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ARRANJO PRODUTIVO DE CONFECÇÕES EM FRECHEIRINHA, CEARÁ

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(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ- UFC

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA E CONTABILIDADE MESTRADO PROFISSIONAL EM ECONOMIA

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA - CAEN

"JOSÉ RAFAEL NETO

ARRANJO PRODUTIVO DE CONFECÇÕES EM

FRECHEIRINHA, CEARÁ

(2)

JOSÉ RAFAEL NETO

ARRANJO PRODUTIVO DE CONFECÇÕES EM

FRECHEIRINHA, CEARÁ

Fortaleza

(3)

JOSÉ RAFAEL NETO

ARRANJO PRODUTIVO DE CONFECÇÕES EM FRECHEIRINHA,

CEARÁ

ponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Dissertação submetida ao curso de Pós-graduação em Economia da Universidade Federal do Ceará (CAEN/UFC), como requisito parcial para obtenção do título de Mestre Profissional em Economia de Empresas.

Aprovada em 28/03/2003

V\~~~

qponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

p ~ c~

c k h d v

Profa. Ora. Maria Cristina Per~)ra d.eMeio Universidade Federal do Ceara':'ÚFC

,~ t e- ,(··!

(4)

AGRADECIMENTOS

qponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

À D eu s p ela saú d e fisica e m en tal.ponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

À H elen a, P ed ro e B ia p ela p aciên cia, co m p reen são e co m p an h eirism o n as h o ras m ais

d ificeis.

À m in h a m ãe p ela in sistên cia e d eterm in ação p ara co n clu são d este d esafio .

A o m eu o rien tad o r e v erd ad eiro m estre p elo seu estím u lo e d ed icação .

À F u n d ação C earen se d e A p o io ao D esen v o lv im en to C ien tífico e T ecn o ló g ico

-F U N C A P p elo ap o io n o d esen v o lv im en to d o trab alh o .

A o P ro jeto M icro e P eq u en as E m p resas em A rran jo s P ro d u tiv o s, d o S E B R A E e d a

U n iv ersid ad e F ed eral d e S an ta C atarin a, p elo ap o io n a p esq u isa.

(5)

sUMÁRIo

....GRA.DECIMENTOS iqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

~ U .lU..l1>.R.1.'O • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •• ii

L IS T A D E T A B E L A S iv

LISTA DE FIGURAS v

APRESENTA ÇA O vi

RESUMO vii

ABSTRACT viü

TRODUÇAO 1

C A P ÍT U L O I - C A D E IA P R O D U T IV A D E C O N F E C Ç Ã O 6

1 .1 C O N C E IT O 6

1 .2 C A R A C T E R ÍS T IC A S D O P R O C E S S O P R O D U T IV O 6

1 .3 P A N O R A M A S D A C A D E IA D E C O N F E C Ç Ã O 1 0

1.3.1 INTERNACIONAL

10

1.3.2 NACIONAL

1 4

1.3.3 LOCAL

1 7

C A P ÍT U L O

n -

A R R A N JO S P R O D U T IV O S L O C A IS ...•... 2 4

2 .1 C O N C E IT O 2 4

2 .2 C A R A C T E R ÍS T IC A S 2 6

2 .3 P A N O R A M A 2 9

2 .4 P O L ÍT IC A S D E A P O IO 3 2

2 .5 A R R A N JO S P R O D U T IV O S N O C E A R Á 4 0

C A P ÍT U L O

m -

A R R A N JO P R O D U T IV O D E F R E C H E IR IN H A 4 8

3 .1 IN T R O D U Ç Ã O 4 8

3 .2 IN F O R M A Ç Õ E S B Á S IC A S M U N IC IP A IS 4 9

3 .3 m S T Ó R IC O D A A T IV ID A D E P R O D U T IV A 5 0

3 .5 N ÍV E L D E IN S T R U Ç Ã O 5 2

3 .6 C A P A C IT A Ç Ã O 5 3

3 .7 P R O D U T O 5 4

3 .8 P R O D U Ç Ã O E P R O C E S S O P R O D U T IV O 5 4

3 .7 .1 F L U X O 5 6

3 .8 M E R C A D O 5 6

3 .9 O R G A N IZ A Ç Ã O C O M U N IT Á R IA 5 8

3 .1O P R IN C IP A IS P R O B L E M A S D O S E T O R 6 0

3 .1 1 O B S E R V A Ç Õ E S C O M P L E M E N T A R E S 6 2

(6)

O C L U S A O 6 5

B m L IO G R A F IA 7 0

(7)

L IS T A D E T A B E L A SponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Tabela 01 - Exportações de Produtos de Têxteis e de Confeccionados Mundiais, 1980 e 1987,fonte: Gorini, 2000.

Tabela 02 - Maiores Importadores de Confeccionados, 1992/96, fonte: Gorini, 2000.

Tabela 03 - Tamanho Relativo das Empresas de Confecções no Brasil, 1995,fonte: REDESIST,2000.

Tabela 04 - Elos Faltantes da Cadeia de Confecções do Ceará, 2002, fonte: CED,2002.

Tabela 05 - Núcleos e Arranjos Produtivos Locais do Ceará, 2002, fonte: CED,2002.

(8)

L IS T A D E F IG U R A SponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Figura 01 - Cadeia Têxtil - Vestuário, fonte: Rodrigues,1997. Figura 02 - Fluxo Têxtil - Confecções, fonte: Braga Jr., 1999. Figura 03 - Cadeia Produtiva de Confecções, fonte: CED, 2002.

Figura 04 - Mapa dos Núcleos e Arranjos Produtivos Locais do Ceará, 2002, Fonte: CED, 2002.

(9)

APRESENTAÇÃO

qponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

o

p resen te trab alh o é u m a d issertação d o M estrad o P ro fissio n al d o C u rso d e P ó s

-G rad u ação em E co n o m ia (C A E N ) d a U n iv ersid ad e F ed eral d o C eará - U F C , e tem o

o p ó sito d e co lab o rar su b sid ian d o in iciativ as p ú b licas e/o u p riv ad as n o sen tid o d e p ro m o v er

d esen v o lv im en to eco n ô m ico lo cal e reg io n al, p o r m eio d o estím u lo e ap o io às

g o m eraçõ es d e m icro e p eq u en as em p resas.

N esse sen tid o , se ap resen ta u m estu d o d e caso so b re o s arran jo s p ro d u tiv o s lo cais,

m ais esp ecificam en te co m relação ao arran jo p ro d u tiv o d e co n fecçõ es d e m o d a ín tim a, n o

n icíp io d e F rech eirin h a, E stad o d o C eará.

o

tex to se d esen v o lv e n u m am b ien te teó rico , p o rém d id ático , co m a co n ceitu ação e

acterização d a cad eia p ro d u tiv a d e co n fecçõ es e d e m o d elo s d e ag lo m eraçõ es

o rg an izacio n al d as m icro , p eq u en as e m éd ias em p resas, assim co m o su g estõ es d e p o líticas

e co n trib u am p ara d in am izar e q u alificar o p ro cesso d e id en tificação , co n h ecim en to e

o m en to ao s arran jo s p ro d u tiv o s lo cais. P o r fim , as in fo rm açõ es p ro p riam en te d o arran jo

(10)

RESUMOqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

E ste trab alh o se p ro p õ e a ap resen tar estu d o d e caso d e u m arran jo p ro d u tiv o d e

co n fecçõ es d e m o d a ín tim a, n o m u n icíp io d e F rech eirin h a, n o estad o d o C eará, B rasil. P ara

tan to , in icialm en te se d elim ita o am b ien te tem ático co m a co n ceitu ação , caracteristicas e

an o ram as n acio n al e in tern acio n al d a cad eia p ro d u tiv a d e co n fecçõ es. E m seg u id a, u m a

ev e co n tex tu alização so b re o rg an izaçõ es em p resariais, m ais esp ecificam en te o s arran jo s

ro d u tiv o s lo cais, assim co m o p ro p o stas d e p o líticas p ú b licas e/o u p riv ad as p ara o rien tar o

d in am ism o n o seto r e, p o r co n seg u in te, efetiv ar o d esen v o lv im en to lo cal, reg io n al e n acio n al.

P o r fim , a ex p lan ação d o arran jo p ro d u tiv o d e co n fecçõ es d e F rech eirin h a, d etalh an d o

p ecto s relacio n ad o s co m a lo calid ad e, n atu reza d a ativ id ad e, h istó rico d a ativ id ad e

p ro d u tiv a, n ív el d e in stru ção d a m ão -d e-o b ra, p ro d u to s, p ro cesso d e p ro d u ção , p ro d u tiv id ad e,

m atérias-p rim as, ren d a m éd ia m en sal d as em p resas, fo rm a d e o rg an ização co m u n itária,

m ercad o co n su m id o r, g rau d e in teração co m o u tro s p ro d u to res e p rin cip ais p ro b lem as,

o n clu in d o q u e é m u ito im p o rtan te trab alh ar açõ es v o ltad as p ara o d esen v o lv im en to

eco n ô m ico co m fo co n as p o ten cialid ad es lo cais.

(11)

A B S T R A C TzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

This is work it proposes to present study of case of a productive arrangement of makings of intimate fashion, in the Frecheirinha, in the state of Ceará, Brazil. For so much, initially the thematic atmosphere is defined with the conceituation, view characteristics and national and intemational of the productive chain of makings. Soon after, a brief contextualization about managerial organizations, more specifically the local productive arrangements, as well as proposed of politics publics and/or private to guide the dynarnism in the section and, consequently, to efective the local, regional and national development. Finally, thé explanation of the productive arrangment of makings of Frecheirinha, detailing aspects related with the place, nature ofthe activity, historical ofthe productive activity, level of instruction of the labor, products, production process, productivity, raw materials, monthly medium income of the companies, form of community organization, consurning market, interaction degree with other producers and main problems, ending that is very important to

(12)

ITRODUÇÃO

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Considerando a literatura existente sobre desenvolvimento econômico, podemos, icialmente, evidenciar a diferença entre o desenvolvimento e o crescimento econômico. O e envolvimento é mais abrangente, inclui outras variáveis que vêm sendo, inclusive,

consideradas por alguns estudiosos ao longo do século.mlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAÀ medida das transformações sociais, . cluem-se na proposta do desenvolvimento econômico fatores que orientam sua trajetória,

um exemplo disso seria a questão tecnológica como indutor do processo.

A economia estadual poderá crescer economicamente sem considerar seu esenvolvimento endógeno, ou seja, é possível atrair maiores riquezas e importar mão-de-obra, criar recursos financeiros, formar "caixa" (receitas próprias), alavancar recursos externos (empréstimos), embora, sem distribuição desta renda. Fazer crescer a economia de

m estado sem desenvolvê-lo, parece estranho, mas encontramos exemplos disto.

No decorrer dos últimos anos o Estado do Ceará vem alcançando um significativo crescimento econômico e melhoria dos indicadores sociais. Os resultados obtidos são frutos de um esforço do Governo do Estado desde 1987, quando a máquina estadual passou por uma profunda reforma, amparada na austeridade fiscal.

A credibilidade que se construiu, do equilíbrio fiscal, possibilitou a captação de recursos de organismos nacionais e internacionais para compor uma poupança pública responsável pelo financiamento de programas, reposição e expansão de infra-estrutura social e econômica de fundamental importância para o processo de desenvolvimento sustentável do Estado. O Ceará cresceu economicamente, otimizou alguns segmentos produtivos, criou fontes de receita. Contudo não conseguiu realizar a distribuição desses beneficios de maneira mais justa.

(13)

do quadro de pobreza do Estado. É fácil identificar, nos dados estatísticos oníveis, que a pobreza se encontra, na sua grande maioria, no interior do estado, mais rrecisamente nas regiões menos favorecidas, área rural e predominantemente agrícola.

- egundo dados do IPLANCE-CE, a agricultura contribui com aproximadamente 6% do Pill e, contrapartida, detém cerca de 40% da população economicamente ativa. Dessa forma, emos identificar exatamente a localização e a caracterização da população pobre do Ceará.

A caracterização do estágio de pobreza do Ceará requer umaONMLKJIHGFEDCBAc h a m a d a à a ç ã o , por

arte de todos os atores que, de forma direta e/ou indireta, contribuem para ap r o d u ç ã o de

e serviços públicos.mlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAÉindispensável a participação da sociedade, organizada ou não, no ocesso de avanço nas estratégias prioritárias para a qualidade da efetividade da ação do Governo, principalmente àqueles que formam o corpo acadêmico. A p r i o r i , deve-se trabalhar

ores diretamente envolvidos como organismo sistêmico e uniforme, capazes de promover a nirnização da ação governamental.

Segundo Amaral Filho (1993): quanto ao modelo de desenvolvimento adotado pelo - overno das mudanças", apesar da preocupação da austeridade fiscal e financeira, promove

a forte relação entre Estado e economia, pela qual o setor público atua como indutor de investimentos.

Sobre este prisma, a estratégia para desenvolver a capacidade produtiva do Estado, sena a melhor opção para os agentes econômicos públicos e privados na busca de uma

colha de política de desenvolvimento sócio-econômico mais sustentável e competitivo, com caracteristicas mais cearenses, sem receio de apostar na vocação local e no empreendedorismo natural da população. Isso sem considerar a vasta literatura acadêmica

ue, desde os anos 70 vem apresentando, através de vários estudiosos, exemplos de sucesso em países que promoveram o apoio à iniciativas econômicas em núcleos e arranjos produtivos locais, inclusive no Brasil. A tarefa de promover o fortalecimento competitivo de uma aglomeração de micro e pequenas empresas existentes, valendo-se da experiência, dos conceitos, técnicas e teorias disponíveis, encontrará razoável suporte no conhecimento organizado sobre o tema.

(14)

°0 prazo e, com o objetivo de aprofundar o planejamento de longo prazo referenciado ao . ório,mlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAà sustentabilidade e à govemança, coloca a importância de: incorporar aos Eixos - ~ cionais de Integração e Desenvolvimento os principais arranjos produtivos locais,

iculados com a implementação de projetos de infra-estrutura econômica e social.

De acordo com Tironi, em seu estudo: "Industrialização Descentralizada: Sistemas dustriais Locais", p. 13, (2001) o interesse do agente de políticas pela industrialização ce centralizada tem motivação em duas grandes vertentes: primeiro, a conquista de competitividade e; segundo, a redução das disparidades regionais. Se a política for orientada

ara o objetivo da conquista da competitividade, e , a partir daí o crescimento da renda e o ento do emprego, o agente de política explorará o potencial de desenvolvimento existente em uma localidade em que se aglomeram empresas com similitude tecnológica, serviços de

esquisa tecnológica, instituições de formação de pessoa e outros.

o

conjunto das informações acima explicitadas, evidencia uma necessidade de se conhecer oportunidades e vocações locais para a geração de emprego e renda e buscar estratégias para conseguir alcançar o desenvolvimento sócio - econômico do Estado, motivando, inclusive , a realização deste estudo que, através da atividade científica, pretende romover a maior integração entre o ambiente acadêmico e a administração pública, trabalhando de forma objetiva e com retomo de pesquisas e estudos voltados para nossa realidade e para nossos problemas.

Este trabalho se desenvolveu a partir de um modelo metodológico que iniciou com um conhecimento teórico que deu a base científica, a qual possibilitou, juntamente com a pesquisa de campo, por meio da aplicação de instrumentos de pesquisa (questionários, entrevistas e fotografia) na comunidade identificada, uma tabulação de dados e uma mensuração de resultados nos diversos parâmetros de abordagem, tanto em nivel de desenvolvimento produtivo (aspecto econômico), quanto em nivel de desenvolvimento humano e capital social (aspecto social). Algumas viagens foram realizadas ao município de Frecheirinha, Ceará, para aplicação de questionários e entrevistas junto aos empregados e aos empresários das micro e pequenas empresas locais. Em seguida, todas as informações quantitativas e qualitativas foram organizadas de forma didática com uma linguagem de fácil assimilação.

(15)

o

estudo de caso aqui apresentado foi elaborado com a finalidade não apenas de ;;z.;:;:-e-scentarconhecimento sobre a realidade cearense como também de oferecer subsídios à

tt-...c.y<L-' o dos agentes promotores do desenvolvimento de abrangência nacional, estadual ou

esse contexto, o estudo se subdivide em três capítulos que, em seu conjunto, endem apresentar uma experiência de atividade produtiva no município de Frecheirinha, estado do Ceará, realizada por meio de um arranjo produtivo local de empresas de

fecções de moda íntima. Os dois primeiros capítulos mostram uma visão mais abrangente

e o tema, apresentando um ambiente teórico didático sobre a concepção e caracterização cadeia produtiva de confecção e de um modelo organizacional de micro, pequenas e

.as empresas que é o arranjo produtivo local, inclusive sugerindo políticas de eiçoamento e otimização do arranjo produtivo local. O terceiro e último capítulo observa _ experiência identificada e desenvolvida em Frecheirinha.

O primeiro capítulo, aborda a concepção teórica da cadeia produtiva de confecções, conceito, suas características de funcionamento nas mais variadas apresentações, assim mo tenta mostrar a realidade dessa cadeia, por meio de uma apresentação sucinta de um

orama atual, em nível internacional, nacional/regional e local.

O segundo capítulo, seguindo a uma ordem decrescente de estratificação do tema central, deriva da cadeia produtiva de confecções para uma revista sobre arranjos produtivos

.s e, consequentemente, o papel das micro, pequena e média empresas neste contexto rganizacional. Inicia com uma conceituação de arranjo produtivo, suas características básicas e identificação e um breve panorama, neste caso incluído, com maior ênfase, a posição da região Nordeste e, naturalmente, com foco no impacto do tema na conjuntura de e envolvimento econômico do estado do Ceará. Este mesmo capítulo, discorre sobre sugestões de políticas públicas e privadas capazes de alavancar o nível de produtividade do arranjo produtivo, por meio de intervenções que vão da infra-estrutura básica, passando por inúmeras ações no processo produtivo, até as interações interempresas, fomentando a sinergia entre os agentes de desenvolvimento e, por conseqüência, efetivar a sustentabilidade organizacional garantida pela atuação cooperativa e associativa das empresas.

(16)

j:r!!~..lisajunto às empresas formais e informais, o modelo organizacional, evolução histórica arranjo, a capacidade produtiva, o grau de instrução dos trabalhadores e empresários, a ",,:'-"~"'ladeda mão-de-obra, o acesso ao crédito, o mercado de trabalho, as matérias - primas, ientes e as relações entre empresas, a troca de informações, o intercâmbio tecnológico, o de associativismo e cooperativismo entre os atores do processo, os principais problemas cmi-ficados e sugestões das possíveis soluções para amenizar ou elimínar esses problemas.

(17)

Í T U L o I - C A D E I A P R O D U T I V A D E C O N F E C Ç Ã O

O C E I T OzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Ao considerarmos o conceito de cadeia produtiva, segundo Kertsnetzky e ProchnikmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

_ zr: "é um encadeiamento de atividades econômicas pelas quais passam e vão sendo ormados e transferidos os diversos insumos, incluindo desde as matérias-primas, ~fIUJ'tnas e equipamentos, produtos intermediários até os finais, sua distribuição e

ercialização. Resulta em crescente divisão de trabalho, na qual cada agente ou conjunto zentes especializa-se em etapas distintas do processo produtivo". Uma cadeia produtiva e ser de âmbito local, regional, nacional ou mundial.

Como ponto de partida para todas as informações que são necessárias para cterizar uma cadeia produtiva, seria importante considerar que as mesmas podem ser tificadas a partir de análise de relações interindustriais expressas em matrizes insumo -- uto (compra e venda industriais).

o

Centro de Estratégias de Desenvolvimento do Estado do Ceará - CED conceitua: a eia produtiva de confecções constitui-se de uma seqüência de atividades que se articulam _ ogressivamente desde insumos básicos até o produto final, incluindo distribuição e

mercialização, compondo-se, portanto, de elo dessa corrente. (ver site www.ced.ce.gov.br) .

.2C A R A C T E R Í S T I C A S D O P R O C E S S O P R O D U T I V O

A indústria de confecções constitui um segmento composto por várias etapas _ odutivas interrelacionadas. Cada etapa apresenta especificidade própria e contribui para o

e envolvimento do produto final. Tem como finalidade transformar matérias-primas naturais químicas em fios e tecidos para que possam ser utilizados na fabricação de outros produtos 'Ribeiro, 1984). Em toda a cadeia, existe uma divisão do trabalho interna pautada pelas características do processo produtivo, onde o produto de uma etapa produtiva constitui

(18)

Alguns autores (Rodrigues, p. 22-23, 1997; Arpan,Toyone, 1984) consideram a cadeia confecção partindo da área têxtil, ou seja, da agricultura, pecuária, como produtores das naturais e os produtos químicos, como produtores das fibras sintéticas e artificiais, os seguem para a fiação que, por sua vez, produzem os tecidos. Partindo dos tecidos, -=zamente comONMLKJIHGFEDCBAd e s i g n ' , componentes e acabamentos, chegamos à confecção que deriva para

ibuição e comércio, conforme Figura 01.

FIGURA 01.

Cadeia têxtil- estuáriomlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

~!"'-UlnlS

Ferraeem ~'Tlcutrur-J

Font ': ARPAN c TOYO 'E t 1984); RODRIG\ E: 1997}

Ainda caracterizando a cadeia, segundo outro autor, Braga Júnior (1999), a cadeia de nfecções partiria da fabricação de fibras químicas e beneficiamento de fibras naturais que oduziriam a fibra, que por sua vez produzem os tecidos (malharia e tecelagem plana), epois segue a etapa do acabamento, a qual termina na indústria de confecção e, onsequentemente distribuição e consumidor final, de acordo com a Figura 02.

1. Define-se d e s i g n como:" visualização de conceitos, planos e idéias; e a representação de tais idéias (...)

para fornecer as instruções de como se fazer algo que não existia antes, ou não naquela forma (...), até mesmo a

(19)

FIGURA 02.QPONMLKJIHGFEDCBA

F lu x o P ro d u tiv o T ê x tif-C o n fe c ç õ e smlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Tec 19rem

P13,a

rJIricaçã de Fi r3S QuírtllCd.~

B nefiesamento FibraJ U:llunu~

, ist ma forrnad re: d tido.

onte: Braga .Junior, 1999.

Indú.lna deONMLKJIHGFEDCBA

C nf cção

o

Centro de Estratégia de Desenvolvimento do Estado do Ceará - CED, defende uma sta que parte também das fibras (naturais e artificiais), seguidas pelos tecidos e couros, ais, juntamente com os chamados "aviamentos" (componentes plástico, metálicos e icos), as máquinas e equipamentos, o d e s i g n e a embalagem, fecha a cadeia de confecção,

arme a Figura 03 .

•••••••~ ••••rd'-O tecnologia mais radical deve estar representada em uma forma usável via processo ded e s i g n " (Walsh

(20)

Tendo em vista os modelos apresentados, talvez o mais importante na concepção

I:..:!:ceit" ual do que seria a cadeia produtiva de confecção, ou mesmo de onde se daria o "corte"

eia têxtil - vestuário, seria considerar, tendo como referência os conceitos de segmento

or segundo Kupfer e Haguenauer (1996), esse conceito costuma ser associado à noção de

do, referindo-se a ambientes onde são produzidos e comercializados produtos

stitutos, próximos entre si. Geralmente, o conceito de segmento está vinculado a algum

- de similitude em termos de uma determinada base técnica - relacionada ao conjunto de

i:::S:rrn:tações,fatores e tecnologias mobilizados no processo de produção - e de uma base de

do - vinculada ao conjunto de consumidores para os quais é destinada a produção.

FIGURA 03.mlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

I

Fibras aturais

I

I

Fibras Si ntéticas

I

c •••••

I

Fibras A.rtifidai"

I

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Couro

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••••••••••••o c., ('; 8Qm:1MnM.lOO«

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C ••••• M D rI1!» .l.AItntt~ "T'a ~''UlB1

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" q""""'1IT( Compooentes Tecido: En~...,.. •• EUI'ntO AVIAMENTOS

...-

ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 'I D o • • •

.&uDa:IU AGa:lI'J\I!

" J:I1C

Fonte: Centro de Estratégia de Desenvolvimento do Ceará - CED, 2002

De acordo com os Estudos Setoriais do Banco do Nordeste - "Aprendizado e Inovação

ocal,: obstáculos e oportunidades da indústria nordestina de confecções", MeIo (1999), a

ústria de confecções é o ponto final da cadeia produtiva que tem início na produção de

(21)

naturais, artificiais/sintéticas, máquinas, corantes que servirão de insumos para a fiação

-=recelagem/malharia.

Se o consenso é de que a cadeia de confecções está incluída na cadeia têxtil -ário, podemos trabalhar com um modelo mais simples, a exemplo do preconizado pelo partindo dos tecidos como ponto de referência para o início da cadeia que, por sua vez, talharia com maior rigor, outros componentes (elos) de maior expressão no produto final.

Neste sentido, no segmento de confecção são realizadas as fases de criação de moda, volvimento deONMLKJIHGFEDCBAd e s i g n e elaboração de moldes que constituem roteiros para o corte e a

,...•.•tagem dos tecidos, gradeamento, elaboração do encaixe, corte, costura.

A costura é a principal etapa do processo, concentrando em torno de 80% do ciclo de ução e onde são encontradas muitas dificuldades que vêm retardando os avanços no o tecnológico e da automação industrial. Estas restrições estão ligadas às características ecido, cuja maleabilidade e suas diferentes texturas, dificultando seu manuseio. Neste

.o, o equipamento básico utilizado é a máquina de costura que, embora tenha sofrido avanços, ainda realiza basicamente as mesmas tarefas. Apesar dos estudos incessantes ntido de mudar este aspecto, a costura ainda é extremamente dependente da habilidade e ritmo da mão-de-obra.

PANORAMAS DA CADEIA DE CONFECÇÃO

s.

1 TERNACIONAL

(22)

A indústria de confecções é marcada atualmente pela migração de produção em busca mão-de-obra mais barata ao redor do mundo, facilitada pela baixa qualificação exigida da ça de trabalho e pelos poucos recursos de infra-estrutura necessários para à implantação de ncas.

Segundo estudo da REDESIST (Rede de Pesquisa em Sistemas Produtivos e

ativos Locais - UFRJ - www.ie.ufrj.br/redesist). Arranjos Produtivos Têxtil - Vestuário

O) o montante de recursos movimentados das exportações de confeccionados passou de

40.590 milhões, em 1980, para US$ 176.610 milhões, em 1997. Neste setor, os

utores mais tradicionais em nível mundial, Itália, USA e Alemanha foram superados pela ..• a. Além destes países, porém com qualidade diferente, foi registrada a inclusão de outros

es que não constavam na lista dos maiores produtores: a Turquia, Tailândia e Indonésia. O il desempenha papel irrelevante nesse mercado. As exportações brasileiras de confecções giram, em 1997, US$ 248 milhões, ou seja, 0,1% da soma de todos os países, conforme

ela 01.

TABELA 01.

-11So

Exportacõcs dc produtos têxteis c de confeccionados mundiaismlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA> 1980 c 1987

I('"tCIS Con fcccionados

Pais 1980 1997 1980 1997

USS 0/0 t,SS % US$ % lJSS %

Milhõcs Milhões Milhões Milhões

Alcmanha 6.296 11.4 L;'053 8.4 2.882 7,1 7.289 4.1

Bélgica 3.550 6.5 7.010 4,5 999 2,5

China 2.540 4,6 13.828 8.9 1.625 4,0 31.803 18,0

Coréia do Sul 2.209 4.0 13.346 8,6 2,949 7,3 4.192 2.4

Estados

:1.757 6. 9.193 ',9 1.290 3,2 8.672 4.9

Unidos

Finlândia 729 1,8

França 3.432 6") 7.214 4.6 2.294 5,7 5.345 3.0

I Iotanda 2.259 4.1 875 2,2

Ilong Kong 1.771 3.2 14.602 9.4 4.664 11,5 9.329 5.3

India 1.145 2,1 4.936 :,2 4.910 VI

Indonésia 2.904 1,6

Itália 4.158 7,6 12.901 8.3 4.584 11,3 14.85\ 8.4

Japão 5.117 9,3 6.750 4,3

Paquistão 4.594 .l.1)

Reino Unido 3.108 5,7 5.618 3.6 1.878 4,6 5.281 3,0

Suiç a 1.521 2.8

Tailândia 3.770

Taiwan 1.775 3.2 12.731 8.2 2.430 6.0ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

T u r q u ia 3.352 2.2 6.697 3,~

Subrotal 42.638 77.5 129.128 83.1 27.199 67,2 105.043 57,3

Mundo 54.990 100.0 155.280 100.0 40.590 \00,0 176.610 100,0

Brasil 654 1,2 1.022 0,7 138 1,2 248 0.1

Fonte:QPONMLKJIHGFEDCBA\V T O e\V e m e rInternattona! apud;G o rin i (2 0 0 0 )

(23)

o

mesmo estudo apresenta que, para as importações de produtos confeccionados, a - Européia e os Estados Unidos constituem os maiores demandantes de importados, no ---'"V"·o de 1992 - 1996, alcançando 78,6% e 72,4% do total mundial no anos 1992 e 1996,

'::!S;~:n·'N.amente. As importações brasileiras, no ano de 2000, foram de US$ 185 milhões, demlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

JC;:!:r\:O com a Tabela 02.

TABELA 02.

nidos

1992 1996

Pai. c

21.2 18.4

41.809 36.645 .705 JI 9 27.2

rrália

885

9 7 1.1~4 1.262 1.411 0,7

a 1.292 1.419

3.56~ 3.326 3.469 ~.821

439 52 622 969 1.0 4 0,3 0,6

Ia 270 .60 694 1.073 1.507 0,2 0,9

12.042 13.015 6,5 ,1

Ib

160. )4

7.0 7 1-3.405 100 100

Considerando os dados da Associação Brasileira de Indústria Têxtil - ABIT, o

~\Ado mundial aponta uma tendência de maior dinamismo no segmento de confecções. O

cio internacional vem crescendo bem acima da média, 5,9% ao ano, entre 1995 e 2000.

(24)

- ões considerando todos os produtos da cadeia avançaram à taxa anual de 4,6% nomlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

::e:::IiJC~_em termos globais. Em 2000, o comércio de produtos de confecções atingiu cento e inco bilhões de dólares (US$ 165,0).

ím dos maiores problemas do comércio internacional da cadeia de confecções é a

:===-:2-~

tarifária imposta por praticamente todos os países - mais elevada entre as nações

.::E:s::::;;-ohidas.As alíquotas de importação dos países desenvolvidos aumentam junto com o rocessamento do bem.

.ma tendência que vem sendo verificada no mercado mundial é o rápido aumento do e acordos regionais, envolvendo a concessão de preferências tarifárias e acesso ~..".,.".-';rlo aos países signatários. As nações em desenvolvimento beneficiadas por essas ões conseguiram elevar suas participações no mercado muito mais rápido que

e continuam sem usufruir dos beneficios comerciais.

A grande diferença que existe entre o paradigma brasileiro, de empresas de pequeno e • rtes com grande flexibilidade, e o paradigma internacional, é a alta especialização

esas que dominam a indústria de confecções mundial. Essas empresas trabalham com - aração das etapas do processo produtivo, ou seja: a criação do produto, o marketing e uição ficam concentradas nas unidades centrais que detêm a marca. A produção das . - e oda terceirizada em vários países do mundo, onde o custo do trabalho é mais barato e são instalados equipamentos de excelente desempenho nas empresas locais que

~~_c;..ü<l.l.u. sob contratos . Este sistema deONMLKJIHGFEDCBAp u t t i n g o u t globalizado é garantido pela demanda

~.,..,..-~ elas marcas (mundialmente conhecidas), que viabilizam a alta escala de produção.

Para enfrentar os inúmeros desafios do setor seria preciso, segundo Gorini (2000):

scar redução de barreiras, como: tarifas, cotas e picos tarifários impostas por países da - -- o Européia e Estados Unidos, bem como os subsídios dados aos produtores . ericanos pelo governo local;

entar a competitividade da cadeia de confecção tendo em vista as exportações;

.~ iar a formação de agrupamentos locais da indústria de confecções, em especial na ~ ião ordeste.

(25)

C I O N A LzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Conforme dados do estudo da REDESIST, Arranjos Produtivos Têxtil - Vestuário, a

ipação do Brasil no comércio mundial diminuiu em exportações de confeccionados. EmmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

~:::{;IS relativos, o segmento de confeccionados passou de 0,3% para 0,1%., em que pese ter

.iC::üentado o montante absoluto de recursos movimentados. Nas importações, o volume '~"'''''lT'Ientado foi insignificante, se comparado com os maiores importadores, porém sua ,,-__ icipação foi crescente.

A produção da indústria de confecções nacional cresceu lentamente nos anos mais tes. Passou por dois anos de crise, entre 1995 e 1997, voltou a se expandir entre 1998 e

e amargou nova queda em 2001, segundo Gorini (2000).

As empresas de confecção brasileiras passaram por intenso processo de ajuste desde o · 0dos anos 90. Com uma conjuntura que combinava abertura comercial e forte recessão, a ioria das empresas teve de buscar o aumento da eficiência no processo produtivo, com a ução de inovações tecnológicas, melhoria no sistema de qualidade, terceirização de idades e especialização da produção. Os resultados foram um significativo aumento de

tividade, redução de pessoal e elevação da importação de insumos.

De acordo com o Ministério de Desen olvimento, Indústria e Comércio - MDIC, no _ ento de confecções predominam as empresas de micro e pequeno porte e a abertura do cado é fator positivo de desenvolvimento, criatividade e constante desafio de melhoria, eficiando o consumidor final.

o

Sudeste se destaca como a região de mais alta tecnologia e produção, concentrando maior parte das empresas exportadoras. As maiores empresas têm maior flexibilidade para cornpanhar as mudanças tecnológicas, pois trabalham com tecnologias mais sofisticadas e m mais capital, comparadas às micro e pequenas empresas, além de aplicarem métodos de ão organizacional bem próximos aos padrões internacionais, possuem mão-de-obra com a qualificação e exportam parte de sua produção, ao contrário da maior parte das empresas

cadeia (SENAI/CETIQT/GTZ, 1998).

(26)

TABELA 03.

Tamanho Relativo das empresas de Confecção, Brasil - 1995

pr as No.ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAF u n c io n á r io smlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA% d e P r o d u ç ã o %T o ta l d e E m p r e g o s

-

>300 40% 24%

-

-. O <300 60% 76%

T o ta l T o ta l T o ta l

- 000 930.000 100% 100%

Fonte: REDESIST, 2000.

Essas empresas, na sua grande maiona, trabalham na informalidade, são as

Ce:'-DiDJ"l.lladasempresa de "fundo-de-quintal" que distorcem o sistema de preços relativos

o não pagam impostos favorecendo a pirataria dos produtos. Isto afeta diretamente a

ilidade das empresas formais, pela redução das margens de lucro e pela diminuição de L::l:~tdo, restringindo a capacidade das empresas formais de crescerem seus investimentos e,

.onseguinte, se modernizarem. O elevado crescimento da informalidade do setor vem

co muito significativo, provocando a saída do mercado de empresas legalizadas, com

os negativos sobre a competitividade do segmento como; ineficiência de escala, declínio .dade dos produtos e outros.

A demanda interna brasileira não garante a concentração da produção de confecção em artigo apenas, como ocorre em outros países. As empresas têm que atender ao mercado,

uzindo o maior número de produtos possível, para não ficar com um alto estoque de os. As empresas de médio porte , bem sucedidas, dividem o fluxo produtivo em células, e cada pessoa produz uma etapa do processo. Na tentativa de adaptação e sobrevivência,

como de acordo com as preferências do mercado e conforme suas oscilações, as

resas vão se moldando e buscando, geralmente, novos nichos de mercado, cada vez mais ecíficos e especializados, provocando uma especialização também noONMLKJIHGFEDCBAdi s i g n , corte e

amento, permitindo à empresa criar uma "marca" própria. Outra saída para ampliar a _ odução é especializar-se em uma etapa do processo de produção e terceirizar outras. Esta - ceirização, denominada no setor de "facção", permite que as empresas dividam custos e riscos dos negócios, inclusive custos de contratação e mão-de-obra.

(27)

egundo Lopes e Lopes (1999), a transferência de unidades de confecção para áreas de ...custo de mão-de-obra, as associações estratégicas entre as empresas, investimento em - emização tecnológica e profissionalização da gestão das empresas familiares, p:-.:r:nc)v'eramum ajuste das empresas na cadeia. As principais estratégias empresariais foram concentrar a produção em artigos de maior valor agregado e diferenciados pelas Para implementá-Ias foi inevitável a busca de uma maior aproximação com os e uma profissionalização dessa relação. Entretanto, estes esforços ainda são !::s:;.ti-'ci"entespara definir um espaço entre os produtores mundiais. Por sua vez, Bastos(1993),

que, de forma geral, no caso brasileiro, já foi constatado que existem fatores que . dicam a competitividade da cadeia de confecções, como o seu reduzido grau de ~ ação, que pode ser observado por meio de equivocadas iniciativas de verticalização e a - de cooperação entre os seus principais elos. Este autor inclusive recomenda para as enas e médias empresas da cadeia a formação de pólos ou distritos, o que possibilitaria melhor desenvolvimento, através da montagem de um conjunto integrado de projetos que

sinergias positivas e assegurem o apoio de instituições técnicas. Resumindo, no caso do o importante seria reforçar as interações dos arranjos produtivos locais existentes e entar o surgimento de aglomerações consistentes de empresas.

A abertura comercial do início de 90 fez com que todos os elos da cadeia fossem gidos pela concorrência externa, o que causou uma desarticulação do fluxo de produção

ígindo uma reestruturação das empresas. O impacto da abertura comercial foi diferenciado - acordo com o mercado e a composição da linha de produtos da empresa. Nesse sentido, za Jr.(1999), coloca que o impacto foi diferenciado de acordo com o porte e o nível de arualização tecnológica da empresa. Concomitantimente, algumas empresas ganhavam com a ior oferta de tecidos com preços reduzidos, enquanto outras tiveram de enfrentar uma _ ncorrência de produtos acabados importados. Estes últimos passaram a desenvolver __ atégias para diversificação de produtos, melhorando a qualidade para conquistar mercado ze nível superior.

Os principais problemas para a cadeia de confecções, segundo Lopes e Lopes (1999)

(28)

cala de produção onerando os custos de transação com os fornecedores e com

l..::t::::ri:ilã- acia de mecanismos de cooperação entre as micro, pequenas e médias empresas;

- - de marcas brasileiras consolidadas no mercado mundial, conseqüência de uma

- . ão deONMLKJIHGFEDCBAd e s i g n e da moda brasileiros aos quais esta moda poderia estar associada;mlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

.L::-.3õ::.;ss·l'.~aZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAin fo r m a lid a d e p r o v o c a n d o u m a d isto r ç ã o d o siste m a d e p r e ç o s.

AL

Segundo Melo(1999), a indústria de confecções é, sem dúvida, uma das mais :Z:::;~iZrliIesatividades industriais nordestinas. A partir da segunda metade da década de 80, -""-;r-~ - na indústria de confecção regional um forte movimento de criação de empresas de cui.adas. Alguns fatores estão relacionados com esse fenômeno como o Estatuto da V!icrnempresa, em 1984, a conjuntura econômica das décadas de 80 e 90 e as fracas barreiras

F:::~ia inerentes a essa indústria. Na década de 90, novos investimentos são atraídos para a _ Tordeste, sobretudo no Ceará, fazendo parte de um Programa de Atração de :=:~:::::::lentos do Governo so Estado.

A mesma autora informa que, a indústria de confecções nordestina é caracterizada pela =~'~dalde de escala, onde participam microempresas, pequenas, médias e grandes, embora a ,::::::::.::;>ação das micro e pequenas empresas na estrutura industrial da Região seja =:à:r:m·nante. Estima-se que cerca de 60% das empresas produtoras de confecções do _~~·;.;.ç:'Leseja de microunidades e, somando-se às micro e pequenas, avalia-se em 90% a =:ii;:i:pação desse subconjunto no total das indústrias em questão (ABRA VEST).

indústria de confecções do Ceará já foi considerada uma das mais representativas no tendo sido, num passado recente, classificada como o segundo maior pólo de .;::;::l;;~a;çõesdo país. Atualmente, o Ceará ocupa a terceira posição no Brasil, sendo superado ~:::as por São Paulo e Belo Horizonte. No Nordeste o Ceará concentra o maior número de _ ...••.sas, em 1995, abrigando cerca de 36% do total da Região (ABRA VEST-Associação

eira de Vestuário).

(29)

Ainda com relação aos dados de MeIo (1999), o pólo de confecções do Ceará é ituado como o mais importante da Região em termos quantitativos e qualitativos ( - . do-se, aqui à diversificação em números de itens produzidos, mercados atingidos em el de classe e renda e alcance dos produtos outros mercados- extralocais/regionais), abriga resas dos mais variados portes que produzem as mais diversas linhas de produção com .cipação importante nos mercados local, regional, nacional e mesma expressão no cado externo.

A indústria de confecção cearense está distribuída nas diversas áreas do estado, com ca de 3719 empresas formais, segundo a Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará (1997). or outro lado, a Associação de Micro e Pequenas Empresas de Fortaleza, estima, para o

esmo ano, que o número de empresas informais seria de 2500. Apesar da distribuição spacial das empresas do setor no estado, 74% delas encontram-se na Região Metropolitana e Fortaleza e destes 90% na capital. Os 26% restantes das empresas estão fixadas em outras

eas desenvolvidas do Estado, como SobrallIbiapaba, Jaguaribe/Centro Sul, Cariri, Sertão Central e Litoral. Esse pólo é muito jovem, pois apenas 6,3% das empresas instaladas no Estado entraram em funcionamento em 1985 enquanto 71% foram implantadas a partir de

991.

De acordo com MeIo (1999), o pólo de confecção do Ceará vem produzindo efeitos de encadeamento para trás no sentido de fortalecer a cadeia produtiva o que é muito importante

ara os novos investimentos da indústria de confecções criarem raízes locacionais mais fortes.

Ainda no mesmo estudo, com relação à caracterização da indústria de confecções, ode-se classificar tomando como base o tamanho de suas unidades produtivas e respectivas articulações com o mercado, por exemplo:

• Micro e pequenas empresas que produzem para o mercado local com modelos e marcas próprias;

• Mão-de-obra a baixo custo, baixo nível de escolaridade, treinamento na produção e sem profissionalismo;

• Organização da produção não inclui elementos de novas técnicas;

(30)

Matéria prima adquirida no comércio varejista local, fraca relação com o fornecedor;

Desenvolvimento do produto -ONMLKJIHGFEDCBAc r i a ç ã o / d e s i g n - renovam constantemente os modelos são inspirados em revistas, vídeos, copias dos concorrentes;

Fraco espírito associativo e empresarial, assim como fraco relacionamento com instituições de pesquisa;

o

mercado é municipal e estadual, produtos com unagem de baixa qualidade e com características locais.

Micro e pequenas empresas que trabalham por encomenda;

Outras características bem específicas podem ser exemplificadas, apesar de guardar elhanças com àquelas do item anterior, por exemplo:

Relação especial com clientes quanto à gestão tecnológica;

atéria-prima adiantada ou definida pelo cliente;

Modelos predeterminados, podendo atingir mercados regionais e nacional;

Os produtos perdem o estígma da má qualidade e são bem aceitos pelo mercado.

Médias e grandes empresas que produzem modelos próprios com ou sem marca;

Atualizadas em termos organizacionais e tecnológicos;

Prática sistemática de subcontratação de todo ou parte do produto;

Desenvolvem novos modelos internamente com a produção de peças mais padronizadas;

• Confeccionam modelos predeterminados sob encomenda;

• Atingem todos os mercados, local, estadual, regional, nacional e internacional;

• Os produtos têm boa imagem nos mercados onde atuam.

(31)

As principais categorias e produtos das empresas de confecção do Ceará são: moda ~:::i:rina e masculina "tradicionais": artigos do vestuário em malha,ONMLKJIHGFEDCBAj e a n s e algodão; moda

. moda " s u r . f w e a r " ; moda aeróbica; moda íntima e moda de dormir.

Uma série de insumos já são adquiridos no Estado do Ceará, como : botão, elástico, etas e embalagens. Contudo grande parte dos elos da cadeia ainda é adquirido fora do o, conforme informações do CED- Centro de Estratégias de Desenvolvimento do Ceará, abela 04, abaixo:

(32)

TABELA 04.

Elos Faltantes da Cadeia de Confecções do CEZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

iS T T M O S O R I G E M D O S F O R N E C E D O R E S

er SPmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

~ rro SP,RN e EUA

-

i.amento Metálico e Plástico SC,SP eRS

-

-

balagens Plásticas PE

_ áquinas de Corte SP,EUA e Alemanha

_ fáquinas de Costura Especializada SC,SP,EUA, Alemanha, Áustria, Itália

e Japão

li

Etiquetas especiais SP

Bobinas, Agulhas e Pinças SP

Componentes Químicos SP ePE

Químicos para lavanderia especializada SP

Tecidos em malha SP

Lycra SP

Elástico SC e SP

Elastano SP

Fonte: Centro de Estratégia de Desenvolvimento - CED, 2002

Com relação aos indicadores da cadeia de confecções do Ceará, um estudo do CED, .cadores da Cadeia Produtiva de Confecção, informa que o número de empresas do setor, - ~ ndo dados da "Image Builders (2001), existiam 3.500 empresas no estado, com mercado

;:03 endas interno nos estados das regiões Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro Oeste.

im como mercado externo, nos países das Américas Central, do orte e do Sul e Japão. O

o do frete, em novembro de 2002, referente à aquisição de matéria-prima em proporção ao o total gira em tomo de 2,9% a 4%, enquanto que o frete dos produtos acabados em relação ao preço de venda varia entre 2,1% e 9%. A quantidade de empregos gira em tomo de

(33)

':0 mil empregos diretos e 300 mil indiretos, com o custo da mão-de-obra sobre o custo total .ãriando entre 16% e 22%. O nível de escolaridade da cadeia segundo dados da RAIS, 1999, ercorre todos as modalidades de ensino, desde o ensino fundamental, médio e superior. A articipação do setor, conforme a Image Builders (2001), é que a moda praia, aeróbica e mtima representam 20% da indústria de confecções do Brasil, sendo o Ceará o terceiro maior

rodutor de biquinis, maiôs e acessórios do Brasil e que o setor de moda representa 37,6% do total das empresas em atividade no Estado. Outro indicador relevante é a articulação

terinstitucional da cadeia realizada pelas Entidades de Classe, sistema "S" , universidades e sindicatos (SINDCONFECÇÕES e SINDROUP AS)

O Ceará conta, atualmente, com um bom ambiente de infra-estrutura de transporte aéreo, rodoviário e marítimo (Porto do Pecém), bem como de telecomunicações, saneamento, energia, abastecimento de água, hotelaria e educacional. Neste último destacam-se o Curso de Estilismo e Moda da Universidade Federal do Ceará que formou a primeira turma em 1997, tem duração de quatro anos e é oferecido em nivel de bacharel e o Centro de Formação Profissional da Parangaba que atua no mercado desde 1993 na qualificação e aperfeiçoamento

e profissionais para as áreas de confecção de Vestuário e Calçados.

Outro fator de grande importância para a análise da cadeia de confecções do Ceará, é a olítica de beneficios fiscais, criada por Lei e regulamentada por Decreto, com vantagens rogressivas em função da distancia da Região Metropolitana de Fortaleza. Segundo a

ecretaria do Desenvolvimento Econômico do Estado - SDE, em função destes beneficios e e outros aspectos, os setores de confecção (13%) e têxtil(5%) foram responsáveis por 1/5 dos investimentos do setor para o Ceará no período deONMLKJIHGFEDCBAJ A N / 9 5 aD E Z / 2 0 0 0 .

Outras áreas bastante promissoras para novos empreendimentos são as de consultoria em estilismo, centros de pesquisas, entidades de treinamentos e formação de pessoas especializadas e as chamadas " t r a d i n g s " , que são empresas especializadas na execução das diversas etapas do processo de comercialização nos mercados estrangeiros.

O setor de confecções do Ceará é bastante diversificado, suprindo assim diferentes necessidades do mercado. De acordo com o Guia Industrial do Ceará - FIEC(1999), dentre as 100 maiores empresas do Estado estão as seguintes empresas de confecções: Lam Confecções

(34)

onfex - Confecções MasculinasONMLKJIHGFEDCBAS IA; Dileidy S IA; Empresa Industrial de Confecções (moda

a).

A cadeia de confecções sofre com grandes desafios a serem alcançados, cipalmente pelas dificuldades enfrentadas pelo setor, de acordo com as características . a identificadas. O CED - Centro de Estratégias de Desenvolvimento do Estado do Ceará,

seu estudo de cadeias produtivas do Estado do Ceará, apontou, em consonância com Melo 999), alguns itens como problemas para a efetiva produção da cadeia:

Mão-de-obra com baixo nível de escolaridade, o que inibe as mudanças tecnológicas organizacionais que dinamizam a produtividade;

Escassez de mão-de-obra qualificada, sobretudo para o segmento de moda praia e moda íntima;

Falta de profissionalismo nos empresários proprietários das unidades produtivas de menor porte;

• Ausência de treinamento de mão-de-obra orientado para a micro e pequena produção, incluindo programa de profissionalização de empresários;

• Ausência de regras de normalização que exijam produtos de melhor qualidade;

• Ausência de estímulos à cooperação no sentido de melhorar o relacionamento interempresas, com a finalidade de atenuar as desvantagens de pequena escala, tanto na negociação com fornecedores quanto na formação de p o o l para satisfazer encomendas

maiores;

• Ausência de uma verdadeira cadeia têxtil com a presença articulada de fabricantes de confecções, fornecedores locais de matérias-primas e equipamentos , centro de treinamento e centros de criação.

(35)

C A P Í T U L O 1 1 - A R R A N J O S P R O D U T I V O S L O C A I S

2 .1 C O N C E I T OzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

A necessidade de se identificar fatores de competitividade não tradicionais, na busca de uma efetiva sustentabilidade econômica, vem fomentando uma série de pesquisas e estudos que derivam para novos modelos e conceitos metodológicos que auxiliam na orientação didática para favorecer o entendimento do processo de identificação, verificação e validação do que se pode, em nível científico, assegurar como fatores competitivos de alavancagem da produção econômica. É nesse ambiente que se estuda a aglomeração de micro, pequenas e médias empresas como um destes fatores.

A análise do que se entende por Arranjo Produtivo Local - APL parte do conceito de aglomerado de empresas, ou seja, como a própria palavra significa, um conjunto, uma junção, a reunião de partes. Neste contexto, a literatura apresenta algumas definições: segundo Lastres e Cassiolato (1999), o termo aglomeração - produtiva, científica, tecnológica e/ou inovativa, tem como aspecto central a proximidade territorial dos agentes econômicos, políticos e

sociais.

Em uma definição mais ampla, é possível explicitar os diferentes tipos de aglomerados econômicos, tais como: distritos e pólos industriais, redes de empresas,ONMLKJIHGFEDCBAcl u s t e r s , arranjos

produtivos e inovativos locais e outros.

Outra questão associada ao termo é a formação de economias de aglomeração, ou seja, as vantagens oriundas da proximidade geográfica dos agentes, incluindo acesso à matéria-prima, equipamento, mão-de-obra e outros.

Cada tipo de aglomeração pode envolver diferentes atores, além de refletir formas diferenciadas de articulação, govemança e vinculação. Do mesmo modo, um território pode apresentar diferentes tipos de aglomeração, assim como cada empresa pode participar de diferentes formas de interação.

(36)

difundida e ilustrada pelo sucesso de algumas experiências de economias regionais e distritos industriais, cujo dinamismo encontrava-se fundamentado extensivamente em ativos locais, a exemplo da Terceira Itália, o Vale do Silício, na Califórnia, Baden-Wenttemberg, na Alemanha e outros. Pyke, BecattinimlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA& Sengenberger (1990), definem os distritos industriais como sendo sistemas produtivos locais, caracterizados por um grande números de firmas que são envolvidas em vários estágios, e em várias vias, na produção de um produto homogêneo.

A aglomeração de empresas vem efetivamente fortalecer suas chances de obrevivência e crescimento, constituindo-se em uma importante fonte geradora de vantagens competitivas, principalmente para micro e pequenas empresas. De acordo com Pereira (2000): a questão da sobrevivência das micro e pequenas empresas não está necessariamente relacionada ao seu tamanho ou escala de produção, mas diz respeito, sobretudo, às dificuldades enfrentadas por elas em relação ao acesso ao mercado, à tecnologia e ao financiamento. Assim, as micro, pequenas e médias empresas têm mais possibilidades de alcançar e manter espaços importantes do mercado se tiverem envolvidas em duas estratégias de sobrevivência: operando sob a coordenação de uma grande empresa (empresa âncora) ou por intermédio da cooperação horizontal entre diversas firmas concentradas geograficamente e especializadas em determinadas cadeias produtivas.

Partindo do entendimento da relevância do aspecto territorial como um fator de competitividade, importante reafirmar os estudos do Centro de Estratégia de Desenvolvimento do Ceará - CED, na identificação de núcleos e arranjos produtivos locais, no âmbito territorial do Estado do Ceará.

Segundo o estudo da REDESIST - Arranjos Produtivos Locais (2002), o conceito de arranjos produtivos locais seria: aglomerações territoriais de agentes econômicos, políticos e sociais com o foco em um conjunto específico de atividades econômicas e que apresentam vínculos e interdependência.

Por outro lado, os chamados sistemas produtivos e inovativos locais são aqueles arranjos produtivos cuja interdependência, articulação e vínculos consistentes resultam em interação, cooperação e aprendizagem, possibilitando inovações de produtos, processos e desenhos organizacionais, gerando mais competitividade empresarial e capacitação social.

(37)

Os conceitos acima destacam o papel da inovação e do aprendizado interativos comomlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

:l:zon:~de competitividade sustentada e constituem uma alternativa aos focos tradicionais, ou atores padrões de competitividade, em setores econômicos e empresas.

Os atuais estudos e pesquisas realizadas pela REDSIST, confirmam que a aglomeração presas e o aproveitamento das sinergias geradas por suas interações fortalecem suas - ibilidades de permanência no mercado e desenvolvimento institucional, efetivando-se

foco estratégico para garantir a competitividade.

A participação dinâmica em arranjos produtivos locais, tem auxiliado as empresas, esoeci almente as de micro, pequeno e médio porte, a ultrapassarem as barreiras ao ecimento, a produzirem eficientemente e a comercializarem seus produtos em mercados ionais e até internacionais.ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

C A R A C T E R Í S T I C A S

Os arranjos produtivos locais apresentam características semelhantes a outras formas - aglomeração de empresas, em geral, suas formações estão relacionadas com construção de identidade local, criada a partir de uma base cultural, social, política e econômica uns. Os ambientes que propiciam a interação, a articulação, a cooperação e a confiança e as empresas, são mais favoráveis ao desenvolvimento de arranjos produtivos, assim - mo as ações políticas, tanto públicas quanto privadas, podem contribuir para fortalecê-los.

De acordo com o estudo da REDESIST - Arranjos Produtivos Locais, é possível ensionar as características dos arranjos produtivos locais a partir das seguintes ervações:

Dimensão territorial - como foco de análise e de ação política, definindo espaços nde processos produtivos, cooperativos e inovativos têm lugar, tais como: município ou área e município, conjunto de municípios, região, microregião, conjunto de microregiões e utros.

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restadoras de servIços, comercializadoras, clientes e outros - e suas variadas formas de presentação e associação, como também de diversas outras instituições públicas e privadas ·oltadas para: capacitação de pessoas, pesquisa, desenvolvimento e engenharia, política,

romoção e financiamento.

Conhecimento tácito nos arranjos produtivos locais verificam-se processos de eração, compartilhamento e socialização de conhecimento, por parte de empresas, instituições e indivíduos. O conhecimento tácito apresenta forte especificidade local,

ecorrendo da proximidade cultural e/ou de identidades culturais, sociais e empresariais.

Inovação e aprendizagem interativos - o aprendizado interativo é fonte fundamental para a transmissão de conhecimentos e a ampliação da capacitação produtiva e inovativa das firmas e instituições. A capacitação inovativa possibilita a introdução de novos produtos, processos e formatos organizacionais, sendo essencial para garantir a competitividade dos diferentes atores locais, tanto individual como coletivo.

Governança - neste caso específico, governança se refere aos diferentes modos de coordenação entre os agentes e atividades, que envolvem da produção à distribuição de bens e erviços, assim como o processo de geração, disseminação e uso de conhecimentos e de inovações.

Outro aspecto relevante para caracterização dos arranjos produtivos locais seria a visão na sua constituição, ou seja, na grande maioria os arranjos produtivos locais é formada por micro, pequenas e médias empresas. Uma análise do comportamento progressivo desse segmento empresarial, segundo Amaral Filho, et al (2002), diz: "as experiências das últimas décadas têm demonstrado claramente que as micro, pequenas e médias empresas podem ter um papel crucial no desenvolvimento de um país. Para isso, entretanto, é necessário que entendamos, inicialmente, a essência da identidade das micro, das pequenas e das média empresas, uma vez que estas não podem ser entendidas como uma miniatura das empresas de grande porte. Considerá-Ia como tal nos levará fatalmente ao equívoco de equiparar o modo de organização das micro, pequenas e médias empresas ao praticado pelas empresas maiores. E ao assim fazermos, estaremos condenando as micro, pequenas e médias empresas ao papel secundário de unidades produtivas ineficientes, portanto apenas justificáveis por aspectos sociais como por exemplo, os empregos que as mesmas geram".

(39)

o

mesmo estudo coloca: "a necessidade de buscar eficiência e competitividade força . pequenas e médias empresas a desenvolverem um modelo próprio de organização. Qt~"o se ocupam, ao mesmo tempo, das várias etapas do processo de produção , as micro,

e médias empresas podem, alternativamente, obter economias de escala se e::;:~laliz.ando em uma ou algumas etapas do processo. A especialização, além de aumentar a

e produção de cada empresa, favorece a produção compartilhada, o que, por sua vez,mlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

es::::tI~aa cooperação. Estas relações sociais passam a fazer parte do processo de produção, e dão origem à formação de um tecido sócio - produtivo, onde os agentes se cooperam, trocam informações, aprendem e compartilham de um projeto

c:::!::Il!lJl: o desenvolvimento do conjunto das empresas".

Quando várias micro, pequenas e médias empresas de um determinado espaço ~=~..,.."nco se especializam em tarefas distintas, as condições de complementariedade passam ornar explícitas. Dessa forma, a especialização juntamente com a complementariedade esse arranjo produtivo mais eficiente, inovador e competitivo.

Outro aspecto a ser considerado nos arranjos produtivos locais é a consideração que as ilidades de aprendizagem local têm múltiplas características e evidentemente interagem os agentes externos, as diversas estratégias dos agentes locais estabelecem interações que guram os espaços locais junto às diversas peculiaridades destes ambientes, como tipos de es, sua posição na cadeia produtiva, habilidades estabeleci das, qualidade de

mão-de-este sentido os arranjos produtivos locais procuram captar estas configurações, reendendo que há características de natureza setorial, social, cultural e especificidades etor produtivo e das estruturas de mercado, que condicionam mudanças locais, as

égias tecnológicas, organizacionais e de crescimento dos diversos agentes. A ênfase da . e privilegia' as possibilidades locais de construção das interações e seus angimentos externos, ao mesmo tempo em que reconhece a possibilidade de ação adora dos agentes refletir-se sobre a dimensão estrutural na qual estes estão inseridos. as condições, o desenvolvimento de capacitação tecnológica dentro de arranjos _ dutivos locais é muito mais que a absorção de tecnologias disponíveis estimuladas pelas

ções com os compradores.

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empresas, mostra que essas firmas estão evoluindo do contexto local para o global de

diferentes maneiras, tentando traduzir suas atitudes de formação de redes de empresas locais

para uma estrutura de formação de redes mais amplas. Esse processo é dificil e perigoso, já

que muitas condições que costumavam ser aplicadas no cenário local não podem ser

admitidas em um mundo global. Proximidade ainda conta, mas a proximidade de "produto" e

"processo" dos anos 60 e 70 perdeu parte de sua importância. Vantagens competitivas

originam-se da proximidade do "consumidor" nos anos 80 e, provavelmente, da proximidade

da "informação", nos anos 90.ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

2 .3 P A N O R A M A

A nova econorma global tem se caracterizado por: diminuição das barreiras ao

comércio e formação de blocos regionais; maior intensidade no uso de informações e do

conhecimento; deslocamento em direção às atividades orientadas para o setor de serviços; eONMLKJIHGFEDCBA

d o w n s i z e das grandes organizações, assim como fusões e alianças entre as empresas ante essa

reestruturação. Esses fatores reduziram as oportunidades de emprego, motivando, cada vez

mais, que as pessoas que estão fora do mercado de trabalho criem seu próprio negócio

(Lalkaka, 1997). Cabe observar que o processo de terceirização de atividades nas grandes

empresas, nos últimos anos, também estimulou o crescimento das micro, pequenas e médias

empresas. Entre os fatores que levaram a essa diversificação de produção, destacam-se o

aumento no grau de complexidade dos produtos, a maior eficiência em determinadas etapas

do processo de produção e as deseconomias de escala.

Segundo do Amaral Filho (2002), "nas duas últimas décadas, o mundo assistiu a um

forte ressurgimento da importância das micro, pequenas e médias empresas. A multiplicação

de registro de abertura e de geração de empregos por parte dessas não parou de crescer, ao

passo que, do lado das grandes corporações, os postos de trabalho declinaram continuamente,

e o processo de fusões e incorporações se aprofundou. Desde então o interesse pelas micro,

pequenas e médias empresas aumentou e se espalhou pelo mundo. Nas universidades, o

interesse e as linhas de pesquisas voltadas para esse segmento econômico não ficaram mais

restritos a alguns economistas solitários, como Steindil na década de 1940. No setor público e

nas organizações não governamentais, o interesse não tem sido menos importante

(41)

seminários e discussões são freneticamente realizados e os instrumentos de políticas de apoio a esse tipo de empresa se renovaram radicalmente".

o

interesse pelas micro, pequenas e médias empresas aumentou principalmente pelo papel que elas vêm desempenhando na criação líquida de empregos, mesmo períodos de recessão. Além disso, em diversos setores as micro, pequenas e médias empresas produziram um volume maior de inovações que as grandes empresas e provaram ser flexíveis e capazes de se adaptarem rapidamente às mudanças tecnológicas. Nos Estados Unidos, o crescimento das empresas de informática tem sido extraordinário. Em Taiwan, apesar da predominância de micro, pequenas e médias empresas, o país compete com sucesso no mercado internacional de computadores, componentes essenciais e serviços intensivos em tecnologia (Ernst, 1999). Na Itália, as micro, pequenas e médias empresas localizadas em distritos industriais foram responsáveis por uma parcela bastante significativa das exportações têxteis, peles, cerâmicas, jóias e máquinas agrícolas.

De acordo com Altenburg e Meyer-Stamer (1999), os agrupamentos produtivos na América Latina acontecem de diversas formas, em nível de tamanho, sobrevivência no mercado, trajetória histórica, potencial para crescimento e outras.

Todo.s os diferentes tipos de aglomeração de empresas nos países em desenvolvimento variam o grau de complexídade e inovação, segundo Pyke, Beccattini e Sengenberger (1990).

Ainda com relação às informações de Altenburg e Meyer-Stamer (1999), os arranjos produtivos da América latina têm três deficiências em comum, com caminhos diferenciados para superá-Ias. As deficiências são:

• heterogeneidade no nível de desenvolvimento e falta de competitividade das micro, pequenas e médias empresas;

• falta de capacidade inovativa;

• baixo grau de especialização e a cooperação entre as empresas.

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dessas empresas ao sistema financeiro; conceder assistência técnica antes e depois do início das atividades da empresa; e incentivar a cooperação entre elas. Por outro lado, têm aumentado significativamente o apoio financeiro e os serviços prestados por entidades privadas, universidades, associações de indústrias e cooperativas.

No Brasil, apesar da evolução no desenvolvimento e crescimento das micro, pequenas e médias empresas, o surgimento de novos modelos organizacionais de empresas e a emergência doa arranjos produtivos, assim como três décadas de estudos e pesquisas sobre os beneficios alcançados pelas aglomerações de firmas, como o ganho em competitividade, a orientação dessas empresas continua sendo predominantemente para o mercado interno. A comercialização dos produtos para o mercado interno é feita utilizando-se como canais de distribuição, principalmente, o varejo independente, seguido de lojas especializadas e de vendas no atacado. No mercado externo a forma de distribuição é a exportação direta. Na economia informal a comercialização se dá por meio das sacoleiras e camelôs.

As lojas especializadas que comercializam a produção de micro, pequenas e médias empresas de confecções têm públicos-alvo distintos de acordo com seu tamanho. As lojas maiores como Carrefur, Renner, C&A e Lojas Americanas buscam atingir o público de classe C,D e E, e as vezes procuram trabalhar um pouco do público classe B. Já as lojas de tamanho médio como Forum, Zoomp, Triton, Cantão e Redley buscam o público de classe A e B. A atuação dessas lojas se realiza pelo lançamento de coleções exclusivas, desenhadas por elas e encomendadas às empresas fabricantes.

Durante os anos de valorização cambial, as grandes lojas compravam seus estoques de confecção no exterior. Como as compras eram realizadas em grandes lotes, devido ao preço atraente, foram criando problemas no consumo dos brasileiros, tanto em nível de qualidade, modelos e padrões internacionais quanto com relação a moda, pois as encomendas eram feitas com muita antecedência e quando os produtos chegavam ao Brasil, a moda era outra. Atualmente, as grandes lojas estão invertendo esta estratégia, voltando suas atenções às produções das micro, pequenas e médias empresas. A C&A, por exemplo, abriu lojas especializadas emONMLKJIHGFEDCBAl i n g e r i e , no Rio de Janeiro e São Paulo.

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armazenamento e distribuição) para entregar a mercadoria nas lojas designadas pelas empresas compradoras, e ainda, o controle de cronograma de entrega.

Apesar destas barreiras" as empresas de grande porte de distribuição preferem operar om as micro, pequenas e médias empresas de confecção, pela simples razão de que as grandes empresas têm coleções fechadas e com peças iguais, que serão vendidas às outras empresas concorrentes do setor; ao passo que ao operar com as micro, pequenas e médias empresas com produção diversificada e com design diferente, a grande distribuidora tem a vantagem de estar sempre desfrutando de produtos diferenciados e que atendem a um público

ariado e maior (Lopes e Lopes, 1999).

Com relação ao crédito, as micro, pequenas e médias empresas de confecções, em sua maioria não recorrem às diversas linhas de crédito do mercado. Os bancos de financiamento ficam impedidos de conceder empréstimos devido ao limite do valor patrimonial exigido.

Em nivel de controle de custo de produção e preço de venda final, as micro, pequenas e médias empresas não seguem nenhum critério contábil formal e geralmente o preço é baseado em 3 ou 4 vezes o valor do custo da matéria-prima utilizada. A contabilização de entradas e saídas não é exata, e, muitas vezes se deve à falta de certeza de vendas em períodos subsequentes. Assim, esses empresários não vêem muita urgência em planejar, reagindo segundo as necessidades do mercado.ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

2 .4 P O L Í T I C A S D E A P O I O

Antes de se apresentar justificativas e propostas de políticas de desenvolvimento de arranjos produtivos locais, é muito importante que se considere o conceito de políticas, em um

nível bem mais amplo, e de política industrial, que está num contexto mais restrito. É nítida

que a intenção de sugerir políticas deverá acontecer no âmbito, mais específico, das políticas industriais. Contudo é lúcido ressaltar a necessidade de aprofundamento da questão das definições teóricas sem esquecer de evidenciar as propostas de intervenções estruturantes, principalmente no estado do Ceará.

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Referências

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