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Comentário à Proposta de Lei n.º 117/XII

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Comentário à Proposta de Lei n.º 117/XII

I. INTRODUÇÃO:

A AES – Associação de Empresas de Segurança é uma associação de

empregadores, fundada em 1990, em cujo objecto1 estutário se increve,

designadamente, a promoção entre os associados e no seu sector de

actividade, princípios de deontologia e ética profissionais, de respeito pela legislação aplicável e de respeito pela prática de concorrência leal, a realização

de estudos, ou outro tipo de actos que contribuam para o desenvolvimento do

seu sector de actividade económica.

É, também, membro do Conselho de Segurança Privada 2, um órgão de

consulta o Ministério da Administração Interna, a quem cabe, designadamente,

pronunciar-se e propor iniciativas legislativas em matéria de segurança privada

(artigo 21, al. e) do DL 35/2004 de 21.2.).

No âmbito das suas atribuições, a Associação apresentou, em Fevereiro de 2012, junto do Ministério da Administração Interna, uma proposta de alteração à legislação da segurança privada e tem participado activamente no processo legislativo, entretanto desencadeado.

                                                                                                                         

1  Artigo  4  dos  Estatutos  da  AES,  publicados  no  Boletim  do  Trabalho  e  do  Emprego,  n.º  4,  de  29/1/2012.   2  Nos  termos  do  disposto  no  artigo  20,  n.º  1,  al.  g)  do  DL  35/2004  de  21.2,  são  membros  permanentes  

do  Conselho  de  Segurança  Privada  (designadamente),  dois  representantes  das  associações  de  empresas  

de  segurança  privada.  Existindo  em  Portugal  duas  associações  de  empresas  de  segurança  privada  -­‐  a  AES  

–  Associação  de  empresas  de  Segurança  e  a  AESIRF  –  Associação  Nacional  de  Empresas  de  Segurança  –   estas  duas  associações  têm  assento  naquele  órgão  de  consulta  do  Ministro  da  Administração  Interna.  

(2)

Cumpre salientar que a proposta legislativa sobre a qual a Associação se pronunciou foi a avançada pelo Ministro da Administração Interna (e cuja última versão que conhecemos data de 22 de Novembro de 2012), diferindo da que foi aprovada em Conselho de Ministros no dia 6 de Dezembro.

Por isso, esta é a primeira vez que nos pronunciamos quanto à Proposta de Lei n.º 117/XII.

Numa apreciação genérica, congratularmos o Ministério da Administração Interna e o Governo pela importantíssima reforma que empreenderam e com a qual concordamos nas suas linhas gerais, muito particularmente as que introduzem uma nota de rigor, quer na definição de conceitos, quer em matéria de requisitos, impedimentos e sancionamento da atividade de segurança privada.

Porém, a experiência tem demonstrado que estes mesmos aspectos, tidos por fulcrais, contam com gravíssimos entraves de ordem prática.

Desde logo, a Polícia de Segurança Pública não pode estar em todo o lado e muitas vezes acaba por não ter capacidade para fiscalizar e sancionar, eficazmente, a atividade de segurança privada.

Por outro lado, não raro, autoriza o exercício da atividade a empresas que conseguem ocultar as suas debilidades, as quais, depois, se reflectem no (mau) serviço por elas prestado e em inúmeras irregularidades.

As nossas propostas, infra explanadas, visam que, tanto quanto possível, seja evitado que entidades desestruturadas permaneçam no sector, pondo em causa a regularidade, qualidade e eficácia de um exercício que é destinado à prevenção da prática de crimes.

Por outra parte, como foi aflorado em alguns pareceres já juntos por outras entidades, a nossa realidade reclama uma reforma que vai para além da Lei da

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Segurança Privada (por isso propusemos, em Fevereiro de 2012, a codificação de toda a matéria reguladora da segurança privada).

A não ser isso possível nesta fase, então cremos que é de ir mais longe, no que toca às faculdades de quem trabalha para prevenir a prática de crimes. Isto sem nunca pôr em causa os princípios de subsidiariedade e da complementaridade das forças de segurança privadas em relação à autoridade pública.

II. COMPARAÇÃO ENTRE A PROPOSTA APRESENTADA PELO

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA (DORAVANTE,

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PROPOSTA DO MAI) E A PROPOSTA DE LEI N.º 117/XII

(DORAVANTE, PROPOSTA 117/XII) - TÓPICOS ESSENCIAIS

3

:

Alterações de forma:

• Em vez da alteração do Decreto-Lei n.º 35/2004 de 21 de Fevereiro, optou-se por propor a revogação desse Diploma Legal, instituindo uma nova Lei da Segurança Privada, cuja organização sistemática apresenta algumas diferenças.

• De referir a necessidade de renumeração dos capítulos, em ordem a corrigir a repetição do Capítulo III (primeiro, sob a denominação

“Empresas e serviços de segurança privada” e, seguidamente, “Pessoal e Meios de Segurança Privada”)

• Foram realizadas algumas alterações de forma, como sejam a substituição das expressões “diploma” por “lei”, de “Ministro da Administração Interna” por “membro do Governo responsável pela área da administração interna”, “segurança marítima” por “proteção marítima”

(artigo 18 da Proposta 117/XII); “Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro” por

“Código do Trabalho” (artigo 22 da Proposta 117/XII e 7-A da Proposta

do MAI), entre outras.

Novas definições/conceitos:

                                                                                                                         

3  Em  anexo  juntamos  uma  tabela  com  a  correspondência  entre  as  normas  constantes  da  Proposta  de  Lei  

117/XII  (alcançada  em  reunião  do  Conselho  de  Ministros  de  6.12.2012),  a  Proposta  do  MAI  (na  última   versão  conhecida  por  esta  Associação,  datada  de  22.11.2012)  e  o  DL  35/2004  de  21.2..  

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• Foram incluídas as definições de entidade formadora, pessoal de

segurança privada e pessoal de vigilância (artigo 2, al. b), h) e i) da

Proposta 117/XII);

• A (nova) distinção entre entidade consultora e entidade formadora reflete-se em várias matérias, ao longo do Projeto, conforme adiante se referirá.

• Distingue-se, entre pessoal de segurança privada (noção ampla, abrangendo as pessoas integradas em grupos profissionais ou

profissões que exerçam ou compreendam as funções de pessoal de vigilância, diretor de segurança e coordenador de segurança) e pessoal de vigilância (que se restringe ao trabalhador, devidamente habilitado e autorizado a exercer as funções previstas na presente lei, vinculado por contrato de trabalho a entidades titulares de alvará ou licença e que

corresponde, mutatis mutandi, ao disposto no artigo 6, n.º 1 do DL 35/2004, de 21.2).

• O Diretor de Segurança deixa de ser qualificado como pessoal de

vigilância e passa a ser integrado na noção de pessoal de segurança privada.

• A expressão porteiro de prédio urbano destinado a habitação é alterada, dando lugar à de porteiro de prédio urbano destinado a habitação ou

a escritórios (artigo 2, al. l) da Proposta 117/XII); nos termos do artigo

1, n.º 5, a atividade destes porteiros não se encontra abrangida pela lei da segurança privada, desde que a atividade em causa seja regulada

pelas câmaras municipais e não compreenda o exercício de funções de proteção de pessoas e bens, bem como de prevenção da prática de crimes.

• O fiscal de exploração de transportes públicos passa a ser definido como o trabalhador (termo que substitui a expressão “vigilante”)

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funções, por conta de uma entidade pública ou privada (artigo 2, al. e) da Proposta 117/XII);

• Quanto às suas funções é dada, no artigo 18, n.º 8 da Proposta 117/XII, uma definição mais ampla do que a que constava do Projeto do MAI (artigo 6-A): estatui-se que “o fiscal de exploração de transportes exerce

exclusivamente funções de verificação da posse e validade dos títulos de transporte, por conta da entidade pública ou da entidade exploradora de uma concessão de transportes públicos”, quando

antes só era referida a actuação do fiscal “em entidades concessionárias

de transportes públicos”.

Funções do pessoal de vigilância, revistas e buscas:

• Na definição de serviços de segurança privada, estabelece-se que o

rastreio, inspeção e filtragem de bagagens e o controlo de passageiros nos portos e aeroportos só é feito no acesso a zonas restritas de segurança. Acrescenta-se, assim, mais uma condicionante

às funções do vigilante a operar em portos e aeroportos; se sair da zona restrita, ainda que esteja dentro do aeroporto, não poderá exercer as respectivas funções (artigo 3, al. f) da Proposta 117/XII).

• Na definição das funções do pessoal de vigilância (artigo 18 da Proposta 117/XII e 6-A na versão do MAI): (i) foi substituída a expressão revistas

e buscas pessoais por revistas pessoais de prevenção e segurança; (ii) foi eliminada a disposição que estatuía que “o vigilante de proteção e

acompanhamento pessoal exerce exclusivamente a função

especializada de acompanhamento, defesa e proteção de pessoas” e (iii) aditou-se um número prescrevendo que “o vigilante está habilitado a exercer as funções correspondentes à especialidade de operador de central de alarmes e o segurança-porteiro habilitado a exercer

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funções correspondentes às especialidades de vigilante e de operador de central de alarmes”.

Autorização para a atividade de formação profissional:

• Passa a carecer de autorização, não só a atividade de entidade

consultora de segurança, como também a de formação profissional do pessoal de segurança privada (artigo 16 da Proposta 117/XII).

Coordenador de segurança:

• Na definição das funções do coordenador de segurança, optou-se por fazer uma remissão para o previsto na Lei n.º 39/2009, de 30 de Julho, em lugar de plasmar essa definição na Lei da Segurança Privada (artigos 20 da Proposta 117/XII e 6-C na versão do MAI).

Requisitos e incompatibilidades:

• A condenação, ainda que seja em pena alternativa a pena de prisão passa a constituir incompatibilidade para o exercício da atividade de

segurança privada nos termos do n.º 1, al. d) do artigo 23 da Proposta

117/XII (correspondente ao artigo 8 da Proposta do MAI) - opção que foi defendida pela AES, junto do MAI/CSP.

• No que toca ao requisito e incompatibilidade para o exercício da

atividade de segurança privada previsto no n.º 1, al. e) do artigo 23 da

Proposta 117/XII (artigo 8 da Proposta do MAI), destaca-se o seguinte:

(i) a referência a sociedade de segurança privada deu lugar à

referência (mais ampla) a entidade autorizada para o exercício da

atividade de segurança privada, (ii) passou a prever-se que, ainda que

não tenha transitado em julgado, uma decisão condenatória que seja já

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a incompatibilidade para o exercício da atividade se segurança privada;

(iii) para o efeito do disposto nesse normativo equiparam-se as pessoas

condenadas ao abrigo do DL 35/2004 de 21.2 àquelas que venham a ser julgadas ao abrigo da Nova Lei da Segurança Privada.

• Passou a prever-se o requisito de conhecimentos suficientes de

língua portuguesa para o exercício de funções de pessoal de vigilância, diretor de segurança, coordenador de segurança e de formador por parte de nacionais de outro Estado Membro da União

Europeia (n.º 8 do artigo 23 da Proposta 117/XII).

• Prevê-se, expressamente, que a renovação do cartão profissional implica a verificação dos requisitos e incompatibilidades legalmente previstos (artigos 25, n.º 3 da Proposta 117/XII e 10, n.º 3 da Proposta do MAI).

Formação:

• A Lei passa a prever a formação inicial de qualificação, a formação

de atualização e a formação complementar (artigos 24 da Proposta

117/XII e 9 da Proposta do MAI).

Conselho de Segurança Privada:

• O secretário-geral do Ministério da Administração Interna passa a integrar o Conselho de Segurança Privada, como membro permanente (artigos 37 da Proposta 117/XII e 8 da Proposta do MAI).

Requisitos das entidades de segurança privada:

• O requisito prescrito no artigo 23, n.º 1 da Proposta do MAI (possuir

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legislação de um Estado membro da União Europeia ou de um Estado parte do Acordo sobre o Espaço Económico Europeu) passa a ser

aplicável não só às empresas de segurança, como também às entidades formadoras e consultoras de segurança (artigo 23, n.º 1 da Proposta do MAI).

Instrução dos pedidos de autorização de entidades consultoras e formadoras:

• A instrução do pedido de autorização de entidade consultora passa a ter regulação própria (artigo 43 da Proposta 117/XII), diferente da do

pedido de autorização de entidade formadora (artigo 44 da Proposta

117/XII e 25-B da Proposta do MAI).

Requisitos para a emissão de alvará, licença ou autorização de entidade formadora:

• Prevê-se, como requisito para a emissão do alvará, o cumprimento de

condições e requisitos fixados por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da administração interna

(alíneas e) e f) do artigo 45 da Proposta 117/XII);

• Passa a ser requisito para a emissão de licença, terem as entidades em causa diretor de segurança, quando obrigatório (alínea c) do artigo 46 da Proposta 117/XII).

Contraordenações e coimas:

• É criminalizada a conduta de exercício da atividade de formadora sem a

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• O produto das coimas passa a ser distribuído na proporção de 60%

para o Estado, 25 % para a entidade autuante e instrutora do processo e 15 % para a PSP (donde, se a entidade autuante for a PSP, crê-se que

esta acumulará as duas percentagens devidas).

III. APRECIAÇÃO DA PROPOSTA DE LEI N.º 117/XII:

a) Organização de serviços de autoprotecção:

Em face do disposto no artigo 13 (Organização de serviços de autoprotecção), os serviços de autoprotecção são organizados com recurso exclusivo a

trabalhadores vinculados por contrato de trabalho com a entidade titular da respectiva licença.

No n.º 2 do artigo 13 reconhece-se (embora tenuemente) que há situações em que é adequado ser a segurança privada assegurada (ainda que complementarmente) por empresas de segurança.

A Associação crê que se deve ir mais longe. Em lugar de prescrever a intervenção das empresas de segurança quando se revele adequada (e deixando essa decisão entregue ao livre arbítrio de quem organiza serviços de segurança em regime de autoprotecção) deve o legislador prevenir a ocorrência de situações em que entidades impreparadas organizem os seus próprios serviços de autoprotecção.

Cremos que uma das situações em que é manifestamente desadequada a organização de serviços de autoprotecção é a de empresas que não possuam uma estrutura que lhes permita realizar o investimento necessário, designadamente, para o seguinte:

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Ø Adoção de medidas de segurança obrigatórias (sendo que algumas podem implicar um investimento avultado, sobretudo quando as instalações não forem adequadas ao serviço a afectar);

Ø Formação do pessoal de segurança privada;

Ø Aquisição de fardamento (o uniforme e a sobreveste, quando aplicáveis), meios técnicos de segurança (canídeos, coletes de protecção balística e

lanternas), e meios de vigilância electrónica cuja utilização seja

necessária, em concreto, atentas as especificidades dos bens a proteger (pense-se, por exemplo, que, hoje em dia, qualquer superfície comercial ou industrial de relevo necessita de meios de vigilância electrónica para prevenir assaltos ou outros actos criminosos);

Ø Taxas e emolumentos.

Para melhor acautelar este tipo de situações, deve aplicar-se às entidades que organizem serviços em regime de autoprotecção a norma que prevê montantes mínimos do capital social (artigo 39, n.º 2 da Proposta 117/XII).

Assim,

A determinação do capital a afectar à actividade de segurança privada tem em vista assegurar a capacidade da entidade em causa para o cumprimento de determinados requisitos, mas também, se for esse o caso, de sanções que, eventualmente, lhes venham a ser aplicáveis.

Só empresas com uma determinada estrutura e capacidade financeira poderão realizar o investimento necessário e fornecer as garantias necessárias à organização de serviços tão complexos como os de segurança privada.

Tal como é proposta, porque não exige a detenção de um capital social mínimo, a Lei de Segurança Privada favorece a organização de serviços de

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segurança privada por parte de entidades que, eventualmente, não possuam recursos para realizar o investimento necessário.

Do mesmo modo, não se compreende que uma entidade que organize serviços em regime de autoprotecção não deva ter, necessariamente, um número mínimo de trabalhadores a ele vinculados por contrato de trabalho e inscritos num regime de protecção social, como manda o Projecto de lei, no artigo 45, n.º 2, al. d), que tenham as empresas de segurança privada.

Este requisito é de suma importância, se pensarmos, designadamente, que são necessários, pelo menos, 4,60 vigilantes para a execução de um serviço típico de vigilância humana, prestado 24 horas por dia, todos os dias do ano (a essa conclusão chegou, recentemente, a Autoridade para as Condições do Trabalho, através de um estudo que elaborou sobre os custos associados à prestação de serviços de vigilância – vide a recomendação disponível no link:

http://www.act.gov.pt/(pt-PT)/Itens/Noticias/Paginas/Intervençãoinspetivanosetordasegurançaprivada.as px ).

Também é de aplicar às entidades que organizem serviços em regime de autoprotecção o requisito de possuírem seguro contra roubo e furto, pelo menos quando estejamos perante entidades com uma dimensão relevante, como é o caso de áreas, estabelecimentos e locais que correspondam, se

situem ou integrem grandes superfícies comerciais, bem como as estações ou gares marítimas, ferroviárias e rodoviárias, aeroportos e museus (artigo

(13)

Na verdade, pela complexidade dos bens a proteger, impunha-se que se definisse que, neste tipo de áreas, fosse obrigatório o recurso a empresas de segurança.

Isto em vez de impor a estas entidades medidas de segurança específicas que ficarão sempre aquém dos serviços proporcionados, de forma integrada, por empresas cuja actividade exclusiva é a segurança privada.

Porém, se assim não for entendido, então pelo menos deve reconhecer-se que se impõem às entidades em regime de autoprotecção as mesmas razões de segurança que determinam que uma empresa de segurança privada detenha um seguro contra roubo e furto.

Finalmente, todos os requisitos e incompatibilidades previstos para os administradores ou gerentes das sociedades que exerçam a actividade de segurança privada devem ser aplicáveis à pessoa designada como responsável pelos serviços de autoprotecção – bem como ao director de segurança -, atenta a elevada função que estes exercem (artigo 23 da Proposta).

Assim, não se compreende que possa não possuir a escolaridade mínima

obrigatória ou que possa ter exercido funções de gerente ou administrador de

uma sociedade que tenha praticado contraordenções muito graves previstas na lei relativa à segurança privada, à segurança social ou em legislação laboral ou fiscal (artigo 23 da Proposta).

Ainda no campo da autoprotecção, uma área que merece cautelas especiais é a do transporte de valores.

O projecto de lei preconiza uma liberalização do transporte de valores de montante até € 15.000,00 e à possibilidade de uma entidade que não seja uma

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empresa de segurança privada obter licenciamento para o transporte de valores que não ultrapassem aquele montante (artigo 7, n.º 4 da Proposta). Prevê-se que as instituições de crédito ou finançeiras só tenham que recorrer a empresas devidamente habilitadas para realizar o transporte de valores, quando o montante em causa seja superior a € 25 000 (artigo 7, n.º 5 da Proposta).

A Associação propõe que o transporte de valores só seja livre quando não ultrapasse o montante de € 5.000,00; acima desse limite deve carecer de autorização, podendo a mesma ser titulada por licença, só e apenas, quando os valores a transportar sejam inferiores a € 10.000,00. Montantes superiores a € 10.000,00, só deverão ser transportados por uma empresa de transporte de valores.

Numa altura em que aumentaram os riscos associados ao transporte de valores, cumpre reforçar a prevenção, em lugar de aligeirá-la.

Teme-se a criação de uma onda de assaltos se se generalizar a ideia de que o transporte de valores avultados é feito sem recurso a veículos blindados e vigilantes especializados (da categoria profissional de transporte de valores) e especialmente preparados para enfrentar situações de perigo.

b) Competências e funções do vigilante:

A atividade do vigilante compreende, nos termos do artigo 3, n.º 1, al. b) da Proposta de Lei, “a vigilância de bens móveis e imóveis e o controlo de

entrada, presença e saída de pessoas, bem como a prevenção da entrada de armas, substâncias e artigos de uso e porte proibidos ou suscetíveis de provocar atos de violência no interior de edifícios ou outros locais de acesso vedado ou condicionado ao público.”

(15)

Tal versão corresponde, no essencial, ao disposto no artigo 2, n.º 1, al. a), do DL 35/2004 de 21.2..

Nos termos do artigo 18, n.º 2, al. e) da Proposta de Lei, entre as funções cometidas ao vigilante, conta-se a de “realizar revistas pessoais de prevenção

e segurança, quando autorizadas expressamente por despacho do membro do Governo responsável pela área da administração interna, em locais de acesso vedado ou condicionado ao púbico, sujeitos a medidas de segurança reforçada.”

A necessidade da sobredita autorização encontra-se, actualmente, prescrita no artigo 6, n.º 7 do DL 35/2004, de 21.2..

Sob a epígrafe “revistas pessoais de prevenção e segurança”, prescreve o artigo 19 da Proposta de Lei 117/XII o seguinte:

“1 - Os assistentes de recinto desportivo, no controlo de acesso aos recintos desportivos, bem como os assistentes de portos e aeroportos, no controlo de acesso a zonas restritas de segurança de instalações portuárias e aeroportuárias, podem efetuar revistas pessoais de prevenção e segurança com o estrito objetivo de impedir a entrada de objetos e substâncias proibidas ou suscetíveis de gerar ou possibilitar atos de violência, podendo, para o efeito, recorrer ao uso de raquetes de deteção de metais e de explosivos ou operar outros equipamentos de revista não intrusivos com a mesma finalidade, previamente autorizados.

2 - Por um período delimitado no tempo, e mediante despacho do membro do Governo responsável pela área da administração interna, podem ser autorizadas revistas pessoais de prevenção e segurança em locais de acesso vedado ou condicionado ao público, que justifiquem proteção reforçada,

podendo o pessoal de segurança privada4 devidamente qualificado utilizar

                                                                                                                         

4   Como visto supra, a noção de pessoal de segurança abrange as pessoas integradas em

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meios técnicos adequados, designadamente raquetes de deteção de metais e de explosivos ou operar outros equipamentos de revista não intrusivos com a mesma finalidade, previamente autorizados, bem como equipamentos de inspeção não intrusiva de bagagem, com o estrito objetivo de detetar e impedir a entrada de pessoas ou objetos proibidos e substâncias proibidas ou suscetíveis de gerar ou possibilitar atos que ponham em causa a segurança de pessoas e bens.

3 - A entidade autorizada a realizar revistas pessoais de prevenção e segurança nos termos do número anterior, promove a afixação da autorização concedida, em local visível, junto dos locais de controlo de acesso.

Comparativamente à versão vigente (artigo 6, n.º 6 e 7 da Lei da Segurança Privada) procede-se a um alargamento aos assistentes de portos e aeroportos das faculdades que hoje já estão previstas para o assistente de recinto desportivo, aditando-se a possibilidade de uso de outros equipamentos de

revista não intrusivos com a mesma finalidade, previamente autorizados.”

Ora,

A realidade com que as empresas de segurança hoje se deparam é a de desajustamento entre a lei vigente e a realidade a que se destina.

A realidade hoje vivida – muito diferente da que existia quando, em 2004, entrou em vigor a lei da segurança privada – reclama o alargamento da actuação do vigilante de segurança privada, que a proposta que ora comentamos não é capaz de operar.

O facto é que, com a legislação que temos, e que no essencial não difere da Proposta de Lei, um vigilante não pode permanecer à porta de um estabelecimento, mas apenas e só dentro do mesmo, nem pode efectuar revistas (ainda que o faça apenas com detectores de metais e não                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                       vigilância, diretor de segurança e coordenador de segurança (artigo 2, al. h) da Proposta de Lei

(17)

manualmente) para prevenir a saída de objetos furtados de determinado local sob a sua vigia, e quaisquer revistas que empreenda, devem ser, sempre, previamente autorizadas pelo MAI (autorização essa que, não raro, é tardia ou negada para situações que, manifestamente, reclamam a adopção dessa medida).

Tais são os problemas reais sentidos pelas empresas de segurança privada (e seus clientes, destinatários dos serviços) para cuja resolução esperamos poder contribuir.

Antes de mais, a actuação do vigilante não deve ficar estritamente confinada aos locais “de acesso condicionado”, obrigando a que este permaneça dentro dos mesmos e não possa, por exemplo, deslocar-se para as respectivas imediações. O que, diga-se, em nada põe em causa a função estrita que subjaz à sua actuação (“o controlo de acesso” a determinadas zonas).

Por outra parte, cremos que a exigência de autorização especial para que o vigilante possa realizar revistas com recurso exclusivo a aparelhos não intrusivos é excessiva, em face dos interesses, direitos e garantias a acautelar. Só a revista manual deve ser alvo de autorização especial.

E, por outra parte, mal se compreende que esses mesmos aparelhos não possam ser utilizados, à saída de determinados locais, para prevenir pequenos furtos.

Contra o alargamento das faculdades do vigilante tem sido argumentado que tal colide com o disposto da Lei de Segurança Interna (artigo 29, al. a)) e com a Constituição (artigo 272, n.º 2).

(18)

Cremos, porém, que as revistas e buscas efectuadas no âmbito da actividade de segurança privada não devem confundir-se com as medidas de polícia previstas, designadamente, no artigo 29, al. a) da Lei de Segurança Interna 5.

Embora, na prática, se materializem em actos semelhantes, existem diferenças marcantes.

As medidas de de polícia são, necessariamente, realizadas em viatura, local

público ou sujeito a vigilância policial, enquanto que a actividade de segurança

privada se circunscreve a outro tipo de locais, visando o condicionamento ou

vedadação do acesso a esses mesmos locais.

As medidas de de polícia visam, designadamente, a repressão do crime, enquanto a actividade de segurança privada se circunscreve à prevenção do mesmo.

Se se considerassem equiparáveis as “revistas pessoais de prevenção e

segurança” às sobreditas “medidas de polícia”, não teria sobrevivido – como

sobreviveu – incólume, até aos dias de hoje, a redacção do artigo 6, n.º 6 do DL 35/2004, que admite que “os assistentes de recinto desportivo, no controlo

de acesso aos recintos desportivos, podem efectuar revistas pessoais de prevenção e segurança...”, sem nenhuma exigência de autorização por parte

do MAI ou sequer de respeito pelos princípios a que estão subordinadas as mencionadas medidas e polícia.

Note-se que, o não alargamento das competências do vigilante, nesta matéria, poderá levar à proliferação das detenções em flagrante delito por parte de

qualquer pessoa, nos termos previstos na alínea b) do n.º 1, do artigo 255, do Código de Processo Penal.

                                                                                                                         

5  Nos  termos  do  artigo  29,  al.  a)  da  LSI,  “São  medidas  especiais  de  polícia:  

a)  A  realização,  em  viatura,  lugar  público,  aberto  ao  público  ou  sujeito  a  vigilância  policial,  de  buscas  e   revistas   para   detectar   a   presença   de   armas,   substâncias   ou   engenhos   explosivos   ou   pirotécnicos,   objectos  proibidos  ou  susceptíveis  de  possibilitar  actos  de  violência  e  pessoas  procuradas  ou  em  situação   irregular  no  território  nacional  ou  privadas  da  sua  liberdade;”  

(19)

Mal se compreende que, no nosso ordenamento jurídico, qualquer cidadão possa, em determinadas circunstâncias, deter outro cidadão (até à chegada de uma entidade policial ao local em questão) e já não seja admissível que um vigilante, especialmente formado e qualificado, possa utilizar aparelhos não intrusivos, para a detecção de objectos furtados.

Diga-se que, sob todos os prismas, a sociedade ganhava mais com esta medida do que ganha, hoje, com as restrições incompreensíveis à actuação do vigilante e que levam a que cidadãos impreparados usem da força na tentativa de prevenir a prática de furtos.

É hoje um dado adquirido pela experiência que há situações que impõem, por natureza (e sem necessidade de qualquer indagação prévia quanto a indícios de actividade criminosa), a adopção de medidas que previnam a prática de crimes – é o caso de espectáculos lúdicos e desportivos ou quaisquer outros em que aflua um grande número de pessoas.

É este o campo, bem delimitado mas que cumpre afirmar, da segurança privada: a prevenção.

c) A Associação, sugere, ainda, as seguintes alterações:

• Na definição de “empresa de segurança privada”, ínsita no artigo 2, al. c), deve a expressão “singular” ser eliminada, uma vez que pode dar azo à interpretação (a nosso ver ilegal) de que podem ser criadas sociedades unipessoais para este tipo actividade;

• O requisito do pagamento da taxa de emissão do alvará é previsto na alínea g) do artigo 45 e, novamente, no n.º 6 do mesmo artigo; igual redundância ocorre na regulação dos requisitos de emissão da licença e

(20)

das autorizações (artigos 46, n.º 2, al. d), 47, n.º 2, al. d) e 48, n.º 2, al. c) da Proposta 117/XII); Urge, assim, eliminar esta redundância.

• A inexistência ou insuficiência de meios humanos ou materiais ou/e

instalações operacionais (ou adequadas) deve levar ao cancelamento do

alvará, licença ou autorização decorridos três (e não seis) meses seguidos (artigo 50, n.º 2 e 3, al. b)).

• Devem os valores das coimas previstas para as pessoas singulares serem elevadas nos seus limites mínimos e máximos (artigo 57, n.º 5).

Em face de todo o exposto, defendemos as seguintes redacções aos artigos 2, 3, 7, 13, 18, 19, 23, 39, 45, 50 e 57 do Projecto de Lei:

Artigo 2.º Definições

Para efeitos do disposto na presente lei e em regulamentação complementar, entende-se por:

a) ...; b) ...;

c) «Empresa de segurança privada», toda a entidade privada, pessoa coletiva, devidamente autorizada, cujo objeto social consista exclusivamente na prestação de serviços de segurança privada e que, independentemente da designação que adote, exerça uma atividade de

(21)

prestação de serviços a terceiros de um ou mais dos serviços previstos no n.º 1 do artigo 3.º; d) ...; e) ...; f) ...; g) ...; h) ...; i) ...; j) ...; k) ...; l) ...; m) .... Artigo 3.º

Serviços de segurança privada

1 - Os serviços de segurança privada referidos no n.º 3 do artigo 1.º compreendem:

a) A vigilância de bens móveis e imóveis e o controlo de entrada, presença e saída de pessoas, bem como a prevenção da entrada de armas, substâncias e artigos de uso e porte proibidos ou suscetíveis de provocar atos de violência no interior de edifícios ou outros locais que correspondam, se situem ou imediem em áreas de acesso vedado ou condicionado ao público;

(22)

b) A proteção pessoal, sem prejuízo das competências exclusivas atribuídas às forças de segurança;

c) A exploração e a gestão de centrais de receção e monitorização de sinais de alarme e de videovigilância, assim como serviços de resposta cuja realização não seja da competência das forças e serviços de segurança;

d) O transporte, a guarda, o tratamento e a distribuição de fundos e valores e demais objetos que pelo seu valor económico possam requerer proteção especial, sem prejuízo das atividades próprias das instituições financeiras reguladas por norma especial;

e) O rastreio, inspeção e filtragem de bagagens e cargas e o controlo de passageiros no acesso a zonas restritas de segurança nos portos e aeroportos, bem como a prevenção da entrada de armas, substâncias e artigos de uso e porte proibidos ou suscetíveis de provocar atos de violência nos aeroportos, portos e no interior de aeronaves e navios, sem prejuízo das competências exclusivas atribuídas às forças e serviços de segurança;

f) A fiscalização de títulos de transporte, sob a supervisão da entidade pública competente ou da entidade titular de uma concessão de transporte público;

g) A elaboração de estudos e planos de segurança e de projetos de organização e montagem de serviços de segurança privada previstos na presente lei.

2 - A prestação dos serviços referidos no número anterior, bem como os requisitos mínimos das instalações e meios materiais e humanos das entidades de segurança privada adequados ao exercício da atividade, são regulados por portaria do membro do Governo responsável pela área da administração interna.

(23)

3 - Exclui-se do âmbito previsto na alínea g) do n.º 1 os serviços que:

a) Sejam fornecidos por autoridades ou entidades públicas visando a prevenção criminal e a segurança de pessoas e bens;

b) Sejam prestados por entidades singulares ou coletivas relativamente a estudos e projetos visando outros riscos que não a prevenção da prática de crimes;

c) Sejam prestados por entidades singulares ou coletivas visando a segurança de sistemas de informação e dos dados armazenados por esses sistemas.

Artigo 7

Medidas de segurança obrigatórias

1 - As empresas ou entidades industriais, comerciais ou de serviços abrangidas pela presente lei adotam as medidas de segurança obrigatórias previstas no presente artigo, com a finalidade de prevenir a prática de crimes.

2 - As obras de adaptação que sejam necessárias efetuar nos estabelecimentos, com vista à adoção das medidas de segurança obrigatórias, são comunicadas ao proprietário do espaço, o qual não pode opor-se à sua realização, salvo quando as mesmas se mostrem suscetíveis de provocar riscos estruturais ou de estabilidade no edifício. 3 - As medidas de segurança obrigatórias podem incluir:

a) A criação de um departamento de segurança, independentemente da sua designação;

(24)

b) A existência de um diretor, independentemente da sua designação, habilitado com a formação específica de diretor de segurança prevista na presente lei, ou formação equivalente que venha a ser reconhecida; c) A obrigatoriedade de implementação de um serviço de vigilância dotado

do pessoal de segurança privada habilitado nos termos da presente lei; d) A instalação de dispositivos de videovigilância e sistemas de segurança

e proteção;

e) A conexão dos sistemas de segurança a central de alarmes própria ou de entidade autorizada nos termos da presente lei;

f) A imposição de regras de conduta visando a redução de riscos para pessoas e bens e a prevenção da prática de crimes.

4 - As empresas ou entidades industriais, comerciais ou de serviços que necessitem de efetuar o transporte de moeda, notas, fundos, títulos, metais preciosos, obras de arte de valor ou outros tipos de valores, são obrigadas a recorrer a entidades autorizadas a prestar os serviços de segurança privada previstos na alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º, quando o valor em causa for superior a € 10 000.

5 - A obrigatoriedade referida no número anterior só é aplicável a instituições de crédito ou sociedades financeiras quando o valor em causa seja superior a € 15 000.

6 - O disposto nos n.ºs 4 e 5 não é aplicável se a empresa ou a entidade industrial, comercial ou de serviços estiver autorizada com a licença prevista na alínea d) do n.º 2 do artigo 15.º.

(25)

Artigo 13.º

Organização de serviços de autoprotecção

1 – A prestação dos serviços de autoproteção referidos na alínea b) do n.º 3 do artigo 1.º obedecem aos requisitos seguintes:

a) Devem ser organizados com recurso exclusivo a trabalhadores vinculados

por contrato de trabalho com a entidade titular da respetiva licença;6

b) As entidades que organizem serviços de autoprotecção devem dispor de um mínimo de cinco vigilantes;

2- Não é permitida a organização em regime de autoprotecção:

a) Dos serviços previstos na alínea a) do n.º 1 do artigo 3.º, em áreas, estabelecimentos e locais que correspondam, se situem ou integrem grandes superfícies comerciais ou as que possam ser qualificadas como unidades comerciais de dimensão relevante, bem como as estações ou gares marítimas, ferroviárias e rodoviárias, aeroportos e museus;

b) Dos serviços previstos na alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º quando se trate de transporte de valores de montante superior € 10.000.

3 – Sem prejuízo do disposto na alínea b) do n.º anterior, o transporte de valores de montante até € 5.000 não carece de autorização nos termos do presente diploma.

4 – Sempre que se verifiquem especiais exigências de segurança, os serviços de autoprotecção previstos nos números anteriores devem ser

                                                                                                                         

6  O  n.º  1,  al.  a)  do  artigo  13  na  versão  que  propomos  corresponde,  mutatis  mutandi,  ao  disposto  no  n.º  1  

(26)

complementados com recurso à prestação de serviços de entidades titulares de

alvará adequado para o efeito.7

Ou, em alternativa:

Artigo 13.º

Organização de serviços de autoprotecção

1 – A prestação dos serviços de autoproteção referidos na alínea b) do n.º 3 do artigo 1.º obedecem aos requisitos seguintes:

a) Devem ser organizados com recurso exclusivo a trabalhadores vinculados

por contrato de trabalho com a entidade titular da respetiva licença;8

b) As entidades que organizem serviços de autoprotecção devem dispor de um mínimo de cinco vigilantes;

2- Não é permitida a organização em regime de autoprotecção dos serviços previstos na alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º quando se trate de transporte de valores de montante superior € 10.000.

3 – Sem prejuízo do disposto no número anterior, o transporte de valores de montante até € 5.000 não carece de autorização nos termos do presente diploma.

4 – Sempre que se verifiquem especiais exigências de segurança, os serviços de autoprotecção previstos nos números anteriores devem ser

                                                                                                                         

7  O  n.º  4  do  artigo  13  na  versão  que  propomos  corresponde,  mutatis  mutandi,  ao  disposto  no  n.º  2  do  

artigo  13  da  Proposta  de  Lei  117/XII.  

8  O  n.º  1,  al.  a)  do  artigo  13  na  versão  que  propomos  corresponde,  mutatis  mutandi,  ao  disposto  no  n.º  1  

(27)

complementados com recurso à prestação de serviços de entidades titulares de

alvará adequado para o efeito.9

Artigo 18.º

Funções do pessoal de vigilância

1 - O pessoal de vigilância exerce exclusivamente as funções do conteúdo funcional das especialidades a que se encontra autorizado e habilitado nos termos da presente lei.

2 - O vigilante exerce exclusivamente as seguintes funções:

a) Vigiar e proteger pessoas e bens, bem como prevenir a prática de crimes;

b) Controlar a entrada, a presença e a saída de pessoas e bens em locais que correspondam, se situem ou imediem em áreas de acesso vedado ou condicionado ao público;

c) Prevenir a prática de crimes em relação ao objeto da sua proteção; d) Executar serviços de resposta e intervenção relativamente a alarmes

que se produzam em centrais de receção e monitorização de alarmes; e) Realizar revistas pessoais de prevenção e segurança, nos termos do

disposto na presente lei.

3 - O segurança-porteiro exerce exclusivamente as seguintes funções: a) Vigiar e proteger bens móveis e imóveis e pessoas em estabelecimentos

de restauração e bebidas com espaço de dança ou onde habitualmente

                                                                                                                         

9  O  n.º  4  do  artigo  13  na  versão  que  propomos  corresponde,  mutatis  mutandi,  ao  disposto  no  n.º  2  do  

artigo  13  da  Proposta  de  Lei  117/XII.    

(28)

se dance, obrigados a adotar sistemas de segurança nos termos de legislação especial;

b) Controlar a entrada, a presença e a saída de pessoas dos estabelecimentos previstos na alínea anterior, com recurso aos meios previstos em legislação especial, visando detetar e impedir a introdução de objetos e substâncias proibidas ou suscetíveis de possibilitar atos de violência;

c) Prevenir a prática de crimes em relação ao objeto da sua proteção; d) Orientar e prestar apoio aos utentes dos referidos espaços em situações

de emergência, nomeadamente as que impliquem a evacuação do estabelecimento ou recinto.

4 - O assistente de recinto desportivo exerce exclusivamente as seguintes funções:

a) Vigiar o recinto desportivo e anéis de segurança, cumprindo e fazendo cumprir o regulamento de utilização do recinto;

b) Controlar os acessos, incluindo detetar e impedir a introdução de objetos e substâncias proibidas ou suscetíveis de possibilitar atos de violência; c) Controlar os títulos de ingresso e o bom funcionamento dos

equipamentos destinados a esse fim;

d) Vigiar e acompanhar os espectadores nos diferentes setores do recinto, bem como prestar informações referentes à organização, infraestruturas e saídas de emergência;

e) Prevenir, acompanhar e controlar a ocorrência de incidentes, procedendo à sua imediata comunicação às forças de segurança;

f) Orientar os espectadores em todas as situações de emergência, especialmente as que impliquem a evacuação do recinto;

(29)

g) Acompanhar, para colaboração na segurança do jogo, grupos de adeptos que se desloquem a outro recinto desportivo;

h) Inspecionar as instalações, prévia e posteriormente a cada espetáculo desportivo, em conformidade com as normas e regulamentos de segurança;

i) Impedir que os espectadores circulem, dentro do recinto, de um setor para outro;

j) Evitar que, durante a realização do jogo, os espectadores se desloquem dos seus lugares de modo a que, nomeadamente, impeçam ou obstruam as vias de acesso e de emergência.

5 - O assistente de recinto de espetáculos exerce exclusivamente as seguintes funções:

a) Vigiar o recinto de espetáculos e anéis de segurança, cumprindo e fazendo cumprir o regulamento de utilização do recinto;

b) Controlar os acessos, incluindo detetar e impedir a introdução de objetos e substâncias proibidas ou suscetíveis de possibilitar atos de violência; c) Controlar os títulos de ingresso e o bom funcionamento dos

equipamentos destinados a esse fim;

d) Vigiar e acompanhar os espectadores durante os espetáculos, bem como prestar informações referentes à organização, infraestruturas e saídas de emergência;

e) Prevenir, acompanhar e controlar a ocorrência de incidentes, procedendo à sua imediata comunicação às forças de segurança;

f) Orientar os espectadores em todas as situações de emergência, especialmente as que impliquem a evacuação do recinto;

(30)

g) Inspecionar as instalações, prévia e posteriormente a cada espetáculo, em conformidade com as normas e regulamentos de segurança.

6 - O assistente de portos e aeroportos, no quadro de segurança da aviação civil ou da proteção marítima, exerce exclusivamente as seguintes funções:

a) Controlo de acessos de pessoas, veículos, aeronaves e embarcações marítimas;

b) Rastreio de passageiros, tripulantes e pessoal de terra; c) Rastreio de objetos transportados e veículos;

d) Rastreio de bagagem de cabine e de porão;

e) Rastreio de carga, correio e encomendas expresso; f) Rastreio de correio postal;

g) Rastreio de correio postal e material das transportadoras aéreas ou marítimas;

h) Rastreio de provisões e outros fornecimentos de restauração das transportadoras aéreas ou marítimas;

i) Rastreio de produtos e outros fornecimentos de limpeza das transportadoras aéreas ou marítimas.

7 - O vigilante de transporte de valores exerce exclusivamente funções de manuseamento, transporte e segurança de notas, moedas, títulos e outros valores e conduz veículos de transporte de valores.

8 - O fiscal de exploração de transportes exerce exclusivamente funções de verificação da posse e validade dos títulos de transporte, por conta da entidade pública ou da entidade exploradora de uma concessão de transportes públicos.

(31)

9 - O operador de central de alarmes desempenha especificamente as funções de operação de centrais de receção e monitorização de sinais de alarme e de videovigilância, efetuando o tratamento de alarmes, nomeadamente solicitando a intervenção das entidades adequadas em função do tipo de alarme.

10 - O operador de valores exerce exclusivamente funções de

recebimento, contagem e tratamento de valores.

11 - O vigilante está habilitado a exercer as funções correspondentes

à especialidade de operador de central de alarmes e o segurança-porteiro habilitado a exercer funções correspondentes às especialidades de vigilante e de operador de central de alarmes.

19.º

Revistas pessoais de prevenção e segurança

1 – O vigilante, pode, no exercício das suas funções, previstas na presente lei, efetuar revistas pessoais de prevenção e segurança com o objetivo de impedir a entrada de objetos e substâncias proibidas ou suscetíveis de gerar ou possibilitar atos de violência, bem como a saída de objetos fora das condições em que tal seja autorizado, devendo, para o efeito, recorrer ao uso de raquetes de deteção de metais e de explosivos ou operar outros equipamentos de revista não intrusivos.

2 – Para além da faculdade prevista no número anterior os assistentes de recinto desportivo e os vigilantes aeroportuários podem realizar revistas manualmente, com o objetivo de detetar e impedir a entrada de pessoas ou objetos proibidos e substâncias proibidas ou suscetíveis de gerar ou possibilitar atos que ponham em causa a segurança de pessoas e bens.

(32)

3 – Sem prejuízo do disposto no n.º 1, mediante despacho do membro do Governo responsável pela área da administração interna, em locais de acesso vedado ou condicionado ao público, que justifiquem protecção reforçada e por um período delimitado no tempo, pode se autorizada a inspecção de objectos e a revista de pessoas manualmente, por pessoal de segurança privada devidamente qualificado para esse tipo de revistas pessoais de prevenção e segurança.

4 - A entidade autorizada a realizar revistas pessoais de prevenção e segurança nos termos do número anterior, promove a afixação da autorização concedida, em local visível, junto dos locais de controlo de acesso.

Artigo 23.º

Requisitos e incompatibilidades para o exercício da atividade de segurança privada

1 - Os administradores ou gerentes de sociedades que exerçam a atividade de segurança privada, o responsável pelos serviços de autoproteção e o diretor de segurança devem preencher, permanente e cumulativamente, os seguintes requisitos:

a) Ser cidadão português, de um Estado membro da União Europeia, de um Estado parte do Acordo sobre o Espaço Económico Europeu ou, em condições de reciprocidade, de um Estado de língua oficial portuguesa; b) Possuir a escolaridade obrigatória;

c) Possuir plena capacidade civil;

d) Não ter sido condenado, por sentença transitada em julgado, pela prática de crime doloso previsto no Código Penal e demais legislação penal, sem prejuízo da reabilitação judicial;

(33)

e) Não exercer, nem ter exercido, as funções de gerente ou administrador de entidade autorizada para o exercício da atividade de segurança privada condenada, por decisão definitiva ou transitada em julgado, nos três anos precedentes, pela prática de três contraordenações muito graves previstas no Decreto-Lei n.º 35/2004, de 21 de fevereiro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 198/2005, de 10 de novembro, pela Lei n.º 38/2008, de 8 de agosto, e pelos Decretos-Leis n.ºs 135/2010, de 27 de dezembro, e 114/2011, de 30 de novembro, na presente lei ou em legislação laboral ou relativa à segurança social, ou pela prática de três contraordenações graves previstas em legislação fiscal;

f) Não exercer, nem ter exercido, a qualquer título, cargo ou função de fiscalização do exercício da atividade de segurança privada nos três anos precedentes;

g) Não ter sido sancionado, por decisão transitada em julgado, com a pena de separação de serviço ou pena de natureza expulsiva das Forças Armadas, dos serviços que integram o Sistema de Informações da República Portuguesa ou das forças e serviços de segurança, ou com qualquer outra pena que inviabilize a manutenção do vínculo funcional. 2 - O pessoal de vigilância deve preencher, permanente e cumulativamente,

os requisitos previstos nas alíneas a) a d), f) e g) do número anterior. 3 - Os formadores de segurança privada devem preencher, permanente e

cumulativamente, os requisitos previstos nas alíneas c), d) e e) do n.º 1, bem como ter concluído o 12.º ano de escolaridade ou equivalente, sendo que os gestores de formação e os coordenadores pedagógicos das entidades formadoras devem preencher permanente e cumulativamente os requisitos previstos nas alíneas c), d) e e) do n.º 1, bem como serem titulares de curso superior.

(34)

4 - São requisitos específicos de admissão e permanência na profissão do pessoal de vigilância:

a) Possuir a robustez física e o perfil psicológico necessários para o exercício das suas funções, mediante exame de saúde e comprovado por ficha de aptidão, acompanhada de exame psicológico obrigatório, emitida por médico do trabalho, nos termos da legislação em vigor, ou comprovados por ficha de aptidão ou exame equivalente efetuado noutro Estado membro da União Europeia;

b) Ter frequentado, com aproveitamento, cursos de formação nos termos estabelecidos no artigo 9.º, ou cursos idênticos ministrados e reconhecidos noutro Estado membro da União Europeia, ou em Estado parte do Acordo sobre o Espaço Económico Europeu, sem prejuízo do disposto na Lei n.º 9/2009, de 4 de março, alterada pela Lei n.º 41/2012, de 28 de agosto.

5 - É requisito específico de admissão e permanência na profissão de diretor de segurança, bem como para o exercício das funções de responsável pelos serviços de autoproteção, a frequência, com aproveitamento, de cursos de conteúdo programático e duração fixados em portaria do membro do Governo responsável pela área da administração interna ou de cursos equivalentes ministrados e reconhecidos noutro Estado membro da União Europeia.

6 - Os nacionais de outro Estado membro da União Europeia legalmente habilitados e autorizados a exercer a atividade de segurança privada nesse Estado podem desempenhar essas funções em Portugal nos termos estabelecidos na presente lei, desde que demonstrem que foram cumpridos os seguintes requisitos:

a) Para desempenhar as funções de diretor de segurança e de responsável dos serviços de autoproteção, os requisitos previstos nos n.ºs 3 e 7;

(35)

b) Para desempenhar as funções do pessoal de segurança privada, os requisitos previstos nos n.ºs 2 e 5.

7 - Os nacionais de outro Estado membro da União Europeia devem possuir conhecimentos suficientes de língua portuguesa para o exercício de funções de pessoal de vigilância, diretor de segurança, coordenador de segurança e de formador.

8 - O cumprimento do requisito mínimo referido na alínea d) do n.º 1 é aferido mediante a apresentação de certificado de registo criminal para fins especiais.

9 - O exame a que se refere a alínea a) do n.º 5 é considerado como exame de saúde para efeitos do regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho.

10 - Os requisitos mínimos e a avaliação dos exames referidos na

alínea a) do n.º 5 são definidos por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da administração interna e da saúde.

Artigo 39.º

Requisitos das entidades de segurança privada

1 - As empresas de segurança privada, as entidades formadoras, as entidades consultoras de segurança e as entidades que organizem serviços de autoprotecção devem constituir-se de acordo com a legislação de um Estado membro da União Europeia ou de um Estado parte do Acordo sobre o Espaço Económico Europeu e possuir sede ou delegação em Portugal. 2 - O capital social das empresas de segurança privada e das entidades que

organizem serviços de autoprotecção não pode ser inferior a:

a) € 50 000, se prestarem algum dos serviços previstos na alínea c) do n.º 1 do artigo 3.º;

(36)

b) € 250 000, se prestarem algum dos serviços previstos nas alíneas a), b), e) e f) do n.º 1 do artigo 3.º;

c) € 500 000, se prestarem algum dos serviços previstos na alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º.

3 - O disposto nos números anteriores não se aplica:

a) Às entidades, pessoas singulares ou coletivas, estabelecidas noutro Estado membro da União Europeia, legalmente autorizadas e habilitadas para exercer a atividade de segurança privada nesse Estado, que pretendam exercer a sua atividade em Portugal, de forma contínua e duradoura, e que detenham neste país delegação, sucursal ou qualquer outra forma de estabelecimento secundário;

b) Às entidades, pessoas singulares ou coletivas, estabelecidas noutro Estado membro da União Europeia, legalmente autorizadas e habilitadas para exercer a atividade de segurança privada nesse Estado, que pretendam exercer a sua atividade em Portugal, de forma temporária e não duradoura, ao abrigo da liberdade de prestação de serviços.”

Artigo 45.º

Requisitos para a emissão de alvará e licença 10

1 - Concluída a instrução, o processo é submetido ao membro do Governo responsável pela área da administração interna, para decisão a proferir no prazo máximo de 30 dias.

2 - Após o despacho referido no número anterior, o início do exercício da atividade de segurança privada fica condicionado à comprovação, pelo requerente e no prazo de 90 dias, a contar da notificação, da existência

                                                                                                                         

10  A  alteração  ora  proposta  pressupõe  a  eliminação  do  artigo  42  da  Proposta  de  Lei  117/XII,  sob  a  

(37)

de:

a) Instalações e meios humanos e materiais adequados;

b) Caução a favor do Estado, prestada mediante depósito em instituição bancária, ou garantia bancária, à primeira solicitação, de montante não superior a € 40 000, a fixar por despacho do membro do Governo responsável pela área da administração interna;

c) Diretor de segurança, quando obrigatório;

d) Dez trabalhadores a ele vinculados por contrato de trabalho e inscritos num regime de proteção social;

e) Seguro de responsabilidade civil de capital mínimo de € 500 000 e demais requisitos e condições fixados por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da administração interna;

f) Seguro contra roubo e furto de capital mínimo de € 5 000 000, no caso da prestação, por empresas de segurança privada, dos serviços de segurança previstos na alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º e demais requisitos e condições fixados por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da administração interna;

g) Cinco viaturas com a blindagem e as demais características fixadas por portaria do membro do Governo responsável pela áreas da administração interna, no caso da organização, em regime de autoprotecção, dos serviços de segurança previstos na alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º.

h) Pagamento da taxa de emissão de alvará.

3 - O prazo para entrega dos elementos referidos no número anterior pode ser prorrogado por igual período, mediante pedido devidamente fundamentado.

(38)

causa imputável ao requerente, determina a caducidade da autorização concedida nos termos do n.º 1.

5 - Nos casos previstos no n.º 3 do artigo 39.º são tidos em conta os elementos, justificações e garantias já exigidos no Estado membro de origem e que sejam apresentados pelo requerente.

6 - A emissão do alvará e o início da atividade estão dependentes do pagamento de taxa.

Artigo 50.º

Suspensão, cancelamento e caducidade de alvará, licença e autorização 1 - Verifica-se a suspensão imediata do alvará, da licença e da autorização

logo que haja conhecimento de que algum dos requisitos ou condições necessários ao exercício da atividade de segurança privada, estabelecidos na presente lei ou em regulamentação complementar, deixaram de se verificar.

2 - No caso de incumprimento reiterado das normas previstas na presente lei ou em regulamentação complementar, por despacho do membro do Governo responsável pela área da administração interna e sob proposta do diretor nacional da PSP, pode ser cancelado o alvará, a licença ou a autorização emitidos.

3 - Para efeitos do disposto no número anterior, considera-se incumprimento reiterado, designadamente:

a) O não cumprimento, durante três meses seguidos, dos deveres

especiais previstos nas alíneas d), e) e f) do n.º 1 do artigo 35.º, quando aplicável;

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