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Efeitos agudos do exercício resistido sobre linfócitos totais, CD4 e CD8 de idosas

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Academic year: 2017

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM EDUCAÇÃO FÍSICA

EFEITOS AGUDOS DO EXERCICIO RESISTIDO SOBRE

LINFÓCITOS TOTAIS, CD4 e CD8 DE IDOSAS.

Waldney Roberto de Matos e Ávila

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Waldney Roberto de Matos e Ávila

EFEITOS AGUDOS DO EXERCICIO RESISTIDO SOBRE

LINFÓCITOS TOTAIS, CD4 E CD8 DE IDOSAS.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação “Stricto Sensu” em Educação Física da Universidade Católica de Brasília – UCB, como requisito para obtenção do título de Mestre em Educação Física.

Orientador: Dr. Ricardo Jacó de Oliveira

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DEDICATÓRIA

A DEUS, pela serenidade nos momentos de difícil decisão, pela renovação constante da fé e pela presença sempre manifestada.

A minhas filhas, Bruna e Camila razão da minha vida pela compreensão nos momentos em que estive ausente.

A meus pais, José Antonio e Maria Bernadete por todos os ensinamentos e valores que desde cedo me proporcionaram.

Aos meus irmãos, Wagner Waldnéia, Waldenise e Wanderson que mesmo de longe sempre torceram pelo meu sucesso.

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AGRADECIMENTOS

Em especial ao Prof. Dr. Ricardo Jacó de Oliveira, pela paciência, pelas cobranças, pela compreensão e, sobretudo pela doação contínua de todo o seu conhecimento em favor deste trabalho.

Aos professores Jaime Tolentino e Maria de Fátima pelo apoio, conselhos e permanente ajuda.

Ao professor e grande amigo André Gomes Carneiro por toda a colaboração e ajuda nos momentos mais difíceis.

Ao professor Sergio da Cunha Neves Jr pelas valorosas discussões e idéias sempre enriquecedoras.

Aos professores Ricardo Moreno Lima e Paulo Gentil pela colaboração sempre engrandecedora.

A todas as idosas que voluntariamente cederam seu precioso tempo para participar deste com muita dedicação e responsabilidade.

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vi SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS...vii

RESUMO ...viii

1- INTRODUÇÃO ...1

2.OBJETIVOS...7

3- REVISÃO DE LITERATURA ...8

3.1- Envelhecimento...8

3.2- Envelhecimento e o Sistema Imunológico ...14

3.3 - Exercício, Sistema Imunológico e Envelecimento ...19

4- MATERIAL E MÉTODO...23

4.1- Caracterização da Pesquisa ...23

4.2- Característica da amostra ...23

4.3- Cuidados èticos ...23

4.4- Descrição dos Procedimentos ...24

4.4.1- Avaliação da Força Muscular...24

4.4.2-Programa de Treinamento Contra Resistência ...25

4.4.3- Avaliação da Composição, Massa e Estatura Corporal...25

4.4.4- Avaliação dos Linfócitos Totais...26

4.4.5- Avaliação do CD4+ e do CD8+...26

4.5- Tratamento Estatístico...27

5- RESULTADOS...29

6- DISCUSSÃO...32

7- CONCLUSÃO ...37

8- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...38

9- ANEXOS...43

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Médias e desvios-padrão das características da amostra.

Tabela 2 – Médias, desvios-padrão e delta percentual dos linfócitos totais.

Tabela 3 – Médias, desvios-padrão e delta percentual de CD4+.

Tabela 4 – Médias, desvios-padrão e delta percentual de CD8+.

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viii RESUMO

Introdução: O exercício físico tem sido recomendado para minimizar os efeitos do envelhecimento, e o exercício resistido tem se destacado como uma forma de maximizar a força muscular dos idosos. Por outro lado, qual a sobrecarga de trabalho adequada aos idosos torna-se um desafio na medida em que esta atingirá indistintamente todos os sistemas orgânicos, neste particular o sistema imunológico possivelmente pelo envelhecimento, fato que poderia expor o idoso à ocorrência de doenças. Objetivo: O propósito do estudo foi investigar e comparar os efeitos agudos imediatos e tardios promovidos pelo exercício resistido de diferentes intensidades (50 e 80% de 1-RM) nos linfócitos totais, CD4+ , CD8+ e razão CD4+ / CD8+ de idosas. Materiais e Métodos: A amostra foi composta por 15 idosas com idade média de 67,53±3,92 anos, sendo estas alocadas aleatoriamente em três situações de tratamento mediante sorteio. Para o exercício com intensidade de 50% de 1-RM, foram executadas 13 repetições em cada set; e no exercício com a intensidade de 80% de 1-RM, executou-se 8 repetições em cada set, sendo realizado em ambos 2 sets para cada um dos seis exercícios. A coleta de sangue para avaliação dos linfócitos totais, CD4+ e CD8+ ocorreu no período pré-exercício (T1), imediatamente pós-pré-exercício (T2), 3:00h pós-pré-exercício (T3) e 48:00h pós-exercício (T4). Para análise estatística foi utilizada a análise de variância (Two way Anova) para medidas repetidas. Em todas as análises foi adotado o nível de significância P ≤ 0,05. Resultados: Com relação aos linfócitos totais foi encontrada diferença estatisticamente significativa (p≤0,05) entre todos os momentos, entretanto, entre as intensidades de exercício tal diferença não foi observada. Em relação às células CD4+, foi observada diferença significativa (p≤0,05) entre todos os momentos, mas tal observação foi percebida somente no período de exercício a 80% de 1-RM e no período sem exercício. Diferenças significativas (p≤0,05) na contagem de células CD8+, foram observadas entre os momentos T3 e T4 na intensidade de 80% de 1-RM, e no período sem exercício nos momentos T1 e T3, e T3 e T4. A razão CD4+/CD8+ não apresentou diferença significativa (p≤0,05) entre os tempos para nenhuma das intensidades de exercício. As comparações foram feitas entre os 4 tempos. Conclusão: o exercício resistido nas intensidades de 80% e 50% de 1-RM, como resposta aguda, não promoveu alterações no organismo do idoso que configuraram-se como um quadro de imunodepressão mediada pelo exercício de força.

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ix ABSTRACT

Introduction - Physical exercise has been recommended to minimize the effects of the aging process and resistance training has been recognized as a type of exercise efficient in increase muscle strength and mass of older individuals. On the other hand, high intensity exercise is associated with a higher incidence of illness in athletes, particularly those of infectious etiology. Quantify the adequate workload to elderly people became a challenger task, since it acute variable affects all organic systems, especially the possibly blunted immune system, fact that would increase the risk of illness in this population. Objectives – The aim of this study was to investigate and compare the immediate and delayed acute effects of different resistance exercise intensities (50 and 80% of 1-RM) on total lymphocytes, CD4+, CD8+ and CD4+/CD8+ ratio of older women. Materials and Methods – 15 older women (67,53±3,92 years old) were recruited on a voluntary basis to participate of this study who randomly performed three exercise sessions as follows: In S1 they performed two sets of 13 repetitions at 50% of 1-RM; in S2 two sets of eight repetitions at 80% of 1-RM; and ST was the control session. The intervals between sets were 1’20’’, the execution speed was in average 6 seconds (eccentric plus concentric), and the sessions were separated for one week. For evaluation of dynamic strength one maximum repetition (1-RM) test was used. Blood samples to measure total lymphocytes, CD4+, CD8+ and CD4+/CD8+ ratio were collected pre-exercise (T1), immediately after (T2), as well as three (T3) and 48 hours after exercise (T4). The citometry flow was used to quantify the immune cells from 15ml of blood samples collected in EDTA tubes, witch were stored with 5 ml of monoclonal antibodies [CF - Anti-CD4, conjugated with FITC (isotiocianate of fluoresceine 032) and CF 035 - Anti-CD8, conjugated with FITC]. The analyses were performed in a CELL-DYN 3500 instrument. For statistics analysis, the Kolmogorov Smirnov and Skewness tests were used to verify the data distribution and analysis of variance (Two way ANOVA) for repeated measures was used to examine yhe effects of resistance exercises. The significance level was accepted at P ≤ 0,05. Results – In relation to total lymphocytes, it was observed significant differences between all the moments (T1, T2, T3 and T4), however, such difference was not observed between the exercise sessions. In relation to the CD4+ cells, it was observed significant differences between the moments, although such result was only observed in the exercise session performed at 80% of 1-RM (S1) and in the control session (ST). Significant differences (p≤0,05) in the CD8+ cells counting were observed between T3 and T4 in the exercise session performed at 80% of 1-RM (S1), and between T1 and T3, and T3 and T4 in the control session (ST). The CD4+/CD8+ ratio didn’t present significant differences between the moments for none of the sessions performed. Conclusions – Resistance exercise performed at the intensity of 50% or 80% of 1-RM didn’t induce, as an acute response, alterations in the elderly organism that configure an immune-depression process mediated by the exercise.

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1 - INTRODUÇÃO

Os países do chamado Terceiro Mundo vêm apresentando, nas últimas décadas, um progressivo declínio nas suas taxas de mortalidade e, mais recentemente, também nas suas taxas de fecundidade. Esses fatores associados, consolidam a base demográfica para um envelhecimento real dessas populações, à semelhança do processo que continua ocorrendo, ainda que em escala menos acentuada, nos países desenvolvidos (RAMOS et al, 1987).

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sendo menor, fato que muda o ponto de corte classificatório para 60 anos (NETTO,

1996).

O processo de envelhecimento inicia-se desde a concepção, assim, a velhice, é um processo dinâmico e progressivo em que o acúmulo de alterações morfológicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas, determinam a perda gradativa da capacidade de adaptação ao meio ambiente, ocasionado uma maior incidência de processos patológicos (MEIRELES, 1999). O acúmulo desses processos degenerativos é inevitável, o que não permite nomear o envelhecimento como uma doença, entretanto nos remete à reflexão sobre a proximidade dessa fase da vida com a maior suscetibilidade para tal (ZIMERMAN, 2000). As perdas funcionais próprias da senescência acometem todos os sistemas orgânicos, dentre eles o sistema imunológico.

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A prática regular de exercícios físicos tem sido incentivada e recomendada por inúmeros órgãos de pesquisa na área da saúde, sendo que tal indicação reside-se nas evidências científicas relacionando os efeitos do exercício sobre a saúde do ser humano. No entanto, aspectos como freqüência, intensidade, tipo de exercício, volume de treino ainda constituem-se como elementos de contradição trazendo dados inconclusivos principalmente quando nos referimos ao organismo dos chamados grupos especiais, nesse particular os idosos. O treinamento de força tornou-se uma forma popular de exercício físico, sendo que recentes recomendações tem sido feitas acerca da sua prática em populações sadias e também em populações especiais, como pacientes em processo de reabilitação cardíaca, diabéticos e idosos (SIMÃO, 2004).

Os registros referentes a essa modalidade de treinamento em pessoas idosas têm crescido exponencialmente e existe acúmulo de evidências científicas, respaldando que um programa adequado de exercícios com pesos induz a inúmeros benefícios (RASO, 2000).

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Atualmente, uma discussão corrente refere-se à concepção que múltiplos sets no treinamento da força são superiores a um único set para aumentar a massa e a força muscular. A recomendação prevalente que aparece nos livros textos de fisiologia do exercício e nas revisões do treinamento da força, é que deve-se executar sets múltiplos (no mínimo três) de cada exercício. Entretanto, as evidências para suportar a superioridade de múltiplos sets sobre um único set são ainda escassas (CARPINELLI, 2002). A ocorrência de contradições dentre outros aspectos emerge na medida em que o organismo humano é constituído por vários sistemas, sendo estes moldados sob diferentes constituintes nos levando a concluir que a mesma sobrecarga de trabalho produz efeitos diferentes nos mesmos, sobretudo no sistema imunológico.

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evidenciou elevação durante a semana após o treino. Os autores concluíram que o efeito agudo do exercício não possui efeitos deletérios no processo de replicação do vírus do HIV em adultos com carga viral elevada, sendo portanto seguros para esta população. As complicações metabólicas associadas ao próprio processo infeccioso e ao tratamento desta doença incluem diminuição da massa muscular, elevação da resistência periférica a ação da insulina, hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia, deposição central de gordura e osteopenia aumentando a morbi-mortalidade nesses pacientes, sendo que os exercício tanto cardiorespiratórios aeróbios como os resistido tem sido sugeridos como intervenções não farmacológicas eficazes no tratamento destas (YARASHESKI et al , 2001).

A função imunológica de atletas submetidos a prolongados treinamentos extenuantes é suprimida, isto se deve particularmente a um decréssimo na atividade das células natural killer (NK), e nos níveis séricos de imunoglobulinas (SHEPARD, 2001). O exercício de alta intensidade (acima de 60% do VO2max) se associa a uma alteração bifásica dos leucócitos circulantes. No pós-exercício imediato é visto um incremento de 50 a 100% do número total de leucócitos, aumento que se dá principalmente às custas de linfócitos, neutrófilos e em menor proporção de monócitos (NIEMAN, 1994). Decorridos 30 minutos de recuperação, é detectada uma queda acentuada do número de linfócitos, que pode ser de 30 a 50% do nível pré-exercício, que perdura por três a seis horas, queda do número de eosinófilos e persistência da neutrofilia (GABRIEL, URHAUSEN, KINDERMAN, 1991).

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2 – OBJETIVOS

2.1 – OBJETIVO GERAL

Verificar o impacto promovido pelo exercício resistido com intensidades de 50 e 80% de 1 repetição máxima (1-RM) no sistema imunológico de idosas.

2.2 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) Identificar e comparar os efeitos agudos imediatos e tardios do exercício resistido com intensidades de 50 e 80% de 1 repetição máxima (1RM) nos níveis de linfócitos totais em idosas.

b) Identificar e comparar os efeitos agudos imediatos e tardios do exercícios resistidos com intensidades de 50 e 80% de 1 repetição máxima (1RM) nos níveis de linfócitos T auxiliares (CD4+) em idosas.

c) Identificar e comparar os efeitos agudos imediatos e tardios do exercícios resistidos com intensidades de 50 e 80% de 1 repetição máxima (1RM) nos níveis de linfócitos T citotóxico/supressor (CD8+) em idosas.

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3 - REVISÃO DE LITERATURA

3.1 ENVELHECIMENTO

Na medida em que as condições gerais de vida e o avanço da ciência tem contribuído para controlar e tratar muitas das doenças responsáveis pela mortalidade, a população tanto dos países desenvolvidos como da maioria dos em desenvolvimento tem incrementado nos últimos anos a sua expectativa de vida. Esta tendência global tem levado a que a ciência, os pesquisadores e a população em geral procurem cada vez mais “soluções” para tentar minimizar ou se possível evitar os efeitos negativos do avanço da idade cronológica no organismo (MATSUDO et al, 2000). Entretanto, as características principais desse processo de envelhecimento experimentado pelos países do Terceiro Mundo são, de um lado, o fato do envelhecimento populacional estar se dando sem que tenha havido uma real melhoria das condições de vida de uma grande parcela dessas populações, e de outro lado, a rapidez com que esse envelhecimento está ocorrendo (RAMOS et al, 1987).

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oxidativo aumentado, desregulação da função celular, alterações fenotipicas e deterioração funcional nos anos anteriores (MEYDANI, 2000). AMMES et al (1993) estimam que o DNA em cada célula de um rato normal produz por dia aproximadamente 100.000 espécies oxidativas e no caso do ser humano essa produção seria de aproximadamente 10.000.

As teorias do envelhecimento podem sobrepor vários níveis da organização: as alterações com envelhecimento de eventos moleculares podem conduzir às alterações celulares, e estas, por sua vez, conduzem à alteração do órgão e à falha sistêmica com implicações evolucionárias para a reprodução e a sobrevivência (WEINERT et al, 2003). São muitas as teorias que se ocupam do árduo desafio de compreender o processo de envelhecimento. FARINATTI (2002) relata que as teorias de fundo biológico tendem a focalizar as disfunções que afetam a precisão do sistema orgânico durante o envelhecer, sejam eles de origem genética, metabólica, celular ou molecular. Apresenta ainda, uma classificação que categoriza as teorias num grupo de natureza genético desenvolvimentista cujo envelhecimento é visto como um continuum controlado geneticamente e, talvez, programado. Algumas correntes associam essa possível programação a um desequilíbrio neuroendócrino, levando a uma diminuição de integração funcional dos sistemas orgânicos. O grupo das teorias que se enquadram como de natureza estocástica trabalham com a hipótese de que o envelhecer dependeria do acúmulo de agressões ambientais que atingem um nível incompatível com a manutenção das funções orgânicas e da vida.

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patológicos (MEIRELES, 1999). O acúmulo desses processos degenerativos é inevitável, o que não permite nomear o envelhecimento como uma doença, entretanto nos remete à reflexão sobre a proximidade dessa fase da vida com a maior suscetibilidade para tal (ZIMERMAN,2000). O avançar da idade cronológica é um fator primário para a morte, estando o envelhecimento ligado a perda da capacidade funcional e maior propensão à depressão, reclusão social e acidentes traumáticos (RAMOS,2003). Na medida em que aumenta a idade cronológica as pessoas se tornam menos ativas (HUNTER, 2001), suas capacidades físicas diminuem e com outras alterações psicológicas que acompanham a idade (sentimento de velhice, estresse, depressão) existe ainda diminuição ainda maior no nível da atividade física, que conseqüentemente propicia o surgimento de doenças crônicas, que contribuem para deteriorar o processo de envelhecimento (MATSUDO et al, 2000). A intensidade das alterações fisiológicas varia conforme o estilo de vida, sendo que na medida que envelhecem os indivíduos tornam-se cada vez mais diferentes entre si (FRONTERA, 1997).

Com o avanço da idade, os componentes da aptidão física sobretudo aqueles relacionados com a dimensão motora sofrem em graus variados uma diminuição.

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Embora ainda controverso, parece que a etiologia da sarcopenia é mediada por uma diversidade de fatores hormonais, neurogênicos, genéticos e ambientais (ROTH et al, 2000). Uma associação que parece ser muito importante no contexto da diminuição

da força muscular esquelética associada ao avanço da idade é a diminuição acentuada dos níveis plasmáticos de vitamina D, uma vez que esta relaciona-se com a atrofia das fibras musculares de contração rápida e com a fraqueza (JARVINEN et al, 1998). Estudos tem demonstrado que o exercicio resistido pontual progressivo pode com segurança aumentar a massa e a força muscular em adultos mais velhos, melhorando os aspectos funcionais relacionados à saúde (ETTINOER et al,1997; SEGUIN et al, 2003). A literatura científica têm relatado efeitos positivos do exercício resistido na elevação da taxa metabólica basal (MAZZEO et al., 1998; FLECK & KRAEMER, 1999; WILMORE & COSTILL, 1999), na redução dos níveis pressóricos (WESCOTT & BAECHLE, 2001), no metabolismo da glicose e resistência insulínica (POLLOCK & EVANS, 1998; NETTO, 2000) e na minimização da sarcopenia (MATSUDO, 2001).

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da doença arterial coronariana, câncer e complicações associadas ao diabetes (BRENNAN, 2002).

O envelhecimento está associado declínios nas esferas fisiológica e funcional que podem contribuir para inabilidade aumentada, fraturas e quedas. Os fatores desencadeadores de tais processos são a perda de massa e força muscular advindas da sarcopenia (SEGUIN et al, 2003). A massa muscular esquelética declina com o envelhecer, sendo que por volta dos 60 a 70 anos de idade, a perda alcança valores de aproximadamente 25 a 30%, levando à diminuição significativa da força e muitas vezes incapacitando o idoso de participar com sucesso das atividades da vida diária (DUPONT-VERSTEEGDEN,2005).

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taxa metabólica de repouso associado ao envelhecimento se deve basicamente pela diminuição da massa livre de gordura. O programa de treinamento de força aplicado por Pratley et al (1994), em 13 homens saudáveis (50 a 65 anos de idade) por um período de 16 semanas, aumentou em 40% ( P<0,001) o nível de força sendo este determinado pelo teste de 03 repetições máximas. O peso corporal não mudou, mas a gordura diminuiu (25,6 +/- 1,5 contra. 23,7 +/- 1,7%; P < 0,001) e massa livre de gordura aumentou (60,6 +/- 2,2 contra. 62,2 +/- 2,1 quilogramas; P < 0,01). A taxa metabólica de repouso medida via calorimetria indireta aumentou 7,7% com treinamento da força (6.449 +/- 217 contra. 6.998 +/- 226 kJ/24 h; P < 0,01). Este aumento manteve-se como significativo mesmo quando a taxa metabólica de repouso foi expressa em relação à massa magra. O nível de noradrenalina aumentou 36% (1,1 +/- 0,1 contra. 1,5 +/- 0,1 mmol/l; P < 0,01).

FRONTERA et al (1988), avaliando os efeitos de 12 semanas de treinamento de força ( 03 vezes por semana, 03 sets por dia, 08 repetições a 80% de 1-RM) na hipertrofia e melhora da função muscular de 12 idosos, observou um aumento (P< 0,0001) da força dos extensores e flexores do joelho de 107,4 e 226,7% respectivamente. Através de biópsia do músculo vasto lateral foi identificado um aumento (P< 0,001) de 33,5% na área da fibra muscular do tipo II e 27,6% na área da fibra tipo I. O pico de torque isocinético elevou-se (P<0,05) em 10,0 e 18,5% em 60 graus/seg., e 16,7 e 14,7% em 240 graus/seg para extensores e flexores do joelho respectivamente.

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alterações indesejáveis como a fraqueza, rigidez e a dor músculo-esquelética que conduzem invariavelmente ao declínio geral na atividade física.. O trajeto de tal declínio se dá pela interação de várias causas como as alterações nos tecidos moles responsáveis pelo movimento restrito, incluindo ainda os processos fisiológicos e anatômicos que parecem ser programados geneticamente, além de doenças e fatores específicos do estilo de vida tais como o desuso e nutrição pobre (BUCKWALTER,1997).

REEVES et al (2003), investigando os efeitos do treinamento de força (duas séries de 10 repetições a 80% da carga alcançada com cinco repetições máximas, 03 vezes por semana, até totalizar 14 semanas) nas propriedades mecânicas do tendão patelar de idosos concluíram que o exercício resistido pode reduzir o risco de lesões tendíneas em idosos, tendo ainda implicações na produção de força e execução de tarefas motoras em maior velocidade. De fato, a literatura científica apresenta quase como um consenso a elevação da força e massa muscular em idosos mediante a participação em programas de exercício resistido.

3.2 ENVELHECIMENTO E SISTEMA IMUNOLÓGICO

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apresentando memória (ROSA & VAISBERG, 2002). O sistema imunológico inato inclui ainda uma diversidade de barreiras físicas, químicas e também as defesas fixas que estão de prontidão para interromper as infecções antes que elas possam se iniciar concretamente . Sua atuação consiste na utilização de moléculas de reconhecimento para detectar a presença de vírus e bactérias não levando à imunidade prolongada a um patógeno em particular, (PARHAM, 2001). As barreiras físicas englobam a pele, mucosas, e as secreções que lavam e limpam as mucosas e os cílios que atuam removendo resíduos e substâncias estranhas. Os fatores imunologicamente ativos presentes na secreção das mucosas são denominados humorais onde o mais importante é o complemento e os outros opsoninas adicionais. Os componentes celulares são o neutrófilo, o eosinófilo e o mastócito, bem como a célula natural killer (NK), (PEAKMAN, 1999). O sistema imunológico adaptativo, centra-se especificamente em um patógeno levando à uma condição de proteção duradoura. Esta resposta protetora aumenta de intensidade em função da exposição ao patógeno (PAHAM, 2001). Este é composto por pelos linfócitos B e T, por fatores humorais e pelas imunoglobulinas (ROSA & VAISBERG, 2002).

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que um estímulo subseqüente lhe seja apresentado (STACY, KROLICK, INFANTE e KRAIG, 2002).

A senescência celular pode ser definida como uma fase de declínio da integridade celular após a instalação de um estado de diferenciação que impossibilita a divisão adicional de células (PAWELEC, 1994). A deterioração do sistema imunológico ligada à idade é aceita como favorecedora à incidência aumentada de infecções, cânceres e doenças auto imunológico. Esta imunodepressão pode se dar em diferentes níveis incluindo: defeito na célula tronco, involução do timo, mudanças nos antígenos presentes nas células, transdução de sinal, modificações nos receptores na superfície das células, dentre outras. O declínio dramático na função imunológico envolve as células B e T (PAWELEC, et al, 1999, PRELOG, 2006). Fatores intrínsecos e extrínsecos parecem estar envolvidos na involução tímica, sendo que esta precede as modificações na funcionalidade das células T, Investigações usando de modelos animais revelaram que a involução do timo ocorre de maneira assimétrica, com a atrofia do córtex precedendo a da medula (BOREN E GERSHWIN, 2004). Segundo MONTECINO-RODRIQUEZ (2005), geralmente é aceito que o involução do timo começa ou acelera-se na puberdade com o incremento dos hormônios esteróides e diminuição nas taxas de hormônio do crescimento. Como resultado deste novo ambiente hormonal, o desenvolvimento dos progenitores imaturos intra-tímicos é obstruído. Entretanto, tais autores recomendando investigações adicionais e comentando a hipótese formulada a partir de sua extensa revisão relatam que defeitos intrínsecos nos progenitores das células T, ao contrário de mudanças hormonais puberdade-relacionadas poderiam mascarar involução tímica.

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maturação e diferenciação vista tipicamente durante a linfopoiese da células T. Afim de determinar se o ambiente tímico do adulto retém a habilidade de induzir à diferenciação do timócito, os autores analisaram os timócitos do adulto para seus antígenos da superfície celular e concluíram que as porcentagens de timócitos imaturos (CD4+/CD8+, CD1+) maduros (CD1−/CD5+, CD4+, CD8+ e CD62L+) vistas no timo adulto eram semelhantes às observadas no timo fetal. Relatam ainda que, a presença de timócitos em vários estágios de maturação e de diferenciação fundamentam a conclusão que a timopoiese é um processo em andamento no timo do adulto.

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A estimulação das células T dos indivíduos idosos conduz a diferentes tipos e magnitudes de respostas quando comparados com as respostas das células T de indivíduos novos. De fato, as pessoas idosas apresentam um declínio progressivo da resposta imunológico além de uma incidência crescente de fenômenos auto-imunológicos. Estas diferenças podem ser o resultado dos mecanismos celulares modificados que controlam o sistema imunológico no curso do envelhecimento (POTESTIO, et al, 1998). As modificações na população das células T e as concomitantes perturbações nas suas funções efetoras suportam as propostas de esclarecimentos de muitas disfunções imuno-envelhecimento-relacionadas (VALLEJO et al, 1998). Em países desenvolvidos, a relação entre nutrição e imunidade é de

especial interesse em indivíduos idosos, visto ser conhecido que as alterações na imuno-deficiência relacionadas a idade são agravadas em sujeitos desnutridos (CHANDRA, 1989). LESOUR (1997), sugere que as perturbações do sistema imunológico do idoso estariam associadas a uma diferenciação da resposta e não à sua diminuição irrestrita, sendo que o fator nutricional tem forte influência nesta faixa etária. O fator alimentação não altera muitos parâmetros da função imunológico, entretanto, as vitaminas, minerais, aminoácidos, proteínas, carboidratos e lipídeos por exemplo, realçam parâmetros da imunidade adquirida. Em contraste, os probióticos, incluindo bactérias do ácido lático, aumentam principalmente parâmetros da imunidade inata (KAMINOGAWA, et al, 2004).

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proporção de linfócitos e sua relação com o avançar da idade em três grupos ( 20-40 anos, 70-90 anos, >99anos) verificou que a proporção de linfócitos T (CD28+) era significativamente diferente entre os três grupos de idade (p < 0,0001). Todos os três pares de comparações evidenciaram alterações significativas: a proporção das células T (CD28+) diminuiram 87,3% (± 1,2), 71,4% (± 2,7) e 64,3% (± 1,5) nos três grupos respectivamente. O efeito da idade na expressão de CD28+ era significativamente diferente (p < 0,0001). de acordo com o subconjunto da célula, a saber CD4+ e CD8+. Embora ambos os subconjuntos fossem afetados significativamente pela diminuição, o decréscimo maior foi no subconjunto de CD8+, aonde a proporção de células CD28+ caiu 58,2% (± 2,3) no primeiro grupo (adultos) e 36,5% ( ± 1,5) terceiro grupo (centenárias), (p < 0,0001).

O envelhecimento humano promove um decréssimo na resposta de anticorpos a antígenos específicos, como pode ser constatado no caso de vacinas contra a toxina do tétano, anti-influenza e outras (NOVAES et al, 2005). Mudanças qualitativas na resposta humoral passando de altamente específica a antígenos estranhos para mais específicas a antígenos próprios também acompanham o envelhecer (WEKSLER e GOODHARDT, 2002).

3.3 EXERCÍCIO, SISTEMA IMUNOLÓGICO E ENVELHECIMENTO

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psicológica (MAZZEO et al. 1998). A possibilidade de ocorrência de bio-adaptações negativas como efeito do exercício físico existe e depende basicamente do perfil do praticante e a maneira como o processo de exercitar de desenvolve. Por isso torna-se importante analisar a interferência do exercício em todos os sistemas orgânicos.

Segundo CEDDIA et al (1999), apesar do uso crescente do exercício físico em pessoas idosas como intervenção direcionada à melhora da função muscular, pouco se sabe a respeito dos efeitos do exercício no sistema imunológico senescente.

Como resposta aguda ao exercício, percebe-se uma leucocitose imediata que é principalmente mediada pela intensidade, bem como pela duração do exercício, mas sustentada somente por um breve período após o exercício (PEDERSEN E HOFFMAN-GOETZ, 2000),

O linfócitos T em grande parte são responsáveis pela coordenação da resposta da maioria dos componentes da imunidade mediada por células, via sua atividade e também via liberação de fatores solúveis e citocinas (MAINO, SUNI, RULTENBERG, 1995). Geralmente, as tentativas de avaliar os efeitos do exercício na função imunológico abrangem uma diversidade de protocolos empregados. O estilo é basicamente trocar e combinar intensidade e duração do exercício, métodos e sujeitos com diferentes níveis de condicionamento e histórico de treinamento (ROWBOTTONN e GREEN, 2000). A maioria das pesquisas acerca da temática exercício e seus efeitos no sistema imunológico foram desenvolvidas a partir de tratamentos utilizando-se de exercícios com ênfase no componente cardiroespiratório. Existe ainda uma carência de estudo onde sejam aplicados exercícios focados no componente neuromuscular como os exercícios resistidos.

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da demarginação provocada por alterações hemodinâmicas, associada à ação das catecolaminas (SHEPARD, 1997). Exercícios com intensidade superior a 60% do VO2 maxdesencadeam aumento na secreção do cortisol e adrenalina, além de aumentar a densidade dos receptores ß2-adrenérgicos (KHAN,SAMSONI e SILVERMAN 1986). Entretanto, a concentração de adrenalina decresce rapidamente com o fim do exercício, diferentemente, o cortisol pode pemanecer elevado no sangue por mais de duas horas após o exercício (NIEMAN , NEHLSEN-CANNARELLA,1994). O cortisol associa-se com a atividade dos leucócitos, sobretudo na sua fração linfócitária (BERK et al., 1990), pois este desencadeia depressão na síntese de DNA e RNA do tecido linfóide (GUYTON, 2002), reduz a produção de mediadores inflamatórios, incluindo algumas citocinas, prostaglandinas e óxido nítrico; influenciando na produção de interleucina II pelos linfócitos ativados; inibem a migração das células inflamatórias aos locais de inflamação, bloqueando a expressão de moléculas de adesão e ainda promovem a morte por apoptose dos leucócitos e linfócitos (PAHAM, 2001).

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aos valores basais, mas a função normal é restaurada dentro de algumas horas, deixando somente uma janela muito muito breve que oportuniza a ação de vírus e células neoplásicas ( NIEMAN, 1994 ).

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4. MATERIAL E MÉTODO

4.1 Caracterização da pesquisa

Este estudo teve um delineamento experimental do tipo medidas repetidas, tendo como variáveis dependentes os níveis de linfócitos totais, CD4+, CD8+ e razão CD4+/ CD8+, e como variável independente o exercício resistidol.

4.2 População e amostra

A população do presente estudo foi constituída por idosas do Projeto Geração de Ouro, desenvolvido e supervisionado pela Universidade Católica de Brasília – UCB.

A amostra foi composta por 15 idosas, com idade entre 63 e 67 anos, fisicamente independentes segundo classificação proposta por SPIRDUSO (1995), e não praticantes de exercícios físicos no mínimo há 6 meses. A caracterização da amostra foi feita mediante a tomada das seguintes medidas: peso, estatura e IMC.

Os critérios de exclusão foram quaisquer condições que pudessem sugerir limitações à prática de programas de treinamento de força, e proporcionar alterações da análise sangüínea, como por exemplo: fraturas recentes, osteoartrite, tendinites, osteoporose em grau avançado, hipertensão arterial não controlada, estados infecciosos, medicamentos para controle da depressão, anti-inflamatórios e outros que contenham cortisona. Os participantes foram instruídos a não realizarem, durante o estudo exercícios físicos, e não alterarem seus hábitos diários sobretudo com relação à auto medicação e alimentação.

4.3 Cuidados éticos

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o qual continha todas as informações sobre os procedimentos adotados no estudo, tais como sua importância, a descrição dos tratamentos, a posterior utilização dos dados coletados para fins de publicação científica e a garantia do anonimato.

4.4 Descrição dos Procedimentos

4.4.1 Avaliação da força máxima (RM)

A avaliação da força máxima em todos os exercícios se deu em máquinas da marca Righeto .mediante a aplicação do teste de uma repetição máxima (1-RM), segundo a orientação de FLECK & KRAEMER (1999).

A dinâmica de alteração das cargas adotada no teste de 1-RM foi a crescente. Após um aquecimento articular específico no próprio aparelho foi sugerida uma carga de modo que o indivíduo realizasse uma única repetição; quando ultrapassada esta única repetição, ou caso a repetição não fosse completada de forma correta (velocidade de execução, padrão e angulação de movimento), foi solicitado ao avaliado um repouso de 3 a 5 minutos. Dentro do limite de 3 a 5 tentativas, e após cada ajuste da carga foi solicitado ao avaliado que repetisse o movimento. Caso este não conseguisse, numa nova tentativa, realizar 1 única repetição completa, o peso máximo considerado foi o último peso levantado com sucesso.

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uma calibragem da carga dos exercícios, a fim de que os praticantes realizassem 8 repetições submáximas.

4.4.2 Programa de treinamento contra resistência

A distribuição das voluntárias dentro das 03 situações de tratamento ( exercício a 50% de 1-RM, exercício a 80% de 1-RM e sem exercício ) deu-se de forma aleatória. Quando as voluntárias chegavam na sala de musculação, cada uma delas retirava uma ficha contendo a situação a que a mesma se enquadraria naquele dia. Assim, em cada uma das três visitas, algumas idosas exercitavam-se a 50% de RM, outras a 80% de 1-RM, e outras não se exercitavam. Um mapeamento individual foi feito com o intuito de garantir a participação de todas em cada uma das 03 situações sem ocorrer repetição em qualquer uma delas.

Quando o exercício tinha como intensidade 50% de 1-RM, foram executadas 13 repetições em cada set; e no exercício com a intensidade de 80% de 1-RM, executou-se 8 repetições em cada set, sendo realizado em ambos, 2 sets para cada exercício. Desta forma, garantiu-se uma semelhança no volume de treinamento para as duas de intensidades. Nos treinos adotamos intervalos de um minuto e vinte segundos entre cada set; a velocidade de execução do movimento foi em média de 6” segundos totais (sendo 3” tanto para a ação concêntrico como para a excêntrica). A respiração adotada foi passiva eletiva sendo a mesma ensinada durante a fase de adaptação.

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4.4.3 Avaliação da massa e estatura corporal

A massa corporal foi registrada em quilogramas, sendo identificada por meio da balança FILIZOLA digital, com capacidade para 150 Kg e resolução de 0,1g. A avaliada posicionou-se no centro da plataforma da balança em frente ao monitor, mantendo-se estática até o registro da massa corporal.

A estatura corporal foi identificada por meio do estadiômetro da balança acima mencionada com resolução de 0,1 cm. Com a cabeça orientada no plano de Frankfurt formando um ângulo reto com o estadiômetro, o corpo em posição ereta e os calcanhares unidos, a avaliada realizou uma inspiração máxima, ficando em apnéia por aproximadamente 3 segundos, momento em que registramos a estatura corporal.

4.4.4 Avaliação dos linfócitos totais, CD4+ ,CD8+ e razão CD4+ /CD8+.

A quantificação linfocitária e suas subpopulações foi realizada mediante a coleta de amostras de sangue no período entre 7:00h e 8:00h caracterizando o pré-exercício (T1), depois a coleta procedeu-se imediatamente exercício (T2), 3:00h pós-exercício (T3) e 48:00h pós-pós-exercício (T4). Foram passadas às voluntárias, orientações acerca da necessidade de reportar a utilização de medicamentos durante esse período, para que caso fosse necessário marcar nova data para o treinamento e coleta de sangue. Foi ainda solicitado às voluntárias que não participassem de esforços de intensidade moderada ou alta no mesmo período.

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etilenodiaminotetracético (EDTA, anticoagulante), que foram incubados com 5 ml de anticorpos monoclonais (CF 032 - Anti-CD4, conjugado com FITC [isotiocianato de fluoresceína] e CF 035 - Anti-CD8, conjugado com FITC), marcados com fluocromos por 20 minutos em temperatura ambiente (18 a 22°C) e em ambiente escuro sendo a análise realizada em CELL-DYN 3500. Para cada contagem individual foram usados dois pares de tubos de reativos, sendo um para determinar o número absoluto de linfócitos T auxiliares/indutores (CD4/CD3) e o outro para determinar o número absoluto de linfócitos T citotóxicos (CD8/CD3). Ambos os tubos fornecem o número absoluto total de linfócitos T (CD3). Mediante a adição da solução de fixação aos tubos reativos, a amostra foi levada ao aparelho. As células marcadas são submetidas ao feixe de laser, emitindo assim fluorescência. É a partir desta luz fluorescente que o equipamento procede a contagem celular. Os resultados impressos relataram as contagens absolutas de células para CD4 (auxiliares/indutores), CD8 (citotóxicos/ supressores) e CD3 (linfócitos T Totais), assim como CD4/CD8 (relação auxiliar/supressor).

As avaliações das sub-populações CD4 e CD8 positivas dos linfócitos foram fornecidas juntamente com as informações da contagem de células sanguíneas (hemograma) e com a contagem de glóbulos brancos (leucograma). As análises feitas no prazo de 24 horas após a coleta, pois isso tende a minimizar os coeficientes de variação nas contagens dos índice hematimétricos e leucométricos que podem acontecer dia-a-dia ou semana-a-semana.

4.5 Tratamento Estatístico

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5. RESULTADOS

As variáveis antropométricas (idade, estatura, massa corporal e IMC) foram analisadas a partir da estatística descritiva com os valores das médias e desvios-padrão sendo apresentados na Tabela 1.

Tabela 1 - Médias e desvios padrão das características da amostra.

MÉDIA

SD

IDADE (anos) 67,53 3,92

ESTATURA (cm) 154,27 5,59

MASSA CORPORAL (Kg) 67,76 14,30

IMC 21,95 4,2

As tabelas abaixo apresentam as variações nos linfócitos totais, CD4+ ,CD8+ e razão CD4+ /CD8+, e comparando-se os diversos momentos de mensuração e também a resposta entre as intensidades de treino.

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Tabela 2 – Médias, desvios-padrão e delta percentual dos linfócitos totais. Linfócitos (cells/mm3)

Pré (T1) Pós (T2) 3 horas (T3) 48 h (T4)

50% 1RM 2322,53±476,01 2304,13±477,79 2992,00±860,94* 2043,93±475,32

∆ % 0,79 28,83 12,00

80% 1RM 2403,26±444,85 2450,46±527,14 3118,33±568,79* 2308,20± 548,05

∆ % 1,96 29,75 3,96

Sem exercício

2103,75±326,83 2277,37±387,21 2712,00±568,79* 1975,12±231,81

∆ % 8,25 28,91 6,11

∆ % - Para o cálculo foram considerados os dados de T2, T3 e T4 em relação a T1. Onde * efeito significante (p≤0,05) entre os tempos T1 - T3 e T2 -T3 nos treinos a 50% e 80 % de 1-RM, e entre os tempos T1 - T3 , T2 -T3 e T3 - T4 no período sem treino.

Tabela 3 – Médias, desvios-padrão e delta percentual dos linfócitos CD4+. CD4+ (cells/mm3)

Pré (T1) Pós (T2) 3 horas (T3) 48 h (T4) 50% 1RM 911,60±288,25 881,27±276,53 1002,14±248,46 955,60±314,42

∆ % 3,33 9,93 4,83

80% 1RM 946,93±269,66* 937,26±527,14 1071,33±290,16* 915,6± 291,22

∆ % 1,02 13,14 3,31

Sem exercício 904,00±162,52 867,50±131,79 1004,72±209,91* 890,50±209,91

∆ % 4,04 11,14 1,49

∆ % - Para o cálculo foram considerados os dados de T2, T3 e T4 em relação a T1.

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Tabela 4 – Médias, desvios-padrão e delta percentual dos linfócitos CD8+. CD8+ (cells/mm3)

Pré (T1) Pós (T2) 3 horas (T3) 48 h (T4) 50% 1RM 422,04±127,9 428,28±130,8 463,73±137,2 419±122,55

∆ % 1,48 9,88 0,72

80% 1RM 418,26±125,29 432,31±126,83 468,26±157,88* 382,60± 96,53

∆ % 3,36 11,95 8,53

Sem exercicio 389,25±87,93 395,25±86,74 449,25±121,28* 374,50±77,97

∆ % 1,54 15,41 3,79

∆ % - Para o cálculo foram considerados os dados de T2, T3 e T4 em relação a T1.

Onde * efeito significante (p≤0,05) entre os tempos T3-T4 na intensidade 80 % de 1-RM e entre os tempos T1-T3 e T3-T4 no período sem treino.

Tabela 5 – Médias, desvios-padrão e delta percentual da razão CD+ / CD8+.

CD8+ (cells/mm3)

Pré (T1) Pós (T2) 3 horas (T3) 48 h (T4) 50% 1RM 2,38±1,16 2,23±0,97 2,48±1,08 2,48±1,08

∆ % 6,30 4,20 4,20

80% 1RM 2,48±1,07 2,40±1,21 2,57±1,25 2,54±1,02

∆ % 3,23 3,63 2,42

Sem exercício 2,39±0,50 2,27±0,48 2,30±0,41 2,44±0,52

∆ % 5,02 3,77 2,09

∆ % - Para o cálculo foram considerados os dados de T2, T3 e T4 em relação a T1.

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6 - DISCUSSÃO

A redução da força idade-relacionada é caracterizada por uma variedade de fatores que atuando de forma combinada podem comprometer a autonomia dos idosos. O processo degenerativo em nível de sistema nervoso, assim como a redução no número de fibras musculares são apontados como os principais fatores desse comprometimento.

É freqüentemente reportado na literatura científica que níveis mínimos de força são necessários para um eficiente desempenho nas atividades da vida diária, assim como freqüentes alusões são creditadas ao exercício resistido como um meio eficiente para a manutenção e/ou elevação desta qualidade física. Discussões amplas ocupam-se de estabelecer a relação entre o aumento da força e a necessidade de aplicação de sobrecargas de trabalho mais elevadas, entretanto, devido à possibilidade de ocorrência de bio-adaptações negativas, a resistência à aplicação de intensidades e volumes de treino elevados é corrente sendo abordada com cautela pelos profissionais da área da saúde.

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Assim, nós resolvemos submeter um mesmo grupo de sujeitos a duas intensidades de treinamento (50 e 80% de 1-RM) em momentos distintos com uma semana de intervalo entre as sessões. O n° de repetições foi ajustado em função da intensidade para que se preservasse o mesmo volume total de treino. A finalidade da adoção deste protocolo de treino era avaliar como as intensidades média e alta alterariam a contagem dos linfócitos totais, CD4+, CD8 + e a razão CD4+/ CD8 + em idosas.

As alterações no metabolismo contribuem para as modificações exercício associadas na função imunológico. A diminuição da concentração da glutamina plasmática em resposta ao trabalho muscular foi sugerida como influenciadora da função linfocitária (NEWSHOLME e PARRY, 1990). Além disso, a elevação das catecolaminas e do hormônio do crescimento induzem a mudanças imediatas nos sub-conjuntos dos leucócitos. O aumento do cortisol evidenciado nos exercícios de alta intensidade e duração mais longa (NIEMAN et al, 1998) é proposto como desencadeador da leucopenia e linfopenia (BERK et al., 1990).

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HOFFMAN-GOETZ, 2000), efeito também observado em nosso estudo nas duas intensidades de exercício resistido.

O número total de linfócitos e suas subpopulações CD4+ e CD8+, tiveram em nosso estudo incremento imediatamente após o exercício, efeito também documentado por SIMONSON E JACKSON (2004) que objetivando determinar os efeitos de uma sessão de exercício resistido (3 sets de 8 a 10 repetições máximas com intensidade relativa igual a 75% de 1-RM) no número de células do sistema imunológico de 16 homens moderadamente ativos (média de idade igual a 30 ± 7 anos), observaram entre os momentos pré-exercício, imediatamente pós-exercício, 15 minutos pós-exercício e 30 minutos pós-exercício os seguintes resultados: os monócitos, neutrófilos e linfócitos incrementaram (P≤0,05) em resposta ao treinamento proposto, fato não percebido em relação aos basófilos e eosinófilos. O decréscimo na contagem das células foi percebido 15 minutos pós-exercício persistindo até 30 minutos de recuperação. Porém, em relação aos neutrófilos os valores pré-exercício não foram alcançados até os 30 minutos da recuperação. Ainda segundo os autores, quando o volume plasmático retorna aos valores pré-exercício há uma queda no número de células, entretanto, se uma alteração no volume do plasma fosse o único fator que promovesse a leucocitose, o número de leucócitos volume plasmático-corrigidos não esclareceriam todo a variabilidade das suas subpopulações.

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fígado, os pulmões e a medula óssea tem sido sugeridos como algumas dessas fontes. Parece que os neutrófilos são as únicas células que aumentam ainda mais após a finalização de uma sessão mais prolongada de exercício.

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tanto o de alta intensidade quanto o prolongado submáximo, induziram alterações similares na contagem de células, e essas alterações foram maiores do que as induzidas pelos exercícios de resistência muscular, embora tanto o exercício aeróbico intenso quanto o de resistência muscular tenham resultado num decréscimo significantemente mais prolongado da relação CD4+/CD8+ do que o exercício aeróbico submáximo.

O aumento da atividade metabólica propiciado pelo exercício resistido desencadeia alterações hemodinâmicas como a elevação da freqüência cardíaca, da pressão arterial (SALE et al, 1994), bem como o aumento na velocidade do fluxo sanguíneo e sua passagem de laminar para turbilhonar causando um desprendimento das células pressas à parede dos vasos e posterior lançamento destas na circulação, processo denominado demarginação (MACKNNON e TOMASI, 1988), fato este que altera a contagem total e específica das células do sistema imunológico.

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7 - CONCLUSÃO

Os resultados deste estudo permitiram concluir que o exercício resistido apresenta a capacidade de alterar a homeostase imunológica independente da intensidade utilizada no exercício.

A dinâmica das respostas imunológicas ao exercício resistido são semelhantes àquelas evidenciadas pelos exercícios cardiorespiratórios aeróbios, ou seja incremento no número de linfócitos totais, CD4+ e CD8+ no período imediatamente pós-exercício, com restauração dos valores pré-exercício à medida que a recuperação se prolonga podendo atingir valores inclusive mais baixos que os de repouso e diminuição da razão CD4+ / CD8+.

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8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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(53)

9 - ANEXO

Anexo A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA – UCB

Nome: .

1. ESCLARECIMENTO DAS AVALIAÇÕES E TREINAMENTO

Você estará participando de um grupo experimental de estudo com o objetivo de verificar a influência de um programa de treinamento de força sobre o sistema imunológico em mulheres idosas na faixa de 60 anos a 76 anos. Para tanto, você será submetida a uma série de avaliações e a um protocolo de treinamento de força. A avaliação da composição será realizada em período anterior a intervenção do treinamento. As coletas sanguíneas serão realizadas, uma antes do protocolo de treinamento de força (pré-teste), ao término imediato do treinamento (imediato pós-teste), três horas e quarenta e oito horas após o término do treino (pós-teste). Você poderá a qualquer momento desligar-se da presente pesquisa sem nenhum constrangimento.

É da responsabilidade do participante desta pesquisa, para o ingresso ao programa de atividade física trazer um parecer do médico que a acompanha.

Para a avaliação da composição corporal, a avaliada deverá comparecer ao local das avaliações no dia e horário pré-determinados. Deverá, no momento da avaliação, estar vestido com bermuda e camisa.

Serão identificadas a estatura e o peso (massa corporal).

A coleta de dados não trará nenhum risco ou desconforto às avaliadas.

(54)

Vale salientar que não haverá nenhum tipo de ônus financeiro no âmbito da pesquisa para os seus participantes.

2. RISCOS E DESCONFORTOS POSSÍVEIS

Durante a realização da pesquisa, poderão surgir alguns riscos e desconfortos como: resposta anormal da pressão arterial, distúrbios cardíacos, quedas, dores musculares e cãibras. Todo cuidado e atenção serão tomados a fim de evitar e/ou minimizar os possíveis riscos. Caso venha ocorrer qualquer eventualidade em decorrência do experimento, serão tomadas as medidas cabíveis para amparar o participante.

3. PROGRAMA DE TREINAMENTO

Este programa será desenvolvido durante 7 semanas, sendo 2 semanas de adaptação com 3 aulas semanais; 2 semanas de repouso completo, e 2 semanas com 1 dia de cada semana pra realização do treinamento e coleta de dados. O esforço físico exigido será adequado à capacidade individual de cada participante.

4. RESPONSABILIDADE DAS PARTICIPANTES

Estar presente no local dos testes nos dias e horários marcados. Estar presente em 100% do treinamento de força. Apresentar para participação no projeto parecer do médico que a acompanha. Informar ao professor pesquisador qualquer desconforto que por acaso venha a perceber.

5. RESULTADOS OBTIDOS

As informações obtidas nesta pesquisa, por meio dos resultados de todos os testes, poderão ser utilizadas como dados de pesquisa científica, podendo ser publicados e divulgados, sendo resguardada a identidade das participantes.

6. LIBERDADE DE CONSENTIMENTO

(55)

Você estará livre para negá-la ou para em qualquer momento desistir da mesma se assim desejar.

Declaro ter lido este termo de consentimento e compreendido os procedimentos nele descritos. Informo também que todas as minhas dúvidas foram respondidas de forma clara e de fácil compreensão. Estou de acordo em participar da referida pesquisa.

_________________________ _________________________ Assinatura – RG Participante Assinatura – RG Testemunha

Imagem

Tabela 2 – Médias, desvios-padrão e delta percentual dos linfócitos totais.  Linfócitos (cells/mm 3 )  Pré (T1) Pós (T2) 3 horas (T3) 48 h (T4) 50% 1RM  2322,53±476,01  2304,13±477,79  2992,00±860,94*  2043,93±475,32  ∆ %  0,79 28,83  12,00  80% 1RM  2403,
Tabela 5 – Médias, desvios-padrão e delta percentual da razão CD +  /  CD8 + .

Referências

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