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Rev. Bras. Enferm. vol.49 número3

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Academic year: 2018

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RES UMOS DE TESES E DiSSER TA ÇÕES

SIL VA, Maria da Anunciação ' . A Enfermagem e o Sistema Único de

Saúde o Vivido e o Representado - Um Es tudo de Caso. Rio de

Janeiro: UNI-RIO, Escola de Enfermagem Alfredo Pinto.

1 994.

Dissertação de Mes trado.

Professora Orientadora:

Iara de Moraes Xa vier ]

Este estudo teve como objeto as representações soc iais dos agentes de enfermagem sobre os pressupostos do Sistema Único de Saúde

( SUS).

A

motivação para realizá-lo deu-se a partir de nossa experiência na Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, no período de

1 986

a

1 988,

quando procurávamos implantar. na rede básica daquele Município, as propostas do então Sistema Uniicado Descentralizado de Saúde. O problema que identiicamos foi a assimetria existente entre as propostas de políticas de saúde c o entendimento dela pelos agentes de enfermagem. As seguintes questões orientaram este estudo : quais são as representações sociais dos agentes de enfermagem sobre os pressupostos do SUS? Para qual projeto de saúde estas representações apontam? Até que ponto são estes agentes suj eitos no processo de transformação do setor saúde? Os objetivos foram : apresentar as representações sociais dos agentes de enfermagem sobre os pressupostos do SUS; analisar as representações sociais dos agentes; identiicar o proj eto de saúde existentes nestas representações e a viabilidade destes agentes serem sujeitos no processo de mudança do setor saúde.

O

referencial teórico foi construído a partir da relação da enfermagem com a política de saúde, exp l icitada nos anais dos Congressos Brasi leiros de Enfermagem no período de

1 977

a

1 993.

Foi um estudo descritivo, tipo estudo de caso, com abordagem qualitativa, realizado na rede básica de saúde do Município de Cuiabá, durante o mês de j unho de

1 994.

Os dados foram colhidos através da observação participante e da entrevista semi-estruturada, gravada e transcrita pelo entrevistador. Os sujeitos foram selecionados procurando responder a seguinte pergunta, sugerida por MINA

YO

( 1 992)

" quais indivíduos sociais têm uma v inculação mais signiicativa para o problema a ser investigado?". Selecionamos aqueles agentes que interfeririam na implementação da pol ítica de saúde n. Município, no âmbito de sua formulação cognitiva, sua articulação política, sua implementação prática e no controle social dos serviços. Real izamos vinte

(20)

entrevistas, sendo dezesseis

( 1 6)

enfermeiros, dois

(2)

auxiliares, um

( 1 )

atendente

e um

( 1 ) técnico

de enfermagem.

O

discurso dos agentes foi agrupado em três núcleos temáticos : os pressupostos do SUS, os serviços de saúde do Município no contexto do

SUS

e a participação dos agentes enquanto sujeitos na implementação do

SUS.

Veriicamos que partindo das contradições vivenciadas no cotidiano, os agentes entenderam os pressupostos do

SUS

através da universalização da

1 Professora Assistente IV de Enfermagem Mateno-Infantil da F UFMT. Mestre em Enfermagem.

Doutoranda da EEAN .

2 Professora Adj unta EEAP - UNI-RIO. Mestre e m Enfermagem. Livre Docente e m Enfermagem.

Doutoranda em Saúde Pública da ENS P/FIOCRUZ.

(2)

assistência; possuíam uma concepção ampl iada e concreta do processo saúde-doença; entenderam a participação popular como algo a ser conquistado e que eles podem aj udar através da educação em saúde.

O

controle social dos serviços de saúde através dos Conselhos foi considerado importante, embora tal espaço seja marcado de

contradições.

O

projeto do

SUS

foi considerado bom por todos os agentes c a foma

que

eles se colocaram para implementá-lo foi como sujeito técnico, pro issional.

O

processo de construção do

SUS na década de oitenta foi marcado pelo paradoxo de se ver garantido

nos instrumentos legais ao mesmo tempo que se efetivava na realidade um sistema racionalizado e excludente pelo sucateamento dos serv iços. Embora todos aqueles representassem a proposta

do

SUS

como uma boa alternativa para o setor, a pequena participação em entidades da sociedade civil organizada e a forma pda qual a maioria se colocou para implementar a proposta. nos deixou céticos quanto

às

possibil idades de serem aquel es agentes sujeitos no processo de transformação do setor saúde.

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