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VIOLÊNCIA NO TRÂNSITO: O ÍNDICE DE ACIDENTES NO TRÂNSITO CAUSADOS POR MOTOCICLISTAS NO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO

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Academic year: 2022

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1 Acadêmica do Curso de Direito da Faculdade São Lucas E-mail:mar_leticyapvh@hotmail.com

2 Acadêmica do Curso de Direito da Faculdade São Lucas. E-mail:brunaeduardo663@gmail.com

3 Acadêmica do Curso de Direito da Faculdade São Lucas. E-mail: dhandarahotong@gmail.com

4 Acadêmico do Curso de Direito da Faculdade São Lucas. Email:ivone_g_oliveira@hotmail.com

5 Acadêmico do Curso de Direito da Faculdade São Lucas. Formada em Educação Física pela Universidade Luterana do Brasil - ULBRA. E-mail: samiaalmeida9@gmail.com

1 VIOLÊNCIA NO TRÂNSITO: O ÍNDICE DE ACIDENTES NO TRÂNSITO CAUSADOS POR MOTOCICLISTAS NO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO

TRAFFIC VIOLENCE: THE INDEX OF TRANSIT ACCIDENTS CAUSED BY MOTORCYCLISTS IN THE MUNICIPALITY OF PORTO VELHO

Maria Letícia Rodrigues da Costa Batista¹ Bruna Eduardo da Silva2 Dhandara França Hotong Siqueira3 Ivone Gomes de Oliveira4

Sâmia Almeida Guedes5

RESUMO

O objetivo do presente artigo é abordar como a incidência de acidentes no trânsito tem atingido com mais frequência os motociclistas do município de Porto Velho, e que com essa elevação há também uma superlotação no Hospital de Pronto Socorro João Paulo II. Com sua facilidade de manuseio e compra, a motocicleta se torna no veículo preferível para locomoção, já que esta possui mais agilidade. Para demonstrar esse aumento de vítimas dos acidentes, a imprudência e a imperícia juntamente com a inobservância das leis serão realizadas pesquisas de campo para coleta de informações a respeito de registros de acidentes com motociclistas, quais as legislações específicas para a motocicleta e entender algumas das razões que fazem o trânsito de Porto Velho ser marcado pela grande violência.

Palavras-Chave: Leis específicas, Imprudência, Imperícia, Acidentes de trânsito, Vítimas.

ABSTRACT

Article gift objective and approach as na accident incidence traffic has hit with more frequency motorcyclists the city of Porto Velho, and with elevation also

(2)

2 there is a overcrowding in Emergency João Paulo II. Whith its ease of use and purchase, the motorcycle becomes the preferred vehicle for mobility, as this has more agility. To demonstrate this increase in victims of accidents, carelessness and clumsiness with failure to comply with the law will be carried out field research to collect information about accident records with motorcyclists, what specific laws for motorcycle and understand some of the reasons that make the old Porto Velho of traffic to be marked by great violence. Finally, education will be addressed in traffic.

Keywords: Specific laws, Rashness, Malpractice, Traffic-accidents, Victms.

INTRODUÇÃO

Um assunto que vem sendo discutido nos últimos tempos é a grande quantidade de acidentes de trânsito ocasionado pelas motocicletas. Estes acidentes estão sendo cada vez mais recorrentes nos dias de hoje, esse fato muito se dá pelo grande número de motocicletas que circulam nas principais ruas e avenidas da cidade, isto acaba trazendo muitos transtornos e matando muita gente.

Desta forma a presente pesquisa vem tratar sobre o alto índice de acidentes no trânsito que envolve os motociclistas, estes que normalmente que são as principais vítimas dos acidentes que ocorrem no Município de Porto Velho/RO.

A violência no trânsito é uma das maiores causas de mortes no Brasil, muitos fatores colaboram para esse crescimento, como o uso de álcool ou entorpecentes, excesso de velocidade, o uso de telefone celular que acaba fazendo com que o condutor se distraia na direção, irregularidades mecânicas nos meios de veículo, dentre outras.

O tema em questão traz por objetividade demonstrar a grande quantidade de acidentes que são registrados durante todos os dias decorrentes motocicletas, o quanto os motociclistas são um dos mais prejudicados com estes acidentes de trânsito, por estarem mais expostos e mais propícios a quedas, o que faz com que sejam alvos de lesões até mais graves quanto as colisões com outro veículo ou até mesmo com um pedestre.

Desta forma este estudo procurou confirmar as estatísticas que demonstram que a motocicleta é sim um dos meios de transporte mais perigosos, assim como os que causam mais acidentes. Até mesmo pelo fato de

(3)

3 não possuir qualquer meio de proteção ao condutor em caso de alguma colisão, mesmo que este esteja utilizando o capacete, que é uma obrigação para os motociclistas, mas não é suficiente para garantir a integridade física, em caso de batidas mais graves.

Em um período muito curto, as motocicletas tomaram conta das ruas, isto é, devido ao baixo custo do valor de compra e da própria conservação desta, que também tem um custo menor, a fácil acessibilidade pelos famosos corredores.

Importante salientar que o nível de gravidade se torna maior, ao passo que, o motociclista encontra-se embriagado, tornando-se uma arma para os demais usuários das vias e vítima de sua própria irresponsabilidade. Assim como um ponto que contribui muito para esse alto índice de acidentes é a falta de educação escolar sobre o assunto, pois muito seria evitado se todas as pessoas fossem instruídas desde os primeiros anos escolares.

Cabe ressaltar, que se houvesse uma maior observância das leis e rigidez na fiscalização, punindo estes condutores de forma exemplar, como: pagamentos de multas mais pesadas, pensão para as vítimas e seus familiares e, em certos casos, até a privação de liberdade.

Desta forma muitos acidentes seriam evitados, assim como a própria superlotação nos Hospitais de Pronto Socorro seriam reduzidas, pois existem gastos com medicamentos, internações para as vítimas com sequelas, traumas e até mesmo invalidez e não haveria tantos gastos com uma questão que se pode evitar com um método tão simples, visto que a educação é uma aliada muito grande para a diminuição dos números em acidentes de trânsito.

Portanto, é objeto desta pesquisa a análise do quantitativo de motociclistas que se envolvem em acidentes de trânsito no município de Porto Velho/RO, por conta das estatísticas que mostram um índice muito grande desses acidentes, da imprudência e imperícia, da falta de observância e obediência dos condutores perante as leis, da fácil acessibilidade em se ter este meio de veículo.

O presente artigo será abordado os seguintes assuntos: o Código de Trânsito, que faz menção as leis a respeito dos motociclistas, leis específicas para os motociclistas e os problemas gerados pelos acidentes de trânsito causados por condutores de motocicletas.

(4)

4 1 REFERENCIAL TEÓRICO

O desenvolvimento do trabalho será voltado para uma maior compreensão sobre o grande índice de acidentes que envolvem motocicletas na cidade de Porto Velho/RO, sendo enfatizados os fatores que geram a imprudência e o descaso de quem utiliza este meio de veículo para se locomover, sendo abordados relevantes temas para maior compreensão a respeito das vantagens e desvantagens em se ter uma motocicleta e sobre as penalidades que os condutores sofrem ao infringir a legislação do Código de Trânsito.

Assim como, será abordado o assunto dentro da aplicabilidade das legislações e as normas que regem o Trânsito Brasileiro, apontando infrações que os condutores podem praticar e as devidas penalidades aplicadas a estes em desobediência as normas previstas no Código de Trânsito Brasileiro.

Ressalta-se o grande número de atendimento no Hospital João Paulo II, decorrem de acidentes com motocicletas, sendo o maior índice de atendimentos diários, um número que vem crescendo a cada ano, tornando preocupante as estatísticas de trânsito. Desta forma, apresentará gráficos que mostram as estatísticas de acidentes envolvendo motocicletas durante os anos de 2014 a 2017.

1.1 CÓDIGO DE TRÂNSITO

A Lei 9.503/97, de 23 de setembro de 1997, deu origem ao Código de Trânsito Brasileiro, onde buscou administrar o trânsito de qualquer natureza no âmbito nacional, estabelecendo assim, as normas de condutas, as infrações e penalidades dos condutores de veículo terrestre.

O artigo 1 do Código de Trânsito institui de forma especificada o que se pode definir como trânsito, sendo o uso de vias por pedestres, veículos e animais a fim de realizar paradas, estacionar, circular, bem como nos casos de operação de carga ou descarga.

Consideram-se vias terrestres rurais e urbanas para trafegarão de veículos e pedestres, as ruas, bairros, avenidas, caminhos e calçadas, estradas e rodovias, sendo que, cada lugar terá seu regulamento próprio pelo órgão ou entidade da comarcada, atentando-se as peculiaridades do ambiente e as condições especiais, é como dispõe o artigo 2 do CTB.

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5 Todos que utilizarem as vias terrestres, devem observar as normas gerais de conduta e circulação, o artigo 26 estabelece quais são, como o ato de evitar qualquer conduta que possa a configurar como perigo para o trânsito ou casar prejuízos a propriedades, sejam públicas ou privadas, como também impedir de bloquear o trânsito ou deixando algum obstáculo que venha a torná-lo perigoso.

Insta salientar que o Código de Transito Brasileiro em seu artigo 54, incisos I,II,III indicam ainda os requisitos que devem ser utilizados de forma obrigatória pelos condutores de motocicletas, motonetas e ciclomotores na circulação em vias públicas, o qual estabelece o uso indispensável do capacete de segurança, a vestimenta apropriada conforme orientações do CONTRAN, bem como a observância pelo condutor das mãos no guidom ao dirigir o veículo.

Assim, a própria legislação traz os meios adequados para que se possa resguardar a segurança dos condutores e passageiros de motocicletas.

Neste contexto deprevenção de acidentes o CTB ao estabelecer regras de como o condutor e passageiro devem ser portar ao estarem em uso da motocicleta, o legislador implementou penalidades acerca do desrespeito destas, sendo elas, à advertência por escrito; multa; suspensão para dirigir;

cassação da carteira nacional de habilitação e permissão para dirigir e por fim a obrigatória frequência em curso de reciclagem, com base no artigo 256 do CTB, estas ainda podem ser classificadas de acordo com sua gravidade, quais sejam:

leves; médias, graves e gravíssimas.

Portanto, a desobediência a essas leis acarreta insegurança tanto aos condutores e passageiros de motocicletas, quanto a sociedade de modo geral, haja vista que esse descumprimento pode ocasionar acidentes.

Dito isso, o respeito à lei de trânsito de certa forma, traria garantia de seguridade, uma vez que haveria menos mortes, menos acidentes, menos lotação nos Hospitais de Pronto Socorro.

De acordo com o artigo 3 do Código Civil, ninguém pode deixar de cumprir a lei declarando que não a conhece, sendo assim, o fato de pessoas alegarem o esquecimento de tal norma estabelecido no CTB, não exime estas do seu dever de cumpri-las, em razão das normas serem claras e de fácil interpretação.

Por conseguinte, observa-se que o legislador ao criar o Código de Transito buscou estabelecer regras com o objetivo de minimizar a gravidade dos acidentes em decorrência da condução de motocicletas no brasil.

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6 Além da prevenção quanto a segurança, é necessário tecer breves comentários quanto ao uso dos faróis de veículos no momento de condução, que o Código de Trânsito dispõe no artigo 40, inciso I e II, algumas determinações, como a manutenção dos faróis dos veículos acessos em luz baixa durante a noite e durante o dia em locais de túneis com iluminação pública, em casos de vias sem iluminação, deverá ser utilizado o uso da luz alta, salvo em casos de cruzamento com outro veículo.

O artigo 40, em seu inciso III e IV ainda dispõe a possibilidade de troca de luz baixa pela alta, por pequeno prazo de tempo a fim de orientar outros motoristas, nos casos de ultrapassagem de veículo que segue em frente ou ainda, com o propósito de indicar realidade de perigo para os veículos que conduzem em sentindo contrário. Em circunstâncias que envolvam chuva, neblina ou cerração no ambiente, é permitido ao condutor permanecer acesas no mínimo as luzes de posição do veículo.

Ainda a respeito das regras de condução, Código preconiza a partir do artigo 61 de forma taxativa quanto ao limite de velocidade para conduzir em vias públicas, buscando assim, mais uma vez resguardar a segurança dos condutores e passageiros de motocicletas.

Neste sentido de prevenção o Código dispõe que é competência da CETRAN, a educação e a fiscalização das normas de trânsito, devendo assim estimular e orientar o cumprimento das campanhas educativas.

Ademais, o artigo 6 da Lei 9.503/97 estabelece que o CETRAN juntamente com os demais órgãos que compõe o Sistema Nacional de Trânsito, possuem diretrizes primordiais a fim de criar instruções de Política Nacional de Trânsito, como o implemento de normas a fim de fixar critério técnicos, financeiros e administrativos para a aplicação de atividades no trânsito, além de fixar o sistema de fluxos permanentes entre os órgãos em busca de integração do Sistema.

1.2 DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

O artigo 161 do Código de Trânsito Brasileiro preconiza a definição de infração, que será a desobediência as normas do presente Código ou das resoluções dispostas do CONTRAN, devendo o infrator ser sujeito às penalidades, punições e medidas administrativas indicadas na própria Lei.

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7 O Código de Trânsito Brasileiro prevê em seu artigo 244 infrações de trânsito específicas para três tipos de veículos: motocicleta (veículo automotor de duas rodas, com ou sem sidecar, dirigido por condutor em posição montada), motoneta (veículo automotor de duas rodas, dirigido por condutor em posição sentada) e ciclomotor (veículo de duas ou três rodas, provido de um motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a cinquenta centímetros cúbicos [3,05 polegadas cúbicas] e cuja velocidade máxima de fabricação não exceda a cinquenta quilômetros por hora).

O artigo 244 do CTB contém nove incisos que abrangem um total de treze condutas infracionais, que assim discriminam:

I - não utilização do capacete de segurança com viseira ou óculos de proteção de acordo com as determinações dada pela CONTRAN em sua Resolução de n.453/13;

II – não utilização de vestuário de acordo com as normas e especificações aprovadas pelo CONTRAN, apesar de o Código de Trânsito esteja em vigor há 15 anos o Conselho Nacional de Trânsito ainda não regulamentou qual deve ser o vestuário adequado;

III – transporte de passageiro sem capacete de acordo com a Resolução de n. 453/13 do CONTRAN;

IV – transporte de passageiro fora do assento suplementar atrás do condutor ou em carro lateral;

V – realização de malabarismo ou equilíbrio em apenas uma roda;

VI – faróis apagados;

VII – transporte de menor de sete anos ou sem condições de segurança;

VIII – reboque de outro veículo;

IX – sem segurar o guidom com ambas as mãos;

X – transporte de carga incompatível, com regulamentação nos artigos 8º a 13 da Resolução do CONTRAN nº 356/10;

XI – transporte de combustíveis, produtos inflamáveis, tóxicos e galões;

XII – moto frete irregular;

XIII – moto táxi irregular.

Sendo assim, a legislação de trânsito traz um rol de possibilidades que são classificadas como infrações, sendo que, ao pilotar uma motocicleta e o condutor não se atentar a essas disposições, poderá estar sujeito a receber penalidades.

Insta mencionar que existe um projeto lei 6.252 de 2016 que altera a disposição acerca das penalidades aplicadas as infrações cometidas pelos motoristas de motocicletas.

De acordo com o Relator do projeto de Lei nº 6.252 de 2016, o objetivo deste é elencar punições menos severas que a apreensão dos automóveis.

Assim, evitaria um procedimento mais burocrático em relação a retirada destes automóveis nos lugares de apreensão.

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8 1.3 DOS PROBLEMAS GERADOS

A motocicleta é um meio de transporte utilizado por muita gente, alguns por motivos financeiros, pois o custo dela é bem menor que de um carro popular, outros por motivos de locomoção, pois ela se torna mais rápida, mais fácil no caminho de casa, da escola e até mesmo do trabalho.

Porém, existe também as suas desvantagens. De nada adianta pensar na economia na hora da escolha da motocicleta se não pensar na forma de sua utilização. Os riscos são maiores em acidentes de trânsito e vão depender do perfil do motorista.

Mesmo ela sendo um meio de veículo utilizado com intuito de chegar mais rápido em determinados lugares, pode-se tornar uma grande vilã para as pessoas, vários fatores estão associados ao grande índice de acidentes que são gerados por conta das motocicletas.

A falta de educação, o desrespeito às leis, excesso de velocidade, ingestão de bebidas alcoólicas e até mesmo o uso de celular, pois muitos se ariscam falando ao celular mesmo estando em uma motocicleta.

As infrações à lei causadas por motociclistas são visíveis no dia a dia, como regra, somente os habilitados poderiam conduzir uma motocicleta, mas, devido ao fácil aprendizado, podemos nos deparar com jovens inabilitados e até menores de idade conduzindo-a. O que nos leva a lembrar da ineficácia da fiscalização neste ponto.

Desse modo, os acidentes que envolvem motocicletas são de maioria por parte da imprudência de seus condutores. Fazem de sua fácil mobilidade uma arma que somada com a rapidez traz danos irreparáveis.

Vale lembrar que muitos acidentes são causados por meio de outros veículos, mas que a motocicleta é o principal meio provocador de acidentes que deixam muitas vítimas com sequelas, algumas com lesões e em estado gravíssimo, gerando incapacitação para a vida cotidiana. Precisando até depender de outras pessoas para coisas simples do dia a dia.

Desta forma caberia ao Estado tomar atitudes drásticas, com o intuito de minimizar esse alto índice que é o de acidentes com motocicletas, prevenindo esses condutores através de campanhas efetivas de conscientização ou até mesmo com multas mais graves.

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9 Muitas vezes o manuseamento deste meio de veículo feito de forma errada pode causar grandes problemas, ameaçando a vida de pedestres e a vida dos próprios motociclistas. O trânsito em condições seguras é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito.

A violência no trânsito gera sérios problemas para a sociedade. O crescimento aliado ao desordenamento do trânsito, as más condições de vias, ruas estreitas e motoristas que não prestam atenção à sinalização estão gerando problemas para a saúde. Dentre elas a superlotação nos hospitais. O Hospital João Paulo II é referência no atendimento de alta complexidade em Rondônia.

A região central da capital, entre as Avenidas Jorge Teixeira, Farquar, 7(sete) de Setembro e Calama, lidera em ocorrências, com uma grande porcentagem dos acidentes envolvendo motocicletas. Nos primeiros meses de 2018 foram registradas 965 vítimas de acidente com moto, segundo dados do DETRAN e da Secretaria Estadual de Saúde (SESAU).

O número de vítimas de acidentes de trânsito mostrou mais de 1.300 pessoas dando entrada ao Hospital João Paulo II. Em relação ao carro, a diferença no número de vítimas com motocicletas supera.

O caos gerado no Hospital Público pelos índices alarmantes em Porto Velho é em maioria provocada por motociclistas. O trânsito vem se tornando um problema para o setor público em Porto Velho, e em todo país, a imprudência de condutores reflete diretamente no Sistema Único de Saúde (SUS) prejudicando todo e qualquer planejamento anual.

2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A presente pesquisa foi realizada no município de Porto Velho. Por meio da pesquisa descritiva realizamos um levantamento das leis que regulam as condutas no trânsito, mais especificamente para os motociclistas. As coletas de dados em amostragem probabilística, os dados analisados por meio de estatística descritiva em gráficos distintos, relacionados aos anos de2014, 2015, 2016 e 2017.

Os números de acidentes com motociclistas foram obtidos pelo Boletim de Ocorrência de acidentes de trânsito através da Companhia Independente de Policiamento de Trânsito e o número dos mesmos que dão entrada em Hospital

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10 de Pronto Socorro foram obtidas por meio de pesquisas jornalísticas, observamos os levantamentos feitos para chegar a uma conclusão geral e/ou pressupor uma probabilidade acerca do que foi proposto.

Por fim, tal pesquisa classifica-se como uma integração quantitativa, pois utilizamos da coleta de dados e um maior entendimento do tema.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A falta de consciência dos motociclistas, além de aumentar as estatísticas de acidentes no trânsito, traz também prejuízo aos cofres públicos. Enquanto acontece um acidente de trânsito envolvendo automóvel com vítimas que dão entrada no Sistema Único de Saúde (SUS), em Porto Velho, são registrados pelo menos dez envolvendo motocicletas.

A motocicleta que vem substituindo a bicicleta e o cavalo tem crescido bastante em Porto Velho, especialmente por sua rapidez e agilidade para ir ao trabalho. Feito um levantamento junto ao Boletim de Ocorrência de Acidentes de Trânsito pudemos desenvolver gráficos comparativos com o número de acidentes registrados em Porto Velho desde 2014 até junho do ano de 2016.

Gráfico 1:Número de acidentes registrados em 2014.

Fonte: Elaborado pelo autor com base em DETRAN.

O gráfico 1 nos mostra que o total de acidentes em 2014 foram de 4029, sendo que 2844 foram somente das motocicletas, quase 71% dos acidentes. De acordo com o setor de estatísticas da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) de Rondônia, 4.697 pessoas deram entrada no setor de emergência do Hospital e

2844

1100

85

4029

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500

Motos 70,

58% Carros 27,30

% Outros 2,10 % Total Acidentes Ano 2014

Série1

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11 Pronto Socorro João Paulo II, vítimas de acidentes de trânsito provocados por motocicletas.

Assim, o número de entradas registradas no Hospital de Pronto-Socorro João Paulo II é maior que o número de acidentes registrados pela Companhia Independente de Policiamento de Trânsito. O que nos leva a observar que muitos dos que sofrem acidentes fogem do local, por falta de habilitação, carteira vencida ou documento atrasado, antes da Companhia ser acionada, indo diretamente para o atendimento do Hospital João Paulo II.

A diferença em relação aos automóveis é assustadora, durante 2014 foram 361 pessoas envolvidas nos casos com automóveis que deram entrada no Hospital de Pronto-Socorro João Paulo II, número quase oito vezes menor que os casos com motocicletas.

Gráfico 2: Número de acidentes em 2015.

Fonte: Elaborado pelo autor com base em DETRAN.

O gráfico 2 se refere ao ano de 2015 que nos mostra uma redução no número de acidentes registrados, mas ainda assim os acidentes com motociclistas envolvidos são maiores que os acidentes registrados de automóveis. A possibilidade de queda de acidentes envolvendo motocicletas está ligada diretamente à campanha de conscientização realizada no ano de 2014 pelo governo que recebeu o nome de ‘’Sobreviventes”.

Mas de acordo com o Setor de Estatísticas, 4.402 vítimas de acidentes de trânsito envolvendo motociclistas deram entrada na emergência do Hospital de Pronto-Socorro João Paulo II. Número que demonstra o dobro do obtido nos registros do Boletim de Ocorrências de Acidentes de Trânsito pela Companhia

Motos 70,78 %

Carros 25,99 %

Outros 3,23

%

Total Acidentes Ano 2015

Série1 2258 829 103 3190

2258

829

103

3190

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500

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12 Independente de Policiamento de Trânsito. Vale ressaltar que 660 pessoas deram entrada vítimas de acidentes de trânsito com automóveis.

Gráfico 3: Número de acidentes de janeiro a junho de 2016.

Fonte: Elaborado pelo autor com base em DETRAN.

Já durante este ano, até junho de 2016, o número de acidentes de trânsito registrados envolvendo os motociclistas foi de 1043 contra 360 de acidentes com automóveis. Por mais que haja redução no número de acidentes de trânsito, ainda assim há uma grande diferença do número de acidentes com motocicletas para os automóveis. O percentual de diferença entre os dois chega há um pouco mais de 800%.

Nos primeiros cinco meses deste ano, as vítimas de acidentes de carro com entrada no Hospital de Pronto-Socorro João Paulo II foi de 171, e de motos de 1.589. Podemos novamente observar que o número de pessoas envolvidas em acidentes de trânsito com motocicleta que dão entrada no Hospital de Pronto- Socorro João Paulo II é maior que o número de casos registrados pelo BOAT de Porto Velho.

Comparado com os primeiros meses de 2015, houve um pequeno decréscimo de 7,02%. Os jovens do sexo masculino são os mais envolvidos em acidentes de trânsito com motocicletas, o que compromete a população de jovens na idade produtiva. A imprudência, imperícia, a falta de habilitação e menoridade faz com que esses jovens fujam do local antes da chegada da Companhia de trânsito para realizar os devidos procedimentos.

Motos 72, 48

%

Carros 25,01

%

Outros 2,50

%

Total Acidentes Ano 2016

Série1 1043 360 36 1439

1043

360

36

1439

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600

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13 Gráfico 4: Número de acidentes de 2008 a 2017

Fonte: Polícia Civil e Polícia Militar.

Conforme os dados do anuário de estatística de trânsito do Departamento de Trânsito de Rondônia (DETRAN/RO) percebem-se que entre os anos de 2007 a 2014 o índice de acidentes envolvendo motocicletas teve um aumento em relação ao ano de 2014 a 2017 que esse número teve uma queda significativa.

Esse fato muito se dá por conta de campanhas de conscientização aos motoristas de Porto Velho, um exemplo a Semana Nacional do Trânsito que é realizada pela Coordenação de Educação no Trânsito do DETRAN-RO.

Muito embora ter ocorrido uma queda de 8,2% a partir de 2015, a realidade se mostra outra, em razão do grande número de óbitos registrados, no total de 245 envolvendo motocicletas, sendo assim, o índice de acidentes de moto segue liderando mortes no Estado de Rondônia.

CONCLUSÃO

De acordo com os levantamentos realizados, o número de acidentes de trânsito envolvendo motocicletas teve uma redução no número de registros obtidos pelo Boletim de Ocorrências de Acidentes de Trânsito do município de Porto Velho. Mas, a diferença em relação ao número de acidentes de trânsito

CATEGORIA ANO

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 AUTOMÓVEL/

CAMIONETA 2.159 2.676 3.250 3.371 3.216 3.042 2.566 1.884 1.772 1.521 ÔNIBUS/

MICROÔNIBUS 366 96 123 147 99 112 75 51 41 28 CAMINHÃO/

CAMINHONETE 57 537 552 597 545 475 312 361 218 206 REBOQUE/SEMI-

REBOQUE 50 11 7 6 1 7 20 21 5 2

MOTO 2.545 3.671 4.387 4.711 4.453 4.420 3.509 2.480 2.348 1.963 BICICLETA 775 793 711 609 500 591 404 265 213 200 OUTROS 87 27 27 16 42 39 37 68 21 16

NÃO

INFORMADO 286 91 151 174 99 108 63 62 44 40 TOTAL 6.325 7.902 9.208 9.631 8.955 8.794 6.986 5.192 4.662 3.976

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14 envolvendo automóveis chega a ser mais de 800%, o que torna a motocicleta num veículo perigoso se em mãos erradas.

Ao decorrer da pesquisa, pôde ser constatado o fato da imperícia e imprudência dos motociclistas, o que chama atenção para a falta de habilitação de muitos, já que para adquirir uma motocicleta não é necessária a apresentação de Carteira Nacional de Habilitação. Desse modo, há um aumento na frota desses veículos, juntamente com o aumento no índice de acidentes registrados.

Destarte, a superlotação no Hospital de Pronto-Socorro João Paulo II que recebe atendimentos de média e alta complexidade, provém principalmente da violência que ocorre no trânsito de Porto Velho.

Comparado com os cinco primeiros meses de 2015, no ano de 2016 de janeiro a maio, houve um pequeno decréscimo de 7,02% nos atendimentos às vítimas de trânsito. O que é de boa valia para o Hospital, pois assim os custos realizados para esse atendimento podem ser aplicados de outra forma no setor da saúde. Mesmo assim, por ainda existir pessoas que desrespeitam as leis de trânsito, os motociclistas ainda lideram o número de entradas no Hospital.

Portanto, constatou-se a necessidade de maiores ações educativas direcionadas principalmente aos motociclistas. Pois, os mesmos ultrapassam os limites de velocidade estabelecidos, desrespeitam os sinais de trânsito por serem mais ágeis e pelo fácil acesso aos corredores e outros pequenos espaços.

Vale ressaltar, que apenas a implantação de sinais de trânsito não surti efeito, por muitos não os respeitarem.

É importante que seja feita a implantação dos limites para estacionamento nas ruas, pois os carros estacionados próximos às esquinas atrapalham o campo de visão dos motociclistas e demais componentes das vias de trânsito. Uma das ações de grande funcionamento para a redução nos níveis de acidentes seria a instalação de mais reguladores de velocidade. Com este método, muitos reduzem a velocidade com receio da multa vindoura.

Entretanto, é importante salientar que buscar soluções para os problemas de trânsito requer não só intervenções técnicas, mas também de ordem política e sociocultural.

Portanto, o planejamento e o desenvolvimento de uma melhor política de trânsito em Porto Velho, podem contribuir para a redução de acidentes de trânsito causados por motociclistas. Uma maior conscientização da Educação no Trânsito como disciplina escolar fará com que os futuros condutores sejam

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15 prudentes e cuidadosos, por consequente reduzindo também a superlotação no Hospital de Pronto-Socorro João Paulo II, o que trará menos gasto com o setor da saúde e investimento em outros setores.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DENATRAN. Anuário estatístico de acidentes de trânsito. Porto Velho:

Denatran, 2005. Disponível em: <www.denatran.gov.br>

Diariodaamazonia.net/calama-lidera-ranking-de-acidentes/. Acesso em 10 de outubro de 2016.

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Referências

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