema e suas implicações, assinale a opção correta.

(29)

a) No século XVI, a ocupação do território ocorreu com base na diversificação da cultura, principalmente de produtos não tropicais.

b) Até a década de 1930, os espaços econômicos brasileiros estavam articulados, desenvolvendo atividades intensas principalmente voltadas para a estruturação de atividades industriais.

c) A divisão regional do Brasil fundamenta-se na combinação e predominância dos aspectos naturais, sociais, econômicos e religiosos

d) Os portugueses conseguiram incorporar, de forma efetiva, as terras situadas além dos limites de Tordesilhas por meio do Tratado de Versalhes.

e) Objetivando a acumulação de riquezas, os colonizadores e os que os sucederam transformaram a natureza, por causa do desmatamento e da implantação de grandes lavouras e pastagens.

RESOLUÇÃO:

a) No século XVI, a ocupação do território ocorreu com base em monoculturas, como a da cana-de-açúcar.

ITEM INCORRETO.

b) O Brasil era pouco integrado até meados do século XX. ITEM INCORRETO.

c) Aspectos religiosos não são considerados na divisão regional brasileira (Norte, Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste). ITEM INCORRETO.

d) Os portugueses conseguiram incorporar, de forma efetiva, as terras situadas além dos limites de Tordesilhas por meio do Tratado de Madri. ITEM INCORRETO.

e) ITEM CORRETO. Resposta: E

18. (AOCP - Prefeitura de Feira de Santana/BA - 2018)

A respeito da formação territorial do Brasil, assinale a alternativa correta.

a) Segundo o Tratado de Tordesilhas denominado Capitulação da Partição da terra Continente, as “novas terras”

localizadas a oeste de um meridiano traçado a partir das ilhas de Cabo Verde, 1370 léguas a leste, pertenceriam à Portugal; já as terras localizadas a oeste desse meridiano pertenceriam à Espanha.

b) O Tratado de Madrid foi um tratado firmado na capital espanhola entre Dom Pedro I de Portugal e Amadeu I da Espanha, em 13 de Janeiro de 1850, para definir os limites entre o Brasil e a Grã-Colômbia, pondo fim, assim, às disputas territoriais.

c) O antigo Estado de Mato Grosso foi dividido em 1918 pela Lei Complementar nº 31, formando os Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, cujas capitais são, respectivamente, Campo Grande e Cuiabá.

d) O Tratado de El Pardo, de 1761, foi um tratado de paz entre Brasil e Bolívia. Através desse tratado, a Bolívia entregou a região do Acre ao Brasil mediante o pagamento de uma indenização em dinheiro.

e) Com a Constituição promulgada em 5 de outubro de 1988, Roraima deixou o estatuto de Território Federal e transformou-se em Estado da Federação.

RESOLUÇÃO:

a) Segundo o Tratado de Tordesilhas, as “novas terras” localizadas a oeste de um meridiano traçado a partir das ilhas de Cabo Verde, 370 léguas a leste, pertenceriam à Portugal; já as terras localizadas a oeste desse meridiano pertenceriam à Espanha. ITEM INCORRETO.

b) O Tratado de Madrid foi um tratado firmado entre D. João V de Portugal e D. Fernando VI da Espanha, em 1750, para definir os limites entre o Brasil e a Espanha, pondo fim, assim, às disputas territoriais. ITEM INCORRETO.

c) As capitais de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul são, respectivamente, é Cuiabá e Campo Grande. ITEM INCORRETO.

d) A questão do Acre entre Brasil e Bolívia foi resolvida em 1903, com a assinatura do Tratado de Petrópolis.

ITEM INCORRETO.

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19. (INSTITUTO AOCP - Prefeitura de Betim/MG - 2020)

A evolução territorial do Brasil remonta ao passado, ao início da chamada Era dos Descobrimentos, quando se impôs a partilha das terras descobertas entre as monarquias ibéricas, pioneiras nas Grandes Navegações. A partir de então, uma série de acontecimentos históricos levaram o Brasil à sua atual configuração territorial. Sobre a formação territorial do Brasil e seus resultados geográficos, assinale a alternativa correta.

a) O Brasil é um país tropical, já que toda sua extensão territorial encontra-se entre os trópicos.

b) Devido à sua extensão territorial, o Brasil possui oficialmente 4 fusos horários, regulamentados pelo Decreto nº 2784, de 18 de junho de 1913, alterado pela Lei nº12876/ 2013.

c) A Ilha de Guajará-mirim (nome brasileiro), ou Isla Suárez (nome venezuelano), uma ilha fluvial no rio Negro, é reivindicada tanto pela Venezuela quanto pelo Brasil.

d) O Brasil faz fronteira com 11 países, entre eles Argentina, França (Guiana Francesa) e Equador.

e) O Tratado de Badajós, assinado em 1751, concedeu o Suriname à Holanda e o Brasil foi restituído com terras que hoje formam o Estado de Roraima.

RESOLUÇÃO:

a) A parte mais ao sul do Brasil está na Zona subtropical. ITEM INCORRETO.

b) ITEM CORRETO.

c) A principal disputa territorial que envolve o Brasil na atualidade se refere à “Isla Brasilera” (Ilha Brasileira), um território pouco lembrado pelos brasileiros, mas que é reivindicado por setores mais nacionalistas do Uruguai. ITEM INCORRETO.

d) O Brasil faz fronteira com quase todos os países da América do Sul, com exceção do Equador e do Chile.

ITEM INCORRETO.

e) O Tratado de Badajoz não teve o Brasil como um de seus signatários. ITEM INCORRETO.

Resposta: B

20. (CESPE/CEBRASPE - Instituto Rio Branco - 2012)

O Brasil, que sempre se caracterizou pela existência, em uma região ou em outra, de fronteira de povoamento, viu, com o processo de industrialização do campo, o aparecimento de fronteiras de modernização nas quais se verificaram profundas transformações socioespaciais. Ambos os tipos de fronteira suscitam novos centros de comercialização e beneficiamento de produção agrícola, de distribuição varejista e prestação de serviços ou, em muitos casos, de centros que já nascem como reservatórios de uma força de trabalho temporária.

R. L. Corrêa. Estudos sobre a rede urbana. Rio de Janeiro: Bertrand do Brasil, 2006, p. 323 (com adaptações).

Julgue (C ou E) os próximos itens, relativos à formação histórica do território brasileiro.

Mesmo após cinco séculos de ocupação e povoamento, a configuração atual do território brasileiro permanece conforme a implantação das capitanias hereditárias.

( ) Certo ( ) Errado RESOLUÇÃO:

Nem durante o próprio período colonial o Brasil manteve os limites estabelecidos no final do século XV pelo Tratado de Tordesilhas.

Em 1750, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Madri, que já alterava drasticamente o que fora estabelecido pelo Tratado de Tordesilhas.

Resposta: Errado

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21. (UPENET/IAUPE - Prefeitura de Pombos/PE - 2017)

No que se refere à configuração do território e sociedade do Brasil, assinale a alternativa CORRETA.

a) A distribuição contínua da economia permitiu a homogeneidade do desenvolvimento socioeconômico.

b) O primeiro ciclo econômico no Nordeste foi o da borracha que se estendia desde o Norte.

c) Em linhas gerais, a ocupação de todo o território aconteceu de Oeste para Leste.

d) A integração das atividades econômicas permite caracterizar um modelo econômico similar nas suas regiões.

e) As capitanias hereditárias foram responsáveis pelo povoamento do litoral do Nordeste ao Sertão.

RESOLUÇÃO:

a) O desenvolvimento socioeconômico no Brasil é heterogêneo. ITEM INCORRETO.

b) O primeiro ciclo foi o do pau-Brasil (bastante incipiente), que foi seguido pelo da cana-de-açúcar, mais organizado e considerado o primeiro por alguns autores. ITEM INCORRETO.

c) Em linhas gerais, a ocupação de todo o território aconteceu de Leste (onde está o nosso litoral) para Oeste.

ITEM INCORRETO.

d) O modelo econômico é entre as regiões brasileiras é heterogêneo. ITEM INCORRETO.

e) ITEM CORRETO Resposta: E

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LISTA DE QUESTÕES

1. (FGV - IBGE - 2016)

Com a Proclamação da República, em 1889, as antigas províncias brasileiras passaram à categoria de estados da federação. Ao longo do século XX, novas unidades político-administrativas foram criadas a partir do desmembramento de alguns estados, principalmente na Região Norte. Em 1903, o atual estado do Acre foi anexado ao Brasil pelo Tratado de Petrópolis como Território Federal, uma unidade político-administrativa gerida diretamente pelo poder central.

Em 1943, foram criados outros cinco Territórios Federais, como mostra o mapa abaixo:

A lógica que orientou a criação dos territórios federais, na década de 1940 foi:

a) a expansão dos limites do território nacional e o controle efetivo de áreas conflagradas por movimentos de secessão;

b) o aumento da presença do governo central em áreas pouco povoadas e consideradas vulneráveis às ameaças externas;

c) o atendimento às demandas políticas das elites locais e o estímulo à formação das cadeias produtivas transfronteiricas.

d) a consolidação da soberania nacional em áreas densamente povoadas e de litígio territorial com países vizinhos;

e) o incentivo à descentralização do poder executivo e o aumento da autonomia administrativa das áreas remotas.

2. (CONSES - Prefeitura de Quedas do Iguaçu/PR - 2012) A Extensão territorial do Brasil é de aproximadamente:

a) 2.650.000 km2 b) 5.850.000 km2 c) 8.500.000 km2 d) 21.600.000 km2

(33)

3. (CESGRANRIO - IBGE - 2013)

Na formação territorial brasileira, a atuação dos bandeirantes foi responsável pelo combate aos índios considerados agressores ou opositores à conquista do interior, e também pela captura de negros fugidos das grandes plantações e pela destruição de quilombos. Essa estratégia colonizadora correspondeu a uma verdadeira ação exterminadora dos indígenas no nordeste do País, sob o comando de vários bandeirantes paulistas, sobretudo no século XVII.

A estratégia colonizadora acima mencionada denomina-se a) urbanismo rural

b) missões jesuíticas c) desenvolvimentismo d) sertanismo de contrato

e) Plano Nacional de Desenvolvimento

4. (CESPE - Instituto Rio Branco - 2018)

O domínio da teoria absoluta do Estado e o abandono das dimensões relativas e relacionais a um papel subordinado foram particularmente assegurados na Europa Ocidental. Posteriormente, os processos de colonização estenderam à maior parte do planeta essa modalidade de territorialização. Evidentemente, nada de natural nessa forma concreta de territorialização, nem o recurso das teorias absolutas do espaço e tempo para consolidá-las: estamos diante de construções sociais e criações políticas.

David Harvey. El cosmopolitismo e as geografias da liberdade. Madrid: Akal, 2017, p. 198 (com adaptações) Tendo o fragmento de texto anterior como referência inicial, julgue (C ou E) o item seguinte, relativos à expansão colonial e ao pensamento geográfico.

A expansão ultramarina europeia influenciou a formação da sociedade e dos Estados nacionais colonizados e posteriormente independentes. No Brasil, por meio de construções simbólicas e políticas, a influência cultural europeia produziu um território nacional único, integrado e predominantemente europeu.

( ) Certo ( ) Errado

5. (CIEE - AGU - 2014)

O Brasil é o maior país sul-americano, com extensão territorial de 8.514.876km². A grande extensão territorial proporciona ao país fronteira com quase todas as nações da América do Sul, com exceção de

a) Suriname e Guiana Francesa.

b) Peru e Bolívia.

c) Venezuela e Paraguai.

d) Chile e Equador.

6. (IDECAN - Prefeitura de Duque de Caxias/RJ - 2014)

O Brasil é o quinto maior país do mundo em extensão territorial, com 8.514.876 km2 . O país possui um litoral com 7.367 km, banhado a leste pelo oceano Atlântico. O contorno da costa brasileira aumenta para 9.200 km se forem consideradas as saliências e reentrâncias do litoral. São exemplos de Unidades Federativas (Estados) que possuem o litoral em parte de seu território, EXCETO:

Referências

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