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Preparação para o Parto e Parentalidade. Regresso a Casa

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Academic year: 2022

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Regresso a Casa

Preparação para o Parto e Parentalidade

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O que é o puerpério?

Bem-estar no pós-parto Legislação

Exercício físico no pós-parto Massagem ao bebé

Índice

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O que é o puerpério?

É o período que tem início duas horas após o parto e termina quando a fisiologia materna volta ao estado anterior, ou seja, aproximadamente 6 semanas depois.

Esta é uma fase dinâmica, de desafio para o casal, o que implica reajustamentos quer no relacionamento conjugal, quer com os outros filhos e restante família.

Bem-estar no pós-parto

Involução uterina

O processo de “involução uterina” (útero voltar ao tamanho normal) inicia-se após o parto e dura aproximadamente 10 dias. As contracções uterinas estão presentes nas primeiras 48 a 72 horas, especialmente durante a amamentação, porque o reflexo de sucção do bebé estimula a secreção de ocitocina que, por sua vez, estimula as contrações uterinas.

Lóquios

Consistem na perda vaginal que ocorre após o parto. A quantidade e a coloração vai-se alterando à medida que os dias vão passando. Inicialmente são abundantes e vermelho vivo e após alguns dias tornam-se mais escassas e amareladas.

Normalmente não persistem para além de 4/6 semanas.

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Os Pontos

A episiorrafia é o nome dados aos pontos do corte feito no períneo durante o parto vaginal, para facilitar a passagem do bebé. Os pontos caem espontaneamente e não necessitam de cuidados além dos de higiene.

Cuidados a ter com a episiorrafia:

Mudar o penso higiénico com frequência;

Manter a região da sutura limpa e seca;

Limpar sempre da frente para trás quando urinar ou evacuar;

Evitar ficar sentada por muitas horas seguidas enquanto o local da sutura estiver em fase de cicatrização;

Não usar tampões.

Os pontos da cesariana precisam de ser removidos 8 a 10 dias após o parto. Mas a incisão interna uterina demora 6 semanas a cicatrizar. A cicatriz costuma ficar avermelhada durante alguns meses

Sinais de alarme Febre

Odor vaginal fétido

Aumento da hemorragia vaginal ou saída de coágulos

Procurar cuidados de saúde caso apareça algum destes sinais

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Cuidados a ter em caso de cesariana:

Os cuidados com a sutura devem ser realizados no centro de saúde, pelo seu enfermeiro de família;

Não fazer esforços ou levantar pesos;

Apoiar a sutura com os braços para tossir ou espirrar;

Para levantar-se da cama, vire-se de lado e utilize a força dos braços para levantar o corpo;

Utilizar cinta pós-parto se houver desconforto/dor; Só deve ser usada nos pri- meiros dias após a cesariana e deve ser colocada a baixo do umbigo. A sua utilização dificulta a recuperação da mulher e pode comprometer a normal locali- zação dos órgãos pélvicos;

Repousar.

Hemorróidas

São veias dilatadas no canal anal que podem ser causadas não só pela gravidez mas também pela força exercida durante o parto. Podem ser internas ou externas, sangrar ou não, mas são habitualmente dolorosas.

Cuidados a ter:

Aplicar gelo protegido durante 15 min, várias vezes ao longo do dia:;

Alternar aplicação de água fria e morna no local da hemorróida;

Adotar posições que aliviem o desconforto;

Manter a função intestinal regular;

Aplicar/tomar medicação prescrita pelo médico.

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Edemas dos membros inferiores

Estes edemas podem prolongar-se até 3 semanas após o parto.

Cuidados a ter:

Elevar pernas nos momentos de repouso;

Fazer pequenas caminhadas;

Depois de tomar banho passe água fria nos pés e nas pernas durante um ou dois minuto.

Repouso

O trabalho de parto, a falta de descanso e o desequilíbrio hormonal associado aos cuidados com o bebé, contribuem para o sentimento

de não se sentir à altura das exigências da maternidade.

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o que fazer:

Dormir ou descansar nos períodos em que o bebé dorme;

Envolver o pai nos cuidados ao bebé;

Desligar o telefone e limitar o número de visitas;

Fazer apenas o trabalho doméstico essencial. Aceite ou peça ajuda;

Gerir tempo para si, (ex. fazer uma massagem, ir ao cabeleireiro ou passear);

Fazer uma dieta equilibrada.

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Menstruação

A menstruação poderá aparecer logo no mês seguinte embora também possa demorar mais alguns meses até que isso aconteça, sobretudo se estiver a amamentar.

Incontinência de esforço/perdas de urina Após o nascimento do bebé, algumas mulheres podem apresentar pequenas perdas de urina, principalmente quando riem, tossem ou fazem pequenos esforços. Durante o parto, os músculos do pavimento pélvico sofrem um estiramento muito grande, podendo conduzir à ocorrência de incontinência urinária. Existe uma série de exercícios que poderá fazer para tonificar esses músculos, de forma a recuperar a firmeza do pavimento pélvico.

Se os sintomas persistirem, consulte o seu médico de família ou obstetra

Método Contraceptivo

A escolha de um método anticoncepcional efectivo deve ser realizada em conjun- to com o seu médico, tendo em conta alguns dos seguintes factores: a amamen- tação, a existência de possíveis contra-indicações e a altura ideal para o seu iní- cio.

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Blues pós-parto

Alguns dias após o parto ocorre um decréscimo acentuado de algumas hormonas que podem provocar alterações no seu estado emocional, tais como:

Sexualidade

Após o parto, é necessário um período de recuperação. O reinício da atividade sexual depende da vontade do casal e da condição física e psicológica da mulher. A mulher pode notar diferenças na sua sensibilidade devido a alterações hormonais. Podem existir zonas mais sensíveis (mamas, vagina). Para diminuir o desconforto pélvico, pode usar um gel lubrificante vaginal à base de água aquando da relação sexual. Se o desconforto persistir, contacte um/uma profissional de saúde.

Irritabilidade;

Fadiga;

Sensação de tristeza e choro sem razão aparente;

Ansiedade

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É uma condição benigna que se inicia nos primeiros dias após o parto (dois a cinco dias), dura de alguns dias a poucas semanas, é de intensidade leve não requerendo em geral uso de medicações, pois é auto-limitada e cede espontaneamente.

O meu bebé nasceu… e agora…?

Ao regressar a casa é necessário levar a cabo algumas tarefas para tornar o bebé um cidadão e assegurar o seu acesso aos cuidados de saúde.

Registo civil

 Área de residência ou do Hospital

 Boletim de Saúde Infantil

 Bilhete de Identidade dos pais

 Prazo de 30 dias

Não tente ser uma “super mulher”!

Aceite a ajuda dos seus familiares e amigos, principalmente durante as primeiras semanas após o parto.

Também o seu companheiro deverá apoiá-la, partilhando as tarefas domésticas, as idas às compras, os cuidados prestados ao bebé ou aos irmãos mais velhos.

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Mãe Bebé

Visita domiciliária Apoio na amamentação Tratamento da ferida cirúrgica Consulta Revisão Puerpério (6 a 8 semanasapós o nascimento)

 Reinício da vida sexual

 Contracepção

Inscrição no Centro de Saúde

“Teste do pezinho” entre o 3º e 6º dia de vida

Vigilância do peso

1ª consulta até ao 1º mês de vida

Cuidados de saúde

Legislação

Licença parental Inicial

 120 dias remunerados a 100%

 150 dias remunerados a 80%

É obrigatório o gozo, por parte da mãe, de seis semanas de licença a seguir ao parto

Situações de internamento suspendem o tempo de licença

Nota: Deve ser entregue Declaração de Internamento na entidade patronal e Segu- rança Social no prazo de 7 dias.

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Licença Parental Inicial Partilhada

 120 dias, a gozar pela mãe

 +30 dias a gozar pelo pai

→remunerados a 100%

Ou

 150 dias, a gozar pela mãe

 +30 dias a gozar pelo pai

→remunerados a 83%

Licença Parental Exclusiva do Pai

 10 dias úteis obrigatórios (1ºs 5 dias seguidos imediatamente a seguir ao nascimento, + 5 dias nos 30 dias após parto, seguidos ou não)

 +10 dias a gozar em simultâ- neo com a mãe

Dispensa para Amamentação ou Aleitação

 2h/dia enquanto durar a amamentação

 Necessário fazer prova após o ano de idade

 Dispensa de trabalho nocturno

No caso de nascimentos múltiplos, o período de licença da mãe é acrescido de 30 dias e o do pai de mais 2 dias, por cada gémeo, além do primeiro.

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A dispensa diária para amamentação ou aleitação é gozada em dois períodos distintos, com a duração máxima de uma hora cada, salvo se outro regime for acordado com o empregador.

Se o progenitor trabalhar a tempo parcial, a dispensa diária para amamentação ou aleitação é reduzida na proporção do respectivo período normal de trabalho, não podendo ser inferior a 30 minutos

No caso de nascimentos múltiplos, a dispensa é acrescida de mais 30 minutos por cada gémeo, além do primeiro.

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Exercício físico no pós-parto

Nas primeiras 6 semanas após o parto

A prática de alguns exercícios específicos pode ajudar a fortalecer as regiões do corpo que ficaram mais vulneráveis com a gravidez e o parto, como o pavimento pélvico, os músculos abdominais e a postura corporal.

Os primeiros exercícios são de mobilidade simples e ajudam a circulação e a aliviar a dor nas costas.

Cuidar das costas:

 Nas primeiras 6 semanas não pegar em nada mais pesado do que o bebé;

 Manter o bebé à sua altura quando mudar a fralda;

 Ao amamentar deve sempre aproximar o bebé da mama e não ao contrário;

 Pode usar um porta-bebés para transportar o bebé.

Rodar o pé 15x em cada direcção

Esticar a perna, esten- der os dedos do pé e

flectir o pé Repetir 20 a 30x

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Apertar músculos do pavimento pélvico

Este exercício tem como objectivo encurtar e fortalecer os músculos transversos do abdómen.

Puxar o estômago para dentro como se estivesse a colar o umbigo à coluna.

Manter durante 5 segundos respirando normalmente.

Repetir 10 vezes.

Aumentar o tempo de compressão para 10 segundos.

Compressões abdominais

6 semanas após o parto

Os exercícios têm como principal objectivo trabalhar regiões específicas do corpo. A actividade deve-se iniciar com exercícios de aquecimento e no final terminar com pelo menos 5 minutos de alongamentos.

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O aquecimento funciona como um tempo de concentração onde é aumentada a elasticidade das articulações e tendões.

Os exercícios aumentam a frequência cardíaca promovendo o aumento da circulação sanguínea e por sua vez o aquecimento dos músculos com aumento do aporte de oxigénio.

Após a realização dos exercícios, os alongamentos permitem às fibras musculares quentes, o seu fácil estiramento, reduzindo o risco de lesões.

Massagem ao bebé

Porque massajar o bebé?

Através da massagem os pais moldam a representação que os bebés constroem do mundo exterior. São momentos de intimidade que permitem ao bebé comunicar, libertar tensões, medos, e aos pais aumentar a sua sensação de segurança, criando laços de afectividade duradouros.

Benefícios da massagem Facilita o alívio das cólicas;

Facilita o sono do bebé;

Facilita a circulação sanguínea;

Equilibra o sistema imunitário;

Estimula os cinco sentidos;

Aumento o vínculo pais/bebé;

Diminui as hormonas de stress;

Favorece a libertação da hormona de crescimento;

Melhora a condição da pele;

Ajuda na maturação do sistema nervoso;

Relaxa e tonifica;

Promove a segurança parental.

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UCC Vallis Longus

ACES MAIA/VALONGO

Vanessa Moreira

Enfermeira Especialista em Saúde Materna e Obstetrícia Conselheira em Aleitamento Materno

Instrutora de Massagem Infantil [Telefone: 224 226 433]

[Telemóvel: 927 994 132]

Referências

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